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Introdução - 3

Estruturas desportivas em rede – 4 , 5

São os atletas “ influencers”? - 6, 7, 8, 9

O reverso da “medalha” - 10, 11, 12, 13

Conclusão - 14

Bibliografia –15

Registos do professor -16

Introdução

Sejamos sinceros, hoje em dia, quem não usa o Facebook? Quem não usa o WhatsApp para
enviar mensagens, fotografias e fazer chamadas? O nosso mundo “virtual” mudou e temos de
nos adaptar a esta nova realidade.

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O aparecimento da internet e, por sua vez, das redes sociais e aplicações, fez com que a
maneira como comunicamos se alterasse, tornando-a mais prática, rápida e eficiente.
Conseguimos estar em contacto através de um simples click

Nós, os jovens já nascemos nesta geração do facebook, whatsapp, snapchat, skype,


instragram, e não imaginamos a vida sem estes meios de comunicação.

O desenvolvimento da tecnologia, a chegada das redes sociais criou uma espécie de


emergência de uma sociedade de informação marcada pelo digital e isso alterou
completamente a forma como se processa a comunicação nos dias de hoje. Este processo
comunicativo envolvendo pessoas, empresas, organizações e marcas é agora, mais do que
nunca, suportado por meios eletrónicos, por uma comunicação que se pretende rápida, eficaz
e promotora de sociabilidades e sucessos.

Por tudo isto vamos analisar o impacto que esta realidade tem na vida dos atletas;

As estruturas desportivas em “rede”

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o desporto é visto como algo que tem capacidade para atrair a atenção do mundo, sendo
inclusive uma forma de unir pessoas de várias raças, credos, géneros e convicções políticas.

Este fenómeno está cada vez mais sustentado em estruturas e organizações profissionais, a
vários níveis, desde a gestão de recursos humanos, passando pela parte financeira, pela
componente tática, psicológica, médica e sobretudo pela comunicação e média.

As organizações desportivas também se adaptaram à realidade de uma sociedade com um


acesso cada vez mais fácil à informação, onde a imensidão de canais comunicativos e
tecnológicos faz parte das melhores estruturas desportivas. Já não restam dúvidas que “o
crescimento dos novos média e os avanços da tecnologia criaram oportunidades únicas,
poderosas para o marketing desportivo e para o marketing por meio do desporto.

Sendo o desporto uma indústria que gera milhões, a relação das organizações desportivas
com os adeptos, fãs, patrocinadores, organizações sociais e financeiras é marcada pela
longevidade, pela fidelização destes aos clubes, pelo que importa potenciar novas e eficazes
estratégias de marketing e de comunicação. São estas estratégias comunicativas, envolvidas
na era digital da dita sociedade de informação, que marcam o sucesso dos clubes.

Vale tanto nos dias que correm, a adição de um like como uma vitória.

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As redes servem para quase tudo. Transmitir uma mensagem, criticar, elogiar, pedir, oferecer,
enfim tudo o que se possa imaginar. As redes sociais no futebol, por exemplo, são as
ferramentas mais poderosas do momento. Facebook, Twitter, Instagram, Google Plus, todas
servem para clubes, jogadores, treinadores poderem comunicar.

são um autêntico fenómeno geracional e vê-se, por parte de quem as usa, uma autêntica
necessidade de inovar. São, hoje, ferramentas imprescindíveis na relação entre o fã e o
clube/jogador ou atleta

Os adeptos podem relacionar-se com os clubes e as marcas. É através das redes sociais que
estes conseguem estar mais perto dos seus ídolos e dos clubes com os quais simpatizam. É
também através das mesmas que conseguem expressar os seus sentimentos. Os clubes, as
marcas e os atletas sabem disso e não desaproveitam nenhuma oportunidade de comunicar
com quem lhes transmite esse carinho.

São os atletas “influencers”?

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Como consequência da globalização, a internet veio para mudar todo nosso estilo de vida no
que diz respeito à comunicação e relacionamento social. Os grupos sociais, as referências de
comportamento, vestimenta, consumo em geral é, hoje, baseado nas informações que a
internet fornece.

Vivemos a era dos Influenciadores digitais.

A imagem do atleta como influenciador não é nova. Se no começo dos Jogos Olímpicos os
desportistas eram retratados como figuras quase divinas e exemplos a serem seguidos, a
modernização do desporto de uma forma geral transformou essa influência em algo rentável.
Ao longo das décadas, nomes como Mohamed Ali, Ayrton Senna, Pelé e Michael Jordan
mudaram o jogo e tornaram-se algo além de atletas – marcas.

Os patrocínios milionários e as capas de revista, no entanto, costumavam ser destinadas


somente aos mais famosos desportistas do mundo. Hoje, com a chegada e implementação das
redes sociais, a realidade deixou de ser esta.

Foi-se o tempo em que os atletas tinham de ser entrevistados por programas desportivos para
dizerem o que sentem. No mundo das redes sociais, desportistas encontraram uma plataforma
própria onde podem ser livres para dizerem o que pensam. alguns, usam essa ferramenta

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como forma de protesto mesmo dentro da sua prática desportiva e/ ou em assuntos mais
sérios como injustiças raciais ou outros temas fraturantes socialmente.

Por exemplo:

Dentro do campo ou fora dela, LeBron James se acostumou a fazer sua presença ser sentida.
Quando não veste o amarelo do Los Angeles Lakers para arremessos decisivos ou jogadas de
craque, King James emplaca sua marca através de palavras. Escritas ou faladas. Por sua
postura e por seu posicionamento inabalável diante de questões políticas e sociais, LeBron
James é uma das vozes mais poderosas e influentes que o desporto já produziu.

A presença nas redes sociais pode abrir portas para oportunidades de negócio fora do campo,
incluindo acordos de patrocínio, parcerias comerciais e empreendedorismo pessoal. o
impacto das redes sociais no desenvolvimento de oportunidades de negócio para os atletas,
explora a visibilidade online traduzindo-se em receitas financeiras e estende-se muitas vezes
também a quem os rodeia nomeadamente família e amigos.

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Tome-se como exemplo Cristiano Ronaldo que é a figura a nível mundial com maior número
de seguidores no Instagram

Sempre que Cristiano Ronaldo partilha um vídeo, uma foto, ou um comentário nas redes
sociais, chega a números astronómicos de seguidores: 116 milhões no Facebook, 72 milhões
no Instagram, e 45 milhões no Twitter.

Por cada post no instagram Cristiano, em 2022, cobrava uma média de 1.5 milhões de euros

A reboque desta realidade figuras como a companheira ou família também elas se tornaram
marcas fazendo parte do universo streaming .

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O reverso da “medalha”

Depois da criação da internet e da perda gradativa da nossa intimidade provocada pelas redes
sociais, como fica a saúde mental dos atletas?

Somos invadidos por uma necessidade de aparecer sempre felizes, pois nos transformamos
em nosso próprio produto. E o publico parece exigir a manutenção desse ideal.

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Há quem diga que temos sempre que inspirar as pessoas com as nossas postagens.

O/A atleta naturalmente já é referência para os amantes da sua modalidade desportiva e as


equipes/empresas e especialmente os fãs desejam que estejam sempre como super homens ou
super mulheres.

Parece tudo certo, até refletirmos que todas as pessoas, e em especial cada atleta, possui
momentos de fragilidade, de tristeza e até de medo.

Mas para manter uma aparência de perfeição, não podem exteriorizar esses sentimentos.

É como se a sua “persona atleta” assumisse100% do seu verdadeiro “eu”.

Como se o personagem atleta fosse sempre feliz e pleno de hábitos impolutos.

Essa pressão para manter sempre a imagem positiva, o sorriso no rosto ou a face aguerrida
para vencer, acaba por destruir o verdadeiro ser humano.

Essa exposição é uma ditadura que cria uma pressão muitas das vezes insuportável

Não podemos ser sempre aquilo que o outro quer que sejamos!

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A decisão da atleta norte-americana Simone Biles de abandonar provas dos jogos Olímpicos
em Tóquio para “cuidar da saúde mental” abriu a discussão de como os atletas de alto
rendimento lidam psicologicamente com o Stress e as expectativas por resultados

No caso de Biles, especialmente, a expectativa por medalhas e o fardo de carregar no collant


de ginástica o símbolo da cabra (Greatest Of All Time ou G.O.A.T em inglês), que significa a

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“Melhor de Todos os Tempos”, parecem ter lhe causado a sensação de sustentar “o peso do
mundo nas costas”, como ela mesma disse, em um prenúncio de que não estava bem
mentalmente.

A exposição constante da vida de um atleta e influenciador pode se tornar um pesadelo. No


mundo das redes sociais, toda performance desportista é minuciosamente criticada por fãs e
especialistas. Se o desporto praticado tem alta visibilidade, o ódio online também fala alto.

As ofensas sexistas e racistas a atletas nas redes sociais X (antigo Twitter) e Instagram,
durante os Mundiais Budapeste2023, tiveram um aumento de 500% em relação a 2022 e os
atletas negros como principais alvos

“Os abusos ocorreram maioritariamente na rede social X e foram sobretudo direcionados a


atletas negros, com invocações de imagens de macacos e a utilização da palavra N [termo
em inglês que se refere à palavra racialmente ofensiva ‘nigger‘],

O organismo que tutela o atletismo mundial divulgou, os resultados de um estudo realizado


durante os Mundiais Budapeste2023, no qual indica terem sido “analisadas 449.209
postagens e comentários nas contas de 1.344 atletas, com 1.666 contas ativas nas duas redes
sociais”.

A WA refere que o “estudo identificou exemplos notáveis de abusos sexistas e racistas” e


“mostrou que a rede social X foi o canal preferido dos abusadores, tendo sido o canal de
90% dos abusos detetados, com um aumento relativo de 500%”, em comparação com o
realizado durante os Mundiais Oregon2022, que decorreram na cidade norte-americana
entre 15 e 24 de julho”.

(retirado de notícia do observador)

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Conclusão

As redes sociais se tornaram uma ferramenta poderosa para atletas em todo o mundo. Além
disso, a presença ativa nas redes sociais não apenas liga os desportistas aos seus fãs, mas
também pode aumentar o valor de seus contratos e abrir portas para oportunidades de
patrocínio e outras fontes de receita.

Além disso, as redes sociais oferecem uma plataforma única para atletas construírem e
fortalecerem suas marcas pessoais. Portanto, uma marca pessoal sólida e autêntica pode
diferenciar um atleta no mercado altamente competitivo do desporto.

Em suma, as redes sociais desempenham um papel multifacetado na vida dos atletas,


influenciando não só a forma como são percebidos pelo público, mas também as
oportunidades de negócio, o bem-estar mental e o desenvolvimento profissional. Embora
ofereçam inúmeras vantagens, é importante que os atletas compreendam os potenciais riscos
e desafios associados ao uso das redes sociais e adotem estratégias eficazes de gestão e
equilíbrio.

Definir a identidade, escolher uma abordagem consistente e contar sua história são elementos
essenciais para construir uma marca eficaz.

Por fim, é importante destacar que atletas mais influentes nas redes sociais não apenas
impactam suas vidas financeiras, mas também o mundo ao seu redor. Isso os torna não
apenas ícones desportivos, mas também defensores de questões sociais e ambientais
importantes. Em um mundo cada vez mais digital, as redes sociais continuam a moldar e
impulsionar o sucesso dos atletas modernos.

Colégio Paulo VI 11-03- 2024

12º C Raquel Santos Lima

Bibliografia

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https://ria.ua.pt/bitstream/10773/14627/1/Tese.pdf

file:///C:/Users/maria/Downloads/Dissertacao_-_Patrick_Oliveira%20(1).pdf

https://blog.escoladoatleta.com/atletas-no-universo-digital-oportunidades/

Redes Sociais: As poderosas ferramentas dos clubes - Futebol 365

https://gamarevista.uol.com.br/semana/quem-ta-ganhando/o-que-vale-mais-para-o-atleta-a-
medalha-ou-o-like-nas-redes-sociais/

https://iasaude.pt/index.php/informacao-documentacao/recortes-de-imprensa/919-a-
influencia-das-redes-sociais-e-aplicacoes-na-vida-dos-jovens

https://observador.pt/2023/12/22/ofensas-a-atletas-nas-redes-sociais-em-mundiais-de-
atletismo-cresceram-500/

Registo do Professor:

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