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JARDINS SUSTENTÁVEIS

Sandra Sequeira
Caracteristicas
• AUTÓCTONES: Espécies oriundas da região onde ocorrem, desenvolvendo-
se e propagando-se naturalmente.

• SUSTENTABILIDADE: Princípio, segundo o qual o uso dos recursos naturais


para a satisfação de necessidades presentes não pode comprometer as
necessidades das gerações futuras.

• BIODIVERSIDADE: Variedade e variabilidade existente entre os organismos


vivos e as complexidades ecológicas nas quais elas ocorrem.
Ao conceber um espaço, ao trabalhar com seres vivos, é fundamental o
conhecimento do seu meio.
Os efeitos negativos do uso de algumas exóticas, que revelam
comportamentos invasores e que se tornaram prejudiciais à
sustentabilidade ambiental, só são reconhecidos quando se tornam
muito graves, como a competição com espécies autóctones e a
consequente alteração dos ecossistemas e processo naturais.

No entanto, os espaços verdes poderão desempenhar um papel


importante nos recursos naturais e na biodiversidade, quando
baseados em modelos naturais.
A selecção do material vegetal torna-se assim determinante para
concretizar um jardim verdadeiramente sustentável, ao nível da gestão
da água, da fertilização e adubações necessárias, assim como nas
necessidades de tratamentos no controle de pragas e doenças.

Actualmente, não faz sentido conceber espaços verdes com exigências


hídricas muito diferentes da precipitação média do local em questão,
da mesma forma que é importante conhecer as resistências das
plantas, de forma a assegurar o seu perfeito desenvolvimento e
adaptação às condições edafoclimáticas a que estarão sujeitas.
FUNDAMENTOS
Na base do conceito de jardim sustentável estão as espécies autóctones e a
importância da caracterização do espaço a intervir, privilegiando sempre a
sustentabilidade, a integração na paisagem original e o seu genius-loci, espírito do
lugar (“espaço dotado de um carácter que o distingue” - Norberg-Schulz)

Actualmente o cenário de alterações climáticas, a escassez de recursos e a


instabilidade ambiental em que nos encontramos, leva a repensar todo o tipo de
intervenções na paisagem, nas suas várias escalas.

Desta forma, os novos desafios ambientais, ao nível dos espaços verdes, centram-
se principalmente na redução do consumo hídrico, na redução do desgaste do solo
e também na minimização da utilização de espécies exóticas, que muitas vezes se
tornam invasoras prejudicando o equilíbrio da paisagem.
• Os jardins devem ser concebidos
como um ecossistema vivo,
fomentando a biodiversidade e a
gestão equilibrada dos recursos.
JARDINS E PAISAGEM
Os jardins de vegetação autóctone desenvolvem-se ricos em espécies,
apresentando diferentes aromas, cores, texturas e floração. Não são
espaços sem flor, nem sem qualidade estética, são jardins com menos
exigências de água, menos necessidades de mão-de-obra, pesticidas e
fertilizantes.

As estações do ano são reveladas pelo estado de desenvolvimento dos


vários estratos, e as épocas de floração e frutificação são distribuídas
de forma equilibrada ao longo do ano, o que dota cada lugar de uma
qualidade cénica única.
A sua integração na paisagem é equilibrada e surge em continuidade
com a sua envolvente. O jardim com autóctones contribui para o
desenvolvimento da fauna local, permitindo faça parte do ecossistema
em que se insere.

Um jardim constituído por vegetação autóctone é mais equilibrado e


tem maior capacidade de adaptação às condições naturais,
fomentando a biodiversidade, a gestão equilibrada dos recursos e a
unidade de paisagem.
Partindo do principio que temos um jardim
autocne…
• Como podemos efetuar a manutenção seguindo os princípios da
sustentabilidade ambiental?

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