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OLÍVIO GOMES

JESUS CRISTO
O DEUS ENCARNADO
Créditos

Título: Jesus Cristo o Deus Encarnado


Autor: Olívio Gomes
Editora: 100% Gospel

Equipe Editorial

Editor-Chefe: Olívio Gomes

Editora Assistente: Octacílio Garcia

Design de Capa: Olívio Gomes

Diagramação: Telma Gomes

Agradecimentos

Agradecemos a todos os leitores que dedicaram seu tempo para explorar este eBook e
aprofundar seu entendimento sobre a divindade de Jesus Cristo.

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JESUS CRISTO
O DEUS ENCARNADO

Olívio Gomes
A DIVINDADE DE CRISTO

ÍNDICE
Prefácio ......................................................................................................................................... 4
A DIVINDADE DE JESUS CRISTO .................................................................................................... 5
A eternidade de Jesus Cristo ..................................................................................................... 5
A Onisciência de Jesus Cristo .................................................................................................... 6
A Onipotência de Jesus Cristo ................................................................................................... 6
A Onipresença de Jesus Cristo .................................................................................................. 7
Jesus Cristo o Deus bendito ...................................................................................................... 7
JESUS CRISTO: O DEUS ENCARNADO ........................................................................................... 8
A adoração a Jesus como Deus ................................................................................................. 8
A NATUREZA DIVINA DE JESUS CRISTO........................................................................................ 9
O Verbo Encarnado ................................................................................................................... 9
A Confissão de Tomé ................................................................................................................. 9
Milagres e Manifestações ....................................................................................................... 10
A Revelação do Pai .................................................................................................................. 10
FUNDAMENTOS DA FÉ CRISTÃ ................................................................................................... 11
O Testemunho das Escrituras: ................................................................................................. 11
Os Ensinos de Jesus ................................................................................................................. 11
A Experiência da Igreja Primitiva ............................................................................................. 11
Implicações para a Vida Cristã ................................................................................................ 11
Rumo à Profundidade Divina .................................................................................................. 12
A união da natureza divina e humana em Cristo .................................................................... 12
A TRINDADE ................................................................................................................................ 13
A compreensão da unidade e trindade de Deus ..................................................................... 13
A Dança Divina ........................................................................................................................ 13
O Pai que ama o Filho.............................................................................................................. 13
O Filho que ora ao Pai ............................................................................................................. 14
O Espírito Santo que procede do Pai e do Filho ...................................................................... 14
O PAPEL DE CADA PESSOA DA TRINDADE ................................................................................. 14
O Papel do Pai ......................................................................................................................... 14
O Papel do Filho ...................................................................................................................... 14
O Papel do Espírito Santo ........................................................................................................ 14
DEUS SE MATOU PARA NÃO NOS MATAR ................................................................................. 15
JESUS, O SENHOR DO SÁBADO .................................................................................................. 16
ROMEU E JULIETA OU JESUS CRISTO?........................................................................................ 17
AGRADECIMENTO ....................................................................................................................... 19

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A DIVINDADE DE CRISTO

Prefácio
Caro leitor,

Ao folhear as páginas deste livro, você embarcará em uma jornada de reflexão e


descoberta sobre um dos temas mais profundos e controversos da história da
humanidade: a divindade de Jesus Cristo.

Vivemos em um mundo onde as crenças e as interpretações sobre a natureza de


Jesus variam amplamente. Alguns o veem como um grande mestre espiritual, outros
como um líder carismático, e há aqueles que O reconhecem como o Filho de Deus,
encarnado para redimir a humanidade.

Nesta obra, mergulharemos nas Escrituras Sagradas em busca de compreender


quem realmente foi Jesus Cristo e qual era a natureza de Sua divindade. Partindo de
premissas fundamentais, como os atributos que definem Deus e os relatos bíblicos
que destacam a eternidade, onisciência, onipotência, onipresença e dignidade de
adoração, exploraremos minuciosamente cada aspecto que confirma a divindade de
Jesus.

Ao longo das próximas páginas, você será conduzido por uma análise cuidadosa e
profunda dos textos sagrados, examinando desde as profecias do Antigo Testamento
até os ensinamentos e ações registrados nos Evangelhos, bem como as epístolas dos
apóstolos.

Por meio deste livro, esperamos oferecer não apenas uma compreensão mais clara
da divindade de Jesus, mas também provocar reflexões sobre o significado dessa
verdade em nossas vidas. Pois, ao reconhecer Jesus como Deus encarnado, somos
desafiados a reavaliar nossas convicções, nossas atitudes e nossa relação com Ele.

Que esta jornada seja enriquecedora e transformadora, guiando-o a uma


compreensão mais profunda do amor e da graça divina manifestados em Jesus
Cristo.

Que a luz da verdade ilumine o seu caminho enquanto exploramos juntos a


divindade de Jesus Cristo.

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A DIVINDADE DE CRISTO

A DIVINDADE DE JESUS CRISTO


Vivemos em um mundo onde muitas vezes hesitamos em aceitar a divindade
de Jesus e sua associação com Deus Pai, bem como seu estatuto como o verdadeiro
Deus e a vida eterna (Romanos 9:5). Existem cinco características que definem Deus
como Deus, e aquele que deseja ser reconhecido como tal deve possuí-las:
Eternidade, Onisciência, Onipotência, Onipresença e ser digno de Adoração.

Meus caros irmãos, consideremos que alguém só pode ser considerado Deus
se possuir essas características, pois as Sagradas Escrituras afirmam que somente
Deus é eterno (Salmos 90:2).

Então, o que é realmente a eternidade? Eternidade é um conceito além do


tempo; antes mesmo da existência do tempo, a eternidade já estava presente, e é por
isso que Deus é eterno.

Quanto à Onisciência, as Sagradas Escrituras afirmam que apenas Deus


conhece todas as coisas (Salmos 139:1-6), o que significa que somente Deus conhece
nossos pensamentos mais íntimos e os segredos mais profundos da criação.

No que diz respeito à Onipotência, isso significa que apenas Deus possui todo
o poder e toda a autoridade (Jó 42:2).

Agora, a Onipresença nos ensina que apenas Deus é Onipresente, ou seja, Ele
está presente em todos os lugares (Salmos 139:7-12).

A Bíblia nos instrui a adorar somente a Deus (Mateus 4:10).

Portanto, vemos que somente Deus é Eternidade, Onisciência, Onipotência,


Onipresença e é digno de Adoração. Será que Jesus possui esses atributos? Vamos
examinar o que a Bíblia nos revela.

A eternidade de Jesus Cristo

A Bíblia fala em vários livros que Jesus é eterno, no qual em Isaías 9:6, aparece
como o pai da eternidade.

Então quem é o pai da eternidade? Jesus, não é? Vemos que a própria Bíblia
diz que Jesus é Deus bendito eternamente (Romanos 9:5), e que a graça que nos foi
dada foi dada a Cristo antes dos tempos eternos (2Timóteo 1.9). Por este motivo,
Jesus é eterno e para Jesus não houve princípio nem fim, ou seja, Jesus não foi criado.

Espero não ter complicado você, amado, mas vamos continuar. Como já
vimos que só Deus é Onisciente e queremos saber se Jesus possui essas
características, nada melhor que recorrermos à Bíblia Sagrada.

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A DIVINDADE DE CRISTO

A Onisciência de Jesus Cristo

A Palavra de Deus afirma que Jesus possui um conhecimento completo e


abrangente, transcendendo as limitações humanas. Em João 16:30, é declarado que
Ele sabe todas as coisas, demonstrando uma compreensão total e absoluta do
universo e de cada ser nele contido. Sua sabedoria não se restringe apenas ao
conhecimento superficial, mas penetra nas profundezas das mentes e corações
humanos, como evidenciado em Apocalipse 2:23, onde é mencionado que Ele sonda
não apenas as ações externas, mas também os pensamentos e intenções mais
íntimas.
No relato de João 2:24-25, somos confrontados com a revelação de que Jesus
conhece o interior do homem. Ele não se limita à observação das aparências ou das
palavras proferidas, mas penetra na essência de cada indivíduo, discernindo suas
motivações mais profundas e suas verdadeiras naturezas. Essa compreensão íntima
e completa do ser humano é uma demonstração do seu poder divino e da sua
soberania sobre todas as coisas.
Portanto, ao reconhecer a onisciência de Jesus Cristo, somos confrontados
com a verdade incontestável de que Ele é muito mais do que um simples mestre ou
líder espiritual; Ele é o próprio Deus encarnado, cujo conhecimento e compreensão
transcendem os limites da mente humana. Essa verdade nos desafia a render nossas
vidas a Ele, confiando em Sua sabedoria infinita e em Seu amor incomparável.

A Onipotência de Jesus Cristo

Na busca pela compreensão da natureza divina, muitos questionam se Jesus,


sendo considerado filho de Deus, possui plena autoridade. Contudo, a análise das
Escrituras revela que Jesus detém toda a autoridade, desafiando as premissas
convencionais.

Em Mateus 28:18, a Bíblia afirma claramente que Jesus possui toda a


autoridade, consolidando sua posição como o ungido de Deus. Esta passagem, entre
outras, contradiz a ideia limitada de autoridade associada apenas ao Pai.
Além disso, em Filipenses 3:21, é proclamado que tudo está sob o domínio de
Jesus. Esta declaração enfatiza sua supremacia sobre todos os aspectos da
existência, transcendendo qualquer classificação terrena.
Ao considerar João 5:19, onde é afirmado que Jesus faz tudo o que o Pai faz, é
evidente que sua autoridade não é secundária, mas sim coextensiva com a do Pai.
Esta igualdade de ações demonstra sua divindade e a plenitude de sua autoridade.
Portanto, a conclusão inevitável é que Jesus Cristo detém toda a autoridade
nos céus, na terra e até mesmo debaixo da terra, conforme expresso em Mateus
28:18. Essa onipotência não só confirma sua divindade, mas também desafia nossa
compreensão convencional de hierarquia celestial.

Assim, a reflexão sobre a autoridade de Jesus nos leva a considerar sua


identidade divina de forma mais profunda, transcendendo noções limitadas de
filiação e hierarquia, e nos conduzindo a reconhecer sua soberania absoluta.

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A DIVINDADE DE CRISTO

A Onipresença de Jesus Cristo

Nós vimos acima que apenas Deus é Onipresente, ou seja, apenas Deus está
em todo lugar, mas e quanto a Jesus Cristo? Vamos ver o que a Bíblia diz, pois ela
será o nosso guia até o final do nosso estudo.

A Bíblia diz que Jesus afirmou: "Porque, onde estiverem dois ou três reunidos
em meu nome, aí estou eu no meio deles" (Mateus 18:20). E ainda declara que ele
estará connosco até a consumação dos tempos (Mateus 28:20).
Portanto, observamos que Jesus Cristo é:

Eterno – Isaías 9:6; Romanos 9:5; 2 Timóteo 1:9.


Onisciente – João 16:30; Apocalipse 2:23; João 2:24-25.
Onipotente – Mateus 28:18; Filipenses 3:21; João 5:19.
Onipresente – Mateus 18:20; Mateus 28:20.

Vimos que dos cinco atributos que mencionamos, Jesus Cristo possui quatro.
Falta apenas a adoração para ser considerado um Deus.

Jesus Cristo o Deus bendito

Então, sendo que a Bíblia afirma que apenas Deus deve ser adorado (Mateus
4:10) e muitos de nós não temos classificado Jesus como Deus, será ele digno de
adoração? Porque, se Jesus não é Deus, e se é, então Jesus é Deus. O que a Bíblia diz?

Vemos que Pedro em Atos 10:25-26 rejeitou adoração. Da mesma forma, em


Atos 14:11-15, Paulo rejeitou adoração. Inclusive, um anjo rejeitou adoração em
Apocalipse 22:8-9.

Porém, Jesus Cristo nunca rejeitou adoração; ao contrário, permitiu ser


adorado e se prostrou aos seus pés (Mateus 14:33; Mateus 9:18; Lucas 17:15-16 e
João 9:38). O próprio Deus ordenou que os anjos adorassem a Jesus (Hebreus 1.6).
A própria Bíblia diz que quem honra o Pai deve honrar o Filho (João 5:23), pois o Pai
é glorificado no Filho (João 14:13). Por isso, Jesus Cristo é digno de adoração. Se
Jesus Cristo é adorado, então ele é Deus, pois a Bíblia diz que apenas a Ele devemos
adorar e só a Ele devemos servir (Mateus 4:10).

Portanto, Jesus Cristo é digno de adoração e, assim, ele é Deus. A Bíblia afirma
que ele é o autor da vida (Atos 3:15), que não teve um começo (Hebreus 7:3), sendo
ele o criador de tudo e de todos (João 1:2).
Vemos que o Criador do universo se fez semelhante à sua própria criatura
para que o homem pudesse ser resgatado do pecado através do seu sacrifício na cruz
(Filipenses 2:5-11). Por isso, Jesus Cristo é 100% homem e 100% Deus. Embora
tenha se esvaziado de sua forma divina, ele nunca deixou de ser Deus. E é importante
compreendermos que não foi o Deus Pai que deu a sua vida por nós, mas sim o Deus
Filho.
Você pode se perguntar: então existe mais de um Deus? E a resposta é não!
Há apenas um Deus (Deuteronômio 6:4) em três pessoas distintas: Deus Pai, Deus
7
A DIVINDADE DE CRISTO

Filho e Deus Espírito Santo. Para um melhor entendimento, devemos compreender


que, quanto à sua essência, Deus é um, mas quanto à sua personalidade, ele é trino,
formando a trindade. Assim como temos corpo, alma e espírito, Deus é três em um,
como o ovo que possui clara, gema e casca, todos eles fazendo parte do ovo e
contribuindo para a formação de uma nova vida. Da mesma forma, Deus é trino, Pai,
Filho e Espírito Santo, todos possuindo os atributos de Deus, mas unidos em uma
única essência.
É importante não confundirmos as coisas, pois não foi o Deus Pai que deu a
sua vida, mas sim o Deus Filho, na pessoa de Jesus Cristo. E se alguém não aceita
Jesus como Deus, este não aceita o Pai, pois para que o Pai seja glorificado, devemos
glorificar o Filho, pois o Pai é glorificado no Filho (João 14:13). O próprio Jesus disse
que quem o vê, vê o Pai, e ninguém pode ver o Pai senão por ele (João 14:9). Ainda
afirmou que ninguém vai ao Pai senão por ele (João 14:6), e quando Filipe pediu para
ver o Pai, Jesus disse que ele está no Pai e o Pai está nele (João 14:9-11). Todo aquele
que crê que Jesus está no Pai e o Pai está em Jesus aceita a trindade, e quando aceita
a trindade, significa que ele acredita que Jesus e Deus são um só (João 10:30), e o
Espírito Santo faz parte dessa comunhão. Por isso, Jesus nos ensinou a batizar em
nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, pois, dessa forma, reconhecemos a obra
redentora de cada pessoa da Trindade.

JESUS CRISTO: O DEUS ENCARNADO


A adoração a Jesus como Deus

A adoração a Jesus é um elemento essencial na fé cristã, enraizada na


convicção de sua divindade. Desde os primórdios do Cristianismo, os fiéis,
embasados no testemunho das Escrituras e na experiência pessoal com Cristo
ressuscitado, têm dedicado seu louvor e devoção a ele como Senhor e Salvador
(Filipenses 2:9-11). A prática da adoração a Jesus vai além da mera reverência a um
grande mestre ou profeta; ela reflete a crença fundamental de que ele é Deus
encarnado, digno de toda a honra e glória.
Nas páginas dos Evangelhos, encontramos inúmeras passagens que
evidenciam a divindade de Jesus. Desde seus milagres extraordinários até suas
declarações sobre sua própria natureza, tudo aponta para sua identidade divina.
Jesus não apenas perdoava pecados, mas também aceitava adoração, algo reservado
exclusivamente a Deus. Seus ensinamentos revelavam uma compreensão única da
vontade divina e sua autoridade sobre as leis naturais e espirituais demonstrava sua
natureza transcendente.
Ao longo da história da Igreja, a adoração a Jesus como Deus tem sido um
pilar central da fé cristã. Nas reuniões de culto, os cristãos se reúnem para exaltar
não apenas um líder inspirador, mas o próprio Criador do Universo que se fez carne
e habitou entre nós (João 1:14). Essa adoração não se limita apenas às palavras
proclamadas ou às músicas entoadas, mas se manifesta também na vida diária dos
crentes, que buscam imitar o caráter e os ensinamentos de Cristo em seu viver
cotidiano.
A adoração a Jesus como Deus não é apenas uma questão teológica, mas
também uma experiência transformadora. Ao rendermos nossos corações diante

8
A DIVINDADE DE CRISTO

dele, somos confrontados com sua majestade e amor incondicional, o que nos leva a
uma entrega completa e uma vida de serviço ao seu Reino. É por meio da adoração
a Jesus que encontramos significado e propósito em nossas vidas, pois
reconhecemos nele a fonte de toda a vida e esperança.

Portanto, que nossa adoração a Jesus como Deus não seja apenas uma prática
ritualística, mas sim uma expressão sincera de nossa fé e devoção a aquele que é
digno de todo louvor e honra, agora e para sempre. Amém.

A NATUREZA DIVINA DE JESUS CRISTO


O Verbo Encarnado

Nas páginas dos Evangelhos, encontramos a mais sublime expressão da


revelação divina: a encarnação do Verbo. No Evangelho de João, capítulo 1, versículo
1, somos levados ao âmago da verdade eterna: "No princípio era o Verbo, e o Verbo
estava com Deus, e o Verbo era Deus." Essas palavras, carregadas de significado e
poder, ecoam através dos tempos, proclamando a eternidade e a divindade de Jesus
Cristo.

O Verbo, neste contexto, não é apenas uma palavra falada, mas a


manifestação viva e personificada da vontade e do propósito de Deus. Ele não apenas
existia no início dos tempos, mas estava em comunhão perfeita com Deus e era Deus.
Aqui, em um único versículo, a profundidade da teologia cristã é encapsulada: Jesus
Cristo não é apenas um homem extraordinário ou um mestre sábio, mas o próprio
Deus encarnado.

Ao contemplarmos essa verdade fundamental, somos levados a refletir sobre


a magnificência do plano divino de redenção. O Verbo, que era eterno e divino, se fez
carne e habitou entre nós (João 1:14). Ele desceu dos céus, assumindo a forma
humana, para reconciliar a humanidade consigo mesma e com o Pai celestial.
A encarnação de Jesus Cristo é o ponto central da história humana e da
revelação divina. É através dele que conhecemos o amor incomparável de Deus pela
humanidade, expresso de maneira tangível e acessível. Nele, vemos a perfeita união
entre a divindade e a humanidade, revelando-nos a possibilidade da redenção e da
vida eterna.
Que possamos, portanto, contemplar com reverência e gratidão o mistério da
encarnação. Que possamos reconhecer, no Verbo feito carne, a luz que ilumina as
trevas, a esperança que transcende a dor e a vida que vence a morte. Que possamos,
em cada página dos Evangelhos, encontrar não apenas palavras de sabedoria, mas a
própria presença de Deus, manifestada em Jesus Cristo, o Verbo encarnado.

A Confissão de Tomé

No livro sagrado, no Evangelho de João, encontramos um testemunho


singular que ecoa através dos séculos. É um momento de revelação que transcende
a compreensão humana e alcança as profundezas da fé. No capítulo 20, versículo 28,
somos apresentados à cena em que Tomé, um dos discípulos de Jesus, confronta a
realidade da ressurreição.

9
A DIVINDADE DE CRISTO

Imerso em dúvidas e incertezas, Tomé representa muitos de nós que, em


tempos de adversidade, questionam a presença e o poder de Deus. No entanto, a
resposta que ele recebe é tão poderosa quanto inegável. Diante do Cristo
ressuscitado, Tomé não pode mais duvidar. Seu coração se enche de admiração e
reverência, e ele proclama em um momento de clareza espiritual: "Meu Senhor e
meu Deus!"
Essas não são apenas palavras pronunciadas no calor do momento; são um
testemunho eterno da divindade de Jesus. Em sua confissão, Tomé reconhece não
apenas a presença física de Jesus, mas também a sua natureza divina. Ele se curva
diante do Salvador não apenas como um mestre ou profeta, mas como seu Senhor e
seu Deus.

Essa revelação não é exclusiva para Tomé. Ela ecoa através das eras,
desafiando-nos a examinar nossas próprias crenças e a reconhecer a verdade
inegável que permeia a história da humanidade: Jesus Cristo é Deus encarnado. Seu
poder transcende os limites da compreensão humana e sua presença continua a
impactar as vidas daqueles que o buscam.
Que a confissão de Tomé sirva como um lembrete constante da grandeza e da
majestade de nosso Senhor e Salvador. Que possamos, como ele, reconhecer a
divindade de Jesus em nossas próprias vidas e proclamar com convicção: "Meu
Senhor e meu Deus!"

Milagres e Manifestações

Os relatos dos milagres de Jesus ressoam com ação divina e autoridade


celestial. Desde a transformação da água em vinho até a ressurreição de Lázaro, cada
milagre atesta não apenas ao poder sobrenatural de Jesus, mas também à sua
natureza divina. Em cada cura e em cada prodígio, vemos a manifestação do Filho de
Deus, que veio para redimir e restaurar.

A Revelação do Pai

Nas escrituras sagradas, encontramos tesouros de sabedoria que revelam a


essência divina de Jesus Cristo. Em suas próprias palavras, ele desvela mistérios que
transcendem a compreensão humana, convidando-nos a contemplar a profundeza
do amor do Pai Celestial.
No Evangelho segundo João, capítulo 10, versículo 30, Jesus proclama com
autoridade e clareza: "Eu e o Pai somos um". Essa afirmação não é meramente uma
declaração de proximidade ou cooperação, mas uma revelação da união íntima que
existe entre ele e o Pai. Nesse único versículo, encontramos um tesouro de
significado que nos desafia a mergulhar nas profundezas do mistério divino.

Aqui, Jesus não está simplesmente afirmando sua afinidade com o Pai, mas
está revelando sua própria divindade. Ele está nos convidando a contemplar a
singularidade de sua pessoa, que transcende as limitações do tempo e do espaço. Em
sua união com o Pai, encontramos a plenitude da divindade manifesta em forma
humana.

10
A DIVINDADE DE CRISTO

Essa revelação não é apenas uma questão de doutrina, mas uma verdade que
ecoa nos recessos de nossas almas. Ela nos chama a reconhecer a presença de Deus
em nossa própria vida, convidando-nos a nos unir a Ele em amor e adoração. Através
dessa união com o Pai, somos transformados e renovados em sua imagem e
semelhança.

À medida que contemplamos a revelação do Pai em Jesus Cristo, somos


convidados a mergulhar mais profundamente no mistério do amor divino. Que
possamos abrir nossos corações e mentes para receber essa verdade
transformadora, permitindo que ela nos guie em nossa jornada espiritual e nos leve
à plenitude da vida em Cristo.

FUNDAMENTOS DA FÉ CRISTÃ
À luz das evidências bíblicas da divindade de Jesus Cristo, somos chamados a
firmar nossa fé na rocha sólida da revelação divina. Em meio aos debates teológicos
e desafios contemporâneos, as Escrituras permanecem como a fonte suprema de
autoridade e verdade. Que possamos nos encher da maravilha e do mistério da
encarnação, permitindo que a verdade da divindade de Jesus Cristo permeie cada
aspecto de nossa vida e devoção.

O Testemunho das Escrituras:


Desde o Antigo Testamento até o Novo, as Escrituras testemunham
claramente sobre a divindade de Jesus Cristo. Profecias messiânicas como as
encontradas em Isaías 9:6 e Miqueias 5:2 apontam para a vinda de um Salvador que
é mais do que simplesmente humano, mas divino em sua natureza.

Os Ensinos de Jesus

Ao longo de seu ministério terreno, Jesus não apenas proclamou sua


divindade, mas também realizou milagres e ensinou com autoridade divina. Seus
discursos, como registrado nos Evangelhos, revelam sua íntima conexão com o Pai
Celestial e sua identidade única como Filho de Deus.

A Experiência da Igreja Primitiva

Os primeiros cristãos, impulsionados pelo Espírito Santo, reconheceram e


confessaram a divindade de Jesus Cristo. Suas epístolas e escritos refletem uma
profunda compreensão da encarnação e sua importância para a redenção da
humanidade.

Implicações para a Vida Cristã

A verdade da divindade de Jesus Cristo não é meramente uma doutrina


abstrata, mas tem implicações profundas para nossa vida diária como seguidores de
Cristo. Reconhecer Jesus como Senhor e Salvador não apenas nos leva a uma
adoração mais profunda, mas também nos desafia a vivermos de acordo com seus
ensinamentos e exemplo.

11
A DIVINDADE DE CRISTO

Rumo à Profundidade Divina


À medida que exploramos as profundezas das Escrituras Sagradas, somos
convidados a contemplar a beleza e a majestade do Verbo encarnado. Que possamos
continuar nossa jornada de fé com humildade e reverência, buscando cada vez mais
compreender a maravilha da divindade de Jesus Cristo, o Filho unigênito de Deus,
que veio ao mundo para reconciliar a humanidade consigo mesma.

A união da natureza divina e humana em Cristo

Ao mergulharmos na complexidade da natureza de Jesus Cristo, somos


confrontados com a extraordinária união entre o divino e o humano. Este conceito,
conhecido como a doutrina da encarnação, é fundamental para a fé cristã e encontra
sua base nas Escrituras Sagradas.
Em João 1:14, somos apresentados à sublime realidade da encarnação: "E o
Verbo se fez carne e habitou entre nós". Essas palavras ecoam através dos séculos,
revelando a essência da pessoa de Jesus Cristo. Ele, o eterno Verbo de Deus, o
próprio Filho, assumiu uma forma humana, tornando-se plenamente humano sem
deixar de ser plenamente divino.

Essa união hipostática é um mistério profundo, que transcende nossa


compreensão finita. No entanto, as Escrituras nos convidam a contemplar essa
verdade e a mergulhar em sua significância para nossas vidas.

Ao olharmos para a vida terrena de Jesus, vemos sua humanidade em toda a


sua plenitude. Ele sentiu fome, cansaço e dor. Ele experimentou a alegria da
comunhão e a tristeza da separação. Em tudo isso, ele compartilhou em nossa
humanidade, exceto pelo pecado (Hebreus 4:15). Essa é uma verdade extraordinária
e reconfortante: o Filho de Deus caminhou entre nós, conheceu nossas lutas e
provações, identificou-se connosco em nossa fragilidade.
No entanto, ao mesmo tempo, Jesus também exibiu atributos divinos que
transcendem o humano. Ele realizou milagres, revelou o coração do Pai e proclamou
a verdade que traz liberdade. Sua autoridade sobre a natureza, sobre os demônios e
sobre a própria morte testemunha sua divindade.
Essa união única de duas naturezas em uma pessoa é o alicerce sobre o qual
repousa toda a nossa esperança. Pois, em Cristo, vemos não apenas o amor de Deus
manifestado, mas também o caminho para a reconciliação e redenção da
humanidade. Ele, que é totalmente divino, nos conduz a uma comunhão restaurada
com o Pai Celestial.

À luz da encarnação, somos convidados a contemplar não apenas a grandeza


de Deus, mas também a dignidade da humanidade. Pois, em Cristo, vemos a união
perfeita entre o divino e o humano, e somos chamados a viver em conformidade com
essa realidade transformadora.
Que possamos nos maravilhar diante desse mistério insondável e permitir
que ele permeie cada aspecto de nossas vidas, orientando-nos para uma comunhão
mais profunda com o nosso Deus que se fez carne e habitou entre nós.

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A DIVINDADE DE CRISTO

A TRINDADE
A compreensão da unidade e trindade de Deus

A doutrina da Trindade, embora complexa, encontra sua base e sua revelação


nas Sagradas Escrituras. Ao examinarmos os textos bíblicos, podemos vislumbrar
indícios e revelações da natureza triúna de Deus, revelando sua singularidade e sua
complexa unidade.
No Antigo Testamento, encontramos pistas que apontam para a existência de
Deus em três pessoas distintas. Por exemplo, em Gênesis 1:26, Deus diz: "Façamos o
homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança", sugerindo uma pluralidade
dentro da divindade. Em Isaías 6:8, ouvimos o Senhor perguntar: "Quem enviarei?
Quem irá por nós?", indicando novamente uma pluralidade de pessoas divinas.
No Novo Testamento, essa revelação se torna ainda mais clara, especialmente
nos relatos dos evangelhos e nas epístolas de Paulo. Por exemplo, no batismo de
Jesus, vemos o Pai falando do céu, o Filho sendo batizado e o Espírito Santo descendo
como uma pomba (Mateus 3:16-17). Em Mateus 28:19, Jesus comissiona seus
discípulos a fazerem discípulos de todas as nações, batizando-os "em nome do Pai,
do Filho e do Espírito Santo", destacando a igualdade e a coexistência das três
pessoas divinas.
Além disso, em João 14-16, Jesus promete enviar o Espírito Santo como
Consolador e Guia, revelando assim a relação íntima e inseparável entre o Pai, o
Filho e o Espírito Santo. Paulo, em suas epístolas, também faz referência à Trindade
em passagens como 2 Coríntios 13:14, onde escreve: "A graça do Senhor Jesus Cristo,
o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós".

Assim, ao examinarmos as Escrituras Sagradas, vemos que a doutrina da


Trindade não é apenas uma construção teológica, mas uma verdade revelada por
Deus ao longo da história da redenção. Ela nos convida a contemplar a profunda
complexidade da natureza divina e a nos maravilhar com o amor e a comunhão entre
o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Que possamos, portanto, mergulhar nas Escrituras
com humildade e reverência, buscando compreender cada vez mais o mistério da
Trindade e sua relevância para nossa fé e prática cristã.

A Dança Divina

A Trindade, um mistério profundo e fundamental da fé cristã, revela uma


comunhão íntima entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Este livro busca explorar
essa relação sagrada à luz das Escrituras, destacando como cada pessoa da Trindade
está ativamente envolvida na obra da redenção e na relação amorosa com a
humanidade. Vamos mergulhar nas bases bíblicas que revelam a interação divina
entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

O Pai que ama o Filho

João 3:35 nos revela a profunda afeição do Pai pelo Filho: "O Pai ama o Filho
e entregou tudo em sua mão." Neste capítulo, vamos explorar o amor incondicional
do Pai pelo Filho, que transcende o tempo e o espaço. Veremos como esse amor se

13
A DIVINDADE DE CRISTO

manifesta na comunhão eterna entre o Pai e o Filho, refletindo a perfeição da


unidade divina.

O Filho que ora ao Pai

João 17 nos oferece uma visão privilegiada da relação entre o Filho e o Pai
através da oração sacerdotal de Jesus. Neste capítulo, examinaremos as palavras do
próprio Cristo enquanto Ele se dirige ao Pai em uma comunhão profunda e
reverente. Veremos como a oração de Jesus revela Sua submissão à vontade do Pai
e Sua confiança na soberania divina.

O Espírito Santo que procede do Pai e do Filho

João 15:26 nos revela o papel único do Espírito Santo na Trindade: "Mas,
quando vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade,
que do Pai procede, esse dará testemunho de mim." Neste capítulo, exploraremos a
obra do Espírito Santo na revelação da verdade divina e na convicção dos corações
humanos. Veremos como o Espírito Santo é o vínculo de amor que une o Pai e o Filho,
manifestando-se na vida da Igreja e na experiência pessoal dos crentes.

O PAPEL DE CADA PESSOA DA TRINDADE


A compreensão da Trindade na obra redentora é essencial para os cristãos,
pois revela a profunda harmonia e cooperação entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo
na salvação da humanidade. Nesta página, exploraremos brevemente o papel
específico de cada pessoa da Trindade nessa obra redentora, fundamentando-nos
nas escrituras sagradas.

O Papel do Pai

O Pai desempenha um papel fundamental ao enviar o Filho ao mundo para a


redenção da humanidade. João 3:16 declara: "Porque Deus amou o mundo de tal
maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça,
mas tenha a vida eterna." O sacrifício de Jesus na cruz foi o cumprimento do plano
divino do Pai para reconciliar a humanidade consigo mesma.

O Papel do Filho

Jesus Cristo, o Filho de Deus, veio ao mundo para cumprir o propósito


redentor do Pai. Ele voluntariamente se entregou à morte na cruz como um sacrifício
pelos pecados da humanidade. 1 João 2:2 afirma: "Ele é a propiciação pelos nossos
pecados e não somente pelos nossos próprios, mas também pelos pecados de todo
o mundo." A morte e ressurreição de Jesus proporcionaram a expiação e a
reconciliação entre Deus e os seres humanos.

O Papel do Espírito Santo

Após a ascensão de Jesus, o Espírito Santo foi enviado para habitar nos
crentes e capacitá-los para viver uma vida de santidade e testemunho. João 16:8-11
revela que o Espírito Santo convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo,

14
A DIVINDADE DE CRISTO

levando as pessoas ao arrependimento e à fé em Jesus Cristo. Além disso, o Espírito


Santo regenera os corações dos crentes, tornando-os novas criaturas em Cristo e
capacitando-os para viver uma vida transformada.
A cooperação harmoniosa entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo na obra
redentora demonstra o amor e a graça abundantes de Deus para com a humanidade.
Cada pessoa da Trindade desempenha um papel específico e complementar na
salvação dos pecadores, revelando a natureza multifacetada do plano redentor de
Deus. Que possamos contemplar com reverência e gratidão o trabalho conjunto da
Trindade na nossa salvação e viver em resposta a esse amor transformador. Amém.

DEUS SE MATOU PARA NÃO NOS MATAR


Este é um tema que tem gerado muitos conflitos, e para compreendermos esta
afirmação, é necessário primeiro entendermos a natureza de Deus.

Quem é Deus, Afinal de Contas?

De acordo com as escrituras, Deus é eterno (Salmos 90:2), onisciente (Salmos 139:1-
6), onipotente (Jó 42:2), onipresente (Salmos 139:7-12) e digno de toda adoração
(Deuteronômio 10:20).

Resumindo, ele é o criador de todas as coisas (Gênesis 1:1), até aqui tudo bem.

É importante mencionar que o texto de Gênesis 1:1, que diz: "No princípio criou
Deus o céu e a terra", no original aparece da seguinte forma: Bereshit bara Elohim et
hashamayim ve'et ha'aretz. Vamos destacar a palavra Elohim, que significa "deuses",
aparecendo no plural.

Elohim é plural em si e em sua concordância. Você pode estar se perguntando o que


isso tem a ver com o tema? Calma, vamos chegar lá, pois você não pode sair de Angola para
a Europa sem atravessar o mar.

Continuando! Você pode perguntar então se existe mais de um Deus?

Não, há um só Deus (Deuteronômio 6:4) em três pessoas distintas: Deus Pai (o Todo-
Poderoso), Deus Filho (Jesus, que também é Todo-Poderoso, pois lhe foi dado todo poder na
terra e abaixo da terra) e Deus Espírito Santo (o Espírito de Deus que habita em nós ). Para
um melhor entendimento, devemos saber que Deus, em sua essência, é um, mas em sua
personalidade, é trino, o que chamamos de trindade. Assim como nós temos o corpo, a alma
e o espírito, assim é Deus: três em um. Todos levando o atributo de Deus, mas mais ligado a
uma única essência.

Agora, vamos entrar em nosso tema: Deus se matou para não nos matar.

Vamos viajar para Filipenses 2. A Bíblia nos diz que Jesus estava na forma de Deus,
não considerou a igualdade com Deus como algo a ser usado para seu próprio benefício. O
que entendemos nesse versículo? Que Jesus era Deus! Porque era igual a Deus! E se el e era
Deus, tudo o que existe foi feito por meio dele, e sem ele nada do que existe existiria (João
1). Continuando em Filipenses 2, diz que Jesus (Deus) esvaziou-se a si mesmo, tomando a
forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;

15
A DIVINDADE DE CRISTO

E, encontrado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente


até a morte, e morte de cruz. Então Deus se desfez de sua santidade, tornou-se homem para
enfrentar o pecado, a fim de resgatar o pecador do pecado. O que nos separava de Deus era
o pecado, então o Santo se fez pecador (Jesus não cometeu pecado) para tirar o pecador do
pecado e dar-lhe a chance de voltar a ser santo. Por isso está escrito: "Eu sou o Caminho, a
Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim" (João 14:6).

Está escrito também: "Quem crê no Filho tem a vida eterna; quem não crê no Filho
não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele" (João 3:36). Isso só acontece porque
Jesus era o Deus encarnado na terra.

Ninguém matou Jesus (Deus) porque nenhum ser tem poder ou autoridade para matar Deus,
já que Jesus é Deus. Por esse motivo, ele foi obediente até a morte, mas ao morrer, Jesus
olhou para os seus e disse: "Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito" (Lucas 23 :46).
Entenda, o fôlego de vida de Jesus saiu quando ele entregou o espírito para Deus Pai.

Se alguém nos der um tiro, vamos morrer sem sequer falar isso, mas para Jesus
morrer, era necessário falar isso.

Sabes por quê? Jesus é o autor da vida, ou seja, ele é a vida (João 14:6), e ninguém
consegue tirar a vida de Jesus, porque ele é quem nos deu a vida. Ele tirou a vida terrena de
seu próprio corpo, provando a morte, vencendo-a e hoje tem a chave da vida e da morte.

Isso prova que ele não morreu porque os homens queriam que ele morresse, mas
porque ele permitiu. Ele poderia muito bem ter dito a todos: "Devolvam -me o fôlego de vida,
pois não vos pertence".

Agora que entendemos que ninguém matou Jesus (Deus), vamos ver por que Deus
se matou para não nos matar.

É muito simples: antes, éramos por natureza filhos da ira (Efésios 2:1-4), estávamos
condenados pela lei. Mas Jesus (Deus) trouxe vida em abundância (João 10:10). Por causa
dele, não estamos mais condenados, fomos justificados pelo sangue imaculado do Cordeiro,
recebendo o Espírito de adoção como filhos, através do qual podemos clamar: "Abba, Pai!"
(Romanos 8:15). Tornamo-nos herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, se de fato
participarmos dos seus sofrimentos, para que também participemos da sua glória
(Romanos 8:17).

JESUS, O SENHOR DO SÁBADO


Há muito a ser discutido sobre este assunto! Quando Deus criou o mundo, Ele
abençoou e santificou o dia de sábado. Portanto, ninguém pode afirmar que outro
dia, como o domingo, tem essa santidade.

Nos relatos do Novo Testamento, vemos que Jesus e seus discípulos


guardavam o sábado, e até mesmo Maria respeitou esse dia, conforme registrado em
Marcos 16:1. Ela esperou o sábado passar antes de ir ao túmulo de Jesus para ungir
seu corpo. Embora pudesse tê-lo feito no sábado de manhã, já que Jesus foi
crucificado numa sexta-feira à tarde, por respeito à Lei de Deus, ela aguardou até o
PRIMEIRO DIA da semana, ou seja, o domingo. Isso evidencia a eternidade da Lei de
Deus e Sua imutabilidade. A Bíblia aborda repetidamente o descanso e a observância
do sábado, como em Hebreus 4 e Mateus 5:17,18, Êxodo 20:8-9.

16
A DIVINDADE DE CRISTO

A questão do julgamento e das festas mencionadas em Colossenses 2:16-17


refere-se aos mandamentos cerimoniais daquela época. Julgar aqui significa que não
nos cabe julgar os outros, pois essas coisas são sombras do que estava por vir, e o
julgamento é atribuição de Cristo.

O principal é que guardamos o sábado não para obter salvação, pois a


salvação não é obtida pela lei. A salvação é exclusivamente pela graça de Deus e pela
fé em Seu filho, Jesus Cristo. No entanto, guardamos o sábado como resultado de um
coração transformado, seguindo todos os mandamentos de Deus e não apenas
alguns deles.

A Bíblia nos diz sobre a salvação: "Pois vocês são salvos pela graça, por meio
da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se
glorie" (Efésios 2:8-9). Aqui, vemos que somos salvos pela graça, e quem é essa
Graça? É Jesus. Além disso, não somos salvos pelas obras da lei, pois isso levaria as
pessoas a se glorificarem mutuamente por suas obras. João 5:24 nos assegura que a
vida eterna é alcançada por ouvir a palavra de Jesus e crer naquele que o enviou.

A Lei não nos salva, mas sim a graça. Simples, não? Guardar os mandamentos
não garante a entrada no Reino de Deus. A salvação é obtida única e exclusivamente
pela graça de Jesus, que nos é oferecida gratuitamente. A graça é um presente de
Deus, concedido aos pecadores sem que mereçam. Medite em Colossenses 2:16-17,
pois há muito a se entender.

Que Deus o abençoe e que continuemos a estudar a Bíblia, lembrando sempre


que um texto sem seu contexto pode ser usado de forma distorcida.

ROMEU E JULIETA OU JESUS CRISTO?


No coração das discussões sobre as mais belas histórias de amor, paira a questão da
transcendência do sentimento. Será que uma história de amor é definida pelo seu
impacto temporal ou pela sua capacidade de transcender as barreiras do espaço e
do tempo, deixando um legado de redenção e esperança?

Consideremos, por um momento, a clássica narrativa de Romeu e Julieta. Seus


nomes são entrelaçados em um trágico romance, onde o amor floresce em meio ao
ódio das famílias rivais. A paixão arrebatadora que os consome os leva a escolhas
desesperadas, culminando em um desfecho fatal que os une na morte. Uma história
comovente, sem dúvida, mas será essa a maior história de amor?

Por outro lado, há dois mil anos, nasceu um homem cujo amor transcendeu as
fronteiras do entendimento humano. Seu nome é Jesus Cristo, e sua missão era
redimir a humanidade do pecado, restaurando o relacionamento perdido com o
Criador. Seu amor não se limitou a palavras ou gestos, mas foi demonstrado na
entrega suprema de sua própria vida. A cruz se tornou o símbolo máximo desse
amor incondicional, onde Ele suportou o peso dos pecados da humanidade para
oferecer perdão e reconciliação.

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A DIVINDADE DE CRISTO

Enquanto Romeu e Julieta foram símbolos de amor apaixonado, a história de Jesus


Cristo vai além. Seu amor não apenas uniu dois corações, mas abraçou toda a
humanidade em sua infinitude. Ele não apenas enfrentou a morte por amor, mas
venceu-a, oferecendo vida eterna àqueles que creem Nele.

Assim, enquanto as páginas da história continuam a contar as façanhas de Romeu e


Julieta, é na cruz de Cristo que encontramos a suprema demonstração de amor. Um
amor que transcende o tempo, que alcança os corações mais distantes e que oferece
esperança mesmo nas situações mais sombrias. Esta é a história de amor que ecoa
através dos séculos, convidando a todos para experimentar a plenitude do amor
redentor de Cristo.

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A DIVINDADE DE CRISTO

AGRADECIMENTO

Querido leitor,

É com profunda gratidão que escrevo esta nota, expressando meu sincero apreço
pelo seu interesse e dedicação ao meu livro "A Divindade de Jesus Cristo". É uma
bênção poder compartilhar essas reflexões e ensinamentos sobre a natureza divina
de nosso Senhor e Salvador.

Ao longo das páginas, buscamos examinar de forma minuciosa as características que


definem Deus, e como Jesus Cristo, em sua plenitude, possui esses atributos,
demonstrando assim sua divindade incontestável. Desde a eternidade até a
dignidade de adoração, exploramos as Escrituras Sagradas para iluminar essa
verdade fundamental da nossa fé.

Suas palavras são mais do que elogios; são um testemunho do desejo de


compreender e abraçar a verdade revelada nas Escrituras. Sua disposição em
mergulhar nas profundezas da Palavra de Deus é verdadeiramente inspiradora.

Que este livro tenha sido uma fonte de edificação espiritual e fortalecimento da sua
fé, levando-o a um relacionamento mais íntimo com nosso Senhor Jesus Cristo. Que
a luz da sua divindade continue a brilhar em seu coração, guiando-o e fortalecendo-
o em todos os caminhos.

Mais uma vez, expresso minha sincera gratidão por sua leitura atenta e por
compartilhar este momento de estudo e reflexão comigo. Que Deus o abençoe
ricamente e o conduza em sua jornada de fé.

Com gratidão e bênçãos,


OLÍVIO GOMES

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