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Apocalipse 2:1 - 3:22

Cartas às Sete Igrejas da Ásia


Segundo o texto de Apocalipse 1.19, a revelação é para o PASSADO “as coisas que viste”, para o PRESENTE “as
coisas que são” e para o FUTURO “as que hão de vir”. Por isso a validade desta mensagem é sempre atual, pois
engloba a eternidade além do tempo humano.
E Jesus incumbiu João de enviar às sete igrejas a sua mensagem através das cartas. Nos capítulos 2 e 3, vemos que
Ele deu mensagens especiais a cada uma dessas igrejas. A estrutura do texto é semelhante em cada uma das sete
cartas às Igrejas da Ásia Menor. Também existem expressões que se repetem em cada uma das cartas.
Cada carta segue quase a mesma estrutura:
a) APRESENTAÇÃO: começa se apresentando e indicando o destinatário que era o pastor da igreja.
b) ELOGIO: uma palavra de apoio pelo trabalho da igreja.
c) REPREENSÃO: correção aos erros da igreja e conselhos sobre como mudar.
d) PROMESSA: uma palavra de motivação para quem vencer.

Palavras-chave das Sete Cartas:


A- APRESENTAÇÃO
- AO ANJO DA IGREJA (Apocalipse 2.1; 2.8; 2.18; 3.1; 3.7 e 3.14): as sete vezes que esta expressão anjo é citada
se referem aos pastores ou mensageiros das Igrejas de “Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e
Laodicéia” (Apocalipse 1.11).
- ISTO DIZ ou ASSIM DIZ (Apocalipse 2.1; 2.8; 2.12; 2.18; 3.1; 3.7 e 3.14): Jesus começa sua mensagem se
apresentando de uma forma diferente.
- SETE DESCRIÇÕES sobre Jesus às Igrejas do Apocalipse:
1- Éfeso - “aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete candeeiros de ouro”
(Apocalipse 2.1).
2- Esmirna - “o primeiro e o último, que foi morto e reviveu” (Apocalipse 2.8).
3- Pérgamo - “aquele que tem a espada aguda de dois gumes” (Apocalipse 2.12).
4- Tiatira - “o Filho de Deus, que tem os olhos como chama de fogo, e os pés semelhantes a latão reluzente”
(Apocalipse 2.18).
5- Sardes - “aquele que tem os sete espíritos de Deus, e as estrelas” (Apocalipse 3.1).
6- Filadélfia - “o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; e fecha,
e ninguém abre” (Apocalipse 3.7).
7- Laodiceia - “o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus” (Apocalipse 3.14).

B – ELOGIO
1. Éfeso:
-Era autêntica e ensinava a doutrina verdadeira

-Era uma igreja de muito trabalho e esforço

-Tinha paciência e perseverança

-Pôs a prova os maus crentes


-Sofreu mas não se cansou

-Não permitiu os maus na comunhão da igreja.

-Odeia as obras dos nicolaítas –

2. Esmirna:

– Eu sei as tuas obras

– Sei das tuas tribulações e dificuldades econômicas

– Conheço a tua pobreza, mas tu és rico

3. Pérgamo:
– Sei as tuas obras

– Retens o Meu Nome

– Não negaste a minha fé

– Antipas minha fiel testemunha foi morto entre vós

4. Tiatira:

- Conheço a tua caridade (amor)

– Serviço, fé e paciência

– Tuas últimas obras são mais que as primeiras.

5. Sardes:
– Tens pessoas que não contaminaram seus vestidos; comigo andarão de branco.

6. Filadélfia:
– Guardaste a minha Palavra.

– Não negaste o Meu Nome.

7. Laodiceia:
- Não recebeu nenhum elogio

C – REPREENSÃO
1. Éfeso:
2. Esmirna:
3. Pérgamo:
4. Tiatira:
5. Sardes:
6. Filadélfia:
7. Laodiceia:
– Nem és frio nem quente.
– Vomitar-te-ei da minha boca (a água morna é usada para provocar vômito)
– Eu repreendo e castigo todos quantos amo.

D - PROMESSA
1. Éfeso:
2. Esmirna:
3. Pérgamo:
4. Tiatira:
5. Sardes:
6. Filadélfia:
7. Laodiceia:

Lições:
1. Éfeso:
 Ao anjo da igreja em Éfeso
 ...daquele que tem os sete espíritos de Deus e as sete estrelas. Conheço as suas obras;
 uma igreja doutrinariamente sólida e ativa,
 ainda que seu amor tivesse ficado frio. É perigoso permitir que nosso serviço a Deus se torne mecânico e
ritual; o primeiro mandamento é amar a Deus com todo o coração. Quando uma igreja deixa de amar a
Deus ela prejudica sua relação com ele.
Deixaste o primeiro amor, arrepende-te. Cristo é aquele que tem as igrejas na sua mão direita, isto é, que
lhe sustenta a obra.

2. Esmirna: esses irmãos estavam sofrendo perseguição e dificuldades econômicas, mas Deus estava orgulhoso
deles. O mito que a fidelidade a Deus sempre traz prosperidade e termina o sofrimento é falso. Tereis
tribulação, mas sê fiel até a morte. Jesus apresenta-se como aquele que havia experimentado a perseguição, até
mesmo a morte e havia vencido.

3. Pérgamo: esse grupo permanecia fiel mesmo quando um membro foi martirizado, mas tinha um grande
problema: tolerava o ensino de falsas doutrinas que encorajavam idolatria e imoralidade. O Senhor ameaçou
fazer guerra contra ele. Tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, arrepende-te. Cristo glorificado é quem
maneja a espada dividindo a igreja do mundo.

4. Tiatira: essa congregação estava procedendo bem de todos os modos (2:19), mas foi criticada pelo Senhor
porque aceitava uma mulher "que a si mesma se declara profetisa" que promovia pecado sexual. As igrejas têm
que rejeitar os membros que encorajam o pecado (Tito 3:10-11). Toleras Jezabel. Cristo é Juiz com olhos como
chamas de fogo.

5. Sardes: essa igreja tinha grande reputação, mas a realidade desmentia o nome. Não podemos descansar sobre
nosso passado. As igrejas vivem por causa de seu atual serviço a Deus. Tens nome de que vives, e estás morto.
Jesus tem os sete Espíritos de Deus e pode ressuscitar os crentes da morte para a vida.

6. Filadélfia: as duas igrejas que não foram criticadas (Esmirna e Filadélfia) eram as igrejas que sofriam maior
perseguição. O Senhor reassegurou-as de que era ele quem tinha a chave, e que quando ele abrisse a porta para
elas, ninguém seria capaz de fechá-la. Eis que diante de ti pus uma porta aberta. Cristo é quem quer abrir a
porta para a evangelização.

7. Laodiceia: Se autoconfiança fosse o padrão, essa igreja seria proeminente. Sua autoconfiança era imensa, mas
sua falta de fervor tinha deixado o Senhor do lado de fora, batendo na porta para entrar em sua própria igreja.
Arrogância e prosperidade material frequentemente produzem cristãos complacentes. Nem és frio nem quente,
estou a ponto de vomitar-te. Cristo é a Fiel e Verdadeira Testemunha, tirando da igreja a máscara da satisfação
em si mesma.

Como interpretar as Sete Igrejas do Apocalipse?


Vamos aprender um método de interpretação Literal, Histórica e Moral das Sete Igrejas:

1- Interpretação LITERAL
A primeira forma de ler o texto é de forma literal ou também pode ser de forma literária. Ou seja, o que diz o texto
realmente? Estas sete igrejas existiram de verdade e precisamos entender o que acontecia naquele tempo nestas
comunidades. Devemos estudar o texto como está e entender as suas palavras.

Estrutura literária das Sete Cartas:


a) APRESENTAÇÃO: começa se apresentando e indicando o destinatário que era o pastor da igreja.
b) ELOGIO: uma palavra de apoio pelo trabalho da igreja.
c) REPREENSÃO: correção aos erros da igreja e conselhos sobre como mudar.
d) PROMESSA: uma palavra de motivação para quem vencer.

Palavras-chave das Sete Cartas:


- AO ANJO DA IGREJA (Apocalipse 2.1; 2.8; 2.18; 3.1; 3.7 e 3.14): as sete vezes que esta expressão anjo é citada
se referem aos pastores ou mensageiros das Igrejas de “Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e
Laodicéia” (Apocalipse 1.11).
- ISTO DIZ ou ASSIM DIZ (Apocalipse 2.1; 2.8; 2.12; 2.18; 3.1; 3.7 e 3.14): Jesus começa sua mensagem se
apresentando de uma forma diferente.
Sete descrições sobre Jesus às Igrejas do Apocalipse:
1- “aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete candeeiros de ouro” (Apocalipse 2.1).
2- “o primeiro e o último, que foi morto e reviveu” (Apocalipse 2.8).
3- “aquele que tem a espada aguda de dois gumes” (Apocalipse 2.12).
4- “o Filho de Deus, que tem os olhos como chama de fogo, e os pés semelhantes a latão reluzente” (Apocalipse
2.18).
5- “aquele que tem os sete espíritos de Deus, e as estrelas” (Apocalipse 3.1).
6- “o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém
abre” (Apocalipse 3.7).
7- “o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o pricípio da criação de Deus” (Apocalipse 3.14).
- CONHEÇO AS TUAS OBRAS (Apocalipse 2.2; 2.9; 2.13; 2.19; 3.1; 3.8 e 3.15): com exceção da Igreja de
Esmirna que Jesus disse: “conheço a tua tribulação” (Apocalipse 2.9) e da Igreja em Pérgamo que Jesus disse
“conheço o lugar em que habitas” (Apocalipse 2.13), para as outras cinco Igrejas o Senhor Jesus disse “conheço as
tuas obras”. Mas o sentido é sempre o mesmo, que Jesus sabe todas as coisas. Jesus conhece cada um de nós e cada
uma das igrejas.

- QUEM TEM OUVIDOS PARA OUVIR OUÇA (Apocalipse 2.7; 2.11; 2.17; 2.29; 3.6; 3.13 e 3.22): ao final de
cada mensagem Jesus abre o conteúdo da carta para todos os ouvintes de todos os tempos. Esta frase era muito dita
por Jesus em suas parábolas (Mateus 11.15; 13.9 e 43), o que confirma sua identidade e seu jeito de falar. Além
disso, era uma expressão comum na época com sentido de chamar atenção dos ouvintes.

- AO QUE VENCER ou AO VENCEDOR (Apocalipse 2.7; 2.11; 2.17; 2.26; 3.5; 3.12 e 3.21): ao final de cada
mensagem, Jesus promete uma bênção especial para quem conseguir superar todas as dificuldades. As sete
promessas ao vencedor:
1- “comer da árvore da vida, que está no paraíso de Deus” (Apocalipse 2.7).
2- “de modo algum sofrerá o dado da segunda morte” (Apocalipse 2.11 ).
3- “darei do maná escondido, e lhe darei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém
conhece senão aquele que o recebe” (Apocalipse 2.17).
4- “lhe darei autoridade sobre as nações” (Apocalipse 2.26).
5- “será assim vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; antes
confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos” (Apocalipse 3.5).
6- “eu o farei coluna no templo do meu Deus, donde jamais sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e
o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, da parte do meu Deus, e também o meu novo
nome” (Apocalipse 3.12).
7- “eu lhe concederei que se assente comigo no meu trono” (Apocalipse 3.21).

Estudando estas palavras-chaves do texto e entendendo o formato das mensagens às sete Igrejas, facilita-se em
muito a compreensão das Sete Cartas do Apocalipse. Estas mensagens demonstram uma simetria e um progresso do
seu conteúdo.

2- Interpretação HISTÓRICA
A segunda forma de entender as sete igrejas do Apocalipse é uma leitura com interpretação histórica. Não se pode
ser preciso quanto ao tempo de cada uma das igrejas, mas podemos perceber fazes na história do cristianismo que
se assemelham às Sete Igrejas do Apocalipse.
Este método possui várias correntes, bem como direções variadas. O fato é que podemos ver na história do
cristianismo, momentos em que a Igreja de uma forma geral se portou como uma das sete igrejas citadas no
Apocalipse.

As Sete Eras da Igreja Cristã1:


1- ÉFESO: Igreja Apostólica - 30 a 100 d.C.
2- ESMIRNA: Igreja perseguida -100 a 313 d.C.
3- PÉRGAMO: Igreja Imperial - 313 a 590 d.C.
4- TIATIRA: Igreja papal, idade Média - 590 a 1517 d.C.
5- SARDES: Igreja da Reforma e renascença - 1517 a 1730 d.C.
6- FILADELFIA: Igreja missionária, evangelística - 1730 a 1900 d.C.
7- LAODICÉIA: Igreja morna, apóstata, 1900 d.C. até a Segunda volta de Cristo.

Um sério problema da Interpretação Histórica é que muitas seitas se aproveitam deste método para dizer que o
surgimento de sua religião é o “momento Filadélfia” e que atualmente estão enfrentando a “Laodiceia”, que seriam
as outras religiões. Certamente, esta compreensão é equivocada porque nenhum texto bíblico pode ser usado para
exaltar o ser humano ou qualquer organização religiosa.
Uma grande vantagem da Interpretação Histórica é que ajuda a compreender e estudar a história da Igreja Cristã.
Este conhecimento histórico é muito produtivo e fortalece principalmente líderes que aprendem com os fatos
ocorridos, sobre os erros já cometidos.

3- Interpretação MORAL
A terceira forma de interpretar as sete igrejas do Apocalipse é de forma moral ou também atual. A interpretação
moral nos chama a atenção para a aplicação prática da mensagem à cada uma das igrejas.
Principalmente devemos entender que nós somos a Igreja e o Corpo de Cristo (I Coríntios 12.27). Com isso,
olhamos para nós mesmos como igreja e percebemos que precisamos obedecer à Palavra de Deus.

Sete lições que aprendemos com as Igrejas do Apocalipse:


1- ÉFESO: Voltar ao primeiro amor.
2- ESMIRNA: Suportar as tribulações.
3- PÉRGAMO: Perseverar na fé.
4- TIATIRA: Fugir do pecado.
5- SARDES: Buscar o verdadeiro avivamento.
6- FILADELFIA: Servir ao próximo com amor.
7- LAODICÉIA: Ser fervoroso espiritualmente.

Como o número sete é compreendido como símbolo da perfeição e de algo que seja completo, podemos entender
que nestas sete características, conselhos até nos erros destas sete igrejas se encontram tudo o que precisamos saber
sobre nossa conduta cristã.

Você é a Igreja!
CONCLUSÃO
As sete igrejas do Apocalipse podem ser entendidas de forma literal, entendendo o texto com suas palavras e os
fatos ocorridos naquela época. Também podemos estudar de forma histórica para ver como a Igreja cristã caminhou
através dos séculos e então de forma moral para os dias atuais e para cada um de nós.
Jesus manda uma carta para cada uma das igrejas e não despreza nenhuma delas. Reconhece as igrejas como suas e
as ensina o que fazer para melhorar. Esta mensagem serve para todas as igrejas e cristãos de todos os tempos.
Releia as Sete Cartas do Apocalipse capítulos 2 e 3 com esta ótica analisando o texto como está e pesquisando o
que acontecia na hora. Depois estude um pouco sobre a história do cristianismo e então faça uma aplicação prática
para as igrejas atuais, os cristãos de modo geral e para sua vida.
Esta mensagem é de Jesus para você!

: O grupo denominado nicolaítas, participava de uma seita que procurava difundir


ensinos contrários ao Evangelho e aos ensinamentos já estabelecidos no início da era cristã.
O objetivo era corromper as doutrinas das igrejas e perverter os costumes já existentes. Os
nicolaítas são mencionados apenas duas vezes no Novo Testamento no livro do Apocalipse.
abordagem também é provocar uma reflexão sobre como os cristãos
primitivos se submeteram aos padrões e conceitos dos nicolaítas e como os seguidores de
Jesus no presente ainda são afetados com esses valores.
um grupo de pessoas que estavam dentro das igrejas e uma heresia que se formava já no fim da era
apostólica que se infiltrou na Igreja Primitiva, cujos adeptos são chamados de nicolaítas.
essa seita desenvolveu um sistema doutrina filosófico e teológico, o qual era
seu objeto de ensino. Segundo Jesus, essa falsa doutrina obteve certo sucesso, pois pessoas
dentro da Igreja de Pérgamo estavam seguindo e conformando as suas vidas ao que era
ensinado.
O surgimento desta doutrina tinha como apoio uma compreensão imprecisa da graça
de Deus. Easton citando Costa diz que “Eles se pareciam com uma classe de cristãos
professos, que procuravam introduzir na igreja uma falsa liberdade ou licenciosidade, desta
forma abusando da doutrina da Graça ensinada por Paulo.”
o ensino deles tinham como base doutrinária a liberdade
para o pecado, pois eles eram livres em Cristo. Podiam viver sem freios, imposições ou
regras. Os cristãos não precisavam ser diferentes, mas parecidos com os pagãos e estarem
conformado com o mundo. Ministravam que a graça seria maior, quanto mais eles pecassem
e que o benefício do perdão estava associado a entrega aos apetites da carne. Por essa razão,
o texto nos diz que Cristo odeia as práticas dos nicolaítas.
linha de argumentação ao dizer que parece que a
“doutrina” dos nicolaítas era não haver problema em ter um pé nos dois mundos, e que não
era preciso ser tão rigoroso quanto à separação do mundo para ser cristão. Essa era, de fato,
a “doutrina” dos nicolaítas que Jesus “odiava”. Ela levava a uma versão fraca de
cristianismo, sem poder e sem convicção — um tipo de cristianismo derrotado e mundano.”
esta doutrina apoiava uma vida liberal, tolerância a um
comportamento desregrado e baixo padrão moral. Não existia qualquer problema em se
associar as práticas mundana e a se permitir a ter concessões. Para eles, o seguidor de Cristo
poderia viver como quisesse, pois não teria problema encontrar um meio termo entre a vida
cristã e os costumes da sociedade greco-romana. O conceito era que para alcançar o mundo
é preciso se parecer com o mundo e que a diferença não era necessária. O grande perigo
desse ensinamento estava na proposta de disponibilizar uma nova alternativa moderna para
o cristianismo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como observado neste trabalho, a doutrina e as práticas dos nicolaítas eram resultado
de uma compreensão equivocada da graça de Deus, mas que tinha sido ensinada de forma genuína pelos apóstolos
de Jesus. Este grupo herético utilizava abusivamente esta graça e
não empregavam corretamente a liberdade proporcionada por Jesus. O resultado era uma
vida para satisfazer sua carnalidade, libertinagem e desejos desenfreados.
Nesta época, caso um seguidor do cristianismo que seguisse de forma fiel aos dogmas
do início da Igreja e se abstivesse dos comportamentos considerados pecaminosos,
possivelmente perderia seu emprego, sua influência social e seria considerado excluído da
sociedade. Os nicolaítas, com seus ensinamento e doutrina, pretendiam evitar essas
circunstâncias. Eles buscavam combinar componentes do paganismo para o interior da
Igreja primitiva, justificando assim suas práticas pecaminosas. Se porventura, seus ensinos
tivessem tido êxito no interior da Igreja, o mundo teria mudado o cristianismo primitivo e
não o oposto: o cristianismo transformado o mundo da época.
Mesmo nos tempos atuais, muitas doutrinas semelhantes aos que os nicolaítas
ensinavam continuam a serem propagadas. Elas induzem a um estilo de vida imoral e
corrupto, contrários aos dogmas da Igreja estabelecida. Essas normas pretendem se
entranhar entre os fiéis com o propósito de desvirtuar a verdade que foi estabelecida e que
saiu vitoriosa.

1. Introdução
Cada uma das sete cartas que Jesus mandou que João escrevesse às Igrejas da Ásia, são dirigidas ao “anjo da
igreja”, ou seja, ao pastor e consequentemente ao povo da igreja naquela cidade.

Estas sete Igrejas, na providência de Deus, nos fornecem um modelo de todas as igrejas, de todas as épocas, e,
portanto, são representativas.

As características daquelas igrejas, são pois encontradas em sete fases distintas de toda história da igreja na Terra;
desde o pentecostes até a volta de Cristo à Terra. Assim como para aquelas cidades, as cartas contem elogios e
repreensões para estas épocas da igreja através dos séculos.

As sete igrejas também simbolizam 07 tipos de Igrejas escatológicas encontradas nos últimos dias.

2. SIGNIFICADO DO NOME, CARACTERÍSTICA e ÉPOCA NO TEMPO.


1. ÉFESO Igreja autêntica, apostólica 30 a 100 d.C
2. ESMIRNA Mirra (latim) Igreja perseguida, atribulada 100 a 313 d.C

3. PÉRGAMO Cidadela (grego) Igreja mundana, estatal 313 a 590 d.C

4. TIATIRA Igreja papal, corrupta 590 a 1517 d.C

5. SARDES Igreja da Reforma, morta 1517 a 1730 d.C

6. FILADELFIA Amor fraternal (grego) Igreja missionária, evangelistica, fiel 1730 d.C. até o arrebatamento

7. LAODICÉIA Que pertence a Laodice, mulher de Antíoco II Igreja morna, apóstata, 1900 d.C. até a Segunda
volta de Cristo

3. EM CADA CARTA EXISTE UMA MENSAGEM CENTRAL:


1 ÉFESO: Deixaste o primeiro amor, arrepende-te.

2 ESMIRNA: Tereis uma tribulação de dez dias, sê fiel até a morte.

3 PÉRGAMO: Tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, arrepende-te.

4 TIATIRA: Toleras Jezabel.

5 SARDES: Tens nome de que vives, e estás morto.

6 FILADELFIA: Eis que diante de ti pus uma porta aberta.

7 LAODICÉIA Nem és frio nem quente, estou a ponto de vomitar-te.

4. Para cada igreja Jesus se revela com uma das características da visão de Cristo Glorificado, como sendo aquele
que tem a resposta para a necessidade daquela igreja.
1. Para a igreja ortodoxa e sempre esforçada em Éfeso, Cristo é aquele que tem as igrejas na sua mão direita, isto é,
que lhe sustenta a obra.

2. Para a igreja atribulada em Esmirna, na véspera de martírio, Jesus apresenta-se como aquele que havia
experimentado a perseguição, até mesmo a morte e havia vencido.

3. À igreja mundana em Pérgamo, Cristo glorificado é quem maneja a espada dividindo a igreja do mundo.
4. Para a igreja corrupta, Tiatira, Cristo é Juiz com olhos como chamas de fogo.

5. Para a igreja morta, Sardes, Jesus tem os sete Espíritos de Deus e pode ressuscitar os crentes da morte para a
vida.

6. À igreja missionária, Filadélfia, Cristo é quem quer abrir a porta para a evangelização.

7. Para a igreja morna, Laodicéia, Cristo é a Fiel e Verdadeira Testemunha, tirando da igreja a máscara da satisfação
em si mesma.

5. O conteúdo das cartas


5.1 ÉFESO
A CIDADE – A cidade de Éfeso era a principal cidade da província romana chamada Ásia, do tamanho do estado
do Ceará, nela estava situado o templo da deusa Diana, considerado uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, e
orgulho dos efésios, também segundo uma lenda, a cidade era a guardiã da estátua de Júpiter que caíra do céu. “O
escrivão da cidade, tendo apaziguado o povo, disse: Senhores, efésios: quem, porventura, não sabe que a cidade de
Éfeso é a guardiã do templo da grande Diana e da imagem que caiu de Júpiter? ” (At. 19:35) O templo de Júpiter,
no entanto, ficava em frente a cidade de Listra. (At. 14:13).

Era uma cidade envolvida em ocultismo e magia negra, porém ali o apóstolo Paulo fundou a igreja autêntica. O
próprio apóstolo João escolheu Éfeso como centro de seu trabalho na Ásia, e Maria, mãe de Jesus, como passara a
morar com João após a crucificação, possivelmente viveu Éfeso os últimos dias de sua vida. Atualmente a cidade
Éfeso é só ruínas.

A IGREJA EM ÉFESO – (Tempo na história: 30 – 100 d.C.) – A Igreja autêntica.


Qualidades:
-Era autêntica e ensinava a doutrina verdadeira

-Era uma igreja de muito trabalho e esforço

-Tinha paciência e perseverança

-Pôs a prova os maus crentes

-Sofreu mas não se cansou

-Não permitiu os maus na comunhão da igreja.


-Odeia as obras dos nicolaítas – Seita fundado por Nicolau de Antioquia, infiltrada na igreja de Éfeso e Pérgamo,
que procurava entrar em compromisso com o paganismo, a fim de permitir que os cristãos participassem em
algumas das atividades sociais e religiosas da sociedade. O termo “nicolaítas” pode ser uma forma helenizada de
Balaão, sendo assim, as duas seitas citadas podem ser a mesma.

Defeito:
– Deixou o primeiro amor. – Cuidou da doutrina e da disciplina mas esqueceu as primeiras obras.

Conseqüências:
– Virei em breve quando não esperas

– Tirarei do teu lugar o teu castiçal

Conselhos:
– Lembra de onde caístes. – Esta era a igreja dos apóstolos, que começou no dia do Pentecostes, uma igreja que
nasceu com milagres e avivamento, mas com o passar do tempo foi perdendo o seu poder e se tornou uma igreja
ortodoxa e sem amor, que punia severamente aqueles que falhavam.

– Arrepende-te – Este mesmo conselho consta em outras cartas do Senhor às igrejas.

– Pratica as primeiras obras – Este aviso dado a igreja de Éfeso, tem sido um alerta para cada cristão zeloso, que
procura andar com Deus. Sempre procurar retornar ao primeiro amor, retomar as primeiras obras e buscar o
reavivamento antes que esfrie e se torne um crente sem vida.

Recompensa
Ao vencedor … árvore da vida … paraíso de Deus: A recompensa aguarda os vencedores que perseveram no amor
e na verdade. Aqueles que desistem, abandonando para sempre o seu amor, não receberão o galardão. Jesus
descreve a comunhão com Deus em termos que nos lembram do jardim do Éden. Por causa do pecado, o homem
foi expulso do jardim em que Deus andava (Gênesis 3:22-24,8). Aqueles que andam com Deus têm a esperança da
vida no paraíso do Senhor.

5.2 ESMIRNA
A CIDADE – Das sete, esta é a única cidade que permanece até hoje com a grandeza que tinha no tempo de João.
Atualmente chama-se Izmir e é a maior cidade da Turquia Asiática. Esmirna era o centro do ministério e o lugar do
martírio de Policarpo, que fora separado para o episcopado pelo apóstolo João. A carta a esta igreja é a mais
resumida das sete e não contem nenhuma repreensão.

A IGREJA EM ESMIRNA – (Tempo na história – 100 a 313 d.C.) – A Igreja perseguida.


Mensagem
– Eu sei as tuas obras
– Sei das tuas tribulações

– Conheço a tua pobreza, mas tu és rico

– Não temas as coisas que hás de padecer

– O diabo lançará alguns na prisão

– Terás uma tribulação de dez dias

– Sê fiel até a morte

O período da Igreja de Esmirna foi o tempo dos mártires. Os cristãos eram perseguidos e mortos, jogados nas
arenas de leões, crucificados ou queimados em fogueiras.

O DESTINO DOS APÓSTOLOS


Todos os apóstolos que andavam com Jesus morreram como mártires, com exceção de dois: Judas Iscariotes, que
traiu Jesus e acabou se enforcando, e João, que após ser exilado na ilha de Patmos, obteve a liberdade e morreu de
morte natural. Com os demais apóstolos ocorreu o seguinte:

Paulo – Não era apóstolo oficialmente, foi considerado apóstolo dos gentios por causa da sua grande obra
missionária nos países gentílicos. Foi decapitado em Roma por ordem de Nero.

Matias – Ficou no lugar de Judas Iscariotes, foi martirizado na Etiópia.

Simão – O zelote, foi crucificado.

Tiago (O mais Jovem) – Pregou na Palestina e no Egito, sendo ali crucificado.

Tiago (O mais Velho) – Pregou em Jerusalém e na Judéia. Foi decapitado por Herodes.

Mateus – Morreu como mártir na Etiópia.

Tomé – Pregou na Pérsia e na Índia, sendo martirizado perto de Madras no monte de São Tomé.

Bartolomeu – Serviu como missionário na Armênia, sendo golpeado até a morte.

Filipe – Pregou na Frígia e morreu como mártir em Hierápolis.


André – Pregou na Grécia e Ásia Menor. Foi crucificado.

Simão Pedro – Pregou entre os judeus chegando até a Babilônia, esteve em Roma, onde foi crucificado com a
cabeça para baixo.

“Se sofrermos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará;” 2 Timóteo 2:12

Recompensa
2:11 – “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O vencedor de nenhum modo sofrerá dano da
segunda morte.”

De nenhum modo sofrerá dano da segunda morte: o castigo eterno (20:6,14; 21:8). Os perseguidores poderiam até
causar a primeira morte, mas os fiéis não sofreriam a segunda morte (veja Mateus 10:28).

5.3 PÉRGAMO
A CIDADE – Ficava situada a beira de Caico, a cidade era famosa não somente pela biblioteca de duzentos mil
volumes, mas também pelo magnífico templo ao deus Esculápio, a quem se atribuía a cura de doentes e a
ressurreição dos mortos.

Do nome da cidade vem o termo “pergaminho”. Esta cidade era um lugar de imoralidade, mais de que qualquer
outra cidade de então. O Senhor mandou dizer a igreja desta cidade: “…eu sei onde habitas, que é onde está o trono
de Satanás.”

A IGREJA EM PÉRGAMO – (Tempo na história 313 a 590 d.C.) – A igreja mundana.

Qualidades:
– Sei as tuas obras

– Retens o Meu Nome

– Não negaste a minha fé

– Antipas minha fiel testemunha foi morto entre vós

Defeitos:
– Tens lá os que seguem a doutrina de Balaão[1]

– Tens os que seguem a doutrina dos nicolaítas[2]


Conselhos:
– Arrepende-te

Conseqüências:
– Virei contra ti e batalharei com espada da minha boca.

Recompensa
2:17- “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei do maná escondido, bem
como lhe darei uma pedrinha branca, e sobre essa pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém conhece, exceto
aquele que o recebe.”

O maná escondido: Aqueles que recusassem qualquer participação na mesa dos demônios seriam sustentados pelo
maná de Deus. Jesus é o maná dado pelo Pai (veja João 6:31-65). Ele sustenta os fiéis e lhes dá vida. A mensagem
de Jesus continua oculta para os sábios deste mundo (veja 1 Coríntios 2:6-10).

Uma pedrinha branca com um nome novo escrito: Um nome novo, freqüentemente, sugeria uma nova direção na
vida, especialmente de uma pessoa abençoada por Deus (exemplos: Abrão > Abraão; Sarai > Sara; Jacó > Israel).
Em Isaías 62:2-4, Desamparada e Desolada recebem nomes novos: Minha-Delícia e Desposada, mostrando a
bênção de estar com Deus. Veja, também, 3:12.

A pedrinha branca pode incluir vários significados, conforme os costumes da época. Pedras brancas foram usadas
para indicar a inocência de pessoas acusadas de crimes; Jesus inocenta os seus seguidores fiéis.

Pedras brancas foram dadas a escravos libertados para mostrar sua cidadania; os fiéis não são mais escravos do
pecado, pois se tornaram cidadãos da pátria celestial (Filipenses 3:20).

Elas foram usadas pelos romanos como um tipo de ingresso para alguns eventos; Jesus permite os fiéis a entrarem
na presença dele para o seu banquete (veja 19:6-9). Também foram dadas aos vencedores de corridas e aos
vitoriosos em batalha. Os fiéis são vencedores que receberão o prêmio (2 Timóteo 4:7-8).

5.4 TIATIRA
A CIDADE – A rica cidade de Tiatira era conhecida como um centro comercial, no fértil vale do rio Lico. Era
também, a cidade de Lídia, a qual, talvez tratando do seu ofício de vender púrpura (At.16), ouviu a pregação do
apóstolo Paulo e foi salva. Não sabemos se foi ela quem levou o evangelho a Tiatira; o certo é que o Evangelho
chegou até lá, e que havia uma próspera igreja na cidade.

A IGREJA DE TIATIRA – (Tempo na história 590 a 1517 d.C.) – A igreja corrupta, papal.
Qualidades:
– Conheço a tua caridade (amor)
– Serviço, fé e paciência

– Tuas últimas obras são mais que as primeiras.

Defeitos:
– Toleras Jezabel, mulher que se diz profetiza, ensinar e enganar os meus servos, para que se prostituam e comam
dos sacrifícios da idolatria.

– Dei-lhe tempo para que se arrependesse e não se arrependeu.

Conseqüências;
– Eis que a porei numa cama, e sobre os que adulteram com ela virá grande tribulação. Ferirei de morte os seus
filhos.

O período desta igreja é maior de todos. Foi a época em que as trevas cobriram a verdadeira igreja. A idolatria, o
culto às relíquias e aos santos, o sacrifício da missa, o batismo de crianças, o celibato clerical e muitos outros
dogmas de homens foram introduzidos no seio da igreja e a verdadeira doutrina foi sucumbida.

Recompensas
Autoridade sobre as nações: Os cristãos perseguidos foram vítimas da maldade dos homens poderosos deste
mundo, até do poder do governo. Mas os vencedores dominariam sobre as nações com o poder do Ungido de Deus
(compare a linguagem deste texto com Salmo 2:8-9). Jesus daria aos fiéis o privilégio de participar deste vitorioso
reino messiânico (veja 5:9-10; Romanos 5:17; Efésios 2:6).

A estrela da manhã: Jesus é a estrela da manhã (22:16; veja 2 Pedro 1:19). Qual maior recompensa para o vencedor
do que chegar ao eterno dia iluminado para sempre pela luz de Jesus?

5.5 SARDES
A CIDADE – Sardes era a antiga capital de Lídia, o império do célebre e rico Creso. A cidade, situada no sopé da
montanha Tmolo, à beira do Pctolo, era famosa pelas suas riquezas e luxo. Conforme a tradição, Sardes foi a
primeira cidade dessa região a receber o Evangelho sob a pregação do apóstolo João. Também foi a primeira a
desviar-se da fé e uma das primeiras a virar ruínas.

A IGREJA EM SARDES – (Tempo na história – 1517 a 1730 d.C.) – A igreja morna.


Qualidades:
– Tens pessoas que não contaminaram seus vestidos; comigo andarão de branco.

Defeitos:
– Tens nome de que vives, mas estás morto.
– Não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus. – Pode-se também entender como: “Não achei as obras
completas”. Há grande inclinação para se começar várias obras, sem completar a que já começamos.

Conseqüências:
– Se não vigiares, virei contra ti como um ladrão.

Conselhos:
Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença
do meu Deus. – (Ap. 3:2). – Aqui existe uma ordenança para consolidar os fracos na fé. – “que estão para morrer”.
Quem sabe as obras incompletas fossem o descaso com os mais fracos, que estavam morrendo na fé.

Arrepende-te.

Promessas ao vencedor:
1. Ao que vencer será vestido de vestes brancas. – As vestes brancas simbolizam a justiça.

2. De maneira nenhuma riscarei o seu nome do Livro da Vida. – O nome dos mortos não podem fazer parte do
Livro da Vida, por isso este alerta para a “igreja morta”. – Isso também demonstra que é possível o nome de um
crente ser riscado do Livro.

3. Confessarei o seu nome diante do Meu Pai. – Referencia ao texto de Mateus 10:32 – (Portanto, todo aquele que
me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus;)

Dentro da igreja morta, o Senhor levanta um grupo de vencedores. Estas promessas são para eles. – “Ao que
vencer”.

5.6 FILADÉLFIA
A CIDADE – Filadélfia era uma cidade da Lídia, 40 quilômetros distante de Sardes, edificada por Atalo Filadelfo,
rei de Pérgamo.

A IGREJA EM FILADELFIA – (Tempo na história – 1730 d.C. até o Arrebatamento)


É possível uma igreja ser irrepreensível? A igreja de Esmirna e de Filadélfia eram. Das sete, são as únicas que o
Senhor não tinha nenhuma repreensão.

Qualidades:
– Guardaste a minha Palavra.

– Não negaste o Meu Nome.


Promessas:
– Pus diante de ti uma porta aberta.

– Os da sinagoga de satanás virão e adorarão prostrados aos teus pés.

– Eu te guardarei da hora da tentação.

RECOMPENSAS AO VENCEDOR
12-13 – Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá; gravarei também sobre ele o
nome do meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte do meu
Deus, e o meu novo nome.

Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus: As colunas de Filadélfia racharam e caíram em um
terremoto algumas décadas antes, mas as colunas no verdadeiro templo de Deus jamais seriam destruídas. As
colunas não são de pedra; são colunas vivas e firmes. Jesus não fala somente de líderes nas igrejas (veja Gálatas
2:9), mas de todos os fiéis que vencem com ele. Os discípulos do Senhor são, ao mesmo tempo, pedras vivas e
sacerdotes (1 Pedro 2:5-9).

Daí jamais sairá: Os vencedores permanecerão no templo para sempre. Gozarão comunhão eterna com Deus.

Gravarei…sobre ele: Várias descrições mostram a posição privilegiada do vencedor. Nomes gravados sugerem
posse. O vencedor pertence a Deus. Ele faz parte do “povo de propriedade exclusiva de Deus” (1 Pedro 2:9). Ele
também pertence à cidade de Deus, a nova Jerusalém. A nova Jerusalém é a noiva de Cristo (21:2). O vencedor faz
parte da noiva, da igreja que pertence somente a Jesus. Ele recebe, também, o nome de Cristo. Jesus confessará
abertamente os nomes dos seus servos (Mateus 10:32).

A Igreja de Filadélfia é a Igreja Fiel. Nasceu no avivamento após a Reforma Protestante. Ela segue paralela com a
igreja Laodicéia, a igreja morna. Nos últimos dias da história da igreja o joio e o trigo estarão juntos, sendo
separados no dia da colheita. Note que a Igreja de Filadélfia encerra no dia do Arrebatamento, pois ela não vai
passar pelos sete anos da Grande Tribulação. Já a Igreja de Laodicéia continua até a Segunda Vinda de Cristo, logo
após os sete anos do reinado do Anticristo.

5.7 LAODICÉIA
A CIDADE – Laodicéia era uma cidade sobre o rio Lico, famosa pelos amplos muros, e como Roma, edificada
sobre sete montes. Parece que o apóstolo Paulo se esforçou para introduzir o Evangelho em Laodicéia, de onde
escreveu uma epístola, acerca da qual se refere em Col. 4:16. A cidade foi destruída por um terremoto em 62 d.C. e
reconstruída por seu próprio povo, o qual se orgulhava de o fazer sem pedir auxílio ao governo. Era uma das mais
ricas cidades da Ásia, pois dos rebanhos de ovelhas daquela região produziam a excelente lã negra de altíssimo
preço. Por isso os moradores de Laodicéia se achavam ricos e bem vestidos. Ali também era produzido um colírio
valioso e único, procurado por todas as outras cidades da região e até outros países. Em sua carta, o Senhor Jesus
ignora estes valores materiais e diz como vê aquele povo: “pobre, cego e nu”.

A IGREJA EM LAODICÉIA – (Tempo na História = 1900 até a 2 ª volta de Cristo)


Ao contrário da Igreja em Filadélfia que não houve nenhuma repreensão, a igreja em Laodicéia não recebeu
nenhum elogio do Senhor. Esta igreja é chamada de apóstata, pois tem negado o seu Senhor através de suas atitudes
mundanas.

E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos. – (Mt. 24:12)

Defeitos:
– Nem és frio nem quente.

Conseqüências:
– Vomitar-te-ei da minha boca (a água morna é usada para provocar vômito)

– Eu repreendo e castigo todos quantos amo.

Conselhos:
– Compres de mim ouro provado no fogo para que te enriqueças, vestidos brancos para que te vistas, e que unjas os
teus olhos com colírio para que vejas.

– Eis que estou a porta e bato, se alguém ouvir e abrir, entrarei.

RECOMPENSAS
3:21-22 – Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com
meu Pai no seu trono. 22 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono: Os vencedores terão o privilégio de reinar com Cristo (veja
2:26-27; 20:4). Tal honra não seria para os orgulhosos e auto-suficientes, mas para os humildes e obedientes. Jesus
foi obediente ao Pai aqui na terra para ser exaltado ao lado dele no céu (Filipenses 2:8-9). Somente os obedientes
serão exaltados com Cristo.

Apesar de vivermos nos dias da igreja morna, existe também a igreja fiel e irrepreensiva. É esta Igreja que o Senhor
Jesus vem buscar. O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e
quem quiser receba de graça a água da vida. – (Ap. 22:17)

Para todas as igrejas de todas as épocas e cidades, a mensagem final do Senhor Jesus é: “Quem tem ouvidos, ouça o
que o Espírito diz às Igrejas.”

Continuaremos na aula 03. Que Deus te abençoe!

Pr. Josias Moura de Menezes


Igreja Betel Geisel. João Pessoa.

[1] A descrição da doutrina de Balaão refere-se à história do Velho Testamento (Números 22-25; 31:16). No final
dos 40 anos de peregrinação, os israelitas chegaram perto da terra prometida. Acamparam-se nas campinas de
Moabe, e os moabitas e midianitas ficaram amedrontados. Balaque chamou Balaão para amaldiçoar o povo, mas
Deus frustrou todas as suas tentativas de falar contra os israelitas. Balaão desistiu de suas maldições, mas procurou
outra maneira de vencer o povo de Israel. Deu o conselho de convidá-los a participarem de uma festa idólatra.
Nesta festa, muitos israelitas se envolveram na idolatria e na imoralidade, e Deus mandou uma praga que matou
24.000 israelitas.
[2] nicolaítas – Seita fundado por Nicolau de Antioquia, infiltrada na igreja de Éfeso e Pérgamo, que procurava
entrar em compromisso com o paganismo, a fim de permitir que os cristãos participassem em algumas das
atividades sociais e religiosas da sociedade. O termo “nicolaítas” pode ser uma forma helenizada de Balaão, sendo
assim, as duas seitas citadas podem ser a mesma.

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