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SEGURANÇA

DO
TRABALHO
MÓDULO II
MÓDULO II

DEFINIÇÃO

O QUE É SEGURANÇA DO TRABALHO ?

Segurança do trabalho é o conjunto de


medidas que são adotadas visando minimizar
os acidentes de trabalho, doenças
ocupacionais, bem como proteger a
integridade do trabalhador e sua capacidade
de trabalho.
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ACIDENTE DO TRABALHO

Acidente de Trabalho – É o que ocorre pelo exercício do


CONCEITO trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou
LEGAL
perturbação funcional que cause a morte, perda ou redução,
permanente ou temporária da capacidade para o trabalho.

Acidente do Trabalho - é toda ocorrência não programada que


interfere no andamento normal do trabalho dos quais resultem,
CONCEITO separadamente ou em conjunto, lesões, danos materiais ou
PREVENCIONISTA
perda de tempo.
Esse enunciado nos traz uma visão de que acidente não é só
aquele que causa uma lesão no trabalhador, mas sim qualquer
tipo de ocorrência inesperada, que hoje ocasiona perda de
tempo, danos materiais e financeiros
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ACIDENTE DO TRABALHO

Assim entendida a produzida ou desencadeada pelo


exercício do trabalho peculiar a determinada
atividade e constante da respectiva relação
elaborada pelo Ministério do Trabalho e
Previdência Social.
Ex.: Tendinite nos digitadores

Assim entendida a adquirida ou desencadeada em


função de condições especiais no ambiente de
trabalho, e com ele se relacione diretamente,
e constante da relação mencionada no item
anterior.
Ex.: Surdez em digitadores que trabalhem em
ambientes ruidosos.
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ACIDENTE DO TRABALHO

Quando outra pessoa “provoca o acidente”.

ACIDENTE POR ATO Culposo - sem intenção, por negligência,


DE TERCEIRO imprudência.
Doloso – Com intenção, por sabotagem, ofensa
física.

Oriunda de fenômenos da natureza, incêndios,


ACIDENTE POR FORÇA
MAIOR inundações, descargas elétricas (raios), desde
que ocorridas no local e horário de trabalho.

Cumprimento de Ordem de Serviço, sob autoridade


ACIDENTE FORA DO
LOCAL DE TRABALHO da empresa.
Ex.: Viagens a serviço, sob qualquer meio de
locomoção
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ACIDENTE DO TRABALHO

É quando o empregado sofre um


ACIDENTE
DE TRAJETO: acidente no percurso da sua
residência para o trabalho ou do
trabalho para sua residência.

 O meio de locomoção
NÃO IMPORTANDO
 O caminho

 Exceder o tempo habitual - Realização do percurso além do tempo habitual


O QUE PODE
DESCARACTERIZAR O  Se ocorrer uma parada entre esses dois pontos (residência/trabalho –
ACIDENTE DE TRAJETO trabalho/residência) o acidente de trajeto poderá ser descaracterizado, sendo
de responsabilidade do acidentado e não da empresa, qualquer despesa salvo, se
em jurisprudência for decidido em contrário.
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PREVENÇÃO DE ACIDENTES

A multiplicidade de fatores que influenciam a ocorrência de acidentes no


ambiente produtivo, motivou pesquisadores a partir da década de 30, nos
EUA a estudar o tema, destacando-se, FRANK BIRD JR, que desenvolveu uma
correlação entre os diversos níveis de lesão e danos a propriedade.

ACIDENTES GRAVES
1

ACIDENTES COM LESÃO


10
COM PERDA MATERIAL

60
INCIDENTES

600
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ATO INSEGURO

PRINCIPAIS CAUSAS
CONDIÇÃO INSEGURA
DE ACIDENTES

ATO INSEGURO +
CONDIÇÃO INSEGURA
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PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES

ATO INSEGURO:

São atitudes, atos, ações ou comportamentos


do trabalhador contrários às normas de
segurança.

EXEMPLOS:  Manusear, misturar ou utilizar produtos


químicos sem conhecimento.

 Não usar o EPI.  Trabalhar sob efeito de álcool e/ou drogas.

 Deixar materiais espalhados pelo corredor.  Usar ar comprimido para realizar limpeza em
uniforme ou no próprio corpo.
 Operar máquinas e equipamentos sem
habilitação.  Carregar peso superior ao recomendado ou de
modo a dificultar visão.
 Distrair-se ou realizar brincadeiras
durante o trabalho.  Desligar dispositivos de proteção coletiva de
máquinas e/ou equipamentos.
 Utilizar ferramentas inadequadas.
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PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES

CONDIÇÕES INSEGURAS:

São deficiências, defeitos ou irregularidades técnicas nas instalações físicas, máquinas


e equipamentos que presentes no ambiente podem causar acidentes de trabalho.

EXEMPLOS:  Escadas inadequadas.

 Equipamentos mal posicionados.

 Falta de corrimão em escadas.  Falta de sinalização.

 Falta de guarda-corpo em patamares.  Falta de proteção em partes móveis.

 Arranjos inadequados.  Ferramentas defeituosas.

 Piso irregular.  Falta de treinamento.


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PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES

ATO INSEGURO CONDIÇÃO INSEGURA


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INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTES

COLETAR OS FATOS, DESCREVENDO O OCORRIDO;

ANALISAR O ACIDENTE, IDENTIFICANDO SUAS CAUSAS;

DEFINIR AS MEDIDAS PREVENTIVAS, ACOMPANHANDO SUA EXECUÇÃO

ACIDENTE
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INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTES

ANÁLISE DE CASO

João estava furando um cano de ferro, acima de sua cabeça. Para executar a tarefa, equilibrava-se em
cima de caixas de metal, como se fossem escada. Utilizava uma furadeira elétrica portátil. Ele havia
feito vários furos e a broca já estava com o fio gasto, por esta razão, João estava forçando a
penetração desta.
Momentaneamente, a sua atenção foi desviada por algumas faíscas que saíram do cabo de extensão,
exatamente
Ao desviar onde havia um
a atenção, elerompimento, que deixava
torceu o corpo, os afios
forçando elétricos
broca no furo.descobertos.
Com a pressão ela quebrou e, neste
mesmo instante, ele voltou o rosto para ver o que ocorria, vindo a ser atingido por um estilhaço da
broca em um dos olhos.
Com um grito, largou a furadeira, pôs as mãos no rosto, perdeu o equilíbrio e caiu, quebrando a perna
esquerda.
Um acontecimento semelhante, ocorrido a um ano atrás, nesta mesma empresa, determinava o uso de óculos
de proteção na execução desta tarefa.
O óculos que João deveria ter usado, estava sujo e quebrado, pendurado em um prego.
Segundo o que o supervisor dissera, não ocorrera nenhum acidente nos últimos meses e o pessoal não
gostava de usar os óculos, por esta razão, ele não se preocupava em recomendar o seu uso nesta
operação, porque tinha coisas mais importantes a fazer.
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INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTES

ANALISE:
. DEFINA OS ATOS INSEGUROS
. DEFINA AS CONDIÇÕES INSEGURAS
. DEFINA AS CAUSAS DA LESÃO
. DEFINA AS FALHAS DA SUPERVISÃO

ESTABELEÇA
. MEDIDAS CORRETIVAS
. MEDIDAS PREVENTIVAS
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COMUNICAÇÃO DE ACIDENTES

CIAT COMUNICAÇÃO INTERNA


DE ACIDENTE DO TRABALHO

De acordo com a legislação trabalhista,


todo acidente do trabalho deve ser
registrado e investigado pela CIPA, a fim
de conhecer suas causas e evitar sua
reincidência.

A CIAT possibilita o controle dos


acidentes por meio de dados estatísticos.
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COMUNICAÇÃO DE ACIDENTES

CAT COMUNICAÇÃO
DE ACIDENTE DO TRABALHO

De acordo com a legislação, todo acidente do trabalho deve ser


imediatamente comunicado à previdência social por meio de formulário
próprio denominado CAT.

A comunicação do acidente poderá ser realizada pela empresa, pelo


acidentado ou por qualquer pessoa que dele tiver conhecimento.

Em caso de morte, é obrigatória a comunicação à autoridade policial. A empresa por sua vez, deve comunicar o
acidente do trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência.
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RISCOS AMBIENTAIS

CLASSIFICAÇÃO

RISCOS AMBIENTAIS - São agentes presentes nos ambientes de


trabalho, capazes de afetar o trabalhador a curto, médio e longo
prazo, provocando acidentes com lesões imediatas e/ou doenças
chamadas profissionais ou do trabalho, que se equiparam a
acidentes do trabalho.
Uma das atribuições da CIPA, é a de identificar e relatar os
riscos existentes nos setores e processos de trabalho. Para isso
é necessário que se conheça os riscos que podem existir nesses
setores, solicitando medidas para que os mesmos possam ser
eliminados e/ou neutralizados.
Identificados esses riscos, os mesmos deverão ser transcritos no
mapa de riscos ou qualquer outra ferramenta similar que atinja os
mesmos objetivos.
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RISCOS AMBIENTAIS

RISCOS CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS

FÍSICOS RUÍDO, VIBRAÇÕES, RADIAÇÕES, FRIO, CALOR, PRESSÃO E UMIDADE.

QUÍMICOS POEIRAS, FUMOS, NÉVOAS, VAPORES, GASES, PRODUTOS QUÍMICOS EM GERAL

BIOLÓGICOS VÍRUS, BACTÉRIAS, FUNGOS, BACILOS E PARASITAS

ESFORÇO FÍSICO, LEVANTAMENTO DE PESO, POSTURA INADEQUADA,


ERGONÔMICOS
PRODUTIVADADE, RITMOS EXCESSIVOS E REPETITIVIDADE

CONDIÇÕES FÍSICAS E DE SEGURANÇA INADEQUADA: ILUMINAÇÃO DEFICIENTE,


ACIDENTES
RISCOS DE INSÊNDIO, EXPLOSÕES, ELETRICIDADES E OUTROS.
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RISCOS AMBIENTAIS

FATORES DE INFLUENCIA

 NATUREZA DO RISCO
 CONCENTRAÇÃO TEMPO DE EXPOSIÇÃO
 INTENSIDADE

SENSIBILIDADE INDIVIDUAL
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RISCOS AMBIENTAIS

VIAS DE INGRESSO NO ORGANISMO

RESPIRATÓRIA CUTÂNEA DIGESTIVA


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RISCOS AMBIENTAIS

RISCO FÍSICO

RUÍDO As máquinas e equipamentos utilizados pelas empresas produzem ruídos que podem
atingir níveis excessivos, podendo a curto, médio e longo prazo provocar sérios
prejuízos à saúde. Dependendo do tempo de exposição, nível sonoro e da sensibilidade
individual, as alterações danosas poderão manifestar-se imediatamente ou
gradualmente.
Na indústria é comum o uso de máquinas e equipamentos que produzem vibrações, as
quais podem ser nocivas ao trabalhador.
As vibrações podem ser:

VIBRAÇÕES Localizadas - (em certas partes do corpo). São provocadas por ferramentas manuais,
elétricas e pneumáticas.
Generalizadas - (ou do corpo inteiro). As lesões ocorrem com os operadores de
grandes máquinas, como os motoristas de caminhões, ônibus e tratores. Consequências:
Lesões na coluna vertebral; dores lombares.
Para evitar ou diminuir as consequências das vibrações é recomendado o revezamento
dos trabalhadores expostos aos riscos (menor tempo de exposição).
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RISCOS AMBIENTAIS

RISCO FÍSICO

CALOR
Atividades realizadas em temperaturas extremas.
Como o forneiro (calor) e trabalhos em câmaras frias (frio).
Para o controle das ações nocivas das temperaturas extremas ao trabalhador é
necessário que se tome medidas:
Proteção coletiva: ventilação local exautora com a função de retirar o calor e
FRIO
gases dos ambientes, isolamento das fontes de calor/frio.
Proteção individual: fornecimento de EPI (ex: avental, bota, capuz, luvas
especiais para trabalhar no frio).
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RISCOS AMBIENTAIS

RISCO FÍSICO

RADIAÇÃO São formas de energia que se transmitem por ondas eletromagnéticas. A absorção das radiações pelo
IONIZANTE
organismo é responsável pelo aparecimento de diversas lesões. Podem ser classificadas em dois
grupos:
Radiações ionizantes - Os operadores de raios-X e radioterapia estão frequentemente expostos a
esse tipo de radiação, que pode afetar o organismo ou se manifestar nos descendentes das pessoas
RADIAÇÃO NÃO- expostas.
IONIZADA
Radiações não ionizantes - São radiações não ionizantes a radiação infravermelha, proveniente de
operação em fornos , ou de solda oxiacetilênica, radiação ultravioleta como a gerada por
operações em solda elétrica, ou ainda raios laser, micro-ondas, etc.

Para que haja o controle da ação das radiações para o trabalhador é preciso que se tome:
Medidas de proteção coletiva: isolamento da fonte de radiação (ex: biombo protetor para operação em solda),
enclausuramento da fonte de radiação (ex: pisos e paredes revestidas de chumbo em salas de raio-x).
Medidas de proteção individual: fornecimento de EPI adequado ao risco (ex: avental, luva, perneira e mangote de raspa
para soldador , óculos para operadores de forno).
Medida administrativa: (ex: dosímetro de bolso para técnicos de raio-x).
Medida médica: exames periódicos.
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RISCOS AMBIENTAIS

RISCO FÍSICO

As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcadas, com umidades excessivas,

UMIDADE capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, são situações insalubres e devem ter a
atenção dos prevencionistas por meio de verificações realizadas nesses locais para estudar a
implantação de medida de controle.
Para o controle da exposição do trabalhador à umidade podem ser tomadas medidas de proteção
coletiva (como o estudo de modificações no processo do trabalho, colocação de estrados de
madeira, ralos para escoamento) e medidas de proteção individual (como o fornecimento do EPI -
luvas de borracha, botas, avental para trabalhadores em galvanoplastia, cozinha, limpeza etc).

Há uma série de atividades em que os trabalhadores ficam sujeitos a pressões ambientais acima ou
abaixo das pressões normais, isto é, da pressão atmosférica a que normalmente estamos expostos.
PRESSÕES
Baixas pressões: são as que se situam abaixo da pressão atmosférica normal e ocorrem com
ANORMAIS
trabalhadores que realizam tarefas em grandes altitudes. No Brasil, são raros os trabalhadores
expostos a este risco.
Altas pressões: são as que se situam acima da pressão atmosférica normal. Ocorrem em trabalhos
realizados em tubulações de ar comprimido, máquinas de perfuração, caixões pneumáticos e
trabalhos executados por mergulhadores. Ex: caixões pneumáticos, compartimentos estanques
instalados nos fundos dos mares, rios, e represas onde é injetado ar comprimido que expulsa a
água do interior do caixão, possibilitando o trabalho. São usados na construção de pontes e
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RISCOS AMBIENTAIS

RISCOS FÍSICO CONSEQUÊNCIAS RISCOS FÍSICO CONSEQUÊNCIAS

Cansaço, irritação, dores de cabeça,


RUÍDO RADIAÇÃO Queimaduras, lesões nos olhos, na pele e
diminuição da audição, problemas do
NÃO-IONIZANTE em outros órgãos
aparelho digestivo, taquicardia, perigo
de infarto.
Cansaço, irritação, dores nos membros,
VIBRAÇÕES RADIAÇÃO Alterações celulares, câncer, fadiga,
dores na coluna, doença do movimento,
IONIZANTE problemas visuais, acidente do trabalho.
artrite, problemas digestivos, lesões
ósseas, lesões dos tecidos moles.

Taquicardia, aumento da pulsação, cansaço,


irritação, intermação, prostração térmica, Doenças do aparelho respiratório, quedas,
CALOR UMIDADE
choque térmico, fadiga térmica, doenças da pele, doenças circulatórias.
perturbação das funções digestivas,
hipertensão etc.

feridas; rachaduras e necrose na pele;


enregelamento: ficar Ruptura do tímpano quando o aumento de
FRIO PRESSÕES pressão for brusco; liberação de
congelado; agravamento de doenças
ANORMAIS nitrogênio nos tecidos e vasos sanguíneos
reumáticas; predisposição para acidentes;
predisposição para doenças das vias e morte.

respiratórias.
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RISCOS AMBIENTAIS

RISCO QUÍMICO
Os riscos químicos presentes nos locais de trabalho são encontrados na forma sólida, líquida e gasosa e
classificam-se em: poeiras, fumos, névoas, gases, vapores, neblinas e substâncias, compostos e produtos
químicos em geral.
POEIRAS NÉVOAS
São partículas sólidas geradas mecanicamente por ruptura Partículas líquidas resultantes da condensação de
de partículas maiores. As poeiras são classificadas em: vapores ou da dispersão mecânica de líquidos. Ex:
Poeiras minerais - Ex: sílica, asbesto, carvão mineral. névoa resultante do processo de pintura a revólver,
Poeiras vegetais Ex: algodão, bagaço de cana-de-açúcar. monóxido de carbono liberado pelos escapamentos dos
Poeiras alcalinas Ex: calcário carros.
GASES
Poeiras incômodas Estado natural das substâncias nas condições usuais

FUMOS de temperatura e pressão. Ex: GLP, hidrogênio, ácido


nítrico, butano, ozona, etc.
Partículas sólidas produzidas por condensação de vapores
metálicos. Ex: fumos de óxido de zinco nas operações de
VAPORES
soldagem com ferro.
São dispersões de moléculas no ar que podem
condensar-se para formar líquidos ou sólidos em
condições normais de temperatura e pressão. Ex:
nafta, gasolina, naftalina, etc.
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RISCOS AMBIENTAIS

RISCO QUÍMICO

NÉVOAS, GASES E VAPORES PODEM SER CLASSIFICADOS EM: MEDIDAS DE PROTEÇÃO

IRRITANTES: irritação das vias aéreas superiores.


Ex: ácido clorídrico, ácido sulfúrico, soda caústica, MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA: Ventilação e exaustão
cloro, etc. do ponto de operação, substituição do produto
químico utilizado por outro menos tóxico, redução do
ASFIXIANTES: dor de cabeça, náuseas, sonolência, tempo de exposição, estudo de alteração de processo
convulsões, coma e morte. de trabalho, conscientização dos riscos no ambiente.
Ex: hidrogênio, nitrogênio, hélio, metano, acetileno,
dióxido de carbono, monóxido de carbono, etc. MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL: Fornecimento do EPI
como medida complementar (ex: máscara de proteção
ANESTÉSICOS: (a maioria solventes orgânicos). Ação respiratória para poeira, para gases e fumos; luvas
depressiva sobre o sistema nervoso, danos aos diversos de borracha, neoprene para trabalhos com produtos
órgãos, ao sistema formador de sangue (benzeno), etc. químicos, afastamento do local de trabalho.
Ex: butano, propano, aldeídos, cetonas, cloreto de
carbono, tricloroetileno, benzeno, tolueno, alcoóis,
percloritileno, xileno, etc.
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RISCOS AMBIENTAIS

RISCOS RISCOS
CONSEQUÊNCIAS CONSEQUÊNCIAS
QUÍMICO QUÍMICO

Irritantes: irritação das vias aéreas


minerais silicose, asbestose
superiores. Ac. Clorídrico, Soda
POEIRAS vegetais bissinose, bagaçose
Cáustica, Ac.Sulfúrico etc.
alcalinas enfizema pulmonar
incômodas potencializa nocividade Asfixiantes: Dor de cabeça, náuseas,
NÉVOAS
sonolência, convulsões, coma e morte. Ex.:

NEBLINAS Hidrogênio, Nitrogênio, Hélio, Acetileno,


Metano, Dióxido de Carbono, Monóxido de
Intoxicação específica de acordo GASES
FUMOS Carbono etc.
METÁLICOS com o metal, febre dos fumos
VAPORES Anestésicos: ação depressiva sobre o
metálicos, doença pulmonar
obstrutiva sistema nervoso, danos aos diversos
órgãos, ao sistema formador do sangue.

Ex.: Butano, Propano, Aldeídos, Cetonas,


SUBSTÂNCIAS, COMPOSTOS OU PRODUTOS QUÍMICOS EM GERAL
Cloreto de Carbono, Tricloroetileno,
Benzeno, Tolueno, Álcoois,
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RISCOS AMBIENTAIS

RISCO BIOLÓGICOS

SÃO CONSIDERADOS RISCOS BIOLÓGICOS:

VÍRUS | BACTÉRIAS | PARASITAS | PROTOZOÁRIOS | FUNGOS | BACILOS.

Os riscos biológicos ocorrem por meio de microrganismos De maneira geral, as medidas de segurança para os
que, em contato com o homem, podem provocar inúmeras riscos biológicos envolvem:
doenças. Muitas atividades profissionais favorecem o  Conhecimento da Legislação Brasileira de
contato com tais riscos. É o caso das indústrias de Biossegurança, especialmente das Normas de
alimentação, hospitais, limpeza pública (coleta de lixo), Biossegurança emitidas pela Comissão Técnica
laboratórios, etc. Nacional de Biossegurança;
Para que essas doenças possam ser consideradas doenças  O conhecimento dos riscos pelo manipulador;
profissionais, é preciso que haja exposição do funcionário  A formação e informação das pessoas envolvidas,
a estes microrganismos. principalmente no que se refere à maneira como
São necessárias medidas preventivas para que as condições essa contaminação pode ocorrer, o que implica no
de higiene e segurança nos diversos setores de trabalho conhecimento amplo do microrganismo ou vetor com
sejam adequadas. o qual se trabalha;
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RISCOS AMBIENTAIS

RISCO BIOLÓGICOS

 O respeito das Regras Gerais de Segurança e ainda a realização das


medidas de proteção individual;

 Uso do avental, luvas descartáveis (e/ou lavagem das mãos antes e após a
manipulação), máscara e óculos de proteção (para evitar aerossóis ou
projeções nos olhos) e demais Equipamentos de Proteção Individual
necessários,

 Utilização da capela de fluxo laminar corretamente, mantendo-a limpa


após o uso;

 Autoclavagem de material biológico patogênico, antes de eliminá-lo no


lixo comum;

 Utilização de desinfetante apropriado para inativação de um agente


específico.
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RISCOS AMBIENTAIS

RISCO ERGONÔMICOS

SÃO CONSIDERADOS RISCOS ERGONÔMICOS:

ESFORÇO FÍSICO | LEVANTAMENTO DE PESO | POSTURA INADEQUADA | CONTROLE RÍGIDO DE PRODUTIVIDADE | SITUAÇÃO
DE ESTRESSE | TRABALHOS EM PERÍODO NOTURNO | JORNADA DE TRABALHO PROLONGADA | MONOTONIA E REPETITIVIDADE
| IMPOSIÇÃO DE ROTINA INTENSA.

A ergonomia ou engenharia humana é uma ciência relativamente recente que estuda as relações entre o
homem e seu ambiente de trabalho. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) define a ergonomia como
" a aplicação das ciências biológicas humanas em conjunto com os recursos e técnicas da engenharia para
alcançar o ajustamento mútuo, ideal entre o homem e o seu trabalho, e cujos resultados se medem em
termos de eficiência humana e bem-estar no trabalho".

MEDIDAS DE CONTROLE

Para evitar que estes riscos comprometam as atividades e a saúde do trabalhador, é necessário um ajuste
entre as condições de trabalho e o homem sob os aspectos de praticidade, conforto físico e psíquico por
meio de: melhoria no processo de trabalho, melhores condições no local de trabalho, modernização de
máquinas e equipamentos, melhoria no relacionamento entre as pessoas, alteração no ritmo de trabalho,
ferramentas adequadas, postura adequada, etc.
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RISCOS AMBIENTAIS

CONTROLE JORNADA PROLONGADA


ESFORÇO FÍSICO INTENSO
RÍGIDO DE PRODUTIVIDADE DE TRABALHO

RISCOS
LEVANTAMENTO E TRANSPORTE IMPOSIÇÃO DE
MONOTONIA E REPETITIVIDADE
ERGONÔMICOS MANUAL DE PESO RITMOS EXCESSIVOS

EXIGÊNCIA DE TRABALHO EM Outras situações causadoras


POSTURA INADEQUADA TURNO OU NOTURNO de “stress” físico e/ou
psíquico

DE UM MODO GERAL, DEVENDO HAVER UMA ANÁLISE MAIS DETALHADA,


CASO A CASO, TAIS RISCOS PODEM CAUSAR:

CANSAÇO, DORES MUSCULARES, FRAQUEZAS, DOENÇAS COMO HIPERTENSÃO ARTERIAL, ÚLCERAS, DOENÇAS
NERVOSAS, AGRAVAMENTO DO DIABETES, ALTERAÇÕES DO SONO,DA LIBIDO, DA VIDA SOCIAL COM
CONSEQUÊNCIAS
REFLEXOS NA SAÚDE E NO COMPORTAMENTO, ACIDENTES, PROBLEMAS NA COLUNA VERTEBRAL,
TAQUICARDIA, CARDIOPATIA (ANGINA, INFARTO), AGRAVAMENTO DA ASMA, TENSÃO, ANSIEDADE, MEDO,
COMPORTAMENTOS ESTEREOTIPADOS.
MÓDULO II

RISCOS AMBIENTAIS

ILUMINAÇÃO INADEQUADA ARMAZENAMENTO INADEQUADO


ARRANJO FÍSICO INADEQUADO

RISCOS
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ELETRICIDADE
ANIMAIS PEÇONHENTOS
DE ACIDENTES SEM PROTEÇÃO

Outras situações de risco que


FERRAMENTAS INADEQUADAS PROBABILIDADE DE
poderão contribuir para a
OU DEFEITUOSAS INCÊNDIO OU EXPLOSÃO
ocorrência de acidentes

ACIDENTES E DOENÇAS
CONSEQUÊNCIAS PROFISSIONAIS
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EPC

EPI

TÉCNICA

RISCOS AMBIENTAIS

MEDIDAS DE CONTROLE DE RISCOS MÉDICA EDUCATIVA

ADMINISTRATIVA
MÓDULO II

RISCOS AMBIENTAIS

MEDIDAS TÉCNICAS

ELIMINA | NEUTRALIZA | SINALIZA

EPC
O RISCO

EVITA | DIMINUI
EPI
A LESÃO
MÓDULO II

RISCOS AMBIENTAIS

PRIODIDADES NO CONTROLE DE RISCO

ELIMINAR

 Eliminar o risco; O RISCO

 Neutralizar / isolar o risco,


APLICAR
através do uso de Equipamento de
Proteção Coletiva; RISCO AINDA
EPC PRESENTE

 Proteger o trabalhador através do


uso de Equipamentos de Proteção APLICAR

Individual.
EPI
MÓDULO II

RISCOS AMBIENTAIS

MEDIDAS MÉDICAS

 Desenvolver o Programa de Controle Médico de Saúde ocupacional (PCMSO), responsável


por promover a prevenção, o rastreamento e o diagnóstico precoce dos agravos à saúde
relacionados ao trabalho, além da constatação da existência de doenças profissionais
ou de danos à saúde dos trabalhadores.

 Submeter os trabalhadores à exames médicos: Admissional, Demissional, Periódico,


Retorno ao Trabalho e Mudança de Função.

 Submeter os trabalhadores expostos ao ruído ocupacional a exames de audiometria para


prevenir a PAIRO.

 Promover campanhas de vacinação contra Gripe, Hepatite, etc.

 Controlar e avaliar as causa de Absenteísmo.

 Realizar atendimento de primeiros socorros.

 Trabalhar em conjunto com o SESMT na investigação e análise dos Acidentes do


Trabalho.
MÓDULO II

RISCOS AMBIENTAIS

MEDIDAS ADMINISTRATIVAS | EDUCATIVAS

São ações administrativas para controlar a exposição


dos trabalhadores aos agentes ambientais, tais como:
Revezamento e Rodízio de atividades; Pausas
programadas; Mudança de lay-out; Realização de
Exercício Laboral; Etc.

São programas de treinamentos, palestras e cursos,


destinados a informar e capacitar os trabalhadores na
execução segura de suas atividades.
MÓDULO II

MAPA DE RISCOS

O Mapa de Riscos é a representação gráfica do reconhecimento dos


riscos existentes nos locais de trabalho, por meio de círculos de
diferentes cores e tamanhos.

O mapa de riscos, ou qualquer outra ferramenta que atinja os


mesmos objetivos, deve ser refeito a cada gestão da CIPA.

FÍSICOS QUÍMICOS BIOLÓGICOS ERGONÔMICOS ACIDENTES


MÓDULO II

MAPA DE RISCOS

ETAPAS DA ELABORAÇÃO

 Conhecer o processo de trabalho no local analisado;

 Identificar os riscos existentes no local analisado;

 Identificar as medidas preventivas existentes e sua


eficácia;

 Identificar os indicadores de saúde;


 Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no
local;

 Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o lay-out da empresa,


indicando através de círculos, colocando em seu interior
o risco levantado (cor), agente especificado e número de
trabalhadores expostos.
MÓDULO II

MAPA DE RISCOS

COR TIPO DE RISCO

FÍSICOS RUÍDO, VIBRAÇÕES, RADIAÇÕES, FRIO, CALOR, PRESSÃO E UMIDADE.

QUÍMICOS POEIRAS, FUMOS, NÉVOAS, VAPORES, GASES, PRODUTOS QUÍMICOS EM GERAL

BIOLÓGICOS VÍRUS, BACTÉRIAS, FUNGOS, BACILOS E PARASITAS

ESFORÇO FÍSICO, LEVANTAMENTO DE PESO, POSTURA INADEQUADA,


ERGONÔMICOS
PRODUTIVADADE, RITMOS EXCESSIVOS E REPETITIVIDADE

CONDIÇÕES FÍSICAS E DE SEGURANÇA INADEQUADA: ILUMINAÇÃO DEFICIENTE,


ACIDENTES
RISCOS DE INSÊNDIO, EXPLOSÕES, ELETRICIDADES E OUTROS.
MÓDULO II

MAPA DE RISCOS SETOR: FATURAMENTO

TIPO RISCO FONTE GERADORA POSSÍVEIS CONSEQUÊNCIAS MEDIDAS DE PREVENÇÃO

Esforço físico intenso, posturas Treinamento de levantamento


inadequadas, levantamento de peso, Estresse e dores lombares de peso, postura em
ERGONOMICO atenção e responsabilidade e transporte.
controle rígido

ACIDENTE Prateleiras Adequar partes cortantes

Proporção do Risco

GRANDE MÉDIO PEQUENO


MÓDULO II

MAPA DE RISCOS

QUEM ELABORA ?

IMPORTANTE
 CIPA

 TRABALHADORES
de todos os setores do estabelecimento

 COM COLABORAÇÃO DO Imprescindível a participação


dos TRABALHADORES devido ao:
SESMT - Serviço Especializado
em Engenharia de Segurança e
• CONHECIMENTO DA ÁREA
Medicina do Trabalho
• ENVOLVIMENTO COM OS RISCOS
MÓDULO II

MAPA DE RISCOS
MÓDULO II

CAMPANHAS DE SEGURANÇA

O QUE É

Campanhas de segurança são eventos voltados para a educação e sensibilização dos


funcionários, transmitindo conhecimentos sobre segurança e saúde no trabalho.

Os eventos mais comuns e que envolvem a CIPA são:

 Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho -


SIPAT;

 Antitabagismo - cabe também à CIPA, recomendar que em


todos os locais de trabalhos e adotem medidas
restritivas ao hábito de fumar.
MÓDULO II

INSPEÇÃO DE SEGURANÇA

O QUE É

É a parte do controle de riscos que consiste em efetuar


vistorias nas áreas e meios de trabalho, com o objetivo de
descobrir e corrigir situações que comprometam a segurança dos
trabalhadores.

Uma inspeção para ser bem aproveitada precisa ser planejada, e


o primeiro passo é definir o que se pretende com a inspeção e
como fazê-la.
MÓDULO II

INSPEÇÃO DE SEGURANÇA

TIPOS DE INSPEÇÃO

INSPEÇÃO GERAL

Realizada quando se quer ter uma visão panorâmica de todos os setores da


empresa. Pode ser realizada no início do mandato da CIPA.

INSPEÇÃO PARCIAL

Realizada onde já se sabe da existência de problemas, seja por queixas dos


trabalhadores ou ocorrência de doenças e acidentes do trabalho. Deve ser uma
inspeção mais detalhada e criteriosa.

INSPEÇÃO ESPECÍFICA

É uma inspeção em que se procura identificar problemas ou riscos determinados. Como


exemplo podemos citar o manuseio de produtos químicos, postura de trabalho, esforço
físico, etc.
MÓDULO II

INSPEÇÃO DE SEGURANÇA

ETAPAS DE INSPEÇÃO

 Observação do ambiente e dos meios de trabalho;

 Coleta de informações;

 Registro de dados e elaboração do relatório;

 Apresentação nas reuniões da CIPA;

 Encaminhamento do relatório através do Presidente


da CIPA;

 Acompanhamento da implantação das medidas


recomendadas.
MÓDULO II

DEFINIÇÃO

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI

É todo meio ou dispositivo de uso individual,


destinado a proteger a saúde e a integridade
física do trabalhador. Quando não for possível
eliminar o risco, ou neutralizá-lo através de
medidas de proteção coletiva, implanta-se o
Equipamento de Proteção Individual - EPI.

EVITA | DIMINUI A LESÃO


MÓDULO II

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI

OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR QUANTO AO EPI

 Adquirir o tipo adequado à atividade do empregado;

 Fornecer ao empregado somente EPI aprovado pelo


Ministério do Trabalho;

 Treinar o trabalhador sobre o seu uso adequado;

 Tornar obrigatório o seu uso;

 Substituí-lo, imediatamente, quando danificado ou


extraviado;

 Responsabilizar-se pela sua higienização e manutenção


periódica.
MÓDULO II

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI

OBRIGAÇÕES DO EMPREGADO QUANTO AO EPI

 Usá-lo apenas para a finalidade a que se destina;

 Responsabilizar-se por sua guarda e conservação;

 Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne


impróprio para uso.
MÓDULO II

DEFINIÇÃO

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA - EPC

São os equipamentos que neutralizam o risco na


fonte, dispensando, em determinados casos, o uso
dos equipamentos de proteção individual.

Quando instalamos, por exemplo, o protetor


contra quebra de agulha, estamos atuando sobre o
ambiente de trabalho, esta medida é chamada de
proteção coletiva, pois protege o conjunto de
trabalhadores.
ELIMINA | NEUTRALIZA | SINALIZA O RISCO

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