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04/01/2024, 19:46 Lei Complementar 29 2015 de Juiz de Fora MG

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LEI COMPLEMENTAR Nº 29, DE 25 DE SETEMBRO DE 2015

Cria normas para reutilização de água de chuva no Município de Juiz de


Fora.

A Câmara Municipal de Juiz de Fora aprova e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:

Art. 1º Ficam estabelecidas normas para a reserva e reutilização de água proveniente de chuva acumulada em telhados e
coberturas, no Município de Juiz de Fora.

Art. 2º Para os fins desta Lei considera-se:

I - água potável: aquela destinada ao consumo humano, cujos parâmetros microbiológicos, físicos, químicos e radioativos
atendam ao padrão de potabilidade, não oferecendo riscos à saúde;

II - extravasor: dispositivo que aciona e controla o escoamento de água;

III - cisterna: é um reservatório de água;

IV - Rede Pública de Abastecimento: o conjunto de atividades, instalações e equipamentos destinados a fornecer água potável
para uma comunidade.

Art. 3º Torna obrigatória a construção de um sistema de captação de água de chuva dos telhados e coberturas nas novas
edificações com área de cobertura ou telhado total no terreno, igual ou superior a 120 (cento e vinte) metros quadrados.

Parágrafo único. Quando tratar-se de acréscimo ou modificação de prédio existente, aplica-se esta norma desde que
tecnicamente viável sua implantação.

Art. 4º Na instalação de reservatórios para captação da água de chuva deve-se observar o seguinte:

I - deverão ser construídos ou instalados nas edificações reservatórios separados e independentes, para água potável e para
água não potável. O reservatório de água não potável receberá a água coletada da chuva;

II - as tubulações de saída dos reservatórios de água potável e não potável não poderão ser conectadas;

III - os reservatórios deverão ser providos de extravasor - protegido contra entrada de insetos - e dispositivo para descarga de
fundo que facilite a limpeza. Os reservatórios deverão ser tampados para evitar a entrada de luz ou vetores que propiciem a
proliferação de algas e transmissores de doenças;

IV - deverá ser implantado dispositivo automático ou manual antes da cisterna, para retenção de materiais grosseiros como
pedras, folhas, galhos e outros resíduos;

V - as tubulações que distribuem as águas de chuva, não potável, deverão ser identificadas em cor diferente da água potável

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ou outro meio de diferenciação;

VI - nos pontos de acesso à água de chuva deverá haver um aviso indicando "água não potável", ou sinal de alerta.

Art. 5º O volume do reservatório para armazenamento de água de chuva deverá atender os seguintes critérios:

I - em áreas de cobertura ou telhado entre 120 (cento e vinte) e 180 (cento e oitenta) metros quadrados: reservatório de 250
(duzentos e cinquenta) litros de volume mínimo de armazenagem;

II - em áreas de cobertura ou telhado entre 180 (cento e oitenta) e 250 (duzentos e cinquenta) metros quadrados: reservatório
de, no mínimo, 500 (quinhentos) litros de volume mínimo de armazenagem;

III - em áreas de cobertura ou telhado entre 250 (duzentos e cinquenta) e 350 (trezentos e cinquenta) metros quadrados:
reservatório de 1000 (mil) litros de volume mínimo de armazenagem;

IV - em áreas de cobertura ou telhado entre 350 (trezentos e cinquenta) e 500 (quinhentos) metros quadrados: reservatório
de 2000 (dois mil) litros de volume mínimo de armazenagem;

V - em áreas de cobertura ou telhado igual ou superior a 500 (quinhentos) metros quadrados: reservatório de 3000 (três mil)
litros de volume mínimo de armazenagem.

Parágrafo único. Os reservatórios deverão ser compatíveis com a área de captação da água, podendo ser instalados mais de
um reservatório para atender as exigências de volume mínimo de armazenagem desta Lei.

Art. 6º A água de chuva a ser armazenada deverá ser utilizada em atividades que não requeiram o uso da água tratada,
proveniente da Rede Pública de Abastecimento, tais como:

a) irrigação de hortas e jardins;


b) descarga de bacias sanitárias;
c) lavagem de pátios e veículos;
d) lavagem de vidros, calçadas e pisos;
e) lavagem de maquinários.

Art. 7º A instalação de reservatórios destinados à captação da água de chuva poderá ser executado subterrâneo, ao nível do
terreno ou elevado.

§ 1º Quando instalado ao nível do terreno ou elevado, a ocupada não será computada para efeito de taxa de ocupação ou
coeficiente de aproveitamento.

§ 2º Quando instalado elevado, à área sob sua estrutura poderá ser utilizada sem computar no coeficiente de aproveitamento.

§ 3º A locação do reservatório deverá ser apresentada ao órgão responsável, no projeto de arquitetura, quando da solicitação
de aprovação e alvará de construção.

Art. 8º A concessão do habite-se para os projetos de construções aprovados após a vigência desta Lei, fica condicionada à
comprovação do cumprimento no disposto nesta Lei.

Art. 9º Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

Paço da Prefeitura de Juiz de Fora, 25 de setembro de 2015.

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BRUNO SIQUEIRA
Prefeito de Juiz de Fora

ANDRÉIA MADEIRA GORESKE


Secretária de Administração e Recursos Humanos

Projeto Complementar nº 03/2015, de autoria do Vereador Zé Márcio.

Nota: Este texto não substitui o original publicado no Diário Oficial.

Data de Inserção no Sistema LeisMunicipais: 13/07/2020

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