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PROPOSTAS SUGERIDAS AO PLANO DIRETOR METROPOLITANO

Um Sistema Complementar de Drenagem e a Reutilização de Águas e dos Esgotos

O paulistano trata mal seus rios, que se assemelha a um paciente cardíaco sedentário que se alimenta de
gorduras e tem que se submeter à colocação de “STENTS”, similaridade aos “PISCINÕES” junto ao rio,
solução pontual, mas que não resolve o problema se o paciente in casu a Administração Pública não
mudar sua filosofia de “vida”.
São Paulo nasceu no Pátio do Colég
Colégioio às margens do rio Tamanduateí, e nas margens plácidas do riacho
Ipiranga, um de seus afluentes, foi proclamada a independência do Brasil, mas esse eixo de crescimento
da cidade, esquecido por décadas,, desprezado e atrofiado pelo progresso urbano, hoje se resume
resu a uma
vala de esgoto a céu aberto, cercado por esta selva de pedra, com o adensamento previsto e sem a
adequação necessária só irá agravar os problemas hídricos dessa importante região paulistana.

Órgãos Públicos estabelecem critérios para o lançamento de efluentes, fornecendo autorizações e


licenças para o descarte de efluentes líquidos, conforme o caso.
Tecnicamente chamamos de "efluente líquido" qualquer "água" que cai do céu, que a gente usa, que sai
numa mina, enfim, qualquer líquido que a gente prprecisa descartar (jogar fora).
Definição de Água Pluvial:
Decreto Federal Nº 24.643, DE 10 DE JULHO DE 1934 - Código de Águas:
Art. 102. Consideram-sese águas pluviais, as que procedem imediatamente das chuvas.
Prefeitura - Disciplina a coleta, condução, limpeza, tratamento e destino final das águas pluviais e das
águas da drenagem urbana.
As águas da chuva que caem nos logradouros públicos são recolhidas pelas Bocas de Lobo instaladas a
espaçamento adequado nas vias públicas a fim de evitar a formação de enxurradas.
As águas da chuva que caem nos telhados e quintais dos imóveis particulares são autorizadas a serem
lançadas na sarjeta, passando por sob o passeio público.
A saída dessa água na sarjeta deve ser "fiscalizável" de modo que a Prefeitura possa comprovar que só
água da chuva seja lançada na sarjeta. A Prefeitura tem o direito de entrar no seu imóvel para verificar
isso e pode fazer um teste com água colorida para confirmar se somente a água do telhado e a do quintal
saem na sarjeta. Caso se descubra que a água do tanque, da pia ou qualquer outra água servida esteja
sendo lançada na sarjeta, a Prefeitura emite um Auto de Intimação para que a irregularidade seja
corrigida.
As águas da drenagem urbana como minas d'água no pé de taludes, barrancos e fontes naturais são
conduzidos para a rede de coleta de águas pluviais.
Quando você deixa uma bacia na chuva e a água da chuva cai diretamente dentro da bacia, esta água
pode ser considerada água pluvial.
Quando a água da chuva cai sobre um telhado (cheio de cocô de passarinho) e esta água é recolhida em
um balde, esta água não é água pluvial pois já passou por um processo de lavagem do telhado e contém
diversos patógenos como leptospirose, criptococose, histoplasmose, clamidiose e muitas outras doenças.
O curioso é que certas doenças como a criptococose, que também é conhecida como “doença do pombo”,
é transmitida pelo fungo Criptococus neofarmans encontrado freqüentemente nas fezes secas.
A Água Pluvial tem dono:
Decreto Federal Nº 24.643, DE 10 DE JULHO DE 1934 - Código de Águas:
Art. 103. As águas pluviais pertencem ao dono do prédio onde caírem diretamente, podendo o mesmo
dispor delas a vontade, salvo existindo direito em sentido contrário.

Esse Plano Diretor Pode Disciplinar A Legislação Para A Reutilização De Águas E Esgotos Urbanos

A tecnologia de captação de água da chuva é baseada em um método sustentável para captação e


aproveitamento da água que cai em coberturas de edificações, como casas, prédios residenciais,
comerciais entre outros. O sistema consiste em recolher, filtrar, armazenar e disponibilizar esta água para
uso em área externa ou interna.
Para efetivar o aproveitamento da água da chuva e desfrutar de seus benefícios, é necessário que se
projete adequadamente levando-se em conta:

• Sistema de coleta da água de chuva que cai no telhado;


• O armazenamento da água de chuva em tanques e reservatórios;
• O abastecimento da água de chuva aos seus locais de uso;
• A drenagem da água de chuva em caso de chuvas intensas.

Vale ressaltar que a água de chuva, de acordo com a norma ABNT 15527, somente pode ser usada para
fins não-potáveis em ambientes urbanos (não deve ser usada para beber, banho, lavagem e cozimento de
alimentos).
Entre seus principais usos estão:

• Em áreas urbanas: banheiro (descarga de vasos sanitários); regas de hortas e jardins; lavagem de
pisos, quintais e automóveis.
• Em áreas rurais: além dos mesmos fins do ambiente urbano, destina-se a irrigação de plantações,
lavagem de criatórios de animais, entre outros.
• Em áreas industriais: além dos usos semelhantes a edificações em ambiente urbano, recomenda-
se para resfriamento de caldeira, lavagem de peças, dentre outras aplicações.
A figura acima mostra um sistema de captação de água pluvial através de cisterna escavada com
uma bomba de elevação para reaproveitamento das águas, que podem incluir também o
reaproveitamento de águas da residência.

Basicamente o território da Capital do Estado de São Paulo é banhado por três grandes bacias ribeirinhas,
ou seja, a do rio Tietê e dos seus principais afluentes que são o rio Tamanduateí e o rio Pinheiros.

O que é a Lei das Piscininhas?


Precisamos saber o que é a Lei das Piscininhas (Lei Estadual 12.526/2017)
A Lei das Piscininhas, uma Lei Estadual do Estado de São Paulo nº 12.526, criada em de 02 de Janeiro de
2017, estabelece as normas para a contenção de enchentes e destinação de águas pluviais provindas das
chuvas, substituindo a seus antecedentes, agora obriga a construção e implantação de um sistema de
captação e retenção de águas pluviais, coletadas por telhados, terraços e pavimentos descobertos, em
lotes, edificados ou não, que tenham área impermeabilizada superior a 500m².
E vale ressaltar que a Lei entra em vigor para as novas construções realizadas após a sua validação.
Quais são os objetivos desta normativa?
A lei, originária do Projeto de Lei 464/05, de autoridade do deputado Adriano Diogo, justifica que “além dos
prejuízos recorrentes em áreas urbanas com alta impermeabilização durante períodos de chuvas, também
a qualidade de vida e a saúde são afetadas diretamente, com a destruição de patrimônios pessoais e o
risco de contração de doenças infecto-contagiosas, comumente ocasionadas pela água de enchentes”.
A lei traz também que a instalação das caixas de retardo são condição para a obtenção das aprovações e
licenças, de competência do Estado e das Regiões Metropolitanas, para os parcelamentos e
desmembramentos do solo urbano, os projetos de habitação, as instalações e outros empreendimentos.

O que isso quer dizer?


Com a construção de novos empreendimentos, asfaltos e aumento da área urbana das cidades, mesmo
que signifique maior conforto tanto para os automóveis quanto para os moradores, dificultam o
escoamento e absorção desse volume de água ocasionado pela impermeabilização do solo.
Ou seja, mesmo que existam bocas de lobo e locais que permitam essa vazão, eles não foram projetados
para suportarem tamanho volume, visto que, parte dessa água deveria ser absorvida naturalmente no
caminho pelo solo.
Visto isso, a normativa traz então as seguintes contribuições do artigo 1०:
Reduzir a velocidade de escoamento de águas pluviais para as bacias hidrográficas em áreas urbanas
com alto coeficiente de impermeabilização do solo e dificuldade de drenagem;
Controlar a ocorrência de inundações, amortecer e minimizar os problemas das vazões de cheias e,
conseqüentemente, a extensão dos prejuízos;
Contribuir para a redução do consumo e o uso adequado da água potável tratada.

Sendo esse último um ponto a favor dos proprietários das edificações visto que parte dessa água pode ser
utilizada em ações futuras no próprio empreendimento em algumas ocasiões listadas abaixo.
E no artigo 2० da Lei se dá ao cálculo utilizado para obter a capacidade de acumulação do reservatório,
sendo válida para se entender o nível de volume de água obtido pela impermeabilização do solo pelo
empreendimento, o índice pluviométrico e os captadores de água por telhados, coberturas e afins, sendo:
V = 0,15 x Aix IP x t;
V = volume do reservatório em metros cúbicos;
Ai = área impermeabilizada em metros quadrados;
IP = índice pluviométrico igual a 0,06 m/h;
t = tempo de duração da chuva igual a 1 (uma) hora.
II – condutores de toda a água captada por telhados, coberturas, terraços e pavimentos descobertos
ao reservatório mencionado no inciso I;
III – condutores de liberação da água acumulada no reservatório para os usos mencionados no
artigo 3º desta lei.
Parágrafo único – No caso de estacionamentos e similares, 30% (trinta por cento) da área total
ocupada devem ser revestidas com piso drenante ou reservado como área naturalmente permeável.
A água contida pela piscininha deverá ter os seguintes destinos:
Seguindo os requisitos anteriormente citados no inciso do artigo 2० da Lei o volume de água coletado
poderá se destinar a 3 formas de utilização futura:
1. Infiltração no solo, preferencialmente;
2. O despejo na rede pública, disposta de drenagem, após uma hora de chuva;
3. Utilização para finalidades não potáveis, em edificações que tenham instalações desse tipo, como
por exemplo, água de reuso, regar jardins ou lavagem de pisos.

Comentário sobre a Lei das Piscininhas:


Ao contrário do que se aplica hoje, a Lei Estadual vigente, plenamente aplicável “in casu”, prevê que a
transferência do ônus dessas piscinas de contenção, seja do ente empreendedor privado, como condição
para obtenção do Alvará, cabendo ao Órgão Público competente a fiscalização para o alcance fiel desse
objetivo, sob pena de prevaricação.

Além das “piscininhas” o Órgão Público competente como está prevista estender a todos imóveis em um
mega-programa de controle de água de chuva e reuso de água doméstica, que também contemplará a
economia de uso da água potável recurso finito que ficará mais escasso com o adensamento.
O papel da Administração Pública é o de administrar e fiscalizar o processo objetivando alcançar os
objetivos, através de esclarecimento do público alvo, formação de mão de obra qualificada composta de
pequenos empreiteiros para prestarem serviços aos munícipes que arcarão com os custos, ou fornecer
apostilas para sistemas simplificados tipo “faça você mesmo”, inclusive analisar a possibilidade de
subsidiar determinados casos para os interessados que comprovem não terem condições financeiras.
A implementação do programa para obter sucesso caberá ao Órgão Público a fiscalização em quaisquer
dos casos, com incentivo fiscal para adesão dos participantes, acréscimo fiscal para aqueles que se
mostrarem reticentes, podendo chegar por realizar a obra e cobrar do proprietário omisso.

Abaixo temos o exemplo simples de captação residencial de água de chuva tipo “faça você mesmo”, no
meio um sistema de captação, bombeamento e distribuição automático, acrescido do tratamento primário
da gordura doméstica que poderá gerar outra fonte de renda através de concessionária do Órgão Público
Municipal, e finalmente à direita as “Lei das Piscininhas” a serem aplicadas no programa de adensamento
populacional contrabalançando os efeitos do mesmo nos problemas recorrentes das enchentes não
apenas no vale do Rio Tamanduateí e seus afluentes, mas em toda a nossa metropole.

Finalmente o readequamento da calha do rio Tamanduateí


Primeiramente em se tratando de interferir no trânsito em uma via intermunicipal de grande importância
econômica a questão foge do alcance do Plano Diretor de São Paulo que tem jurisdição municipal,
ocorrendo duas hipóteses para viabilizar esse empreendimento:
1) A criação de um consórcio intermunicipal, reunindo os Municípios interessados;
2) A intervenção Estadual em um projeto que envolva a Capital e os Municípios do ABC..

Quanto à abordagem técnica, a alternativa de aproveitar a própria calha do rio Tamanduateí que na
Capital tem uma estrutura definida e com um dimensionamento uniforme em quase todo o seu percurso o
que propicia criar inclusive uma ferramenta especialmente desenhada para trabalhar eficientemente no
recondicionamento do seu leito minimizando os transtornos causados aos cidadãos que transitam por essa
via.

A foto abaixo mostra as medidas aproximadas do rio através do Google.


Note-se que as paredes laterais em forma trapeizodal perfazem mais de 4m. que impedem um maior
volume de água deslocável no leito do rio.
Outra providência que pode ser tomada é o rebaixamento do leito do rio Tamanduateí em pelo menos 1,5
ou 2 metros em sua profundidade, aumentando consideravelmente a sua vazão.
A foto abaixo mostra o rio Tamanduateí na Vila Prudente ao lado do Central Plaza Shopping

A foto abaixo mostra o rio Tamanduateí na área da feirinha da madrugada

“O Plano Diretor e a Operação Urbana Consorciada Bairros do Tamanduateí”

A Operação Urbana Consorciada Bairros do Tamanduateí (OUCBT) celebra, com este nome, um dos
principais rios da cidade de São Paulo e os bairros que se desenvolveram ao longo de seu curso como o
Cambuci, a Mooca, o Ipiranga, a Vila Carioca e a Vila Prudente, abrangendo quase a totalidade do setor
Arco Tamanduateí, da Macroárea de Estruturação Metropolitana (MEM). (São sete Bairros e três
Subprefeituras).

Essa operação é um instrumento de intervenção pública, previsto pelo Plano Diretor Estratégico (PDE) e
aprovado mediante uma lei municipal, que estabelece regulamentação urbanística específica,
contrapartidas financeiras, incentivos ao adensamento populacional e construtivo para um perímetro
previamente definido. Tem por objetivos alcançar metas de qualificação para os bairros, por meio de um
conjunto de diretrizes urbanísticas, como estabelece o Estatuto da Cidade (Lei Federal nº 10.257 de 2001).

Por meio de um Projeto de Intervenção Urbana que parte do conceito de compacta, a proposta pretende
equilibrar a oferta de empregos e de moradias na região, promovendo o adensamento populacional e
construtivo, além de uma maior diversidade dos serviços e do comércio local. Esta ação reduzirá o tempo
de deslocamento entre o trabalho e a habitação e promoverá maior integração social e oportunidades para
a população. Este projeto é composto por um programa de intervenções públicas e por parâmetros
urbanísticos que geram a requalificação das orlas fluviais, o atendimento habitacional, a melhoria das
conexões entre os bairros e a qualificação do ambiente urbano. Pretende-se ampliar a arborização da
região implantando uma rede de parques e espaços livres públicos vinculados ao incremento do sistema
de drenagem. Associados a este programa de intervenções e parâmetros urbanísticos, encontramos a
proposta de preservação dos territórios produtivos da região ao longo da ferrovia e das zonas industriais,
assim como a valorização do patrimônio cultural e arquitetônico da cidade, voltadas à preservação da
memória e da história da cidade.

“Sugestão de melhoria para a Operação Urbana Consorciada Bairros do Tamanduateí”

A Operação Urbana Consorciada Bairros do Tamanduateí (OUCBT) celebra, com este nome, um dos
principais rios da cidade de São Paulo e os bairros que se desenvolveram ao longo de seu curso como o
Cambuci, a Mooca, o Ipiranga, a Vila Carioca e a Vila Prudente, abrangendo quase a totalidade do setor
Arco Tamanduateí, da Macroárea de Estruturação Metropolitana (MEM). (São sete Bairros e três
Subprefeituras)

De fato o objetivo principal da Prefeitura é o adensamento populacional previsto no mesmo espaço,


alteração do regime jurídico da São Paulo Urbanismo (SP-Urbanismo) de empresa pública para sociedade
anônima de economia mista, auferindo sensível acréscimo fiscal.
Esse processo pode ter como resultado, dentre outras conseqüências, a aprovação de normas e projetos
urbanos orientados pelo e para o mercado imobiliário, a apropriação de terras e ativos do Estado por ele e
a privatização de espaços públicos, em detrimento de seu uso e destinação para o interesse social, que
alavancarão ainda mais as receitas municipais.

O Plano Diretor de São Paulo prevê diversas obras de melhorias, combinado a um adensamento
populacional que objetiva triplicar o número de habitantes por hectare, é certo que deverá levar em conta
um plano de ação mais abrangente do que a criação de “piscinões” tentar resolver os problemas de
inundações na várzea do Tamanduateí, visto porque o adensamento certamente virá agravar-los, visto que
essas medidas pontuais “per si” não irão resolver os problemas recorrentes das inundações, mormente
porque, passados algumas décadas da canalização do rio Tamanduateí e a crescente impermeabilização
da cidade vindo se juntar ao adensamento populacional previsto, a região já esta condenada a padecer
desse mal que sazonalmente atinge a região.

Portanto acrescentando idéia de um interceptor ao longo da linha férrea, que poderá dar um plus de 430m³
de escoamento das águas pluviais, acrescento àquela sugestão, outra para a retificação das laterais, bem
como o rebaixamento do leito do rio de 1,5m até 2,0m., que dariam uma solução de forma dinâmica do
escoamento hídrico e suporte para a resolução dos demais problemas pontuais em outros documentos
apontados nos afluentes do rio Tamanduateí.

A uniformidade na grande maioria da calha do rio Tamanduateí, permite investir na construção de um


equipamento dedicado para tratarmos do desaçoreamento e readequação das paredes laterais desse rio
de uma forma que minimize os transtornos causados ao trânsito viário.
O projeto contempla melhorias em relação ao sistema de drenagem do vale do rio Tamanduateí que forma
uma grande bacia que se origina nos municípios do A B C em direção do Mercado Municipal da Capital
formando um gargalo que estanca as águas pluviais por ter sua vazão subdimencionada e agora agravada
com o problema do aquecimento global.
Somente a readequação das laterais da calha do rio Tamanduateí pode aumentar a vazão em um volume
métrico equivalente ao interceptor proposto, ou seja, aproximadamente 430m³, e se aprofundarmos o leito
da calha em cerca de 2 m., certamente teremos um acréscimo volumétrico superior a dez vezes, o que
perfaz um acréscimo de vazão dinâmica superior a 5.000m³ por segundo de águas pluviais para o rio
Tamanduateí e seus afluentes.
Mapa da geomorfologia da bacia hidrográfica do rio Tamanduateí e seus afluentes
A imagem acima retrata os pontos de enchentes que tem sido crescentes nos últimos anos.
Uma obra controversa está em andamento para aliviar a descarga do córrego da Moóca principal afluente
do lado esquerdo no Rio Tamanduateí, para evitar enchentes na região.
O Piscinão é a solução para as enchentes?
Os moradores da região que abrange a zona leste da capital paulista de receberam uma do então
governador Geraldo Alckmin o “piscinão Guamiranga”, o maior da cidade, com capacidade para
acumular 850 milhões de litros, para ajudar a minimizar o efeito das chuvas.
O fato é que mesmo após sua inauguração o “Central Plaza Shopping” (ao lado do piscinão), mantém até
hoje o seu pavimento térreo inutilizado por causa dos problemas de inundações. Seu efeito é um paliativo
pontual.

Piscinão Guaraminga (o maior da Capital)

A idéia de promover o adensamento populacional e construtivo, além de uma maior diversidade dos
serviços e do comércio local, sem tratar devidamente o sistema de drenagem das águas pluviais, é
promover essa operação consorciada com leviandade.
É obvio que o piscinão Guamiranga tem seu valor, mas não podemos negar que o mesmo é insuficiente,
nem mesmo outro piscinão resolveria o problema pela própria natureza deles, ser uma piscina, uma vez
sua capacidade esgotada perdem sua utilidade.
Precisamos de uma solução dinâmica, que não se esgote pelo tempo ou capacidade de retenção, ou seja,
precisamos de um interceptor de águas pluviais que tem ação continuada.

E onde construí-lo?

O interceptor de águas Pluviais para o rio Tamanduateí.

A operação fala sobre a preservação dos territórios produtivos da região ao longo da ferrovia, que hoje se
encontra deteriorada com a evasão das indústrias e armazéns do seu entorno que torna uma faixa
considerável de terra atualmente inaproveitada que segue pelo vale que termina na atura do Mercado
Municipal.

Considerando que o vale do rio Tamanduateí inicia no ABC e na Capital pelas margens do rio dos
Meninos, aproveitando o leito sub-aproveitado da ferrovia até as imediações do ponto onde ela cruza o rio
Tamanduateí em direção da estação da Luz, num percurso de aproximadamente 9 Km, com quatro
galerias com aduelas de 4 X 4m, com vazão total de + 430m³ por segundo de águas pluviais.
Por ser uma área pertencente ao Estado que não esta sendo aproveitada tendo em vista a evasão das
indústrias e armazéns gerais, que facilita a negociação para sua implantação e as obras não afetarão
substancialmente o trânsito e transporte público.

Há que se considerar que esse aumento de vazão é dinâmica, ou seja, de forma contínua, não limitada
como a de um piscinão que quando exaurida a sua capacidade de armazenamento perde sua utilidade se
as inundações perdurarem.

O resultado final trará a tranqüilidade almejada para os futuros 4.000.000 de pessoas que se presume
deverão estar estabelecidos, morando ou mesmo estudando, nessa região ficando reduzidos a meros
casos pontuais os problemas de hídricos locais.

O cuidado que se deve tomar no Plano Diretor é de se considerar que esse aumento populacional advindo
com adensamento deve ser proporcional com a vazão dinâmica das águas, bem como, um planejamento
do reuso das águas pluviais, assim evitando o exauri mento do suprimento da água potável, que é um
recurso finito.

Elias Errero Vargas (Conselheiro – CADES Vila Prudente)

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