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Aula: Avivamento

Avivamento significa: Ato de se avivar, ou seja, de se tornar mais vivo, mais


ativo, mais intenso, despertado e nítido. Este é um termo bastante usado no
âmbito religioso para se referir ao período de renovação espiritual. O
avivamento espiritual consiste no reforço da fé em Deus pelos cristãos. Se eu
fosse usar apenas um versículo para descrever o avivamento, seria o seguinte:

se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar, me buscar e
se converter dos seus maus caminhos, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus
pecados e sararei a sua terra.
2 Crônicas 7:14 NAA

Devemos buscar o avivamento?


Para responder isso, eu digo que sim e que não. Vou ressaltar alguns pontos
sobre o assunto:
1- Sim, pois é um grande mover do Espírito Santo em nosso meio. O
avivamento é gerado através de uma busca desesperada por Deus.
Resumidamente podemos afirmar que avivamento nada mais é do que a
invasão do Reino de Deus na Terra! Essa invasão é capaz de dissipar as
trevas e transformar as nações. Lendo isso me pergunto, quem não iria
querer isso em nosso meio?
2- Não, pois as vezes podemos buscar o avivamento sem querer buscar
aquEle que aviva. Um objetivo bom com uma motivação errada é dos
mesmos criadores que a torre de Babel. Outro ponto é que o homem é
capaz de produzir animamento, mas só Deus pode produzir o
avivamento.

O avivamento é bíblico?
Com toda a certeza! A bíblia não fala diretamente sobre o termo “avivamento”,
mas o profeta Habacuque 3:2 diz” Senhor, tenho ouvido a tua fama, e me sinto
alarmado. Aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos, e, no decurso
dos anos, faze-a conhecida. Na tua ira, lembra-te da misericórdia. “. Na bíblia
há algumas passagens onde ocorreu um verdadeiro avivamento. A seguir, irei
apresentar 3 passagens e então prosseguiremos.

2 Crônicas 7:1-3
Jonas 3:1-10
Atos 2:1-6, 14-21

O avivamento tem alguns pontos que na maioria das vezes é como se fosse
um padrão. Vamos observá-los a seguir:

1- Arrependimento: O avivamento espiritual começa com um coração


quebrantado e contrito diante de Deus. Isso envolve reconhecer nossos
pecados, confessá-los a Deus e buscarmos por mudança de atitude.
2- Fome por Deus: A Fome por Deus é extremamente essencial em um
avivamento. Acredito fielmente nas palavras de um homem chamado
Gregório Mcnutt “avivamento é o dia em que Deus é encontrado.” e a
própria palavra de Deus fala se o nós buscarmos a Ele, vamos encontrá-
Lo (Jeremias 29:13).
3- Oração, Jejum e Bíblia: Acredito que o que conhecemos como
“disciplinas espirituais” deixa de ser uma disciplina e se torna um padrão
mínimo no meio de um avivamento. Os avivamentos são marcados pelo
seu grande foco na oração e na busca de conhecimento de Deus. Obs:
conhecimento não é só doutrina, mas intimidade e revelação de quem
Deus é.
4- Santificação: A santificação vai se tornando natural após você se
aproximar cada vez mais de Deus. Quanto mais conhecimento de quem
Deus é temos, mais nos afastamos de nós mesmos. Gosto muito de
uma frase que escutei uma vez do Alessandro Vilas Boas “quanto maior
a revelação, maior a devoção; quanto maior a revelação, maior a
permanência.”.
5- Reforma na sociedade: Uma das principais diferenças entre moveres de
Deus e avivamento é um impacto na sociedade. É como se a presença
de Deus invadisse de tal forma um ambiente que começa a mudar a
população de uma determinada região. Falaremos sobre isso mais para
a frente.

O avivamento e a história da igreja

Sem dúvidas, o avivamento é uma marca muito grande na história da igreja e


na sociedade. O derramar do Espírito Santo que ocorreu em atos 2 é fonte
para nós até os dias de hoje. Mas o avivamento que aconteceu no dia de
Pentecostes não foi o último na história da igreja. A seguir, apresentarei
algumas histórias de avivamentos que marcaram a igreja e impactaram
diversas pessoas e lugares.
Os morávios

Em 1722, o conde Nicolau von Zinzendorf deu abrigo em sua propriedade


chamada “Herrnhut” (cabana do senhor) a um grupo de 300 pessoas que
estavam sendo perseguidas na Morávia (Áustria e Leste Europeu) por serem
adeptas da sã doutrina pregada por John Huss. Esse grupo de imigrantes deu
origem aos conhecidos Irmãos Morávios (“Unitas Fratrum”) No dia 13 de agosto
de 1727, na cidade de Herrnhut, a igreja de 300 membros ouviu uma pregação
sobre a cruz e o cordeiro de Deus. Enquanto a congregação se preparava para
realizar a Santa Ceia, “o Espírito Santo caiu sobre eles”.

Porém, os primeiros cinco anos em Herrnhut foram repletos de dissensão,


amargura e brigas por diferenças doutrinárias na comunidade formada por
batistas, presbiterianos, luteranos, schwenkfelders e morávios. Em 1727,
quando a comunidade estava prestes a se destruir, o conde Nicolau interviu,
apaziguando os cristãos e realizando reuniões de oração. Então, eles paravam
de julgar uns aos outros e se arrependeram de suas atitudes. Foi assim,
através do dom de reconciliação, que a igreja estava pronta para receber a
manifestação do Espírito Santo em 13 de agosto daquele ano.

Nenhum dos cristãos que foram cheios naquela manhã de quarta-feira soube
descrever o que tinham experimentado. Mas, um deles descreveu que saíram
da igreja no final naquele dia “sem saber se pertenciam à Terra ou já haviam
ido para o Céu”. A presença de Jesus foi sentida muito forte por todos os
membros da igreja, até dois crentes que não estavam presentes no culto e
trabalhavam a 30 km do templo. Duas semanas depois do derramar do Espírito
Santo, que ficou conhecido como “Pentecostes da Morávia”, a igreja iniciou um
relógio de oração de 24 horas, que duraria 100 anos, sem interrupção. No
começo, 24 irmãos participavam e cada um se comprometeu a orar uma hora
por dia todos os dias da semana. Com o tempo, o número passou para 77,
incluindo crianças, que se revezavam para interceder todos os dias.
Iniciado em Hernhut, Alemanha no século 18, o movimento de oração continua
(24 horas) chamado Moravianos durou mais de 100 anos, e eles não oravam
por aquilo que não estavam dispostos a ser a resposta.
Dois jovens Moravianos, de 20 anos ouviram sobre uma ilha no Leste da Índia
cujo dono era um Britânico agricultor e ateu, este tinha tomado das florestas da
África mais de 2000 pessoas e feito delas seus escravos, essas pessoas iriam
viver e morrer sem nunca ouvirem falar de Cristo. Esses jovens fizeram contato
com o dono da ilha e perguntaram se poderiam ir para lá como missionários, a
resposta do dono foi imediata:” Nenhum pregador e nenhum clérico chegaria a
essa ilha para falar sobre essa coisa sem sentido”. Então eles voltaram a orar e
fizeram uma nova proposta: “E se fossemos a sua ilha como seus escravos
para sempre?”, o homem disse que aceitaria, mas não pagaria nem mesmo o
transporte deles. Então os jovens usaram o valor de sua própria venda para
custear sua viagem.
No dia que estavam no porto se despedindo do grupo de oração e de suas
famílias o choro de todos era intenso, pois sabiam que nunca mais veriam
aqueles irmãos tão queridos, quando o navio tomou certa distância eles dois se
abraçaram e gritaram suas últimas palavras que foram ouvidas:
“QUE O CORDEIRO QUE FOI IMOLADO RECEBA A RECOMPENSA DO SEU
SOFRIMENTO! “.

Enviando missionários às nações

Foi da pequena comunidade de Hernhut que saíram os primeiros missionários


da Igreja protestante. Durante os 25 anos após o derramamento do Espírito,
100 trabalhadores foram enviados para pregar o Evangelho em quase todos os
países da Europa e em muitas tribos na América do Norte, América do Sul,
Ásia e África. Em 1791, 65 anos depois do início do ministério de oração, a
igreja já havia enviado mais de 300 missionários até os confins da Terra.

Os Moravianos e John Wesley

Os Irmãos Morávios eram descendentes espirituais dos irmãos boêmios, pois


seguiam as doutrinas de Huss e fugiram da Morávia por causa da perseguição
religiosa indo se refugiar em Herrnhut, as terras do conde Zinzendorf. Anos
mais tarde, John Wesley (o pai do Metodismo) em uma perigosa viagem
marítima admirou-se com a paz de espírito que sentiam alguns cristãos
morávios que estavam no mesmo navio que ele durante a tempestade.Naquela
ocasião os morávios mostraram a Wesley que ele ainda não havia “nascido de
novo” e que estava vivendo uma religiosidade vazia. Depois disso, Wesley fez
uma visita a Herrnhut para conhecer o trabalho dos Irmãos Morávios e
padronizou o metodismo de acordo com o modelo que viu ali.

O avivamento do país de Gales

O avivamento de Gales foi um dos mais impressionantes moveres de Deus de


todos os tempos. Em poucos meses de avivamento, um país inteiro foi
transformado, mais de cem mil pessoas aceitaram o Senhor Jesus como seu
Senhor e Salvador, e a notícia foi espalhada ao redor do mundo.O avivamento
começou em outubro de 1904 na pequena cidade de Loughor, com Evan
Roberts, um jovem de 26 anos. Wesley Duewel conta sobre o início do
avivamento no seu livro "O Fogo do Reavivamento":Os historiadores
geralmente se referem ao reavivamento que começou na aldeia de Loughor no
País de Gales como o ponto inicial do reavivamento. Evan Roberts foi o
instrumento usado por Deus para inaugurar o reavivamento de 1904. Em 1891,
aos treze anos de idade, Roberts começou a ter fome e sede, e orar por duas
coisas importantes: para que Deus o enchesse com o Seu Espírito, e para que
Deus enviasse o reavivamento ao País de Gales. Roberts fez talvez o maior
investimento no banco de oração de Deus a favor do reavivamento que o
Senhor desejava enviar. E talvez fosse essa a razão de Deus ter começado a
onda internacional de reavivamentos no País de Gales – através de Evan
Roberts.
O avivamento do País de Gales, que ocorreu entre 1904 e 1905, foi um
movimento religioso significativo que teve um impacto profundo na sociedade
galesa e além. Foi liderado por Evan Roberts, um jovem galês que sentiu um
chamado espiritual desde a infância. O avivamento começou em uma pequena
igreja em Loughor, no sul do País de Gales, e rapidamente se espalhou por
todo o país.Durante esse período, as reuniões religiosas eram frequentemente
caracterizadas por uma intensa emoção espiritual, onde as pessoas
experimentavam um profundo arrependimento e uma busca fervorosa por uma
relação mais próxima com Deus. Testemunhos de mudança de vida e curas
milagrosas eram comuns. O avivamento também teve um impacto notável na
moralidade e na vida social, com redução do crime e do consumo de álcool,
além de uma ênfase renovada na educação e no serviço comunitário.O
avivamento do País de Gales inspirou movimentos similares em outras partes
do mundo e teve um impacto duradouro na história religiosa e social da região.
Apesar de ter diminuído em sua intensidade após alguns anos, suas influências
perduraram e continuaram a moldar a vida religiosa e cultural do país.
Os efeitos do avivamento estenderam-se muito além dos cultos e reuniões de
oração. Os bares e cinemas fecharam, as livrarias evangélicas venderam todos
os seus estoques de Bíblias. O avivamento tornou-se manchete nos principais
jornais do país. A presença de Deus "parecia ser universal e inevitável",
invadindo não somente as igrejas e reuniões de oração, mas se manifestando
também "nas ruas, nos trens, nos lares e nas tavernas”. "Em muitos casos, os
fregueses entravam nas tavernas, pediam bebidas e depois davam meia-volta
e saíam, deixando-as intocadas no balcão. O sentimento da presença de Deus
era tal que praticamente paralisava o braço que ia levar o copo à boca.". Evan
Roberts trabalhou sem parar no avivamento. Ele não queria que as pessoas
olhassem para ele, e muitas vezes ficava calado durante os cultos, preferindo
que o Espírito Santo os dirigisse. Ele raramente falava com os jornalistas que
vinham para escrever sobre o avivamento, e não permitia que tirassem
fotografias dele.
E a conclusão do avivamento?

Infelizmente, Evan, o "catalisador principal" do avivamento, não cuidou da sua


própria saúde, tirando o tempo necessário para descansar. Ele começou a se
sentir fisicamente exausto, vindo finalmente a ter um colapso, e em abril de
1906 retirou-se para a casa do Sr. e Sra. Penn-Lewis na Inglaterra. Evan nunca
mais exerceu seu ministério de avivalista, e sem sua liderança, o avivamento
logo se apagou. Rick Joyner, no seu livro "O Mundo em Chamas", fala sobre o
papel da Sra Jessie Penn-Lewis na vida do avivalista: Parece provável que
Jessie Penn-lewis tenha exercido uma parte significativa em levar o grande
Avivamento do País de Gales a um fim prematuro, embora ela parecesse ter a
melhor das intenções. Os relatos foram de que ela convenceu Evan Roberts a
retirar-se do avivamento, porque achava que ele estava recebendo muita
atenção, a qual deveria ir apenas para o Senhor.
Evan Roberts deixou a obra e foi viver na casa de Penn-Lewis, onde ele se
tornou efetivamente um eremita espiritual, nunca mais usado no ministério...
Depois de sair da liderança do avivamento, com sua saúde bastante
enfraquecida, Evan Roberts viveu uma vida de intercessão, escrevendo
matérias para revistas evangélicas, e recebendo visitas.
O avivamento no país de Gales durou apenas nove meses, porém neste tempo
marcou o mundo. Os frutos, os resultados do avivamento, foram bons: uma
pesquisa feita seis anos depois do avivamento descobriu que 80% dos
convertidos continuavam sendo membros das mesmas igrejas onde tiveram se
convertido. Porém, isso não significa que os outro 20% tivessem se desviado,
porque muitos se mudaram para missões independentes ou novas
denominações.
O Avivamento Galês teve uma continuidade, influenciando outros grandes
avivamentos e avivalistas pelo mundo, bem como O Avivamento da Rua Azusa
e o avivamento na Coréia.

Avivamento da rua Azusa

O Avivamento da Rua Azusa foi um dos movimentos mais significativos na


história do Cristianismo Pentecostal e Carismático. Ocorreu no início do século
XX, especificamente de 1906 a 1909, em Los Angeles, Califórnia, na Rua
Azusa, número 312. O avivamento foi liderado por um pastor afro-americano
chamado William J. Seymour, que pregava sobre o batismo no Espírito Santo e
o dom de línguas, ensinamentos que se tornaram fundamentais para o
movimento pentecostal moderno. O local onde as reuniões ocorriam era uma
modesta missão liderada pelo pastor Seymour.
O Avivamento da Rua Azusa teve início em Los Angeles, Califórnia, em 1906.
Foi liderado por um pastor afro-americano chamado William J. Seymour. A
história do avivamento começou com uma série de reuniões de oração que
Seymour conduzia em uma casa na Bonnie Brae Street, em Los Angeles, em
1906. Seymour, que havia sido exposto ao pentecostalismo enquanto
frequentava a Escola de Santidade de Charles Parham em Houston, Texas,
começou a pregar sobre o batismo no Espírito Santo e a evidência inicial desse
batismo, o falar em línguas estranhas, baseando-se na experiência do Dia de
Pentecostes descrita no livro de Atos do Novo Testamento. O interesse e a
expectativa por uma manifestação do Espírito Santo cresceram entre os
participantes dessas reuniões de oração. Em 9 de abril de 1906, durante uma
dessas reuniões, uma mulher chamada Agnes Ozman pediu a imposição de
mãos para receber o batismo no Espírito Santo e começou a falar em línguas
estranhas. Isso foi considerado o início do Avivamento da Rua Azusa. A notícia
desses eventos se espalhou rapidamente, e as reuniões lideradas por Seymour
foram transferidas para um antigo prédio de igreja na Rua Azusa, número 312,
para acomodar o crescente número de participantes. As reuniões na Rua
Azusa se tornaram conhecidas por suas manifestações do Espírito Santo,
incluindo falar em línguas, curas divinas, profecias e outros dons espirituais.
O Avivamento da Rua Azusa foi caracterizado por sua atmosfera de adoração
fervorosa, diversidade racial e social, e pela crença na manifestação contínua
do poder do Espírito Santo na vida da igreja. Ele teve um impacto duradouro no
Cristianismo Pentecostal e Carismático e é considerado um dos movimentos
mais importantes na história do Cristianismo moderno.

O que tornou o Avivamento da Rua Azusa tão notável foi a diversidade dos
participantes. Pessoas de diferentes etnias, classes sociais e origens religiosas
se reuniam para adorar juntas, algo bastante incomum naquela época, quando
a segregação racial era prevalente nos Estados Unidos. Durante as reuniões,
muitas manifestações espirituais ocorreram, incluindo falar em línguas
estranhas, curas divinas, profecias e outros dons do Espírito Santo, conforme
descritos no Novo Testamento. Essas experiências espirituais intensas atraíram
a atenção de pessoas de todo o país e até de outras partes do mundo.
O impacto do Avivamento da Rua Azusa reverberou muito além de Los
Angeles. Muitos dos participantes se tornaram missionários e evangelistas,
espalhando a mensagem pentecostal por todo o mundo. Esse movimento de
avivamento também influenciou o surgimento de numerosas denominações
pentecostais e carismáticas. Apesar de ter durado apenas alguns anos, o
Avivamento da Rua Azusa é amplamente considerado como um dos eventos
mais importantes na história do Cristianismo moderno, por seu papel na
disseminação do pentecostalismo e do movimento carismático em todo o
mundo.
O Avivamento da Rua Azusa, em Los Angeles, Califórnia, foi um ponto crucial
na história do pentecostalismo e influenciou o movimento pentecostal em todo
o mundo, incluindo no Brasil. Embora nenhum dos participantes da Rua Azusa
tenha se destacado diretamente na introdução do pentecostalismo no Brasil, o
movimento pentecostal global que emergiu desse avivamento teve um impacto
significativo sobre os missionários estrangeiros que vieram ao Brasil para
propagar essas crenças. Alguns dos missionários estrangeiros que foram
influenciados pelo movimento da Rua Azusa e desempenharam papéis
importantes na introdução do pentecostalismo no Brasil incluem:
Daniel Berg e Gunnar Vingren: Embora não tenham sido diretamente da Rua
Azusa, Berg e Vingren foram influenciados pelo pentecostalismo que emanou
desse avivamento nos Estados Unidos. Em 1910, eles fundaram a Assembleia
de Deus no Brasil, uma das maiores denominações pentecostais do país.
Harold Williams e Eurico Bergstén: Missionários da Suécia que estiveram
envolvidos na expansão da Assembleia de Deus no Brasil, trabalhando ao lado
de Berg e Vingren.
Sarah Poulson: Embora não tenha vindo diretamente da Rua Azusa, Poulson
foi uma missionária sueca que fundou a Missão de Fé Apostólica em São
Paulo, em 1910. Ela foi uma das primeiras a pregar o pentecostalismo na
cidade e teve um impacto significativo na propagação dessas doutrinas na
região.
Esses missionários e outros que foram influenciados pelo movimento
pentecostal global que emergiu do Avivamento da Rua Azusa desempenharam
papéis importantes na introdução e expansão do pentecostalismo no Brasil,
contribuindo para o estabelecimento de igrejas pentecostais e para o
crescimento do movimento pentecostal em todo o país.

Jesus Movement

O Movimento Jesus, também conhecido como Jesus Movement, foi uma


expressão do Cristianismo que floresceu nos Estados Unidos durante os anos
1960 e 1970. Esse movimento teve suas raízes na contracultura da década de
1960, influenciada pelo movimento hippie e pelos protestos contra a Guerra do
Vietnã. O Jesus Movement era caracterizado por uma ênfase na
evangelização, adoração expressiva, comunidades intencionais e um
compromisso com uma vida cristã radical. Muitos dos que se envolveram no
movimento eram jovens desiludidos com a sociedade convencional e
buscavam significado e autenticidade espiritual. O movimento se espalhou
principalmente entre os jovens, com líderes carismáticos como Lonnie Frisbee
e Chuck Smith, este último sendo pastor da Calvary Chapel em Costa Mesa,
Califórnia, desempenhando um papel significativo na sua propagação.
Os convertidos do Jesus Movement frequentemente se reuniam em grupos de
oração, estudos bíblicos e eventos de adoração informais, muitas vezes ao ar
livre. Muitos deles adotaram um estilo de vida simples, com ênfase na
comunidade e na partilha de recursos. Uma das características distintivas do
Jesus Movement foi a música, com o surgimento de bandas e artistas cristãos
influentes, como Larry Norman e os grupos Love Song e Second Chapter of
Acts. Essa música, muitas vezes chamada de "Jesus Music", foi uma forma
poderosa de alcançar e atrair os jovens para o movimento. O Jesus Movement
teve um impacto duradouro no Cristianismo nos Estados Unidos e em todo o
mundo. Muitos dos líderes e participantes do movimento continuaram a
desempenhar papéis significativos no ministério cristão, e suas influências
podem ser vistas em várias expressões contemporâneas do Cristianismo,
incluindo a música cristã contemporânea e o movimento das igrejas não-
denominacionais.

O avivamento de Toronto

O Avivamento de Toronto teve início em 1994 na Igreja Vineyard em Toronto,


Canadá, liderada pelos pastores John Arnott e sua esposa, Carol Arnott. O
avivamento começou durante uma conferência de líderes cristãos carismáticos
e pentecostais que estava sendo realizada na igreja. Durante uma sessão de
oração, um ministro sul-africano chamado Rodney Howard-Browne ministrou
sobre os presentes com um foco especial na alegria e na manifestação do
Espírito Santo. As pessoas começaram a experimentar manifestações
incomuns, como risadas incontroláveis, choro, tremores e quedas no chão
(conhecidas como "cair no Espírito"). Essas experiências eram consideradas
sinais de uma visita do Espírito Santo e foram recebidas com grande
entusiasmo por muitos presentes. Após esse evento, as reuniões na Igreja
Vineyard começaram a atrair uma multidão cada vez maior, com pessoas de
todo o mundo viajando para Toronto para participar do avivamento. As
manifestações espirituais continuaram a ocorrer regularmente durante os
cultos, e muitos crentes relataram experiências de renovação espiritual e
transformação pessoal.
O avivamento de Toronto rapidamente ganhou atenção internacional e se
espalhou para outras igrejas e comunidades ao redor do mundo. No entanto,
também foi objeto de controvérsia e críticas de alguns setores da comunidade
cristã, que questionavam a autenticidade das manifestações e expressavam
preocupações sobre seu impacto teológico e pastoral. Apesar das divergências,
o movimento continuou a crescer e influenciar várias correntes do cristianismo
carismático e pentecostal. Ao longo dos anos, o avivamento de Toronto perdeu
parte de sua intensidade inicial, mas seu legado continua a ser sentido em
muitas comunidades cristãs ao redor do mundo.
A Bênção de Toronto refere-se ao suposto derramamento do Espírito Santo
sobre as pessoas que frequentam Toronto Airport Christian Fellowship Church,
que na época era Toronto Airport Vineyard Church (Comunhão da Videira do
Aeroporto de Toronto). Em 20 de janeiro de 1994, um pastor pentecostal
chamado Randy Clark falou na igreja e deu o seu testemunho de como ele
ficava bêbado no Espírito e ria descontroladamente. Em resposta a este
testemunho, a congregação entrou em erupção em pandemônio com as
pessoas rindo, rosnando, dançando, tremendo, latindo como cães e alguns até
mesmo sofrendo paralisia. Essas experiências foram atribuídas ao Espírito
Santo entrando nos corpos das pessoas. O pastor da igreja, John Arnott,
refere-se a esse evento como uma grande festa do Espírito Santo. O apelido
de "Bênção de Toronto" foi dado e a igreja logo entrou no centro das atenções
internacionais.
Quando está "bênção" é analisada à luz das Escrituras, no entanto, dificilmente
pode ser chamada de uma bênção; abominação, talvez, mas não uma bênção.
Absolutamente em nenhum lugar nas Escrituras se pode encontrar qualquer
precedente para o que estava acontecendo naquela igreja de Toronto, exceto,
talvez, as condições físicas que as pessoas endemoninhadas sofriam. De fato,
a Igreja do Aeroporto de Toronto tornou-se tão envolvida em explosões
emocionais e psicológicas que o Pastor Arnott deixou de pregar a salvação e,
ao invés, pregou sobre a festa do Espírito Santo. As experiências tinham maior
autoridade do que as Escrituras. Isso foi demais até mesmo para movimento
extremamente carismático da Videira, que rompeu os laços com a Igreja do
Aeroporto de Toronto em 1995, o que levou a mudança de nome para Toronto
Airport Christian Fellowship. O foco do crente deve ser Jesus Cristo, o "autor e
consumador da nossa fé" (Hebreus 12:2), e não em si mesmo, em suas
experiências ou até mesmo no Espírito Santo. A Bênção de Toronto concentra-
se no Espírito à custa da fé bíblica. Os crentes podem se divertir, dançar,
cantar e até mesmo gritar ao Senhor. No entanto, quando um culto se
assemelha ao sonho de um esquizofrênico demente e a confusão é atribuída à
obra do Espírito Santo, apenas uma palavra vem à mente: heresia.

Stacey Campbell é uma líder cristã carismática conhecida por seu


envolvimento no Avivamento de Toronto e por suas atividades como profetisa.
Durante o avivamento em Toronto, ela teve um papel significativo e é relatado
que profetizou sobre várias nações, incluindo o Brasil.

O avivamento de Belo Horizonte

O Avivamento de Belo Horizonte refere-se a um movimento cristão que ocorreu


na cidade de Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais, no Brasil. Este
avivamento teve seu início em meados dos anos 1990 e se estendeu ao longo
das décadas seguintes, deixando um impacto significativo na comunidade
evangélica da região e além.
O avivamento é caracterizado por um renovado fervor espiritual, uma busca por
uma experiência mais profunda com Deus e uma ênfase na adoração, oração e
evangelismo. Muitas igrejas e líderes religiosos na cidade e nas áreas
circundantes foram influenciados por este movimento, que resultou em um
crescimento e revitalização das comunidades cristãs. Uma das características
marcantes do avivamento de Belo Horizonte foi a ênfase na unidade entre as
diferentes denominações cristãs. Muitas vezes, líderes e membros de várias
igrejas trabalharam juntos em eventos e atividades, transcendendo as
diferenças doutrinárias em prol do objetivo comum de promover o evangelho e
a transformação espiritual da cidade.
Além disso, o avivamento também impactou áreas como assistência social,
com muitas igrejas envolvidas em projetos comunitários e ações de ajuda aos
necessitados. Embora o avivamento de Belo Horizonte não tenha recebido
tanta atenção nacional ou internacional como alguns outros movimentos
similares em diferentes partes do mundo, ele ainda é reconhecido como um
importante período de renovação espiritual na história religiosa do Brasil,
especialmente na região de Minas Gerais.

Virá outro avivamento?

Acredito que não “apenas” virá outro avivamento, mas acredito que será o
último e maior avivamento que já tenha tocado a Terra. O segundo capítulo de
Joel traz uma ênfase muito grande em duas coisas... O derramar do Espírito
Santo sobre toda carne – avivamento – e o dia do Senhor – Retorno de Jesus.
Gostaria de ressaltar um versículo.

” Alegrai-vos, pois, filhos de Sião, regozijai-vos no Senhor, vosso Deus, porque


ele vos dará em justa medida a chuva; fará descer, como outrora, a chuva
temporã e a serôdia. “
Joel 2:23 ARA

A perfeita escritura usa dois termos interessantes para esses dois tipos de
chuva... vejamos os seus significados a seguir:
Assim, as expressões «chuva temporã» e «chuva serôdia» significam que se
trata de chuva que vem fora da sua época habitual, mas a temporã é a que
aparece antes, e a serôdia é a que surge depois da época normal.

Os seus significados simplesmente são de explodir a cabeça! William Joseph


Seymour em seus últimos dias de vida, profetizou que aproximadamente 100
anos após o avivamento de Azusa, viria algo ainda maior! Gregório Mcnutt foi
um dos maiores profetas que o Brasil já teve. Próximo a sua morte também,
profetizou que viria uma nova onda de avivalistas.

” Isaque tornou a abrir os poços que haviam sido cavados nos dias de Abraão,
seu pai, porque os filisteus os haviam entulhado depois da morte de Abraão, e
lhes deu os mesmos nomes que o seu pai já lhes tinha dado. Os servos de
Isaque cavaram no vale e acharam um poço de água nascente. “
Gênesis 26:18-19 NAA

Esse texto mostra Isaque abrindo os poços antigos de seu pai para ter água e
não morrer de sede... Isso é algo simplesmente incrível! A igreja precisa de
uma água nova e fresca do céu, mas quando estamos com sede, não devemos
buscar métodos novos de conseguir água... voltemos as práticas antigas.
Voltemos as únicas coisas que atraem um avivamento: Fome por Deus, leitura
das escrituras, jejum, oração e arrependimento! Só assim teremos um
avivamento genuíno que avassalará a Terra.

Uma boa notícia... o último grande avivamento precede a volta de Jesus!

” E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne;


vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos
jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu
Espírito naqueles dias. Mostrarei prodígios no céu e na terra: sangue, fogo e
colunas de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes
que venha o grande e terrível Dia do Senhor. “
Joel 2:28-31 ARA

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