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N-2368 REV.

B MAIO / 97

INSPEÇÃO DE VÁLVULAS DE
SEGURANÇA E ALÍVIO

Procedimento
Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.

Esta Norma é a Revalidação da revisão anterior.

Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do texto


desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o responsável pela
adoção e aplicação dos itens da mesma.
Requisito Mandatório: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve ser
CONTEC utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual resolução de
Comissão de Normas não seguí-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve ter fundamentos técnico-
Técnicas gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta
Norma. É caracterizada pelos verbos: “dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros
verbos de caráter impositivo.

Prática Recomendada (não-mandatória): Prescrição que pode ser utilizada nas


condições previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade
de alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário
desta Norma. É caracterizada pelos verbos: “recomendar”, “poder”, “sugerir” e
“aconselhar” (verbos de caráter não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática
SC - 23 Recomendada].
Cópias dos registros das "não-conformidades" com esta Norma, que possam contribuir
Inspeção de Sistemas e
para o aprimoramento da mesma, devem ser enviadas para a CONTEC - Subcomissão
Equipamentos em Operação
Autora.
As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC - Subcomissão
Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o item a ser revisado, a
proposta de redação e a justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas
durante os trabalhos para alteração desta Norma.
“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO
S.A. - PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução
para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorização
da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente,
através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. A
circulação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e
Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação

As normas técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho –


GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelos
Representantes Locais (representantes das Unidades Industriais, Empreendimentos de Engenharia,
Divisões Técnicas e Subsidiárias), são aprovadas pelas Subcomissões Autoras – SCs (formadas por
técnicos de uma mesma especialidade, representando os Órgãos da Companhia e as Subsidiárias) e
aprovadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das Superintendências dos
Órgãos da Companhia e das suas Subsidiárias, usuários das normas). Uma norma técnica
PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser
reanalisada a cada 5 (cinco) anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As normas técnicas
PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a norma PETROBRAS N -1. Para
informações completas sobre as normas técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas
PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 19 páginas


N-2368 REV. B MAIO / 97

PÁGINA EM BRANCO

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PREFÁCIO

Esta Norma PETROBRAS N-2368 REV. B MAIO/97 é a Revalidação da Norma


PETROBRAS N-2368 REV. A DEZ/94, não tendo sido alterado seu conteúdo.

1 OBJETIVO

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis e práticas recomendadas para a inspeção em
serviço de válvulas de segurança e alívio.

1.2 Esta Norma se aplica a válvulas de segurança e alívio do tipo mola e piloto-operada.

1.3 Esta Norma não se aplica a válvulas de segurança de reservatórios de ar de serviço com
diâmetro de entrada inferior a 1/2" e pressão de abertura inferior a 1050 kPa, cuja capacidade
do reservatório não seja superior a 250 litros e cuja vazão do compressor não exceda a
70 Nm³/h.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir são citados no texto e contêm prescrições válidas para a
presente Norma.

PETROBRAS N-1598 - Ensaio Não-Destrutivo - Partículas Magnéticas;


PETROBRAS N-2269 - Verificação, Calibração e Teste de Válvula de Segurança
e/ou Alívio;
ASME I/1992 - Rules for Construction of Power Boilers;
ASME VIII Div. /1992 - Rules for Construction of Pressure Vessels;
ANSI B 95.1/1977 - Terminology for Pressure Relief Devices;
API P 20 - Sizing, Selection, and Installation of Pressure - Relieving
Devices in Refineries;
API RP 526 - Flanged Steel Safety - Relief Valves;
API RP 527 - Commercial Seat Tightness of Safety Relief Valves with
Metal-to-Metal Seats;
API RP 576 - Inspection of Pressure Relieving Devices;
NR-13 - Caldeiras e Vasos de Pressão.

3 DEFINIÇÕES

Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições a seguir.

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3.1 Válvula de Segurança (VS)

Dispositivo automático de alívio de pressão atuado pela pressão estática do fluido a montante
da válvula, e caracterizada por uma abertura rápida e completa "POP", uma vez atingida a
pressão de abertura. Usada para gás e vapor.

3.2 Válvula de Alívio (VA)

Dispositivo automático de alívio de pressão atuado pela pressão estática do fluido a montante
da válvula, e caracterizada por uma abertura progressiva e proporcional ao incremento de
pressão acima da pressão de abertura. É usada para líquido.

3.3 Válvula de Segurança e Alívio (PSV)

Dispositivo automático de alívio de pressão atuado pela pressão estática do fluido a montante
da válvula. Adequado para trabalhar como válvula de segurança ou válvula de alívio,
dependendo da aplicação desejada.

3.4 PSV

Termo aplicado nesta Norma, por motivos culturais, para designar uma VSA, uma VA ou uma
VS, quer seja de ação direta ou piloto-operada.

3.5 PSV Balanceada

Válvula que possui meios de minimizar o efeito da contrapressão por ocasião da descarga.
Normalmente possui um fole balanceado para esse fim.

3.6 Fole Balanceado

É o fole cujo diâmetro médio dos gomos é igual ao diâmetro interno da sede do bocal.

3.7 Fole Não Balanceado

É o fole destinado á vedação entre o corpo e o castelo da PSV, não neutralizando


completamente o efeito da contrapressão.

3.8 PSV Convencional

É a válvula de segurança e alívio que não possui fole balanceado.

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3.9 PSV Piloto-Operada

Dispositivo em que a válvula principal de alívio está combinada e é controlada por uma válvula
auxiliar auto-operada (válvula-piloto).

3.10 Pressão de Projeto (PP)

Pressão usada no projeto de um equipamento com o propósito de determinar a espessura


mínima permissível ou características físicas das partes do mesmo.

3.11 Pressão Máxima Admissível de Trabalho (PMAT)

É a máxima pressão de trabalho permitida para o equipamento na temperatura de projeto.

3.12 Pressão de Abertura (Set Pressure) (PA)

É a pressão na qual a válvula abre sob as condições de serviço.

3.13 "POP"

É a ação de disparo característica da abertura das válvulas de segurança e válvulas de


segurança e alívio, quando usada com gás e vapor.

3.14 Contrapressão (CP)

Pressão manométrica estática na saída da PSV.

3.15 Contrapressão Constante

Pressão manométrica não muito variável, em operação, quer a PSV esteja aberta ou fechada.

3.16 Contrapressão Variável

Pressão manométrica variável na linha de descarga da PSV, devido a características do sistema


ou a descarga da própria PSV.

3.17 Contrapressão Desenvolvida

Pressão causada pela perda de carga na linha de descarga da PSV, resultante da descarga da
mesma.

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3.18 Contrapressão SuperImposta

É a pressão manométrica já existente na linha de descarga da PSV, antes da abertura da


mesma.

3.19 Pressão de Teste Diferencial a Frio (PT)

Pressão estática na entrada, na qual uma PSV é ajustada para abrir na bancada de teste. A
pressão de teste inclui correções para as condições de serviço, de contrapressão e de
temperatura. Ex.:

- PSV Convencional: PT = (PA-CP) + Correção de Temperatura;


- PSV Balanceada: PT = PA + Correção de Temperatura.

Nota: Os valores de correção de temperatura são fornecidos pelos fabricantes de PSV's.

3.20 Pressão de Alívio (PAI)

É a pressão de abertura mais a sobrepressão.

3.21 Pressão de Fechamento

É a pressão medida na entrada da válvula, na qual o disco reassenta sobre o bocal, e não há
fluxo mensurável.

3.22 Sobrepressão (SP)

É o aumento da pressão, a montante da válvula, acima da pressão de abertura durante a


descarga da válvula de segurança e/ou válvula de segurança e alívio. É normalmente expressa
em porcentagem da pressão de abertura (PA).

3.23 Pressão de Teste Hidrostático

É a pressão com valor igual a 1,5 vezes a Pressão Máxima Admissível de Trabalho (PMAT).

3.24 Diferencial de Alívio (Blow Down)

É a diferença entre a pressão de abertura e a de fechamento, expressa em porcentagem da PA.

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3.25 Chiado (Simmer)

É o escape audível ou visível do fluido entre a sede do bocal e o disco de vedação que ocorre a
um valor imediatamente abaixo da pressão de disparo, e de capacidade não mensurável.

3.26 Pressão Máxima Normal de Operação (PMO)

Pressão máxima possível de ser alcançada devido às condições normais de operação.

3.27 Pressão Diferencial

Diferença entre a pressão de abertura e a contrapressão superimposta.

3.28 Acumulação

É o aumento de pressão acima da PMAT durante a descarga de uma PSV.

3.29 Estanqueidade

Determina para as PSV's o vazamento máximo admissível sob determinadas condições,


conforme descrito na norma API Std 527.

3.30 Carga Sólida

É a carga necessária para a compressão da mola ao seu estado sólido, ou seja, até encostar em
todas as suas espiras.

Nota: Devem ser tomados cuidados para que não haja deformação da mola devido à
sobrecarga.

3.31 Curso da Haste (lift) (Ch)

Elevação máxima do "disco" durante a abertura da válvula quando atingida a sobrepressão.

3.32 Coeficiente de Descarga (CD)

É a razão: vazão real/vazão teórica da PSV.

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3.33 Alavanca

Dispositivo encontrado no topo de certas PSV's, com a finalidade de antecipar manualmente


sua abertura, para fins de teste e remoção de resíduos. Só deve ser acionada quando a pressão
a montante da válvula for pelo menos 75% da pressão de abertura.

3.34 Orifício

Menor seção transversal interna de passagem do fluido, em um bocal de entrada de PSV.

3.35 Sedes

Superfícies do disco e do bocal, destinadas à vedação entre si. São finamente lapidadas para
efeito de planicidade e polimento.

3.36 Área da Sede

Área circular interna da sede do bocal.

3.37 Chatter

Fenômeno caracterizado por uma série de aberturas em rápida sucessão, podendo causar sérios
danos à PSV.

Nota: Os principais componentes de uma PSV são mostrados nas FIGURAS 1 e 2 do


ANEXO B.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Programação de Inspeção

Para a elaboração da programação de inspeção devem ser considerados os seguintes:

- Periodicidade de inspeção conforme item 4.2 desta Norma;


- Recomendações emitidas decorrentes das inspeções anteriores;
- Problemas operacionais em campanha (histórico);
- Estado da PSV ao final de um ciclo entre manutenções preventivas;
- Recomendações contidas nas normas e legislação aplicáveis.

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4.2 Periodicidade de Inspeção

O intervalo entre as inspeções das válvulas não deve exceder àquele necessário para manter o
equipamento protegido em condições satisfatórias de operação.

4.2.1 Periodicidade de Inspeção em Operação

Deve ser no máximo a mesma das inspeções dos equipamentos protegidos pelas válvulas.

4.2.2 Periodicidade de Inspeção e Teste em Bancada

4.2.2.1 Esta periodicidade não deve exceder ao tempo necessário para manter o equipamento
em condições satisfatórias de operação.

4.2.2.2 A periodicidade das PSV's pode ser determinada pela experiência de operação nos
vários serviços envolvidos. É recomendável seguir as prescrições contidas no API RP 576. A
periodicidade de inspeção deve seguir os requisitos contidos na NR-13.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Preparação para Inspeção e Testes em Bancada

Devem ser verificados os seguintes itens como preparativos de inspeção:

a) Relatórios de inspeções anteriores;


b) Recomendações emitidas decorrentes de inspeções;
c) Folha de Dados e dados técnicos do Fabricante;
d) Lista das válvulas programadas para inspeção;
e) Bancada de testes com conexões limpas e desobstruídas. manômetros calibrados,
com range compatível à pressão de ajuste, sem vazamentos, (NOTA);
f) Equipamentos e ferramentas de inspeção em bom estado, conforme ANEXO A;
g) Formulário de inspeção, conforme Modelo do ANEXO C;
h) Desenhos de fabricação das sedes de bocal e disco, hastes, guias e demais peças
sujeitas a desgaste; para recuperação eventual ou substituição.

Nota: Para válvulas com orifícios inferiores a "K" (11.858cm²), a capacidade do reservatório
de acumulação da bancada não deve ser inferior a 85 litros. Para orifícios entre "K" e
"T", a capacidade do reservatório de acumulação não deve ser inferior a 425 litros. - "K"
e "T" são conforme citados na norma API Std 526. O reservatório de 85 litros deve ter
um "pescoço" de 3" de diâmetro, encimado por um flange classe 150". O reservatório de
425 litros deve ter um"pescoço" de 8" de diâmetro com um flange classe 300". Os
"pescoços" devem ser os mais curtos possíveis. Os flanges devem possuir adaptação para
redutores de diâmetro. O suprimento de ar para os reservatórios deve ter vazão
suficiente para sobrepor o vazamento que antecede ao “POP” durante o teste, mesmo
das válvulas maiores.

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5.2 Roteiro de Inspeção

5.2.1 Inspeção em Operação

a) Verificar o estado físico e as condições de acesso para inspeção, remoção e


instalação da PSV;
b) Inspecionar visualmente as válvulas e as tubulações conectadas a estas quanto a
presença de joelhos, reduções, filtros e medidores; que possam causar aumento
de perda de carga (máximo permitido 3% conforme API RP 520) ou fortes
turbulências;
c) Verificar o estado físico da válvula e seus componentes quanto a corrosão e
pintura;
d) Verificar que as mudanças de direção são efetuadas por meio de curvas de raio
longo;
e) Verificar a existência de pontos baixos nas linhas de descarga, que possam
acumular líquidos;
f) Verificar a existência de sinais de vazamentos nos seguintes pontos: conexões de
entrada e saída: junta do castelo e corpo;
g) Verificar o estado da placa de identificação e o lacre observando se o mesmo
sofreu danos;
h) No caso da existência de indicador de pressão verificar se houve rompimento do
disco;
i) Verificar se a PSV instalada corresponde à especificada àquele equipamento;
j) Verificar se a PSV está submetida a vibrações que possam prejudicar seu
funcionamento.

Notas: 1) A válvula com fole deve ter o plugue do castelo removido a fim de
equalizar a pressão interna do castelo com a atmosférica.
2) Para fluidos muito viscosos e/ou corrosivos, a válvula deve ter uma
tubulação de dreno conectada à tomada do plugue do corpo, a fim de
evitar o acúmulo de líquidos.

5.2.2 Inspeção em Bancada

a) Verificar se a válvula está na programação preventiva. Caso não esteja, verificar


sua documentação sobre a razão do teste e registrar o motivo;
b) Verificar se a válvula está lacrada. Caso não esteja, registrar no Relatório de
Inspeção;
c) Verificar seu número de identificação quanto a existência e legibilidade;
d) Verificar presença de corpos estranhos e evidência de abertura, e registrar no
Relatório de Inspeção;
e) Durante o teste de recepção a performance da PSV é considerada satisfatória, se
a mesma abrir dentro dos limites de tolerância contidos no item 7;

Nota: O teste de recepção deve ser interrompido quando para válvulas que
trabalham com gases e vapor não abrirem a uma pressão de até 1,2 vezes a
pressão de teste.

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Para válvulas que trabalham com líquidos, o teste de recepção deve ser interrompido
quando não abrirem a uma pressão de até 1,5 vezes a pressão de teste. O teste de
recepção não desobriga da abertura e desmontagem da PSV.

f) Verificar e registrar, após a desmontagem da válvula, o estado físico dos seguintes


itens, observando:

- Bocal;
- Superfícies de acoplamento (rosca, sulco para anel RTJ, estrias concêntricas):
quanto a deformações, trincas, incrustações e empenos;
- Sede do bocal: quanto a geometria original, amassamentos e trincas;
- Roscas e superfícies de centralização: quanto a deformações e incrustações;
- Discos;
- Superfícies de guia: quanto a acabamento e deformações, que possam prejudicar
suas funções de centralização e liberdade de movimento axial;
- Haste: quanto a empeno, corrosão e deformações;
- Suportes de mola: quanto a corrosão, deformação e tolerâncias dimensionais;

Notas: 1) A folga radial com a mola deve ser maior que zero e menor que o
percentual do diâmetro interno da mola (estipulado pelo fabricante);
2) A folga radial com a haste deve ser tal que permita um ângulo maior que 4
graus com o plano normal à haste.

- Travas dos anéis: deve, após apertado contra o corpo da válvula, impedir o
deslocamento do anel, sem contudo forçá-lo radialmente;

g) A mola deve ser substituída nos seguintes casos:

- quando apresentar corrosão média ou severa;


- quando forem detectadas trincas;
- quando forem observadas irregularidades geométricas apreciáveis no passo, no
diâmetro das espiras, na conformação das cabeças;
- quando o ângulo diedro entre o plano de cada cabeça com o plano normal ao
eixo da mola for superior a dois (02) graus. Essa verificação deve ser feita sem
carga e com carga de trabalho;
- quando a soma do lift mais a deformação necessária para obter a pressão de
teste for superior a 80% da faixa útil da mola, ou seja: a diferença entre a altura
livre e a altura sólida;
- quando 10 minutos após a mola ter sido mantida comprimida, apresentar
deformação superior a 0,5% do comprimento livre conforme ASME
Section VIII Div. 1;

h) Verificar se os anéis de ajuste estão colocados nas posições de disparo


recomendadas pelo fabricante. Em bancada com capacidade adequada, conforme
item 4.3 NOTA, a posição dos anéis deve ser ajustada experimentalmente, até a
obtenção do diferencial de alívio desejado;
i) Verificar a ocorrência de vazamento pelas sedes, durante o teste e registrar a
pressão na qual ocorre o problema;

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j) Deve ser realizado teste no fole, conforme a norma PETROBRAS N-2269;


l) Registrar os testes finais observando a pressão de abertura (PA), a pressão de
fechamento, e o teste de estanqueidade conforme normas citadas;
m) Verificar a colocação dos selos, proteções e plug do castelo.

Nota: Em PSV's operando com H2S é recomendado ser efetuado ensaio através PM
no corpo e castelo, conforme a norma PETROBRAS N-1598.

5.3 Remoção, Transporte, Instalação e Estocagem

Os seguintes itens devem ser observados:

a) As válvulas e seus componentes devem ser manuseados cuidadosamente,


evitando-se impactos, quedas e trepidação;
b) O transporte das PSV's deve ser sempre na posição vertical e com as aberturas
protegidas contra poeira e umidade. Esta recomendação quanto ao transporte é
imperativa para válvulas com diâmetro nominal da entrada maior que 2";
c) Qualquer anormalidade ocorrida durante o manuseio ou transporte deve ser
registrada e, no caso de válvula já testada, implica em seu retorno à bancada para
novo teste;
d) As PSV's devem ser instaladas sempre em posição vertical, sem que nenhum
ponto das linhas de entrada ou saída da PSV tenha diâmetro inferior ao nominal
de suas respectivas conexões;
e) As válvulas de alívio devem ser instaladas abaixo do nível normal do líquido
contido;
f) Válvulas que descarregam para um "Header" comum podem ter bloqueio na saída,
de modo a permitir a retirada de apenas uma PSV, sem necessidade de
despressurizar todo o "Header";
g) Equipamentos que possuam mais de uma PSV (cada uma dimensionada para
proteger sozinha o equipamento), de modo que possam ser retiradas
alternadamente sem necessidade de despressurização do mesmo, devem ter
bloqueios na entrada e saída evitando a parada do equipamento;
h) No caso da existência de disco de ruptura verificar sua integridade;

Notas: 1) Todos os bloqueios devem ser de fechamento rápido e possuir alavanca


solidária ao eixo, pintada com cor contrastante com as demais cores na
proximidade, de modo a ser facilitada a verificação do estado (fechada ou
aberta). Dispositivos de intertravamento ou trava aberta, de modo a
impedir a abertura simultânea de ambas as PSV's, são recomendáveis no
caso do item f). Estes dispositivos não devem ser usados para o caso de 2
válvulas atuando em paralelo.
2) Cuidados adicionais devem ser tomados para evitar que os bloqueios
sejam deixados na posição fechada, contribuindo para a ocorrência de
acidentes.
3) Durante a instalação verificar se está havendo esforços da tubulação ou do
equipamento sobre os Bocais de sucção e descarga da PSV.

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4) Após a remoção da PSV, efetuar inspeção visual no campo nas faces dos
flanges. Verificar as condições internas dos trechos das tubulações quanto
a corrosão e existência de depósitos internos.

i) A válvula, quando instalada com descarga para a atmosfera, deve ser provida de
uma curva de raio longo virada para cima provida de um furo em sua parte
inferior, soldada a um tubo vertical de mesmo diâmetro com comprimento de no
máximo 3 metros. Pode, quando necessário, ter sua extremidade livre coberta por
uma tampa de material leve presa ao tubo por um fio flexível ou corrente, com
peso não superior ao da tampa, e suficientemente folgada para permitir a saída
fácil da mesma quando da abertura da PSV.
j) As válvulas devem ser estocadas em posição vertical em local seco, limpo, livre
de quedas ou colisões acidentais, e devidamente protegidas contra a ação de
insetos e pequenos animais.

6 REGISTRO DE RESULTADOS

As condições observadas, os testes, reparos, bem como os valores de medição, devem ser
registrados em formulário de inspeção padronizado (conforme Modelo do ANEXO C).

7 TOLERÂNCIAS NAS PRESSÕES DE TESTE

As tolerâncias nas pressões de teste são conforme ASME Section I e Section VIII Div. 1,
respectivamente:

7.1 PSV's de Caldeira

- PA até 70 psig ± 2 psig;


- PA acima de 70 até 300 psig ± 3%;
- PA acima de 300 até 1000 psig ± 10 psig;
- PA acima de 1000 psig ± 1%.

7.2 PSV's para Outras Aplicações

- PA até 70 psig ± 2 psig;


- PA acima de 70 psig ± 3%.

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/ANEXO A

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ANEXO A- RELAÇÃO DE MATERIAIS,

EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS

A.1 Uma bancada de teste conforme NOTA do item 4.3.

A.2 Um paquímetro.

A.3 Uma escala de 500 mm.

A.4 Um nível orbital.

A.5 Um transferidor.

A.6 Um ou mais dinamômetros com capacidade suficiente para testar todo ouniverso de
molas, com resolução mínima de 1/100 da carga de deflexão máxima da mola testada.

A.7 Um conjunto verificador de planicidade de alta resolução.

A.8 Um marcador para metais.

A.9 Manômetro aferido.

A.10 Alicate de lacre.

A.11 Lanternas, lupas, lentes e espátula.

A.12 Protetores para teste de carga sólida.

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/ANEXO B

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PÁGINA EM BRANCO

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ANEXO B - FIGURAS

FIGURA B-1 - VÁLVULA DE SEGURANÇA CONVENCIONAL

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FIGURA B-2 - VÁLVULA DE SEGURANÇA BALANCEADA

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/ANEXO C

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ANEXO C - VÁLVULA DE SEGURANÇA

LOCALIZAÇÃO SERVIÇO IDENTIFICAÇÃO FABRICANTE

TIPO E MODELO NUMERO DA SÉRIE INSPPETOR DATA

ORIFÍCIO FOLE INFORMAÇÕES DE OPERAÇÃO DA VÁLVULA


PRES. DE ALÍVIO: CONTRA PRESSÃO: TEMPERATURA:
INFORMAÇÕES PARA O TESTE NA OFICINA
TIPO DE TESTE: PRESS. DE TESTE: MAX:
% ACRESC. TEMP.: ESTANQ. PRESS.: Nº MAX. BOLHAS/MIN.: DURAÇÃO:
R
E
LACRE
C
E
LIMPEZA
P
Ç TESTE ABERT.: FECHAM.: ESTANQ.:
Ã
O OBSERV.
CAPACETE
C
CASTELO
O
CORPO
N
MOLA
D
SUPORTE DE MOLA
I
Ç
BOCAL
Õ
DISCO
E
SUPORTE DO DISCO
S FOLE
HASTE
LUVA GUIA
ANEL DE REGUL.
F PARAF. DE AJUSTE
Í CONTRA PORCA
S TUBO EXTRATOR
I FLANGES
C PINTURA
A PARAFUSO TRAVA
S OUTROS
T CARGA SÓLIDA DA MOLA Lo= Lf= DEFORMAÇÃO:
E
S DIMENSIONAL L. DO BOCAL: (MIN.: ) L. DO DISCO: (MIN.: )
T TESTE FINAL ABERTURA: ESTANQUEIDADE:
E
S OBSERVAÇÕES
SERVIÇOS EXECUTADOS:

RECOMENDAÇÕES PARA PRÓXIMA PARADA:

____________

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