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social brasileira
Resumo
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.Assistente Social e Mestrando no Programa de Pós Graduação em Serviço Social da Universidade Federal de
Pernambuco. Email: tulio.batista@ufpe.br
Introdução
Segundo Ivone Maria Ferreira da Silva (2008) aponta a questão social como
consequência das crises no âmbito econômico inerentes da reprodução desigual do capital,
ocasionando conflitos sociais na área urbana e rural, advindo desde o sistema
escravista-colonial, atribuindo o seu reconhecimento, como questão social, diante aos
movimentos sociais, que são responsáveis através das lutas e reivindicações dos avanços no
campo dos direitos sociais e da cidadania no Brasil, no qual se realizou de forma tardia. O
retardamento na legitimidade da questão social brasileira é devido a intervenção amenizadora,
abafando os embates das lutas e relações sociais, realizadas pelo Estado, Igreja e o Mercado.
Conforme Santos (2012) entender a questão social é relacionar a exploração das forças
produtivas pelo capitalismo e em contraponto os movimentos de luta da classe trabalhadora
em resposta
A concepção de questão social na percepção de Iamamoto e Carvalho (1983, p.77):
A questão social não é senão as expressões do processo de formação e
desenvolvimento da classe operária e de seu ingresso no cenário político da
sociedade, exigindo seu reconhecimento como classe por parte do empresariado e do
Estado. É a manifestação, no cotidiano da vida social, da contradição entre o
proletariado e a burguesia, a qual passa a exigir outros tipos de intervenção mais
além da caridade e repressão.
O período imperial (1822 - 1889) foi bastante intenso no âmbito político e nos permite
visualizar as primeiras manifestações da questão social. “Assumida parcialmente pela
sociedade e pelo Estado somente para cimentar as rachaduras do regime político e salvar a
economia escravista de uma crise terminal” (SILVA, 2008, p.40). Mesmo com mudanças no
âmbito político e social, o Estado planejava ações para manutenção do sistema escravista,
caracterizando o período pela forte reprodução das relações sociais escravocratas.
O império, que apresentava pouca mobilidade, tinha sua estratificação social em três
segmentos: o superior, composto pelos que assessoraram o imperador e lhe davam
sustentação política, somados aos grandes proprietários de terra; o segundo,
composto por bacharéis, doutores e funcionários públicos de alto escalão; e os
inferiores, composto por uma massa humilde, composta por escravos, agregados,
índios e todos os demais submetidos aos poderosos clãs agrícolas. (SILVA, 2008,
p.42)
Considerações finais
Referências:
ALMEIDA, Silvio. Racismo Estrutural (Feminismos Plurais). São Paulo: Pólen, 2019
FREYRE, Gilberto. Casa Grande & Senzala: formação da família brasileira sob o regime da
economia patriarcal. Rio de Janeiro: Schimidt, 1933.
IAMAMOTO, Marilda Vilela; CARVALHO, Raul. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil:
esboço de uma interpretação histórico-metodológica. São Paulo, Cortez, 1983
IANNI, Octavio. Escravidão e racismo. São Paulo: Hucitec, 1978.
MARA, E.; SILVA, T. B. da. A Segunda Abolição: notas sobre raça e classe na formação social
brasileira. Cadernos Cemarx, Campinas, SP, v. 14, n. 00, p. e021014, 2021.
MOURA, Clóvis. Dialética Radical do Brasil Negro. São Paulo: Editora Anita Ltda., 1994.
SILVA, Ivone Ferreira da. Questão social e Serviço Social no Brasil: fundamentos sócio histórico.
EDUFMT, 2008