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20/10/2023, 12:36 Classes e Movimentos Sociais
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Introdução
Nesta unidade, estudaremos os desafios do assistente social no âmbito dos movimentos sociais e do
panorama desses movimentos no contexto local. Veremos sobre a origem e a evolução histó rica dos “novos
movimentos sociais” e um dos principais movimentos no contexto regional, o Movimento Zapatista.
Além disso, veremos sobre a origem e a organização dos principais movimentos sociais no Brasil. Você sabe
quais são as principais reivindicaçõ es, conquistas e derrotas desses movimentos? Você conhece a
importância da relação entre o Serviço Social e os movimentos sociais? Você sabe quais são os principais
desafios do assistente social no âmbito dos movimentos sociais?
Então, para responder essas e outras questõ es, estudaremos a relação entre o Serviço Social e os principais
desafios do assistente social, assim como a origem, o desenvolvimento, as principais reivindicaçõ es,
conquistas e derrotas dos movimentos sociais brasileiros.
Bons estudos!
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O livro “Movimentos sociais e Serviço Social: uma relaçã o necessá ria” (2014),
organizado por Maria Beatriz Abramides e Maria Lú cia Duriguetto, apresenta uma
coletâ nea de artigos de diversos autores. Está dividido em duas partes: a primeira
apresenta artigos sobre os “Movimentos sociais e a luta de classes na
contemporaneidade”, enquanto a segunda traz artigos que debatem os “Movimentos
Sociais e Serviço Social: produçã o de conhecimento, formaçã o, intervençã o e
organizaçã o político-profissional”.
Apó s os anos 1990 ocorreu uma mudança nas relaçõ es econô micas, sociais e políticas no Brasil causadas,
principalmente, pela implantação das políticas neoliberais no país. Essas transformaçõ es afetaram
diretamente a classe trabalhadora e as organizaçõ es que representam essa classe, como os sindicatos e os
movimentos sociais. Temos como exemplos: o estímulo as privatizaçõ es das empresas estatais, a
flexibilização dos direitos sociais e trabalhistas, a diminuição ou retirada das coberturas sociais, gerando o
“[…] desemprego, aumentando a exploração da força de trabalho e corroendo os sistemas pú blicos de
seguridade social” (ABRAMIDES; DURIGUETTO, 2014, p. 179).
Vamos assistir a um vídeo sobre a temática para melhor conhecermos esse cenário? Acompanhe!
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Nesse sentido, para compreender os desafios do assistente social no âmbito dos movimentos sociais é
necessário entender as categorias de análise que envolvem esse assunto. Por isso, a partir de agora,
estudaremos a origem e a organização dos “novos movimentos sociais”.
VOCÊ SABIA?
Maio de 1968: O ano de 1968 “marca a entrada em cena do movimento
estudantil como protagonista de grandes mobilizações na Europa, EUA e Amé rica
Latina”. Uma das principais bandeiras de luta que unificou o movimento
estudantil internacionalmente foi a luta contra a Guerra do Vietnã . O “maio de
1968” contribuiu para que nascessem “movimentos que levantaram bandeiras
político-culturais progressistas” como os movimentos feministas (pelo direito ao
divórcio) e os movimentos negros – “Malcom X, Panteras Negras, Luther King”, que
levantavam bandeiras “pelos direitos civis dos negros norte-americanos”, como
també m os movimentos ambientalistas e movimentos contra lgbtfobia, entre
outros (MONTAÑ O; DURIGUETTO, 2011, p. 258).
Nesse contexto, nascem os chamados “novos movimentos sociais” ou movimentos sociais contemporâneos
ou emergentes, como “[…] o movimento de protesto mundial contra a Guerra do Vietnã, o maio parisiense de
68, os movimentos ecoló gicos, urbanos, antinucleares, feministas, dos homossexuais, pelos direitos civis dos
negros nos Estados Unidos” etc. (MONTAÑ O; DURIGUETTO, 2011, p. 265).
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O limite do movimento social clássico (sindical) foi que, apesar de ter lutado contra o sistema de exploração
capitalista em defesa dos interesses da classe trabalhadora, até esse período, não conseguiu abranger e
articular as lutas em relação às outras reivindicaçõ es dos novos movimentos sociais emergentes.
Alan Bihr (1998) afirma que os movimentos sociais emergentes possuem duas características principais: a
primeira se refere a “uma relação de indiferença ou mesmo de hostilidade” no que diz respeito às formas de
organização e as referências políticas e ideoló gicas do movimento sindical/operário clássico, pois, na análise
desses movimentos, o movimento sindical se preocupava somente com as relaçõ es econô micas de
exploração entre capital e trabalho, não se preocupando em absorver outras reivindicaçõ es para além dessas
relaçõ es. A segunda característica é que esses movimentos sociais emergentes costumam ter uma postura
“antiEstado” e “antipartidos políticos” (BIHR, 1998).
Os movimentos contemporâneos também têm elementos positivos, como de colocar no panorama político
questõ es como: “[…] gênero, raça, etnia, religião, sexualidade, ecologia” (BIHR, 1998, p. 152), entre outros.
Vários desses movimentos também reivindicam questõ es relacionadas a saú de, educação, moradia,
transporte, entre outros. Esses fatores ajudam a mostrar que as relaçõ es vão para além da esfera econô mica,
mas, também, estendem-se para as relaçõ es sociais, ampliando a totalidade do processo de produção e
reprodução da vida em sociedade.
Outro limite dos movimentos sociais contemporâneos são que eles limitam seu alcance político, pois, em
geral, essas lutas não são realizadas em conjunto com a classe trabalhadora em sua totalidade e também
porque essas lutas, geralmente, acabam tendo um caráter de reivindicaçõ es específicas, então, esses
movimentos têm a tendência de se extinguir quando suas demandas e reivindicação são atendidas (BIHR,
1998). Apesar desses limites, não se pode desconsiderar a importância das lutas e das reivindicaçõ es dos
movimentos sociais contemporâneos.
Apó s você ter estudado sobre a contextualização histó rica dos “novos movimentos sociais”, veremos agora
sobre a importância das lutas dos movimentos indígenas na América Latina através do Movimento Zapatista
no México.
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Suas principais formas de luta são as ocupaçõ es de latifú ndios (grandes propriedades rurais) improdutivos,
marchas, atos pú blicos etc. Em seus princípios filosó ficos e pedagó gicos o MST trabalha a questão da “[…]
cooperação, educação de classe, a formação da sociedade por meio de valores humanistas e socialistas”
(MONTAÑ O; DURIGUETTO, 2011, p. 276) voltados para as transformaçõ es econô micas, políticas e sociais da
sociedade.
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Figura 1 - Protesto das mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) pela Reforma
Agrária no Brasil
Fonte: Joa Souza, Shutterstock, 2020.
O MST também compõ e o movimento internacional de camponeses denominado Via Campesina. O projeto
político do MST é realizar a reforma agrária e também construir uma sociedade justa e igualitária, através da
articulação das lutas populares com os trabalhadores e movimentos sociais urbanos (MONTAÑ O;
DURIGUETTO, 2011).
Quanto ao Movimento Negro, as lutas dos movimentos de combate à discriminação racial na América Latina
e no Brasil tem como principal influência os movimentos “libertários de descolonização” da Á frica, no
combate ao apartheid na Á frica do Sul e nas lutas pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos.
Destacam-se nessas lutas: Marthin Luther King, Malcom X e o Partido Pantera Negra para Autodefesa.
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VOCÊ O CONHECE?
Angela Davis (1944) é professora e filósofa, foi integrante do Partido Panteras Negras.
Foi presa em 1970, ficando conhecida internacionalmente em razã o da campanha pela
sua libertaçã o. Integrou o Partido Comunista dos Estados Unidos, sendo candidata a
vice-presidente da Repú blica em 1980 e 1984. Autora de diversos livros, entre eles:
“Mulheres, raça e classe” (2016) e “Mulheres, cultura e política” (2017), ambos
publicados no Brasil pela editora Boitempo. Saiba mais em:
https://www.geledes.org.br/angela-davis/ (https://www.geledes.org.br/angela-
davis/).
No Brasil, o Movimento Negro de forma mais organizada surgiu no final do século XIX. Em 1931 se constituiu
a Frente Negra Brasileira, que além de lutar contra a discriminação étnico-racial, também reivindicava “[…]
condiçõ es mais justas de acesso a população negra ao mercado de trabalho” (MONTAÑ O; DURIGUETTO, 2011,
p. 282).
Essa Frente se tornou um partido político em 1936, sendo extinta em 1937 pelo governo de Getú lio Vargas.
Com o fim do Estado Novo, em 1945, ocorreu uma “[…] rearticulação de entidades negras” (MONTAÑ O;
DURIGUETTO, 2011, p. 282). A partir de 1964, com a instauração do regime militar no Brasil, essas
organizaçõ es foram desarticuladas e suas lideranças perseguidas, voltando a se rearticular em meados da
década de 1970.
Um fator que marcou a organização da luta dos negros no Brasil foi a manifestação nas escadarias do Teatro
Municipal de São Paulo, em 1978, “[…] contra o preconceito racial e contra os atos de violência, como o
assassinato do operário negro Robson Silveira da Luz, durante uma sessão de tortura” (MONTAÑ O;
DURIGUETTO, 2011, p. 283). A repercussão nacional dessa mobilização contribuiu para fundar várias
entidades negras em diversos Estados, como o Movimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial
(MNU).
Em 1978, na segunda Assembleia do MNU, a data 20 de novembro foi declarada como “Dia Nacional da
Consciência Negra” em homenagem a Zumbi dos Palmares.
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Em 1988, ano em que se comemorava o centenário da Abolição da Escravatura no Brasil, ocorreram diversas
manifestaçõ es organizadas pelo Movimento Negro, com o objetivo de denunciar o preconceito racial e as más
condiçõ es econô micas, políticas e sociais nas quais a população negra estava submetida. Uma das conquistas
mais marcantes do Movimento Negro foi ter conseguido incorporar na Constituição de 1988 importantes
reivindicaçõ es como “[…] a criminalização do racismo (art. 5º) e o reconhecimento da propriedade das terras
de remanescentes de quilombos (art. 68)” (MONTAÑ O; DURIGUETTO, 2011, p. 283). A partir de 1990 ocorre
uma propagação de ONGs que trabalham no campo da cultura, pesquisa, no apoio institucional as vítimas de
racismo e da violência policial.
No interior do Movimento Negro há duas vertentes principais: a primeira, “[…] prioriza a conquista do poder
político-institucional — mandatos, assessorias parlamentares, cargos em ó rgãos oficiais, criação e gestão dos
conselhos de defesa dos direitos da população negra”; a segunda, “[…] prioriza a ampliação da base social do
movimento, ou seja, o fortalecimento das entidades e de suas articulaçõ es internas” (MONTAÑ O;
DURIGUETTO, 2011, p. 284).
Além disso, há setores que defendem a luta antirracista desvinculada da questão de classe, acreditando que a
“[…] questão racial, e não a de classe, é o fator fundamental para a inserção e ascensão social dos sujeitos”
(MONTAÑ O; DURIGUETTO, 2011, p. 284). Outros setores acreditam que, no capitalismo, a luta antirracista
deve estar vinculada à questão da luta de classes, pois não há como combater o preconceito étnico-racial
desvinculado das relaçõ es de exploração que o modo de produção capitalista impõ e para toda classe
trabalhadora.
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O Movimento Feminista, desde a sua origem, realizou lutas de enfrentamentos ao sistema patriarcal-
capitalista, como a luta contra a propriedade privada e também enfrentou e questionou o papel do Estado, da
família e da Igreja em relação à “[…] elaboração e reprodução dos valores, preconceitos e comportamentos
que tinham como base as diferenças bioló gicas entre os sexos” (CISNE; GURGEL, 2008, p. 70).
É importante ressaltar que nem todo “movimento de mulheres é feminista”. O movimento feminista tem como
principal característica lutar “contra todas as formas de opressão, subalternidade e discriminação sobre as
mulheres”, lutando, assim, pela “liberdade, autonomia e igualdade” para todas. Já o movimento de mulheres se
refere às “[…] reivindicaçõ es de acesso ao consumo coletivo e melhores condiçõ es de vida” (MONTAÑ O;
DURIGUETTO, 2011, p. 285).
Entre os séculos XVIII e XIX ocorreram as primeiras lutas feministas e de mulheres nos Estados Unidos e na
Europa. Suas principais reivindicaçõ es eram sobre o papel da mulher na sociedade e seus direitos. Nesse
período, ocorreram manifestaçõ es sobre o casamento, em defesa do livre amor, do direito feminino do voto e
rechaçando a exploração do trabalho das mulheres.
Nos anos 1960, o movimento feminista na Europa e nos Estados Unidos “[…] inaugura sua chamada segunda
onda”, com bandeiras de lutas em torno da “[…] sexualidade das mulheres e de sua opressão no espaço
doméstico” (MONTAÑ O; DURIGUETTO, 2011, p. 285).
VOCÊ SABIA?
A Primeira Onda do Movimento Feminista ocorreu entre o final do sé culo XIX e
início do sé culo XX coordenado por mulheres dos Estados Unidos e Reino Unido,
tendo como principais protagonistas mulheres “[…] brancas, de classe mé dia e
insatisfeitas com o seu estado de submissã o e opressã o”. Suas principais
reivindicações eram: igualdade jurídica, direito ao voto para as mulheres, acesso à
educaçã o formal e “[…] à s profissões liberais, alé m da oposiçã o a casamentos
arranjados e à propriedade de mulheres casadas por seus maridos”. (CONSOLIM,
2017).
Na América Latina, as primeiras lutas feministas ocorreram no final do século XIX, principalmente pelo
direito ao voto. No século XX, a partir da década de 1970, as mulheres que organizavam a luta do movimento
feminista eram, em sua maior parte, da militância ou ex-militantes de organizaçõ es de esquerda, pois “[…] foi
no exílio que as mulheres latino-americanas tomaram contato com o feminismo internacional e iniciaram sua
organização política como feministas” (MONTAÑ O; DURIGUETTO, 2011, p. 285).
As principais reivindicaçõ es desse movimento na América Latina eram: “[…] libertação da classe
trabalhadora, autonomia e a relação entre a luta feminista e a luta partidária” (MONTAÑ O; DURIGUETTO,
2011, p. 285). Nesse período, as feministas buscavam legitimar suas lutas que eram vistas “[…] por parte da
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esquerda como um desvio da luta central, a luta de classes”. (MONTAÑ O; DURIGUETTO, 2011, p. 286).
No caso brasileiro, nas duas primeiras décadas do século XX, “[…] as mulheres trabalhadoras participam dos
movimentos operários e das greves por melhores condiçõ es de trabalho e pela diminuição da jornada de
trabalho” (MONTAÑ O; DURIGUETTO, 2011, p. 285). Nesse período ocorreu a fundação do “Partido
Republicano Feminista”, que tinha como principal objetivo mobilizar as mulheres na luta pelo direito ao voto
e a criação da “Associação Feminista”, de caráter anarquista, que “[…] teve forte influência nas greves operárias
de 1918, em São Paulo” (MONTAÑ O; DURIGUETTO, 2011, p. 286).
No início dos anos 1920 ocorreu no Brasil o crescimento do nú mero de organizaçõ es de mulheres, que
realizaram diversas lutas pelo direito ao voto e por uma legislação trabalhista que amparasse as mulheres
trabalhadoras (MONTAÑ O; DURIGUETTO, 2011).
Na década de 1960, as mulheres também cumpriram um importante papel apoiando e participando das
mobilizaçõ es a favor das “Reformas de Base” propostas pelo governo do presidente João Goulart. Na década
de 1970, ocorreu um crescimento dos movimentos feministas brasileiros, acompanhado pelo “[…]
ressurgimento das lutas e dos movimentos sociais pela redemocratização” (MONTAÑ O; DURIGUETTO, 2011,
p. 286). Nesse período é fundado o “Movimento Feminista pela Anistia”.
No Brasil, o movimento feminista e de mulheres começou nas camadas médias, expandindo-se para as
camadas populares através das organizaçõ es de bairros. Suas principais reivindicaçõ es eram lutar “[…] pela
anistia geral e irrestrita; por bens de consumo coletivo nos bairros da periferia; por melhores condiçõ es de
trabalho e igualdade salarial para homens e mulheres” (MONTAÑ O; DURIGUETTO, 2011, p. 286-287) etc.
Entre as reivindicaçõ es feministas específicas estavam “[…] as lutas contra o controle de natalidade às classes
trabalhadoras; a legalização do aborto; o direito à assistência maternidade” (MONTAÑ O; DURIGUETTO, 2011,
p. 286) entre outras.
Existem três principais tendências dentro do Movimento Feminista na América Latina e no Brasil: a primeira
tendência tem uma “perspectiva socialista”, compreendendo que a emancipação da mulher depende da
construção de um projeto de sociedade que se contraponha ao capitalismo, para alcançar a igualdade e a
liberdade para todas e todos; a segunda propõ e a “[…] igualdade e a liberdade para as mulheres por meio de
reivindicaçõ es de direitos que consubstanciam a cidadania nos marcos do capitalismo” (MONTAÑ O;
DURIGUETTO, 2011, p. 287), ou seja, lutam pela cidadania das mulheres sem romper com as relaçõ es sociais,
econô micas e políticas da sociedade capitalista; e a terceira é o feminismo aliado ao pensamento pó s-
moderno, limitando-se ao “[…] culturalismo, atuando na subjetividade, no simbó lico e nas ‘representaçõ es
sociais’” (MONTAÑ O; DURIGUETTO, 2011, p. 287).
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Apesar das diferenças teó ricas e nos métodos de açõ es práticas para atingir seus objetivos, há reivindicaçõ es
que unificam a luta das mulheres dentro do movimento feminista, como o “[…] direito ao aborto legal e
seguro, a luta por autonomia sobre o corpo e sobre a vida e pelo fim de todas as formas de violência contra a
mulher (físicas, psicoló gicas, sexuais e sociais)” (MONTAÑ O; DURIGUETTO, 2011, p. 287), como também
contra a submissão da mulher em todas as esferas da sociedade, sejam elas familiar, econô mica, social,
cultural ou política.
A organização do Movimento LGBT se inicia com a rebelião ocorrida no dia 28 de junho de 1969 “[…] contra
a repressão policial em um bar frequentado por gays, lésbicas e travestis em Nova York” (MONTAÑ O;
DURIGUETTO, 2011, p. 291-292), as pessoas reagiram à repressão policial que desencadeou em “confrontos
violentos com a polícia”. A partir desse ocorrido, o dia 28 de junho foi declarado como o “Dia do Orgulho Gay”
(atualmente LGBT).
Antes da década de 1960 já existiam, na Europa, diversas organizaçõ es e militantes de defesa dos direitos dos
homossexuais, que “[…] sofreram desde perseguição e discriminação da sociedade até ao confinamento e
assassinato nos campos de concentração do nazismo” (MONTAÑ O; DURIGUETTO, 2011, p. 292).
No final da década de 1960 ocorreu um crescimento desse movimento, principalmente, na Europa e nos
Estados Unidos, onde seus militantes começaram a confrontar a sociedade publicizando seus afetos, além de
realizar campanhas pú blicas através de abaixo-assinados e mobilizaçõ es que foram importantíssimas para
mudar as leis homofó bicas em seus países. Podemos reiterar como exemplos dessas conquistas “[…] a
retirada da homossexualidade do rol de doenças da Associação Americana de Psiquiatria e o fim da
discriminação no emprego” (MONTAÑ O; DURIGUETTO, 2011, p. 292). Foi também nesse período que as
lésbicas começaram a se organizar dentro dos movimentos feministas, que a “princípio não as incluíam”.
Em razão das mobilizaçõ es do maio de 1968, foram se formando e se desenvolvendo movimentos LGBT em
diversos países da América Latina. Entre as décadas de 1970 e 1980 muitos dirigentes dos movimentos LGBT
que começaram a se formar na América Latina eram “[…] lideranças, membros ou dissidentes de partidos
comunistas ou grupos de esquerda” (MONTAÑ O; DURIGUETTO, 2011, p. 292).
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É importante destacar que, nesse período, a maioria da esquerda não foi sempre aberta com homossexuais e
suas lutas, uma vez que eram vistas como “lutas menores” por alguns setores da esquerda. O movimento
LGBT também cresce e se desenvolve no processo de redemocratização da América Latina, principalmente,
“[…] em reação aos ataques e ao aumento do preconceito decorrente do surgimento da epidemia da AIDS,
considerada, pelos setores conservadores da sociedade, como a ‘peste gay’” (MONTAÑ O; DURIGUETTO, 2011,
p. 292, grifo dos autores).
No contexto brasileiro é a partir do final da década de 1970 que nascem as organizaçõ es e as lutas do
movimento LGBT. O primeiro grupo homossexual brasileiro foi o Somos fundado em São Paulo no final dos
anos 1970. Nos anos 1980, outros grupos foram criados, como o Grupo Gay da Bahia, que lutou ativamente
para que fosse retirado do Conselho Federal de Medicina a homossexualidade do rol de doenças (conquistada
em 1985). Também em 1985 foi fundado, no Rio de Janeiro, o movimento Triângulo Rosa, que contribuiu
ativamente para que os movimentos de homossexuais participassem na Assembleia Constituinte de 1986,
com a finalidade de colocar o termo “[…] orientação sexual no rol dos impeditivos de discriminação”
(MONTAÑ O; DURIGUETTO, 2011, p. 292, grifos dos autores), porém, sem sucesso.
Contudo, foi a partir dessas lutas que o debate em torno desse tema passou a ser realizado pelos movimentos,
ocorrendo, posteriormente, algumas conquistas em alguns municípios e Estados que colocaram em “[…] suas
leis orgânicas ou constituiçõ es estaduais a proibição da discriminação por orientação sexual, ainda que, em
muitos locais, não prevendo penalidades” (MONTAÑ O; DURIGUETTO, 2011, p. 293).
A partir dos anos 1990 muitos desses movimentos transformaram-se em ONGs, com a justificativa de que
precisavam de recursos financeiros para desenvolver açõ es e atividades de prevenção e combate à AIDS, como
também para combater a discriminação.
No Brasil, em 1995, no Rio de Janeiro, aconteceu a primeira Parada do Orgulho Gay, que com o passar das
décadas se configurou como principal manifestação dos movimentos LGBT. Essas manifestaçõ es têm como
principais reivindicaçõ es “[…] a luta pelo reconhecimento legal dos direitos civis relativos a conjugalidade,
parentalidade, proteção física e antidiscriminação LGBT” (MONTAÑ O; DURIGUETTO, 2011, p. 293).
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CASO
Verifica-se que as identidades de gê nero e orientações sexuais sã o plurais. Em sua
origem o movimento utilizava a sigla GLS para denominar gays, lé sbicas e
simpatizantes. Com o passar dos anos, percebeu-se se essa sigla excluía outras formas
de sexualidade e identidade de gê nero, por isso, o movimento adotou a sigla LGBT
que també m engloba os bissexuais, travestis e transexuais e a letra L (Lé sbica)
passou a ser inicial, destacando que també m existia uma desigualdade de gê nero que
diferenciava homossexuais femininas dos masculinos.
Na atualidade, a sigla LGBT é utilizada por entidades governamentais, conselhos e
secretarias municipais, estaduais e federais, bem como, pelo movimento social
brasileiro. Em nível internacional, a sigla mais utilizada é a LGBTI, englobando
pessoas intersex. A ONU e a Anistia Internacional utilizam essa designaçã o ao tratar
de assuntos relacionados a esta populaçã o.
No que se refere aos movimentos sociais, a designaçã o que vem ganhando amplitude
é LGBTQ ou LGBTQI, pois, alé m da orientaçã o sexual e da diversidade de gê nero,
inclui a perspectiva teórica e política dos Estudos Queer (NASCIMENTO; FOGLIARO,
2017.).
Existem alguns movimentos LGBT que defendem que a identidade gay (com base nas relaçõ es afetivas e
sexuais) é um dos componentes de unidade na “[…] defesa dos direitos do pú blico LGBT, devendo ser
relacionada às demais lutas contra a exploração e opressão capitalista” (MONTAÑ O; DURIGUETTO, 2011, p.
293).
No contexto brasileiro, o Movimento Estudantil é marcado pela fundação da União Nacional dos Estudantes
— UNE, em 1937. Desde a sua fundação até os anos 1950, o movimento estudantil, sob coordenação da UNE,
participou de lutas importantes no Brasil como as “[…] mobilizaçõ es contra o Estado Novo; campanha pelo
ingresso no Brasil na Segunda Guerra Mundial ao lado dos aliados” (MONTAÑ O; DURIGUETTO, 2011, p. 287)
e das mobilizaçõ es “O Petró leo é Nosso” entre outras.
A partir dos anos 1960, os assuntos específicos sobre o ensino superior brasileiro se constituem como o tema
central no movimento estudantil. Assim, “[…] a defesa pela universidade pú blica, gratuita e de qualidade”
foram e são, até a atualidade, “[…] uma das principais bandeiras de luta do movimento” (MONTAÑ O;
DURIGUETTO, 2011, p. 288), lutas essas que vêm se transformando de acordo com os momentos histó ricos,
políticos e econô micos da sociedade brasileira.
A instauração do regime ditatorial-militar no Brasil também afeta o movimento estudantil, principalmente,
apó s 1968, em que no 30º Congresso da UNE, realizado neste mesmo ano na cidade de Ibiú na (SP), o
movimento foi duramente reprimido pelos militares e a maioria dos estudantes e lideranças foram presas.
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Outras açõ es repressivas também foram realizadas com a promulgação do Ato Institucional n. 5 (AI-5), que
argumentava que as mobilizaçõ es estudantis e as greves eram atos infracionais. Essas açõ es repressivas por
parte dos governos militares brasileiros estabeleceram um descenso nas lutas do movimento estudantil.
Em 1975 ocorreu o ressurgimento das lutas do movimento estudantil. Suas principais formas de lutas eram:
passeatas, ocupaçõ es de reitorias, greves em conjunto com outras organizaçõ es da classe trabalhadora, como
os movimentos populares e os sindicatos. Lutavam contra o regime militar, reivindicando a anistia, ampla e
irrestrita para os presos e perseguidos políticos. Tiveram, ainda, participação ativa nas mobilizaçõ es pelas
“Diretas Já” e o movimento estudantil também teve um papel fundamental nas mobilizaçõ es em defesa do
impeachment do presidente Fernando Collor (1992), denominados “caras pintadas” (MONTAÑ O;
DURIGUETTO, 2011).
As reivindicaçõ es mais específicas do movimento estudantil eram lutar por “[…] melhorias e gratuidade do
ensino, liberdade de organização estudantil, aumento de verbas para a educação, contra aumento abusivo das
mensalidades” (MONTAÑ O; DURIGUETTO, 2011, p. 288), entre outras. A UNE foi reorganizada novamente em
1979.
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Apesar das divergências e disputas no interior do movimento estudantil, a participação dos estudantes é
fundamental para o fortalecimento das açõ es da classe trabalhadora e também para o processo de formação da
consciência, pois, o movimento estudantil é uma escola de educação político-ideoló gica.
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29) que em relação aos movimentos sociais e sindicais, proporcionam uma esfera importante no que se refere
ao processo de resistência “teó rico-político e ideoló gico”.
Em relação ao projeto ético-político profissional, o Serviço Social aumentou seu papel intelectual,
contrapondo-se à hegemonia dominante em conjunto com os movimentos populares brasileiros. Esse
processo ocorreu sem que o Serviço Social perdesse a “[…] relação de unidade com o exercício profissional,
pelo contrário, mostrando o protagonismo intelectual do Serviço Social” (ABRAMIDES; DURIGUETTO, 2014,
p. 29).
Nesse contexto, o Serviço Social no Brasil se torna cada vez mais consistente em relação a sua intervenção na
realidade social, reconfigurando sua relação com os movimentos sociais por meio da constituição de uma
“cultura intelectual” de aspecto “teó rico-metodoló gico crítico” (ABRAMIDES; DURIGUETTO, 2014).
Sobre a importância e os desafios dos assistentes sociais no âmbito dos movimentos sociais, ressaltamos que
o Código de Ética do Assistente do/a Social em seus “Princípios Fundamentais”, no parágrafo IX, defende a
“[…] articulação com os movimentos de outras categorias profissionais que partilhem dos princípios deste
Có digo e com a luta geral dos/as trabalhadores/as” (CFESS, 1993, online).
Esse importante documento também afirma, em seu art. 12, item b, que é direito do assistente social “[…]
apoiar e/ou participar dos movimentos sociais e organizaçõ es populares vinculados à luta pela consolidação
e ampliação da democracia e dos direitos de cidadania” (CFESS, 1993, online). Ainda o Código de Ética em
seu art. 13, item c, determina que é dever do assistente social “[…] respeitar a autonomia dos movimentos
populares e das organizaçõ es das classes trabalhadoras” (CFESS, 1993, online).
Ainda sobre a relação do Serviço Social com os movimentos sociais, a Lei de Regulamentação da Profissão
(Lei n. 8.662, de 7 de Junho de 1993) afirma, em seu art. 4, parágrafo IX, que é competência do assistente
social “[…] prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria relacionada às políticas sociais, no
exercício e na defesa dos direitos civis, políticos e sociais da coletividade” (CFESS, 1993, online).
Deste modo, estudamos até aqui sobre os movimentos sociais no Brasil e a importância da relação entre o
Serviço Social e os movimentos sociais para a constituição do projeto ético-político profissional, verifique
um pouco mais sobre o conhecimento que você adquiriu sobre o assunto.
Identificando a origem, as principais reivindicaçõ es e desafios, o papel do Estado em relação às políticas
pú blicas governamentais e os principais desafios do Serviço Social no âmbito dos movimentos sociais
brasileiros, clicando no infográfico abaixo.
Contudo, na atualidade, em relação à mediação do Serviço Social com os movimentos sociais, ocorreu uma
mudança, desde o início dos anos 2000, nas formas de relação da profissão com as lutas e os movimentos
sociais, porém, não ocorreu um afastamento das bandeiras de luta da classe trabalhadora, “[…] reiterando a
direção social estratégica que marcam os princípios dos nossos có digos de ética, os conteú dos e as
abordagens das diretrizes curriculares e o protagonismo político da esquerda crítica do Serviço Social”
(ABRAMIDES; DURIGUETTO, 2014, p. 30), enquanto atuação profissional.
Conclusão
Concluímos esta unidade, na qual abordamos os desafios do assistente social no âmbito dos movimentos
sociais e o panorama dos movimentos sociais no contexto local. Agora você conhece as principais categorias
de análise que envolve esses assuntos.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
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