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DIÁLOGOS INTERDISCIPLINARES
NAS CIÊNCIAS AMBIENTAIS:
O FIM DO PENSAMENTO
ampliando olhares e perspectivas
CRÍTICO REFLEXIVO?
A NEGAÇÃO DO HUMANO E
A BANALIZAÇÃO DA TEORIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
REITOR
Angelo Roberto Antoniolli
VICE-REITOR
Iara Maria Campelo Lima
Ciências da Vida
Carla Patrícia Hernandez Alves Ribeiro César
Yzila Liziane Farias Maia de Araújo
Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, com finalidade de
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Projeto Gráfico:
Adilma Menezes
Foto da capa:
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CDU 502/504
AGRADECIMENTOS
Cordialmente,
Comissão Organizadora
APRESENTAÇÃO
Comissão Organizadora
06/02/2019
PREFÁCIO
1 https://www.capes.gov.br/images/stories/download/avaliacao/relatorios-finais-
-quadrienal - 2017/ 20122017-CIENCIAS-AMBIENTAIS-quadrienal.pdf
2 https://www.sigaa.ufs.br/sigaa/public/programa/apresentacao.jsf?lc=pt_BR&id=960
Márcia E. S. Carvalho; Maria do S. F. da Silva; Núbia D. dos Santos; Rosana de O. S. Batista; Shiziele de O. Shimadao 13
Figura 1: Análise dos títulos (nuvem de palavras) dos 21 capítulos da coletânea “Diálogos Interdisciplinares nas
Ciências Ambientais: ampliando olhares e perspectivas”
3 http://www.edwordle.net/create.html
Márcia E. S. Carvalho; Maria do S. F. da Silva; Núbia D. dos Santos; Rosana de O. S. Batista; Shiziele de O. Shimadao 15
REFERÊNCIAS
APRESENTAÇÃO 7
PREFÁCIO 11
CAPÍTULO 15 - IMPACTOS SOCIO AMBIENTAIS NO RIO Michael Antonyne Alves Silva 293
Anézia Maria Fonsêca Barbosa
JAPARATUBA EM PIRAMBU, SERGIPE
EIXO 3 - PESQUISAS APLICADAS AS CIÊNCIAS AMBIENTAIS: DO ORDENAMENTO
TERRITORIAL À BUSCA DA SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
CAPÍTULO 16 - ENSAIO CARTOGRÁFICO DOS Rosana de Oliveira Santos Batista 315
PROCESSOS DE MORTALIDADE E MORBIDADE POR Thaís Moura dos Santos
AGROTÓXICOS NOS MUNICÍPIOS SERGIPANOS
CAPÍTULO 17 - AVALIAÇÃO DA VULNERABILIDADE A Ana Daniela Alves 339
Lúcio Cunha
PROCESSOS NATURAIS PERIGOSOS NA ÁREA URBANA
DE SANTA CLARA (COIMBRA, PORTUGAL)
CAPÍTULO 18 - DILEMAS E DESAFIOS AMBIENTAIS: Shiziele de Oliveira Shimada 359
Lidiana Vieira dos Santos
DIÁLOGOS SOBRE O AGRONEGÓCIO DA CANA-DE-
-AÇÚCAR EM SERGIPE
CAPÍTULO 19 - AVALIAÇÃO HIDROMORFOLÓGICA EM Francisco da Silva Costa 377
António Avelino Batista Vieira
CURSOS DE ÁGUA: O RIVER HABITAT SURVEY E SUA
António José Bento Gonçalves
APLICAÇÃO AOS RIOS DO MUNICÍPIO DE GUIMARÃES
(NOROESTE DE PORTUGAL)
CAPÍTULO 20 - O SISTEMA GTP APLICADO AO Alberlene Ribeiro de Oliveira 397
Anézia Maria Fonsêca Barbosa
ESTUDO SOBRE AS DINÂMICAS SOCIOAMBIENTAIS DO
ALTO SERTÃO DE SERGIPE
CAPÍTULO 21 - AVALIAÇÃO DOS ESPAÇOS VERDES E António Avelino Batista Vieira 421
Francisco da Silva Costa
HÍDRICOS DO MUNICÍPIO DE GUIMARÃES (PORTUGAL)
António Jose Bento Gonçalves
1. INTRODUÇÃO
A sociedade contemporânea tem passado por mudanças signifi-
cativas em seus diversos setores. A cada dia uma nova lógica con-
sumista e predatória dos recursos naturais, orientada a partir do
sistema produtivo tem sido imposta a essa sociedade que a absor-
ve, elevando significativamente os padrões de consumo e afetando
consideravelmente o meio ambiente.
Nesta perspectiva, o debate acerca dos graves problemas so-
cioambientais que há décadas afetam o planeta tem ganhado uma
notoriedade nos espaços acadêmicos e científicos, especialmente
neste século. E assim aponta-se para a necessidade de surgimento
de uma nova consciência socioambiental, que estabeleça um elo de
respeito entre homem e natureza, superando o modelo consumista
e predatório atual.
A construção dessa nova consciência sugere alterações profun-
das nos diversos setores sociais, em especial no educacional. Para
24 REFLEXÕES SOBRE INDICADORES DA EFETIVIDADE DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Temos que reconhecer que vivemos em uma sociedade em crise
de valores éticos, morais e humanos e dessa forma, a crise socio-
ambiental que se expressa no aumento da desigualdade social, da
violência, através da escassez de recursos naturais ou do aumento
substancial dos problemas climáticos e seus efeitos sobre a saúde
humana está atrelada a crise de valores da cultura ocidental.
Diante disso, a EA surge na contramão do que está posto, buscan-
do repensar tais valores a partir da sensibilização para a produção
de uma nova consciência socioambiental. Nesse processo, ela se ca-
racteriza como um movimento contra-hegemônico, uma vez, como
ressalta Grun (1996) que a educação moderna hierarquiza saberes,
36 REFLEXÕES SOBRE INDICADORES DA EFETIVIDADE DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA
REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO
Este texto propõe-se a relatar duas experiências, em pós-
-graduações diferentes, de componentes curriculares, em tor-
no da construção de interdisciplinaridade(s). A primeira delas,
há 14 anos, aulas compartilhadas entre diferentes formações
acadêmicas que forma aos poucos se fazendo unas, ministrada
a mãos concomitantes, na mescla para saberes e aprendizados
coletivos. A segunda, há dois anos, ensinar a “exercitar” inter-
disciplinaridade.
A apresentação destas experiências será centrada em relatos e
avaliações de diversos olhares que trazem sugestões sobre a sua
contínua (re)construção e efeitos nos docentes e discentes envolvi-
dos nas experiências. Apresentar ideias e formatos dos componen-
tes curriculares, que trabalham sobre ser interdisciplinar e fazer
interdisciplinaridade, conceito muito debatido e, aparentemente,
difícil na prática, oferecendo ao debate, as experiências vividas, é
40 REFLEXÕES SOBRE INDICADORES DA EFETIVIDADE DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA
1 Pedagogia Griô, desenvolvida no Grupo Grãos de Luz – Griô, por Pacheco, L. e Caires,
M. e equipe. Lençóis-Bahia, Chapada Diamantina. Mescla propostas pedagógicas com
conhecimentos locais, e ancestrais no sentido de acolher e fazer pensar.
Marjorie Csekö Nolasco, William Moura Aguiar e outros 41
igura 1 – Momentos interdisciplinares. Sentido horário - Palestra Sertões, Debate na sala de aula, a sala de aula
vai para o campo (Serrano), Momento de apresentação.
Marjorie Csekö Nolasco, William Moura Aguiar e outros 47
1°(20h)
multidisciplinaridade, interdisciplinaridade e trans-
5) Palestra:
disciplinaridade
5c. Sertoes transformados (Fig.1)
4b. Salada de Frutas
Quem sou eu? (Fig.1)
4c. Imagens e esculturas
6) Cine Debate:
4d. OLM (Cseko, L.C, 1970)
6a. Jardins de Plástico
2.Leitura de Textos básicos
4a. Tempestade palavras chaves – Meio Ambiente, 7) Apresentações e Avaliações:
Água, Ensino, Produto 7a. Textos básicos,
2°(15h)
2°(15h)
1°(10)
Figura 2 – Analise de Principais componentes, com palavras chaves para construção do conceito.
54 REFLEXÕES SOBRE INDICADORES DA EFETIVIDADE DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA
Figura 3 – Análise de Cluster. O isolamento da disciplinaridade, separação da multi, e ligação entre inter e trans,
repete o padrão da Figura 1.
REFERÊNCIAS
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O uso das metodologias ativas no ensino/aprendizagem das ci-
ências ambientais possibilita a ampliação do papel do aluno, evi-
Francielly Vieira Fraga; Rosana de Oliveira Batista 73
REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO
2. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO
A natureza deste artigo enquadra-se como pesquisa aplicada.
Esse tipo de abordagem procura elaborar conhecimentos e ações
com a finalidade de solucionar o problema identificado (BARROS;
LEHFELD, 2000, p. 78). Quanto ao enfoque dos objetivos, este arti-
go classifica-se como pesquisa exploratória e descritiva.
A pesquisa exploratória permite chegar ao cerne do problema,
facilitando o alcance dos objetivos propostos pelo pesquisador
(GONÇALVES; MEIRELLES 2004, p. 37). A pesquisa descritiva, na
definição de Cervo, Bervian e Silva (2007, p. 65), estabelece que o
pesquisador “observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenô-
menos (variáveis) sem manipulá-los”.
A pesquisa descritiva combinada com a exploratória, de acordo
com Gil (2008, p. 46), é “habitualmente realizada pelos pesquisa-
dores sociais preocupados com a atuação prática. São também as
mais solicitadas por organizações como instituições educacionais,
empresas comerciais, partidos políticos etc”.
A abordagem desta pesquisa é qualitativa. De acordo com
Guerra (2014, p. 11), a pesquisa qualitativa tem como objetivo
“aprofundar-se na compreensão dos fenômenos que estuda –
ações dos indivíduos, grupos ou organizações em seu ambiente
ou contexto social [...] sem se preocupar com representatividade
numérica, generalizações estatísticas e relações lineares de cau-
sa e efeito”.
Conforme Flick (2009, p. 25), ao utilizar os métodos qualitati-
vos, o pesquisador participa da produção do conhecimento, dife-
rente do método quantitativo, em que existe a preocupação com as
variáveis do processo.
82 CIÊNCIAS AMBIENTAIS EDUCANDO PARA UM FUTURO VERDE SUSTENTÁVEL
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 3 - Respostas ao Questionário aplicado aos 48 (quarenta e oito) estudantes da Escola Marivaldo Carlos Degan
(2017)
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O material de apoio ao Currículo do Estado de São Paulo do Ensi-
no Fundamental tem a preocupação com a preservação e a susten-
tabilidade do meio ambiente. Conscientizar os estudantes da im-
portância e dos benefícios da arborização e das áreas permeáveis
em uma cidade é relevante em sua formação educacional.
Conhecer a Lei Municipal nº 13.692/2005 (IPTU Verde), regula-
mentada pelo Decreto nº 264 de 30 de maio de 2008 e do Decreto nº
216 de 5 de junho de 2009, que institui o Plano de Arborização Urba-
na no Município de São Carlos, incentivou os estudantes a realizaram
pesquisas na sala de informática em ambiente web, sobre o assunto.
Tendo acesso às informações contidas no Plano de Arborização
Urbana da cidade, os estudantes conheceram as árvores que podem
ser plantadas nas calçadas e a importância de áreas permeáveis
dentro da urbe. Discussões ocorreram no decorrer do projeto,
o interesse foi expresso pela atenção dos estudantes em buscar
soluções para melhorar o ambiente escolar.
Adriana Aparecida Lazzarini; Maria Olimpia de Oliveira Rezende 91
REFERÊNCIAS
27 jul. 1966.
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Documento base.
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UILSON DE MENESES HORA
CAPÍTULO 5 SAULO HENRIQUE SOUZA SILVA
NÚBIA DIAS DOS SANTOS
1. INTRODUÇÃO
A problemática ambiental emerge de uma crise de identidade do
ser humano perante a natureza. Toda a problemática advém de um
marco civilizatório introduzido para a dominação e a humanização
da natureza. Cabe lembrar que este estágio é recente e que a sinto-
nia destrutiva é incalculável perante a tudo que já perdemos e a que
estamos a perder. O complexo emaranhado que estrutura o interesse
de domínio sobre a natureza orienta ações que degradam espaços
naturais e devastam espécies da fauna e da flora. Transformações do
relevo na construção do cinza das cidades e empreendimentos imo-
biliários que dividem as pessoas em grupos econômicos. O desprezo
valorativo pelo ambiente e pelas espécies, incluindo o próprio ho-
mem, é um fenômeno que torna a natureza humanizada e distingue
os que podem e os que não podem dela sobreviver.
Por sua vez, toda essa dominação só é factível por meio do co-
nhecimento aplicado ao desenvolvimento de novas técnicas atra-
96 SUJEITO SOCIAL (EMANCIPADO) E A CONCEPÇÃO DE UM AMBIENTE SUSTENTÁVEL
O modo de vida pelo qual vivem as pessoas diz muito sobre elas.
Essas ações formam o seu cotidiano e, consequentemente, produ-
zem a necessidade da sociedade refletir sobre esse contexto social
e intelectual. O ser humano cria e recria dentro do seu ambiente de
vivências e situações que podem ter reflexos positivos ou negati-
vos. Este movimento tende a ser consciente e inconsciente e, mui-
tas vezes, conduzido por forças maiores de aprisionamento ou de
libertação. Várias são as prisões produzidas ideologicamente e que
interagem com o modo de vida de um povo. No contexto ambiental,
a atualidade retrata uma triste verdade de desprezo pelo saber, de
rompimento ideológico com as bases razoáveis de sustentação da
vida e interação com os meios que permitem a vida.
Assim, o meio ambiente, compreendido filosoficamente como o
conjunto das condições pelas quais a vida é possível, vem sendo
moldado artificialmente por meio da ação humana sobre a geogra-
fia física (RECLUS, 2015); com isso, perde-se a interligação entre as
suas partes e criam-se prisões nas quais a vida está limitada. Em
benefício de uma exigência momentânea, dilui-se uma estrutura
perfeita e construída há milhares de anos para atender às neces-
sidades de satisfação atual da produção capitalista, produzindo
um contexto exclusivo de existência de uma única espécie em de-
trimento de todo o restante. Para a resolução dessa situação, vis-
lumbramos o caminho do esclarecimento por meio da educação
ambiental. A emancipação do sujeito passa pelo reconhecimento
do ser sujeito, é preciso entender estando no mundo, condicionar a
consciência para a razão de estar, ser capaz de direcionar a sua exis-
tência e de condicionar sua consciência para o estar (Cf. FREIRE,
2001). A possibilidade de o entendimento transpor limites que lhes
foram impostos e criar possibilidades de imersão neste mundo tem
que ser formado conscientemente. Esse sujeito tem que ser capaz
100 SUJEITO SOCIAL (EMANCIPADO) E A CONCEPÇÃO DE UM AMBIENTE SUSTENTÁVEL
dades e povos que vem perdendo e muito com esse uso tecnológico
degradante. Hoje questionamos se é necessário este avanço todo
em razão dos efeitos sofridos nos dias atuais. Várias são as indaga-
ções, pois todo este avanço não é capaz de solucionar os problemas
vividos pelas pessoas, tem ampliando as desigualdades sociais e
destruído o ambiente vital da terra. Observa-se que é preciso uma
inversão de valores, pois os problemas vão se avolumando e multi-
plicando-se em outros novos dilemas. Sobre isso,
4. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO1
Figura 1- Desenho de uma paisagem moderna, mostra o domínio das construções e figuras humanas tomadas
pela dimensão da cidade.
Figura 2- Imagem de Ayilere (o caçador). A representação simbólica da natureza humana entrelaçada com a índole.
4 Caetano Veloso. Terra (letra musical). Fonte: Letras. Disponível em: <https://www.le-
tras.com/caetano-veloso/44780/>. Acesso em 3/10/2017.
122 O PROCESSO DE EDUCAÇÃO COMO UM FENÔMENO INTERDISCIPLINAR
Fonte: <http://eportuguese.blogspot.com.br/2011/07/o-lado-mais-belo-de-africa-parte-ii.html>
Embora esta história também nos revele que ser natural a simi-
laridade entre irmãos, vale dizer que as aparências também servem
para diferenciar sujeitos tão parecidos. Neste caso, nota-se que o
diferencial é a história ao entorno da roupagem e não da linguagem.
É exatamente a segunda que cabe na primeira. Na visão africana as
vestimentas é tudo que o sujeito declara como a identidade, a per-
sonalidade, a particularidade cultural passando pelo simbolismo.
O simbolismo do conhecer e conviver e consolidar-se com a cons-
ciência social é fundamental. Isso nos lembra a necessidade de a
Ajibola Isau Badiru 127
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O processo de formação consistente seria aquele que oferece
objetividade e subjetividade juntos. Podendo assim dialogar com
o conhecimento de diferentes aspectos. Interdisciplinaridade pode
ser vista como a aplicação de conhecimento, ou melhor, a interio-
rização objetiva do conhecimento a fim de que o mesmo contribua
para a personalidade do sujeito social, e não se limite apenas a ética
nem mesmo a prática, mas, alcançe aos campos teóricos do sujeito.
Embora não pareça, tanto o fazer e o saber humano são premen-
tes para o sujeito que visa alcançar o fazer social ou profissional na
sociedade. Ou seja, o fazer não é necessariamente o fazer no con-
texto de uma outra dimensão, mas na mesma origem do sujeito. É
possível sim que o educando seja transformado por novos saberes.
Do mesmo modo também é possível que o conhecimento interna-
lizado em nós, nos tragam uma série de componentes que possam
nos ajustar com razão e emoção, podendo se fortalecer no e como
proceder com a nossa vida profissional.
Em síntese, as questões dos valores humanos propriamente di-
tos, são inerentes e sempre bem-vindos, seja, primariamente, para a
educação. Nós precisamos auto avaliarmos, rever nossos valores ao
nível humano, não somente pelo ponto de vista sócio educacional,
mas também do ponto de vista político emocional. Esses valores
pessoais são ingredientes para a formação mais detalhada dos
pontos fortes e fracos a serem pessoalmente ajustados. O pretexto
de se fortalecerem juntos aos meios culturais sempre estão por
detrás, e pela finalidade de nossos objetivos, este fato merece um
pouco de atenção a mais. Este campo do saber é da formação edu-
cacional servindo de base para a verdadeira formação do sujeito
tecnicamente social. Sujeito ciente de si, do cosmos, das relações
socioambientais envoltas na carne forte, no espírito revigorante do
ser natureza com os demais seres.
Ajibola Isau Badiru 133
REFERÊNCIAS
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4ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2006.
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Diocese Perante as Mudanças Políticas em Cabo Verde (1975-2001). 1ed.
Praia: Editorial Sotavento, 2015.
134 O PROCESSO DE EDUCAÇÃO COMO UM FENÔMENO INTERDISCIPLINAR
1. INTRODUÇÃO
O paradigma cartesiano tem dominado as ciências desde o sé-
culo XX e ainda está presente em algumas correntes epistemológi-
cas. Tem como pressuposto básico a linearidade, a fragmentação, a
hierarquização do conhecimento, das relações e dos processos de
formação humana.
Santos (2009) qualifica o paradigma dominante como aquele
que apresenta em sua essência uma visão mecanicista e reducio-
nista do mundo tendo sido uma das causas determinantes das cri-
ses sociais e ambientais que imperam no cenário contemporâneo.
O paradigma dominante tende a promover uma ciência comparti-
mentalizada e fechada sobre si mesma, cuja compreensão do mun-
do físico, pessoal e social, tem se reduzido a uma soma de pequenas
partes sem a nítida compreensão do todo.
As crises sociais, econômicas e ambientais são reflexo desse mo-
vimento de produção da ciência que esteve a serviço da reprodução
136 DIÁLOGO DE SABERES NO ENSINO DAS CIÊNCIAS AMBIENTAIS
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A atividade proposta desafiou todos os mestrandos a repensarem
as suas práticas pedagógicas, redefinindo o modo de abordagem dos
sabores e saberes locais, respeitando e valorizando a diversidade ét-
nica como uma rica área de produção do conhecimento local.
O diálogo com os conhecimentos dos povos tradicionais, que
procuram viver em um movimento de integração e religação com
o ambiente vivido, indica caminhos para produzirmos conheci-
mentos que garantam o protagonismo e o respeito a diversidade.
Os povos tradicionais e os indígenas em especial tem sido aqueles
150 DIÁLOGO DE SABERES NO ENSINO DAS CIÊNCIAS AMBIENTAIS
REFERÊNCIAS
PESQUISAS, EXPERIÊNCIAS
E VIVÊNCIAS ESCOLARES
NAS CIÊNCIAS AMBIENTAIS
CAPÍTULO 8 NÚBIA DIAS DOS SANTOS
GILBERTO JACÓ CARVALHO SANTOS
1. INTRODUÇÃO
A sociedade contemporânea vive uma situação peculiar de es-
tranhamento, de si, do outro, da vida, do cosmos. Essa alienação da
mente, do coração e da alma implica na visão superficial da reali-
dade e na dificuldade em se ver como natureza e protagonista da
história terrena. Diante disso, perceber a natureza, e a sua relação
com o homem, perpassa por diversos saberes que buscam explicar
essa relação biunívoca.
Ao nos depararmos com diversos problemas ambientais cau-
sados pelas relações de conflito entre o ambiente e a sociedade,
percebe-se a necessidade de participação coletiva dos sujeitos na
busca de soluções para tais problemas. Dessa maneira, as práticas
pedagógicas ambientais contribuem para a resolução dos conflitos
entre o ambiente e a sociedade.
A intervenção humana na natureza, aliada ao sistema socioeco-
nômico excludente, nos faz repensar sobre a relação homem - na-
156 ENTRE O AÇUDE E A ESCOLA
Figura 3 – Ação Educativa realizada pelos discentes: fixação de placa de advertência sobre a proibição de se jogar
lixo no local.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A temática ambiental tem ocupado um papel cada vez mais re-
levante nas discussões por diferentes segmentos da sociedade. Ela
surge das preocupações da espécie humana e do reconhecimento
desta, como propulsora de práticas que agridem o ambiente. Essa
preocupação desencadeou a nível internacional eventos que deba-
tem questões relacionadas ao meio ambiente, como a Conferência
de Tbilisi e a criação de leis ambientais que protegem o meio am-
biente, a exemplo da Política Nacional de Educação Ambiental.
Como vimos em estudos anteriores, a Educação Ambiental é
apontada como uma forma de diminuir a problemática socioam-
biental, sendo capaz de promover a sensibilização da sociedade
por meio de práticas pedagógicas que despertem outras reflexões
dos modos de vida e que permitam o equilíbrio ambiental susten-
tável. Ninguém zela o que está invisível, e nesse sentido a percep-
ção ambiental é absolutamente necessária para sensibilização da
sociedade e de uma mobilização social mais ativa. No tocante da
conservação do açude Pindorama, as intervenções dos discentes
não significaram a volta da paisagem original de tempos atrás, mas
possibilitou a comunidade local reavivar seus sonhos e resgatar sua
identidade com o açude.
Vale ressaltar que a proposta metodológica deste estudo, asso-
ciada a conhecimentos teóricos - práticos, deram grandes contri-
buições para o despertar ambiental da comunidade. O açude Pindo-
rama, antes invisível, passou a fazer parte do campo do visível por
parte dos discentes. A comunidade, de forma coletiva, teve protago-
nismo ao buscar soluções para os problemas encontrados. As ações
de retirada dos resíduos sólidos, o desvio dos efluentes domésticos
Núbia Dias dos Santos; Gilberto Jacó Carvalho Santos 169
REFERÊNCIAS
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BOFF, L. Saber Cuidar: Ética do humano – compaixão da terra. 8ed. Petró-
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BRASIL. Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação
ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá
outras providências, Diário Oficial da União, Brasília, DF, 27 abr. 1999b.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente, Consumo Sustentável: Manual de
educação. Brasília: Consumers International/ MMA/ MEC/ IDEC, 2005.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação Câma-
ra de Educação Básica. Parecer 7/2010. Diretrizes curriculares Nacio-
nais Gerais para a Educação Básica. 2010a.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Conselho Nacional de
Educação. Resolução n. 2, de 15 de junho de 2012. Institui as Diretri-
170 ENTRE O AÇUDE E A ESCOLA
1. INTRODUÇÃO
Discussões envolvendo o aproveitamento e a produção de energia
passaram a ganhar espaço nos últimos anos, tanto no meio acadêmico
quanto em reuniões pedagógicas nas escolas de educação básica. Segun-
do pesquisas (KRETZER et al., 2015; WROBEL, 2015), tal assunto precisa
ser abordado em sala de aula, o que confere ao professor a necessidade
da mobilização de competências para selecionar recursos didáticos que
possam promover o interesse do aluno e a compreensão do tema pro-
posto e, dessa forma, favorecer discussões sobre temática tão relevante.
Nesse contexto, Castoldi e Polinarski (2009) afirmam que os
recursos didáticos constituem fatores relevantes no processo de
desenvolvimento cognitivo dos estudantes, oportunizando uma
aprendizagem mais efetiva. Também para Melo e Fusinato (2016) a
utilização dos mais diversos recursos no ensino contribuem subs-
tancialmente para o aprendizado, uma vez que os alunos são grada-
tivamente inseridos em um contexto.
172 PROPOSTA DE UM RECURSO DIDÁTICO PARA O ESTUDO DA PRODUÇÃO RENOVÁVEL DE ENERGIA
2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O projeto didático que focalizou o estudo de produção renová-
vel de energia envolveu várias etapas. Inicialmente os alunos foram
orientados a realizarem uma pesquisa sobre diferentes fontes de
energia renováveis (JACOBI, 2015; SCHIAVETTI, 2013; SOARES,
2004) considerando para tanto, os custos para a sua implantação
e a viabilidade de desenvolvimento local. Assim, a partir dos dados
levantados, o projeto didático poderia ser estruturado.
Dentre as duas turmas do nono ano 9 estudantes mostraram in-
teresse em participar do trabalho.
Como forma de auxiliar as pesquisas dos estudantes foram in-
dicados referenciais e trabalhos de pesquisas, já citados na escrita
desse capítulo, mas para aproximá-los do assunto também se con-
siderou conveniente indicar a consulta de materiais disponíveis em
portais online: Litro de Luz Brasil (2017), Portal G1 (2017), Revista
Exame (2017) e Portal Solar (2017).
Outros sites consultados foram: YouTube Br (2017), Gazeta do
Povo (2017), ABIDES (2017) e outros.
Conforme já indicado, o tema para o desenvolvimento do pro-
jeto foi selecionado a partir da realização de pesquisas de campo
pelos estudantes, nas quais identificaram que algumas áreas do
município, especialmente áreas rurais, ainda não eram atendidas
com relação ao tratamento e abastecimento de água. Concomitan-
temente decidiram investigar uma forma de trabalhar com o apro-
veitamento do aquecimento promovido pela energia solar. Para
tanto, foram organizadas as seguintes etapas para a execução do
projeto didático:
Patrícia de Moura; Taitiâny Kárita Bonzanini 177
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com a intenção de envolver os estudantes na construção do
projeto didático, e não chegar com uma proposta pronta elabora-
da apenas pelo professor, a partir de um conteúdo curricular abor-
dado no nono ano do ensino fundamental, foi proposta a pesquisa
sobre fontes alternativas de energia. Posteriormente à realização
das pesquisas, os estudantes optaram pelo desenvolvimento de um
trabalho que estivesse diretamente relacionado ao aproveitamento
da energia solar.
A ideia inicial seria trabalhar com a conversão da energia solar
em elétrica, a partir da utilização de células fotovoltaicas em resi-
dências. Entretanto, em virtude da inviabilidade dos custos com os
paineis solares naquele momento, houve a proposta de realizar
uma adaptação utilizando garrafas PET – Poli (Tereftalato de Etile-
no), proporcionando inicialmente iluminação externa para comu-
Patrícia de Moura; Taitiâny Kárita Bonzanini 179
5. CONSIDERAÇÕES
Considera-se que a construção do condensador solar enquanto
recurso didático contribui para discussões sobre temas das ciên-
cias ambientais, uma vez que os estudantes puderam discutir so-
bre a produção de água potável a partir do aquecimento solar, bem
como investigar outras fontes de produção de energia a partir de
recursos naturais não esgotáveis.
Nesse sentido, esta experiência didática foi relevante para aproximar
temas de estudo presentes na escola do cotidiano dos alunos envolvidos
direta ou indiretamente no projeto didático, pois foi uma atividade que
culminou em uma mostra científica para a escola como um todo.
186 PROPOSTA DE UM RECURSO DIDÁTICO PARA O ESTUDO DA PRODUÇÃO RENOVÁVEL DE ENERGIA
REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO
Esse artigo traz a proposta de debater como os cenários de vul-
nerabilidade e de injustiça ambiental se relacionam de forma direta
com a conformação de uma sociedade que deve repensar suas for-
mas de ligação com o mundo, seus padrões de consumo e sobretu-
do como as pessoas são impactadas pelo processo de crescimen-
to econômico (MOUTINHO-DA-COSTA, 2011; PORTO, 2011). Para
cumprir tal tarefa é importante criar estratégias representadas, por
exemplo, pelo Programa de Pós-Graduação em Rede Nacional para
o Ensino de Ciências Ambientais (PROFCIAMB) que está presente
nas cinco regiões geográficas brasileiras e que permite disseminar
novas formas de compreensão sobre as estruturas de produção so-
cial, as relações sociedade-natureza e os territórios de vida de dife-
rentes povos (LEFF, 2016).
Esta pesquisa foi desenvolvida no Campus da Saúde Professor
João Cardoso Nascimento, comumente referenciado como Hospital
192 EDUCAÇÃO E SAÚDE
4. RESULTADOS
5. DISCUSSÃO
Tabela 1 - Forma de respostas das questões abertas feitas aos pacientes no pré-teste
SIM PARCIALMENTE NÃO
Questão 1 0 2 6
Questão 2 0 3 5
Questão 3 0 0 8
Questão 4 0 1 7
Questão 5 1 0 7
Fonte: Pereira (2018).
Figura 2 - Nuvens de palavras das entrevistas realizadas no pré-teste com pacientes ambulatoriais
Figura 3 - Nuvens de palavras das entrevistas realizadas no pós-teste com pacientes ambulatoriais
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
<http://www.aegea.com.br/2013/04/a-cada-r-1-investido-em-sanea-
mento-basico-r-4-sao-economizados-no-sistema-de-saude/>.
HELLER, L. Falta de saneamento básico leva 1,9 milhão crianças ao óbito,
por ano. In:
BARROS, R. A cada R$ 1 investido em Saneamento Básico, R$ 4 são eco-
nomizados no sistema de saúde. AEGEA, 19 Abril 2013. Disponivel em:
<http://www.aegea.com.br/2013/04/a-cada-r-1-investido-em-sanea-
mento-basico-r-4-sao-economizados-no-sistema-de-saude/>.
BAUER, M. W. Análise de conteúdo clássica: Uma revisão. In: BAUER, M. W.;
GASKELL, G. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manu-
al prático. Tradução de P. A. GUARESSCHI. 9. ed. Petropólis: Vozes, 2011.
Cap. PINHEIRO, L.B., p. 516.
BRASIL. Projeto do HU acolhe mães de bebês com microcefalia. Portal
WEB UFS, 16 maio 2016. Disponivel em: <http://www.ufs.br/conteudo/
19133-projeto-do-hu-acolhe-m-es-de-b>.
BRASIL. Dados do Censo Demográfico - SIDRA/IBGE. Site do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatistica, 15 Abril 2018. Disponivel em:
<https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/censo-demografico/demografi-
co-2010/inicial>.
BRASIL. Nossa História - Hospital Universitário de Sergipe. Site do Hos-
pital Universitário de Sergipe, 15 Abril 2018. Disponivel em: <http://
www.ebserh.gov.br/web/hu-ufs/nossa-historia>.
BUSCHBACHER, R. A teoria da resiliência e os sistemas socioecoló-
gicos: Como se preparar para um futuro imprevisível? Boletim re-
gional, urbano e ambiental do IPEA, p. 11-24, Janeiro-Junho 2014.
Disponivel em: <http://ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/
boletim_regional/141211_bru_9_web_cap3.pdf.>. Acesso em: 23
Maio 2015.
DUARTE, P. S. C.; BARATELLA, R.; PAIVA, A. S. AS DOENÇAS DE VEICULA-
ÇÃO HÍDRICA: UM RISCO EVIDENTE. VIII Encontro de pesquisa em edu-
cação e III Congresso Internacional de trabalho docente e processos
educativos, Uberaba, p. 20, 22 a 24 Setembro 2015. Disponivel em: <ht-
tps://www.uniube.br/ eventos/epeduc/ 2015/completos/53.pdf>. Aces-
so em: 19 maio 2018.
208 EDUCAÇÃO E SAÚDE
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 1. Tipos de áreas verdes presentes em escolas da rede municipal de ensino de São Carlos – SP, segundo
resposta a questionário de diretores escolares. 2018.
Figura 2. Finalidades das áreas verdes nas escolas indicadas por diretores escolas da rede municipal de ensino de
S. Carlos - SP, em número absoluto, dados em função do número de respostas assinaladas. 2018.
Figura 3 - Colaboradores quanto a manutenção da horta da escola, na visão dos diretores de escolas municipais de
S. Carlos – SP, 2018.
Figura 4. Dificuldades para desenvolver projetos envolvendo hortas escolares na visão dos diretores de escolas
municipais de S. Carlos – SP, 2018.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO
O riacho, meu riacho, seu riacho.
Meu caminho, seu caminho, tudo só canção.
Só pra você guardar dentro do coração1.
1 Trecho da canção “Um riacho, um caminho”, do cantor Gilberto Gil, lançada em 2010.
232 PROCESSO DE ASSOREAMENTO DO RIACHO DO CACHORRO EM MONTE ALEGRE DE SERGIPE
2 De acordo com Pires e Santos (1995), qualidade ambiental pode ser definida como a soma
dos padrões encontrados nos diversos componentes que nos cercam e influenciam direta-
mente a nossa vida: qualidade da água, do ar, estética etc.
3 Dados extraídos do manual Projeto cadastro de infraestrutura hídrica do nordeste: Estado
de Sergipe. Diagnóstico do município de Monte Alegre de Sergipe.
236 PROCESSO DE ASSOREAMENTO DO RIACHO DO CACHORRO EM MONTE ALEGRE DE SERGIPE
Figura 1 - Vista marginal do Riacho do Cachorro no município de Monte Alegre de Sergipe, 2018.
escola, com vinte e nove alunos, rumo ao riacho, e foi solicitado que
todos levassem recursos como: câmera fotográfica, caderno para
possíveis anotações e utensílios para escrita (lápis e/ou caneta) –
tais recursos serviram como auxílio na coleta de dados por parte de
docentes e discentes. Ao longo de todo o processo da atividade, as
discussões sobre o tema iam sendo fomentadas entre alunos e pro-
fessores, e os registros fotográficos eram realizados. A atividade foi
executada a pé, percorrendo-se um trajeto de 2 km, contabilizando
ida e volta, o que somou 4 km de distância percorrida.
8. RESULTADOS E DISCUSSÕES
O Riacho do Cachorro é um dos corpos hídricos superficiais da
cidade de Monte Alegre de Sergipe/SE. Esse recurso faz parte da
Bacia hidrográfica do Rio São Francisco e da sub-bacia do Rio Capi-
vara, mas, além dele, existem outros no município. Por se tratar de
uma cidade com um clima semiárido, ocorrem longos períodos de
estiagem. Diante dos períodos de seca, a escassez de água é um dos
problemas para a população. Mas a cidade se depara também com
problemas de ordem socioambiental como: comprometimento do
abastecimento hídrico populacional, degradação, enchentes, polui-
ção hídrica, água imprópria para o consumo, entre outros.
Luciana Fonseca Mendonça; Alberlene Ribeiro de Oliveira 247
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO
Este capítulo objetiva apresentar a experiência de quatro docen-
tes da disciplina Metodologia Científica e Desenvolvimento de Pro-
jetos em Educação nas Ciências Ambientais, com ênfase nos desa-
fios postos no decorrer de sua execução, no âmbito do PROFCIAMB,
na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), na primeira
turma, realizada de setembro de 2017 a fevereiro de 2018. Tra-
ta-se também de uma reflexão sobre a natureza do Programa de
Mestrado Profissional em Rede Nacional para Ensino das Ciências
Ambientais, o qual vem produzindo subsídios importantes para a
formação do profissional que atua na Educação Básica.
Nestes termos, consideramos o curso de mestrado profissional
em Educação no Brasil uma importante via de formação, na medi-
da em que o profissional torna-se um pesquisador da sua prática.
Conforme André e Príncipe (2017, p. 106), os cursos stricto sensu
de Mestrados Profissionais em Educação no Brasil:
254 DESAFIOS NO FAZER PEDAGÓGICO NA DISCIPLINA METODOLOGIA CIENTÍFICA E
DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS EM EDUCAÇÃO NAS CIÊNCIAS AMBIENTAIS
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Componente Curricular Metodologia Científica e Desenvolvi-
mento de Projetos em Educação nas Ciências Ambiental, efetivado
no ano de 2017, no mestrado profissional PROFCIAMB- UEFS, pos-
sibilitou uma reflexão sobre possibilidades e desafios estabelecidos
no fazer pedagógico dos professores e dos mestrandos do Programa.
Ao elaborar a metodologia desse componente, compreendeu-se
a importância de pensar diversas ações formativas e investigativas,
cujos conhecimentos e possibilidades foram delineados, a partir da
dialógica com os objetos de estudos dos mestrandos e as singula-
ridades das práticas construídas, por suas experiências pessoais
e profissionais, articulando com a ementa do componente. Como
afirma Nóvoa (1995, p.7), “não é possível separar o eu pessoal do
eu profissional”. Tal processo enseja a assunção de identidades, de
forma dinâmica, densa e extensa.
Ademais, foi possível compreender a pesquisa como princípio
educativo, a partir do diálogo entre diversos pontos de vista das áre-
as de estudo as quais pertencem os mestrandos, bem como os pontos
de vista da área de atuação e dos objetivos que desejam alcançar com
suas pesquisas de cunho interdisciplinar, que, de uma forma ou de
outra, discutem e pensam sobre seus cotidianos, no tocante à dificul-
dade de aproximar ou de vislumbrar novas perspectivas epistemoló-
gicas e teóricas de várias abordagens e de vários paradigmas.
No desenvolvimento do componente curricular, percebe-se que
muitos mestrandos revelaram dificuldades e, também, fragilida-
des referentes às abordagens metodológicas e tipos de pesquisa.
266 DESAFIOS NO FAZER PEDAGÓGICO NA DISCIPLINA METODOLOGIA CIENTÍFICA E
DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS EM EDUCAÇÃO NAS CIÊNCIAS AMBIENTAIS
REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO
O descarte de resíduos está entre os temas ambientais de
singular relevância na contemporaneidade e o seu reaproveita-
mento é uma forma primordial de minimizar os impactos causa-
dos quando dispostos de modo inadequado (WILDNER; HILLIG,
2012). No caso específico dos óleos vegetais, estes são conside-
rados nocivos ao ambiente quando descartados de maneira in-
correta após serem utilizados na produção de alimentos (DO-
MINGUINI et al., 2011).
Segundo Dominguini et al. (2011), por ser um composto orgâ-
nico insolúvel em água, quando lançado diretamente nas pias, o
óleo tende a, inicialmente, aglutinar-se e causar danos às tubula-
ções. Ao chegar aos córregos, rios e manguezais, os óleos vegetais
interferem na passagem da luz solar, o que prejudica o processo de
fotossíntese do fitoplâncton, que é base de toda cadeia alimentar
aquática, ressaltam os autores.
270 A ESCOLA E O REPENSAR SOCIOAMBIENTAL
2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A fim de cumprir o objetivo e responder ao questionamento ini-
cial, o artigo utiliza-se da abordagem qualitativa e pesquisa partici-
pante (MARCONI; LAKATOS, 2009), a qual exige grau de interação
similar do pesquisador e população (SANTOS, 2003). Ou seja, como
Sílvia Nascimento Gois; Sindiany Suelen Caduda dos Santos; Maria do Socorro Ferreira da Silva 277
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO
gem. Esta pode ser definida como domínio do visível, aquilo que
a vista abarca. É formada não apenas de volumes, mas também de
cores, movimentos, odores, sons” (SANTOS, 2008, p. 67). A paisa-
gem é sempre heterogenia constituída por um conjunto de formas
naturais e artificiais resultantes da complexa vida social, que deve
ser observada e investigada além do que os olhos veem, é preciso
entender a sua estrutura e organização.
A paisagem se organiza conforme as necessidades produtivas,
das exigências do capital e, consequentemente, da tecnologia, por
esse motivo, ela acumula no espaço um mosaico de tempos diferen-
tes que se completam e somam. Destarte, o sistema de produção
depende da exploração da natureza para sustentar o desenvolvi-
mento econômico, que, a todo instante, busca se reinventar e inovar
mecanismos que atendam às necessidades do mercado global.
Dessa forma, a paisagem não é considerada como um elemento
estático, mas que a todo instante se molda conforme as necessida-
des sociais, que passa por transformação da paisagem natural para
uma paisagem artificial resultante das modificações humanas. San-
tos afirma que:
Figura 1 – Apresentação sobre impactos socioambientais em bacias hidrográficas durante a roda de conversa.
Figura 2 – Elaboração de histórias em quadrinhos pelos discentes no Colégio Estadual Amaral Lemos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
PESQUISAS APLICADAS AS
CIÊNCIAS AMBIENTAIS: DO
ORDENAMENTO TERRITORIAL À
BUSCA DA SUSTENTABILIDADE
SOCIOAMBIENTAL
CAPÍTULO 16 ROSANA DE OLIVEIRA SANTOS BATISTA
THAÍS MOURA DOS SANTOS
Figura 1 – Brasil- Tipo de Equipamento utilizado para aplicação de veneno agrícola- 2006
320 ENSAIO CARTOGRÁFICO DOS PROCESSOS DE MORTALIDADE E MORBIDADE POR AGROTÓXICOS NOS MUNICÍPIOS SERGIPANOS
Figura 4 – Sergipe- Número de intoxicações via venenos agrícolas por município- 2006
Rosana de Oliveira Santos Batista; Thaís Moura dos Santos 329
Figura 5 - Sergipe- Número de intoxicações via venenos agrícolas por município- 2017
Rosana de Oliveira Santos Batista; Thaís Moura dos Santos 331
Figura 6 – Sergipe- Número de mortes relacionadas ao uso de venenos agrícolas por município- 2017
Rosana de Oliveira Santos Batista; Thaís Moura dos Santos 333
Figura 8 – Sergipe- Causa dos óbitos relacionados ao uso de venenos agrícolas por município-2017
REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO
A problemática dos riscos naturais tem cada vez maior relevân-
cia nas políticas governamentais e municipais de ordenamento do
território e do urbanismo. Os processos potencialmente perigosos
manifestam consequências decorrentes da forma como as pessoas
e os seus bens se lhes expõem, bem como do modo como as ca-
racterísticas económicas, sociais e culturais permitem à sociedade
enfrentá-los, resistir-lhes e deles recuperar. Partindo destes princí-
pios, considerou-se que poderia ser bastante enriquecedor o estu-
do dos riscos naturais (ALVES e CUNHA, 2016) e, particularmente,
das vulnerabilidades associadas ao nível do Plano de Urbanização
da área de Santa Clara, que atualmente se encontra em elaboração
na Câmara Municipal de Coimbra.
A principal razão para a escolha da área de estudo justifica-se
pela dinâmica de crescimento urbano aí verificada nos últimos
anos e pelo facto de Coimbra, e mesmo Santa Clara, terem um histó-
340 AVALIAÇÃO DA VULNERABILIDADE A PROCESSOS NATURAIS PERIGOSOS NA ÁREA URBANA DE SANTA CLARA
Fonte: CMC
Figura 2 - Carta de densidade populacional, por subsecção estatística da área urbana de Santa Clara
Fonte: CMC)
Ana Daniela Alves; Lúcio Cunha 343
Figura 3 - Carta da população residente, por subsecção estatística com idade superior a 65 anos (%) da área
urbana de Santa Clara
Fonte: CMC)
344 AVALIAÇÃO DA VULNERABILIDADE A PROCESSOS NATURAIS PERIGOSOS NA ÁREA URBANA DE SANTA CLARA
Por fim, no que diz respeito à população residente com idade en-
tre os 0 e os 13 anos (%), verifica-se uma maior ocupação da mes-
ma, junto aos aglomerados populacionais de Alto de Santa Clara e
Mesura (figura 4).
Figura 4 – Carta da população residente, por subsecção estatística com idade entre os 0 e os 13 anos (%) da área
urbana de Santa Clara
fonte: CMC)
Ana Daniela Alves; Lúcio Cunha 345
3 - METODOLOGIA
Tabela 1 - Aplicação do método de análise de componentes principais para o estudo da vulnerabilidade social
Variáveis Conotação 1 2 3 4 5 6 7
Percentagem de indivíduos residentes pensio- 0,916
nistas
Percentagem de indivíduos residentes com 0,914
mais de 65 anos
Percentagem de famílias clássicas NPES 14 0,865
Percentagem de indivíduos residentes com
-0,596
idades entre os 5 e os 13 anos
Percentagem de famílias clássicas NPES 65 -0,461
Percentagem e indivíduos que não sabe ler
0,746
nem escrever
Percentagem de indivíduos residentes com o
-,643
ensino superior completo
Percentagem de indivíduos residentes apenas
0,741
com o primeiro ciclo do ensino básico
Percentagem de indivíduos residentes empre-
0,703
gados no sector terciário
Percentagem de residências habituais com
0,646
banho
Percentagem de residências habituais com um
0,533
1 lugar de estacionamento
Percentagem de edifícios exclusivamente re-
0,570
sidenciais
Percentagem de edifícios com um ou mais 0,773
pavimentos
Percentagem de residências habituais com 1
0,666
ou 2 pisos
Percentagem de indivíduos residentes sem
0,522
sector de atividade
Percentagem de edifícios construídos entre 0,650
1991 e 2001
Percentagem de residências habituais arren-
0,626
dadas
Percentagem de alojamentos vagos 0,871
(fonte: CMC)
Ana Daniela Alves; Lúcio Cunha 349
(fonte: CMC)
350 AVALIAÇÃO DA VULNERABILIDADE A PROCESSOS NATURAIS PERIGOSOS NA ÁREA URBANA DE SANTA CLARA
Tabela 2 - Parâmetros de avaliação do valor dos bens expostos (fonte: BRITO, 2007)
Variáveis Classes Ponderação
Edif. - Valor de Base 609€ /m2 1
Antes de 1919 0,2
1919 a 1945 0,3
Época de construção 1945 a 1960 0,5
1960 a 1990 0,8
Valores dos
Depois de 1990 1,0
bens expostos
Antes de 1999 0,8
Área edificada 1999-2004 0,9
Depois de 2008 1
PV 1 e 2 1,5
Nº de pisos PV 3 e 4 3
PV 5 e mais 6
Itinerários principais 300€/m
Estradas 150€/m
Valor das vias Rodovias
Arruamentos 150€/m
Caminhos 15€/m
Áreas agrícolas heterogéneas 150€/ha
Agrícola Culturas permanentes 200 €/ha
Culturas temporárias 150 €/ha
Valor do Uso
Florestas 300€/ha
do solo Florestal
Florestas abertas e vegetação arbustiva e herbácea 150€/ha
Vegetação característica Carvalhais 450€/ha
Inculto Matos 50€/ha
352 AVALIAÇÃO DA VULNERABILIDADE A PROCESSOS NATURAIS PERIGOSOS NA ÁREA URBANA DE SANTA CLARA
Figura 8 - Carta de valores dos bens expostos da área urbana de Santa Clara (fonte: CMC)
Ana Daniela Alves; Lúcio Cunha 353
4 - RESULTADOS
4.1. Vulnerabilidade
Figura 9 - Carta de vulnerabilidade potencial da área urbana de Santa Clara (fonte: CMC)
Ana Daniela Alves; Lúcio Cunha 355
5- CONCLUSÕES
Este estudo, integrado num projeto acadêmico com vista ao es-
tudo dos riscos naturais urbanos na cidade de Coimbra (JORGE,
2015; ALVES e CUNHA, 2016), teve como objetivo identificar as
áreas mais problemáticas em termos de vulnerabilidade no terri-
tório de Santa Clara. Para além disso, pretende-se que esta inves-
tigação seja considerada importante para os diferentes agentes de
intervenção no território, uma vez que lhes permitirá estabelecer
políticas e adotar medidas que eliminem ou mitiguem as causas e,
sobretudo, as consequências da ocorrência de eventos perigosos.
No território de S. Clara, escolhido para este estudo, a vulnera-
bilidade face a processos naturais perigosos, tem uma importante
diferenciação local, resultado quer das diferenças de exposição de
pessoas e bens, quer das condições de resistência e resiliência das
populações. O mapa da chamada vulnerabilidade potencial, que
aponta genericamente para uma vulnerabilidade baixa no conjunto
do território, mas que mostra valores elevados a muito elevados
sobretudo nas áreas de ocupação mais antiga (ex: Alto de S. Clara),
reflecte a forte exposição das pessoas nessas áreas, mas esconde a
forte vulnerabilidade infra-estrutural, resultante dos bens expostos
que acontece sobretudo nas áreas mais recentes a Norte (Centro
Comercial e instalações anexas), na área de ocupação recente da
Guarda Inglesa ou, mesmo, na margem do Rio, menos habitada, mas
356 AVALIAÇÃO DA VULNERABILIDADE A PROCESSOS NATURAIS PERIGOSOS NA ÁREA URBANA DE SANTA CLARA
REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO
1 Em 2009, o Banese – Banco do Estado de Sergipe – abriu negociações para apoiar o setor su-
croalcooleiro estadual, financiando as atividades dos pequenos produtores sergipanos de ca-
na-de-açúcar. Em parceria com a Agroindústria Taquari, usina produtora de álcool combustível
comandada pelo Grupo Samam, o banco financiará as atividades de custeio e investimento das
plantações de cana dos pequenos agricultores do estado. O acordo foi firmado durante reunião
realizada em Neópolis, na sede da Associação das Concessionárias do Distrito de Irrigação do
Platô de Neópolis (Ascondir), tendo a presença de dezenas de agricultores e do empresário do
Grupo Samam Henrique Menezes, além do diretor do Banese Edson Caetano, o gerente da Área
de Crédito Rural do banco, Lauro Monteiro Rocha, e os gerentes da instituição nos municípios
de Neópolis, Capela, Nossa Senhora das Dores, Japoatã, Propriá e Japaratuba (ASN, 2009).
368 DILEMAS E DESAFIOS AMBIENTAIS
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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http://agencia.se.gov.br/noticias/leitura/materia:14854/banese_fecha_
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Shiziele de Oliveira Shimada; Lidiana Vieira dos Santos 375
1. INTRODUÇÃO
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 1 – Resultados obtidos nos índices HQA e HMS para os transectos analisados.
TRANSECTOS HSM HQA
Ave
001 5 58
002 5 34
003 4 55
004 3 57
Selho
001 5 65
002 5 56
003 5 65
004 5 60
005 5 66
Nespereira
001 5 54
002 5 48
003 4 45
004 5 56
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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CAPÍTULO 20 ALBERLENE RIBEIRO DE OLIVEIRA
ANÉZIA MARIA FONSÊCA BARBOSA
1. INTRODUÇÃO
As organizações sociais presentes na superfície terrestre estão bas-
tante condicionadas às estruturas físicas que a natureza oferece em cada
porção do espaço, determinando, consequentemente, o modelo de or-
ganização socioambiental existente no mundo. Dentro desse contexto,
faz-se necessário analisar os espaços geográficos em suas suas múlti-
plas especificidades, promovendo o entendimento das várias formas de
compreensão do mundo em que vivemos.
É nesse sentido, que o presente artigo apresenta uma
discussão relacionada à nossa prática de atividade de campo
realizada no cotidiano acadêmico na região que compreende o
alto sertão sergipano, analisando, especificamente, os principais
territórios identificados e, subsequente suas formas de paisagens
apresentadas.
Dentre os diversos conceitos usados na ciência geográfica, três
deles foram abordados, a saber: Geossistema, Território e Paisa-
398 O SISTEMA GTP APLICADO AO ESTUDO SOBRE AS DINÂMICAS SOCIOAMBIENTAIS DO ALTO SERTÃO DE SERGIPE
2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A elaboração metodológica se estabeleceu a partir de um levan-
tamento bibliográfico com base em uma literatura pertinente ao
estudo da pesquisa que auxiliou como embasamento teórico. Este
trabalho está fundamentado na Teoria Geral dos Sistemas, sendo
que metodologicamente utilizou-se o modelo do GTP no intuito de
se ter uma visão holística integralizada, contrapondo-se à análise
descritiva. Nesse sentido, Passos (2011) ressalta:
Figura 1 - O sistema GTP – Geossistema - Território - Paisagem, segundo a concepção de Georges Bertrand.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Analisar o conjunto físico dos espaços naturais requer dos pes-
quisadores uma apuração mais específica dos sistemas de organi-
zações da superfície terrestre, dessa maneira, quando optamos por
aplicar o modelo do GTP como metodologia de avaliação espacial,
faz-se necessária uma leitura mais aprofundada dos fatos e fatores
que levam à disposição dos espaços naturalmente construídos e so-
cialmente habitados.
Assim, quando destacamos na região que compreende o Alto
Sertão Sergipano, consideramos que a Geomorfologia tem servido
como base principal para análise do processo de formação do rele-
vo, o qual dá condições para compreendermos as diversas transfor-
mações que os mesmos se sucedem ao longo de milhões de anos.
Segundo Barbosa (2013), a natureza é o componente mais dis-
putado para aqueles que se organizam em sociedade, pois é dela
que todos os nossos sustentos serão retirados e depois transforma-
dos. Para isso, ao fazer um recorte espacial e temporal de algumas
regiões do planeta, leva-nos a estudar de maneira mais específica
os impactos positivos e negativos que cada localidade apresenta.
Rodriguez (1994) considera que o estudo do espaço geográfico
usado hodiernamente em uma perspectiva holística, pode contri-
buir de forma efetiva para compreendê-lo de modo sistêmico, tendo
a paisagem como o elemento mais próximo da nossa vida cotidiana.
402 O SISTEMA GTP APLICADO AO ESTUDO SOBRE AS DINÂMICAS SOCIOAMBIENTAIS DO ALTO SERTÃO DE SERGIPE
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este artigo realizou uma análise dos sete municípios que es-
tão na região que compreende o Alto Sertão Sergipano, a partir da
aplicação do modelo GTP como forma de discussão das organiza-
ções socioambientais dos mais diversos espaços geográficos. Nesse
sentido, o que mais chamou atenção dos pesquisadores, foi o forte
impacto dos elementos físicos determinando os formatos dos mais
variados ordenamentos dos territórios encontrados na área.
É possível concluir que as disposições das sociedades existen-
tes na região estudada são totalmente influenciadas pelo clima,
uma vez que este foi o fator mais citados por todos, como sendo
a sua principal preocupação na continuidade de vida em todas as
localidades. Os processos socioeconômicos nesses municípios são
marcados fortemente na paisagem local, o que configura uma po-
pulação resistente, mesmo enfrentando grandes dificuldades, as
adversidades que a natureza lhe impõe para continuidade da vida
em sociedade.
REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO
Figura 11. Áreas verdes públicas urbanas e azuis no perímetro urbano de Guimarães.
António Avelino Batista Vieira; Francisco da Silva Costa; António José Bento Gonçalves 433
TULO 21
REFERÊNCIAS
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CAPÍTULO 22 GÊNISSON LIMA DE ALMEIDA
JAILTON DE JESUS COSTA
1. INTRODUÇÃO
A satisfação das diversas necessidades humanas, associada a um
consumo excessivo de recursos e um rápido crescimento demográfico,
tem exercido uma pressão crescente sobre o meio ambiente, seja dire-
tamente, pelo excesso de exploração das riquezas naturais ou indire-
tamente, ao produzir quantidades excessivas de detritos em relação à
capacidade de absorção e depuração do meio ambiente (DIAS, 2004).
No mundo globalizado, a natureza desperta interesses diversos
pela apropriação, controle e uso dos recursos naturais para obten-
ção de lucro, trazendo consigo o desenvolvimento das populações
de forma desigual, integrando apenas aqueles atores sociais que
dispõem de poder político e econômico na dominação dos territó-
rios que possuem recursos naturais (COSTA, 2011). Assim, conclui-
-se que a natureza surgiu também como símbolo de vida, pois ela é
e dá a vida; ela e as comunidades biológicas e seus habitats, assim
como à sociedade e sua base de sustento social (PROST, 2009).
442 OS USOS DO TERRITÓRIO PELOS PESCADORES ARTESANAIS E MARISQUEIRAS EM BREJO GRANDE/SE
2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
“Ao longo do rio, existe áreas (ilhas) que não podemos ter
acesso, principalmente agora com os viveiros de camarão”
(Ator C). Entrevista concedida em 18/01/18.
Figura 2 – Confecção de rede por pescadores artesanais da comunidade da Resina, Brejo Grande/SE.
Figura 4 – Rede utilizada na pesca artesanal na comunidade quilombola da Resina, Brejo Grande/SE.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
1. INTRODUCTION
* This work was funded by FEDER funds through the Operational Programme Compe-
titiveness Factors - COMPETE and national funds by FCT - Fundação para a Ciência e a
Tecnologia under the project UID/GEO/04084.
462 IMPLICATIONS OF GRAZING PRACTICES IN THE RISK OF FOREST FIRES IN MOUNTAIN AREAS OF NORTHWESTERN PORTUGAL
year, being kept overnight in the “courts” during the coldest months
of winter, which implies the permanence of the cattle in the hills
over a longer period of time (BENTO-GONÇALVES et al., 2011).
The horses, represented by the horse race Garrana Luso-Galaica,
have some significance in the higher lands, including the pro-wild
regime. The horses are kept free-grazing all year on the more mou-
ntainous areas, moving in herds of variable number.
Several plant species are prominent in the Garranos diet: the gor-
se, broom, the smith, the genista and some grasses and leguminous
plants that naturally grow in mountain pastures. Regarding pasture
trees, some species also stand out: oak, birch, arbutus, holly, beech,
from which they consume the young leaves and berries when ripe.
In these regions, with strong constraints, including adver-
se physical and socio-economic conditions, local people had the
need to respond to these adversities to minimize their efforts
and capitalize on its activity. So, communities have been forced
to maximize the available resources and to develop cooperation
strategies to make ownership of cattle even by those who had few
resources sustainable.
A few decades ago, in several villages or parishes of Portugal, es-
pecially in the North, there was an important cooperation strategy,
the so-called “Vezeiras”, which represented a community system of
grazing cattle in which each shepherd takes the herd of the whole
village out to pasture “one at a time”. However, currently only a few
endure (BENTO-GONÇALVES et al., 2012).
The days for guarding the community herd depend on each far-
mer´s herd size. Once the allocated time period is finished, the guar-
ding task is handed over to another shepherd and so on, until all the
shepherds from the village fulfill their obligation to guard the herd.
According to this ritual, the cattle belonging to the various
owners graze together from June to September, after which they
return to their villages of origin. The traditional economy of the-
466 IMPLICATIONS OF GRAZING PRACTICES IN THE RISK OF FOREST FIRES IN MOUNTAIN AREAS OF NORTHWESTERN PORTUGAL
Source: APA
António José Bento Gonçalves; António Avelino Batista Vieira; Francisco da Silva Costa 469
TULO 21
Figure 2 – Main Rivers and Mountains in the northwest of Portugal and elevation of the municipality of Vieira do
Minho
Source: APA
470 IMPLICATIONS OF GRAZING PRACTICES IN THE RISK OF FOREST FIRES IN MOUNTAIN AREAS OF NORTHWESTERN PORTUGAL
One of the most striking aspects of the study area, relates to the
high level of rainfall recorded which registers, on average, around
3500 mm annually at the highest points; nevertheless, values close
to 3000 mm per year are observed at low altitudes.
From a demographic standpoint, since 1991, the municipali-
ty of Vieira do Minho witnessed its resident population decrease
from 15.775 to 12.134 individuals (2016), which correspond to a
total negative variance of 18%. It presents an aging index of 201.4
(2016), a situation that has intensified since 1970 and the avera-
ge population density in the municipality of Vieira do Minho was
about 56.1 inhabitants/km2 (2016).
Based on the label adopted by the 2012 CORINE Land Cover
(CLC 2012), we grouped some of the codes referring to the type of
land use in the municipality of Vieira do Minho, in order to simplify
the information (Table I):
Source: CLC2012
A B
The origin of the name (is derived from the indo-european root
word “gher” which means “small/short” and originated the term
“guerran” the Gaelic Word for horse.) indicates it is a small horse,
however, with strong physical structure and very specific features:
straight profile, stocky body, with a maximum height in adult ani-
mals of 1.35 m, with solid bone formation, weighing between 150
and 200 Kg and brown hair.
The evolution of the number of horse heads registered a subs-
tantial variation, reaching a minimum in the sixties (Table 2), a
trend also seen in other species. In fact, between 1934 and 1968,
equines lost more than 68% of their herd. However, the number
of horses has increased slowly but gradually from the seventies
onwards, unlike cattle, sheep and goats that continue a declining
trend since 1934.
Table 2 – Horses in the municipality of Vieira do Minho between 1934 and 1999
Horses
1934 1940 1955 1968 1972 1989 1999
Vieira do Minho 409 297 253 128 163 296 365
Sources: DGSP (1935, 1941), INE (1954, 1955, 1968, 1972, 1979, 1989, 1999)
António José Bento Gonçalves; António Avelino Batista Vieira; Francisco da Silva Costa 473
TULO 21
]The 70s and 80s of the twentieth century were a period of tran-
sition between the “dendrocaustologic” (LOURENÇO et al., 2014)
reality which lasted until the 60s of last century, and the current si-
tuation, where fire is no longer used as an instrument for managing
of wild spaces but rather has become a major threat and obstacle to
achieving sustainability.
The 70s witnessed a strong increase in the number of the annual
occurrences in fires and scorched areas in the municipality of Viei-
ra do Minho, which in part result from the disintegration of rural
world and lack of forest management, which is one of major obsta-
cles to forest management (BENTO-GONÇALVES, 2011).
In fact, the municipality of Vieira do Minho, like most moun-
tain areas of Northwest Portugal, presents, according to Alves et
474 IMPLICATIONS OF GRAZING PRACTICES IN THE RISK OF FOREST FIRES IN MOUNTAIN AREAS OF NORTHWESTERN PORTUGAL
Thus, when considering the number of fires since the early 60’s
to early 80’s, there is a trend, with minor inter-annual fluctuations,
located below five fires per year. 1978 marks a breaking point with
this “stability”: from this year onward, we can identify a growth
trend.
With regard to burnt areas until 1974, there is no record of any
year with over 100 hectares and it was only in 1974 that the scor-
ched areas reached this value, whereas in the previous year’s re-
cords reveal the near inexistence of burnt areas. 1975 definitely
breaks this “calming” effect, and stands out as the year in which
2207 hectares burned. With the exception of 1976 and 1977, years
in which there was a drastic reduction, the total area burnt (settle-
ments and bush) came to be situated, on average, around 100 hec-
tares annually. The year 1981 records the second highest result
(952 hectares).
A new reality begins to take shape in the 80’s and is accentua-
ted from the 90’s to the present. It appears therefore that in Vieira
do Minho, the fires have revealed a greater “preference” for scru-
blands, which have been under fire all year round, although a signi-
ficant part occur outside the summer months. Once the fires for the
renewal of grassland normally take place outside summer months,
it can therefore be deduced that this is one of the main reasons for
the outbreak of fire in bush areas/scrublands.
6. RENOVATION OF PASTURES
Source: ICNF
António José Bento Gonçalves; António Avelino Batista Vieira; Francisco da Silva Costa 477
TULO 21
Figure 6 – Number of times the same area was scorched by fire (1990-2017)
Source: ICNF.
478 IMPLICATIONS OF GRAZING PRACTICES IN THE RISK OF FOREST FIRES IN MOUNTAIN AREAS OF NORTHWESTERN PORTUGAL
Source: Adapted from Vallette, 1990; Martin and Lara, 1989 in Silva e Páscoa, 2002
7. CONCLUSIONS
In the municipality of Vieira do Minho, especially in the moun-
tain areas, the loss of traditional rural structures generated a signi-
ficant agricultural abandonment. These was coupled with a drastic
reduction in the number of sheep and goats and an increase in the
number of horses, the non-rotation of animals in grazing area, as
well as the non-differentiation of grazing periods, accompanied by
an expansion of free-grazing. All this associated with a marked re-
duction in the rustle of bush areas and a significant decrease in the
consumption of firewood in a region where the primary produc-
tivity of bush wood’s is high, leading to an accumulation of these
fuels. Moreover, these changes take place in an overall context of
quasi-nonexistence of forest planning measures.
Thus, large fuel loads, low productivity of traditional pastures,
unregulated free-grazing, the search for new pastures and multi-
functional use of space led to an increased risk of fire. It must be no-
ted that after 1974, Vieira do Minho, and particularly Cabreira Mou-
ntain, have had a long history of forest fires due to various causes.
480 IMPLICATIONS OF GRAZING PRACTICES IN THE RISK OF FOREST FIRES IN MOUNTAIN AREAS OF NORTHWESTERN PORTUGAL
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CAPÍTULO 24 ELAINE VASCONCELOS NASCIMENTO LEAL
JAILTON DE JESUS COSTA
1. INTRODUÇÃO
2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Quadro 1 – Autores que utilizam o termo desertificação para se referir à falta de dinâmica de pessoas nas ruas.
AUTOR ATUAÇÃO OBRA/ANO ABORDAGEM
Apontava as zonas de fronteiras desertas, capital es-
Jane Ativista Morte e Vida de Grandes peculativo, subvenção de moradias e a construção das
Jacobs política Cidades (2014) cidades para automóveis como causas do espaço urbano
desertificado.
Cidade para pessoas Explica que as cidades tem se tornado desertas e deses-
Jan Gehl Urbanista
(2015) timulantes devido a entraves no planejamento urbano.
Processo de ‘desertificação’ Descreve a falta do cenário privilegiado da reprodução
Saskia
Socióloga é uma ameaça para as cida- social e da cidade tradicional como perigos causadores da
Sassen
des (2015) “desertificação” das cidades.
Espaço público e acessibili- Ressalva que a privatização de ruas e acessos restringe o
Ângelo
Geógrafo dade: Notas para uma abor- movimento de passantes, canaliza percursos e provoca a de-
Serpa
dagem geográfica (2004) sertificação de muitas áreas públicas nas periferias urbanas.
Fonte: Obras destacadas no quadro. Organização: Elaine Vasconcelos Nascimento Leal, 2018.
Elaine Vasconcelos Nascimento Leal; Jailton de Jesus Costa 487
TULO 21
1 Esse empoderamento é a ação social coletiva de participar de debates que visam poten-
cializar a conscientização civil sobre os direitos sociais e civis. Esta consciência possibilita
a aquisição da emancipação individual e também da consciência coletiva necessária para a
superação da dependência social e dominação política.
490 DESERTIFICAÇÃO SOCIOAMBIENTAL
Figura 1 – Áreas de interesse ambiental sobrepostas nas áreas construídas do bairro Jabotiana.
Fonte: Base cartográfica SEFAZ. Elaboração: Elaine Vasconcelos Nascimento Leal, 2018.
496 DESERTIFICAÇÃO SOCIOAMBIENTAL
2 Considerando que os cursos d’água do Rio Poxim que percorrem o bairro Jabotiana têm
dimensões que variam em torno de 9 – 45 metros de largura (com base no mapa de Araca-
ju disponibilizado por SEFAZ (2015), e calculado no software AutoCAD 2D® (AUTODESK,
2010)), sabe-se que as faixas de vegetação que o margeiam procuram seguir o Código Flo-
restal (Lei 12.651 de 2012). A lei considera áreas de preservação permanente as faixas mar-
ginais de qualquer curso d’água natural, desde a borda da calha do leito regular, em largura
mínima de: a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de
largura; b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cin-
quenta) metros de largura (BRASIL, 2012, Art.4, inciso I).
Elaine Vasconcelos Nascimento Leal; Jailton de Jesus Costa 497
TULO 21
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base nos resultados e discussões, conclui-se que a expres-
são “desertificação socioambiental” possui, em sua essência, uma
definição acertada para as novas relações socioambientais urbanas.
A necessidade da adoção de um termo específico para tal fenômeno
se dá pela importância de se investigar mais precisamente esse fato
nas cidades que traz diversas implicações em âmbitos sociais, am-
bientais e econômicos. O estudo dessa temática se torna essencial
na busca de estratégias para cidades mais sustentáveis, consideran-
do o entendimento interdisciplinar de que a dinâmica de pessoas
nas ruas de bairro e o desenvolvimento local precisam ser estimu-
lados em detrimento ao isolamento/distanciamento.
Diversos são os fatores relacionados ao surgimento da “deser-
tificação socioambiental”, dentre os quais, as características físicas
do meio urbano que demonstram influenciar no comportamento
de atrair, ou não, os moradores e transeuntes ao espaço externo à
sua moradia e à consequente relação de vizinhança. A imperme-
abilidade visual das fachadas; as grandes escalas das ruas e dos
edifícios; monotonia dos usos do solo; calçadas, ciclovias e praças
inexistentes ou em más condições de conforto térmico e de conser-
vação; e carência de acessibilidade universal são alguns dos fatores
que compõem a configuração do espaço “desertificado”. Sob essa
compreensão, entende-se que esses são elementos que devem ser
evitados no planejamento urbano.
Apesar disso, tal panorama de “desertificação socioambiental”
é muito encontrado nas cidades contemporâneas, como se infere
no bairro Jabotiana, em Aracaju-SE. Em posse de diversas proble-
máticas ambientais e na infraestrutura urbana, essa localidade
apresenta situações de esvaziamento das relações cotidianas dos
moradores nos espaços públicos, principalmente onde há predomi-
nância de condomínios residenciais e monotonia de uso e ocupação
500 DESERTIFICAÇÃO SOCIOAMBIENTAL
REFERÊNCIAS
em: http://www.geografia.fflch.usp.br/publicacoes/Geousp/Geousp15/
Artigo2.pdf. Acesso em: 19 dez. 2017/ 15:17.
TASSARA, E. (Org.). Dicionário Socioambiental: ideias, definições e con-
ceitos. São Paulo: Brasil Sustentável Editora, 2008.
VEIGA, J. E. da. A emergência do socioambiental. São Paulo: SENAC,
2007.
WIRTH, L. O urbanismo como modo de vida. In: Fortuna, Carlos (org)
Cidade, Cultura e Globalização. Ensaios de sociologia. Oeiras: Celta Editora,
1997.
503
SOBRE OS AUTORES
Lúcio Cunha
Geógrafo e doutor com agregação em Geografia Física. Professor Catedrá-
tico no Departamento de Geografia e Turismo e Investigador do Centro
de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT) da Fa-
culdade de Letras da Universidade de Coimbra, ao longo de cerca de 40
anos de carreira universitária tem desenvolvido trabalhos na área da Ge-
Márcia E. S. Carvalho; Maria do S. F. da Silva; Núbia D. dos Santos; Rosana de O. S. Batista; Shiziele de O. Shimadao 511
Patrícia de Moura
Mestranda no Programa de Pós Graduação em Rede Nacional para Ensino
das Ciências Ambientais, Polo USP, Licenciada em Ciências pela Universida-
de de São Paulo - USP, Bacharel em Administração de Empresas pela Facul-
dade Cenecista de Capivari, Especialista em Gerenciamento Ambiental pela
Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz - ESALQ/USP e professora
do ensino fundamental na Rede Estadual de Ensino de São Paulo. E-mail:
patricia2.moura@usp.br. http://lattes.cnpq.br/4111690631634540.
514 DIÁLOGOS INTERDISCIPLINARES NAS CIÊNCIAS AMBIENTAIS