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Problemas de Mecânica de Sólidos 2023-2024 – Prof.

Leonel Fernandes
Problemas/Exercícios suplementares a inserir na Aula 2
Exercício 2-1
Para o estado de tensão dado, determine a tensão normal e a tensão de
corte exercida na face oblíqua colorida do elemento triangular da figura.

30 MPa

50 º 40 MPa

R:  = − 6,07 MPa,  = 24,9 MPa.


Problemas/Exercícios suplementares a inserir na Aula 3
Exercício 3-1
Para o estado de tensão indicado na figura, determine (a) as direcções
principais e (b) as tensões principais.

30 MPa

150 MPa

80 MPa

R: a) − 26,6 º; +63,4 º b) max = + MPa ( =−26,6º) min =


− MPa.
Exercício 3-2
Para o estado de tensão indicado na figura, determine (a) as orientações
dos planos de tensão de corte máxima, (b) o valor da tensão de corte
máxima e c) a correspondente tensão normal.

40 MPa

110 MPa

140 MPa

R: a) + 14,1 º; +104,1 º b)  MPa. c)  MPa.

Exercício 3-3
Para o estado de tensão indicado na figura, determine a tensão normal e a
tensão de corte após o elemento ilustrado rodar (a) 40º no sentido anti-
horário e (b) 15º no sentido horário.

50 MPa

80 MPa

40 MPa
R: a) −107,0 MPa; −23,0 MPa; +7,83 MPa b) −58,0 MPa; −72,0
MPa; −42,1 MPa.

Problemas/Exercícios suplementares a inserir na Aula 4


Sugestão: ver este vídeo no youtube sobre tensão plana e círculo
de Mohr, é interessante

https://www.youtube.com/watch?v=_DH3546mSCM
Exercício 4-1
Para o estado de tensão plana dado, (a) construa o círculo de Mohr, (b)
determine as tensões principais, (c) calcule a tensão de corte máxima e a
correspondente tensão normal.
10 MPa
40 MPa

50 MPa

R: a) p=+26,6º e p=+116,6º; b) max = +70,0 MPa, min = −


MPa; max = +50,0 MPa, av = 20 MPa.
Link útil: Calculadora de círculos de Mohr:
https://calculatebuddy.com/mohrs-circle-calculator

Exercício 4-2
Para o estado de tensão plana dado, determine (a) as direcções principais
e as tensões principais, (b) as componentes do estado de tensão exercidas
no elemento obtido por uma rotação de 30º no sentido anti-horário.
60 MPa σy ´
σx´
30 º
100 MPa

x´ y´

48 MPa

R: a) p=−33,7º e p=+56,3º; max =+132,0 MPa, min =+


MPa; b) x´ = +48,4 MPa, y´ = +111,6 MPa, x´y´ = +41,3 MPa.

Exercício 4-3
Um estado de tensão plana é caracterizado por uma tração axial de 0=
80 MPa exercida nas superfícies verticais e uma tensão de corte
desconhecida, 0. Determine a (a) magnitude da tensão de corte 0 para a
qual a tensão normal máxima é 100 MPa, (b) e a correspondente tensão
de corte máxima.

0

0=80 MPa

0

R: a) = 44,7 MPa; b) max= 60,0 MPa.

Problemas/Exercícios suplementares a inserir na Aula 5


Sugestão: resolver usando o círculo de Mohr

Exercício 5-1
Para um certo estado de tensão plana indicado na figura, sabe-se que x
=30 MPa, y =80 MPa e max = 120 MPa. Determine (a) as direcções
principais, (b) o valor da tensão normal mínima e c) o valor da tensão de
corte máxima.

σy
τxy

σx

R: a) + 56,3 º; −33,7 º b) − MPa. c)  MPa.


Exercício 5-2
Para um certo estado de tensão plana, sabe-se que para cada uma de duas
orientações dos eixos coordenados, as tensões normais e as tensões de
corte são orientadas como indicado na figura, tendo as tensões normais as
magnitudes x =75 MPa, y =15 MPa e x´ = 90 MPa. Determine (a) as
direcções principais e as tensões principais, (b) a tensão de corte máxima.
σy σy ´
τxy σx´
30 º

σx

R: a) 90,8 MPa (p=+24,6º); −0,82 MPa (p=-65,4º); b) 45,8 MPa.


Problemas/Exercícios extra a inserir na Aula 6 (de exercícios)

Exercício 6-1
A alavanca ABD está sujeita a uma força horizontal P de 900 N de
intensidade, aplicada na extremidade D. Sabendo que o troço AB da base
tem um diâmetro de 36 mm, determine (a) a tensão normal e a tensão de
corte no elemento que tem lados paralelos aos eixos x e y, localizado no
ponto H, (b) as direcções principais e as tensões principais no ponto H.
y
540 mm
B

300 mm
D
36 mm
P
120 mm H

z x

R: a) y = +58,9 MPa, xy = +53,1 MPa; b) p = −30,5º e p =


+59,5º; max =+90,2 MPa, min = −32,3 MPa.

Resolução parcial do Exercício 6-1


Podemos remover o troço horizontal da alavanca translacionando a força
P=900 N para o ponto B e adicionando um momento torçor Mty =
0,54x900= 486 Nm. A área da secção transversal do poste é dada por 𝐴 =
𝜋 0.0362 ⁄4 = 0.00102 𝑚2 .
Podemos agora compilar as seguintes acções relevantes que actuam no
ponto H em estudo:

1-Força horizontal (causa esforço transverso em H) PH = 900 N; tensão


de corte média na secção H, 𝜏 = 900⁄0.00102 = 0.8842 𝑀𝑃𝑎.
2-Momento flector Mfx = 0.300 P = −270 Nm; produz tracção no ponto
H;
3-Momento torçor Mty = 0.540 P = 486 Nm; produz tensão de corte no
ponto H;
Momento de inércia, 𝐼 = 𝜋 0.0184 ⁄4 = 8.245x10−8 𝑚4
Momento polar de inércia, 𝐽 = 𝜋 0.0184 ⁄2 = 1.649x10−7 𝑚4

Estado de tensão no ponto H.


A força horizontal P causa um momento flector M𝑓𝑥 que produz tracção
no ponto H; a tensão normal de tracção correspondente é dada por 𝜎𝑦 =
M𝑓𝑥 𝑅 ⁄𝐼 = 270x0.018x10+8 ⁄8.245 = 58.94 𝑀𝑃𝑎.
Tensão de corte (positiva) devida ao momento torçor no ponto H: 𝜎𝑦𝑥 =
M𝑡𝑦 𝑅 ⁄𝐽 = 486x0.018x10+7 ⁄1.649 = 53.05 𝑀𝑃𝑎.
Então, no ponto H, temos um estado de tensão plana dado por
0 53.05 0
σ = [53.05 58.94 0] 𝑀𝑃𝑎.
0 0 0
A parte restante deste exercício pode ser resolvida recorrendo-se ao
círculo de Mohr.

Exercício 6-2
O poste de ferro fundido ilustrado na figura está sujeito a uma força
inclinada de intensidade 19,5 kN, aplicada na extremidade D. Sabendo
que o poste tem um diâmetro da base de 60 mm, determine as tensões
principais e a máxima tensão de corte (a) no ponto H e (b) no ponto K.

D
300 mm

K 19,5 kN
H
E
125 mm
100 mm A
150 mm
z x
Resolução parcial do Exercício 6-2
Podemos projectar a força P=19.5 kN nas suas componentes horizontal e
vertical usando o Teorema de Pitágoras: 𝑅 = √3002 + 1252 =
325𝑚𝑚, cos 𝛼 = 300⁄𝑅 = 0.9231, 𝑠𝑒𝑛 𝛼 = 125⁄𝑅 = 0.3846; então
obtemos, PV =19.5 cos 𝛼 = 18kN e PH =19.5 𝑠𝑒𝑛 𝛼 = 7.5kN. A área da
secção transversal do poste é dada por 𝐴 = 𝜋 0.062 ⁄4 = 0.0028 𝑚2 .
Podemos agora compilar as seguintes acções relevantes para a secção H-
K em estudo:

1-Força horizontal (causa esforço transverso em H-K) PH = 7.5kN; tensão


de corte média na secção H-K, 𝜏 = 7500⁄0.0028 = 2.679 𝑀𝑃𝑎.
2-Força vertical (compressão) PV = 18 kN; causa tensão normal (média)
de compressão, 𝜎 = 18000⁄0.0028 = 6.3662 𝑀𝑃𝑎.
3-Momento flector Mfx = 0.200 PH = −1.5 kNm; produz tracção no ponto
H;
4-Momento torçor Mty = 0.150 PH = 1.125 kNm; produz tensão de corte
nos pontos H e K;
5-Momento flector Mfz = 0.150 PV = −2.7 kNm; produz compressão no
ponto K;

Momento de inércia, 𝐼 = 𝜋 0.034 ⁄4 = 6.362x10−7 𝑚4


Momento polar de inércia, 𝐽 = 𝜋 0.034 ⁄2 = 1.2723x10−6 𝑚4

a) Estado de tensão no ponto H.


A força horizontal PH causa um momento flector M𝑓𝑥 que produz tracção
no ponto H; a tensão normal de tracção correspondente é dada por 𝜎𝑦 =
M𝑓𝑥 𝑅 ⁄𝐼 = 1.5x0.03x10+10 ⁄6.362 = 70.736 𝑀𝑃𝑎. No entanto, temos
de descontar a tensão normal de compressão causada pela força vertical:
𝜎𝑦 = 70.736 𝑀𝑃𝑎 − 6.3662 𝑀𝑃𝑎 = 64.37 𝑀𝑃𝑎.
Tensão de corte (positiva) devida ao momento torçor no ponto H: 𝜎𝑦𝑥 =
M𝑡𝑦 𝑅 ⁄𝐽 = 1.125x0.03x10+9 ⁄1.2723 = 26.5 𝑀𝑃𝑎.
Então, no ponto H, temos um estado de tensão plana dado por
0 26.5 0
σ = [26.5 64.37 0] 𝑀𝑃𝑎.
0 0 0
A parte restante desta alínea pode ser resolvida recorrendo-se ao círculo
de Mohr.
b) Estado de tensão no ponto K.
Neste ponto temos compressão devida ao momento flector M𝑓𝑧 dada por
𝜎𝑦 = M𝑓𝑧 𝑅 ⁄𝐼 = −2.7x0.03x10+10 ⁄6.362 = −127.3245 𝑀𝑃𝑎,
mas também devida à força vertical de compressão cuja tensão é 𝜎 =
6.3662 𝑀𝑃𝑎. Sobrepondo estas duas tensões de compressão, obtemos
𝜎𝑦 = −(127.3245 + 6.3662) = −133.691 𝑀𝑃𝑎.
Como o ponto K está na linha/plano médio, o momento flector M𝑓𝑥
produz uma (contribuição) tensão nula neste ponto.
A tensão de corte devida ao momento torçor M𝑡𝑦 tem o mesmo valor
absoluto mas tem o sinal negativo neste caso, 𝜎𝑦𝑧 = −26.5 𝑀𝑃𝑎. Por
outro lado, há que sobrepor o valor da tensão de corte (negativa) devida
ao esforço transverso na linha média x-x´. Esta tensão calcula-se por
𝜎𝑦𝑧 = − P𝐻 𝑄 ⁄(𝐼𝑡) onde Q é o primeiro momento de área, dado por 𝑄 =
(𝜋 𝑅 2 ⁄2) 4𝑅 ⁄(3𝜋) = 1.8x10−5 𝑚3 e t=2R. Daqui vem que, 𝜎𝑦𝑧 =
− 7.5 x103 x1.8x10−5 ⁄(2x0.03x6.362x10−7 ) = − 3.5368 𝑀𝑃𝑎. A
consistência deste valor pode ser aferida sabendo-se que τmax= 4/3 τmédio=
4/3 x 2.679 =3.57 MPa (desvio de 0.97%).
A sobreposição das tensões de corte calculadas dá 𝜎𝑦𝑧 = −(26.5 +
3.57) = −30.07 𝑀𝑃𝑎.
Então temos um estado de tensão plana dado por
0 0 0
σ = [0 −133.69 −30.07] 𝑀𝑃𝑎.
0 −30.07 0
A parte restante deste exercício pode ser resolvida recorrendo-se ao
círculo de Mohr.

Problemas/Exercícios suplementares a inserir na Aula 8


Sugestão: resolver usando o círculo de Mohr

Exercício 8-1
Para um material num estado de deformação plana, sabe-se que o lado
horizontal de um quadrado de 10mm x10mm alonga de 4m, enquanto
que o lado vertical permanece inalterado e o ângulo no canto inferior
esquerdo aumenta de 0,4x10-3 rad (ver figura). Determine (a) as direcções
principais e as deformações principais, (b) o valor da máxima distorção
de corte no plano (in plane shearing strain) max e a correspondente
deformação normal.

y y +0,4 x10-3rad

10mm

10mm x 10mm+4m x

R: a) p=-22,5º, a=483, b= -83, R=283  ; max= 566  , ’=200  .


Exercício 8-2
Para um estado de deformação plana dado (ϵx= +320, ϵy=160 e
xy=300), use o círculo de Mohr para determinar (a) a orientação e o
valor das deformações principais, (b) a máxima distorção angular de corte
no plano (in plane shearing strain) (x´y´)max, e (c) a máxima deformação
de corte (Mohr 3D).

R: a) a=410 a p=+31,0º, b= +70 a p=-59,0º; b) (x´y´)max =340  ;


c) max= 410  .

Exercício 8-3
Repita o problema anterior para outro estado de deformação plana (ϵx=
+80, ϵy=+320 e xy= −70), use o círculo de Mohr para determinar (a)
a orientação e o valor das deformações principais, (b) a máxima distorção
angular de corte no plano (in plane shearing strain) (x´y´)max, e (c) a
máxima deformação de corte (Mohr 3D).
R: a) a=+325 a p=+8,1º, b=+75 a p=+98,1º; b) (x´y´)max =250  ;
c) max= 325  .

Exercício 8-4
Como resultado de medições feitas com extensómetros orientados de
várias maneiras na superfície de uma peça de maquinaria, estabeleceu-se
que as deformações principais da superfície livre são ϵa= +400 e
ϵb=−50. Sabendo que o coeficiente de Poisson do material é =0.3,
determine (a) a máxima deformação de corte no plano, (b) o verdadeiro
valor da máxima deformação de corte junto à superfície da peça
considerando um estado de tensão plana. Recorde-se que num estado de
tensão plana, a deformação principal na terceira direcção (perpendicular
ao plano definido pelas direcções a e b) não é nula sendo dada por ϵc=
−(ϵa + ϵb)(−)

R: a) max= 2R=450 ; b) c= -150 , max= (a −c)=550 .


Exercício 8-5
Um quadrado ABCD de 50mm de lado foi marcado na superfície de uma
placa fina enquanto a placa estava livre. Quando a placa foi carregada,
observou-se que os lados AB e AD aumentaram os seus comprimentos
respectivamente de 7.5 m e 12.5 m, enquanto que o ângulo DAB
diminuiu de 0.240x10-3 rads. Sabendo que o coeficiente de Poisson é de
1/3, determine (a) a orientação e o valor das deformações principais, (b)
a máxima distorção angular de corte no plano (in plane shearing strain)
(x´y´)max, e (c) a máxima deformação de corte (Mohr 3D).

R: a) p=+56,3º, a=+330, b=+70, c=-200 ; b) (x´y´)max =260  ;


c) max= 530  .

Exercício 8-6
As deformações obtidas pelo uso de uma roseta de extensómetros
ligados à superfície de um componente estrutural como ilustrado na
figura foram: ϵ1= +110 , ϵ2= +212.5  e ϵ3= +240 . Determine (a)
a orientação e o valor das deformações principais no plano da
roseta, (b) a máxima distorção angular de corte no plano (in plane
shearing strain) (x´y´)max.

y
2

3 1
45 º 45 º

O x

R: a) p=-30,0º, a=+250, b=+100 ; b) (x´y´)max =150  .

Exercício 8-7
Como resultado de medições feitas com extensómetros orientados numa
roseta a 60º em torno do ponto Q, foram determinadas as seguintes
deformações no plano x-y da superfície de uma peça de aço de uma
máquina: ϵ1= +40 , ϵ2= +980  e ϵ3= +330 .
Usando o sistema de eixos coordenados ilustrado na figura, determine no
ponto Q, (a) as componentes da deformação, ϵx , ϵy e xy, (b) as
deformações principais, e (c) a máxima distorção de corte. Considere que
o coeficiente de Poisson do material é 0.29 e que junto à superfície da
peça temos um estado de tensão plana. Recorde-se que num estado de
tensão plana, a deformação principal na terceira direcção (perpendicular
ao plano definido pelas direcções a e b) não é nula sendo dada por ϵc=
−(ϵa + ϵb)(−)
3 60 º 2
y

60 º
O
z Q
1 x

R: a) x=40, y= 860, xy= 750  ; b) a=-106, b= 1006, c=-368 ;


c) max= 2R=1374 .
Fonte Consultada

F.R. Beer & E. R. Johnston Jr., (1992) Mechanics of Materials, 2nd


Edition, McGraw-Hill.

Problemas/Exercícios extra inseridos na Aula 10 – Relações Constitutivas


Tensor de Rigidez para um material isotrópico
𝜎11 𝐷(1 − 𝜈) 𝐷𝜈 𝐷𝜈 0 0 0 𝜀11
𝜎22 𝐷𝜈 𝐷(1 − 𝜈) 𝐷𝜈 0 0 0 𝜀22
𝜎33 𝐷𝜈 𝐷𝜈 𝐷(1 − 𝜈) 0 0 0 𝜀33
𝜎23 = 0 0 0 𝐺 0 0 2𝜀 23
𝜎13 2𝜀
0 0 0 0 𝐺 0 13
{𝜎12 } [ 0 0 0 0 0 𝐺 ] {2𝜀12 }
𝐸 𝐸
com 𝐷 = e𝐺= .
(1+𝜈)(1−2𝜈) 2(1+𝜈)

Variação de Volume por unidade de volume para um material isotrópico


𝛥𝑉 1 − 2𝜈
= 𝜀11 + 𝜀22 + 𝜀33 = (𝜎11 + 𝜎22 + 𝜎33 )
𝑉 𝐸

Exercício 10-1 (slides 14-15,A10)


Uma barra de 500 mm de comprimento e de secção circular de 16 mm de
diâmetro feita de material isotrópico e homogéneo é sujeita a uma força
axial de 12 kN. Observa-se que ela sofre um aumento de comprimento de
300 m e uma redução de diâmetro de 2.4 m. Determine o módulo de
elasticidade e o coeficiente de Poisson do material.

R.: E=99.5 GPa e =0.25.

Exercício 10-2 (slide 19,A10)


Explicite as constantes de Lamé ( ) em função do módulo de Young e
do coeficiente de Poisson ( ) e vice-versa.

Sugestão: usar os tensores de rigidez e de flexibilidade dados em função


de ( ) e de ( ) e igualar coeficientes

Exercício 10-3 (slide 19,A10)


Determine a representação matricial (6x6) do tensor de rigidez para um
material isotrópico em função do módulo de Young e do coeficiente de
Poisson.

Exercício 11-1 (slide 33,A11)


Determine a representação matricial (6x6) do tensor de rigidez para um
material com simetria cúbica.

Exercício 11-2 (slide 34,A11)


Determine a variação de volume de um bloco de betão de dimensões (mm)
80x60x40 quando sujeito a uma pressão hidrostática de p=180 MPa.
Admita que E=200 GPa e =0.29.

R.: k=158.7 GPa, e=−1.134x10-3, V=192x103 mm3 e V=−218 mm3.

Exercício 11-3 (slide 37,A11)


Mostrar que num estado de deformação plana (𝜀13 = 0, 𝜀23 = 0, 𝜀33 = 0),
𝐸𝜈
𝜎33 ≠ 0 ⟹ 𝜎33 = (𝜀 + 𝜀22 ) = 𝜈(𝜎11 + 𝜎22 )
(1 − 2𝜈)(𝜈 + 1) 11
Sugestão: lembrar que, usando as relações explícitas de rigidez e de
flexibilidade a 3D, se tem
𝜀33 = [𝜎33 − 𝜈(𝜎11 + 𝜎22 )]⁄𝐸
e
𝐸
𝜎33 = [(1 − 𝜈)𝜀33 + 𝜈(𝜀11 + 𝜀22 )]
(1 − 2𝜈)(𝜈 + 1)

Exercício 11-4 (slide 40,A11)


Mostrar que num estado de tensão plana (𝜎13 = 0, 𝜎23 = 0, 𝜎33 = 0),

𝜈 𝜈
𝜀33 ≠ 0 ⟹ 𝜀33 = − (𝜎11 + 𝜎22 ) = − (𝜀 + 𝜀22 )
𝐸 1 − 𝜈 11
Sugestão: lembrar que, usando as relações explícitas de rigidez e de
flexibilidade a 3D, se tem
𝜀33 = [𝜎33 − 𝜈(𝜎11 + 𝜎22 )]⁄𝐸
e
𝐸
𝜎33 = [(1 − 𝜈)𝜀33 + 𝜈(𝜀11 + 𝜀22 )]
(1 − 2𝜈)(𝜈 + 1)

Exercício 11-5
A secção quadrada de 1m de lado é carregada de modo a estar num estado
de deformação plana (zz=0, yz=0 e xz=0). Os deslocamentos dos
vértices estão indicados em mm na figura.
y
3 5

2,5 A’ B’ 3,5
A B

C’
1
O 2 x

a) Determine os deslocamentos para esta secção e as correspondentes


deformações. (R: u=−0.002x−0.003y; v=0.001x+0.0025y,
xx=−0.0020, yy=0.0025 e xy=−0.002.)
b) Calcule a tensão normal zz para um aço com E=200 GPa e =0.3.

Exercício 12-1 (adaptado do MAP3_v1 de 21-22)

Considere uma placa de material ortotrópico, constituída por uma matriz


polimérica reforçada por fibras nas direções dos eixos coordenados
(x,y,z). No referencial de ortotropia do material (no referencial x,y,z) as
propriedades do material são: módulo de Young, Ex = Ey = Ez = 40 GPa,
coeficiente de Poisson, νxy = νxz = νyz = 0.25, módulo de elasticidade
transversal, Gxy = Gxz = Gyz = 10 GPa.

A placa está sujeita a uma tensão de tração uniaxial σx’x’ = 20 MPa, com
uma direção que faz 45° com o eixo do x (e perpendicular ao eixo do z),
tal como representado na figura. Admita que o estado de
tensão/deformação é homogéneo.
a) Mostre que o material não é isotrópico.
b) Determine o módulo de Young do material na direção de aplicação da
tensão (módulo de Young na direção x’, Ex’).
c) Em regime linear elástico, a variação de volume por unidade de
volume, 𝛥𝑉⁄𝑉 , pode ser obtida através de, 𝛥𝑉⁄𝑉 = 𝜀11 + 𝜀22 + 𝜀33.
Determine a variação de volume por unidade de volume a que a placa está
sujeita.

Revisões sobre Relações Constitutivas

Exercício 13-1 (adaptado do MAP3_v4 de 21-22)


Considere a placa da figura, a qual está sujeita a uma compressão
uniaxial de σxx = –20 MPa.
Considere que o material da placa é ortotrópico, constituído por uma
matriz polimérica e reforçado por fibras unidirecionais cuja orientação
x’ faz um angulo de 45° com a direção x.

No referencial de ortotropia do material (no referencial x’,y’) a lei


constitutiva é definida por:
𝜀𝑥´ 0.04 −0.01 0 𝜎𝑥´
𝜀 −9
{ 𝑦´ } = 10 [−0.01 0.08 0 ] { 𝜎𝑦´ },
𝛾𝑥´𝑦´ 0 0 0.2 𝜎𝑥´𝑦´

a) Para o material da placa, indique se os coeficientes de Poisson νx’y’ e


νy’x’ são iguais ou se são diferentes. Justifique a resposta.
b) Determine as extensões εx’x’, εy’y’, εx’y’, represente o estado de extensão
no circulo de Mohr e, em seguida, determine o ângulo que uma direção
principal de extensão faz com a direção x’. Represente graficamente as
direções principais de extensão, representando também a direção x e a
direção x’.
c) Determine εxx, a extensão normal na direção x.

R: a) Os coeficientes de Poisson são diferentes; b) = +39,35º; c) 𝜀𝑥𝑥 =


−15x10−4 .

Exercício 13-2 (adaptado do MAP3_v6 de 21-22)


Para determinar as propriedades mecânicas dum material ortotrópico
foram realizados ensaios mecânicos. Na tabela anexa registam-se as
tensões aplicadas e as extensões obtidas em cada ensaio. Admita que as
direções x e y são as direções de ortotropia do material.

a) Determine os módulos de Young Ex e Ey, o coeficiente de Poisson νxy,


e o módulo de elasticidade transversal Gxy.

Resposta: Ex = _25GPa_ Ey = _12,5 GPa_ νxy = _0,25_ Gxy = _5,0 GPa_

Uma placa constituída do material acima definido, foi sujeita a uma


solicitação de corte puro com σx’y’ = –20 MPa, tal como se mostra na
figura seguinte. Admita que as direções x e y são as direções de
ortotropia do material.

b) Determine γx’y’, a distorção entre as direções x’ e y’.

Resposta: γx'y' = −2,8x10-3 rad


c) Num estado plano de tensão, em regime linear elástico, a densidade de
energia elástica de deformação (strain energy density, SED), pode ser
obtida através de: 𝑆𝐸𝐷 = 1⁄2 (𝜎11 𝜀11 + 𝜎12 𝜀12 + 𝜎21 𝜀21 + 𝜎22 𝜀22 ).
Calcule a densidade de energia elástica de deformação associada à
solicitação de corte puro.

Resposta: SED = 28x103 N/m2

Problemas/Exercícios extra inseridos na Aula 14


Veios à torção
Exercício 14-1
Um veio cilindrico maciço de aço de 1,5m de comprimento está sujeito a
um momento torçor de 4,0 kNm.
a) Qual o diâmetro que o veio deve ter para que a tensão de corte
máxima não exceda os 120 MPa?
b) Calcule o momento polar de inércia do veio.
c) Obtenha o ângulo de torção (twist) para este veio admitindo que
G=80 GPa.

R: a) D=55.37 mm ; b) J=9.23x10-7 m4 ; c) 0,0812 rad ou 4,65º.

Exercício 14-2
Um veio cilindrico oco de aço de 1,5m de comprimento tem diâmetros
interno e externo respectivamente de 40mm e 60mm.
a) Qual o maior valor que o momento torçor aplicado pode ter de modo
a que a tensão máxima não exceda os 120 MPa?
b) Qual o valor mínimo da tensão de corte no veio?
c) Qual o ângulo de torção (twist) efectivo neste veio? Admita que
G=80 GPa.
d) Compare o volume e o peso de material usado nos veios destes
exercícios 1 e 2.

R: a) 4084 Nm ; b) 80 MPa ; c) 0,075 rad ; d) 28,2 kg vs 18,4 kg


Teoria de Prandtl aplicada a um cilindro
Exercício 14-3
Aplicar (testar e ilustrar os principais pontos da...) a teoria de Prandtl a
um veio cilíndrico maciço.
a) Obter a solução analítica para a função de tensão de Prandtl.
b) Obter a constante de torção J e comparar com o momento polar de
inércia.
c) Obter as tensões de corte, o seu módulo (comentar) e a tensão
máxima.
d) Obter os deslocamentos, u,v,w à cota z e verificar que o
empenamento é nulo neste caso.

Nota: Após a resolução deste exercício 3, apresentar o exemplo 6.2 do


veio elíptico que assim fica muito mais fácil de compreender.

Problemas/Exercícios extra inseridos na Aula 15


Torção de secções rectangulares e perfis abertos
Exercício 15-1
Duas barras de alumínio de 300 mm de comprimento estão sujeitas a um
mesmo momento torçor de 1800 Nm. Uma das barras é de secção
quadrada de lado 60mm. A outra é de secção rectangular com 95mm de
largura e 38mm de altura. Pretende-se também comparar os resultados
com os de uma barra de secção circular com a mesma área.
a) Determine as constantes k1 e k2 usando uma tabela apropriada.
b) Calcule a constante de torção J para todas as secções.
c) Determine a tensão de corte máxima e o ângulo de torção (twist)
sabendo que G=26 GPa.

Exercício 15-2
Considere um membro de secção fina semi-circular com uma espessura
constante 2c=10mm e raio médio a=120mm, sujeito a torção, como
ilustrado na figura seguinte. Admita que a tensão de corte máxima
permitida é de 80 MPa e o material é um latão com G=38 GPa. Pretende-
se saber qual o maior valor do momento torçor que se pode aplicar e qual
o ângulo de torção por unidade de comprimento.

2c

O comprimento do arco é 2b=a. Podemos considerar que é equivalente


a um rectângulo fino de comprimento 2b e largura 2c. Então, para um
momento torçor T aplicado, podemos aproximar a tensão de corte
máxima por
2𝑇𝑐
𝜏𝑚𝑎𝑥 =
𝐽

onde, a constante de torção J, é dada por

𝜋𝑎
𝐽= (2𝑐)3
3
Além disso
𝑇
𝜃=
𝐺𝐽

R: a) 1005,3 Nm ; b) 0,2105 rad/m.

Torção de perfis fechados


Exercício 15-3
Um veio de alumínio está sujeito a um momento torçor de 7 kNm.
Desprezando efeitos de concentração de tensões, calcule as tensões de
corte nos pontos A e B da figura.
6

A
12
100
B

150

R : A = 45 MPa e B = 22,5 MPa.

Exercício 15-4
Considerando que a máxima tensão de corte admissível é de 40 MPa,
determine o maior momento torçor aplicável às barras e ao tubo de latão
de 1m de comprimento ilustrados na figura. Note que as barras maciças
possuem a mesma área transversal e que o tubo e a secção quadrada têm
as mesmas dimensões exteriores.

R: a) quadrado: 519,7 Nm; b) rectangular: 411,7 Nm; c) oco: 554,9 Nm.

64 6
40 40

40 40
25

Problemas/Exercícios extra inseridos na Aula 16


Perfis Multi-celulares mistos
https://www.youtube.com/watch?v=1RB8PohBv_s

Torção de Perfis Multi-celulares fechados


Exercício 16-1
Um membro de parede fina tem dois compartimentos com as dimensões
indicadas na figura. O material é uma liga de alumínio para o qual G=26
GPa. Determine o momento torsor T e o ângulo de torção por unidade de
comprimento para que a tensão de corte não exceda os 40 MPa. Despreze
os efeitos de concentração de tensões. Calcule também a constante de
torção para este perfil.
t1=4,5

t3=1,5
t2=3,0
60

60 30

R:1393 Nm ; =0,0369 rad/m ; J=T/(G).

Exercício 16-2
Considere um membro bi-celular de secção fina sujeito a torção com um
momento T, como ilustrado na figura seguinte. A espessura t é constante
e a outra medida relevante é b.
a) Obtenha a tensão de corte nas paredes externas e na parede interior.
b) Deduza uma expressão para o ângulo de torção por unidade de
comprimento. Despreze os efeitos de concentração de tensões.
c) Obtenha uma expressão para a constante de torção J. Comente o
resultado.
t

b b

R: a) =T/(4tb2) e 0 na parede interior; b)  =3q/(2Gbt)=3/(2Gb) = 8T/


(3Gtb3); e c) JB= 8(tb3)/3, comparar com 2x unicelular e rectangular
2bxb.

Exercício 16-3
Considere um membro bi-celular de secção fina sujeito a torção com um
momento T, como ilustrado na figura seguinte.
a) Deduza uma expressão para o ângulo de torção por unidade de
comprimento; despreze os efeitos de concentração de tensões.
b) Obtenha a tensão de corte nas paredes externas e na parede interior;
indique qual a tensão de corte máxima e a respectiva localização.
c) Obtenha uma expressão para a constante de torção J.
t

2t t t/2
a

a a

R: a) q2=3q1/4,  =11T/(28Ga3t); b) 1=2T/(7ta2) nas paredes


horizontais esquerdas, 2=max=3T/(7ta2) na parede direita e
i=T/(14ta2) na parede vertical interior; c) JB= 28(ta3)/11.
Problemas/Exercícios extra inseridos na Aula 18- Revisões
Perfis Abertos
Exercício 18-1
Uma barra em aço de 3m de comprimento e com uma secção L
203x152x12,7 está sujeita a um momento torçor aplicado T.
a) Sabendo que G=77 GPa e que a tensão de corte não deve exceder
os 50 MPa, determine o maior momento torçor aplicável à barra
ignorando os efeitos de concentração de tensões.
b) Determine o ângulo de torção nessas condições.

12,7

203

152

R: a) 920 Nm ; b) 8,78º
Exercício 18-2
Uma barra em aço de 3,5 m de comprimento e com uma secção W
310x143 ilustrada na figura está sujeita à torção com um momento
aplicado de 4,5 kNm. Sabe-se que G=77 GPa.
a) Determine a máxima tensão de corte na linha a-a.
b) Determine a máxima tensão de corte na linha b-b.
c) Determine o ângulo de torção nessas condições.
22,9 a

a
14

323
b b
22,9

309

R: a) 38,28 MPa ; b) 23,4 MPa ; c) 4,35º


Torção de perfis fechados
Exercício 18-3
Um veio oco de latão possui a secção ilustrada na figura.
a) Sabendo que a tensão de corte não deve exceder os 80 MPa,
determine o maior momento torçor aplicável ao veio.
b) Calcule também a constante de torção para este perfil.

5
12

100 83

12

100

R: 5260,4 Nm ; 3,931 x 10-6 m4.

Perfis fechados vs Perfis Abertos


Exercício 18-4
Dois veios ocos de um material possuem as secções transversais ilustradas
na figura. Dados adicionais: G=45 GPa, a=50 mm e t= 2 mm e d << t.
a) Calcule as constantes de torção para estes perfis.
b) Sabendo que a tensão de corte não deve exceder os 100 MPa,
determine o maior momento torçor aplicável aos veios.
c) Determine o ângulo de torção por unidade de comprimento para
cada caso.

t a t
a

R: a) JF=1.57x10-6 m4 e JA=8.38x10-10 m4 ; b) TF=3081,2 Nm e TA=41,89


Nm; c) 0,0436 rad/m e 1,11 rad/m.

Exercício 18-5
Dois veios ocos de latão possuem as secções transversais ilustradas na
figura onde d << t. Dados adicionais: G=50 GPa, a=b=60 mm e t= 4 mm.
a) Calcule as constantes de torção para estes perfis.
b) Sabendo que a tensão de corte não deve exceder os 80 MPa,
determine o maior momento torçor aplicável aos veios.
c) Determine o ângulo de torção por unidade de comprimento para
cada caso.
d) Repita os cálculos anteriores para o caso de os perfis serem
completamente fechados.

R: a) JAQ=4bt3/3=5,12x10-9m4; JAC=2at3/3=8,0425x10-9m4; b) 𝑇 =
𝜏𝑚𝑎𝑥 𝐽𝐴
: 102,4𝑁𝑚; 160,85𝑁𝑚; c) =T/(GJ): 0,4 rad/m; 0,4 rad/m e d)
𝑡
JFQ=tb3=864x10-9m4; JFC=2ta3=5,429x10-6m4; 𝑇 = 2𝑞𝛺: 2304Nm;
7238Nm; =T/(GJ) : 0,0533 rad/m; 0,0266 rad/m.
t

a t
t
b
d
d

b
Análise comparativa de vários perfis
Exercício 18-6
Considere um veio de parede fina, t=a/15, sujeito a torção com um
momento T.
Na primeira parte (a) da figura, há um veio em U. Em seguida (b), as abas
verticais foram dobradas de modo a formar um triângulo equilátero
aberto. Realizou-se em seguida uma soldadura de modo a fechar o
triângulo equilátero de parede fina (c). Por último (d), para aumentar a
rigidez torsional, soldou-se uma placa vertical de espessura t ligando a
base ao vértice superior.
Determine a tensão de corte máxima e a rigidez torsional do veio para
cada um dos casos ilustrados na figura.

(a) (b)

t t
a b

a a

(c) (d)

t t
b b

a a
R: a) GJA=Gat3 ; b) GJA=Gat3 ; c) GJF=Ga3t/4 e d) GJB=Ga3t/4.

Problemas/Exercícios extra inseridos na Aula 19


Cilindros de parede fina - Revisão
Exercício 19-1
Um reservatório cilindrico não pressurizado tem uma parede 5 mm de
espessura, é feito de aço com 400 MPa de tensão de rotura.
a) Determine a altura de água máxima h que ele pode armazenar
admitindo um factor de segurança de 4.
b) Determine a tensão normal máxima, a tensão longitudinal máxima e a
tensão de corte máxima verificadas na parede cilindrica quando se enche
o tanque até a sua capacidade máxima.

7,5 m

20 m
h

R: a) 13,61 m ; b) =147 MPa, zz=73,5 MPa e max=73,5 MPa.

Cilindros espessos simples


Exercício 19-2
Um cilindro fechado tem um diâmetro interno de 20 mm, um diâmetro
externo de 40 mm e está sujeito a uma pressão externa de p2=40 MPa e a
uma pressão interna de p1=100 MPa. Determine a tensão axial (zz) e a
tensão circunferencial () num ponto do raio interior.
R: a) zz = −20 MPa ; b)  = 60 MPa.

Exercício 19-3 (deformação plana)


Um cilindro longo e fechado de uma liga de alumínio (E=72 GPa, =0.33)
tem um diâmetro interior de 200 mm e um diâmetro exterior de 800 mm.
Este cilindro está sujeito a uma pressão interna de 150 MPa. Determine
as tensões principais, a máxima tensão de corte num ponto de raio interior
(r=a=100 mm) e o aumento do diâmetro interior devido à pressão interna
aplicada.

R: a) rr = −150 MPa ,  = 170 MPa , zz = 10 MPa , max= 160 MPa
e i = 0.6036 mm.

Exercício 19-4 (deformação plana)


Um cilindro longo, oco e fechado tem um raio interno, a=100 mm, um
raio externo, b=250 mm e está sujeito a uma pressão interna de pi=80 MPa
(pe=0).
a) Determine as distribuições de tensão radial (rr) e circunferencial ()
no cilindro.
b) Determine os máximos valores das tensões radial (rr), circunferencial
().
c) Avalie a tensão axial (zz) no cilindro, longe do topo (=0.29) e junto
ao topo.
d) Considere uma porção de 1m de comprimento deste cilindro, longe das
extremidades. Quais são os diâmetros interior e exterior do cilindro após
a aplicação da pressão interna de pi=80 MPa ? O cilindro é feito de aço
com E=200 GPa e =0.29.

R: b) rr = −80 MPa ,  = 110,5 MPa ; c) zz = 8,84 MPa , zz = 15,238
MPa ; d) i = 200,205 mm , e = 500,132 mm.

Problemas/Exercícios extra inseridos na Aula 20


Cilindros espessos compostos do mesmo material e sem aperto
Exercício 20-1 (tensão plana)
Um disco cilindrico (placa cilindrica fina) é composto por um cilindro
oco interior com os raios interior e exterior dados, respectivamente, por ri
e rc; e por um cilindro exterior com com os raios interior e exterior dados,
respectivamente, por rc e re. Este disco cilindrico é feito do mesmo
material e vai estar sujeito a uma pressão interna, pi, e uma pressão
externa, pe, dadas.
a) Deduza uma expressão (TPC opcional;) para determinar a pressão
de contacto na secção de raio intermédio rc em função das pressões
interna e externa admitindo que se trata de tensão plana e que a
montagem é feita sem interferência (aperto).
b) Calcule a pressão de contacto no raio intermédio quando se aplica
uma pressão interna de 300 MPa e a pressão externa (pe=0) é nula a
um disco cilindrico (placa fina) de aço (E=200 GPa, =0.29),
composto por um cilindro oco interior com os diâmetros de 20 mm
e 50 mm respectivamente; e por um cilindro exterior com os
diâmetros de 50 mm e 100 mm respectivamente.
c) Teste a fórmula com os dados do problema 2 do teste de 1/2/2016
(mesmo material, sem aperto, ver slides, TPC): ri= 0, rc=50 mm, re=
150 mm, pe=10 MPa.

R: a) Para um disco cilíndrico composto do mesmo material em tensão


plana e sem aperto, a pressão de contacto pode calcular-se por

2𝑊1 𝑝𝑖 𝑟𝑖2 + 2𝑊2 𝑝𝑒 𝑟𝑒2


𝑝𝑐 =
𝑊1 (𝑟𝑐2 + 𝑟𝑖2 ) + 𝑊2 (𝑟𝑐2 + 𝑟𝑒2 )
onde
(𝑟𝑒 − 𝑟𝑐 )
𝑊1 =
(𝑟𝑐 + 𝑟𝑖 )

(𝑟𝑐 − 𝑟𝑖 )
𝑊2 =
(𝑟𝑒 + 𝑟𝑐 )

b) pc =  MPa.
c) pc =  MPa.
Exercício 20-2 (deformação plana)
Um cilindro longo é composto por um cilindro oco interior com os raios
interior e exterior dados, respectivamente, por ri e rc; e por um cilindro
exterior com com os raios interior e exterior dados, respectivamente, por
rc e re. Este cilindro é feito do mesmo material e vai estar sujeito a uma
pressão interna, pi, e uma pressão externa, pe, dadas.
a) Deduza uma expressão (TPC opcional;) para determinar a pressão
de contacto na secção de raio intermédio rc em função das pressões
interna e externa admitindo que a montagem é feita sem
interferência (aperto) em condições de deformação plana.
b) Calcule a pressão de contacto no raio intermédio rc quando se aplica
uma pressão interna de 160 MPa e a pressão externa (pe=0) é nula.
Admita que o cilindro longo, é feito de uma liga de alumínio (E=72
GPa, =0.33), é composto por um cilindro oco interior com os
diâmetros de 80 mm e 120 mm respectivamente, e por um cilindro
exterior com os diâmetros de 120 mm e 240 mm, respectivamente.
c) Teste a fórmula com os dados do exemplo 7.2 (sem aperto, ver
slides): ri= 100 mm, rc=150 mm, re= 200 mm, E=207 GPa, =0.3,
pressão interna pi=207 MPa e a pressão externa é nula, pe=0.

R: a) Para um cilindro composto do mesmo material em deformação


plana e sem aperto, a pressão de contacto pode calcular-se por

2(1 − 𝜈)(𝑊1 𝑝𝑖 𝑟𝑖2 + 𝑊2 𝑝𝑒 𝑟𝑒2 )


𝑝𝑐 =
𝑊1 [(1 − 2𝜈)𝑟𝑐2 + 𝑟𝑖2 ] + 𝑊2 [(1 − 2𝜈)𝑟𝑐2 + 𝑟𝑒2 ]
onde
(𝑟𝑒 − 𝑟𝑐 )
𝑊1 =
(𝑟𝑐 + 𝑟𝑖 )

(𝑟𝑐 − 𝑟𝑖 )
𝑊2 =
(𝑟𝑒 + 𝑟𝑐 )
b) pc = 60 MPa.
c) Obtém-se 𝑊1 = 1⁄5, 𝑊2 = 1⁄7 e pc = 53,67 MPa.

Cilindros espessos compostos de 2 materiais diferentes mas sem aperto


Exercício 20-3 (deformação plana)
Um cilindro longo é composto por um cilindro oco interior de latão
(E=110 GPa, =0.35) com os diâmetros de 100 mm e 120 mm
respectivamente; e por um cilindro exterior de aço (E=103 GPa, =0.20)
com os diâmetros de 120 mm e 150 mm respectivamente. Este cilindro vai
estar sujeito a uma pressão externa.
a) Deduza (TPC opcional;) uma expressão para determinar a pressão
de contacto na secção de raio intermédio r=60 mm em função das
pressões interna e externa admitindo que a montagem é feita sem
interferência (aperto).
b) Calcule a pressão de contacto no raio intermédio nas condições da
alínea anterior quando se aplica uma pressão externa de 120 MPa e
a pressão interna é nula.

R: a) Para um cilindro composto de materiais diferentes em deformação


plana e sem aperto, a pressão de contacto pode calcular-se por

2(1 − 𝜈1 )𝑊1 𝑝𝑖 𝑟𝑖2 + 2(1 − 𝜈2 )𝑊2 𝑝𝑒 𝑟𝑒2


𝑝𝑐 =
𝑊1 [(1 − 2𝜈1 )𝑟𝑐2 + 𝑟𝑖2 ] + 𝑊2 [(1 − 2𝜈2 )𝑟𝑐2 + 𝑟𝑒2 ]
onde
(𝑟𝑒 − 𝑟𝑐 )(1 + 𝜈1 )
𝑊1 =
(𝑟𝑐 + 𝑟𝑖 )𝐸1

(𝑟𝑐 − 𝑟𝑖 )(1 + 𝜈2 )
𝑊2 =
(𝑟𝑒 + 𝑟𝑐 )𝐸2

R: b) pc = 73.33 MPa.

Exercício 20-4 (tensão plana)


Um disco cilindrico (placa fina) é composto por um cilindro oco interior
de latão (E=110 GPa, =0.35) com os diâmetros de 100 mm e 120 mm
respectivamente; e por um cilindro exterior de aço (E=200 GPa, =0.29)
com os diâmetros de 120 mm e 140 mm respectivamente. Este disco
cilindrico vai estar sujeito a uma pressão externa.
a) Deduza uma expressão (TPC opcional;) para determinar a pressão
de contacto na secção de raio intermédio r=60 mm em função das
pressões interna e externa admitindo que se trata de tensão plana e
que a montagem é feita sem interferência (aperto).
b) Calcule a pressão de contacto no raio intermédio nas condições da
alínea anterior quando se aplica uma pressão externa de 120 MPa e
a pressão interna é nula.
c) Calcule a pressão de contacto no raio intermédio, rc=50 mm, nas
condições da alínea a) do problema 2 do teste de 1/2/2016 (veio
interior rígido, sem aperto, ver slides): ri= 0, rc=50 mm, re= 150 mm,
pe=10 MPa.

R: a) Para um disco cilindrico composto de materiais diferentes em


tensão plana e sem aperto, a pressão de contacto pode calcular-se
por
2𝑊1 𝑝𝑖 𝑟𝑖2 + 2𝑊2 𝑝𝑒 𝑟𝑒2
𝑝𝑐 = 𝜈 𝜈
𝑊1 (𝑟𝑐2 + 𝑟𝑖2 ) + 𝑊2 (𝑟𝑐2 + 𝑟𝑒2 ) + (𝐸2 − 𝐸1 ) (𝑟𝑒 − 𝑟𝑐 )(𝑟𝑐 − 𝑟𝑖 )
2 1
onde
(𝑟𝑒 − 𝑟𝑐 )
𝑊1 =
(𝑟𝑐 + 𝑟𝑖 )𝐸1

(𝑟𝑐 − 𝑟𝑖 )
𝑊2 =
(𝑟𝑒 + 𝑟𝑐 )𝐸2
R: b) pc = 55,58 MPa.
R: c) Para um disco cilindrico composto por materiais diferentes em
tensão plana e sem aperto, onde o veio interior é maciço, ri= 0, e
rígido, 𝐸1 → ∞, o cilindro exterior é de aço (E2=200GPa, 2=0.3) a
pressão de contacto pode calcular-se por
2𝑝𝑒 𝑟𝑒2
𝑝𝑐 =
(1 − 𝜈2 )𝑟𝑐2 + (1 + 𝜈2 )𝑟𝑒2
Obtém-se
2 × 10 × 22500
𝑝𝑐 = = 14,516𝑀𝑃𝑎.
0.7 × 2500 + 1.3 × 22500

Cilindros espessos compostos montados com aperto


Nota Importante: Nas montagens com aperto, o cilindro interno (B) tem
um diâmetro exterior ligeiramente maior () do que o diâmetro interior
do cilindro externo (A). A montagem é feita após o cilindro externo (A)
ser aquecido centenas de graus acima da temperatura do cilindro
interno, de modo que a ditatação térmica conseguida nesse cilindro
externo permita uma montagem fácil por simples deslizamento. Quando
as peças são arrefecidas até à temperatura ambiente, o cilindro (A)
contrai-se e cria uma pressão de contacto residual significativamente
mais elevada do que numa montagem sem aperto.
Do ponto de vista de modelação, o problema simplifica-se se
adicionarmos o valor  da interferência de contacto ao raio exterior do
cilindro interno (B) e mantivermos o valor nominal do raio interno do
cilindro externo (A). A equação a resolver para a pressão de contacto,
neste caso, passa a ser
urA(rc,pc) – urB(rc+,pc)= 

Exercício 20-5 (deformação plana)


Um cilindro longo é composto por um cilindro oco interior de aço (E=207
GPa, =0.3) com o raios de 100 mm e 150+ mm respectivamente; e por
um cilindro externo do mesmo aço com os raios de 150 mm e 200 mm
respectivamente. Este cilindro composto vai estar sujeito a uma pressão
interna (dados do exemplo 7.2 nos slides).
a) Deduza uma expressão (TPC opcional;) para determinar a pressão
de contacto na secção de raio intermédio r=rc em função das
pressões interna e externa, admitindo que a montagem é feita com
uma interferência de (aperto) =0,1mm.
b) Calcule a pressão de contacto no raio intermédio nas condições da
alínea anterior quando se aplica uma pressão interna de 207 MPa e
a pressão externa é nula.

R: a) Para um cilindro composto do mesmo material em deformação


plana e com aperto, a pressão de contacto pode calcular-se por

2(1 − 𝜈)(𝑊1 𝑝𝑖 𝑟𝑖2 + 𝑊2 𝑝𝑒 𝑟𝑒2 ) + 𝐸𝛿 ⁄(1 + 𝜈)


𝑝𝑐 = 2
𝑊1 [(1 − 2𝜈)𝑟𝑐1 + 𝑟𝑖2 ] + 𝑊2 [(1 − 2𝜈)𝑟𝑐2 + 𝑟𝑒2 ]

onde
𝑟𝑐1 = 𝑟𝑐 + 𝛿
𝑟𝑐1
𝑊1 = 2
(𝑟𝑐1 − 𝑟𝑖2 )

𝑟𝑐
𝑊2 =
(𝑟𝑒2 − 𝑟𝑐2 )

R: b) pc = 78,2 MPa.

Exercício 20-6 (deformação plana)


Um cilindro longo é composto por um cilindro oco interior de latão
(E=110 GPa, =0.35) com os diâmetros de 100 mm e 120 mm
respectivamente; e por um cilindro exterior de aço (E=103 GPa, =0.20)
com os diâmetros de 120 mm e 150 mm respectivamente. Este cilindro vai
estar sujeito a uma pressão externa.
a) Deduza uma expressão (TPC opcional;) para determinar a pressão
de contacto na secção de raio intermédio r=60 mm em função das
pressões interna e externa admitindo que a montagem é feita com
um interferência (aperto) de =0,1mm.
b) Calcule a pressão de contacto no raio intermédio nas condições da
alínea anterior quando se aplica uma pressão externa de 120 MPa e
a pressão interna é nula.

R: a) Para um cilindro composto de materiais diferentes em


deformação plana e com aperto, a pressão de contacto pode calcular-
se por
2(1 − 𝜈1 )𝑊1 𝑝𝑖 𝑟𝑖2 + 2(1 − 𝜈2 )𝑊2 𝑝𝑒 𝑟𝑒2 + 𝛿
𝑝𝑐 = 2
𝑊1 [(1 − 2𝜈1 )𝑟𝑐1 + 𝑟𝑖2 ] + 𝑊2 [(1 − 2𝜈2 )𝑟𝑐2 + 𝑟𝑒2 ]

onde
𝑟𝑐1 = 𝑟𝑐 + 𝛿

(1 + 𝜈1 )𝑟𝑐1
𝑊1 = 2
(𝑟𝑐1 − 𝑟𝑖2 )𝐸1

(1 + 𝜈2 )𝑟𝑐
𝑊2 =
(𝑟𝑒2 − 𝑟𝑐2 )𝐸2

R: b) pc = 93,34 MPa.
Exercício 20-7 (tensão plana)
Um disco cilindrico (placa fina) é composto por um cilindro oco interior
de latão (E=110 GPa, =0.35) com os diâmetros de 100 mm e 120 mm
respectivamente; e por um cilindro exterior de aço (E=200 GPa, =0.29)
com os diâmetros de 120 mm e 140 mm respectivamente. Este disco
cilindrico vai estar sujeito a uma pressão externa.
a) Deduza uma expressão (TPC opcional;) para determinar a pressão
de contacto na secção de raio intermédio r=60 mm em função das
pressões interna e externa admitindo que se trata de tensão plana e
que a montagem é feita com um interferência (aperto) de 0,1mm.
b) Calcule a pressão de contacto no raio intermédio nas condições da
alínea anterior quando se aplica uma pressão externa de 120 MPa e
a pressão interna é nula.

R: a) Para um disco cilindrico composto de materiais diferentes em


tensão plana e com aperto, a pressão de contacto pode calcular-se
por
2𝑊1 𝑝𝑖 𝑟𝑖2 + 2𝑊2 𝑝𝑒 𝑟𝑒2 + 𝛿
𝑝𝑐 = 𝜈 𝜈
2
𝑊1 (𝑟𝑐1 + 𝑟𝑖2 ) + 𝑊2 (𝑟𝑐2 + 𝑟𝑒2 ) + (𝑟𝑐 𝐸2 − 𝑟𝑐1 𝐸1 )
2 1

onde
𝑟𝑐1 = 𝑟𝑐 + 𝛿

𝑟𝑐1
𝑊1 =
𝐸1 (𝑟𝑐1 − 𝑟𝑖2 )
2

𝑟𝑐
𝑊2 =
𝐸2 (𝑟𝑒2 − 𝑟𝑐2 )
R: b) pc = 76,41 MPa.

Fontes Consultadas e Leitura recomendada

F.R. Beer & E. R. Johnston Jr., (1992) Mechanics of Materials, 2nd


Edition, McGraw-Hill.

A.P. Boresi, R. J. Schmidt & O. M. Sidebottom, (1993) Advanced


Mechanics of Materials, 5th Edition, J. Wiley & Sons.

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