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19 Temperatura 2
19.1 Questões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
19.2 Exercı́cios e Problemas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
19.2.1 Medindo temperatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
19.2.2 As escalas Celsius e Fahrenheit . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
19.2.3 Expansão térmica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
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I O termômetro transfere calor por irradiação. As for- I Porque o vidro que contém o lı́quido também se ex-
mas de tranferência de calor serão estudadas no capı́tulo pande.
20.
= 109.287 mm de mercúrio.
Q 19-18.
A pressão no termômetro de nitrogênio é maior que a
Duas lâminas, uma de ferro e outra de zinco, são
pressão no termômetro de hidrogênio por 0.056 mm de
rebitadas uma na outra, formando uma barra que se
mercúrio.
encurva quando é aquecida. Por que a parte de ferro fica
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19.2.2 As escalas Celsius e Fahrenheit reduzido isolando os objetos através de uma camada de
vácuo, por exemplo. Isto reduz condução e convecção.
E 19-14. Absorção de radiação pode ser reduzida polindo-se a su-
perfı́cie até ter a aparência de um espelho. Claramente A
A que temperatura os seguintes pares de escalas dão a
depende da condição da superfı́cie do objeto e da capaci-
mesma leitura: (a) Fahrenheit e Celsius (veja Tabela
dade do ambiente de conduzir ou convectar energia do
19-2), (b) Fahrenheit e Kelvin e (c) Celsius e Kelvin?
e para o objeto. Como podemos reconhecer da equação
diferencial acima, A tem dimensão de (tempo)−1 .
I (a) As temperaturas Fahrenheit e Celsius estão rela-
(b) Rearranjando a equação diferencial dada obtemos
cionadas pela fórmula TF = 9TC /5 + 32. Dizer que
a leitura de ambas escalas é a mesma significa dizer 1 d∆T
= −A.
que TF = TC . Substituindo esta condição na expressão ∆T dt
acima temos TC = 9TC /5 + 32 de onde tiramos Integrando-a em relação a t e observando que
Z Z
5 o 1 d∆T 1
TC = − (32) = −40 C. dt = d(∆T ),
4 ∆T dt ∆T
(b) Analogamente, a condição para as escalas Fahren- temos
heit e Kelvin é TF = T , fornecendo Z ∆T
1
Z t
d(∆T ) = − A dt
9 ∆T0 ∆T 0
T = (T − 273.15) + 32,
5 ∆T
ln ∆T = −At
ou seja, ∆T0
5 h (9)(273.15) i ∆T
T = − 32 = 575 K. ln = −At,
4 5 ∆T0
(c) Como as escala Celsius e Kelvin estão relacionadas que reescrita de modo equivalente fornece o resultado
por TC = T − 273.15, vemos que não existe nen- desejado:
huma temperatura para a qual essas duas escalas possam ∆T = ∆T0 e− A t .
fornecer a mesma leitura.
19.2.3 Expansão térmica
P 19-17.
E 19-24.
Observamos, no dia-a-dia, que objetos, quentes ou frios,
esfriam ou aquecem até adquirir a temperatura ambi- Uma barra feita com uma liga de alumı́nio mede 10 cm
ente. Se a diferença de temperatura ∆T entre o objeto e a 20o C e 10.015 cm no ponto de ebulição da água. (a)
o ambiente não for muito grande, a taxa de esfriamento Qual o seu comprimento no ponto de congelamento da
ou aquecimento será proporcional à diferença de tem- água? (b) Qual a sua temperatura, se o seu comprimento
peratura, isto é, é 10.009 cm?
I (a) A relação para a variação do comprimento, ∆L =
d∆T
= − A (∆T ), L α∆T , permite calcular o coeficiente de expansão lin-
dt ear da barra: α = 1.875 × 10−5 o C −1 .
o
onde A é uma constante. O sinal menos aparece porque Portanto, partindo-se dos 10 cm a 20 C, vemos que ao
∆T diminui com o tempo, se for positivo, e aumenta, se baixarmos a temperatura até o ponto de congelamento
negativo. Esta é a lei de Newton do resfriamento. (a) De da água a barra sofre uma variação de comprimento
que fatores depende A? Qual a sua dimensão? (b) Se dada por
no instante t = 0 a diferença de temperatura for ∆T0 , ∆L = L α(tf − ti )
mostre que
∆T = ∆T0 e− A t = (10)(1.875 × 10−5 )(0 − 20)
= −0.0037 cm.
num instante posterior t.
Portanto o comprimento procurado é
I (a) Mudanças na temperaturam ocorrem através de
radiação, condução e convecção. O valor de A pode ser L0 = L + ∆L = 10 − 0.0037 = 9.9963 cm.
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Mais formalmente, podemos ver isto comparando as A diferença entre os comprimentos iniciais das barras é:
fórmulas
N N
∆Lo = L1o − L2o = − ,
∆L α1 α2
= α ∆T = 0.0018
L α1 − α2
= N .
∆A α1 α2
= 2α ∆T = (2)(0.0018) = 0.36 %.
A A diferença entre os comprimentos das barras quando a
(b) A espessura h da moeda varia linearmente e, por- temperatura variou de ∆T é:
tanto, sua variação percentual coincide com a do item N N
anterior: ∆L = L1 − L2 = + N ∆T − − N ∆T
α1 α2
∆h α1 − α2
= α ∆T = 0.0018 = 0.18 %. ∆L = N
h α1 α2
∆L = ∆Lo
(c) A variação no volume é:
(b) Sendo ∆L = 0, 30 m e os valores dos coeficientes
∆V
= 3α∆T = (3)(0.0018) = 0.54 %. de expansão do aço e do latão dados por
V
αaço = 11 × 10−6 o C −1
(d) Não há variação na massa da moeda.
(e) Qualquer das relações acima pode ser usada para de- e
terminar α. Por exemplo, usando a do item (a) temos: αlatão = 19 × 10−6 o C −1 ,
∆d
= α∆T = α (100) = 0.0018, (19 − 11) × 10−6
d 0, 30 = N
2, 09 × 10−10
donde tiramos que N = 7, 84 × 10−6
α = 18 × 10 −6 o
C −1 . 7, 84 × 10−6
L1o = = 0, 4125 m
19 × 10−6
Perceba que para responder aos itens (a)-(d) não é 7, 84 × 10−6
L2o = = 0, 7125 m
necessário conhecer-se α. Esta é a razão do livro pedir 11 × 10−6
para determinar α apenas ao final do exercı́cio. ∆Lo = 0, 30 m.
P-46.
P 19-50.
(a) Mostre que, se os comprimentos de duas barras
de materiais diferentes são inversamente proporcionais Uma barra composta, de comprimento L = L1 + L2 ,
aos seus respectivos coeficientes de dilatação linear, à é feita de uma barra de material 1 e comprimento L1 ,
mesma temperatura inicial, a diferença em comprimento ligada à outra de material 2 e comprimento L2 (Fig. 19-
entre elas será a mesma, a todas as temperaturas. (b) 18). (a) Mostre que o coeficiente de dilatação efetivo
Quais devem ser os comprimentos de uma barra de aço para esta barra é
e outra de latão a 0 o C, tais que, a qualquer temperatura, (α1 L1 + α2 L2 )
a diferença de comprimento seja 0.30 m? α= .
L
I (a) À temperatura inicial, considere-se os compri- (b) Usando aço e latão, dimensione uma barra composta
mentos das duas barras dados por: de 52.4 cm e o coeficiente de dilatação linear efetivo
N N 13 × 10−6 o C −1 .
L1o = e L2o = ,
α1 α2 I (a) A variação no comprimento da barra composta é
dada por
onde N é a constante de proporcionalidade.
Quando a temperatura varia de um ∆T , tem-se: ∆L = ∆L1 + ∆L2
N N = L1 α1 ∆T + L2 α2 ∆T
L1 = + N ∆T e L2 = + N ∆T = (L1 α1 + L2 α2 ) ∆T
α1 α2
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Por outro lado, também temos que Quando a temperatura muda, todas as três quantidades
que aparecem em y também mudam, sendo tal mudança
∆L = L α ∆T = (L1 + L2 ) α ∆T. dada por
Igualando-se as duas expressões para ∆L obtemos que
∂y ∂y ∂y
L1 α1 + L2 α2 = (L1 + L2 ) α, ou seja, que ∆y = ∆ρA + ∆ρM + ∆L
∂ρA ∂ρM ∂L
L1 α1 + L2 α2
α= . L ρA L ρA
L = ∆ρA − 2 ∆ρM + ∆L.
ρM ρM ρM
(b) Reescrevendo a expressão acima e usando o fato que
L2 = L − L1 , obtemos Primeiro, consideremos a mudança da densidade do
Lα = L1 α1 + (L − L1 )α2 , alumı́nio. Suponhamos que uma massa M de alumı́nio
ocupe um volume VA . A densidade sera, portanto,
que nos da, com α1 = 11 × 10−6 e α2 = 19 × 10−6 , ρA = M/VA , sendo a variação da densidade dada por
α − α2 13 − 19
L1 = L = (0.524) dρA M ρA
α1 − α2 11 − 19 ∆ρA = ∆VA = − 2 ∆VA = − ∆VA .
dVA VA VA
(3)(0.524)
= = 39.3 cm, Como sabemos que ∆VA = 3αVA ∆T , encontramos
4
onde já simplificamos o fator comum 10−6 que aparece ∆ρA = −3αρA ∆T,
no numerador e denominador da fração. Finalmente,
onde α representa o coeficiente de expansão linear do
L2 = L − L1 = 52.4 − 39.3 = 13.1 cm.
alumı́nio.
É claro que este valor também poderia ter sido obtido Segundo, de modo análogo, para o mercúrio temos
independentemente, subsituindo-se L1 = L − L2 na ex-
ρM
pressão acima para α: ∆ρM = − ∆VM .
VM
α1 − α 11 − 13
L2 = L = (0.524) Agora porém, como tratamos com um lı́quido e não
α1 − α2 11 − 19
de um sólido como acima, ∆VM = βVM ∆T , onde
0.524 β representa o coeficiente de expansão volumétrica do
= = 13.1 cm.
4 mercúrio. Portanto
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I Solução alternativa: Para o bloco flutuando no Substituindo a Eq. (3) na Eq. (2) temos:
mercúrio a 270 K, pelo Princı́pio de Arquimedes, tem-
se: ∆ρHg y + ∆y ρHg = − 3 ∆L ρAl + ∆L ρAl
mAl g = E = ρHg L2 y g ∆ρHg y + ∆y ρHg = − 2 ∆L ρAl
3 2 ∆ρHg = − β ρHg ∆T
ρAl L g = ρHg L y g,
ou seja, − β ρHg ∆T y + ∆y ρHg = − 2 ∆L ρAl
ρAl
y= L. (1)
ρHg Trazendo o resultado da Eq. (1) para y:
3 3 4
Para ρAl = 2.7 × 10 kg/m e ρHg = 1.3 × 10 ρ
Al
kg/m3 , a equação (1) fornece y = 0.04 m, ou seja, o − βρHg ∆T L + ∆y ρHg = − 2 ∆L ρAl
cubo está com 20% da sua aresta submersa. Mas todas ρHg
as quantidades envolvidas na equação (1) variam com a
temperatura:
βLρAl ∆T − 2LαAl ∆T ρAl
∆ρHg y + ∆y ρHg = ∆ρAl L + ∆L ρAl . (2) ∆y =
ρHg
É claro que a massa do cubo não varia com a temper- ρAl
atura: ∆y = L β − 2αAl ∆T
ρHg
mAl = ρAl L3 ,
∆mAl = ∆ρAl L3 + 3 L2 ∆LρAl = 0 Introduzindo os valores das quantidades na equação
acima, obtém-se, finalmente,
3 L2 ∆L ρAl = − ∆ρAl L3
L ∆ρAl = − 3 ρAl ∆L (3) ∆y = 2.66 × 10−4 m = 0.266 mm.
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