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CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ÓPTICA

ÓPTICA GEOMÉTRICA

Óptica Geométrica tem como objetivo demonstrar o comportamento da


luz quando se propaga em um meio, quando incide em uma superfície (a
atinge) e os fenômenos associados a isso. Consequentemente, por estar
relacionada ao comportamento da luz, a Óptica Geométrica está associada
ao estudo da visão, da formação das cores, imagens, entre outros
assuntos.

A Luz é a grandeza que possui a maior velocidade, sendo algo em torno


de 299.792.458 m/s. Geralmente, para facilitar os cálculos, aproxima-se
esse valor para 300.000.000 m/s (3.108 m/s) ou 300.000 km/s (3.105 km/s).
A distância percorrida pela luz em um ano é chamada de ano-luz, sendo
que um ano-luz cobre uma distância de aproximadamente 9,46.10¹¹ km ou
9,46.1014 m
.
● A luz se propaga de três maneiras: feixe paralelo, feixe divergente
ou feixe convergente.
● Feixe paralelo: os raios de luz são paralelos uns com outros, sem
ângulos de abertura para separá-los no decorrer da propagação no
meio. Essa forma é muito utilizada em holofotes ou lanternas para
mergulho.
● Feixe divergente: há um ângulo de abertura entre os raios de luz
que faz com eles se separem à medida que se propagam no meio.
Exemplos desse feixe são as lâmpadas domésticas ou lanternas
comuns.
● Feixe convergente: ocorre quando raios de luz se aproximam no
decorrer da propagação. Para esse efeito, é necessário algum tipo
de lente. Projetar a luz do Sol em uma lupa para causar a combustão
em pequenos pontos é um exemplo disso.
Princípios da Óptica Geométrica

A Óptica Geométrica possui três princípios (leis) que demonstram como


ocorre a propagação da luz em um meio.

● Primeira lei — Propagação retilínea da luz: seu enunciado diz


que “em um meio homogêneo, a luz sempre percorre uma linha
reta”. Portanto, a menos que a luz troque de meio (do ar para a
água, por exemplo) ou se aproxime de algo que distorça
grandemente o meio, como um buraco negro ou um corpo muito
massivo, ela não faz curvas, se mantendo sempre retilínea.
● Segunda lei — Independência dos feixes de luz: seu
enunciado diz que “quando se cruzam, dois ou mais raios de luz
não se interferem”. Quando dois feixes luminosos se cruzam, não
acontece interferência destrutiva. O que ocorre, no máximo, é
uma superposição de ondas. Quando dois feixes incidem no
mesmo lugar, ele só ficará mais iluminado.
● Terceira lei — Reversibilidade do trajeto da luz: seu enunciado
diz que “a trajetória de um raio de luz não muda quando seu
sentido é invertido”. Isso significa que o caminho que a luz
percorre para ir do ponto A até o ponto B é exatamente o mesmo
que ela faz para ir de B até A.

Tipos de meios ou superfícies na Óptica Geométrica

Para a Óptica Geométrica, as superfícies onde a luz é incidida são


classificadas de três formas. A classificação varia de acordo com a forma
como elas possibilitam que a luz as transpassem.
● Superfícies transparentes: são aquelas que permitem que os
raios de luz passem totalmente. Para uma superfície ser
considerada transparente, a imagem vista através dela e sem ela
deve ser exatamente a mesma, sem deformação alguma. Alguns
exemplos são o ar, o vácuo (meio com ausência até mesmo de
gases) e certos tipos de vidro.
● Superfícies translúcidas: caracterizadas por permitir
parcialmente a passagem dos raios de luz. Exemplos delas são
os óculos de Sol, vidros coloridos e sacolas de plástico.
● Superfícies opacas: são as superfícies que não permitem a
passagem dos raios de luz. Exemplos desse tipo de meio são
tijolos, madeira, PVC e cerâmicas.

Fenômenos da Óptica Geométrica

Quando a luz é projetada sobre uma superfície, é possível observar alguns


tipos de fenômenos. Os principais deles são reflexão, refração e absorção.

● Reflexão

Na reflexão, a luz incide em uma superfície e retorna ao mesmo meio.


Quando o ângulo formado pelo raio incidente é igual ao do raio refletido,
ocorre a reflexão regular. É o que ocorre quando alguém se posiciona em
frente a um espelho, ou seja, a imagem é igual ao objeto. Se os ângulos
forem diferentes, ocorre a reflexão difusa ou irregular. Isso implica que a
imagem terá deformações em comparação com o objeto. Exemplos disso
são o reflexo do papel alumínio ou do vidro das janelas de automóveis.
● Refração

A refração ocorre quando a luz passa de um meio para outro — do ar


para a água ou do ar para o vidro, no caso dos óculos, por exemplo.
Quando a luz passa, ela sofre um desvio em sua trajetória. O ângulo do
desvio depende do tipo de meio onde estava e do tipo do meio para o qual
atravessou.

Esse é o fenômeno observado em óculos de correção visual, em


retroprojetores e em recipientes com água que contenham um objeto
dentro.
SOMBRA, PENUMBRA e ECLIPSE.

EXERCÍCIOS

1) O fenômeno e o princípio da Óptica Geométrica que está associados


a um motorista ver o passageiro no banco de trás pelo retrovisor e o
passageiro ver o motorista pelo mesmo espelho são:

a) refração e independência dos feixes de luz.


b) transparência e propagação retilínea da luz.

c) reflexão e independência dos feixes de luz.

d) reflexão e reversibilidade do trajeto da luz.

e) absorção e reversibilidade do trajeto da luz.

2) Quais são os meios de propagação da luz?

3) Considere as seguintes afirmativas.

I. Os meios transparentes são meios em que a luz os percorre em


trajetórias bem definidas, ou seja, a luz passa por esses meios
regularmente.

II. Nos meios translúcidos, a luz não se propaga. Esses meios absorvem e
refletem essa luz, e a luz absorvida é transformada em outras formas de
energia.

III. Nos meios opacos, a luz não passa por eles com tanta facilidade como
nos meios transparentes: sua trajetória não é regular.

É(são) verdadeira(s):

a) apenas I
b) apenas II
c) apenas III
d) I e III
e) II e III

Sombra, penumbra e eclipse


Espelhos planos

Espelhos planos são superfícies que refletem a luz de forma regular.


Quando alguma fonte de luz os ilumina, é possível observar a formação de
imagens virtuais, “atrás” da superfície do espelho. Tais imagens, por sua
vez, são formadas quando dois prolongamentos de raios luminosos
cruzam-se, dando origem a imagens que são virtuais, direitas e que
apresentam o mesmo tamanho do objeto.

Associação de espelhos planos


A associação de espelhos planos é feita alinhando-se dois espelhos
com um certo ângulo α, medido em relação à direção normal à superfície
dos espelhos, como mostramos na figura a seguir:

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