Você está na página 1de 6

Química Geral Experimental, Turma A, Engenharia Elétrica, Exp. N° 2, 2024.

“Titulação Ácido-base”

Carlos André dos Santos, Vinicios Rafael Soares dos Snatos Carlos, Maria Clara Barbosa da Silva
Instituto Federal de Alagoas, campus Palmeira dos Índios, CEP 57608-180, Palmeira de Fora, Palmeira dos Índios – AL, Brasil.

Realizado em 11 /03 /2024

RESUMO
No experimento desenvolvido em laboratório nós vimos uma importante operação laboratorial chamada titulação, na qual, a
partir de uma solução de composição e concentração conhecidas, nós podemos obter a concentração de outra solução,
utilizando como princípio o equilíbrio químico.
Uma vez que ao adicionarmos uma quantidade mínima de excesso do titulante, observamos que o mesmo reage com o
indicador visual, podemos considerar o ponto final do experimento (mudança de cor do indicador) como praticamente igual
ao ponto de equivalência que nada mais é do que o equilíbrio da reação do titulado com o titulante

INTRODUÇÃO 250mL, uma balança analitica, um erlenmeyer de 250 mL, uma


bureta de 50 mL, uma pisseta, uma proveta de 50mL, bastão de
Em um primeiro momento a partir das instruções dadas pelo Dr. vidro. Após isso os alunos vestiram os equipamentos de
Prof. Carlos Jonnatan Pimentel Barros, auxiliado pelo técnico proteção indicados. Então, a atividade inicia-se com anotações
de laboratório presente no momento, orientaram os alunos nos feitas em um material pré laboratório sobre estequiometria
seguintes procedimentos e educando os alunos a usarem os básica, concentração e rendimento
equipamentos de precisão adequados para os procedimentos em (https://www.youtube.com/watch?v=lHaNpSqdabs), nesse
laboratório; no momento foram utilizados o jaleco, mas sempre momento foram necessários o uso de caneta e papel A4,
com o uso de calça e sapatos fechados para evitar possíveis disponibilizado pela instituição na pessoa do professor
acidentes. Foram usados os seguintes materiais: um béquer de responsável. Após isso, tomamos como primeira tarefa
250mL, um balão volumétrio de 250mL, uma balança análitica, descobrir a concentração da solução de hidróxido de
um erlenmeyer de 250 mL, uma bureta de 50 mL, uma pisseta, sódio(NaOH) e para isso realizamos uma titulação de hidróxido
uma proveta de 50mL, bastão de vidro (ver imagem 1). O de sódio(NaOH) e hidrogeno ftalato de potássio(KHP).
seguinte experimento tem como intuito o aprendizado e a Com isso, para a titulação de NaOH e KHP, precisamos
obtenção de prática em atividades laboratoriais, sendo realizado preparar primeiro a solução de NaOH , assim, pesamos em uma
em laboratório destinado a atividades laboratoriais de química, balança semianalítica cerca de 1g(1,0040) (ver imagem 2), em
para o experimento é necessário a imersão dos alunos acerca do um béquer dissolvemos em cerca de 50mL de água destilada.
conhecimento básico necessário para a condução do Em seguida passamos a solução para um balão volumétrico de
experimento; Estequiometria básica 250mL , completamos o volume com água destilada e a
(https://www.youtube.com/watch?v=lHaNpSqdabs). agitamos para homogeneizar a solução, mantendo o recipiente
As reações de neutralização são importantes em um fechado para evitar a reação do NaOH com o CO2 da
procedimento de laboratório conhecido como titulação ácido- atmosfera e partimos para a próxima etapa.
base, no qual a concentração molar de um ácido em uma Com a solução de NaOH pronta, iniciamos o preparo da solução
solução aquosa é determinada pela adição vagarosa de uma de KHP, calculamos a massa de KHP necessária para reagir
solução básica de concentração conhecida na solução do ácido. com 20mL da solução de 0,1M de NaOH(calculado no pré-
A solução da base é usualmente transferida por um tubo de laboratório), pesamos em uma balança analítica cerca
medição chamado bureta, e a adição desta solução é de(0,4084g) três vezes (ver imagens 3, 4 e 5).
interrompida no ponto em que o número de mols de íons H+ do Em seguida, transferimos cada amostra de KHP para um
ácido é igual ao número de mols de íons OH- da base, que erlenmeyer de 250mL e a dissolvemos em cerca de 100mL de
foram misturados. A bureta permite medir o volume de base água destilada, acrescentando duas gotas de fenolftaleína a 1%.
adicionado, e esse volume, juntamente com a concentração da Após preparar as soluções de KHP, preparamos uma bureta,
solução de base e o volume da solução de ácido, permite lavando-a bem com aproximadamente 5mL da solução de
calcular a concentração da solução de ácido. Tendo como NaOH, para que a contentração da solução de NaOH não seja
objetivo descobrir o teor de ácido acético no vinagre e alterada quando ela for posta na bureta. Enchemos a bureta com
apresentar a maior precisão com o uso de balanças de a solução de hidróxido de sódio até um pouco acima do zero e
precisão, além da aplicação dos conhecimentos acerca do prosseguimos zerando a bureta, rapidamente a torneira para
expulsar todo o ar da sua extremidade, desprezando o volume
uso dos materiais e dos conceitos matemáticos estudados
que escorrer, realizando a leitura com os olhos no nível do
em um momento anterior. menisco. Tomamos o erlenmeyer com o KHP e colocamos
embaixo da bureta, percebendo as variações na cor da solução.
Adicionando aos poucos a solução de NaOH, manipulando a
PARTE EXPERIMENTAL torneira com uma das mãos e agitando suavemente o
. erlenmeyer com a outra. À medida que o ponto final vai se
Afim de agilizar e facilitar o processo experimental, na mesa aproximando, a cor rosa da fenolftaleína parecerá cada vez mais
laboratorial estava presente os materiais que seriam utilizados persistente, aqui consideramos o ponto de virada e paramos,
no seguinte experimento, acima da mesa estavam os seguintes anotando as informações e repetindo o processo mais duas
materiais: um béquer de 250mL, um balão volumétrio de
vezes.
Partindo para a titulação do vinagre, colocamos cerca de 30mL
de vinagre em um béquer limpo e seco. Lavamos uma pipeta TABELA COM OS VOLUMES DE NAOH
volumétrica de 5mL com um pouco de vinagre, desprezando-o GASTOS NAS TITULAÇÕES DE KHP (ML)
após isso, medimos cerca de 5mL de vinagre com a pipeta
volumétrica e os transferimos para um erlenmeyer de 250mL, 1ª Titulação 20,7
acrescentando aproximadamente 50mL de água destilada
2ª Titulação 20,9
medidos em uma proveta, adicionamos duas gotas de
fonlftaleína a 1% e titulamos. 3ª Titulação 21,1
Enchemos a bureta com a solução de hidróxido de sódio até um Média 20,9
pouco acima do zero e prosseguimos zerando a bureta, Tabela 1. Volume do NaOH correspondente a cada
rapidamente a torneira para expulsar todo o ar da sua solução.
extremidade, desprezando o volume que escorrer, realizando a
leitura com os olhos no nível do menisco.
Tomamos o erlenmeyer com o vinagre e colocamos embaixo da GRÁFICO COM OS VOLUMES DE NAOH
bureta, percebendo as variações na cor da solução. Adicionando GASTOS NAS TITULAÇÕES DE KHP (ML)
aos poucos a solução de NaOH, manipulando a torneira com
uma das mãos e agitando suavemente o erlenmeyer com a outra.
À medida que o ponto final vai se aproximando, a cor rosa da
fenolftaleína parecerá cada vez mais persistente, aqui
consideramos o ponto de virada e paramos, anotando as
informações e repetindo o processo mais duas vezes.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A – Padronização da solução do NaOH

Para cada uma das três titulações, calculamos a concentração da


solução de NaOH. Se nA é o número de moles de KHP, o Gráfico 1. Volume do NaOH correspondente a cada
número de moles de NaOH que reagiram também 18 nA, solução.
porque a estequiometria desta reação é de um para um. A
concentração de hidróxido de sódio será portanto nA/VB, onde Utilizamos: C = n/V 
VB é o volume de solução de NaOH empregado na titulação.
C = Concentração
TABELA COM AS MASSAS n = Número de mols
ENCONTRADAS DE KHP

Erlenmeyer Massa de KHP(g)


1 0,4096
2 0,4085
3 0,4084
Tabela 1. Massa do KHP correspondente a cada solução.

Utilizamos: n:m/MM 
n = Número de mols
V = Volume
m = Massa (g)
Utilizamos a equação abaixo, calculamos a concentração
MM = Massa molar molar (M) da solução de NaOH: 0,09226

( M x V )ácido = ( M x V )base

B – Titulação do ácido acético

A substância utilizado na titulação foi o vinagre. As


titulações das três soluções contendo o vinagre
preparadas em três erlenmeyers distintos, foram feitas do
mesmo modo que foi feita na parte 1 do experimento. O
volume utilizado de NaOH para a titulação de cada
Para a concentração, utilizamos: solução estão descritos na tabela a seguir.
TABELA COM OS VOLUMES DE NAOH
GASTOS NAS TITULAÇÕES DE VINAGRE
(ML)
1ª Titulação 43,6 
2ª Titulação 44,4
3ª Titulação 44,5 Utilizamos a equação abaixo para calcular o teor (%) de ácido
acético no vinagre analisado: 5,14 %
Tabela 2. volume de NaOH adicionado

GRÁFICO COM OS VOLUMES DE NAOH


GASTOS NAS TITULAÇÕES DE VINAGRE
(ML)

Onde temos:

M = Concentração molar
V = Volume

Gráfico 2. Volume do NaOH correspondente a cada


solução.

A concentração molar (M) do ácido acético no vinagre que 


analisamos é: 0,004251

Usa mos a formula:

( M x V)ácido = 10 x ( M x V) base
Sendo:
M = Massa molar
V = volume



CONCLUSÃO 3) Na preparação da solução quando você dissolveu o
NaOH e transportou para um balão volumétrico de 100
mL, após a adição de água, se o volume ultrapassar a
marca do 100 mL, isto tem importância.

QUESTÕES

1) Afinal, sua amostra de vinagre está dentro da lei ou


não?
R: Está dentro da lei, pois a lei permite de 4% a 6% de teor de
ácido acético no vinagre e conseguimos provar que este tem

cerca de 5,14%

2) O NaOH não pode ser usado como padrão primário


porque absorve água da atmosfera. Esse fenômeno tende
a resultar em soluções mais diluídas ou mais
concentradas do que o esperado? Por quê?

R: Mais diluidas , pois o NaOH reage com muita facilidade


com a água da atmosfera e como a água é a substância
resultante das reações.
Outro fator pelo qual a solução se torna mais diluída é
explicado pela reação (3), quando a reação entre a água contida
na atmosfera e o NaOH se resume a troca de íons, e a primeira
torna-se líquida.
REFERÊNCIAS E NOTAS

Vídeos:
1. https://www.youtube.com/watch?v=V8ZZjLTHuKs

2. https://www.youtube.com/watch?v=T18OQAWtcx4

3. https://www.youtube.com/watch?v=lHaNpSqdabs

4. SILVA, R. R.; BOCCHI, N.; ROCHA-FILHO, R. C.,


Introdução à química experimental. São Paulo: Mcgraw-
Hill, 1990.

5. SKOOG, A. S. et al. Fundamentos de química


analítica. São Paulo: Ed. Thomson Learning, 2005.

Páginas da Internet:
6. https://www.preparaenem.com/quimica/titulacao.htm.
Acervo do autor.

Imagens:

(Imagem 1)
(Imagem 3)

Acervo do autor.

Acervo do autor.

(Imagem 2)

(Imagem 4)
IMPORTANTÍSSIMO

 Não esquecer de sinalizar a referência no texto.


 Não esquecer de legendar tabelas e gráficos (quando
houverem).

Acervo do autor.

(Imagem 5)

Acervo do autor.

Você também pode gostar