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PERPASSO SOBRE O DESENVOLVIMENTO POSITIVO DO JOVEM EM TORNO DO

MUNDO

O indivíduo, em toda sua unidade possui extremas particularidades e é moldado


constantemente, tanto pelo ambiente em que suas interações sucedem, quanto por suas
composições genéticas e experiências degustadas no decorrer de sua vida, em consonância a
teoria do sociointeracionismo do psicólogo Lev Vygotsk. Assim, análogo ao sistema de formação
do ser, são as nações, de modo que suas culturas, linguagens, politicas, valores, religiões e
bagagens sócio-históricas possuem simbioses, aspectos e naturezas especificas. Desse modo,
embora o Desenvolvimento Positivo dos Jovens, seja um campo contemporâneo e em ascensão,
nota-se que este floresce e se fortalece constantemente ao redor do mundo, uma vez que
segundo Rodrigues e Franco, foram identificados estudos e pesquisas acerca do DYP em nove
países diferentes – EUA; África; Brasil; México; Itália; Espanha; Malásia; Colômbia; Israel –, além
disso, apontou-se ainda programas que promovem os aspectos positivos da juventude em
quatro continentes diferentes – África; América Latina; Europa; Ásia –, conforme William e
Dimitrova (nota de rodapé 1).

Consequentemente, apesar de existirem competências universais (nota de rodapé 2 –


5C’s) a serem trabalhadas e perscrutadas para a efetivação do bem-estar progressivo juvenil,
entende-se a crucialidade da ponderação e consideração das pluralidades antropológicas da
orbe, para que a aplicação do DYP, seja não só adequada ao contexto sociocultural e ideológico
em que o adolescente está inserido, bem como se torne mais igualitária e, similarmente, as
singularidades de cada território seja um baluarte usado no fortalecimento dos programas do
Desenvolvimento Positivo do Jovem. Ademais, através desta amálgama, será possível igualmente
que os estudos do DPJ sejam robustecidos, difundidos e afunilados, de acordo com a localização
geoespacial, etnocêntrica e social em que os mesmos são concebidos.

Neste sentido, é fulcral que, inicialmente, seja abordada convenções que são arcabouço
do ocidente e oriente mundial. Dessa maneira, as tradições ateniense e judaico-cristã seriam a
base do lado ocidental, enquanto a região oriental possui em seus pilares o taoísmo (China), o
hinduísmo (Sudeste Asiático), o budismo (Japão) e o confucionismo (Chinês), consoante as
identificações dos psicólogos Charles R. Snyder, Shane J. Lopez e Jennifer T. Pedrotti. Logo, por
mais que todas estas vertentes possuam suas originalidades, faz-se indubitável a percepção de
que as primeiras, promovem a concepção do individualismo, a valorização da modernidade
liberal e de virtudes que gerem um comportamento apropriado perante a comunidade, em
contrapartida a segunda é sustentada fundamentalmente pelo ideal coletivo, a conduta como
maneira de alcançar a iluminação, seguido por uma valorização da descentralização política.
Destarte, torna-se óbvio que a criação familiar, o modo de aprendizagem, os hábitos cultivados,
os valores, as crenças e as legislações impostas às crianças e aos adolescentes, ocorrerão
divergentemente em cada localidade.

Isto posto, em uma visão microcósmica foi discernido métodos específicos educativos
para o avanço juvenil de cada país, em especial, na União as investigações são direcionadas a fim
de orientar uma política familiar e paternidade positiva (nota de rodapé 3), já em Portugal há
uma sinalização que se volta para a relação entre o DPJ e os desportos (nota de rodapé 4),
enquanto nos Estados Unidos as explorações do progresso otimista juvenil se estendem e são
empregues com maior ocorrência, no tratamento dos Transtornos do Espectro Autista e Paralisia
Cerebral (nota de rodapé 5), somado aos fatos tem-se a ação em Hong Kong de instituições
educacionais rumadas para o contentamento da vida e redução de comportamentos tóxicos dos
adolescentes. De imediato, ao visualizar estudos macroscópicos, a professora de Psicologia Social
Nora Wiium, demonstra o projeto transnacional Positive Youth Development Cross-National –
2014, iniciado na Universidade Bergen, ao qual seu objetivo se dá por meio do Desenvolvimento
Positivo do Jovem e a Teoria Bioecológia de Bronfenbrenner (nota de rodapé 6), em elaborações
e observações com jovens que estão em contextos socioculturais distintos (nota de rodapé 7 – o
programa abrangeu 20 países divergentes – na Ásia, África, Oriente Médio, América Latina e do
Norte) , afim de tornar este artigo mais conciso e objetivo, optou-se por demonstra os seis
principais métodos e resultados peculiares de cada nação) e destinar o Desenvolvimento Positivo
do Jovem também à contextos em que é pouco ou nunca foi explorado e possuam baixo nível de
poder econômico, em seguimento houve o exame do auto comportamento juvenil e as suas
relações com a escola, comunidade e família.

Assim, foi arrematado na aplicação, primeiramente, por meio da avaliação de ativos


internos e externos, na Noruega, Itália e Turquia, uma relação entre resultados benéficos e a
escolaridade dos pais, unido a percepção de que indivíduos juvenis noruegueses – em especial
o gênero feminino – e turcos, se sobressaíram mais através dos ativos externos do que os
italianos. Por este ângulo, acrescido das estratégias de história de vida (LHS), foi refletido em
Xangai, uma correlação entre condições históricas e ambientais propícias ao desenvolvimento
de ativos internos também favoráveis. Em terceira instancia, por meio de uma versão adaptada
houve um espelhamento dos 40 recursos progressivos de Benson (nota de rodapé 8), em três
regiões da África Subsaariana: Gana, Quênia e África do Sul, de maneira que correu uma
associação retroativa entre bons desempenhos acadêmicos e relacionamento com os ativos.
Para mais, em El Salvador, descobriu-se que jovens amparados pelos métodos do DYP, estão mais
propensos a sentir transcendências espiritual e de caráter. Por fim, na Eslovênia foram analisados
os 5C’s (nota de rodapé 9) com realizações no campo das ciências exatas, as quais foram
constatados uma associação negativa com o cuidado e conexão ao desenvolvimento
matemático, mas positiva quando a confiança também era desenvolvida.

Logo, sete anos depois, em 2021 a UNICEF realizou o projeto Infância Transformadora
em 21 países, nele foi sondado que na Indonésia 82% dos jovens são mais otimistas em relação
ao Mali, onde apenas 29% dos jovens acreditam que mundo está se tornando um lugar melhor,
junto do fato foi verificado que os jovens mais ansiosos se encontram nos Estado Unidos, na
França e na Alemanha, somado as informações há, ainda, a informação de que 67% dos
adolescentes do alemães se identificam mais com o mundo do que com o seu país, enquanto
em Bangladesh tal estimativa é de 3%.

À vista disto, engendra iniludivelmente que desde os primórdios os alicerces


sociológicos, antropológicos, geográficos, filosóficos e linguísticos que são as raízes das nações e
dos seres humanao são múltiplos, divergentes e, até mesmo, antagônicos em nível mundial, de
modo que com o decorrer temporal tempo está pluralidade se mantem. Outrossim, a
globalização carrega consigo as mesclagens socioculturais, o intercambio de pessoas e a
imigração, o que torna o indivíduo cada vez mais heterogêneo. Isto posto, sob o telescópio da
transnacionalidade do DPJ, faz-se necessário que se compreenda minuciosamente o contexto da
localidade, antes da aplicação de constructos universais. Logo, o Desenvolvimento Positivo dos
Jovens sob um viés internacional, deve se dar inclusive de maneira transdisciplinar e em diversas
áreas de um só país, para que o avanço interno, externo, educacional e profissional do
adolescente seja, acima de tudo, equalitário. Ademais, acima das reduções dos hábitos de riscos
juvenis serem atenuados, tal-qualmente será possível que docentes estejam equipados de forma
proeminente, ao encarar questões da evolução comportamental e aproveitamento acadêmico,
das abundantes naturezas de seus alunos.

Tal situação, também seria uma abertura para ao reconhecimento mundial


governamental da crucialidade na relação psicologia e educação. Destarte, entende-se a
necessidade de lideres e personalidades do sistema político, somada ao empenho de cientistas,
pesquisadores e sociólogos na prosperidade do DPJ, de modo Petersen, Leman e Smith (nota de
rodapé 10) afirmam que “a ciência de alta qualidade pode melhorar a eficácia das intervenções.
Contudo, há, sem dúvida, a necessidade de relações ainda mais estreitas entre teóricos,
formuladores de políticas e profissionais não apenas para estabelecer um conjunto comum de
conceitos, teorias e linguagem, mas também para identificar os existentes e novas áreas onde as
intervenções do PYD podem ter um impacto positivo”.

Por conseguinte, avista-se que o sortimento de medidas confiáveis auxiliam os


pesquisadores a ter consciência ora das generalidades, ora das particularidades contextuais e
transformadoras do desenvolvimento, de modo a coadjuvar, para mais, em inovações do DPJ e
seus fomentos, na medida que ao ser aplicado em âmbitos plurais, estes promoverão o
progresso de seus adolescentes e, consequentemente, também o ampliar do Desenvolvimento
Positivo do Jovem, realizar-se-á, assim, um ad infinitum do programa.

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