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Ciências Humanas, Arte, Matemática

#quem_divide_multiplica

Ciências Humanas e Sociais Aplicadas


e Matemática e suas Tecnologias

Indicadores Sociais: o que isso muda

ar
na minha vida ?
Unidade Curricular 6

in
im
el
Pr
ã o
rs
Ve
Ve
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o
Pr
el
im
in
ar
Sumário

Apresentação do MAPPA 5
Apresentação da Unidade Curricular 6
De olho na geometria! 7
Percurso integrador 8
Quadro integrador 9
Componente 1 O impacto de indicadores em seu projeto de vida 10
Introdução 10
Atividade 1 12

ar
Atividade 2 14
Atividade 3 17

in
Atividade 4 19
Atividade 5 22

Introdução im
Componente 2 Leitura e interpretação de dados socioeconômicos 25
25
el
Atividade 1 26
Atividade 2 28
Pr

Atividade 3 30
Atividade 4 32
Atividade 5 34
o

Componente 3 [Geometria criativa] 37


ã

Introdução 37
Atividade 1 38
rs

Atividade 2 40
Atividade 3 42
Ve

Atividade 4 44
Atividade 5 46
Apresentação do MAPPA
Professor, o conteúdo que você tem em mãos é o Material de Apoio ao
Planejamento e Práticas do Aprofundamento (MAPPA), ou em outras palavras,
o seu guia para a implementação da parte flexível do Currículo do Novo Ensino
Médio do Estado de São Paulo: os Aprofundamentos Curriculares.
Nas páginas a seguir, você encontrará informações e orientações para o
desenvolvimento das Unidades Curriculares que compõem este
aprofundamento. Cada Unidade Curricular é composta por tópicos inéditos, os
quais foram idealizados pensando nos professores da(s) área(s) de

ar
conhecimento específica(s) deste aprofundamento. Por isso, para apoiar seu
trabalho no componente escolhido, além das orientações gerais, você contará
também com sequências de atividades. Cada uma dessas atividades tem

in
duração média prevista de quatro semanas, e seu objetivo principal é o de
oferecer aprendizagens contextualizadas que favoreçam o aprofundamento das

im
competências e das habilidades da Formação Geral Básica e o
desenvolvimento das habilidades dos eixos estruturantes (investigação
científica, processos criativos, mediação e intervenção sociocultural e
empreendedorismo). Além disso, por meio dessas práticas, que têm como
el
finalidade o apoio à formação integral, os estudantes terão a oportunidade de
desenvolver aprendizagens que contribuam com os seus interesses e suas
Pr

necessidades particulares, articulando, ainda, seus estudos com os Temas


Contemporâneos Transversais, os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável,
seus respectivos Projetos de Vida, as possibilidades mediante o mundo do
trabalho e as suas perspectivas para com o ingresso no Ensino Superior.
o

Sendo assim, com o intuito de melhor apoiá-lo na organização do seu


cronograma, projetos e planejamento das aulas, bem como o de assegurar o
ã

percurso e a integração prevista para os componentes de cada Unidade


rs

Curricular, você encontrará neste material propostas e sugestões de atividades,


com suas respectivas orientações, para o desenvolvimento de suas aulas. É
importante lembrar que você, juntamente com toda sua equipe escolar, tem
Ve

liberdade para selecionar as atividades e materiais que sejam mais adequados


à sua realidade local, levando em conta também adaptações inclusivas para
melhor atender os estudantes elegíveis aos serviços da Educação Especial.
Ademais, você e sua equipe escolar podem planejar e organizar o tempo de
cada percurso e integrações possíveis entre os componentes, tendo em vista
os objetivos, as competências, as habilidades e os objetos de conhecimento
propostos.
No início das orientações de cada um dos componentes, você encontrará uma
breve introdução do que será desenvolvido, os objetos de conhecimento, as
competências e habilidades em foco e o(s) eixo(s) estruturante(s) que está(ão)
no centro do percurso. Ainda para apoiá-lo nesse processo, você encontrará
atividades-exemplo, com sugestões de sequências de práticas, materiais de
apoio, dicas para momentos de integração com os demais componentes e
momentos de diferentes tipos de avaliação e autoavaliação. Muitas dessas
informações aparecerão em boxes denominados de “Saiba Mais”, “De olho na
integração” e “Avaliação”, que serão sinalizados nos textos com o intuito de
apresentar conteúdos complementares. Você pode seguir, adaptar, ampliar ou
usar essas atividades como inspiração para o seu planejamento. Lembre-se
sempre disto: seu protagonismo, seus conhecimentos e experiências, assim
como os de seus colegas, são fundamentais para o êxito de todos ao longo
deste percurso.

ar
in
im
el
Pr
ã o
rs
Ve
Apresentação da Unidade
Curricular
A Unidade Curricular Indicadores Sociais: o que isso muda na minha vida?
propõe o estudo integrado entre as áreas de Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas e Matemática e suas Tecnologias, promovendo, de forma articulada
e contextualizada, o aprofundamento das habilidades da FGB (Formação Geral
Básica) e o desenvolvimento das habilidades específicas dos eixos

ar
estruturantes das áreas que o compõem.

Nesta unidade, os estudantes terão a oportunidade de investigar, interpretar e

in
analisar alguns indicadores socioeconômicos e como eles podem influenciar na
concretização do projeto de vida auxiliando-os no exercício consciente de seu
papel enquanto cidadãos participativos refletindo sobre sua prática e de sua

im
comunidade. Nesse contexto, o estudante será desafiado a analisar e
comparar diferentes indicadores socioeconômicos em diferentes realidades, a
desenvolver atividades investigativas, empreendedoras e criativas, objetivando
el
o planejamento e execução não só de uma pesquisa amostral para as
produções de vídeos em formato elevator pitch, a serem apresentadas em um
evento de Festival de Curtas. Objetiva-se também a realização de um
Pr

seminário sobre indicadores socioeconômicos e a escrita de uma carta em


defesa de políticas públicas no município ou região da escola.
o
r sã
Ve
Indicadores Sociais: o que isso muda na
minha vida?

ar
in
im
el
Pr
o

r
Ve
Percurso integrador
O percurso que integra as áreas de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
e Matemática e suas Tecnologias considera de forma articulada e contextualizada
as habilidades específicas dos eixos estruturantes de Investigação Científica,
Processos Criativos, Mediação e Intervenção Social e Empreendedorismo nas
atividades propostas pelos componentes curriculares.

O componente curricular O impacto de indicadores em seu projeto de vida


tem como objetivos investigar, interpretar e analisar situações que envolvem os

ar
indicadores socioeconômicos no contexto da Ciências Humanas Sociais e
Aplicadas. Para isso, foram propostas atividades de pesquisas em fontes
confiáveis, criação de índices, análises estatísticas com utilização de planilhas

in
eletrônicas a partir dos conhecimentos matemáticos, com o propósito de
desenvolver habilidades para auxiliá-los na tomada de decisão no que se refere
ao seu projeto de vida e no mundo do trabalho ou no posicionamento crítico em
relação ao exercício da cidadania.
im
O componente curricular Leitura e interpretação de dados socioeconômicos
el
se ocupa de reflexões acerca dos indicadores, e seus desdobramentos,
questionando a sua aplicabilidade, conceitos, fontes de dados, acesso e
conhecimento dos dados pela população, pensando ainda na mobilização desses
Pr

índices em diferentes contextos e realidades. Estes movimentos procuram levar o


estudante a compreender a importância dos indicadores (dados) e seus relatórios
para a sua compreensão de mundo.
o

O componente curricular Cidadania e as políticas públicas nas desigualdades


favorece diálogos com os demais componentes curriculares, pois também

trabalhará com indicadores sociais, os quais serão usados para análises de


desigualdades sociais e, por fim, para a formulação de propostas de políticas
públicas. Isso certamente ajudará os estudantes a compreender que os dados
r

são importantes na gestão de ações que garantam a cidadania em nosso país.


Ve
Quadro integrador
Professor, nas atividades desta Unidade Curricular os estudantes...
.
Cidadania e as
Leitura e interpretação de
O impacto de dados socioeconômicos políticas
indicadores em seu públicas na
projeto de vida desigualdade

ATIVIDADE 1

Investigam e analisam criticamente Investigam e analisam o PIB, IDH e o Analisam desigualdades salariais e

ar
indicadores difundidos em diferentes Coeficiente de Gini participações feminina e masculina
situações e contextos. em determinados campos
. profissionais.
Identificam ações em favor da
equidade salarial com base nos

in
Direitos Humanos.

ATIVIDADE 2

Investigam e analisam sobre a Matemática


do Índice de Desenvolvimento Humano -
IDH calculado por um modelo matemático
que combina diversas variáveis resultando em
um índice,
im
Interpretam os dados do PNAD
Compreendem desigualdades entre
os e as profissionais da área da
saúde e do setor de transportes.
Elaboram propostas de
empreendimentos que combatam
el
distorções nas condições de trabalho
desses profissionais.

ATIVIDADE 3
Pr

Investigam e analisam algumas situações Investigam e analisam os Identificam e analisam demandas


que envolvem o estudo do modelo indicadores paulista, elaboram de grupos étnico-raciais, em
matemático do Índice de Gini. um indicador para turma e um especial o direito à saúde dos povos
curta utilizando o modelo indígenas.
“elevator picth”. Criam vídeos, podcasts, artigos
o

multimodais etc. para divulgar


soluções de combate a
desigualdades.

ATIVIDADE 4

Analisam relatórios de pesquisas Pesquisam, compram e Analisam projeções demográficas


estatísticas a partir de fontes apresentam uma análise dos para São Paulo e o crescimento da
r

confiáveis, planejam e analisam uma indicadores municipais. pobreza no país para compreender
pesquisa estatística e refletir acerca de desigualdades
Ve

sociais no estado.

ATIVIDADE 5

Criam um mural de fatos e notícias


Analisam e refletem sobre a
Elaboram uma apresentação utilizando o relacionadas ao acesso à saúde no
ótica do poder público e os município ou região da escola.
recurso de comunicação denominado indicadores. Escrevem cartas para gestores
como “elevator picth” e organizam um
propondo ações para melhorar o
evento.
acesso à saúde no município ou
região.
Componente 1: O impacto de indicadores em
seu projeto de vida

Duração: 60 horas
Aulas semanais: 4
Quais professores podem ministrar este componente: Matemática ou
Física.

ar
Informações gerais:
O componente O impacto de indicadores em seu projeto de vida está organizado
em cinco atividades, com o objetivo de oferecer aos estudantes um percurso de

in
aprendizagem com foco no aprofundamento de habilidades dos eixos
estruturantes: Investigação Científica, Processos Criativos, Mediação e Intervenção

im
Social e Empreendedorismo. As atividades propostas foram estruturadas em torno
de metodologias ativas, para que os estudantes possam participar de maneira ativa
e protagonista. Os objetos de conhecimentos matemáticos desse componente
el
possibilitarão ao estudante aprofundar-se na investigação, interpretação e análise
crítica de diferentes indicadores socioeconômicos que, de alguma maneira,
possam influenciar na realização e concretização das metas estabelecidas em seu
Pr

projeto de vida. Para isso, foram propostas atividades de pesquisas em fontes


confiáveis, criação de índices, análises estatísticas com utilização de planilhas
eletrônicas, tendo em vista que os conhecimentos e habilidades adquiridas ao
longo das aulas serão essenciais para as produções de vídeos em formato elevator
o

pitch, em conjunto com os demais componentes desta Unidade Curricular, a serem


apresentados em um evento de Festival de Curtas.

Objetos de conhecimento: Taxas e índices de natureza socioeconômica;


funções: variação de grandezas e interpretação de gráficos e indicadores
socioeconômicos.
r
Ve

Competências e Habilidades da Formação Geral Básica a serem


aprofundadas: Competências 1, 2 e 3

EM13MAT101 Interpretar criticamente situações econômicas, sociais e fatos


relativos às Ciências da Natureza que envolvam a variação de
grandezas, pela análise dos gráficos das funções representadas
e das taxas de variação, com ou sem apoio de tecnologias
digitais.

EM13MAT104 Interpretar taxas e índices de natureza socioeconômica (índice


de desenvolvimento humano, taxas de inflação, entre outros),

10
investigando os processos de cálculo desses números, para
analisar criticamente a realidade e produzir argumentos.

EM13MAT302 Construir modelos empregando as funções polinomiais de 1º ou


2º graus, para resolver problemas em contextos diversos, com
ou sem apoio de tecnologias digitais.

EM13MAT314 Resolver e elaborar problemas que envolvem grandezas


determinadas pela razão ou pelo produto de outras (velocidade,
densidade demográfica, energia elétrica etc.).

EM13MAT202 Planejar e executar pesquisa amostral sobre questões

ar
relevantes, usando dados coletados diretamente ou em
diferentes fontes, e comunicar os resultados por meio de
relatório contendo gráficos e interpretação das medidas de

in
tendência central e das medidas de dispersão (amplitude e
desvio padrão), utilizando ou não recursos tecnológicos.

im
Eixos Estruturantes e suas Competências e Habilidades: Investigação
el
Científica, Processos Criativos, Medicação e Intervenção social e
Empreendedorismo.
Pr

EMIFMAT01 Investigar e analisar situações-problema identificando e


selecionando conhecimentos matemáticos relevantes para uma
dada situação, elaborando modelos para sua representação.
o

EMIFMAT02 Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na


explicação ou resolução de uma situação- problema

elaborando modelos com a linguagem matemática para


analisá-la e avaliar sua adequação em termos de possíveis
limitações, eficiência e possibilidades de generalização.
r
Ve

EMIFMAT03 Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou


pesquisas (bibliográfica, exploratória, de campo, experimental
etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a contribuição da
Matemática na explicação de fenômenos de natureza científica,
social, profissional, tecnológicos, identificando os diversos
pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação,
com o cuidado de citar as fontes dos recursos utilizados na
pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de
diferentes mídias.

EMIFMAT05 Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos


relacionados à Matemática para resolver problemas de
natureza diversa, incluindo aqueles que permitam a produção

11
de novos conhecimentos matemáticos, comunicando com
precisão suas ações e reflexões relacionadas a constatações,
interpretações e argumentos, bem como adequando-os às
situações originais.

EMIFMAT08 Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e


recursos matemáticos para propor ações individuais e/ou
coletivas de mediação e intervenção sobre problemas
socioculturais e problemas ambientais.

EMIFMAT12 Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando


processos e conhecimentos matemáticos para formular

ar
propostas concretas, articuladas com o projeto de vida

in
Os Eixos estruturantes de cada etapa das atividades são indicados pelos seguintes
ícones:

Investigação Científica im
el
Processos Criativos
Pr

Empreendedorismo

Mediação e Intervenção Sociocultural


o

Atividade 1
r
Ve

Introdução
Semana 1: 4 aulas
Professor, inicie este componente com uma conversa para apresentar a
Unidade Curricular aos estudantes e realizar os combinados, possibilidades de
utilização de materiais, atividades, a efetiva participação nas propostas das aulas e
a importância de estabelecer a forma de registro a ser adotada neste componente.
Nesta primeira semana, é importante compartilhar com eles como está planejado
esse semestre para que estejam atentos aos seus registros e futuras produções.
Ao final, essas produções deverão compor um Festival de Curtas, na linguagem
elevator pitch. Assim, sugerimos uma conversa com os demais professores para

12
um alinhamento e acompanhamento das ações propostas aos estudantes. Nas
sugestões apresentadas, faremos referência à elaboração de um diário de bordo,
pela possibilidade de cada um dos estudantes registrar apontamentos à medida
que for desenvolvendo as atividades deste aprofundamento, porém, na
impossibilidade deste, estabeleça outra forma de registro que desejar para
acompanhamento do aprendizado. Esse diário pode ser um caderno ou ter outro
formato de escolha do estudante, mas que esteja sempre à mão para os registros.
Por se tratar de um diário, convém incentivá-los a fazer esses registros será muito
importante para que compreendam como a matemática contribui na tomada de
decisões do seu projeto de vida. Os jovens perceberão sua função nos processos
decisivos do cotidiano e em outras áreas, apresentando exemplos e modelos que
respondam às necessidades de situações do cotidiano ou da própria matemática.

ar
Os estudantes devem ser incentivados a exercitar sua autonomia para realização
dos registros; logo não é esperado que os diários de bordo sejam iguais, pois cada
autor tem sua singularidade na observação dos acontecimentos.

in
Professor, ao longo dos últimos anos nas aulas de Projeto de Vida, os estudantes

im
tiveram a oportunidade de apropriar-se de conhecimentos vivenciados decorrentes
de experiências que lhes possibilitaram entender algumas relações próprias do
mundo do trabalho. O objetivo dessa proposta é fazer escolhas alinhadas ao
el
exercício da cidadania e ao seu projeto de vida com liberdade, autonomia,
consciência crítica e responsabilidade. Nesse momento os jovens serão
Pr

mobilizados a revisitar seus projetos de vida adicionando outros aspectos


trabalhados nos componentes desta Unidade Curricular, intensificando o processo
de reflexão para planejar e alcançar seus objetivos presentes e futuros, ampliando
o repertório sobre as possibilidades para o futuro, considerando o mundo do
o

trabalho e a vida acadêmica, desenvolvendo a capacidade de tomar decisões e


defendê-las com assertividade.

Professor, inicialmente realize uma sondagem a respeito do projeto de vida dos


jovens. Para esse momento, organizar a turma a sentar em um semicírculo, pois
r

essa organização proporciona um melhor contato visual e favorece o


Ve

desenvolvimento de atividades que tem como proposta conversas coletivas. Em


alguns momentos, faz-se necessário o apoio do quadro de giz. Sugerem-se
algumas questões: “Falamos muitas vezes sobre o Projeto de Vida, vocês já têm o
seu? Qual a importância de se ter um Projeto de Vida?” Estipule um tempo para
essa reflexão; a seguir, a turma comenta suas percepções. Nesse momento, deve
fazer os registros das ideias compartilhadas no diário de bordo.
Após a sondagem, organize os estudantes em times. Cada um dos estudantes
deve compartilhar seu Projeto de Vida com o time. Oriente os outros estudantes
para anotar os pontos principais dos Projetos de Vida dos colegas e estabeleça um
tempo para essa etapa.

13
Organize uma apresentação pessoal que retome o projeto de vida do estudante
como, por exemplo, cronometrar 1 minuto por jovem para que ele se apresente.
Indicar 2 ou 3 itens para auxiliar os estudantes nesta apresentação, como:
identificação (nome, idade), resumo do projeto de vida (carreira profissional, metas
que pretende atingir, facilitadores para obter essa realização, dificuldades a serem
superadas) e o motivo dessa escolha.

Professor, a discussão, nesse momento, será sobre indicadores socioeconômicos


que podem impactar o projeto de vida dos estudantes ao longo dos anos. Para
mobilizar a discussão sugerimos o vídeo: Quais são os principais Indicadores
Socioeconômicos? (Disponível em: https://cutt.ly/uMpNmaY . Acesso em: 10 nov.
2022). Organize os estudantes em grupos para que assistam ao vídeo. Combine

ar
um tempo a fim de que concluam a tarefa, levando em consideração o tempo do
vídeo. Distribua uma folha com as questões a seguir, ou formule outras que achar

in
necessárias. Com base nos exemplos dados no vídeo, estimule os grupos a
responderem:
● O que vocês entenderam sobre os indicadores socioeconômicos que o
apresentador explicou?
im
● Em sua opinião, os indicadores socioeconômicos podem causar algum
impacto em seu projeto de vida? Justifique a sua resposta
el
Professor, prepare um painel em que, para cada pergunta, os grupos possam
Pr

apresentar suas respostas, verificando o que há de comum e a percepção de cada,


para então, juntos formularem um conceito ou ideia sobre o que foi apresentado no
vídeo.
o

Desenvolvimento

Semanas 2 e 3: 8 aulas

Na continuidade, considerando que os estudantes já tiveram contato com estudos


r

referentes à indicadores socioeconômicos, sugerimos aplicar a metodologia World


Ve

Café, para fazer o diagnóstico do que sabem sobre esses assuntos, além de
proporcionar a oportunidade do diálogo, ampliando e/ou complementando o
repertório entre os estudantes. Uma organização, mas é possível adaptá-la de
forma a fomentar o diálogo colaborativo e a troca de conhecimento.

Organize as mesas da sala de aula para grupos de 4 a 5 estudantes. Formados os


grupos, eles devem escolher um integrante para ser o anfitrião. Conte que seu
papel é o de receber os demais grupos no momento que fizerem o rodízio, e será o
guardião das ideias que serão discutidas em cada rodada. Distribua folhas para
que os registros das conversas sejam realizados. Para cada mesa, apresente uma
questão para o diálogo, de forma que todos possam contribuir com suas ideias, e,
tratando-se de uma retomada, as perguntas podem ser objetivas, para que, depois,

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possam sistematizar as ideias em um painel que todos possam visualizar durante a
socialização. Questões:

● O que o grupo entende por indicador?

● Qual a diferença entre dados absolutos e dados relativos?

● Qual a diferença entre taxa e índice?

Estipule o tempo para a conversa, e sinalize quando será o momento da troca dos
grupos, ficando fixo o anfitrião. Após esse momento, escolha um anfitrião para
responder uma pergunta, e os demais complementam, repetindo o procedimento
até finalizar as questões, organizando as respostas em um painel. Comente com

ar
os estudantes que esses conceitos serão utilizados para desenvolver as atividades
deste componente.

in
Professor, observe se as respostas dos jovens se aproximam dos aspectos a
seguir:

● im
O indicador é uma medida, quantitativa ou qualitativa, utilizada para avaliar o
desempenho do objetivo, e o alcance das metas. Pode ser constituído de uma ou
el
mais variáveis que, associadas, permitem: descrever, classificar, ordenar, medir e
comparar. Tem o intuito de organizar e captar as informações relevantes dos
elementos que compõem o objeto da observação, possibilitando melhor tomada de
Pr

decisão.
● Dados absolutos: são valores obtidos, por meio de uma medida ou
contagem, sem qualquer manipulação. Resultantes da coleta das informações
conforme as frequências (repetições de seus valores).
o

● Dados relativos: são valores obtidos por meio da transformação de dados


absolutos, geralmente, por meio de razões (divisões). Quando há necessidade de


se fazer comparações entre duas grandezas, pode-se obter tanto um índice,
quanto um coeficiente ou uma taxa. O índice é a razão entre valores de natureza
𝑛º𝑑𝑒 ℎ𝑎𝑏𝑖𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
distintas, por exemplo: índice de densidade populacion-al ( á𝑟𝑒𝑎 𝑒𝑚 𝑞𝑢𝑖𝑙ô𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑜𝑠
r
Ve

). O coeficiente é a razão entre valores de mesma natureza, por exemplo:


𝑛º 𝑑𝑒 á𝑟𝑣𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑒𝑟𝑟𝑢𝑏𝑎𝑑𝑎𝑠
Coeficiente de desmatamento ( 𝑛º 𝑑𝑒 á𝑟𝑣𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑡𝑎𝑑𝑎𝑠
) e taxa são coeficientes
multiplicados por uma potência de 10, em geral 100 ou 1000, para facilitar a
interpretação do resultado. Os indicadores de desenvolvimento socioeconômico
nada mais são do que medidas estatísticas representativas de um recorte da
realidade, que têm sentido somente quando se inserem num contexto
teórico-metodológico, que lhe empresta o respectivo significado.
Professor, outras questões poderão aparecer durante a conversa; incentive
os estudantes a observarem os possíveis motivos das problemáticas elencadas no
impacto de indicadores em seu projeto de vida.
Ao final, solicite-lhes que registrem suas impressões no diário de bordo,
completando com as ideias dos outros grupos.

15
Para ampliar o assunto, professor, a abordagem sobre o impacto de indicadores
em seu projeto de vida. Uma sondagem inicial pode ser feita para saber se já têm
um conceito ou ideia sobre o assunto.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO

Professor, na atividade 1 do componente 2: Leitura e interpretação de dados


socioeconômicos é indicado no víde: O que são indicadores? Duração: 2’45”
(Disponível em: https://abrir.link/mMsYG Acesso em: 26 out. 2022). Sugere-se
retomar com os estudantes as principais ideias apresentadas contidas ali, com
o objetivo de subsidiar os jovens sobre a importância dos indicadores como

ar
medidas que podem ser coletadas, quantificadas e analisadas.

in
Na segunda rodada, sugerimos que proponha uma ou mais situações de
investigação, para que os estudantes possam analisar os diferentes contextos em
que os indicadores são estudados.

im
Em seguida, organize-os em pequenos grupos, para investigar duas questões.
el
Questão 174 - ENEM 2017 - Prova azul - 2º dia
Pr

O gráfico apresenta a taxa de desemprego (em %) para o período de março de


2008 a abril de 2009, obtida com base nos dados observados nas regiões
metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e
Porto Alegre.
ã o
rs
Ve

A mediana dessa taxa de desemprego, no período de março de 2008 a abril de


2009, foi de

A) 8,1% B) 8,0% C) 7,9% D) 7,7% E) 7,6%

16
Fonte:https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-e-exames-educacionais/enem/pr
ovas-e-gabaritos . Acesso em: 27 out. 2022.

Professor, explique aos jovens que a taxa de desemprego é calculada com base no
levantamento da quantidade da População Desocupada (PD), ou seja, são
contabilizadas as pessoas que não têm trabalho, mas estão à procura de um, e a
População Economicamente Ativa (PEA) que inclui todas as pessoas
desempregadas e empregadas. O cálculo da taxa de desemprego = [PD ÷ PEA] x
100%

Questão 161 - ENEM 2020 - Prova azul - 2º dia - Aplicação digital

ar
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), criado para medir a
quantidade do aprendizado do ensino básico no Brasil, é calculado a cada dois

in
anos. No seu cálculo são combinados dois indicadores: o aprendizado e o fluxo
escolar, obtidos a partir do Censo Escolar e das avaliações oficiais promovidas
pelo INEP..

expressão
Ideb=N × 𝑃1
im
O IDEB de uma escola numa dada série escolar pode ser calculado pela
el
em que N é a média da proficiência em língua portuguesa e matemática, obtida
a partir do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), e variando de 0 a
10. O indicador P, que varia de 0 a 1, por sua vez, refere-se ao fluxo escolar,
Pr

pois considera as taxa de aprovação e reprovação da instituição, sendo


calculado por
1
P= 𝑇 , em que T é o tempo médio de permanência dos alunos na série.
o

Disponível em: www.inep.gov.br Acesso em: 2 ago. 2012.


ã

Uma escola apresentou no 9º ano do ensino fundamental, em 2017, um Ideb


diferente daquele que havia apresentado nessa mesma série em 2015, pois o
rs

tempo médio de permanência dos alunos no 9º ano diminuiu 2%, enquanto a


média de proficiência em língua portuguesa e matemática, nessa série,
aumentou em 2%.
Ve

Dessa forma, o Ideb do 9º ano do ensino fundamental dessa escola em 2017,


em relação ao calculado em 2015.
A) permaneceu inalterado, pois o aumento e a diminuição de 2% nos
parâmetros anulam-se.
B) aumentou em 4%, pois o aumento de 2% na média da proficiência
soma-se à diminuição de 2% no tempo médio de permanência dos alunos na
série.
C) diminuiu em 4,04%, pois tanto o decrescimento do tempo médio de
permanência dos alunos na série em 2% quanto o crescimento da média da
proficiência em 2% implicam dois decréscimos consecutivos de 2% no valor do
Ideb.
D) aumentou em 4,04%, pois tanto o decrescimento do tempo médio de
permanência dos alunos na série em 2% quanto o crescimento da média da

17
proficiência em 2% implicam dois acréscimos consecutivos de 2% no valor do
Ideb.
E) aumentou em 4,08%, pois houve um acréscimo de 2% num parâmetro
que é diretamente proporcional e um decréscimo de 2% num parâmetro que é
inversamente proporcional ao Ideb.
Fonte:https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-e-exames-educacionais/enem/pr
ovas-e-gabaritos . Acesso em: 27 out. 2022.

Para a análise das soluções, promova uma reflexão que explicite o que fizeram e
suas descobertas.

SAIBA MAIS

ar
in
Professor, sugerimos assistir ao vídeo Metodologia World Café
disponível em: https://cutt.ly/NMtxmKN . Acesso em: 30 ago.
2022.
im
el
Sistematização
Pr

Semana 4: 4 aulas
Nesse momento o objetivo é investigar e analisar situações que envolvam dados
quantitativos de uma série histórica, apresentados em relatórios oficiais sobre o
o

PIB per capita, aplicando conhecimentos matemáticos relacionados ao


número-índice – que são medidas estatísticas usadas para comparar grupos de
ã

variáveis relacionadas entre si para indicar variações relativas em quantidades,


rs

preços, ou valores –, durante um período de tempo. Trata-se de uma medida


simplificada da variação entre um valor e um ponto de referência, assumindo que
este equivale a 100.
Ve

Organize os estudantes em grupos, disponibilize uma cópia com a situação,


combine um tempo para realização dessa atividade, e oriente os estudantes a
produzirem um registro sobre o assunto, para que, no momento seguinte, possam
compartilhar com todos o que aprenderam. Seguiremos com uma proposta de
investigação e análise aplicada em um conjunto de dados sobre o PIB per capita,
apresentada na situação a seguir:
Situação: O PIB per capita é a soma de tudo o que país produz dividida pelo
número de habitantes e funciona como um importante termômetro para avaliar a
riqueza de uma nação, definido pela razão entre o PIB e o número de habitantes:
𝑃𝐼𝐵
PIB per capita = 𝑛º 𝑑𝑒 ℎ𝑎𝑏𝑖𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
. A tabela a seguir, apresenta uma série histórica da
evolução do PIB per capita no Brasil, segundo o IBGE:

18
Tabela 1: Série Histórica do PIB per capita - 2014 - 2020

Ano PIB per capita (R$)

2014 28.648,74

2015 29.466,85

ar
2016 30.558,75

in
2017 31.843,95

2018
im 33.593,02
el
2019 35.161,70
Pr

2020 35.935,74
Fonte: Tabela elaborada com base nos dados (disponível em:
https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados . Acesso em: 10 nov. 2022).
o

Para auxiliar os estudantes na investigação e análise da série histórica do PIB per


ã

capita e analisarem as variações relativos os valores, oriente-os nos aspectos a


seguir:
rs

● Escolher um ano como referência, por exemplo 2014;


● Multiplicar os valores por 100 e dividir pelo valor de referência;
Ve

● Elaborar um quadro simples e resumido para auxiliar na determinação do


número-índice, a seguir um modelo sugerido:
Quadro 1: PIB per capita - 2014 - 2020

Ano R$ Valor de Referência Número-Índice

2014 28.648,74 100

(29.466,85 ⋅ 100)
2015 29.466,85 28.648,74
102,85

(30.558,75 ⋅ 100)
2016 30.558,75 28.648,74
106,67

19
Fonte: Elaborado pelo autor.

Professor, peça aos estudantes que comparem os conjuntos de dados, destacando


que, se o no número-índice > 100, o valor observado é superior ao de referência, e
se no número índice < 100, o valor observado é inferior ao de referência. Por
exemplo, na comparação entre 2014 e 2015, observa-se que em 2015 o PIB per
capita aumentou em 2,85%. Para auxiliar na interpretação e comparação, o
professor poderá nortear os grupos com questionamentos como:
● Qual a taxa de variação encontrada na comparação entre o ano de
referência escolhido e os demais anos posteriores?
● De acordo com a taxa de variação, quais dados apresentaram melhores
resultados?

ar
● Segundo dados apresentados, no ano de 2020 o PIB per capita do Brasil foi
de R$ 35.935,74, resultando em uma renda mensal de R$ 2.994,64 para cada
habitante brasileiro. Questione-os: na sua opinião esse resultado reflete a realidade

in
da renda mensal da população brasileira? Analise criticamente a realidade,
considerando, por exemplo, a renda da sua família e produza argumentos com
base nesse indicador.
im
Depois dessa análise, solicite a cada grupo que elabore uma síntese do que
ficou evidente no conjunto de dados analisados. Questione-os se concordam que
el
PIB per capita é um “bom indicador”, capaz de estimar a renda anual dos
habitantes de um país. Professor, observe se os estudantes argumentam que o
Pr

PIB per capita é um indicador habitualmente utilizado para estabelecer


comparações internacionais em termos de bem-estar das populações, e se
apresenta limitações sobre a maneira como a riqueza é distribuída pela população,
diluindo as desigualdades econômicas e consequentemente as desigualdades
o

sociais. Um ponto a destacar: esse índice não considera o peso da economia


ã

informal.
Professor, para finalizar, proporcione um momento para que cada grupo
rs

apresente suas considerações, constatações sobre a análise, ficando a seu critério


a escolha de uma metodologia ou abordagem que seja adequada a esta proposta,
Ve

com o objetivo de compartilhar as diferentes informações apresentadas por eles.


Os grupos poderão registrar as informações no diário de Bordo.

AVALIAÇÃO

Professor, a reflexão e a discussão coletiva sobre o que foi produzido pelos


estudantes constitui um momento importante da avaliação. Nessa perspectiva, a
ação de avaliar deve ser um processo sistemático, compartilhado, e que
demanda intencionalidade de quem avalia, registro do que observa, escuta
atenta e sensibilidade. Nos momentos de discussão e nas produções dos
grupos, você poderá observar na prática se os estudantes interpretam
criticamente situações econômicas, sociais e fatos relativos às Ciências

20
Humanas, que envolvam a interpretação de taxas e índices de natureza
socioeconômica.

Atividade 2

Introdução

ar
Semana 5: 4 aulas

in
Professor, a proposta deste momento é investigar e analisar a Matemática
do Índice de Desenvolvimento Humano –IDH que é calculado por um modelo
matemático que combina diversas variáveis e resulta em um índice, ou seja, um
im
valor que permite comparar o grau de desenvolvimento econômico e a qualidade
de vida da população de diferentes países. O cálculo do índice é feito com base na
expectativa de vida (longevidade), no grau de instrução e na renda per capita de
el
cada país. Para esse momento, aplique a metodologia Aprendizagem entre pares
para estimular a troca, a colaboração, a coprodução e o compartilhamento de
Pr

ideias e informações entre os jovens;dessa forma, eles podem ensinar e aprender


ao mesmo tempo. Organize-os e combine com eles um tempo para realização
dessa atividade. Solicite que produzam um registro sobre o assunto, para que no
momento seguinte possam compartilhar com todos o que aprenderam. Professor,
o

são sugeridas algumas situações a serem propostas aos jovens:


ã

Situação 1: Professor, solicite aos estudantes que selecionem e sistematizem, com


rs

base em estudos e/ou pesquisas em fontes confiáveis, informações sobre o


significado dos índices que compõem o IDH e a sua importância na medida da
qualidade de vida dos diversos países. O IDH é um índice composto por três
Ve

dimensões: Saúde, Educação e Padrão de vida. Esclareça-os que cada uma das
dimensões (Longevidade, Educação e Renda) é calculada sobre outros
indicadores. Solicite a elaboração de um registro com um breve relato sobre suas
descobertas, identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante
argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos recursos utilizados na
pesquisa, e buscando apresentar as conclusões com o uso de diferentes mídias.
Para essa pesquisa, considere orientar os jovens a compreenderem significado e o
cálculo dos índices a seguir:

Índice de Longevidade (IL): é calculado sobre a esperança de vida média dos


habitantes da nação no momento do nascimento.

21
Índice de Educação (IE): é calculado sobre dois valores: anos médios de estudo e
nos anos esperados de estudo, ou seja, quantos anos os jovens permanecem em
média na escola e quantos anos de ensino são previstos na legislação.
● Índice de Anos Médios de Estudo (IAME).
● Índice de Anos Esperados de Escolaridade (IAEE)
Índice de Renda (IR): é a renda média mensal de cada habitante do país. Esse
valor é dado pelo PIB per capita – ou seja, o Produto Interno Bruto, que representa
toda a riqueza gerada pelo país, dividido pelo número de habitantes da nação

● Produto Interno Bruto (Paridade do Poder de Compra) per capita (𝑃𝐼𝐵𝑃𝐶)

Situação 2: Professor, solicite aos jovens que investiguem e analisem a mudança

ar
na metodologia do cálculo do IDH, identificando e selecionando conhecimentos
matemáticos relevantes para uma dada situação, elaborando modelos para sua
representação, por exemplo: até 2010, o IDH era calculado, por meio da média

in
𝐼𝐿 + 𝐼𝐸 + 𝐼𝑅
aritmética IDH = 3
(média aritmética de n números é a soma dos n

3
im
números dividida por n) e após 2010 passou a ser calculado pela média geométrica
IDH = 𝐼𝐿⋅ 𝐼𝐸 ⋅ 𝐼𝑅 (média geométrica é calculada multiplicando os n termos e
extraindo a raiz n-ésima). Professor, nessa situação questione os estudantes, por
el
exemplo: qual é a diferença entre a média aritmética e a média geométrica?
Solicite, por exemplo, que comparem o resultado da média aritmética e geométrica
5+5+5 3 1+2+9 3
Pr

entre alguns valores, por exemplo: 3


e 5⋅5⋅5 ; 3
e 1⋅2⋅9

Professor, observe se os estudantes ao compararem os resultados concluem que a


média geométrica é calculada multiplicando os n termos, e extraindo a raiz n-ésima
o

deste produto, resultado em um valor igual ou menor à média aritmética.


Esclareça-lhes que o ajuste na metodologia do cálculo do IDH foi necessário, pois
ã

é possível que um país com uma alta renda tenha baixa escolarização e pouca
longevidade (ou qualquer variação que deixe um dos índices para trás) e usar a
rs

média geométrica no cálculo do IDH é uma forma de compensar a desigualdade


entre os índices.
Ve

Situação 3: Professor, oriente os estudantes que para medir o IDH é necessário


tornar as variáveis comparáveis, usando um processo de normalização, isto é, para
que valores diferentes possam ser combinados. Primeiro são "normalizados'' pela
definição de máximos e mínimos para cada dimensão. A normalização
(escalonamento) dos indicadores utiliza os valores de mínimos e máximos teóricos,
conforme mostra a Tabela 1 abaixo (PNUD, 2015).

Tabela 1 - Os indicadores do IDH e seus respectivos valores mínimos e máximos.

Dimensão Indicadores Máximo Mínimo

22
Expectativa de 85 20
Saúde
vida ao nascer

Média de vida 15 0
escolar
Educação
Expectativa de 18 0
vida escolar

Padrão de vida Renda per 75000 100

ar
capita
Fonte(https://www.researchgate.net/profile/Enzo-Mariano/publication/311617491_Expectativa_de_vida_e_suficiente_para_o

in
_IDH/links/585145ac08aef 7d0309d029c/Expectativa-de-vida-e-suficiente-para-o-IDH.pdf . Acesso em: 20 out. 2022).

SAIBA MAIS
im
el
Sugere-se a leitura do artigo: Expectativa de vida é suficiente para o IDH?
(Disponível em: https://cutt.ly/aB2S8sJ . Acesso em: 20 out. 2022.)
Pr

Para tornar as variáveis comparáveis usando um processo de normalização


o

consiste em dividir a diferença entre o valor da variável e um valor mínimo pela


variação máxima possível para aquela variável. Assim, cada índice é uma razão
ã

entre variações, conforme apresentado a seguir:


rs

𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑟𝑒𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑝𝑎í𝑠 − 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜 𝑑𝑎 𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠ã𝑜


Índice da dimensão = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 𝑑𝑎 𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠ã𝑜 − 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜 𝑑𝑎 𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠ã𝑜
Ve

Normalização das dimensões

𝐸𝑉 −20
Longevidade: IL= 85−20

Educação:
𝐴𝑀𝐸 − 0
Índice de anos médios de estudo: IAME= 15 − 0
𝐴𝐸𝐸−0
Índice de anos esperados de estudo: IAEE = 18 − 0

23
Para o cálculo do índice de educação, utiliza-se a média aritmética:
𝐼𝐴𝑀𝐸 +𝐼𝐴𝐸𝐸
IE= 2

𝑙𝑛(𝑟𝑒𝑛𝑑𝑎𝑝𝑐) − 𝑙𝑛 (100)
Renda: IR= 𝑙𝑛(75000) − 𝑙𝑛(100)

Situação 4: Professor, solicite aos estudantes uma pesquisa em fontes confiáveis


dos resultados dos indicadores que compõem o IDH. Para essa pesquisa
sugerimos consultar o Relatório de Desenvolvimento Humano de 2019 págs. 294,

ar
295, 296 e 297 (Disponível em: https://cutt.ly/b0ejSBo . Acesso em: 08 dez. 2022).
Oriente-os a escolher um país e, com o auxílio de uma calculadora (se possível,
científica) , considerando as informações coletadas, faça-os calcular,

in
aproximadamente, o IDH do país escolhido. Depois, compare com o valor
apresentado no relatório.
Quadro 1: Indicadores que compõem o IDH
im
Indicadores
el
Expectativa de vida ao nascer (EV)
Pr

Anos médios de estudos (AME)

Anos Esperados de estudos (AEE)

Renda per capita (Rendapc)


o

Fonte: Elaborado pelo autor


ã

Professor, oriente os estudantes que o processo de cálculo do IDH possui duas


rs

fases. Na primeira, calculam-se índices para cada dimensão. A dimensão de saúde


utiliza uma média aritmética para agregar os dois indicadores. A dimensão de
padrão de vida faz a normalização, utilizando o logaritmo natural. Na segunda,
Ve

agregam-se os índices dimensionais por meio de uma média geométrica, em que


todas as dimensões possuem pesos iguais (PNUD, 2015)
Situação 5: Questão 163 - ENEM 2019 - Prova azul - 2º dia - aplicação regular
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida usada para classificar
os países pelo seu grau de desenvolvimento. Para seu cálculo, são levados em
consideração a expectativa de vida ao nascer, tempo de escolaridade e renda per
capita, entre outros. O menor valor deste índice é zero e o maior é um. Cinco
países foram avaliados e obtiveram os seguintes índices de desenvolvimento
1

humano: o primeiro país recebeu um valor X, o segundo 𝑋 , o terceiro 𝑋 , o


3

2 3
quarto 𝑋 e o último 𝑋 . Nenhum desses países zerou ou atingiu o índice máximo.

24
Qual desses países obteve o maior IDH?
A) O primeiro. B) O segundo. C) O terceiro. D) O quarto. E) O quinto.
(Fonte:https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-e-exames-educacionais/enem/provas-e-gabaritos Acesso
em : 26 out. 2022.)

Situação 6: Questão 154 - ENEM 2018 - Prova amarela - 2º dia - Reaplicação


Em 2012, o PNUD Brasil, o Ipea e a Fundação João Pinheiro assumiram o desafio
de adaptar a metodologia do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) global para
calcular o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) dos 5 565
municípios brasileiros, com base nos dados do Censo Demográfico de 2010.
Também se recalculou o IDHM, pela metodologia adotada, para os anos de 1990 e

ar
2000, para permitir a comparabilidade temporal e espacial entre os municípios. No
quadro são apresentados os dados de cinco cidades brasileiras.

in
Município IDHM - 1990 IDHM - 2000 IDHM -2010

São Caetano do Sul (SP) 0,77 0,77 0,92

Águas de São Pedro (SP)

Florianópolis (SC)
0,67

0,65
im 0,76

0,80
0,85

0,80
el
Balneário Camboriú (SC) 0,79 0,79 0,79
Pr

Vitória (ES) 0,73 0,78 0,77


Disponível em: http://atlasbrasil.org.br .Acesso em: 26 abr. 2014 (adaptado)

Uma ONG decide fazer um trabalho de acompanhamento com a cidade que teve a
o

menor média aritmética dos IDHM das três últimas décadas dentre as cinco
cidades analisadas. Com base nos dados fornecidos, qual foi o município escolhido
ã

pela ONG?
rs

A) Florianópolis.
B) Águas de São Pedro.
Ve

C) Balneário Camboriú.
D) São Caetano do Sul.
E) Vitória.
Professor, organize um momento para os jovens compartilharem o que
aprenderam.

SAIBA MAIS

25
Professor, sugere-se assistir ao vídeo A Matemática do índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) - parte I. (Disponível em:
https://cutt.ly/XB8E9zV . Acesso em: 21 out. 2022.)

A Matemática do índice de Desenvolvimento Humano (IDH) - parte II.


(Disponível em: https://cutt.ly/TB8E5qH . Acesso em: 21 out. 2022.)

Desenvolvimento
Semanas 6 e 7: 8 aulas

ar
Professor, nesse momento com foco no aprofundamento dos conhecimentos
matemáticos, ampliaremos os estudos sobre modelos que possibilitam estimar
resultados futuros ou para prever comportamentos, tendo como base a associação

in
entre variáveis que geralmente possuem correlação entre si, possibilitando a
realização de estimativas em vários setores: meio ambiente, educação, economia,

im
finanças, saúde, entre outros. Nesse sentido, utilizaremos fundamentos
deRegressão Linear Simples, um modelo matemático utilizado para aproximar a
relação de dependências entre uma variável dependente e independente e um
el
termo aleatório, permitindo verificar se uma variável pode prever o valor de outra,
pois trata-se de um modelo utilizado para analisar, qualitativa e quantitativamente,
as relações entre duas variáveis.
Pr

Para este estudo, aplicar a metodologia Sala de aula invertida, em que os


estudantes se preparam para a aula com antecedência, realizando estudos e
pesquisas de maneira assíncrona – individualmente ou em grupos –que serão
o

compartilhados em momento síncrono, com mediação docente. Para nortear a


ã

pesquisa sobre a Regressão Linear Simples, apresentamos algumas questões:


● O que é Regressão Linear Simples?
rs

● Quais os conceitos e cálculos matemáticos envolvidos?

Para ajudar a organizar e compartilhar as descobertas dos estudantes sobre o


Ve

tema, peça-lhes que registrem as respostas em arquivo virtual compartilhado.


Incentive-os a realizarem pesquisas em fontes confiáveis.

Professor, para preparar um feedback, é importante que você tenha acesso


aos registros das sínteses dos estudantes, destacando os principais pontos sobre o
estudo proposto na pesquisa. Esse momento é fundamental para organizar a forma
de sistematização dos novos saberes, que serão necessários para o
desenvolvimento das aulas seguintes de aplicação da regressão linear simples.

Após o estudo de Regressão Linear Simples, os estudantes, sentados em


semicírculo, compartilharão suas descobertas. Nesse momento, devem fazer os
registros das ideias compartilhadas complementando seu diário de bordo.

26
Na continuidade, para orientar os estudantes na aplicação do modelo
matemático da Regressão Linear Simples e proporcionar, na prática, um processo
ativo e reflexivo sobre as relações existentes entre duas variáveis e estimar uma
reta que melhor descreva essa relação, organize-os em grupos e combine um
tempo para o estudo. Os jovens podem utilizar como ferramenta uma planilha
eletrônica compartilhada. Na impossibilidade da utilização dessa, o estudo poderá
ser feito em papel. Nesse caso, indique o uso da calculadora para auxiliar na
determinação dos resultados. Seguiremos com uma proposta de investigação e
análise aplicada em uma série histórica do IDH por ano, apresentadas na situação
seguir:

Situação: A tabela abaixo apresenta uma série histórica dos valores de IDH do

ar
Brasil por ano:

Tabela 1: Série Histórica do Índice de Desenvolvimento Humano 2010 - 2021

in
Ano
im IDH
el
2010 0,723
Pr

2011 0,728

2012 0,732
o

2013 0,750
ã

2014 0,754
rs

2015 0,753
Ve

2016 0,755

2017 0,759

2018 0,764

2019 0,766

2020 0,758

27
2021 0,754

Fonte: Tabela elaborada com base nos dados disponível em:


https://atlassocioeconomico.rs.gov.br/midia/imagem/graf-2010-2021-evolucao-idh-br (Acesso em: 12
dez 2022).

Para nortear essa investigação, considere alguns aspectos conceituais e


procedimentais do modelo de ajuste Linear ou Regressão Linear Simples:

● Estabelecer a variável independente (x) e a dependente (y) para o conjunto


de dados.
● Elaborar um gráfico adequado, para representar a dispersão dos dados

ar
representado em pares ordenados das variáveis (x, y); traçar uma reta passando
pelo maior número de pontos;
● Encontrar a expressão algébrica que ajusta o conjunto de dados a uma

in
equação da reta, por meio dos parâmetros β1 = a e β0= b;
● Utilizar a expressão algébrica encontrada para estimar o IDH para o próximo
ano;
● im
Avaliar se o ajuste linear permite com satisfatória segurança a realização de
análises e projeções futuras do fenômeno em questão.
el
● Supondo que a tendência permaneça, estime o tempo para que o IDH seja
classificado como muito alto.
Pr

SAIBA MAIS
ã o

Professor, está disponível para consulta a solução da estimativa do


rs

IDH. (Conferir: https://cutt.ly/I2cbxwG Acesso em: 05 de jan. de


2023.)
Ve

Professor, promova a reflexão que explicite o que os estudantes fizeram e suas


descobertas, questionando:
● Qual variável está apresentada no eixo das abscissas e qual está
apresentada no eixo da ordenada?
● Qual a relação entre elas?
● O gráfico de dispersão auxiliou nessa resposta?
● É possível determinar o quanto esta reta representa a tendência dos pontos
no gráfico?
● É possível quantificar a força ou grau de associação linear da relação entre
as variáveis?

28
As duas últimas perguntas permitem avançar com o conhecimento estatístico,
apresentando aos estudantes a medida do grau de correlação linear entre duas
variáveis quantitativas. Nesse caso, usaremos o coeficiente de correlação de
Pearson, indicado por “r” que exprime o grau de correlação por meio de valores
situados entre -1 e 1.

SAIBA MAIS

Professor, sugere-se a leitura do artigo: Monitoramento e Avaliação


do Desenvolvimento Humano: a insensibilidade do Índice de

ar
Desenvolvimento Humano às políticas de desenvolvimento social.
(Disponível em: https://cutt.ly/d0dVppl . Acesso em: 12 dez. 2022.)

in
Sistematização
Semana 8: 4 aulas
im
el
Neste momento, converse com os grupos sobre uma maneira de expor as
informações, para que o maior número de pessoas tenha acesso a elas. Você
Pr

poderá realizar uma abordagem sobre a utilização de infográficos na visualização e


representação de dados, de modo que os leitores consigam compreendê-los.
Lembre os estudantes de que um infográfico é uma coleção de imagens, gráficos e
pequenos textos que fornece uma visão geral de fácil compreensão a respeito de
o

um assunto. Após essa conversa, solicite-lhes, que elaborem um infográfico para


ilustrar a comparação e análise da série histórica dos últimos anos dos dados
ã

analisados, com o propósito de apresentar os dados à comunidade escolar. Para a


produção do infográfico, organize a turma em grupos.
rs

SAIBA MAIS
Ve

Como criar infográfico. Disponível em: https://cutt.ly/TPnwvoc.


Acesso em: 18 de fev. 2022.

Check-list, como fazer um infográfico. Disponível em:


https://cutt.ly/DPnw6iv. Acesso em: 18 de fev. 2022.

29
Após a conclusão, peça aos estudantes que incluam o infográfico no Diário
de bordo. Pode-se também elaborar em papel o registro desse material, uma vez
escolhidas fotos das criações. Por fim, a divulgação do infográfico pode ser
compartilhada com a comunidade escolar, utilizando os espaços da escola, assim
como publicações nas redes sociais e/ou em murais virtuais.

AVALIAÇÃO

Professor, a reflexão e a discussão coletiva sobre o que foi produzido pelos


estudantes constitui um momento importante da avaliação. Nessa perspectiva, a

ar
ação de avaliar é um processo sistemático, compartilhado, que demanda
intencionalidade de quem avalia, registro do que observa, escuta atenta e
sensibilidade. Nos momentos de discussão e nas produções dos grupos, você

in
poderá observar, por exemplo, se os estudantes: interpretam taxas e índices de
natureza socioeconômica – investigando os processos de cálculo desses

im
números, para analisar criticamente a realidade e produzir argumentos –;
constroem modelos, empregando as funções polinomiais de 1º grau– para
resolver problemas em contextos diversos, com ou sem apoio de tecnologias
digitais–; levantam e testam hipóteses sobre variáveis que interferem na
el
explicação ou resolução de uma situação-problema – elaborando modelos com a
linguagem matemática para analisá-la e avaliar sua adequação em termos de
possíveis limitações, eficiência e possibilidades de generalização.
Pr
o

Atividade 3
ã
rs

Introdução
Semana 9: 4 aulas
Ve

Professor, o objetivo desse momento é ampliar os conhecimentos dos


jovens sobre a importância da matemática para o estudo de fenômenos sociais, por
meio de observações sistemáticas, com aplicações de modelos matemáticos e
análises estatísticas, que permitam comprovar e justificar comportamentos. Para
essa atividade, as aulas serão dedicadas à compreensão da análise do Índice de
Gini criado pelo matemático italiano Conrado Gini. Trata-se de um instrumento para
medir o grau de concentração de renda em determinado grupo, indicando a
diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Numericamente,
varia entre 0 e 1. O valor zero representa a situação de igualdade, ou seja, todos
têm a mesma renda. O valor um está no extremo oposto, isto é, uma só pessoa
detém toda a riqueza. Na prática, o Índice de Gini costuma comparar os 20% mais
pobres com os 20% mais ricos.

30
Para mobilizar o engajamento dos jovens no estudo proposto, sugerimos
uma reflexão com foco no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS 11),
segundo o qual deve-se , até 2030, “reduzir a desigualdade dentro dos países e
entre eles”1. Nessa perspectiva, sugerimos o vídeo ODS #10: Redução das
desigualdades IBGE Explica. (Disponível em: https://cutt.ly/U0VbbUk . Acesso em:
16 dez. 2022.)

Organize os estudantes em grupos e combine um tempo, levando em consideração


a duração do vídeo. Distribua uma folha com as questões a seguir, ou formule
outras que achar necessário.

● O apresentador citou alguns aspectos negativos sobre o impacto da


desigualdade na sociedade. Dentre os aspectos citados, quais você considera que

ar
podem afetar o seu Projeto de Vida?
● O que você entendeu sobre o parâmetro utilizado para medir o grau de
concentração de renda em determinado grupo?

in
● Explique o que você entendeu sobre como o Índice de Gini é utilizado para
avaliar o nível de desigualdade de determinada população.

im
Em uma roda de conversa, os estudantes compartilham suas respostas para
compará-las e posteriormente, realizarem a consolidação delas. Prepare um painel
(que poderá ser digital) em que, para cada pergunta, os grupos possam apresentar
el
suas respostas, verificando o que há em comum e a percepção de cada um.
Depois, juntos, eles formulam um conceito ou ideia sobre o que foi apresentado no
vídeo.
Pr

Em continuidade, seguiremos com uma proposta elaborada com dados fictícios,


apresentados no quadro 1, sobre a distribuição de renda do país “A” em 2022, com
o objetivo de estimar o Índice de Gini. A fundamentação do cálculo do coeficiente
o

de Gini é baseada na “Curva de Lorenz”, uma curva que mostra como a proporção
ã

acumulada da renda ( R ) varia em função da proporção acumulada da população (


P ), estando os indivíduos ordenados pelos valores crescentes da renda.
rs

Oriente os estudantes a sentarem em um semicírculo para o estudo. Essa


organização da turma proporciona um melhor contato visual dos estudantes,
Ve

favorecendo o desenvolvimento de atividades que tem como proposta conversas


coletivas e, em alguns momentos, o apoio do quadro de giz para os
encaminhamentos. Estipule um tempo para essa atividade. A seguir, a turma
compartilhará suas percepções. Ao final, devem fazer as anotações das ideias
compartilhadas, complementando seu diário de bordo.

Professor, explique aos jovens que o Coeficiente de Gini é uma medida estatística
de desigualdade, muito usada para indicar o grau de concentração de renda de
uma região e seu cálculo é baseado na Curva de Lorenz.
Quadro 1: Distribuição de Renda do país A

1
Fonte: https://www.ipea.gov.br/ods/ods10.html (Acesso em: 16 dez. 2022).

31
Distribuição de Renda do país A

Proporção da população Proporção da renda

20% renda muito baixa 3,5 %

20% renda baixa 5,5%

20% renda média 10,20%

20% renda média alta 26%

20% renda alta 54,8%

ar
Fonte: Elaborado pelo autor

Professor, oriente os jovens na interpretação dos dados apresentados no quadro 1.


Por exemplo: a distribuição de renda ou distribuição de riqueza é o modo como se

in
processa a repartição da riqueza e dos bens socialmente produzidos, entre os
habitantes e entre os diferentes estratos da população de um país ou região.
Quadro 2: Distribuição relativa de renda do país A
im
Distribuição relativa de renda do país A
el
Proporção acumulada da população Proporção acumulada da renda
Pr

20% 3,5 %

40% 9,00 %
o

60% 19,20 %
ã

80% 45,2 %
rs

100% 100 %
Fonte: Elaborado pelo autor
Ve

No quadro 2, são apresentados os dados da proporção acumulada da população e


proporção acumulada da renda em percentuais acumulados.
Professor, oriente os jovens na elaboração e interpretação do gráfico da Curva de
Lorenz, que é uma maneira de representar graficamente, num plano cartesiano, a
distribuição relativa de uma variável, nesse caso a renda. Na figura abaixo temos
uma Curva de Lorenz hipotética:

32
ar
in
Fonte: Elaborado pelo autor


im
A reta traçada a 45º representa uma igualdade perfeita entre pessoas e
renda, ou seja, a hipotética situação de um país totalmente igualitário em termos de
el
distribuição de renda em que todos os habitantes possuem a mesma aquisição de
renda em termos de distribuição. Dessa forma, quanto mais próxima dessa
Pr

configuração apresentar-se a curva de Lorenz, menores serão as desigualdades de


renda no território analisado. Não há pessoas mais ricas, nem mais pobres nessa
situação. Por outro lado, se toda a renda ficasse retida nas mãos de uma pessoa, a
área de concentração seria igual ao triângulo situado abaixo da reta de igualdade.
o

● A área A é a chamada área de concentração, isto é, quanto maior a


concentração de renda, maior é esta área.
ã

𝐴
● O cálculo do Índice Gini é realizado pela razão entre A e A+B, ou seja .
rs

(𝐴+𝐵)

Para representar o gráfico da Curva de Lorenz da situação fictícia da distribuição


Ve

de renda do país A, explique aos estudantes que, no eixo (x), dispõem-se os


percentuais acumulados da população, sempre em ordem crescente de renda e, no
eixo (y), os percentuais acumulados da renda da região a ser calculada. No caso
do país A, há os seguintes valores acumulados representados nos eixos e a
seguinte curva no gráfico a seguir:

33
ar
in
Fonte: Elaborado pelo autor
im
el
Professor, na interpretação do gráfico, convém enfatizar: a reta de igualdade y = x
Pr

que representa uma distribuição perfeitamente igualitária. A área A, entre a reta de


igualdade e a curva que traçamos, representa a concentração de renda. Após a
apresentação do gráfico, sugerimos formular algumas questões que promovam o
diálogo entre os jovens, por exemplo:
o

Qual é o valor da área da região B?


ã

E da região A?
Qual é o Índice de Gini desse país?
rs

Professor, os estudantes devem selecionar e mobilizar conhecimentos


matemáticos para encontrar o valor da área da região B. Nesse sentido, é
Ve

necessário decompor a área B (distribuição real) em triângulos e trapézios de


modo que a área B = C + D + E + F + G. O gráfico a seguir ilustra a decomposição
da área B.

34
ar
in
im
el
Fonte: Elaborado pelo autor

𝐵= ( 20 ⋅ 3,5
)+ ( (9 + 3,5) ⋅20
)+ ( (19,20 + 9) ⋅ 20
)+ ( (45,20 + 19,20) ⋅20
)+ ( (100 + 45,20) ⋅ 20
)=
Pr

2 2 2 2 2

Área B = 35 + 125 + 282 + 644 + 1452 = 2.538 u.a


100 ⋅100 10.000
Área total A + B = 2
= 2
= 5000 u.a
o

Área de A = 5.000 - 2.538 = 2.462 u.a


ã

𝐴 2462
ìndice de Gini = (𝐴+𝐵)
= 5000
= 0, 4924
rs

Professor, lembre aos estudantes que, quanto mais próxima a curva de Lorenz
estiver da reta de igualdade, mais igualitária é a distribuição de renda e que,
Ve

quanto mais distante a curva de Lorenz estiver da reta de igualdade, mais desigual
é a distribuição de renda. Outra análise sobre a área A, que representa a
concentração de renda quanto mais desigual for um país, maior será a área A.
Quanto mais igualitário, menor será essa área.

SAIBA MAIS

Professor, sugerimos assistir o vídeo Como medir a concentração


de renda? Coeficiente de Gini. (Disponível em:
https://cutt.ly/n2ha2Jl . Acesso em: 27 dez 2022.)

35
Desenvolvimento
Semanas 10 e 11: 8 aulas
Professor, para ampliar os conhecimentos matemáticos dos estudantes, esta
atividade terá como foco investigar e analisar algumas situações que envolvam o
índice de Gini. Para esse momento, sugerimos a metodologia baseada em
resolução de problemas, ou problematização, que proporciona ao professor criar
problemas que ajudam os estudantes a manter o foco, propiciando condições para
a construção de conhecimentos, por meio da reflexão a partir da necessidade
de resolver um problema, ampliando as possibilidades de explorar objetos de
conhecimentos relacionados às habilidades propostas nesse aprofundamento.

ar
Retome a organização dos grupos e combine com eles o tempo de duração da
atividade.
Seguem-se algumas situações a serem propostas aos estudantes para esse

in
momento. E para nortear essa investigação, sugerimos considerar alguns aspectos
conceituais e procedimentais em cada uma das situações a seguir:

im
Situação 1: Supondo uma economia de 4 pessoas em que cada pessoa tem o total
da renda distribuída da seguinte maneira: uma pessoa possui 10% da renda, a
el
segunda pessoa 20%, a terceira pessoa 30% e a quarta pessoa 40%. Para essa
situação sugerimos, por exemplo, que os estudantes elaborem um quadro da
Pr

distribuição de renda e um gráfico com a curva de Lorenz referente à distribuição


relativa de renda e à reta de igualdade; determine a área entre a reta de igualdade
e a curva de Lorenz (área A). Encontre o coeficiente de Gini para a economia de 4
pessoas.
o

Situação 2: O gráfico da figura 1 representa a distribuição relativa de renda. Para


essa situação, a partir dos dados representados no eixos, sugerimos, por exemplo
ã

orientá-los a interpretar as informações para calcular a área entre a reta de


rs

igualdade e a curva de Lorenz (área α) e o coeficiente de Gini:


Ve

36
Fonte: Elaborado pelo autor

Situação 3: A distribuição de salários pagos em uma empresa pode ser analisada,


destacando-se a parcela do total da massa salarial que é paga aos funcionários.
Professor, nesse momento estabeleça um diálogo com os estudantes utilizando,
por exemplo: o estudo de caso de duas empresas com 10 funcionários em que os
salários de cada um não são iguais. Considerando do menor para o maior salário,
apresentado no quadro 1 a seguir:
Quadro 1: Salário

Salário (R$) na Empresa A Salário (R$) na Empresa B

4.000,00 1.200,00

ar
4.750,00 1.900,00

in
5.500,00 2.300,00

7.000,00 2,700,00

8.000,00

9.000,00
im 3.500,00

5.000,00
el
12.000,00 7.000,00
Pr

15.000,00 9.000,00

17.000,00 15.000,00

20.000,00
o

19.000,00

Fonte: Elaborado pelo autor


ã

Para esse estudo, solicite aos estudantes analisar a distribuição de renda das
rs

Empresas A e B considerando alguns aspectos:


● Organizar os dados das Empresas A e B em dois quadros distintos,
Ve

conforme modelo a seguir:


Quadro 2: Distribuição de Salário

Frequência
Frequência
acumulada
nº de Funcionário acumulada
Salário (R$) Salário (%) de
funcionário (%) de salário
funcionário
(%)
s (%)

37
Total
Fonte: Elaborado pelo autor

● Elaborar um gráfico adequado da distribuição relativa de salário das


Empresas A e B;
● Calcular o coeficiente de Gini;
● Analisar o coeficiente de Gini das empresas
● Criar uma hipótese de melhoria na distribuição de renda dos funcionários
das empresas e testá-la.

SAIBA MAIS

ar
in
Professor, sugerimos consultar a solução da situação 3 - A
distribuição de salários das empresas A e B. (Disponível em:
https://abrir.link/JMx1C . Acesso em: 19 jan. 2023.)
im
el
Situação 4: Os gráficos A e B a seguir, representam respectivamente a Renda
Domiciliar per capita e o Coeficiente de Gini no período de 2012-2019. Para essa
Pr

situação, sugerimos que, a partir da série histórica, apresentar questões como


estas: qual o período em que a renda média aumentou ou diminuiu? Nesses
períodos, o que você observa sobre os resultados do coeficiente de Gini?
Ocorreram alterações significativas no resultado do índice de Gini?
ã o
rs
Ve

(Fonte:http://dados.iesp.uerj.br/desigualdade-brasil/ . Acesso em: 20 dez. 2022.)

Professor, observe se os estudantes concluem que a renda média


aumentou 6,6% entre 2012 e 2014, diminuindo em 2015 em 3,3 % permanecendo
em queda pelos dois anos seguintes, em 2018, ocorreu um aumento de 3,97% em
relação ao ano anterior; por fim, em 2019, houve um aumento de 1,36% na renda

38
média. O índice de Gini apresentou um resultado na diminuição da desigualdade
até 2015; após esse ano, no período de 2016 a 2018, verifica-se um aumento do
resultado do índice, indicando um novo aumento na desigualdade, fazendo com
que o Brasil registrasse, no ano 2018, o maior nível da série: 0,545. Ao observar o
resultado do índice de Gini no período entre 2016 e 2018, é possível constatar um
crescimento de alguns décimos no coeficiente de Gini de um país, o que significa
na sociedade muito desigual alguns milhões de pessoas a mais vivendo na
pobreza, ou extrema pobreza.

Sistematização
Semana 12: 4 aulas
Professor, na sequência solicite que, organizados em grupos, os estudantes

ar
resolvam duas questões:
Situação 5: Questão 156 - ENEM 2016 - 2º dia - Prova cinza - aplicação regular

in
A distribuição de salários pagos em uma empresa pode ser analisada,
destacando-se a parcela do total da massa salarial que é paga aos 10% que

im
recebem os maiores salários. Isso pode ser representado na forma de um gráfico
formado por dois segmentos de reta, unidos em um ponto P, cuja abscissa tem
valor igual a 90, como ilustrado na figura.
el
No eixo horizontal do gráfico tem-se o percentual de funcionários, ordenados
de forma crescente pelos valores de seus salários e, no eixo vertical, tem-se o
percentual do total da massa salarial de todos os funcionários.
Pr
ã o
rs
Ve

O Índice de Gini, que mede o grau de concentração de renda de um


𝐴
determinado grupo, pode ser calculado pela razão 𝐴+𝐵 , em que A e B são as
medidas das áreas indicadas no gráfico.
A empresa tem como meta tornar seu Índice de Gini igual ao do país, que é
0,3. Para tanto, precisa ajustar os salários de modo a alterar o percentual que
representa a parcela recebida pelos 10% dos funcionários de maior salário em
relação ao total da massa salarial [Disponível em: www.ipea.gov.br. Acesso em: 4 maio 2016
(adaptado)].

39
Para atingir a meta desejada, o percentual deve ser
A) 40% B) 20% C) 60% D) 30% E) 70%
Fonte:https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-e-exames-educacionais/enem/prova
s-e-gabaritos ( Acesso em: 03 nov. 2022).

SAIBA MAIS

Professor, sugerimos consultar a solução da situação 5 - questão do


ENEM. (Disponível em: https://abrir.link/zrl04 . Acesso em: 08 nov.
2022.)

ar
Situação 6: Questão 159 - ENEM 2015 - 2º dia - Prova Azul - Aplicação regular

in
Segundo dados apurados no Censo 2010, para uma população de 101,8 milhões
de brasileiros com 10 anos ou mais de idade e que teve algum tipo de rendimento

im
em 2010, a renda média mensal apurada foi de R$ 1202,00. A soma dos
rendimentos mensais dos 10% mais pobres correspondeu a apenas 1,1% do total
de rendimentos desta população considerada, enquanto que a soma dos
rendimentos mensais dos 10% mais ricos correspondeu a 44,5% desse total.
el
Disponível em: www.estadao.com.br. Acesso em: 16 nov. 2011(adaptado).

Qual foi a diferença, em reais, entre a renda média mensal de um brasileiro que
Pr

estava na faixa dos 10% mais ricos e de um brasileiro que estava na faixa dos 10%
mais pobres?
A) 240,40 B) 548,11 C) 1 723,67 D) 4 026,70 E) 5 216,68
o

Professor, para o compartilhamento dos resultados, você poderá propor um painel


ã

de soluções para que os estudantes exponham suas estratégias na resolução das


de cada questão. O painel de soluções é um recurso metodológico de
rs

aprendizagem cooperativa, marcado pela valorização de diferentes modos de


resolução de um problema. Nessa proposta, o professor apresenta aos estudantes
Ve

uma situação desafiadora e, após a sua resolução, seleciona diferentes estratégias


e solicita aos estudantes as apresentem em um painel (quadro ou mural em papel),
possibilitando que todos conheçam os diferentes caminhos e formas de registros
utilizados para resolver uma mesma situação. Enquanto alguns grupos explicam
como pensaram a solução do problema, os demais comparam com suas próprias
formas de resolução e analisam se são parecidas ou diferentes da forma
apresentada no painel. Enquanto o grupo que explica desenvolve a argumentação
e a oralidade, o estudante ouvinte amplia o seu repertório com diferentes
estratégias para resolver os próximos problemas que enfrentar. Mesmo que
algumas resoluções não estejam completamente corretas, é importante que elas
também sejam compartilhadas para que, pela discussão, os estudantes percebam
os equívocos e como é possível avançar. Todos podem apontar caminhos para que
os colegas se sintam incentivados a prosseguir. O painel de solução não é apenas

40
uma exposição de resultados, mas, sim, uma ferramenta mobilizadora da
comunicação, de troca de saberes entre os estudantes e um exercício de
metacognição para todos, uma vez que, para apresentar ou contestar os colegas,
todos precisam pensar sobre como estruturaram para resolver o problema. Durante
a realização de um painel de soluções, há uma inversão de papéis: o professor
deixa de ser o detentor do conhecimento e o centro da aula, enquanto o estudante
exerce seu protagonismo, ao elaborar e apresentar seus conhecimentos e saberes.

AVALIAÇÃO

Professor, após esta atividade, você terá feito várias observações a respeito
dos desenvolvimentos das produções dos estudantes e na sua formação

ar
integral, verificando se identificam e explicam questões socioculturais e
ambientais, aplicando conhecimentos e habilidades matemáticas para avaliar e
tomar decisões em relação ao que foi observado.

in
Atividade 4im
el
Introdução
Pr

Semana 13: 4 aulas


Professor, o objetivo desta atividade é aprofundar a interpretação e a análise sobre
o significado de “O impacto de indicadores em seu projeto de vida”, com base em
dados estatísticos apresentados em relatórios oficiais sobre assunto ou
o

acontecimento de interesse público, difundidos pelos meios de comunicação, ou


não. Além das questões tratadas nos componentes acima, trazer para discussão
ã

outras situações impactam na desigualdade social.


rs

Para essa atividade, as aulas serão dedicadas à compreensão da análise


estatística de amostras probabilística dos dados divulgados em relatórios do PNAD
Contínua – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios realizada pelo Instituto
Ve

Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, que visa a produzir indicadores para


acompanhar as flutuações trimestrais e a evolução, a médio e longo prazo, da
força de trabalho, e outras informações necessárias para o estudo e
desenvolvimento socioeconômico do País. (Disponível em: https://cutt.ly/o0VbPk8
Acesso em: 22 dez. 2021.)

41
Organize os estudantes em grupos para compartilharem as análises
envolvendo a interpretação dos resultados numéricos de um relatório,
proporcionando um momento de troca de saberes e ideias, além da possibilidade
de comparar as diferentes interpretações que podem ocorrer. Oriente-os para os
aspectos que podem estar presentes para realizar uma análise mais aprofundada
dos dados estatísticos e produzir registros. Interpretar e analisar uma pesquisa
pronta é importante para repertoriar os estudantes para um próximo momento.
Disponibilize uma cópia com o resultado da pesquisa ou computadores com
acesso à internet, combine um tempo para realização dessa atividade, e oriente os
estudantes a produzirem um registro sobre o assunto, para que, no momento
seguinte, possam compartilhar com todos o que pesquisaram.
Professor, oriente os estudantes a fazer uma análise a partir de alguns
critérios, como, por exemplo, comparação dos indicadores. algumas orientações

ar
para nortear a leitura do relatório:

● Destaque um ou mais trechos do relatório que demonstrou avanço nos

in
resultados.
● Observe se os resultados dos indicadores da pesquisa se mantiveram
estáveis, cresceram ou decresceram. Estabeleça um comparativo para a sua


im
análise, com base em seus conhecimentos matemáticos, analisando o significado
por trás desses resultados.
No relatório, os resultados dos dados da pesquisa são apresentados em
porcentagens ou números absolutos. Escolha um trecho de uma das situações e
el
analise o impacto desses resultados no planejamento de políticas públicas.
● Produza um pequeno texto sobre a relação que você consegue estabelecer
Pr

com análise do relatório e a proposta do componente “O Impacto de indicadores


em seu projeto de vida”.

Ao concluírem a produção dos textos, promova uma roda de conversa em que os


estudantes compartilhem suas ideias sobre a análise do relatório. Ao final, solicite
o

aos estudantes a acrescentar anotações no diário de bordo.


ã

Desenvolvimento
rs

Semanas 14 e 15: 8 aulas


Professor, o objetivo é aplicar um dos indicadores estudados nas atividades
Ve

anteriores ou a criação de um novo com base em uma pesquisa estatística


amostral, tendo como base o levantamento das informações necessárias que
constituem cada indicador a partir da coleta de dados da comunidade local ou da
escola. Para isso, os grupos deverão realizar o levantamento das informações
necessárias que constituem cada indicador; por exemplo, o índice de Gini,
estudado neste aprofundamento, que mede o grau de concentração da distribuição
de renda domiciliar per capita de uma determinada população e em um
determinado espaço geográfico. Os dados a serem levantados são a área em que
ocorrerá a pesquisa e a renda domiciliar per capita dos moradores dessa área.

SAIBA MAIS

42
Professor, sugere-se uma consulta à publicação Construção e
análise de indicadores. Trata-se de um instrumento que objetiva
auxiliar na construção, na interpretação e análise de indicadores.
(Disponível em: https://cutt.ly/D2ni8QS . Acesso em: 06 jan. 2023.)

Professor, na continuidade, planejar uma pesquisa estatística amostral em que os


estudantes optem por uma pesquisa estatística com amostra probabilística, ou não
probabilística, motivados pelas discussões e aprendizagens das situações
analisadas até o momento. Organize os estudantes em grupos, combinando um
tempo a fim de que os jovens definam um tema, para que, no momento seguinte,
avancem para o planejamento da pesquisa estatística. Definido o tema de cada

ar
grupo, sugerimos a socialização e criação de um quadro síntese.

in
Na continuidade, proponha aos estudantes realizarem o registro no quadro dos
aspectos a seguir: definição do problema (o que pesquisar, e por que pesquisar?)
justificativa (o motivo de interesse nessa informação); público-alvo (quem
im
participará?); tipo de pesquisa (amostral - uma amostra da população estatística é
consultada); instrumento adequado para coleta de dados (questionário físico ou
eletrônico, votação, entrevistas ou algum outro meio).
el
Pr

Quadro síntese
ã o

Tema Definição Justificativa Público-alvo Tipo de Instrumento para


do pesquisa a coleta de dados
Problema
rs
Ve

Grupo A

Grupo B

Grupo C

Fonte: Elaborado pelo autor

43
DE OLHO NA INTEGRAÇÃO

Professor, oriente os grupos para conversar com os professores responsáveis


pelos componentes C2: Leitura e interpretação de dados socioeconômicos
e C3: Cidadania e as políticas públicas na desigualdade, conforme o tema
escolhido por eles que mais se relaciona, para receber orientações sobre
viabilidade, relevância e aspectos contrários ou favoráveis ao tema, e
sugestões de abordagens, na perspectiva de mostrar “o impacto de
indicadores em seu projeto de vida”

Retome, verificando com os grupos qual o público-alvo escolhido para a pesquisa


planejada. Solicite que analisem a possibilidade e a viabilidade de realizar uma

ar
pesquisa amostral probabilística ou não.

Professor, sob sua mediação, promova uma reflexão sobre a população amostral,

in
com problematizações sobre a respeito da definição da população que
representará o público-alvo como garantir que uma amostra não seja tendenciosa e

im
que possibilite conclusões. Apresentamos essas sugestões de questões
norteadoras para inspirar o seu planejamento das reflexões: “Como determinar a
parte da população do público-alvo que fará parte da pesquisa?”; “São necessários
el
critérios para determinar as características das pessoas que farão parte dessa
amostra?”; “Como determinar a quantidade de pessoas para a amostra?”.
Pr

Em continuidade, os grupos devem decidir qual será a técnica de seleção de


amostra a ser adotada na pesquisa planejada. É normal que tenham dúvidas na
definição da melhor técnica; portanto, lembre-se de três pontos que os grupos
o

também devem considerar: recursos e tempo disponíveis, e dificuldade em realizar


a coleta dos dados. Para essa etapa, peça-lhes para incluir a técnica de amostra
ã

escolhida no quadro síntese.


rs

SAIBA MAIS
Ve

Para o cálculo do tamanho da amostra, sugere-se o artigo:


Cálculo de tamanho de amostras: proporções. (Disponível em:
https://cutt.ly/gFNySVF. Acesso em: 06 jan. de 2023.)

Proponha aos estudantes uma situação em que possam aplicar os conhecimentos


sobre o tamanho da amostra, para que, no momento seguinte, utilizem na sua
pesquisa, interpretando as variáveis e aplicando os algoritmos da estatística.

44
Agora é o momento para a criação do instrumento para a coleta de dados de uma
pesquisa. Organize os estudantes em grupos, disponibilizando uma cópia com o
texto “Instrumentos de coleta de dados em pesquisas educacionais” (Disponível
em: https://cutt.ly/bEdZWaA Acesso em: 06 jan. 2023.), ou computadores com
acesso à internet. Combine um tempo para essa atividade. Após a leitura, os
grupos devem definir qual instrumento utilizarão na busca de informações, e, em
seguida, elaborar e criar o instrumento para a coleta de dados. Sugere-se que
proporcione um momento, para que cada grupo aplique o instrumento idealizado
nos demais estudantes da turma, modo de verificar se as respostas obtidas e as
questões elaboradas são suficientes para obtenção dos dados almejados pela
pesquisa.

ar
Professor, os grupos devem elaborar o cronograma para a execução da pesquisa,
incluindo o período estimado para realizá-la e apresentar os resultados. Converse
com os estudantes sobre algumas condutas éticas a serem respeitadas de forma a

in
garantir os direitos e liberdade dos sujeitos participantes da pesquisa, e explicar
que os dados coletados serão confidenciais. Destaque a importância de construir

im
relações interpessoais com base no diálogo e respeito à diversidade, agindo de
forma ética e responsável para consigo e para com o outro.
el
Converse com os estudantes sobre a organização dos dados que podem
evidenciar diversos aspectos do assunto ou fenômeno que está sendo estudado,
permitindo-lhes tirar importantes conclusões.
Pr

Solicite aos grupos que listem os principais aspectos que se deve levar em
consideração na organização dos dados coletados. Se os dados brutos, ou seja, os
dados coletados sem nenhum tipo de tratamento, forem organizados em uma
o

planilha eletrônica –que possui a vantagem de flexibilidade de inserir novas


ã

informações, e comporta uma grande quantidade de dados .os erros que podem
ocorrer no processo de organização e tratamento das informações serão, com isso
rs

minimizados.. Vale ressaltar que não existe uma forma única de preparar uma base
de dados para análise. .
Ve

Sistematização
Semana 16: 4 aulas

Professor, após os estudantes organizarem os dados, sugerimos iniciar sua análise


estatística. Essa análise requer determinar os valores das Medidas de Tendência
Central e das Medidas de Dispersão dos dados. Recomendamos o uso de
planilhas eletrônicas, que possuem uma série de fórmulas matemáticas, visando
agilizar os cálculos relativos aos dados da pesquisa estatística, tais como: obter a
média aritmética, a mediana, a variância, o desvio padrão, e muitas outras, que
auxiliam nas análises das medidas de centralização e dispersão. As planilhas

45
também permitem fazer representações gráficas, e contam com a importação da
seleção do melhor gráfico para representar cada tipo de conjunto de dados.

A moda e a média aritmética são duas medidas utilizadas para caracterizar a


pesquisa de determinado grupo de valores, possibilitando compará-los em
populações diferentes. A moda e a mediana podem ser encontradas utilizando as
planilhas eletrônicas, a partir de ferramentas de classificação.

Para agilizar os cálculos estatísticos com uma quantidade muito grande de dados,
as planilhas eletrônicas possuem funções para cálculos de variância e
desvio-padrão que exigem apenas a seleção das células que contêm os dados a
serem considerados.

ar
Os grupos devem então se organizar para realizar a análise estatística da
pesquisa. Para orientar a análise dos grupos, exponha questões como: após

in
calcular as medidas de tendência central, qual delas expressa melhor a tendência
dos valores observados? Houve uma discrepância considerável entre eles, ou a
ocorrência foi mais uniforme?
im
Em algumas das variáveis existe a presença de um valor bem maior ou bem menor
do que os demais? Em caso afirmativo, nessa variável a média aritmética é a
el
melhor medida para traçar o perfil do conjunto de valores?

Nas variáveis que apresentaram valores bem maiores e bem menores em


Pr

comparação às medidas calculadas, elencar quais os fatores podem ser


relacionados a esses fatos. É possível criar uma hipótese para mudar esse cenário
para melhor?
o

Analise com eles se a distribuição dos dados obtidos em suas pesquisas pode ser
ã

considerada normal. No caso de dados com duas ou mais modas ou medidas


centrais, ou média, moda e mediana muito distantes, temos o caso de
rs

distribuições nesse caso, vale investigar os motivos que geram essas diferenças na
incidência dos dados.
Ve

AVALIAÇÃO

Professor, prepare uma devolutiva a partir de suas observações durante o


percurso e das etapas do planejamento estudadas até o momento, como forma
de sinalizar se os estudantes estão se aproximando das habilidades propostas
para esse componente, e o que falta para que eles alcancem essas
habilidades. Para isso, considere se os estudantes utilizam e sistematizam
informações resultantes de investigações científicas; reconhecem e analisam
questões sociais, culturais e problemas sociais, estabelecendo uma integração

46
com os demais componentes curriculares deste aprofundamento e planejam as
etapas da pesquisa estatística definidas até a análise estatística.

Atividade 5

ar
Introdução

in
Semana 17: 4 aulas

im
Professor, o objetivo desta Atividade é elaborar as apresentações utilizando o
recurso de comunicação denominado como “elevator picth”. Para isso, solicite aos
estudantes que retomem as anotações do diário de bordo para que possam
el
selecionar e sistematizar dados, com base nas aprendizagens realizadas sobre a
contribuição da Matemática na explicação de fenômenos de natureza científica e
Pr

social, identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante


argumentação para envolver outras pessoas no sentido de que reflitam e
considerem o impacto de indicadores em seu projeto de vida. Apresente aos jovens
o "elevator pitch”. Trata-se de um vídeo de 3 a 5 minutos, com o intuito de vender
o

uma ideia, apresentar um produto ou serviço de forma mais clara e sucinta.


Apresente esse gênero da comunicação e determine um tempo para que
ã

conheçam e se familiarizem com ele.


rs

SAIBA MAIS
Ve

No site do Sebrae, encontramos a origem do termo Elevator pitch


que seria nada menos que a versão breve da história ao ponto de
ser contada durante o trajeto de elevador e dicas de como fazer um
Pitch. Você sabe o que é Pitch? (Disponível em:
https://cutt.ly/rWCticX. Acesso em: 10 set 2021.)

Desenvolvimento
Semana 18 e 19: 8 aulas

47
Professor, o objetivo é elaborar o elevator pitch sobre o que de essencial deve ser
abordado. Organize os estudantes em grupos, eles devem construir um roteiro,
destacando o trabalho realizado durante o semestre letivo no componente “O
impacto de indicadores em seu projeto de vida”. Após a discussão acerca da
construção do pitch, oriente, auxilie e viabilize os recursos tecnológicos para a
realização da atividade.
Para organizar a produção do texto, há algumas informações que podem ser
abordadas, tendo em vista persuadir pessoas a valorizar o indicador, como um
recurso metodológico para auxiliar a interpretação da realidade de uma forma
sintética e operacional. Pode ser utilizado para o diagnóstico de determinada
condição (econômica, social, educacional, entre outros), para o monitoramento e
avaliação de políticas públicas e para a pesquisa de um modo geral. Considere,
como sugestão:

ar
● Apresentar o que são indicadores, por exemplo: eles devem ser
especificados, por meio de métricas estatísticas, usualmente formados por

in
porcentagem, média, número absoluto, proporção e índice.
● Apresentar os componentes básicos de um indicador, por exemplo, Medida:
grandeza qualitativa ou quantitativa que permite classificar as características;

im
Fórmula: padrão matemático que expressa à forma de realização do cálculo; Meta:
índice (número) orientado por um indicador em relação a um padrão de
comparação a ser alcançado durante certo período, como, por exemplo: na Saúde
el
–leitos por mil habitantes, percentual de crianças nascidas com baixo peso; na
Educação – taxa de analfabetismo, escolaridade média da população de 15 anos
ou mais; na Segurança – mortes por homicídios, roubos à mão armada por cem mil
Pr

habitantes; na Habitacional – posse de bens duráveis, densidade de moradores por


domicílio, esgotamento sanitário; na Demografia – esperança de vida ao nascer,
densidade demográfica e no Mercado de trabalho – taxa de desemprego,
rendimento médio real do trabalho.
o

Em seguida, definir quais recursos estariam disponíveis para a produção desse


ã

vídeo e, definição da duração de cada vídeo, entre 3 e 5 minutos. Após a


elaboração do pitch, sugerimos que testem entre os grupos se a produção é
rs

convincente e traz as aprendizagens do trabalho realizado. Para finalizar,


sugerimos que convidem outras turmas, familiares e comunidade, para que
conheçam o trabalho realizado nesta etapa escolar.
Ve

Sistematização
Semana 20: 4 aulas
Como fechamento deste percurso, este é o momento de preparar uma devolutiva
com foco na avaliação das aprendizagens esperadas e alcançadas pelos jovens.
Propomos que se verifique o impacto desse componente no projeto de vida dos
estudantes e que seja avaliado o desenvolvimento de seu trabalho, registrando
pontos fortes e pontos a serem melhorados nesta unidade curricular, ao ser
proposta para outras turmas.

AVALIAÇÃO

48
Destaque avanços e pontos que podem ser aperfeiçoados pela turma em relação
às habilidades que foram planejadas para o percurso e considere os seguintes
aspectos:
- Investigaram e analisaram situações-problema, identificando e selecionando
conhecimentos matemáticos relevantes para uma dada situação, elaborando
modelos para sua representação;
- Levantaram e testaram hipóteses sobre variáveis que interferem na
explicação ou resolução de uma situação-problema; elaboram modelos com
a linguagem matemática para analisá-la, avaliando a sua adequação em
termos de possíveis limitações, eficiências e possibilidades de
generalização;
- Selecionaram e sistematizaram, com base em estudos e/ou pesquisas
(bibliográfica, exploratória, de campo, experimental etc.) em fontes

ar
confiáveis, informações sobre a contribuição da Matemática na explicação
de fenômenos de natureza científica, social, profissional, tecnológicos,
identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante

in
argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos recursos utilizados na
pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.
- Selecionaram e mobilizaram intencionalmente recursos criativos
im
relacionados à Matemática para resolver problemas de natureza diversa,
incluindo aqueles que permitam a produção de novos conhecimentos
matemáticos, comunicando com precisão suas ações e reflexões
el
relacionadas a constatações, interpretações e argumentos, bem como
adequando-os às situações originais.
- Selecionaram e mobilizaram intencionalmente conhecimentos e recursos
Pr

matemáticos para propor ações individuais e/ou coletivas de mediação e


intervenção sobre problemas socioculturais e problemas ambientais.
- Desenvolveram projetos pessoais ou produtivos, utilizando processos e
conhecimentos matemáticos para formular propostas concretas, articuladas
o

com o projeto de vida.


ã
rs
Ve

49
Componente 2: Leitura e interpretação de
dados socioeconômicos

Introdução
Duração: 45h
Aulas semanais: 3
Quais professores podem ministrar este componente: Geografia ou

ar
Sociologia.

Informações gerais: Dentro da proposta que integra a UC, isto é, a de que os

in
estudantes consigam se posicionar de modo consciente e protagonista perante os
desafios socioeconômicos de sua realidade, a partir de indicadores estudados – o
componente propõe a problematização de alguns indicadores a serem relacionados

im
com situações reais, tais como: PIB, coeficiente de Gini, IDH, Mediante a produção
de esquemas, mapas mentais, textos e resumos eles poderão registrar suas
interpretações, trazendo para o debate questões mais aprofundadas. Através da
aprendizagem colaborativa e das aulas invertidas, o processo culminará com um
el
debate de ideias, registrado em vídeos, contribuindo com o produto que integra a
UC e é conduzido pelo Componente Curricular 1: O impacto de indicadores em seu
Pr

projeto de vida na forma de um Festival de Curtas na linguagem elevator pitch.

Objetos de conhecimento:
Dados e indicadores socioeconômicos (população, trabalho e renda, pobreza e
desigualdade, saúde, educação, domicílios e família); indicadores de condições de
o

vida (IDH, IPVS e outros): conceitos e fontes de dados; dados socioeconômicos e


ã

demográficos (IBGE, IPEA, Seade, Ministério da Saúde, Ministério da Educação,


dentre outros) – agências internacionais produtoras de indicadores
rs

socioeconômicos e demográficos.

Competências e Habilidades da Formação Geral Básica a serem


Ve

aprofundadas: Competências 4 e 6.

EM13CHS402 Analisar e comparar indicadores de emprego, trabalho e


renda em diferentes espaços, escalas e tempos,
associando-os a processos de estratificação e
desigualdade socioeconômica.

EM13CHS606 Analisar as características socioeconômicas da sociedade


brasileira - com base na análise de documentos (dados,
tabelas, mapas etc.) de diferentes fontes – e propor
medidas para enfrentar os problemas identificados e

50
construir uma sociedade mais próspera, justa e inclusiva,
que valorize o protagonismo de seus cidadãos e promova
o autoconhecimento, a autoestima, a autoconfiança e a
empatia.
Eixos Estruturantes e suas Competências e Habilidades: Investigação
Científica, Processos Criativos, Mediação e Intervenção e Social e
Empreendedorismo.

Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou


pesquisas (bibliográfica, exploratória, de campo,
experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre
temas e processos de natureza histórica, social, econômica,

ar
filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional,
EMIFCHS03
nacional e/ou global, identificando os diversos pontos de vista
e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado

in
de citar as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e
buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes
mídias.
im
Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e
inovadoras para problemas reais relacionados a temas e
el
EMIFCHS06 processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica,
política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou
global.
Pr

Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e


recursos das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para
propor ações individuais e/ou coletivas de mediação e
o

EMIFCHS08 intervenção sobre problemas de natureza sociocultural e de


natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou
ã

global, baseadas no respeito às diferenças, na escuta, na


rs

empatia e na responsabilidade socioambiental.

Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para


Ve

resolver problemas de natureza sociocultural e de natureza


EMIFCHS09
ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e


recursos das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para
EMIFCHS11
desenvolver um projeto pessoal ou um empreendimento
produtivo, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.

Os Eixos estruturantes de cada etapa das atividades são indicados pelos


seguintes ícones:

51
Investigação Científica

Processos Criativos

Empreendedorismo

Mediação e Intervenção Sociocultural

ar
Atividade 1

in
Introdução
Semana 1: 3 aulas
im
Professor, converse com os estudantes a proposta desta Unidade Curricular, com
ênfase neste Componente Curricular e as atividades que serão desenvolvidas ao
el
longo do semestre. Esclareça aos estudantes que as atividades desenvolvidas
estão integradas com os demais componentes, em especial, com o Componente
Curricular 1: O impacto de indicadores em seu projeto de vida.
Pr

Neste momento inicial, é importante informar o percurso que eles vão desenvolver,
estabelecer combinados e as formas avaliativas que serão utilizadas durante suas
atividades realizadas. Ressalte que as atividades culminarão no Festival de Curtas
o

produzidos por eles, utilizando a linguagem elevator pitch (ou conversa de


elevador).
ã

Em seguida, realize um momento de sensibilização dentro da temática da Unidade


Curricular 6: Indicadores sociais: o que isso muda na minha vida? Para isso, realize
rs

um diálogo a partir das seguintes questões norteadoras:


● Qual a relação entre indicadores socioeconômicos e meu projeto de vida?
Ve

● De que forma meu projeto de vida é potencializado ou afetado por


indicadores socioeconômicos?
Para isso, retome com os estudantes seus projetos de vida e a definição de
indicadores, utilizando vídeo MDS – O que são indicadores?

MDS – O que são indicadores? Duração: 2’45”. (Disponível


em: https://youtu.be/2Ns1Bnmhrn4 Acesso em: 26 out.
2022.)

Para que os estudantes possam relembrar alguns indicadores sociais e


econômicos, solicite uma breve pesquisa no site do IBGE, , em especial, no Painel
de Indicadores, https:// www. ibge. gov.br/indicadores.html?view=default a fim de

52
identificarem alguns indicadores já estudados por eles e quais estão relacionados
ou influenciam seu projeto de vida.
Proponha um momento de compartilhamento entre os estudantes e um registro que
sistematize as discussões realizadas pela turma. Como sugestão propomos a
elaboração de um mapa mental que evidencie o projeto de vida dos estudantes e
sua relação com os indicadores socioeconômicos elencados por eles nesse
primeiro momento.

SAIBA MAIS

ar
in
SILVA, Danilo Geraldo. Guia do Elevator Pitch: Workshop
Educacional para estímulo do Perfil Empreendedor no
Ensino Médio. (Disponível em: https://cutt.ly/kNhHBDr
Acesso em: 26 out. 2022.)
im
Elevator Pitch – 2017. Para conhecer mais sobre a linguagem
elevator pitch, selecionamos uma playlist do programa do Sebrae
el
Minas que traz a oportunidade de apresentar ideias de negócio em
40 segundos dentro de um elevador.
Sebrae Minas. Disponível em: (https://www.youtube.com/
Pr

playlist?list=PL-LlsiT-1bb-rDLkIfq8p-VVFoKI_2S-D Acesso em: 26 out. 2022.)

Desenvolvimento
o

Semanas 2 e 3: 6 aulas
ã
rs

Após a retomada dos projetos de vida dos estudantes e dos indicadores sociais e
econômicos identificados por eles no site do IBGE, propomos uma análise da
realidade brasileira a partir dos indicadores.
Ve

Para engajá-los nas atividades, inicie esta etapa dialogando com os estudantes,
informando queo Brasil pode ser retratado de diferentes formas, inclusive por meio
de indicadores que quantificam uma determinada realidade.
Contudo, antes de entrar na análise dos dados, proponha a análise de músicas que
evidenciem em suas letras as desigualdades de nosso país em diferentes épocas.
Segue algumas sugestões para esse momento:
● Cidadão, composta na década de 1970 pelo poeta Lúcio Barbosa e
interpretada por Zé Ramalho em 1992;
● Que país é esse? Renato Russo de 1987;
● Brasil, Cazuza de 1988;
● Nego Lutou, lançada por Fióti em 2017;
● Povo Guerreiro, lançada por Criolo em 2018.

53
Realize a curadoria da(s) música(s) que vai trabalhar com seus estudantes, de
acordo com o perfil de sua turma.Se possível, diversifique os estilos musicais e
contextos históricos retratados. Para este momento de apreciação, sugerimos a
exibição de vídeos/videoclipes que tragam a letra da música, para que estudantes
identifiquem os trechos que evidenciem a(s) desigualdade(s) retratada(s). Para
ampliar, você pode solicitar dos estudantes se eles conhecem outras músicas que
retratam a realidade brasileira atual e quais são as desigualdades e problemas
sociais relatados em suas letras.
Posteriormente, proponha a elaboração de um Mural Colaborativo que retrate a
realidade em que eles vivem (bairro ou município) por meio de fotografias, a fim de
identificar as desigualdades sociais e econômicas encontradas por eles em seu
cotidiano. Combine com os estudantes e com a gestão escolar a maneira mais
adequada para o desenvolvimento dessa atividade, podendo ser um trabalho de

ar
campo ao entorno da escola ou uma aula invertida, no qual desenvolverão os
registros extraclasses. Defina também o formato do painel, se será físico ou virtual
e os critérios de seleção das imagens. Separe um momento para o

in
compartilhamento das realidades retratadas e para elaboração do painel pelos
estudantes. Por fim, esclareça que esse painel será revisitado durante as próximas
atividades.
im
Após a elaboração do painel, fomente a seguinte discussão: Podemos considerar
que o Brasil é um país rico? Diante disso, pergunte a eles: Quais indicadores
socioeconômicos validam suas afirmações?
el
Neste momento, proponha um momento de investigação a partir da leitura e
interpretação dos seguintes indicadores socioeconômicos:
Pr

● Produto Interno Bruto (PIB);


● Índice de Desenvolvimento Sustentável (IDH) e
● Coeficiente de Gini.
o

Para esse momento de investigação estabeleça com eles algumas questões


ã

norteadoras e indique fontes confiáveis de pesquisa, tais como:


Qual foi o PIB do Brasil nos últimos anos? Qual o PIB per capita
rs

brasileiro? Esse valor seria adequado para a população brasileira


(se fosse dividido igualmente a riqueza produzida)? Qual
a posição do Brasil no ranking do PIB mundial? Quais
Ve

PIB
são os países que lideram? Qual a diferença do Brasil
para os demais?
IBGE. (Disponível em: https://www.ibge.gov.br/explica/pib.php
Acesso em: 27 out. 2022.)
Quais os aspectos utilizados para calcular o IDH? Qual a posição
que o Brasil ocupa em relação aos outros países? Como
podemos classificar o Brasil de acordo com o IDH?
PNUD. (Disponível em:
https://www.undp.org/pt/brazil/idh Acesso em: 27 out.
IDH 2022.)
ONU News. (Disponível em: https://news.un.
org/pt/tags/indice-de-desenvolvimento-humano
Acesso em: 27 out. 2022.)

54
O que o coeficiente de Gini mede? Quais foram os resultados
obtidos pelo Brasil nos últimos anos? Houve melhora ou piora em
relação a esse indicador?
Coeficient IBGE. Síntese de indicadores sociais: uma análise
e de Gini das condições de vida da população brasileira.
(Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/
visualizacao/livros/liv101892.pdf Acesso em: 27 out. 2022.)

Essa atividade pode ser feita em grupos, de forma colaborativa,. Combine


com eles as formas de registros e a metodologia que será utilizada para a
socialização das informações coletadas.

Sistematização

ar
Semana 4: 3 aulas
Professor, a partir dos dados coletados pelos estudantes, proponha um debate em
forma de mesa redonda a partir da frase do economista André Urani:

in
“O Brasil não é um país pobre. É, na verdade, um país com grande quantidade de

im
pobres. A principal causa de nossa pobreza é o excesso de desigualdade social”.
Fonte: Idea Sustentável. Entrevista com André Urani – "O Brasil não é um país pobre" Disponível em:
https://ideiasustentavel.com.br/entrevistas-o-brasil-nao-e-um-pais-pobre-mas-um-pais-com-grande-quantidade-de-p
obres/ Acesso em: 27 out. 2022.
el
Para essa atividade, esclareça que o formato de mesa-redonda é muito utilizado
Pr

nos meios acadêmicos e tem como objetivo aprofundar as discussões, podendo ter
opiniões contrárias ou complementares sobre um tema. Proponha que eles
organizem o evento, selecionando os estudantes convidados (representantes de
cada grupo); o tempo de fala de cada um deles, o local e dia do evento.
ã o

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
rs

No componente 1:O impacto de indicadores em seu projeto de vida, na atividade


2, será explorado o IDH e seus valores, aproveite para aprofundar esse assunto,
Ve

se julgar necessário solicite uma produção escrita sobre o tema.

AVALIAÇÃO

Professor, é importante que realize registros sobre o desenvolvimento e a


participação dos estudantes durante todo o processo. Nessa atividade, há vários
momentos de trabalhos colaborativos. Portanto, estabeleça critérios avaliativos
que incentivem o engajamento dos estudantes durante as atividades propostas.
Além disso, incentive-os a realizar anotações pessoais sobre suas aprendizagens
e conclusões da turma.

55
Atividade 2

Introdução
Semana 5: 3 aulas
Professor, ao longo dessa atividade vamos nos aprofundar no estudo da realidade
brasileira a partir da leitura e interpretação de dados estatísticos obtidos e
divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD
Contínua.
Neste sentido, sugerimos uma breve contextualização desse indicador e suas
características. Além disso, seria interessante exibir inicialmente o vídeo IBGE

ar
Explica:

Como saber os dados sobre trabalho, renda e educação no

in
Brasil? IBGE Explica. Duração: 4’46”. (Disponível em:
https://youtu.be/d16l3XgLhf0 Acesso em: 16 nov. 2022.)

IBGE para enriquecer esse


im
Em seguida, elenque com os estudantes as principais características da PNAD
Contínua apresentadas no vídeo e indique a página da PNAD Contínua no site do
momento inicial, disponível em:
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/9171-pesquisa-nacional-por-
el
amostra-de-domicilios-continua-mensal.html?=&t=o-que-e (Acesso em: 16 nov.
2022).
Pr

Por fim, solicite aos estudantes a elaboração de um Mapa


Mental sobre PNAD Contínua que sistematize de forma
clara e objetiva as principais características elencadas pela
turma.
o

Desenvolvimento
ã

Semanas 6 e 7: 6 aulas
rs

Para o desenvolvimento dessa atividade, propomos a utilização da metodologia


ativa baseada na aprendizagem colaborativa, denominado método “Jigsaw”.
Ve

Nessa metodologia, os estudantes serão divididos em grupos heterogêneos, que


terão o desafio traçar o perfil da sociedade brasileira, a partir de indicadores
socioeconômicos apresentados na PNAD Contínua. Esta atividade desenvolve-se
em três etapas distintas de acordo com o método Jigsaw.

SAIBA MAIS

56
FATARELI, Elton Fabrino et al. Método Cooperativo de Aprendizagem
Jigsaw no Ensino de Cinética Química. (Disponível em:
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc32_3/05-RSA-7309_novo.pdf
Acesso em: 16 nov. 2022.)

BIANCHINI, B. L.; GOMES, E. LIMA, G. L. Método Jigsaw de


aprendizagem cooperativa – explorando o conceito da função.
(Disponível em:
http://www.sbembrasil.org.br/enem2016/anais/pdf/5674_3269_ID.pdf
Acesso em: 16 nov. 2022.)

Primeiramente, separe os grupos de forma que cada integrante fique


responsável por um indicador a ser pesquisado e aprofundado. Nesse sentido,

ar
sugerimos os seguintes indicadores: 1) Mercado de Trabalho; 2) População; 3)
Educação; 4) Acesso a TV, internet e celular. Caso julgue necessário, poderá
sugerir outro indicador; contudo, não se esqueça de indicar fontes e materiais

in
confiáveis para pesquisa. Sugerimos o indicador “violência” para ampliar a análise
dos estudantes.
Primeira etapa – Grupos de Base
im
Inicialmente, explique aos estudantes que cada integrante ficará responsável
por coletar dados e informações sobre um dos indicadores apresentados na
el
PNAD Contínua. Por exemplo, numa turma com 20 estudantes, teríamos
quatro grupos com cinco integrantes, sendo que cada um ficaria responsável
por um dos indicadores mencionados acima.
Pr

Essa pesquisa tem como objetivo possibilitar que os estudantes realizem a


leitura desses indicadores e tracem o perfil da população brasileira. Portanto,
é fundamental estabelecer com os estudantes os itens que deverão conter
na pesquisa, como dados estatísticos, evolução histórica, notícias recentes
o

sobre o indicador, dentre outros que julgar pertinentes.


Para apoiá-los nesse processo de investigação, indique materiais e sites que
ã

trazem informações atuais da PNAD Contínua, como:


Painel PNAD Contínua. (Disponível em: https://painel.ibge. gov.br/pnadc/
rs

Acesso em: 16 nov. 2022.)


● Sidra IBGE. (Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/
Ve

pnadcm/tabelas Acesso em: 16 nov. 2022.)


● IPEA. Carta de conjuntura. Indicadores mensais do mercado de
trabalho. (Disponível em: https://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/
index.php/2022/11/indicadores-mensais-do-mercado-de-trabalho-9/
Acesso em: 16 nov. 2022.)
● Agência IBGE Notícias. Disponível em: (https://agenciadenoticias.
ibge.gov.br/ Acesso em: 16 nov. 2022.)
Caso, selecione o indicador “Violência”, sugerimos as seguintes fontes:
● IPEA. Atlas da Violência – 2021. (Disponível em: https://
forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2021/12/atlas-violencia-20
21-v7.pdf Acesso em: 16 nov. 2022.)
● IPEA. Infográfico – Atlas da Violência. (Disponível em:
https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2021/08/atlas-violen
cia-2021-infografico-v4.pdf Acesso em: 16 nov. 2022.)

57
● Instituto Sou da Paz. (Disponível em: https://soudapaz.org/ Acesso
em: 16 nov. 2022.)
Segunda etapa – Grupos de Especialistas
Após a pesquisa individual, os estudantes se separam do grupo de base
original e se agrupam de acordo com os indicadores escolhidos, isto é, todos
que ficaram com o indicador “Mercado de trabalho” se reúnem em um
mesmo grupo, e assim sucessivamente.
Agora, os estudantes vão compartilhar o resultado de sua pesquisa, com a
finalidade de complementar e enriquecer os conhecimentos sobre o indicador
selecionado, para se tornarem especialistas.
É fundamental que eles realizem os registros dessa etapa, sistematizando
todas as informações coletadas, pois esses registros serão fundamentais
para a próxima etapa.

ar
Terceira etapa – Retorno aos Grupos de Base.
Nesta etapa, cada estudante especialista retornará ao seu grupo base, ou
seja, o primeiro grupo formado, com objetivo de compartilhar com os demais

in
colegas o que aprendeu sobre o indicador estudado.
Neste momento, o grupo vai compartilhar os conhecimentos adquiridos por
cada especialista, de modo que todos se apropriem dos indicadores sociais e
econômicos estudados.

Sistematização
im
el
Semana 8: 3 aulas
Pr

Professor, a partir dos conhecimentos adquiridos na etapa anterior, solicite aos


estudantes retomarem ao Mural elaborado na Atividade 1, com o objetivo de
categorizar as imagens e fotos de acordo com os indicadores estudados até o
momento.
o

Além de categorizar as fotos e imagens já coletadas, eles podem inserir novas


imagens que retratem a realidade brasileira de acordo com os indicadores
ã

estudados.
rs

Por fim, proponha aos estudantes que criem frases de impactos para apresentar no
mural, com base nas informações e dados coletados.
Ve

AVALIAÇÃO

Ressaltamos a importância de a avaliação ser processual e contínua ao longo de


todas as etapas desta atividade. Os registros realizados pelos estudantes devem ser
considerados no processo avaliativo, bem como sua participação e engajamento nas
atividades.
Para esta atividade, sugerimos também a aplicação de uma autoavaliação aos
estudantes, a fim de estimular seu autodesenvolvimento; ela pode ser elaborada por
meio de rubricas, a exemplo das apresentadas nos Componentes do INOVA.

58
Atividade 3

Introdução
Semana 9: 3 aulas
Professor, nesta atividade a proposta é focar nosso campo de análise nos
indicadores paulistas. Para isso, utilizaremos três fontes de pesquisa distintas para
analisar os seguintes indicadores:
● Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, para analisar o Índice
Paulista de Responsabilidade Social (IPRS) e o Índice Paulista de
Vulnerabilidade Social (IPVS);
● Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente para análise do Programa

ar
Município VerdeAzul (PMVA);
● SEADE - Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados que permite a
caracterização de diferentes aspectos da realidade socioeconômica e

in
demográfica do estado de São Paulo, de suas regiões e municípios e sua
evolução histórica, tais como: fecundidade; mortalidade; trabalho;

im
demografia; PIB; investimentos; economia etc.
Nesse sentido, inicie a aula perguntando aos estudantes se eles conhecem essas
fontes de pesquisa e quais as atividades desenvolvidas por cada uma delas. A
el
discussão pode ser ampliada com os indicadores paulistas que vamos analisar ao
longo dessa atividade. Para isso, sugerimos um brainstorming com a turma, com
uma sistematização no quadro das respostas deles.
Pr

Após essa conversa inicial, apresente o vídeo institucional da Fundação Seade,


(disponível em: https://youtu.be/cHWITnuQEeE Acesso em: 17 nov. 2022).
o

Desenvolvimento
ã

Semanas 10 e 11 : 6 aulas
rs

Professor, para o desenvolvimento, solicite uma consulta à turma sobre as fontes


de pesquisa e dos indicadores paulistas apresentados na introdução. Ressalte para
a turma este ponto:, nesse momento, o objetivo não é analisar os dados obtidos,
Ve

mas o que o indicador mede e de que forma, ou seja, qual a metodologia e


variáveis são utilizadas.
Disponha os estudantes em vários grupos, solicitando que cada grupo apresente
uma análise sobre um dos indicadores paulistas. Depois, confronte os dados dos
diferentes grupos. Dessa forma proponha uma atividade “mão na massa”,
estabelecendo que a turma é uma estado, e a métrica do indicador vai de 0
(péssimo) até 1 ( Excelente), questionando em qual posição está a turma.
Indicamos os seguintes itens a serem calculados e somados para criação do
indicador. Nessa etapa, os estudantes confrontam dados e observam a postura da
turma para a geração do indicador a partir dos itens, itens esses que podem ser
criados/complementados pelos próprios estudantes:

59
Itens total

Média de notas da turma


𝑥1+𝑥2+𝑥3+...+𝑥𝑛
𝑀ϵ = 𝑛
= 𝑀ϵ/10 =

Assiduidade da turma2
𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑎 𝑓𝑟𝑒𝑞𝑢ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑢𝑑𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑒𝑚 30 𝑑𝑖𝑎𝑠
𝐴𝑇 = 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑢𝑙𝑎𝑠 𝑒𝑚 𝑢𝑚 𝑚ê𝑠
=𝑥

Organização e limpeza da sala

Outros itens que a turma julgar necessários …

Total

ar
Além disso, separe um tempo para socialização da atividade “mão na massa” e de

in
possíveis complementações a serem feitas pela turma para finalizar essa etapa.

Sistematização
Semana 12: 3 aulas
im
el
Professor, essa é uma etapa de ampla reflexão, com o indicador da turma em
mãos, solicite que os estudantes estipulem metas para a melhoria ou permanência
da turma na escala, e ainda solicite que de forma individual seja apresentado um
Pr

relatório, com o plano de ação da turma visto o resultado do indicador.


Após esse momento, organize a produção de curtas, que devem ser elaboradas
pelos grupos utilizando o estilo elevator pitch.
ã o

Atividade 4
rs

Introdução
Ve

Semana 13: 3 aulas


Professor, esta atividade tem como objetivo a análise de indicadores municipais.
Para essa primeira etapa, sugere-se trabalhar apenas com a cidade em que a
unidade escolar está localizada. Assim, destaque a importância da leitura desses
dados e o que eles revelam sobre os municípios.
Organize a turma, solicitando que cada grupo pesquise um indicador municipal
específico, levando em conta os índices a seguir:

2
Exemplo: Na suposição que em uma turma tenha 34 estudantes com a soma da frequência total
em um mês com 8 aulas é de 234, retirando a média temos 6,88 de presença por estudantes,
dividindo pelo número de aula ministrados temos 0,86, valor a ser considerado para o indicador.

60
● IDHM
● IBGE Cidades
● SEADE Municípios
● Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal Compartilhe os dados com a
turma elaborando um relatório único, se for possível. Eestabeleça a
construção de forma on-line, em que os estudantes contribuem com o
mesmo documento.

Desenvolvimento
Semana 14 e 15: 6 aulas
Professor, o desenvolvimento tem como proposta um estudo comparativo do Índice

ar
de Desenvolvimento Humano Municipal e do Índice Firjan de Desenvolvimento
Municipal. Converse com os estudantes sobre a necessidade de entender essas
métricas, visando a uma compreensão clara da metodologia utilizada e as variáveis

in
​que compõem cada uma delas, pois só assim os dados podem auxiliar em algumas
situações, como por exemplo, no processo de tomada de decisão pelo poder
público.
im
Apresente para eles o quadro3 a seguir, analisando a composição dos índices IFDM
e IDH-M e a Comparação das métricas de classificação dos Índices IDH-M e IFDM4
el
Pr
ã o
rs
Ve

3
Disponível em: https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/desenvolvimentoemquestao
/article/view/9660 (Acesso em: 02 fev. 2023).
4
Disponível em: https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/desenvolvimentoemquestao/
article/view/9660 (Acesso em: 02 fev. 2023).

61
ar
in
im
el
Pr
o

Comparação das métricas de classificação dos Índices IDH-M e IFDM


ã
rs
Ve

Após essas análises, solicite aos estudantes que façam uma lista dos municípios
que compõem a região onde a escola está inserida. Sugere-se a utilização da
“Nova Regionalização”, aprovada pela ALESP, na qual o Estado de São Paulo
ficará dividido em 32 Unidades Regionais.9 delas correspondem a Regiões
Metropolitanas; 9, a Agrupamentos Urbanos; e 14, a Regiões de Estado, conforme
mapa abaixo:

62
ar
in
im
Com isso, solicite que os grupos organizem uma planilha em ordem crescente dos
municípios de acordo com os indicadores, sugerimos o modelo a seguir:
el
Município IDH-M Município IFDM
Pr

1º 1º

2º 2º

3° 3°
o

Após a finalização da tabela, peça aos estudantes que façam os colegas uma
leitura crítica dos dados de seu município, levanto os principais motivos do
ã

ranqueamento, partindo dos indicadores.


rs

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
Ve

Professor, na Atividade 4 do Componente Curricular 3 - Cidadania e as políticas


públicas nas desigualdades, é apresentado o mapa da pobreza do estado de SP.
Aproveite para utilizar esse recurso, explorando ainda mais a importância dos
indicadores no retrato da população, relatando suas dificuldades e
potencialidades para lidar com diferentes desafios.

Sistematização
Semana 16: 3 aulas

63
Para a sistematização, solicite aos que estudantes analisem os dados coletados
com a comparação das métricas de classificação dos Índices IDH-M e IFDM,
identificando os municípios nas escalas. Com isso, oriente-os a elaborar um painel
com essas informações, que deve ser exposto na unidades escolar

Atividade 5

Introdução
Semana 17: 3 aulas
Caro professor, essa atividade tem como ponto de partida para os diálogos a coleta
de dados da atividade 4, dando sequência indicamos os seguintes materiais para a

ar
discussão dos indicadores e seu papel no planejamento:
PIB: o que é, para que serve e como é calculado • IBGE Explica. (Disponível em:

in
https://www.youtube.com/watch?v=lVjPv33T0hk&t=1s . acesso em 11 dez 2022)
Desemprego cai de 11,1% para 9,3% no 2º trimestre de 2022 (Disponível em:

im
https://www.gov.br/pt-br/noticias/trabalho-e-previdencia/2022/08/desemprego-cai-de
-11-1-para-9-3-no-2o-trimestre-de-2022#:~:text=A%20taxa%20de%20
desemprego%20reduziu,9%2C3%25%20no%20per%C3%ADodo.
el
Estudo revela que Brasil eleva escolaridade e qualidade do ensino na educação
básica. (Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/indicadores-educacionais
Pr

Com isso, questione os estudantes sobre a significância dos indicadores para o


planejamento de ações futuras de um governo:Qual a finalidade de um indicador?
A população tem conhecimento desses dados? De que maneira? Aproveite esse
o

momento para inserir mais questões de reflexão.


ã

Desenvolvimento
rs

Semana 18 e 19: 6 aulas


Para o desenvolvimento utilizaremos de um seminário, separe a sala em grupo de
até 4 estudantes, distribuindo um tema por grupo, sugerimos os indicadores seguir:
Ve

● Coeficiente de Williamson
● Taxa de mortalidade infantil
● Esperança de vida ao nascer
● Média de anos de estudo (20 a 24 anos)
Para isso estipule com os estudantes o modelo do seminário, destacando o
cronograma e orientação de apresentação, itens a serem avaliados, dentre outros
itens.
Ao final, solicitei que os estudantes entreguem um relatório de pesquisa referente
ao indicador estudado.

64
Sistematização
Semana 4: 4 aulas
Professor, para a sistematização dos conhecimentos, sugerimos duas atividades
que ficam a cargo do perfil da turma, a primeira é uma redação e a segunda, um
café filosófico. Ambos terão como questões centrais: relacione o seu projeto de
vida com os indicadores socioeconômicos estudados. Em face dos indicadores
estudados, verifique como seu projeto de vida pode mudar a realidade estudada5?
Como o poder público e a sociedade civil podem contribuir ou minimizar as
desigualdades sociais de seu município? Ao final poste as atividades nas redes
sociais utilizando a #CurriculoemAcaoCHS.

ar
in
Componente 3
im
Cidadania e as políticas públicas nas
el
desigualdades
Duração: 45 horas
Pr

Aulas semanais: 3
Quais professores podem ministrar este componente: Sociologia ou
Geografia.
o

INFORMAÇÕES GERAIS: O componente tem por objetivo incentivar a reflexão


ã

sobre a cidadania. Para tanto, propõe análises de desigualdades sociais com


base em indicadores socioeconômicos abordados por outros componentes da
rs

Unidade Curricular, e, como efeito disso, procura incentivar ideias que possam
gerar políticas públicas. Como produto final, os estudantes escreverão cartas
para gestores que têm competência para solucionar uma das desigualdades
Ve

analisadas ao longo do semestre.

Objetos de conhecimento: Desigualdades e políticas públicas; o processo de


construção da cidadania na contemporaneidade; o cidadão e os indicadores
sociais.

Competências da Formação Geral Básica: 4, 5 e 6


Habilidades a serem aprofundadas:

5
Em vista dos dados dos indicadores.

65
EM13CHS103 Elaborar hipóteses, selecionar evidências e compor
argumentos relativos a processos políticos, econômicos,
sociais, ambientais, culturais e epistemológicos, com base
na sistematização de dados e informações de diversas
naturezas (expressões artísticas, textos filosóficos e
sociológicos, documentos históricos e geográficos, gráficos,
mapas, tabelas, tradições orais, entre outros).

EM13CHS402 Analisar e comparar indicadores de emprego, trabalho e


renda em diferentes espaços, escalas e tempos,
associando-os a processos de estratificação e
desigualdade socioeconômica.

ar
EM13CHS502 Analisar situações da vida cotidiana, estilos de vida,
valores, condutas etc., desnaturalizando e problematizando

in
formas de desigualdade, preconceito, intolerância e
discriminação, e identificar ações que promovam os
Direitos Humanos, a solidariedade e o respeito às

EM13CHS601
im
diferenças e às liberdades individuais.

Identificar e analisar as demandas e os protagonismos


el
políticos, sociais e culturais dos povos indígenas e das
populações afrodescendentes (incluindo os quilombolas) no
Brasil contemporâneo considerando a história das
Pr

Américas e o contexto de exclusão e inclusão precária


desses grupos na ordem social e econômica atual,
promovendo ações para a redução das desigualdades
étnico-raciais no país.
ã o

Eixos Estruturantes e suas Competências e Habilidades: Investigação


Científica; Processos Criativos; Empreendedorismo.
rs

EMIFCHS03 Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou


Ve

pesquisas (bibliográfica, exploratória, de campo,


experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre
temas e processos de natureza histórica, social, econômica,
filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional,
nacional e/ou global, identificando os diversos pontos de
vista e posicionando-se mediante argumentação, com o
cuidado de citar as fontes dos recursos utilizados na
pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de
diferentes mídias.

EMIFCHS05 Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos


para resolver problemas reais relacionados temas e
processo de natureza histórica, social, econômica, filosófica,

66
política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou
global

EMIFCHS11 Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e


recursos das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para
desenvolver um projeto pessoal ou um empreendimento
produtivo, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.

Professor, os Eixos Estruturantes em maior relevância de cada atividade serão


indicados pelos ícones a seguir. Apesar da indicação no início das Atividades, pode
haver propostas que desenvolvam mais de um Eixo.

ar
Os Eixos estruturantes de cada etapa das atividades são indicados pelos
seguintes ícones:

in
Investigação Científica

Processos Criativos im
el
Empreendedorismo
Pr

Mediação e Intervenção Sociocultural

Atividade 1
o

Introdução
ã

Semana 1: 3 aulas
rs

Professor, antes de você apresentar o Componente Curricular, procure conhecer as


expectativas dos estudantes. Essa escuta ativa certamente subsidiará o
Ve

planejamento das aulas aqui propostas, inclusive porque as atividades partem da


premissa de que os fenômenos sociais em estudo implicam de alguma maneira na
vida dos estudantes.
Depois disso, comente a respeito desse e de outros objetivos do Componente e da
Unidade Curriculares que merecem algum destaque. Faça os seus combinados
pedagógicos, estimulando os estudantes a manter uma rotina de registros dos
diálogos e dos exercícios que ocorrerão a cada aula. Essas orientações os
ajudarão nas várias etapas do Componente Curricular, mas principalmente no
momento de cumprirem a última atividade, quando deverão se apoiar nas
aprendizagens do semestre para redigirem propostas de melhoria no atendimento
à saúde dos cidadãos de seu município ou região.
***

67
Nesta Atividade, os estudantes terão a oportunidade de aprofundar a habilidade
curricular EM13CHS502, que, além de propor a análise de estilos de vida no intuito
de desnaturalizar e problematizar desigualdades, prevê a identificação de ações
em favor dos Direitos Humanos. Então, para que os estudantes comecem a
desenvolvê-la, sugerimos que o professor os auxilie na análise de dados referentes
à ocupação profissional e à renda de brasileiros e brasileiras. Mas, primeiro,
recomendamos essa sequência de atividades de sensibilização e contextualização
a seguir, que pode ser desenvolvida ao longo das três primeiras aulas da Semana
1.
Sensibilização e contextualização
No intuito de chamar a atenção dos estudantes para o lugar das mulheres em
nossa história e sociedade, sugerimos que lhes apresente o vídeo Querida, Aurélia.

ar
Esse material foi criado por estudantes e professores da Diretoria de Piraju,
vencedores do concurso Mediação e Linguagem, edição de 2022 (Disponível em:

in
https://cutt.ly/t0emujZ. Acessado em 08 dez. 2022):

im
el
Pr
ã o
rs
Ve

68
ar
in
im
el
Pr
ã o
rs
Ve

Após a apresentação da carta, converse com principalmente com as estudantes,


fazendo-lhes perguntas semelhantes às que Ana Júlia coloca para sua querida
amiga. Ana Júlia questiona Aurélia sobre suas liberdades, conquistas, estudos e
felicidades. Por que as jovens da sua turma estudam? Quais são as
liberdades, felicidades e conquistas que elas almejam? Elas não precisam
responder-lhe necessariamente. O objetivo da pergunta é fazê-las refletir, mesmo
que em silêncio.
A seguir, retome o projeto de vida de todos os estudantes para que revejam seus
propósitos, e, à medida que for possível, apoie-os para que reflitam sobre os
caminhos para obterem o sucesso almejado. Lembre-se de que os projetos de vida
não se reduzem a anseios profissionais, mas se os estudantes tiverem uma ideia

69
do campo profissional em que desejam atuar, a próxima aula ficará muito bem
relacionada a esta.
Professor, para a segunda aula, você precisará preparar cartazes em que constem
as atividades produtivas (agricultura, pecuária, extrativismo, indústria, serviços
formais e informais) de cada um dos setores da economia (primário, secundário e
terciário). Você terá, portanto, três cartazes, que precisarão ser fixados nas
paredes do espaço pedagógico onde a aula acontecerá. Feito isso, peça aos
estudantes para se agruparem ao lado daquele que representa o setor econômico
de suas aspirações profissionais. Na sequência, eleja um redator(a) de cada grupo
de estudantes. Com auxílio dos demais colegas, solicite a esse(a) redator(a) para
especificar a quantidade de garotos e garotas reunidas em torno dos setores nos
cartazes, bem como as ocupações que têm ou que almejam ter. Isso pode ser

ar
registrado em tabelas como estas abaixo:
Exemplos de tabelas: disponíveis em: https://cutt.ly/JXDN3EN. Acesso em 23 de

in
ago. 2022.
Professor, na terceira aula, sugere-se que você ou os(as) redatores(as) de cada

im
grupo disponibilizem os dados tabelados para toda turma. Isso pode ser feito na
lousa, em slide, em impressão ou mesmo em uma roda de conversa. Adote o
formato que mais convier à sua realidade pedagógica. O importante é fornecer os
dados para os estudantes identificarem as profissões e os setores econômicos com
el
maior predominância de garotos e de garotas. Para fazerem esse exercício
analítico, eles podem ter como referência estudos realizados a partir da Pesquisa
Pr

Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e


Estatística (IBGE) (Disponível em https://cutt.ly/uXmn27J. Acesso em 19 ago.
2022).
De acordo com os pesquisadores Regina Madalozzo e Rinaldo Artes, alguns
o

segmentos da economia podem ser classificados como masculinos ou femininos,


ã

quando mais de 60% de seus profissionais são homens ou mulheres. Os


segmentos “integrados” seriam justamente aqueles com participações mais
rs

equilibradas.
Segmentos econômicos e classificação: disponíveis em:
Ve

https://cutt.ly/4XDNsPV. Acessado em 23 ago. 2022.


Sugerimos que as conclusões extraídas das tabelas sejam registradas
textualmente nos cadernos, assim os estudantes poderão trabalhar informações e
ideias com formas diferentes de registro. Afora isso, o material nos cadernos
poderá ser reaproveitado durante o desenvolvimento desta atividade.

SAIBA MAIS

MADALOZZO, Regina; ARTES, Rinaldo. “Escolhas profissionais e impactos no


diferencial salarial entre homens e mulheres”. Cadernos de Pesquisa, v. 47, n.

70
163, jan.-mar.2017. Disponível em: https://cutt.ly/EXmW1l3. Acesso em 19 ago.
2022.

BRUSCHINI, Cristina; LOMBARDI, Maria Rosa. “Médicas, arquitetas, advogadas e


engenheiras: mulheres em carreiras, profissionais de prestígio”. Revista Estudos
Feministas, Florianópolis, v. 7, n. 1-2, p. 9-24, 1999. Disponível em:
https://cutt.ly/x9B1Vnu. Acesso em 02 fev. 2023.

Relatório da OIT sobre diferença entre homens e mulheres no mercado de


trabalho. Disponível em: https://cutt.ly/z9B9FE3. Acesso em 30 jan. 2023.

Participação de mulheres no mercado de trabalho é 20% inferior à dos


homens. Disponível em: https://cutt.ly/t9B2mGO. Acesso em 30 jan. 2023.

ar
in
Desenvolvimento
Semana 2 e 3: 6 aulas
im
Professor, depois dos estudantes observarem como os colegas se dividiram entre
as profissões e os setores da economia, sugere-se que lhes pergunte se as
pessoas escolhem carreiras unicamente por conta de seus interesses pessoais.
el
Com esse questionamento, os estudantes poderão notar que as profissões são
escolhidas e praticadas, muitas vezes, não por conta de um, mas de vários motivos
Pr

de ordem social.
A análise de Madalozzo e Artes leva a pensar que as mulheres se motivam menos
às engenharias, porque há uma diferença salarial entre aqueles e aquelas que as
o

exercem em nossa sociedade. A dupla de autores observa que o diferencial médio


de salário por hora entre engenheiros e engenheiras é mais do que o dobro da
ã

diferença que se observa entre os profissionais e as profissionais da área médica.


Tal diferença entre engenheiros e engenheiras acentua-se ainda mais quando a
rs

comparamos à diferença existente entre advogados e advogadas. Sendo assim, é


possível dizer que o campo profissional das engenharias se constitui muito
desigualmente, não correspondendo ao que determina o Artigo 23 da Declaração
Ve

Universal dos Direitos Humanos, a saber, que a “remuneração equitativa e


satisfatória” é um direito de todas as pessoas que trabalham (Disponível em:
https://cutt.ly/69GjIWv. Acesso em 31 jan. 2023).
Salário mensal e por hora, para pessoas com idade entre 16 e 60 anos nas
carreiras de direito, engenharia e medicina. (Disponível em:
https://cutt.ly/vXDBHSC. Acessado em 23 ago. 2022.)

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO

Professor, na Atividade 1 do Componente Curricular 1 - O impacto de indicadores


em seu projeto de vida, os estudantes refletirão criticamente acerca do PIB per

71
capita enquanto um indicador da renda anual dos habitantes do país. De fato,
este é um indicador interessante para se compreender a realidade da população
brasileira, porém não é capaz de demonstrar as desigualdades que estruturam
determinados campos profissionais. Nesse sentido, sugerimos que você dialogue
com o professor do Componente Curricular 1 para que ambos possam abordar
as potencialidades de diferentes indicadores. Dialogar com o professor do
Componente Curricular 2 - Leitura e interpretações de dados socioeconômicos
também favorecerá nesse mesmo sentido, posto que dará uma aula sobre as
diversas formas de retratar o país e sua população. Enfim, a ideia desta
integração é fortalecer a compreensão crítica dos estudantes acerca do potencial
analítico dos indicadores socioeconômicos.
Em vista dos dados acima, essa hipótese econômica da desmotivação feminina
pelas engenharias parece perfeitamente plausível. Sua plausibilidade, entretanto,

ar
depende das mulheres conhecerem essa diferença salarial. Como essas
informações não devem circular da forma mais perfeita entre elas – inclusive você

in
pode sondar isso junto às estudantes –, outros fatores não menos sociais devem
estar produzindo e reproduzindo a predominância masculina nas engenharias.

im
As respostas de professoras universitárias à pesquisa sociológica de Andressa V.
Palmeira, que você encontra no Saiba Mais, permitem pensar algo diferente, a
saber, que as violências são um dos mecanismos sociais para fazer das
engenharias um campo profissional predominantemente de homens. O efeito
el
dessas violências é o afastamento das mulheres de uma das profissões que,
apesar de serem desiguais, “diminuem o impacto desse diferencial” (Madalozzo e
Pr

Artes, 2017, p. 205).


Professor, as formas e as dimensões da violência são um importante objeto
sociológico para desenvolver a análise prevista pela habilidade curricular
EM13CHS502. Propomos, então, que você apresente os dados abaixo aos
o

estudantes, mas o faça estabelecendo relações com o projeto de vida das e dos
ã

estudantes. Assim, quem quiser ser engenheiro ou engenheira poderá olhar


criticamente para seu futuro campo de atuação.
rs

Situações de violência na universidade: disponíveis em: https://cutt.ly/PXDBrFa.


Acessado em 23 ago. 2022
Ve

Como se pode ver, a desigualdade salarial entre engenheiros e engenheiras é um


fenômeno social que se complexifica à medida que consideramos várias
informações – ou variáveis, para dizer em uma linguagem mais próxima à área da
Matemática e suas Tecnologias. Dito de outro modo, os dados acima favorecem
análises multidimensionais do objeto de conhecimento, razão pela qual é
importante apresentá-los em pelo menos uma aula deste Componente Curricular. A
propósito, pensamos que você precisará de umas duas ou três aulas para
conseguir problematizar os dados da pesquisa e, depois disso, relacioná-los aos
dados que os próprios estudantes construíram tendo em perspectiva seus anseios
profissionais.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO

72
Professor, lembre-se de dialogar com o professor do Componente Curricular 1,
pois, assim como esta atividade, que procura demonstrar como desigualdades
interferem nos propósitos estudantis, ele procura gerar consciência analítica de
fenômenos sociais que influenciam nos projetos de vida dos jovens.

E os demais estudantes, aqueles e aquelas cujos projetos de vida não contemplam


as profissões abordadas? Para estes e estas, temos a seguinte sugestão: você
pode planejar aulas para que pesquisem uma informação de natureza mais
quantitativa e outra de natureza mais qualitativa no intuito de analisarem
multidimensionalmente o mercado de trabalho de que participam ou almejam
participar. Eles refletirão sobre suas atuais e futuras profissões tendo em mãos
dados diversos. A habilidade que inspira essa etapa do desenvolvimento da

ar
atividade é a EMIFCHS03. Isto é, os estudantes deverão selecionar e sistematizar,
a partir de pesquisas em fontes confiáveis, informações a respeito do seu campo
profissional.

in
Mas, para que possam cumprir completamente com a habilidade, eles e elas ainda
precisarão posicionar-se mediante sólidos argumentos, tendo o cuidado de citar as
im
fontes dos recursos utilizados na pesquisa, bem como o cuidado de apresentar
conclusões fazendo uso de diferentes mídias. Talvez seja bem interessante fazer
uma feira de profissões, durante a qual as e os estudantes terão que apresentar: (I)
el
as informações pesquisadas, (II) as suas fontes de pesquisa e (III) as
consequências dela para em seus projetos de vida. Não se esqueça que eles
devem utilizar diversas formas midiáticas para apresentarem suas ideias (cartazes,
Pr

vídeos, projetor multimídia, banners ou outra forma que convier ao seu contexto
escolar.

Sistematização
o

Semana 4: 3 aulas
ã

Professor, é chegado o momento dos estudantes cumprirem com a última parte da


rs

habilidade EM13CHS502. Devem identificar ações em favor dos Direitos Humanos,


das mulheres em particular. Para isso, propomos um último exercício para compor
a avaliação. Nossa sugestão é que você divida a turma em grupos e ofereça-lhes
Ve

trechos dos documentos a seguir. O objetivo é auxiliá-los na identificação dos


possíveis caminhos para a efetivação da equidade salarial entre homens e
mulheres no mundo e no Brasil. Estimule-os a usar canetas, lápis de cor ou
marcadores de texto para identificarem passagens fundamentais nos trechos que
você selecionar previamente.

Documentos nacionais e internacionais:

a) Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação


contra a mulher (Disponível em: https://cutt.ly/aXDZg8x. Acesso em 23
ago. 2022);
b) Declaração e Plataforma de Ação da IV Conferência Mundial sobre a
Mulher (Disponível em: https://cutt.ly/qXDZH3J. Acesso em 23 ago. 2022);

73
c) Plano Nacional de Ação sobre Mulheres, Paz e Segurança. (Disponível
em: https://cutt.ly/39BLxOK Acesso em 02 fev. 2023);
d) Constituição Federal (Disponível em: https://cutt.ly/u9BZyLX. Acesso em
02 fev. 2023);
e) Decreto Federal Nº 4.377/2022 (Disponível em: https://cutt.ly/CXDXKQq.
Acesso em 23 ago. 2022);
f) Decreto-Lei Federal Nº 5.452/1943 (Disponível em:
https://cutt.ly/hXDCdFD. Acesso em 23 ago. 2022).

AVALIAÇÃO

ar
Sugere-se que o professor avalie se os estudantes apoiaram-se na leitura dos
documentos para identificarem ações de combate às desigualdades

in
analisadas ao longo da atividade. Uma estratégia avaliativa é observar se os
estudantes grifaram, extraíram ou selecionaram passagens importantes dos

im
documentos. O professor também pode avaliar o trabalho cooperativo entre os
integrantes dos grupos, o que será elementar para um possível momento de
compartilhamento de seus achados com toda a turma.
el
Atividade 2
Pr

Introdução
o

Semana 5: 3 aulas
Professor, a divisão do trabalho doméstico em nossa sociedade já foi
ã

suficientemente contabilizada para concluir que, historicamente, é desigual. De


modo geral, as atividades como passar, limpar, cozinhar e cuidar dos filhos ficam
rs

sob responsabilidade das mulheres, fazendo-as trabalhar mais horas do que


homens. Os dados a seguir evidenciam que as mulheres trabalham nos afazeres
Ve

domésticos acima da média brasileira, enquanto os homens, menos. Tal situação


se confirma inclusive para aquelas mulheres que combinam trabalho remunerado
com as suas responsabilidades no cuidado de pessoas e casas. Esta é uma
questão central da Atividade 2, que pretende aprofundar a habilidade
EM13CHS402.
Indicadores sociais das mulheres no Brasil (IBGE): disponíveis em:
https://cutt.ly/x0jlm8G. Acesso em 13 dez. 2022.

Sensibilização e contextualização
No intuito de chamar a atenção dos estudantes para a desigualdade na divisão do
trabalho doméstico, sugere-se que o professor inicie a atividade, dialogando a

74
respeito da experiência dos estudantes ou de alguém que conheçam. É provável
que saibam de uma colega, parente, amiga, vizinha ou até mesmo de uma
conhecida que precisa se dividir com afazeres profissionais e domésticos. Você
pode pedir que comentem um pouco sobre o cotidiano dessa pessoa, mas sempre
crie um clima que favoreça diálogos e aprendizado para toda a turma. Deixar os
estudantes à vontade para se manifestarem é realmente importante, visto que isso
fará os ouvintes lançarem reflexão sobre as realidades que eles próprios
conhecem.
Se algum jovem apresentar uma experiência muito particular que sugira uma
conclusão diferente à do debate, você pode continuar a conversa para demonstrar
que sempre há vivências que não correspondem à realidade mais geral, o que, sob
hipótese alguma, nulifica essa desigualdade, constantemente reiterada em

ar
reportagens dos últimos anos.
Professor, você pode oferecer essas reportagens de divulgação científica abaixo

in
para que os estudantes as leiam em grupo e, depois, socializem os pontos mais
interessantes. A sugestão é que se faça uma roda de conversa. Um fato digno de
nota para esse momento são as jornadas femininas. Você ou os estudantes

im
precisam realçar que as mulheres trabalham mais tempo, apesar de terem
melhores taxas de escolaridades:
el
Materiais para leitura e roda de conversa:
Mulheres trabalham 7,5 horas a mais que homens devido à dupla jornada:
disponível em: https://cutt.ly/I0jbqQa. Acessado em 13 de dez. 2022.
Pr

Mulher estuda mais, trabalha mais e ganha menos do que o homem:


disponível em: https://cutt.ly/i0jbOKr. Acessado em 13 de dez. 2022.
Com isolamento social, mulheres trabalham mais: disponível em:
https://cutt.ly/v0jmHEA. Acessado em 13 de dez. de 2022.
o

Mulheres não são melhores em multitarefas. Só trabalham mais: disponível


em: https://cutt.ly/e0jEkpq. Acessado em 13 de dez. 2022.
ã

Em todo mundo, mulheres recebem 20% a menos que os homens:


disponível em: https://cutt.ly/u0jRPQq. Acessado em 13 de dez. 2022.
rs

Desenvolvimento
Ve

Semana 6 e 7: 6 aulas
Nas aulas anteriores, os estudantes aprenderam que as mulheres trabalham mais
do que os homens. Mas a sobrecarga do trabalho doméstico soma-se a outras
desigualdades cotidianas, inclusive para mulheres com formação mais ampla,
como é o caso das profissionais da área da saúde. Sensibilizar a turma para esse
problema social é importante porque, independentemente de serem do sexo
masculino ou feminino, muitos dos estudantes podem almejar uma carreira na
área.
Se uma das finalidades das aulas é fazer dos estudantes sujeitos críticos de sua
realidade, é elementar que compreendam que a porcentagem de mulheres negras
que se sentiram seguras para atuar durante a pandemia de COVID-19 foi a metade

75
da porcentagem de homens brancos. Essas informações você encontra na
pesquisa de Magri, Fernandez e Lotta (2022), no box Saiba Mais, e elas podem ser
trazidas durante aulas dialogadas a fim de tentar fazer
os estudantes interagir.
Depois de você mobilizar a atenção deles, colabore
para que entendam as razões da desigualdade em
questão. Diga-lhes que a diferença na segurança dos
profissionais de grupos sociais distintos deve-se a
vários motivos, dentre esses, uma hierarquia no
fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual
(EPI) e de materiais de testagem. De acordo com a
pesquisa, “Homens brancos apresentam a marca de

ar
57,93% quanto ao recebimento de equipamentos e 22,56% de testagem, ao passo
que homens negros tiveram 38,12% e 13,9% e mulheres negras 42,58% e 11,51%,
respectivamente” (p. 4137). Isto é, a probabilidade de adoecimento era maior para

in
alguns dos profissionais da área da saúde.
Para continuarem compreendendo as dificuldades que mulheres e homens

im
vivenciam para exercer sua profissão, você pode propor que a metade da turma
forme grupos de trabalho para analisarem um pouco mais os dados estatísticos da
pesquisa. Estes grupos serão os “Grupos de Trabalho - I”, ao passo que os grupos
el
de trabalho formados pela outra metade da turma serão os “Grupos de Trabalho -
II”, responsáveis por analisar conclusões de pesquisas referentes ao exercício
feminino da profissão de motorista.
Pr

Embora a profissão de motorista ainda seja bastante marcada pela ideia de que
esse é um trabalho masculino, essa realidade está em transformação. Segundo
dados do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (DETRAN-SP),
o

divulgados no Dia da Mulher de 2022, houve um aumento de 17,5% no número de


mulheres que trabalham como motoristas (Disponível em: https://cutt.ly/Q9GAPPJ.
ã

Acessado em 13 dez. 2022).


rs

Como afirmam Colodetti e Melo (2021), a chegada de plataformas online de serviço


privado de transporte modificou não só a forma de compreensão do deslocamento
e da organização desse trabalho. Alterou também o entendimento de que esse é
Ve

um exercício profissional tipicamente masculino. A questão é entender, então, a


condição de trabalho dessas mulheres, pois, na atividade anterior, a turma
aprendeu que elas estão em desvantagem em relação aos seus colegas
profissionais. E a desigualdade não se manifesta apenas no salário, como poderão
ainda aprender ao analisarem os dados abaixo e, com base nas suas conclusões,
desenvolver projetos de empreendimento produtivo (habilidade EMIFCHS11).

A) Momento de análise dos dados


Depois de compartilhar as informações acima, ouvir as possíveis contribuições de
seus estudantes, sugerimos que você os divida em grupos de trabalho. Podem ser
formados mais de um “Grupo de Trabalho - I” e mais de um “Grupo de Trabalho -

76
II”, posto que grupos diferentes podem lançar olhares analíticos específicos sobre
os mesmos dados, realçando perspectivas que, apesar de distintas, podem ser
complementares. Na sequência, siga as orientações nos quadros a seguir, cujos
dados podem ser oferecidos aos estudantes em formato impresso ou digital. Isso
apoiará o desenvolvimento da habilidade de análise de indicadores de
desigualdades (habilidade EM13CHS402), o que pode ser feito ao longo de mais
ou menos duas aulas.

Grupos de Trabalho - I

Dados referentes a profissionais de linha de frente da área da saúde no


combate à COVID-19. Disponível em: https://cutt.ly/W0fQBZI. Acessado em 12

ar
dez. 2022.

Orientações gerais para realização da análise:

in
● Imprima os dados acima ou disponibilize-os aos estudantes por meio de
computadores, celulares, tablets ou outros hardwares;

tabela, lendo-as com toda a turma; im


● Interprete as categorias de dados disponibilizados nas linhas e colunas da

● Oriente os estudantes para que observem atentamente os dados


quantitativos;
el
● Estimule-os a usar marcadores digitais ou analógicos de texto no
momento de destacarem os segmentos sociais em condições mais e
menos adversas.
Pr

Orientações gerais para conclusão e registro da análise:


● Solicite aos estudantes para retomarem os dados destacados na tabela;
● Peça para pensarem comparativamente sobre esses mesmos dados, ou
o

melhor, para notarem quão mais altos ou mais baixos são em relação a
outros dados;
ã

● Incentive-os a escrever nos seus cadernos algumas ideias conclusivas


acerca do fenômeno da desigualdade entre os profissionais do sexo
rs

masculino e do sexo feminino na linha de combate à COVID-19.


Ve

***

Grupos de Trabalho - II

Dados referentes a CNH emitidas no Brasil. Disponível em:


https://cutt.ly/V9GAnBv. Acesso em 02 fev. 2022.
Excerto “Mulheres no volante – ‘será uma profissão de e para homens?”.
Disponível em: https://cutt.ly/W2dyYyF. Acesso em 2 fev. 2022.

Orientações gerais para realização da análise:


● Imprima os dados e o excerto acima ou disponibilize-os aos estudantes
por meio de computadores, celulares, tablets ou outros hardwares;
● Interprete as categorias de dados disponibilizados nas linhas e colunas da
tabela, lendo-as com toda a turma;

77
● Oriente os estudantes para que observem os dados quantitativos e, com a
mesma atenção, leiam o excerto que apresenta conclusões de pesquisas
acerca do trabalho feminino ao volante;
● Estimule-os a usar marcadores digitais ou analógicos de texto no
momento de destacarem, na tabela, a categoria de CNH em que as
mulheres se fazem mais presentes e, no excerto, as consequências que o
trabalho de motorista gera especificamente para as mulheres.

Orientações gerais para conclusão e registro da análise:


● Solicite aos estudantes para retomarem as partes destacadas na tabela e
no excerto;
● Peça para relerem as conclusões que apontam para os efeitos que a
profissão de motorista gera especificamente para as mulheres;

ar
● Incentive-os a escrever nos seus cadernos algumas ideias acerca da
desigualdade entre as e os motoristas.
● Peça aos estudantes para observarem as possíveis porcentagens de

in
mulheres que sofrem os efeitos do exercício da profissão de motorista.
Para isso, eles podem levar em consideração o número de mulheres
habilitadas em cada uma das categorias de CNH. Por exemplo, a

im
quantidade de mulheres que sofrem desgastes físicos por conta da
ergonomia dos ônibus não pode ser maior do que a quantidade de
mulheres que dirigem esse tipo de veículo.
el
A) Momento de compartilhamento das conclusões
Pr

Assim que as análises forem finalizadas pelos grupos de trabalho, é importante


dar-lhes uma ou duas aulas para pensarem nas melhores estratégias de
apresentação dos seus registros conclusivos. O compartilhamento dessas
informações com toda a classe será fundamental no momento em que precisarem
o

pensar em possíveis políticas públicas para reduzir as desigualdades enfrentadas


ã

por homens e mulheres de distintos segmentos étnico-raciais e profissionais.


Antes dos estudantes pensarem sobre o formato e as ferramentas que adotarão
rs

em suas exposições, deve estar claro o tempo que terão para as suas
apresentações e, dentro deste tempo, o que é efetivamente relevante e merecedor
Ve

de destaque. Por isso, sugerimos que uma parte da aula seja reservada para
serem orientados quanto ao que é imprescindível para as apresentações. Ou seja,
o objetivo principal precisa estar no horizonte dos grupos de trabalho. Apenas
depois disso, eles devem pensar em construir slides, cartazes, vídeos ou qualquer
outro material, que sempre serão mais efetivos se não forem sobrecarregados com
muitos escritos e/ou imagens. Sugira-lhes adotar o essencial para que o restante
dos colegas se prenda ao que está sendo comunicado. Tendo isso em perspectiva,
eles podem explorar suas criatividades para serem acolhedores e interessantes
durante a apresentação.
Professor, é muito importante pensar a estrutura geral das apresentações em vista
dos recursos disponíveis na escola. Informe previamente os estudantes a respeito

78
do que terão para apresentarem, e, se possível, deixe tudo minimamente pronto
para que questões organizacionais não os façam perder tempo.
Educar os estudantes para saberem ouvir tão bem quanto se comunicam é algo
não menos importante. Oriente-os a registrarem em seus cadernos os pontos mais
importantes das falas de seus colegas expositores, assim terão informações para
melhor fundamentar os projetos das aulas seguintes.

B) Momento de desenvolvimento de projetos


Os grupos de trabalho compreenderam as desigualdades entre mulheres e homens
de diferentes grupos raciais que atuam na área da saúde ou no setor de
transportes, logo já possuem conhecimento de um problema de natureza

ar
sociocultural, ao qual podem responder desenvolvendo um empreendimento
produtivo em âmbito local, regional ou global (habilidade EMIFCHS11). Ou seja, os

in
estudantes, com base em seus projetos de vida, poderão criar empreendimentos
que combatam distorções nas condições de sujeitos socialmente distintos, mas que
exercem as mesmas profissões. Aproveite o momento para introduzir o conceito de
im
“Responsabilidade Social Empresarial”, que define as formas de gestão
comprometidas com a construção da cidadania no país, justamente porque suas
metas são compatíveis com a diversidade, com a redução das desigualdades
el
sociais e com o desenvolvimento sustentável (disponível em:
https://cutt.ly/A2k3NO5. Acesso em 04 jan. 2023).
Pr

Para apoiar a criatividade dos estudantes, parte da aula pode ser reservada para
eles conhecerem alguns aplicativos desenvolvidos com a intenção de diminuir as
situações desconfortáveis para as mulheres usuárias de transportes. (Disponível
em https://cutt.ly/K2gnwhg. Acesso em 03 jan. 20223). Para isso, essa notícia pode
o

ser lida individual ou coletivamente, ou apenas comentada com os estudantes,


deixando-lhes um tempo para baixarem e observarem os aplicativos em seus
ã

próprios celulares.
rs

Ainda nesse mesmo momento, convém oferecer algum apoio à criatividade dos
estudantes que analisaram as desigualdades raciais entre os profissionais da área
da saúde. Uma possibilidade é dar-lhes matérias explicativas sobre as empresas
Ve

que procuram transformar a sua cultura organizacional, no sentido de fazer


inclusão racial (Disponível em: https://cutt.ly/U2gWcCb. Acesso em 03 jan. 2023).
Depois do reconhecimento de ações empreendedoras atentas a problemas sociais
como esses, os grupos de trabalho podem esboçar seus projetos de
empreendedorismo. A estratégia sugerida é o brainwriting, que, de forma muito
básica, promove um debate depois dos participantes do grupo fazerem circular
uma tabela de registro de ideias. Para isso, é preciso construir ou imprimir algo
como este arquivo (disponível em: https://cutt.ly/G2lwvP5. Acesso em 04 jan.
2023), no qual cada um deverá escrever algumas ideias para definir o problema, a
solução, a forma de atuação, o mercado e os diferenciais do empreendimento. Ao
final disso, os estudantes conversam entre si para decidir, em conjunto, as
melhores ideias registradas.

79
SAIBA MAIS

MAGRI, Giordano; FERNANDEZ, Michelle; LOTTA, Gabriela. “Desigualdade em


meio à crise: uma análise dos profissionais de saúde que atuam na pandemia
de COVID-19 a partir das perspectivas de profissão, raça e gênero”. Ciência &
Saúde Coletiva, 27(11):4231-4144, 2022. Disponível em:
https://cutt.ly/h8Z7JoX. Acesso em 12 dez. 2022

COLODETTI, Ana Paula de O. A.; MELO, Marlene Catarina de O. Lopes. “As


relações de gênero no contexto socioeconômico e cultural brasileiro: estudo
com mulheres motoristas de aplicativos de mobilidade urbana”. Cad. EBAPE.
BR, v. 19, n. 4, Rio de Janeiro, out./dez. 2021. Disponível em:
https://cutt.ly/d9GFb5f. Acesso em 31 jan. 2023.

ar
SANTOS, Fernanda B. dos; SILVA, Sérgio Luiz B. da. “Gênero, raça e classe no
Brasil: os efeitos do racismo estrutural e institucional na vida da população

in
negra durante a pandemia da covid-19”. Rev. Direito e Práx., 13 (3), 2022.
Disponível em: https://cutt.ly/h9B7YuD. Acesso em 02 fev. 2023.

im
RICO, Elizabeth Melo. “A responsabilidade social empresarial e o Estado: uma
aliança para o desenvolvimento sustentável”. São Paulo em Perspectiva, 18
(4), 2004. Disponível em: https://cutt.ly/A2k3NO5. Acesso em 04 jan. 2023.
el
CAMARGO, F.; DAROS, T.. “Estratégia 8: Brainwriting”. A sala de aula
inovadora: estratégias pedagógicas para fomentar o aprendizado ativo.
Pr

Porto Alegre: Penso, 2018. Disponível em: https://cutt.ly/y2lq9qF. Acesso em 04


jan. 2023.

SILVA, Luna Gonçalves da. Mulheres motoristas de caminhão: realidades,


o

estereótipos e desafios. Tese de doutorado, Universidade de São Paulo, São


Paulo-SP, 2016. Disponível em: https://cutt.ly/d9GD9Xy. Acesso em 31 jan.
ã

2023.
rs

Sistematização
Ve

Semana 8: 3 aulas
Resta agora aos estudantes sistematizar suas decisões para apresentá-las aos
demais colegas de turma. A sugestão é que construam páginas de internet como
se fossem a home do projeto desenvolvido. Esse exercício não requer
necessariamente o uso de computadores e maiores conhecimentos de informática.
Eles podem construir, obviamente, uma página de web fazendo uso da linguagem
de marcação conhecida como HTML, mas também podem usar plataformas digitais
gratuitas (disponível em: https://cutt.ly/k2kxdfP. Acesso em 04 jan. 2023). Se essas
opções forem inviáveis, os estudantes podem até mesmo desenhar as páginas de
seus empreendimentos em cartazes e, na sequência, expô-los para todos. A ideia
é viabilizar a criatividade dos estudantes independentemente dos recursos
informáticos presentes na unidade escolar.

80
O desafio da apresentação é falar sobre o empreendimento em um minuto. Isto é,
os grupos precisarão construir uma apresentação no estilo elevator pitch – o que
será fácil, posto que a tabela construída por eles já contém os elementos
essenciais para um discurso tão curto quanto o tempo de deslocamento de um
elevador. Para criá-lo, precisam apenas voltar aos seus registros a fim de
reformular as ideias em um único parágrafo. Tal exercício fica muito claro no vídeo
Elevator Pitch: como fazer, dicas e exemplos (disponível em:
https://cutt.ly/Z2kmXBz. Acesso em 04 jan. 2023).

SAIBA MAIS

ar
SILVA, Danilo Geraldo. Guia do Elevator Pitch: Workshop Educacional para
estímulo do Perfil Empreendedor no Ensino Médio. Programa de
Pós-Graduação em Educação Profissional e Tecnológica. Instituto Federal do

in
Triângulo Mineiro, Uberaba-MG. Disponível em: https://cutt.ly/kNhHBDr. Acesso
em: 06 fev. 2022.

im
3 exemplos de elevator pitch para você aprender a fazer o seu. Disponível
em: https://cutt.ly/52kI1lA. Acesso em 04 jan. 2023.
el
AVALIAÇÃO
Pr

Professor, é bastante importante adotar uma postura avaliativa durante todo o


processo pedagógico da atividade. Isto é, o ideal é acompanhar a participação
o

dos estudantes nas aulas dialogadas da etapa de sensibilização e


contextualização, observar a análise colaborativa dos dados dos Grupos de
ã

Trabalho I e II e, por fim, perceber a criatividade dos estudantes olhando para


os empreendimentos elaborados em páginas de internet. Somente este olhar
rs

permitirá ao professor notar de que maneira a sequência didática permitiu o


desenvolvimento de uma proposta de combate das desigualdades que
atingem, em especial, as profissionais da área da saúde e dos transportes.
Ve

Atividade 3

Introdução
Semana 9: 3 aulas
Professor, após os estudantes compreenderem como as desigualdades atingem
homens e mulheres de grupos raciais e profissionais distintos, o objetivo desta
atividade é desenvolver a habilidade de identificar e analisar demandas e

81
protagonismos políticos, sociais e culturais dos povos indígenas e das populações
afrodescendentes no Brasil contemporâneo (habilidade EM13CHS601). Mas essa
identificação e análise não podem desconsiderar a história das Américas, bem
como os processos de exclusão e inclusão de indígenas e afrodescendentes na
ordem social e econômica de nossa sociedade atual. É essa compreensão que
permitirá aos estudantes promover ações de redução de desigualdades que
atingem os povos étnico-raciais do país e, por consequência, os seus direitos.

Sensibilização e contextualização
Para começar, seria muito interessante sondar os conhecimentos demográficos e
antropológicos que os estudantes têm acerca dos indígenas e negros. Você pode

ar
questioná-los a respeito do contingente populacional indígena no Brasil, o número
de brasileiros que se identificam como indígenas e negros e, por fim, o que já
ouviram a respeito desses expressivos sujeitos de nosso país.

in
Na sequência, o vídeo Indígenas nas cidades e o direito à própria cultura
(disponível em: https://cutt.ly/C2ljXgn. Acesso em 04 jan. 2023) é uma opção
im
didática para a sensibilização dos estudantes, porque permite concluir que o uso
de aplicativos de transporte não é igualitário só para as mulheres motoristas. A
experiência dos Pataxó no vídeo indica que os indígenas, independentemente de
el
serem homens ou mulheres, não conseguem se locomover na cidade quando
estão portando indumentárias mais tradicionais. Ou seja, a mobilidade urbana
ainda não está preparada para a diversidade dos sujeitos que chegam às cidades
Pr

em busca dos serviços e das coisas inexistentes em seus territórios de origem.

Atenção, professor!
o

É fundamental promover uma reflexão crítica a respeito de quaisquer


etnocentrismos e preconceitos que surgirem durante a aula contra as populações
ã

indígenas e afrodescendentes. Toda a turma deve lembrar sempre da habilidade


da Formação Geral Básica que visa desnaturalizar e problematizar as formas de
rs

desigualdade, preconceito, intolerância e discriminação presentes em nossa


sociedade (habilidade EM13CHS502).
Ve

O IBGE estima que existam 1.108.970 pessoas vivendo em áreas indígenas e


1.133.106 em áreas quilombolas (disponível em: https://cutt.ly/ONReg4E.
Acessado em 31 out. 2022). O contingente populacional de indígenas e
quilombolas é, contudo, muito maior do que isso. Há milhares de indígenas
domiciliados em áreas urbanas, como já mostravam os dados do censo de 2010,
resultando num total de aproximadamente 900 mil pessoas que conformam os 305
povos falantes de uma das 274 línguas em nosso território nacional (disponível em:
https://cutt.ly/TNRgICo. Acessado em 31 out. 2022).
A proporção de pessoas que se declaram pretas ou negras não só não é pequena,
como também tem ficado cada vez mais expressiva na sociedade brasileira. É o
que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), ao destacar

82
que essa é a única população que cresceu em todas as regiões do país entre 2015
e 2019 (disponível em: https://cutt.ly/zMDrOnW. Acessado em: 18 nov. 2022). É
digno de nota que os quilombolas, cujas terras são reconhecidas pelo Art. 68 da
Constituição Federal (1988), também se fazem presentes nos centros urbanos. Os
quilombos urbanos já são uma realidade de cidades como Campinas-SP, São
Paulo-SP, Porto Alegre-RS, Salvador-BA, entre outras. Essas e outras informações
podem colaborar para o aprofundamento das compreensões estudantis acerca das
diversidades socioterritoriais em nosso país.
A seguir, trazemos alguns outros dados do artigo de Marta M. Azevedo (2008) para
demonstrar que os anos de 1970 foram extremamente significativos para os povos
indígenas. Nessa década, além da emergência do movimento indígena por seus
direitos, em especial pelo direito à terra, reconhecido anos depois pelo Art. 231 da

ar
Constituição Federal (1988), aconteceu uma mudança na tendência de decréscimo
das populações indígenas.

in
Professor, você pode adotar diferentes estratégias de aprendizagem para
apresentar, abordar, ensinar essas questões, porém sugerimos que os estudantes
coloquem os dados demográficos abaixo em uma timeline. Isso os ajudará a

im
perceber esse momento de inversão da história indígena. Ou melhor, apesar dos
processos históricos e epidemiológicos que afetaram os indígenas e seus modos
de viver e habitar o Brasil (vide Carneiro da Cunha, 2012, no box Saiba Mais),
el
esses povos resistiram e continuam existindo, muitas vezes em interação com a
sociedade mais ampla do país. Na próxima etapa da atividade, os estudantes
perceberão que essas interações acontecem muito por conta das lideranças
Pr

indígenas.
Estimativas da população indígena no Brasil: disponível em:
https://cutt.ly/jNEhLsA. Acesso em 31 out. 2022.
o

A estratégia timeline é interessante, porque provoca a percepção de continuidades


ã

e rupturas na história dentro de uma linha cronológica. É possível fazê-la utilizando


ferramentas tecnológicas presentes em seu contexto pedagógico. A sequência
rs

didática da timeline inicia-se com a seleção do material a ser utilizado (Fausto;


Daros, 2018), a exemplo da tabela acima, depois avança para seleção dos dados a
serem dispostos numa linha temporal. Para que os estudantes não façam uma
Ve

mera reprodução do que consta na tabela, é interessante pedir-lhes para escrever


pequenas anotações, indicando se a população indígena de um determinado ano é
menor ou maior em relação ao ano precedente. Observe o exemplo a seguir,
construído com um software de composição de slides:

83
Professor, você ainda pode fazer semelhante exercício com dados relativos à
população negra. Os dados a serem registrados pelos estudantes na timeline
podem ser os que estão disponibilizados nesta matéria sobre o PNAD (disponível
em: https://cutt.ly/zMDrOnW. Acessado em: 18 nov. 2022).

SAIBA MAIS

CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. Índios no Brasil: história, direitos e


cidadania. São Paulo: Claro Enigma, 2012. Disponível em
https://cutt.ly/T3dWSA2. Acesso em 08 fev. 2023.

CAMARGO, F.; DAROS, T. “Estratégia 42: Timeline”. A sala de aula


inovadora: estratégias pedagógicas para fomentar o aprendizado ativo.

ar
Porto Alegre: Penso, 2018. Disponível em: https://cutt.ly/y2lq9qF. Acesso em 04
jan. 2023.

in
Desenvolvimento
Semana 10 e 11: 6 aulas
im
Professor, para que os estudantes possam identificar e analisar as demandas dos
povos indígenas, você pode exibir este documentário televisivo (disponível em:
el
https://cutt.ly/d3dUYI8. Acesso em 08 fev. 2023). A ideia é separar os estudantes
em grupos e cada um deles responsabilizar-se por registrar as formas de ação e os
objetivos de luta dos indígenas que aparecem no vídeo. Para fazer esse registro,
Pr

trazemos uma sugestão de tabela disponível aqui: https://cutt.ly/bCcJ6kP.


Na próxima aula, as equipes podem concluir coletivamente quais são as demandas
mais citadas pelos indígenas. Os estudantes podem completar a tabela (disponível
o

em: https://cutt.ly/BCcJFFK) à medida que forem anotando os nomes dos


indígenas que mencionaram suas demandas por território, educação, meio
ã

ambiente etc.
rs

Nesse momento, você pode reforçar para os estudantes que a saúde é uma das
principais demandas do movimento indígena, inclusive isso é dito pelo jovem que
aparece no Santuário dos Pajés, em Brasília. O Decreto Presidencial nº 3.156/1999
Ve

tem por finalidade garantir justamente a equidade, a integralidade e a


universalidade no atendimento à saúde dos povos indígenas, respeitando a
complementaridade entre os sistemas terapêuticos tradicionais e os
médico-científicos.
Professor, além de outros modos de compreensão do processo de adoecimento e
cura, a chegada dos colonizadores trouxe agentes patológicos causadores da
gripe, da varíola, do tifo e demais doenças responsáveis pela dizimação de uma
vasta porção da população ameríndia. Hans Staden, viajante alemão capturado
pelos Tupinambá no litoral do atual estado de São Paulo em meados do século
XVI, narrou uma epidemia que se difundiu nas imediações de Ubatuba (Disponível
em: https://cutt.ly/tNUuR5m. Acessado em 01 nov. 2022).

84
Bem mais recentemente, os povos indígenas se viram diante da pandemia de
COVID-19 sem ter exatamente as mesmas condições sanitárias de enfrentamento
à doença – como tem demonstrado alguns estudos, dentre esses, a Análise de
vulnerabilidade demográfica e infraestrutural das Terras Indígenas à Covid-19
(Disponível em: https://cutt.ly/uNIpC7L. Acessado em 01 nov. 2022). O estudo é
bastante interessante, pois constrói um Índice de Vulnerabilidade Demográfica e
Infraestrutural das Terras Indígenas à Covid-19 (IVDIC) justamente a partir de
algumas variáveis disponibilizadas pelo IBGE (2010) e pela Secretaria Especial de
Saúde Indígena (SESAI).
Aliás, seria interessante ajudar os estudantes a compreender de que maneira os
pesquisadores partiram de dados censitários para construírem um índice cujo
objetivo é promover ações de prevenção e gestão dos impactos da pandemia entre

ar
os povos indígenas. Essa é uma importante compreensão por dois motivos.
Primeiro, porque a ideia geral do Componente Curricular é justamente promover
entendimentos de que as políticas públicas requerem análises das desigualdades

in
que visam combater. Segundo, porque análises como essas não são possíveis
sem a construção de indicadores.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO im
el
Professor, ao longo de várias aulas do Componente Curricular 1 - O impacto de
indicadores em seu projeto de vida, os estudantes aprenderão sobre uma série
de indicadores socioeconômicos (IDH, Índice de Longevidade, Índice de
Pr

Educação, Índice de Renda, Índice de Gini, entre outros) entendendo de que


forma foram criados. Em vista disso, dialogue com o professor do Componente
Curricular 1 se achar que os conhecimentos matemáticos dele poderão
esclarecer ainda mais sobre a construção do IVDIC.
ã o

Como se pode notar a partir do estudo acima, há terras indígenas que apresentam
mais vulnerabilidade em relação a outras, podendo ser classificadas em conjuntos
rs

que necessitam de atendimento sanitário diferenciado. Ou seja, o direito à saúde é


realmente garantido quando as políticas públicas se atentam às desigualdades e a
como elas se expressam em distintos contextos. A questão a ser feita aos
Ve

estudantes é, portanto, a seguinte: De acordo com o IVDIC, o que precisaria ser


garantido aos povos indígenas para que o direito à saúde possa se efetivar
igualmente em seus diferentes territórios? A sugestão é que você separe a
turma em grupos para que cada um deles consiga elencar as ações a serem
desenvolvidas, hipoteticamente, pelas instituições estatais. Essas ideias podem ser
anotadas nos cadernos ou podem ser reunidas em padlet (disponível em:
https://cutt.ly/AN3ktTo. Acessado em 07 nov. 2022).

Professor, se tiver tempo hábil nas semanas 6 e 7, você pode colocar semelhante
questão para que os estudantes percebam como a desigualdade infraestrutural
implica sobre a saúde das negras e dos negros de nosso país. Segundo a PNAD,
essa população concentra-se no Nordeste, justamente a região que apresenta, de
modo geral, os piores indicadores de acesso a saneamento básico (serviços de

85
água, esgoto e lixo). Tendo esse cenário em vista, os grupos de estudantes
também podem sugerir políticas públicas para garantir o direito à saúde de
forma equânime aos habitantes negros das diferentes regiões do país.

SAIBA MAIS

OLIVEIRA, U; SOARES FILHO, B.; OVIEDO, A.; SANTOS, T. M. dos; CARLOS,


S.; ALVES, J. R. R.; PIAZ; A.; CENTRO DE SENSORIAMENTO REMOTO -
UFMG; INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL. Modelagem da vulnerabilidade dos
povos indígenas no Brasil ao covid-19. Disponível em: https://cutt.ly/63rALdj.
Acesso em 06 fev. 2023.

ar
Sistematização
Semana 12: 3 aulas

in
Depois dos estudantes concluírem sobre as possibilidades de combate à
desigualdade étnico-racial, eles podem promover suas ideias para resolver
im
criativamente esse problema de natureza social e histórica (habilidade
EMIFCHS05). Eles podem fazer vídeos, podcasts, artigos multimodais, entre outras
possibilidades. O intuito é que suas criações possam ser postadas nos canais
el
digitais de comunicação da escola ou nas próprias redes sociais dos estudantes,
dando visibilidade às suas criatividades na garantia de direitos fundamentais, em
particular do direito à saúde.
Pr

AVALIAÇÃO
ã o

Sugere-se ao professor que avalie o uso criativo que os estudantes fizeram


rs

dos dados quantitativos. Isto é, o professor pode se perguntar se os vídeos, os


podcasts, os artigos multimodais apoiaram-se em informações objetivas e
apreendidas durante as aulas para promover o direito à saúde de grupos
Ve

socialmente vulneráveis. Atividades recuperativas precisarão ser planejadas


se um estudante ou outro não tiver compreendido o papel dos dados nesse
trabalho de resolução de problemas sócio-históricos. Os estudantes, por sua
vez, podem avaliar o quanto as suas estratégias de comunicação foram
eficazes. Uma atividade interessante seria uma roda de conversa para que
eles possam comentar entre si o que produziram e os efeitos de sua
produção.

Atividade 4

86
Introdução
Semana 13: 3 aulas
Nesta atividade, os estudantes terão novamente a oportunidade de aprofundar a
habilidade curricular EM13CHS402. Para tanto, os estudantes analisarão alguns
indicadores demográficos e de renda para poderem vê-los de forma associada à
desigualdade que estratifica socioeconomicamente a sociedade brasileira. Então,
para que comecem a desenvolvê-la nas próximas semanas, sugerimos os
exercícios que vêm na sequência.
Sensibilização e contextualização
Professor, o número de indígenas e negros nos centros urbanos tem crescido,

ar
como mostram os dados do IBGE, já abordados durante a Atividade anterior. Para
que os estudantes possam aprender um pouco mais a respeito das desigualdades
de acesso à saúde, comece essa atividade, mostrando-lhes o crescimento urbano

in
em vários lugares do mundo mediante a ferramenta digital Google Earth (disponível
em: https://cutt.ly/Z2lkOiZ. Acesso em 04 jan. 2023). Se não for possível acessá-la

im
durante a aula, uma opção é imprimir estas duas imagens para expô-las aos
estudantes e, junto com eles, compará-las (disponível em: https://cutt.ly/12lz71T.
Acesso em 04 jan. 2023). A ideia é fazer uma aula dialogada para que cheguem à
conclusão de que a malha urbana da capital paulista cresceu e verticalizou-se nas
el
três últimas décadas.
Feito isso, disponibilize os infográficos do Seade População para que notem
Pr

quantitativamente a evolução da população urbana e rural do estado de São Paulo


(disponível em: https://cutt.ly/F2lbYrL. Acesso em 04 jan. 2023). Essa também é
uma ferramenta bastante útil, porque permite pesquisas a partir de diferentes
variáveis, colaborando para olhares diversos acerca do fenômeno em análise. Uma
o

sugestão é deixar os estudantes observarem as transformações populacionais


ã

tendo em conta mais de uma região, município ou ano.


rs
Ve

87
Fonte: Seade População.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO

Professor, na Atividade 3 do Componente Curricular 2 - Leitura e interpretações


de dados socioeconômicos, os estudantes aprenderam que o Seade População
é uma fonte de pesquisa para análise de indicadores. Sugerimos, então, que
explore os conhecimentos prévios dos jovens sobre a sociedade paulista.
Pergunte-lhes o que sabem sobre a realidade populacional de nosso estado.
Isso pode favorecer a participação e, por consequência, o protagonismo juvenil
na aula.

ar
Para orientar a análise estudantil do crescimento populacional no estado de São
Paulo, peça que se organizem de uma maneira que consigam ler as três questões
a seguir, as quais deverão ser respondidas no caderno. Podem lê-las

in
individualmente, em duplas ou trios. Ao final, será bastante interessante
convidá-los para apresentarem suas conclusões.

nas duas últimas décadas? im


a) Qual foi a taxa de crescimento da população urbana do estado de São Paulo

b) A taxa de crescimento da população paulista nas próximas três décadas


será igual à das duas últimas? Se não, qual a diferença entre elas?
el
c) As alterações nas taxas de crescimento populacional do estado podem
implicar de alguma maneira na gestão das políticas públicas? Explique.
Pr

Com este exercício acima, espera-se que os estudantes compreendam, por um


lado, que a taxa de crescimento da população paulista será de aproximadamente
7% nas próximas duas décadas e, por outro lado, que a população paulista recuará
a uma taxa de quase 1% a partir de 2040. Essas estimativas são importantes para
o

as autoridades responsáveis por gestar as políticas públicas, e se mostram ainda


ã

mais relevantes diante do aumento da pobreza no país. Ou seja, a população


crescerá enquanto uma boa parte dela estará sentindo os efeitos econômicos da
rs

pandemia de COVID-19.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
Ve

Professor, na Atividade 1 do Componente Curricular 2 - Leitura e interpretações


de dados socioeconômicos, os estudantes aprenderam que a realidade brasileira
pode ser retratada a partir de diferentes indicadores. Ainda durante essa
atividade, eles puderam compreender, com base nas análises do economista
André Urani, que o Brasil não é um país pobre, mas é um país que tem muitos
pobres. Nesta atividade em particular, a pobreza será estudada a partir de
levantamentos da PNAD e da PNADC sobre a renda domiciliar per capita dos
brasileiros. Sugerimos que ressalte essa particularidade desta Atividade 4, visto
que os estudantes fizeram um mapa mental sobre a PNADC na Atividade 2 do
Componente Curricular 2 - Leitura e interpretações de dados socioeconômicos.

88
Segundo o Mapa da Nova Pobreza, o número de pessoas que vivem com menos
de quinhentos reais cresceu tanto no período da pandemia que já se pode falar de
“uma década perdida”. Para sensibilizar o olhar dos estudantes para isso, é
importante apresentar o gráfico abaixo, que demonstra como a proporção de
pobres, em 2021, atingiu os níveis do início da década anterior.

ar
in
im
Fonte: Mapa da Nova Pobreza, de Marcelo Neri, FGV Social (disponível em: https://cutt.ly/D9kIqJv.
Acesso em 24 de jan. 2023).
el
Na sequência, convém estimular a reflexão dos estudantes acerca dos desafios
governamentais num estado como o de São Paulo, que assistirá ao aumento de
sua população em meio à crescente pobreza no país. Este gráfico indica que a
Pr

pobreza aumentou 3,76% entre os paulistas, fazendo de nosso estado o décimo na


lista dos que mais observaram isso. Apresente este material durante uma aula
dialogada, pedindo aos estudantes que digam quais são as unidades federativas
em que a pobreza aumentou e diminuiu de modo mais acentuado:
ã o
rs
Ve

89
Fonte: Mapa da Nova Pobreza, de Marcelo Neri, FGV Social (disponível em: https://cutt.ly/D9kIqJv.
Acesso em 24 de jan. 2023).

O gráfico acima permite uma série de comparações, o que pode colaborar para
entendimentos diversos acerca da desigualdade social e regional no Brasil. Para
tanto, é possível pedir que respondam mais estas questões em seus cadernos:
a) A pobreza no estado de São Paulo aumentou na mesma proporção do
restante do país?
b) Qual a diferença entre o aumento da pobreza em São Paulo e no Brasil?
c) São Paulo está entre os estados onde a pobreza mais cresceu?
d) Qual a diferença entre os aumentos da pobreza nos estados de São Paulo,
Pernambuco e Tocantins?

ar
As respostas dos estudantes podem ser compartilhadas oralmente à medida que o
professor for relendo as questões. Mas eles mesmos podem querer ler as
perguntas e respondê-las. O ideal é dividir com os estudantes a decisão de como

in
farão a socialização de suas aprendizagens.

Atenção, professor!
im
Aproveite e estimule a curiosidade juvenil oferecendo-lhes esta ferramenta do
Seade, chamada de Retratos de São Paulo, que permite ver a porcentagem da
pobreza em várias cidades, incluindo a deles mesmos (disponível em:
el
https://cutt.ly/S9Eih3o. Acesso em 27 jan. 2023).
Pr
ã o
rs
Ve

SAIBA MAIS

ALBUQUERQUE, Mariana V. de; VIANA, Ana Luiza; LIMA, Luciana D.;


FERREIRA, Maria Paula; FUSARO, Edgard R.; IOZZI, Fabíola L.
“Desigualdades regionais na saúde: mudanças observadas no Brasil de 2000 a
2016”. Ciênc. saúde colet., 22 (4), Abril de 2017. (Disponível em:
https://cutt.ly/d9HHoYn. Acesso em 04 jan. 2023.)

90
Desenvolvimento
Semana 14 e 15: 6 aulas
Nas três aulas da semana anterior, os estudantes observaram dois fenômenos
sociais dos últimos anos: o crescimento e o empobrecimento populacional. Como
já dito, isso certamente coloca desafios para as políticas públicas, em especial para
as de saúde, visto que a pobreza, mais do que algumas doenças, encurta a vida
das pessoas – como foi cientificamente demonstrado em uma pesquisa divulgada
pela Associação Brasileira de Nutrição (disponível em: https://cutt.ly/B9Epwzx.
Acesso em 27 jan. 2023). A ideia deste momento da atividade é colaborar para que
os estudantes compreendam como a pobreza implica a vida das pessoas, que, no
limite, morrem por não terem todas as condições necessárias para continuar
existindo.

ar
Sugerimos que o professor converse com a turma para que os estudantes

in
entendam que o exercício os ajudará a entender a relação entre pobreza e saúde.
O exercício não será nada difícil, mas precisará de muita atenção, pois deverão
organizar de uma maneira diferente algumas informações explícitas na reportagem
acima.
im
Depois de terem acesso ao texto, que poderá ser projetado ou impresso, os
estudantes precisarão:
el
a) colocar em gráfico as informações que quantificam os efeitos das doenças e
de certos hábitos na expectativa de vida de adultos entre 40 e 85 anos. Os
Pr

estudantes podem seguir este exemplo na hora de fazerem o exercício no


caderno:
ã o
rs
Ve

b) identificar os motivos pelos quais a pobreza afeta a expectativa de vida. No


caso, como afirmam os autores do estudo, o baixo nível socioeconômico
“significa ser incapaz de determinar o próprio destino, privado de recursos
materiais e com oportunidades limitadas, que determinam tanto o estilo de
vida quanto as oportunidades de vida”;
c) elencar os prováveis “recursos materiais” que, em suas ausências, tendem a
fazer as pessoas morrerem mais brevemente. Entre outras coisas, eles

91
poderão citar os medicamentos, que, de fato, faltam mais para as mulheres
menos ricas.
Ao finalizar o exercício, sugerimos que o professor dialogue com a turma a respeito
da seguinte conclusão do estudo de Katrein e outros pesquisadores (ver o box
Saiba Mais). Ela demonstra que o acesso a medicamentos para tratamento de
hipertensão, bronquite e asma é desigual por conta das brasileiras ocuparem níveis
socioeconômicos distintos. Neste momento, é importante reforçar que essas
mulheres têm dificuldade de tratar justamente as doenças que mais afetam a
expectativa dos adultos, a saber, a hipertensão.
Para hipertensão ou doenças do coração o acesso entre as mulheres com
maior nível socioeconômico foi 13% mais alto em relação àquelas com
menor nível socioeconômico, e 8% maior entre aquelas com uma ou duas

ar
doenças crônicas em relação às mulheres com maior número de doenças.
Para o tratamento de bronquite e asma, as mais ricas indicaram acesso
15% superior em relação às mais pobres. O acesso a medicamento para
depressão, ansiedade ou insônia diferiu de acordo com a macrorregião e

in
nível socioeconômico, sendo que a Região Nordeste apresentou o menor
acesso (81,2%), e nas outras regiões variou de 88,1% a 92,9%. O acesso
para essas doenças foi 14% mais alto entre as mulheres com maior nível

im
socioeconômico, em relação às mais pobres. No que se refere ao acesso
a medicamentos para diabetes, anemia e para artrite e reumatismo, não
foi encontrada diferença no acesso a medicamentos por macrorregião,
área geográfica, nível socioeconômico e número de doenças (dados não
el
apresentados em tabelas) (Katrein et al., 2015, p. 1420).

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
Pr

Professor, na Atividade 2 do Componente Curricular 1 - O impacto de indicadores


em seu projeto de vida, os estudantes aprenderam que o IDH é calculado com
base na longevidade, no nível de instrução educacional e na renda de uma
o

determinada população. Isso interessa significativamente para o problema desta


atividade, posto que ela aborda justamente a relação entre renda e expectativa
ã

de vida. Dialogue, então, com o professor do Componente Curricular 1 para


rs

saber a melhor maneira de integrar as aprendizagens desta Atividade 4 com as


que ele promoveu, até porque ele ensinou sobre o Índice de Gini, um
instrumento para medir o grau de concentração de renda em determinado grupo,
Ve

indicando a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos.

Nesse momento da aula, os estudantes já compreenderam que a desigualdade


social afeta principalmente a vida dos mais pobres, logo poderão compreender,
com a sua ajuda, que a quantidade de sujeitos vulneráveis em nosso estado
tenderá a aumentar se as desigualdades não forem combatidas enquanto a
população paulista estiver crescendo. Este é o problema para o qual os
estudantes deverão pesquisar possíveis soluções.
Durante as aulas restantes destas das Semanas 14 e 15, que visa desenvolver a
habilidade EMIFCHS03, sugerimos que o professor planeje e desenvolva com
grupos de estudantes os caminhos de pesquisa que os levarão a entender as

92
políticas públicas que foram importantes para consolidar o que está definido na
Constituição Federal de 1988:
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante
políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e
de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços
para sua promoção, proteção e recuperação (disponível em:
https://cutt.ly/79E1QVq. Acesso em 27 jan. 2023).

SAIBA MAIS

ar
KATREIN, F.; TEJADA, C.; RESTREPO-MÉNDEZ, M. C.; BERTOLDI, Andréa D.
“Desigualdades no acesso a medicamentos para doenças crônicas em mulheres
brasileiras”. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 31(7): 1416-1426, jul. 2015. Disponível

in
em: https://cutt.ly/v9E4sHV. Acesso em 27 jan. 2023.

BRASIL. Lei Nº 8.080, de 19 de Setembro


https://cutt.ly/19E9IAF. Acesso em 27 jan. 2023.im de 1990. Disponível em:
el
Sistematização
Pr

Semana 16: 3 aulas


Para sistematizar as aprendizagens, seria interessante explicar para os estudantes
que a atividade trouxe dados demográficos e socioeconômicos que apontam para a
complexa tarefa de gestão de ações que possam constituir, de forma prática, uma
o

sociedade em que todos possam viver dignamente e saudáveis. Essa é uma


ã

conclusão importante que talvez o professor só possa fazer depois de rememorar,


em diálogo com os estudantes, as atividades realizadas nas últimas três semanas.
rs

Depois disso, eles devem se apoiar nos conhecimentos obtidos e construídos em


aula para dissertar sobre o tema São Paulo: desafios do futuro.
Ve

AVALIAÇÃO

Os conteúdos, informações e conclusões desta atividade certamente serão


importantíssimas para os estudantes dissertarem acerca do tema acima. Mas,
antes de que iniciem a escrita da dissertação, ofereça-lhes mais esta
coletânea de excertos, que precisarão ser lidos e comentados previamente
por você. A ideia é que os estudantes compreendam de que forma esses
trechos podem apoiar o desenvolvimento de seus argumentos. A habilidade
EMIFCHS03 inspira esta atividade avaliativa, isso porque precisarão
sistematizar textualmente algumas informações científicas confiáveis sobre
um tema de natureza histórica e social.

93
TEXTO I
Um dos principais problemas do estudo das desigualdades sociais está em definir o que é
pobreza e como mensurá-la. O modo mais comum de tratar essa questão é adotar uma linha
de pobreza. As linhas de pobreza são, em geral, consideradas como a renda mínima
necessária para a sobrevivência da família. Podem ainda se referir a uma definição mais
ampla de pobreza, normalmente associada a algum programa específico de assistência
social (Mingione, 1999). Apesar de sua grande utilidade em termos de comparações
internacionais, as linhas de pobreza são controversas. Elas podem, por exemplo,
descaracterizar a situação dos pobres urbanos em virtude de os aluguéis e os custos de
transporte serem mais altos nos centros urbanos maiores. Elas também não consideram as
rendas não monetárias, que são comuns nas áreas rurais e nas comunidades pobres.
Finalmente, as linhas de pobreza não necessariamente captam as assim chamadas
“múltiplas dimensões da pobreza”. A ideia subjacente a esse conceito é de que a pobreza
não pode ser definida apenas em termos materiais de sobrevivência, mas deve considerar
também os indivíduos e as famílias que, apesar de sobreviverem, não estão incluídos nos

ar
mais importantes benefícios das sociedades urbanas, tais como educação, saneamento
básico, saúde, integração cultural e social (Mingione, 1999). Portanto, embora estejam acima
da linha de pobreza em alguns momentos de sua vida, muitas famílias tornam-se
extremamente frágeis, por exemplo, quando ocorre uma doença grave ou morte entre seus

in
membros (TORRES, H. G.; MARQUES, E.; FERREIRA, M. P.; BITAR, S. “Pobreza e espaço:
padrões de segregação em São Paulo.” Estudos Avançados 17(47), 2003, p. 101-102.
Disponível em: https://cutt.ly/V9RuYfD. Acesso em 27 jan. 2023).

TEXTO II im
Pensar na agenda da alimentação implica em entender que dietas nutricionalmente
inadequadas, frutos de sistemas alimentares contemporâneos, resultam em diversas formas
el
de má nutrição, que compõe uma sindemia global caracterizada pelas pandemias de
obesidade, desnutrição e mudanças climáticas - com seus efeitos sobre a saúde e sistemas
naturais - ganhando complexidade e visibilidade, internacional e local, após o contexto da
Pr

pandemia (Swinburn et al, 2019; Ventura et al., 2020). Refletir sobre o manejo deste cenário
exige reconhecer o Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA), com origem no Pacto
Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais: “direito humano inerente a todas
as pessoas de ter acesso regular, permanente e irrestrito, quer diretamente ou por meio de
aquisições financeiras, a alimentos seguros e saudáveis, em quantidade e qualidade
adequadas e suficientes, correspondentes às tradições culturais do seu povo e que garantam
o

uma vida livre do medo, digna e plena nas dimensões física e mental, individual e coletiva”
(Leão, 2013, p. 27) (FRUTUOSO, M. F. P.; VIANA, C. V. A.; MENDES, R.; ALMEIDA, P. S.;
ã

WALLERSTEIN, N.; AKERMAN, M. “Direito humano à alimentação adequada e objetivos do


desenvolvimento sustentável: interferências coletivas com crianças em periferias
rs

vulnerabilizadas”. Saúde soc., 31 (3), 04 Nov 2022. Disponível em: https://cutt.ly/m9HZoTx.


Acesso em 31 jan. 2023).

TEXTO III
Ve

O acesso a medicamentos é um fator relevante no estudo da saúde pública, tendo em vista


que é utilizado na análise do cumprimento do direito fundamental à saúde, sendo
considerado um indicador de qualidade dos sistemas de saúde. Algumas doenças
crônico-degenerativas – como hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e problemas
mentais – têm apresentado prevalência crescente no país, podendo este fato ser explicado
principalmente pelo envelhecimento populacional. Uma parte considerável dessas doenças
tem como principal tratamento a administração de medicamentos de uso contínuo. A falta de
acesso a esses medicamentos por parte da população é considerada como fator
preponderante para determinar o aumento do número de retornos desses pacientes aos
serviços de saúde (KATREIN, F. “Desigualdades no acesso a medicamentos para doenças
crônicas em mulheres brasileiras”. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 31(7): 1416-1426,
jul. 2015. Disponível em: https://cutt.ly/v9E4sHV. Acesso em 31 jan. 2023).

94
Atividade 5

Introdução
Semana 17: 3 aulas
Professor, esta é a última atividade do Componente Curricular 3, logo deve
colaborar para a consolidação das aprendizagens ocorridas durante as muitas
aulas anteriores. Nesse sentido, seria interessante começar a décima sétima
semana com uma pergunta para instigar a memória dos estudantes. Numa aula
dialogada, pergunte-lhes se conseguem lembrar-se das problemáticas abordadas
até aqui. Imaginamos que eles dirão que analisaram, refletiram, aprenderam,

ar
compreenderam as questões sobre desigualdades salariais entre homens e
mulheres (Atividade 1), bem como sobre o acesso desigual à saúde entre
profissionais dos sexos masculino e feminino de grupos raciais distintos (Atividade

in
2), entre povos indígenas de terras indígenas diferentes (Atividade 3) e, por fim,
entre camadas socioeconômicas específicas da sociedade paulista e brasileira
(Atividade 4).
im
Você pode ir anotando as respostas dos estudantes na lousa à medida que forem
participando da aula. Ao final dessa retomada do percurso pedagógico, peça para
el
observarem os registros que você fez e, então, questione se desejam colocar mais
algum comentário. Na sequência, faça o fechamento que achar melhor, contudo se
lembre de reforçar como as problemáticas das quatro atividades são elementares
Pr

para proposições de políticas públicas, que é o objetivo geral deste Componente


Curricular. Um apontamento como esse ajudará os estudantes a darem sentido às
suas aprendizagens.
o

Depois disso, introduza a proposta desta atividade de uma forma que fique bem
clara para os estudantes. O objetivo dela é desenvolver a habilidade
ã

EM13CHS103, qual seja, elaborar hipóteses, selecionar evidências e compor


argumentos relativos a um processo social com base na sistematização de dados e
rs

informações de diversas naturezas. O processo social para o qual a turma


precisará elaborar hipóteses, selecionar evidências e compor argumentos é, como
Ve

em atividades anteriores, o acesso desigual à saúde. A diferença em relação às


demais atividades é que, nesta aqui, os estudantes precisarão trabalhar tendo o
município ou a região da escola como referências contextuais.
Sensibilização e contextualização
No intuito de sensibilizar os estudantes para a problemática da atividade,
sugerimos aproximá-la de suas próprias experiências. Para tanto, acesse a internet
e escolha uma notícia que trata das dificuldades dos brasileiros e das brasileiras
para conseguirem uma consulta médica, um medicamento, um procedimento
cirúrgico, ou algo parecido, em diferentes regiões do país. Ofereça-lhes a
reportagem, e escolha um(a) estudante para lê-la. A leitura pode ser feita por mais
de um(a) jovem, basta que cada um(a) leia um parágrafo ou dois antes de dar vez
a um(a) outro(a) colega de turma. A ideia é que os estudantes manifestem

95
comentários voluntariamente enquanto a leitura estiver ocorrendo, mas, se isso
não ocorrer, pergunte-lhes o que acharam. Você pode inclusive questionar se
alguém viveu, ou conhece alguém que viveu, a dificuldade noticiada. Estes relatos
são fundamentais, pois demonstram a subjetividade da experiência de quem busca
curar-se ou manter-se saudável.
Por fim, reserve uma aula para os estudantes escreverem essas experiências
vividas ou conhecidas por eles. Neste momento, aqueles e aquelas que não se
manifestaram oralmente durante a aula dialogada terão uma oportunidade de
participação. Eles nem precisam identificar nominalmente seus relatos escritos. O
mais importante é que escrevam, pois esses escritos comporão um mural, no qual
também precisará estar a notícia que os originou. A estratégia que inspira esta
atividade é chamada, por Camargo e Daros, no Saiba Mais, de “Mural de fatos e

ar
notícias”.

SAIBA MAIS

in
CAMARGO, F.; DAROS, T. “Estratégia 29: Mural de fatos e notícias”. A sala de
aula inovadora: estratégias pedagógicas para fomentar o aprendizado
im
ativo. Porto Alegre: Penso, 2018. Disponível em: https://cutt.ly/y2lq9qF. Acesso
em 04 jan. 2023.
el
Desenvolvimento
Pr

Semana 18 e 19: 6 aulas


Para que os estudantes possam fazer um mural de fatos e notícias relacionadas ao
acesso desigual à saúde no município ou região da escola, eles – mas também o
professor – precisarão buscar notícias com certo cuidado e atenção. O advento do
o

fenômeno das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) trouxe


ã

como consequência a circulação de informações nem sempre verdadeiras,


obrigando-nos a refletir sobre as fontes de informação. Nesse sentido, os
rs

professores precisaram ser orientados quanto à necessidade de explorarem


veículos de comunicação que sejam fontes confiáveis de informação (habilidade
EMIFCHS03). Nesse sentido, é imprescindível que o professor planeje abordar a
Ve

questão em uma ou duas aulas destas semanas. Uma boa estratégia é recuperar:
● o 4º momento da Situação de Aprendizagem 4 de Sociologia (Currículo em
Ação, 1ª Série, 1º Semestre), pois ali se aborda os vieses ideológicos da
comunicação, em particular das fake news;
● o 3º momento da Situação de Aprendizagem 4 de Filosofia (Currículo em
Ação, 1ª Série, 1º Semestre), uma vez que ali há um exercício de
verificação, classificação e sistematização de informações para que elas
possam ser transformadas efetivamente em conhecimento;
● A reflexão final da Situação de Aprendizagem 4 de Filosofia (Currículo em
Ação, 1ª Série, 1º Semestre), que traz uma pergunta para os estudantes
relacionarem o fenômeno das fake news com a cidadania e os seus desejos
pessoais.

96
SAIBA MAIS

Currículo em Ação. Caderno do Professor, 1ª Série do Ensino Médio, 1º


Semestre. Disponível em: https://cutt.ly/X9ZToZe. Acesso em 01 fev. 2023.

Além de terem que se atentar para a confiabilidade das informações, os estudantes

ar
devem estar atentos aos tipos de dados presentes nas notícias. Precisarão
selecionar matérias que apresentam informações sobretudo quantitativas acerca
do problema abordado em aula. São essas informações – que podem estar em

in
quadros, tabelas, gráficos, ou simplesmente descritas em meio à notícia – que
deverão ser oralmente ressaltadas no momento em que os estudantes propuserem

im
a sua fixação no mural. Ou seja, antes de fazerem suas contribuições para o mural,
precisarão compartilhar com o restante da turma os dados quantitativos que mais
lhes interessaram. É claro que relatos de vivências pessoais, tal como a que os
el
estudantes fizeram durante a Introdução, também podem ser sublinhadas nas falas
dos estudantes. Neste momento, é importante que o professor aproveite os
comentários do estudante proponente para estimular reflexões e outras
Pr

considerações por parte dos estudantes ouvintes.


Enfim, o mural tem muito potencial de gerar debates sobre a desigualdade no
acesso à saúde da população local ou regional. E pedir para os estudantes
o

anotarem essas ideias, comentários, reflexões, conclusões etc. nos cadernos dará
condições para cumprirem a próxima tarefa.
ã

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
rs

Para a composição do mural desta atividade, os estudantes podem aproveitar


Ve

alguma informação que conseguiram durante a realização da Atividade 4 do


Componente Curricular 2 - Leitura e interpretações de dados socioeconômicos. A
ideia desse outro Componente Curricular é produzir um relatório analítico acerca
do município da escola.

Sistematização
Semana 20: 3 aulas
Nesta última etapa da atividade, alinhada à habilidade EM13CHS103, os
estudantes deverão sistematizar as suas impressões a respeito do problema e de
todas as informações fixadas no mural de fatos e notícias ao longo das Semanas
18 e 19. Isso dará base para eles levantarem hipóteses de ações que possam

97
resolver as desigualdades municipais ou regionais de acesso à saúde. Isto é, as
evidências quantitativas ou qualitativas, a exemplo dos relatos dos estudantes ou
do que observaram nas notícias, fundamentarão as sugestões de ações que os
estudantes precisarão fazer em cartas para gestores públicos.

AVALIAÇÃO

As cartas serão o material principal da avaliação, mas o professor precisará


estar atento não só ao uso da norma culta que um documento como esse
exige. Será preciso verificar se os estudantes conseguiram sustentar seus

ar
argumentos com base nas informações que eles próprios pesquisaram e
usaram para compor o mural de notícias. É com este olhar avaliativo que o
professor conseguirá perceber se os estudantes desenvolveram a habilidade

in
EM13CHS103. Se o contrário se confirmar, atividades recuperativas serão
importantes. Neste caso, planeje recuperação tendo em mente a
complexidade que é o processo cognitivo de fundamentar argumentos com

im
base em dados quantitativos e qualitativos.
el
Pr
ã o
rs
Ve

98

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