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Moçambique tem um vasto território com costa marítima e águas continentais de grande
potencialidade pesqueira e diversidade de recursos. A zona costeira tem três secções nas quais a
actividade de pesca apresenta algumas diferenças: a costa Norte, tem um litoral de fundos
coralíferos e rochosos e uma plataforma continental estreita, com algumas baías abrigadas e
águas interiores, e ilhas litorais, principalmente em Cabo Delgado, e em algumas áreas dos
distritos setentrionais e centrais de Nampula (Capina, 2016)
pesca industrial aquela em que as embarcações têm comprimento igual ou superior a 20m;
autonomia superior a 15 dias; podem operar sem qualquer limitação de afastamento em relação a
linha de costa, sendo-lhes interdito pescar dentro das três milhas, salvo quando expressamente
disposto no articulado relativo a certas artes de pesca e pescarias; deverão ter potência propulsora
que assegure o reboque da arte de pesca mesmo quando carregada, não podendo exceder 1500 cv
ou 1110 Kw de potência propulsora quando se trate de embarcação para a pesca de arrasto; ter
instalação de processamento e meios adequados de conservação de pescado, com congelação
separada da armazenagem frigorífica ou da refrigeração, bem como a destinada à conservação de
alimentos para a tripulação (Capina, 2016).
Principais espécies aquáticas pescadas na região norte
Nampula
Nampula é a província costeira mais oriental do país, pois possui na ponta Janga o ponto mais
deslocado em longitude Este. A sua superfície é de 81.606 km2 que representam cerca de 10,2%
do total nacional. A capital provincial é a cidade de Nampula, situado no planalto do mesmo
nome entre montes residuais. Tem a forma triangular sendo o limite Norte, Cabo Delgado e
Niassa e a Sul a província da Zambézia. A Este o limite é realizado pelo oceano Índico
(Muchangos, 1999).
Cabo Delgado
Cabo Delgado é a província mais setentrional do país. Tem uma superfície calculada em 82.625
km2, que representam cerca de 10,3% da superfície total do país. A sua capital é a cidade
portuária de Pemba. Os seus limites são: ao Norte a fronteira estatal separando-a da Tanzânia; a
Oeste a província de Niassa; a Sul a província de Nampula e a Este o Oceano Índico
(Muchangos, 1999).
Niassa
Niassa, é em termos de superfície, a maior província moçambicana. A sua superfície de 129.056
km2 que inclui a parte nacional do Lago Niassa, representa cerca de 16,3% da superfície do país.
A capital é a cidade de Lichinga que se situa no planalto do mesmo nome, na parte ocidental da
província. A fronteira estatal limita a província ao Norte, da Tanzânia e a Oeste do Malawi; a
Este confina com Cabo Delgado e a sul, com a Província de Nampula (Muchangos, 1999).
Pesca e aquacultura com destaque para a captura e produção do tchambo (tilápia), ussipa,
utaka, ntchila, peixe-barba (namba), entre outros. As duas grandes massas de água continentais
proporcionam igualmente recursos pesqueiros importantes, de cujas famílias se encontram
igualmente exemplares noutras massas de água de menor importância, rios e planícies de cheia:
O Lago Niassa, com uma superfície total de 30.800 km2, dos quais 6.400 km2 na parte
moçambicana com um potencial estimado de cerca de 7-8.000 tons de pescado. Os três grandes
grupos de espécies comercialmente importantes ocorrem principalmente em três famílias:
Cilchlidae (tilápias, utaca, mbuna), Bagridae (bagres, kampango) e Clariidae (clárias) (Ministros,
2020).
As únicas áreas continentais onde se realizam actividades de pesca que podem ser equiparadas a
pesca semiindustrial são o Lago Niassa, onde se faz a pesca de peixes ornamentais destinados a
exportação por via aérea, onde existe a pescaria de kapenta que proporciona o maior volume de
captura do país no que respeita a uma única espécie alvo – cerca de 10.000 tom de pescado
comercializado quer no país quer nos países vizinhos (Muchangos, 1999).
Conclusão
Percebe-se que a pesca em Mocambique é bastante importante, pois o nosso pais tem uma grande
costa. O que faz com que, muita gente, procure, não so no ar, mas também em outros mananciais
que existem ao longo do pais, para a sua subsistência. Na zona centro, particularmente, existem
varias espécies aquáticas que os pescadores retiram do mar e dos rios para o consumo directo
assim como para a comercialização.
Bibliografia
Capina, N. (2016). Caractrizacao do sector de pescas em Mocambique. Maputo.