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1. Introducao ..................................................................................................................... 1
3. Conclusão ..................................................................................................................... 8
4. Bibliografia ................................................................................................................... 9
1. Introducao
A Companhia do Niassa foi uma companhia majestática da colónia portuguesa de Moçambique
que tinha a concessão das terras que abrangem as actuais províncias de Cabo Delgado e Niassa.
A Companhia do Niassa foi formada por alvará régio de 1890, com poderes para administrar as
actuais províncias de Cabo Delgado e Niassa, desde o rio Rovuma ao rio Lúrio e do Oceano
Índico ao Lago Niassa, numa extensão de mais de 160 mil km2. Entretanto, é desta companhia
que iremos falar ao longo do nosso trabalho incluindo a periodização da história da Companhia
do Niassa e principais acontecimentos.
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2. O Norte e a Companhia do Niassa
A origem da companhia do Niassa esta ligada à necessidade da ocupação efectiva. Portugal,
desprovido de capitais para investir as suas colónias, optou por ceder, temporariamente, parte
dos seus demónios a favor de capitais estrangeiros.
Em 1890, os Portugueses montaram uma expedição fluvial pelo rio Lugenda que acabou sendo
derrotado pelas forcas de Mataka. Nas suas campanhas realizadas entre 1899 e 1901, a
companhia foi criando alguns postos, desde a costa até ao lago Niassa. Seguidamente tentou
cobrar impostos, mas sem sucesso. Em 1908, foi criado um consórcio de interesses mineiros
sul-Africanos, que fundou a Nyassa Consolidated que assumiu o controlo da companhia do
Niassa.
Na cobrança dos impostos, era revertido a favor dos chefes locais. Na generalidade, o imposto
de palhota era pago em géneros de exportação (borracha, café, goma, cera e marfim). A
cobrança coerciva deste imposto teve como consequências a saída ou fuga da população local
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para às outras zonas de Moçambique ou para o estrangeiro (Malawi, Tanganyika, etc) e os
principais mercados externos eram a Franca, Zanzibar e Holanda.
A resistência maconde foi uma das últimas resistências eliminadas pela companhia. Devido a
este feito, que outrora os Portugueses não haviam delegado (resistência maconde). Em forma
de reconhecimento, Portugal agradeceu aos proprietários da companhia do Niassa, concedendo-
lhes privilégios majestáticos de explorar a região por um período de 35 anos (1891-1929).
Em 1903, fazem os primeiros contactos com a WENELA cujo objectivo era o recrutamento da
mão-de-obra para as minas da África do sul, é o período da intensificação da exploração da
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região. Com a intervenção da WENELA tornou-se mais vantajoso exportar a mão-de-obra do
que utiliza-la localmente.
Em 1912 houve forte resistência do Mataka, mas foi derrotado, tempo emigrado para
Tanganyika, mas a resistência continuou embora de forma descoordenada. Entretanto, em 1905,
iniciava-se a exportação da mão-de-obra para a África do sul, em 1913 houve uma interrupção
do trabalho migratório para África do sul, aumentando a crise financeira.
Para melhor rentabilizar o seu investimento, a companhia usou as seguintes formas de exploração:
Cobrança de imposto de palhota (auxiliado pelos chefes locais que recebiam 5% do montante
recebido, com frequência cobrado em géneros de exportação (borracha, café, goma de cerra,
mel);
Exportação de mão-de-obra para África do sul (até pelo menos 1913), para as minas de cobre do
Catanga, Mombaça, Zanzibar e baixa Zambézia;
Utilização do trabalho forcado, com frequência não pago, para as machambas dos
administradores, capatazes, companhias e transporte de mercadoria.
Monopólio de taxas aduaneiras de exportação e importação, do comércio de armas de fogo, do
fabrico e venda de bebidas alcoólicas, de exportação de esponjas, corais, pérolas e âmbar da
costa e ilhas situadas na área da sua jurisdição.
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2.5 Declínio da companhia
O estabelecimento do estado novo em Portugal depois da revolta militar de 1926 e o início da crise
económica de 1926, abalou definitivamente a companhia. Face a isso, o novo governo colonial
Português, passou para si a administração dos territórios da companhia, contudo, o período
concebido a companhia para exploração também estava a terminar. Outras razões foram:
Pelo diploma legislativo numero 182, de 14 de Setembro de 1929, os territórios de Cabo Delgado e
Niassa, passaram a ter uma estrutura administrativa nos moldes dos territórios administrativos
directamente por Portugal.
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2.6 Mapa de Moçambique
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3. Conclusão
Neste presente trabalho, concluiu-se que quando a Companhia do Niassa tomou posse do
território, a zona não estava militarmente dominada. A ocupação militar iniciou-se em 1899,
apoiada por um corpo expedicionário do Estado.
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4. Bibliografia
• BICÁ, Firoza, MAHILENE, Ilídio, Saber História 10, 1ª edição, Longman Moçambique,
Lda., Maputo, 2010
• NHAPULO, Telésfero de Jesus, História 12ª classe, Plural Editores, Maputo, 2013
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