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Trabalho de História
O Surgimento da Companhia, O Impacto do Mussoco e do Trabalho nas
Plantações para a População Camponesa
Professor: --------------
Integrantes do Grupo
Amélia Ananias N° 2
Ana Arnalda N° 3
Felismina Isac N° 12
Gercia Lourenço N° 20
Helena Abel N° 25
Júnior Caetano N° 33
Justino Domingos N° 34
Katia Horácio N° 35
Lurdes Cossa N° 39
Marília Gloria N° 40
Palmira Sitoe N° 43
Percina João N° 44
Turma: ---- Sala: 18
Maputo
2023/09
Índice
Introdução 3
Objectivos Gerais 3
Objectivos Específicos 3
Desenvolvimento 4
Surgimento da companhia 4
Os prazos e a Companhia da Zambézia 4
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1. Introdução
No presente trabalho embarcaremos em uma jornada pelo tempo para compreender os
intrincados prazos e as complexidades que envolviam a Companhia da Zambézia. Através
desta análise, exploraremos a sua origem, que remonta a uma concessão a Paiva de Andrade
no final de 1878, abrangendo não apenas as minas de ouro da Zambézia, mas também vastas
áreas ainda inexploradas.
E iremos abordar acerca do impacto do mussoco e do trabalho nas plantações para a
população camponesa. Visto que mussoco foi um dos principais mecanismos de que o
colonial-capitalismo se serviu para angariar periodicamente a mão-de-obra necessária. O
tributo que era pago ao senhor de um prazo e este imposto era, habitualmente, liquidado em
cerais, podendo sê-lo noutros géneros. E o impacto do trabalho nas plantações para a
população camponesa que boa parte a população vale do Zambeze foi obrigada a emigrarem
para outras regiões onde tivesse companhias menos exigentes.
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2. Desenvolvimento
Sua origem remonta a uma concessão concedida a Paiva de Andrad, por meio do
decreto de 26 de Dezembro de 1878. Esta concessão abrangia não apenas as minas de
ouro da Zambézia, que pertenciam ao estado mas ainda não eram exploradas, mas
também territórios mais amplos.
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A colonização dessa região, que incluía todo o vale do Zambeze, teve início no século
XVII. Nesse período, terrenos eram aforados a portugueses ou "indo-portugueses,"
que eram indianos convertidos ao catolicismo e adotavam nomes portugueses. Esses
indivíduos, que podiam ser comerciantes ou soldados, recebiam o direito de explorar a
terra em troca de uma renda anual. Essas concessões eram conhecidas como "prazos"
e tinham uma duração de duas ou três gerações, sendo transmitidas à filha mais velha.
Quelimane, por sua vez, testemunhou o surgimento de várias outras companhias que
desempenharam um papel crucial na economia da região, como a Companhia de
Boror (1898), Empresa Agrícola do Lugela (1906), Maganja Sociedade do Madal
(1904), Sena Sugar Estates (1920), bem como suas predecessoras, a Companhia do
Açúcar (1890) e a Sena Sugar Factory (1910), entre outras.
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2.2 Impacto do Mussoco e do Trabalho nas Plantações para a População
Camponesa em Moçambique
No século XVII, o governo português decidiu que as terras ocupadas por portugueses
em Moçambique pertenciam à Coroa e, como tal, os ocupantes passaram a ter o dever
de arrendá-las a prazos que eram definidos por três gerações e transmitidos por via
feminina.
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coqueiros e, posteriormente, de sisal e cana sacarina. O "mussoco" não era algo novo
nas relações sociais ao norte do rio Púngué; era uma estrutura tradicional pré-
capitalista. Os excedentes agrícolas para a "elite" prazeira eram usados para alimentar
os A-chicundas. A mão-de-obra, o "mussoco" e o imposto de palhota não eram meros
mecanismos tributários com caráter simbólico, mas sim uma expressão da dominação
do capital sobre o trabalho. Isso muitas vezes resultava em trabalho forçado,
conhecido em Moçambique como "chibalo."
O "mussoco" foi o principal responsável pelo atraso das forças produtivas nas
comunidades camponesas locais. Sua prática resultou em várias mortes na região da
bacia do Zambeze e foi a principal causa da fuga da mão-de-obra local para regiões
distantes.
Em 1890, o "mussoco" foi estabelecido como um tributo de capitação que podia ser
pago metade em dinheiro e metade em trabalho rural. Em 1899, o valor foi elevado de
$800 réis para 1$200 réis, e os camponeses foram obrigados a cumprir um terço desse
valor em trabalho rural, o equivalente a uma semana de trabalho.
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3. Conclusão
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4. Referencias Bibliográficas
www.aulasdemoz.blogspot.com/2020/03/os-prazos-e-companhia-da-zambezia.html
www.escolademoz.blogspot.com