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1.Introdução.......................................................................................................................3
1.1.OBJECTIVOS.........................................................................................................3
1.1.1.Geral......................................................................................................................3
1.1.2.Específicos............................................................................................................3
1.2.Metodologia.................................................................................................................3
2.Companhia do Niassa.....................................................................................................4
5.Conclusão.....................................................................................................................11
6.Referências Biográficas................................................................................................12
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1.Introdução
O presente trabalho da cadeira de Historia de Moçambique do seculo XIX a meados do
seculo XX tem como tema: A companhia do Niassa. Esta que foi uma companhia
majestática da colonia portuguesa de Moçambique, que tinha a concessão das terras que
abrangiam as atuais províncias de Niassa e cabo delegado, esta que foi formada pelo
alvará régio de 1891, com poderes para administrar as actuais províncias de Niassa e
Cabo delegado, numa extensão de mais de 160 mil km 2, onde de seguida se vai
desenvolver os principais acontecimentos e seus devidos períodos.
1.1.OBJECTIVOS
1.1.1.Geral
Compreender os contornos da companhia do Niassa
1.1.2.Específicos
Descrever os períodos da companhia do Niassa e seus acontecimentos;
1.2.Metodologia
Com vista a normalização do presente trabalho, recorreu-se com base metodológica, a
pesquisa e recolha bibliográfica dos diferentes materiais documentais, manuais, jornal, e
conteúdo retirado da internet, a sistematização através da análise e crítica, e seleção de
conteúdos relevantes que dizem respeito ao tema em destaque e a subsequente produção
do trabalho.
O presente trabalho goza da seguinte estrutura interna: Introdução, desenvolvimento,
conclusão e a respetiva referência bibliográfica.
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2.Companhia do Niassa
O norte de Moçambique foi explorado por uma companhia privilegiada, a companhia do
Niassa. A companhia do Niassa foi a segunda companhia majestática, com privilégios
de ocupação, administração e exploração da área ocupada, explorando 25% do território
moçambicano, no extremo norte, desde 1891 ate 1929. Esta companhia nasceu a base da
exploração capitalista, onde Portugal desprovido de capitais para investir nas suas
colonias, optou por ceder temporariamente, parte dos seus domínios a favor de capitais
estrangeiros. (serra, 2000).
A companhia do Niassa ocupava territórios concedidos pelo estado português, porem,
não tinha capital para investir e gerir toda essa extensão de terras.
Os territórios das actuais províncias de Niassa e Cabo Delgado foram, na altura da
dominação colonial entregues a Companhia do Niassa. As ações preliminares para a
criação de uma companhia no norte de Moçambique começaram a ser encetadas em
1891 com a concessão das terras a um grupo português. Os direitos cedidos, por 35
anos, eram idênticos aos da Companhia de Moçambique e referentes as terras situadas
a norte do Rio Lúrio.
Segundo Ramos de almeida, (1979). A companhia do Niassa tinha também direito de
arrendar terras, fossem propriedade do estado colonial português ou da própria
companhia. A burguesia portuguesa apresentava-se como agente da autoridade, pois
tinha muito poder de influência.
o grupo tomou posse, e em 1894/98, a companhia tentou obter mais fundos em londres e
lisboa. (serra, 2000. p.244)
2º Período (1899-1913)
De 1897 a 1908, o controlo da companhia do Niassa não foi estável, mudando
frequentemente de grupos financeiros. O primeiro foi a Ibo syndicate, que e 1897,
comprou a maior parte das ações da companhia do Niassa, neste período foi organizado
a administração da companhia e a vila do Ibo passou a ser sua sede. Em 1899, o
controlo da companhia passou para um novo grupo, o grupo de Ibo investiment trust,
que chegou a organizar uma expedição em direção a leste do lago Niassa, mas por falta
de lucros, esse grupo também se dissolveu-se em 1902.
Em 1912, houve grande resistência do mataka, mas foi derrotado tendo emigrado para
tanganyika, mas a resistência continuou embora de forma descoordenada. Em 1905,
iniciava-se a exportação de mão-de-obra para a fica do sul, em 1913, houve uma
interrupção do trabalho migratório para a africa do sul, aumentando a crise financeira.
Foi provavelmente pela mesma razão que entre 1902 e 1908 não se realizaram
campanhas militares para ocupação das terras de Niassa e Cabo Delgado. Durante este
período foram elaborados os primeiros contratos com a Wenela para a exportação de
mão-de-obra para a África de Sul. (Ramos de almeida, 1979).
3º Período (1914-1918)
Neste período verificou-se um consórcio alemão (consorcio bancário), obtém grande
parte das ações da companhia do Niassa, ao administrar a Niassa Consolidated, foi um
período de baixas da produção, pois, verificam – se neste período conflitos constantes
entre as tropas alemãs, portuguesas, e inglesas.
Porem, com a deflagração da 1ª guerra mundial (1914-1918), o governo britânico
confiscou em 1917 as ações do grupo alemão, tendo-as depois vendido a um grupo
financeiro ingles. (serra, 2000. p.245)
A partir de 1908 foi a Nyassa Consolidated que detinha a maior parte das ações da
Companhia do Niassa. Este grupo interessou-se especialmente em explorar e exportar a
força de trabalho para a África do Sul.
Por este grupo foram relançadas as campanhas de ocupação. Até 1911 a Companhia
do Niassa controlou o recrutamento de mão-de-obra para África do Sul, uma
actividade que se mostrava mais vantajosa do que utilizar os trabalhadores localmente
devido ao facto de ainda não estar pacificada aquela região.
4º Período (1919-1929)
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Período de uma ocupação efetiva, nesta altura a companhia do Niassa procurava a todo
o custo explorar o território, não se interessavam em desenvolver o território sob sua
tutela economicamente. A companhia intensificou a exploração de mão-de-obra,
obrigando cada vez mais, a população a cultivarem as culturas obrigatórias.
A debilidade financeira do grupo concessionário não permitiu que se levasse a cabo
qualquer actividade de exploração, o que iniciou em 1892/3 quando os direitos foram
cedidos a capitais franceses e ingleses. (Reis, s/d).
Apos a guerra, a ocupação colonial era praticamente efetiva, mas o desenvolvimento
económico permaneceu quase nulo. Os administradores da concessionária
desinteressaram-se cada vez mais da valorização do território. Nos três primeiros meses
de 1924, os empregados da companhia entram em greve para protestarem contra a
desvalorização do escudo em relação a libra e para impedir a desagregação da
companhia. Mas esta apenas sobreviveu ate 1929, ano em que se extinguiu. (serra, 2000.
p.246)
NYASSA CABO DELGADO, 1894, ao centro, uma torre circular com largas ameias
entre a indicação do valor: 500-reis. Este disco foi batido sobre um disco irregular de
chumbo, onde a gravura se incrustou com toda a nitidez. (idem)
5.Conclusão
Neste presente trabalho, concluiu-se que quando a companhia do Niassa tomou posse do
território, a zona não estava militarmente dominada. A ocupação militar iniciou-se em
1899, apoiada por um corpo expedicionário do estado colonial português, a companhia
cobrava impostos, exportava mão-de-obra compulsivamente, destinadas as minas
situadas na africa do sul, utilizou trabalho forçado para as machambas dos
administradores e dos capatazes da companhia, muitas vezes gratuitamente e para o
transporte de mercadorias, detinha o monopólio das taxas aduaneiras de importação e
exportação, comercio, fabrico e da venda de bebidas alcoólicas.
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6.Referências Biográficas
Newitt, Malyn (1995). História de Moçambique. Biblioteca da história, publicações
Europa-América.
Pedro, Ramos de Almeida, (1979). História do colonialismo português em Africa-
cronologia do seculo XX. Lisboa: editora Estampa.
Reis, Pedro Batalha. (s/d). Moeda inédita da companhia do Niassa.
Serra, Carlos. (2000) História de Moçambique. Agressão imperialista-1886-1930;
livraria universitária da UEM. Maputo.
Uem, Departamento de História, (1983). História de Moçambique: Agressão
Imperialista. Volume 2: (1886-1930).