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TERESINA-PI
2024
SAULO HENRIQUE DA ROCHA GONÇALVES MIRANDA
TERESINA - PI
2024
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus pais, Paulo e Iraneide, por serem pilares fundamentais que
estiveram ao meu lado durante toda a longa trajetória que se estende por mais de nove anos,
desde o início do ensino médio até o fim desse ciclo, com a conclusão do curso de economia.
Sem a presença contante e o apoio incansvel de vocês, nada disso teria sido possível. Vocês
são a razão pela qual cheguei até aqui, e esta conquista é tão de vocês quanto minha.
Ao meu professor orientador, Helton, expresso minha profunda gratidão por sua
orientação crucial ao longo deste desafiador caminho acadêmico. Agradeço por seus
conselhos perspicazes, pela paciência inabalável em momentos de dúvida e pela inestimável
contribuição para o sucesso deste trabalho.
E por fim, agradeço aos meus irmãos, Núbia, Davi e Albano, aos meus amigos e ao
restante dos meus familiares. Agradeço por cada gesto de amizade, por cada momento de
colaboração, e por sempre estarem presentes quando precisei de auxílio. Cada um teve um
papel importante na minha trajetória. Muito obrigado por tudo.
RESUMO
This work presents a case study on the financial management of a restaurant located in
Teresina, Piauí. Entrepreneurship in the restaurant sector plays a fundamental role in the
Brazilian economy, and this study aims to contribute to the understanding and improvement of
financial management within this context. Initially, the importance of entrepreneurship in Brazil
was addressed, with an emphasis on the food sector, and the significant position that this
sector occupies in the economy of Piauí. The main objective of this study is to analyze the
financial management processes implemented in the restaurant, examining their key steps and
methods used. The financial results obtained by the establishment in the last five months of
2023 were evaluated, focusing on the analysis of cash flow and income statement reports. In
addition, relevant financial indicators, such as break-even point and working capital, were
calculated and interpreted to provide a comprehensive view of the restaurant's financial health,
as well as mapping the organization's processes. The research also includes a projection for
the next 10 years. Among the results found, despite significant financial obligations held by the
establishment, it presents potential opportunities for improvement, both in relation to
operational management and with regard to cash. Operationally, a more rigorous control of
COGS and the preparation of an expense budget per category are recommended. Regarding
cash management, the main recommendation is the renegotiation of established debts. The
projections made indicate, within all the scenarios presented, that the restaurant has full
recovery capacity, particularly highlighting its operational efficiency. In short, this monograph
represents an effort to better understand the complexities of financial management in a
challenging sector, providing valuable insights and practical tools that can be applied in other
similar contexts.
AGRADECIMENTOS ......................................................................................................................3
1.0. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 11
2.0. REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................................................... 14
2.1. Gestão Financeira..................................................................................................................... 14
2.2. Planejamento Financeiro ......................................................................................................... 15
2.2.1. Planejamento Financeiro de Longo prazo ............................................................................ 16
2.2.2. Planejamento Financeiro de Curto Prazo ............................................................................ 17
2.2.3. Projeções Financeiras ............................................................................................................ 18
2.2.3.1. Orçamento de Caixa ............................................................................................................ 19
2.2.3.2. Orçamento Operacional....................................................................................................... 19
2.2.3.3. Previsão de Vendas .............................................................................................................. 20
2.3. Contabilidade Gerencial .......................................................................................................... 21
2.4. Metodologia Bpmn (Business Process Model And Notation) ................................................... 23
2.4.1. Eventos................................................................................................................................... 25
Quadro 1. Eventos BPMN. ............................................................................................................. 25
2.4.2. Atividades .............................................................................................................................. 26
2.4.2.1. Atividades Tarefas ............................................................................................................... 26
Quadro 2. Atividades Tarefas BPMN............................................................................................. 26
2.4.3. Gateways ................................................................................................................................ 27
Quadro 3. Gateways BPMN. ........................................................................................................... 27
2.4.4. Fluxo ...................................................................................................................................... 27
Quadro 4. Fluxos BPMN................................................................................................................. 28
2.4.5. Swimlanes............................................................................................................................... 28
Quadro 5. Swimlanes ou faixas de natação BPMN. ....................................................................... 28
2.5. Ferramentas Para Gestão Financeira ...................................................................................... 29
2.5.1. Balanço Patrimonial .............................................................................................................. 29
Tabela 1 – Modelo Balanço Patrimonial ........................................................................................ 30
2.5.2. DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) ................................................................. 32
Tabela 2 – Estrutura básica DRE ................................................................................................... 34
2.5.3. Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC) .............................................................................. 35
Tabela 3 – Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC) ..................................................................... 35
2.5.4. Conciliação Bancária ............................................................................................................. 37
2.5.5. Ponto de Equilíbrio ............................................................................................................... 38
2.5.6. Capital De Giro (CDG) ......................................................................................................... 39
Figura 1 – Ciclo Operacional de uma empresa .............................................................................. 40
2.5.6.1. Necessidade de Capital de Giro (NGC) ................................................................................ 40
Figura 2 – Necessidade de Capital de Giro (NCG) ........................................................................ 41
3.0. METODOLOGIA .................................................................................................................... 42
3.1. Análise dos Processos Financeiros em BPMN ......................................................................... 42
3.1.1. Contexto do Restaurante ....................................................................................................... 42
3.1.2. Estrutura Organizacional ..................................................................................................... 43
Figura 3 – Estrutura Organizacional ............................................................................................. 44
3.1.3. Primeiras Mudanças Implementadas ................................................................................... 45
3.1.4. Processo de Contas a Receber AS IS ..................................................................................... 46
Figura 4 – Processo BPMN Contas a Receber – AS IS .................................................................. 46
3.1.5. Processo de Contas a Receber TO BE ................................................................................... 47
Figura 5 – Processo BPMN Contas a Receber – TO BE ................................................................ 47
3.1.6. Processo de Contas a Pagar AS IS ........................................................................................ 49
Figura 6 – Processo BPMN Contas a Pagar – As IS....................................................................... 49
3.1.7. Processo de Contas a Pagar TO BE ...................................................................................... 50
Figura 7 – Processo BPMN Contas a Pagar – TO BE .................................................................... 50
3.1.8. Processo de Conciliação Bancária TO BE............................................................................. 51
Figura 8 – Processo BPMN Conciliação Bancária – TO BE .......................................................... 51
3.2. Análise de Dados ...................................................................................................................... 52
3.2.1. Relatório De Fluxo De Caixa ................................................................................................. 53
Tabela 4 – Fluxo de Caixa do Período ............................................................................................ 53
Figura 9 – Gráfico Receita Bruta do Período ................................................................................. 56
Figura 10 – Gráfico Receitas Detalhadas do Período..................................................................... 57
Figura 11 – Gráfico Despesas Operacionais do Período ................................................................ 57
Tabela 5 – Principais Categorias das despesas............................................................................... 58
Figura 12 – Gráfico Saldo Operacional do Período ....................................................................... 60
Figura 13 – Gráfico Investimento do Período ................................................................................ 61
Figura 14 – Gráfico Análise Financiamentos ................................................................................. 62
Figura 15 – Gráfico Saldo Final Durante o Período ...................................................................... 63
Figura 16 – Gráfico Saldo Acumulado Durante o Período ............................................................ 64
3.2.2. Ponto De Equilíbrio / Necessidade De Capital De Giro ........................................................ 65
3.2.3. Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE) ............................................................... 66
Tabela 6 – Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE)....................................................... 66
3.2.4. Projeção Financeira............................................................................................................... 68
3.2.4.1. Cenário Moderado .............................................................................................................................................. 69
Tabela 7 – Projeção Financeira Do Cenário Moderado................................................................. 70
3.2.4.2. Cenário Otimista .................................................................................................................................................. 70
Tabela 8 – Projeção Financeira Do Cenário Otimista ................................................................... 70
3.2.4.3. Cenário Pessimista .............................................................................................................................................. 71
Tabela 9 – Projeção Financeira Do Cenário Pessimista ................................................................ 71
3.2.4.4. Cenário Crítico ..................................................................................................................................................... 72
Tabela 10 – Projeção Financeira Do Cenário Critico .................................................................... 72
3.2.4.5. Conclusões gerais ................................................................................................................................................ 72
4.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................... 74
REFERÊNCIAS .............................................................................................................................. 76
APÊNDICE A – INVENTÁRIO DE DÍVIDAS ............................................................................. 83
11
1.0. INTRODUÇÃO
(4,1%).
Outra informação ressaltada pela pesquisa da GEM é de que a grande maioria dos
empresários (85,9%) não recorre a qualquer órgão de apoio, visando a melhoria da gestão ou
expansão de seu negócio, mesmo quando este apoio está disponível de forma gratuita em
diversos canais de atendimento, seja presencial, por telefone ou por chat online.
Assim, considerando tudo o que foi exposto, é relevante ressaltar que estão entre
principais desafios enfrentados pelos empreendedores: o acesso a recursos financeiros, que
segundo Bonacin, Cunha e Corrêa (2009) é dificultado pelas taxas de juros elevadas, burocracia
excessiva e a falta de histórico, representando assim as principais barreiras na obtenção de
fundos essenciais para investimentos e crescimento.
A legislação e imposto, que de acordo com Santini (2015), os empresários precisam
lidar com uma série de impostos e obrigações fiscais, o que demanda um conhecimento
detalhado e uma atenção constante para evitar penalidades e multas. Além disso, a
complexidade do sistema tributário brasileiro pode ser especialmente avassaladora para
empreendedores iniciantes, que muitas vezes não têm recursos financeiros ou experiência para
lidar com essas demandas.
E por último, a necessidade de capital de giro, que segundo Assaf Neto (2011) representa
os recursos demandados por uma empresa para financiar suas necessidades operacionais. Isso
se reforça como algo primordial, pois de acordo com Gitman (2009), a ausência de recursos
financeiros para cobrir as despesas operacionais básicas, como salários e fornecedores,
compromete a capacidade da empresa de se manter em funcionamento, levando muitas vezes
ao encerramento precoce das atividades.
O presente estudo tem como objetivo um caso específico: a análise da gestão financeira
de um restaurante na cidade de Teresina. Com o propósito de atingir tais objetivos, o estudo
fundamenta-se na análise de relatórios de fluxo de caixa e DRE (Demonstração do Resultado
do Exercício), bem como no cálculo e interpretação de indicadores financeiros pertinentes, tais
como ponto de equilíbrio e necessidade de capital de giro. Além disso, serão abordados os
fundamentos da gestão financeira, e apresentados o mapeamento dos processos financeiros do
restaurante por meio da metodologia BPMN.
O objetivo deste estudo se justifica não apenas para enfatizar a importância de uma
abordagem cuidadosa e dedicada à área financeira, mas também para enriquecer o
conhecimento acadêmico nesse setor, proporcionando uma contribuição prática valiosa
destinada a empreendedores e gestores, visando fornecer ferramentas relevantes para o
ambiente de negócios no mundo real.
13
Quanto à estrutura, este trabalho está dividido em cinco partes distintas: introdução,
referencial teórico que abrange os principais conceitos necessários para o entendimento de uma
gestão financeira, metodologia, que explora a organização do restaurante, seguida dos seus
processos financeiros mapeados em BPMN. Na sequência, temos uma seção de análise de
dados, onde os resultados apresentados pela empresa durante a consultoria serão abordados de
maneira quantitativa. Finalmente, as considerações finais percorrerão as principais
contribuições do trabalho.
14
Cruz e Andrich (2013), por sua vez, observam que a gestão eficaz dos fluxos financeiros
é uma necessidade crítica para qualquer organização. Isso se deve ao fato de que os custos
associados à obtenção de capital não são insignificantes. Pequenos erros, como
desalinhamentos entre as entradas e saídas de dinheiro ou a falta de um planejamento
orçamentário sólido, podem ter sérias consequências, colocando em perigo a própria existência
da empresa.
Considerando o exposto, é evidente que um planejamento financeiro eficaz se divide em
duas perspectivas cruciais: o curto e o longo prazo, que serão brevemente apresentadas logo
abaixo:
liquidez suficiente para cobrir suas operações diárias e responsabilidades de curto prazo. Esse
monitoramento do fluxo de caixa, permite a empresa tomar decisões informadas sobre
pagamentos, investimentos e financiamento.
Avila e Jungles (2013) discorre que, o orçamento empresarial é uma projeção da
demonstração de resultados e do balanço patrimonial. Ele fornece uma visão abrangente da
saúde financeira esperada da empresa, incluindo receitas, despesas, lucros ou perdas, e o estado
dos ativos e passivos. O orçamento operacional é uma ferramenta fundamental para o
planejamento e controle financeiro, ajudando a empresa a alinhar suas operações com as metas
estratégicas.
Ross (2008) enfatiza que o orçamento de investimentos é uma listagem detalhada dos
ativos de longo prazo que a empresa planeja adquirir durante o período orçamentário. Estes
investimentos podem ser motivados por diversas necessidades, incluindo o aumento da
capacidade de produção, substituição de equipamentos obsoletos, modernização de processos,
e atendimento a exigências legais e sociais. Este orçamento é vital para assegurar que os
investimentos sejam alinhados com as estratégias de longo prazo da empresa e que eles gerem
valor agregado ao negócio.
Diante disso, a importância do planejamento financeiro de curto prazo reside na sua
capacidade de proporcionar um roteiro detalhado e operacional para a empresa, permitindo uma
gestão financeira eficaz no dia a dia e alinhando as operações cotidianas com os objetivos
estratégicos de longo prazo. Ele serve como um instrumento de controle, assegurando que a
empresa permaneça no caminho certo para alcançar suas metas financeiras e operacionais.
(GITMAN, 2009).
Conforme o mesmo autor, uma previsão de vendas cuidadosa deve contemplar três
fatores:
21
informações com o outro lado do globo terrestre essa percepção começou a mudar, pois os
relatórios gerados no passado pelos escritórios contábeis agora tinham um novo papel no
gerenciamento das organizações, levar base teórica e exata dos dados financeiros para
montagem de estáticas e planos de ação”.
Com isso, percebe-se que a contabilidade gerencial nada mais é do que a aplicação da
contabilidade geral voltada para o contexto da gestão empresarial, sendo assim mais voltada
para o processo decisório das operações diárias e do planejamento dessas operações no longo
prazo.
Contas a Pagar e Contas a Receber: as duplicatas a pagar, por compras a prazo, são
controladas por data de vencimento, permitindo simulações futuras de desembolsos de
caixa. As duplicatas a receber, por vendas a prazo, são controladas por volume, valores
e prazos, para cobrança bancária ou local, e informam ao caixa sobre futuros ingressos.
atividade que transforme insumos em produtos ou serviços com valor agregado para o cliente é
essencialmente um processo. Este pode variar desde a aquisição de matéria-prima até a entrega
final ao consumidor.
Diante de tudo que foi exposto e de acordo com BPMN (2024), será apresentado os
principais elementos gráficos que compõem a metodologia:
2.4.1. Eventos
Eventos Finais de Um evento final do tipo genérico é um tipo de evento utilizado quando
Tipo Genérico:
o término do processo não está vinculado a uma condição específica
ou resultado. Graficamente, é representado por um círculo vazio com
uma borda mais espessa, indicando o ponto final do processo.
2.4.2. Atividades
Atividades-Tarefas: uma atividade do tipo tarefa é uma ação específica realizada durante
um processo. Representadas graficamente por retângulos em diagramas BPMN, a tarefa pode
ser manual ou automatizada, contribuindo para a execução eficiente do fluxo.
2.4.3. Gateways
Gateway Paralelo: Ele é conectado a diversas atividades paralelas por meio de fluxos de
sequência. Quando o processo atinge um gateway paralelo, ele se
ramifica em diferentes caminhos, permitindo a execução simultânea de
várias tarefas ou subprocessos. Posteriormente, os caminhos paralelos
convergem de volta no gateway paralelo, indicando que todas as
atividades paralelas foram concluídas.
2.4.4. Fluxo
2.4.5. Swimlanes
Sendo assim, é necessário entender cada uma dessas estruturas de forma isolada. Para
iniciar, é fundamental abordar a definição de ativo, que para Torres (2022), é tudo que uma
empresa possui de valor, todo o seu conjunto de bens e direitos. Esses bens podem ser subdivido
entre: tangíveis (dinheiro em caixa, saldo bancário, investimento financeiro, participação
societária em outras empresas, imóveis, automóveis, equipamentos, estoque) ou intangíveis,
também chamados de bens imateriais, (como direitos autorais, marcas, softwares e patentes).
31
Além disso, os ativos podem ser divididos como ativos circulantes e não circulantes,
como exemplificado pela tabela 1. Os ativos circulantes são todos os bens e direitos de uma
empresa convertíveis em dinheiro no curto prazo, são então considerados um ativo de alta
liquidez. Para ser considerado um ativo circulante, a conversão do ativo precisa ocorrer num
prazo de 12 meses após o balanço, ou seja, até o final do próximo exercício. Entre os bens e
direitos de uma companhia que podem ser convertidos em dinheiro no curto prazo estão os
depósitos bancários, aplicações financeiras, despesas antecipadas, mercadorias, matérias-
primas, entre outros (DINIZ, 2022).
Já os ativos não circulantes, segundo Diniz (2022), serão o conjunto contábil de todos
os bens e direitos de uma empresa que não podem ser convertidos em capital no curto prazo.
Como o próprio nome sugere, são os ativos que permanecem por muito tempo no balanço
patrimonial da empresa, não possuindo liquidez suficiente para “circular” de forma imediata.
Marion (2009) ainda complementa afirmando que este ativo compreende itens que serão
transformados em dinheiro no longo prazo, em um período superior a um ano. Conforme o
mesmo autor, o ativo circulante pode se subdividir entre ativo realizável a longo prazo,
investimentos, imobilizado e intangível.
Ainda de acordo com Marion (2009), os ativos realizáveis a longo prazo são
representados pelos empréstimos feitos a diretores e a outras empresas coligadas que não serão
recebíveis imediatamente. Os investimentos, aplicações que não estão ligadas a atividade da
empresa, exemplo de ações de outra empresa, obras de arte, etc. Imobilizado são bens corpóreos
destinados à manutenção da atividade principal da empresa ou exercidos com essa finalidade,
exemplo de prédios, móveis, etc. E os ativos intangíveis são os direitos em cima de bens
incorpóreos, isto é, que não se podem tocar. Por exemplo, marcas e patentes.
Em seguida, dentro do balanço patrimonial existe também o passivo, que segundo
Freitas (2012), consiste na obrigação presente da entidade de transferir um recurso econômico
como resultado de eventos passados. Desse modo, é possível notar que há três características
principais na definição de um passivo, a) trata-se de uma obrigação presente, a qual pode ser
legalmente exigível, por meio de contrato ou estatuto, ou em decorrência das práticas usuais do
negócio; b) resulta de transações ou eventos passados, isto é, a obrigação presente só existe se
a entidade já tiver obtido benefícios econômicos; c) a liquidação da obrigação resulta na saída
de recursos capazes de gerar benefícios econômicos para a entidade.
Dentro do contexto do passivo, há o passivo circulante e o passivo não circulante. Para
Batalha (2014), “o passivo circulante é o conjunto de contas onde nele são registrados os valores
devidos pela entidade cujo vencimento seja inferior a 12 meses a contar da data do último
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balanço”. Sendo assim, Ribeiro (2017) enumera algumas das contas que pertencem ao passivo
circulante: impostos; contas mensais a pagar; pagamento e adiantamento de salário; obrigações
com fornecedores; obrigações com bancos e instituições financeiras, todas seguindo a regra de
ter vencimento em um período inferior a 12 meses.
Já o passivo não circulante, que também é conhecido como exigível a longo prazo, de
acordo com Batalha (2014), é um subgrupo destinado ao registro dos valores devidos cujos
vencimentos sejam superiores há 12 meses a contar do último balanço patrimonial. Dentro dessa
definição, os principais elementos desse parâmetro contábil são: dividendos; provisões de
segurança; empréstimos de longo prazo; impostos a pagar no próximo exercício. Diante dessa
explanação, portanto, é possível concluir que o que difere o passivo não circulante do passivo
circulante na contabilidade é, basicamente, o prazo de pagamento dos compromissos
financeiros assumidos por parte da companhia em questão (AMBROZINI, 2006).
A última conta do Balanço Patrimonial é o Patrimônio líquido, que segundo Borges et
al. (2014) pode ser definido como a diferença, em determinado momento, entre o valor do ativo
e do passivo, atribuindo-se a este último a conotação restritiva de dívidas e obrigações.
De acordo com Assaf Neto (2003), o Patrimônio Líquido é constituído por capital social;
reservas de capital; reservas de lucro; ajustes de avaliação patrimonial, ações em tesouraria e
lucros ou prejuízos acumulados. O capital social representa o montante total investido pelos
proprietários no estabelecimento da empresa. As reservas de capital representam os montantes
aportados pelos sócios, destinados diretamente ao patrimônio líquido, para absorver possíveis
prejuízos ou viabilizar futuros aumentos de capital social mediante a incorporação desses
valores. As reservas de lucro compreendem parte dos ganhos acumulados pela organização e
retidos no patrimônio líquido. Já os ajustes de avaliação patrimonial referem-se a modificações,
sejam de aumento ou redução, nos valores dos elementos dos ativos e passivos, decorrentes de
avaliações de mercado externo. Por fim, as ações da Tesouraria envolvem a emissão e recompra
de ações pela empresa no mercado, com o propósito de reduzir o patrimônio líquido da
organização.
Para Garrison (2007), O propósito central dessa ferramenta será analisar todos os
componentes que contribuem para o lucro líquido de uma empresa durante um determinado
período contábil. Isso inclui a identificação das entradas financeiras, os gastos relacionados e,
especialmente, as despesas acumuladas durante esse período. Como resultado, essa ferramenta
capacita o empreendedor a identificar áreas problemáticas que necessitam de ajustes e
melhorias.
Vasconcelos (2010) reforça isso colocando a DRE como uma ferramenta que permite
aos gestores e acionistas avaliar o desempenho financeiro da empresa, com base nela os gestores
podem tomar decisões informadas sobre estratégias de negócios, investimentos, expansão,
redução de custos e muito mais. Além disso, proporciona aos investidores, credores e outros
stakeholders uma compreensão clara da saúde financeira da empresa, atraindo investimentos e
mantendo a confiança destes.
A DRE possibilita a comparação do desempenho da empresa com períodos anteriores
ou com outras empresas do mesmo setor, ajudando na avaliação da posição competitiva da
empresa. Os dados da DRE podem ser usados para planejamento financeiro e projeções futuras.
Ela serve como base para a elaboração de orçamentos e previsões de fluxo de caixa.
(FREZATTI, 2019).
A estrutura do DRE, segundo Hobold (2014), na qual é composta por diversas seções
que fornecem informações detalhadas sobre o desempenho financeiro da empresa durante um
período contábil específico. Essas seções incluem:
1. Receitas Operacionais: Esta seção apresenta as receitas geradas pelas operações
principais da empresa, como a venda de produtos ou serviços. É aqui que a empresa
registra sua receita bruta.
2. Custos dos Produtos Vendidos (CPV) ou Custo dos Serviços Prestados (CSP): Nesta
seção, são registrados os custos diretamente associados à produção ou prestação de
serviços, como materiais, mão de obra direta e custos indiretos.
3. Margem de Contribuição: A margem de contribuição é a diferença entre as receitas
operacionais e os custos dos produtos vendidos ou serviços prestados. Ela representa a
quantidade de dinheiro disponível para cobrir os custos operacionais fixos.
4. Despesas Operacionais: Esta parte do DRE inclui todas as despesas relacionadas às
operações da empresa, como despesas administrativas, de vendas, marketing e outras
despesas operacionais.
5. Resultado Operacional: É o resultado obtido após a dedução das despesas operacionais
da margem de contribuição. Representa o lucro ou prejuízo gerado pelas atividades
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operacionais da empresa.
6. Outras Receitas e Despesas: Esta seção inclui receitas e despesas que não fazem parte
das operações principais da empresa, como ganhos ou perdas com investimentos, juros
e outras receitas financeiras.
7. Resultado Antes dos Impostos (RAI): É o resultado operacional somado às outras
receitas e despesas. Representa o lucro ou prejuízo antes de considerar os impostos.
8. Impostos: Nesta seção, são registrados os impostos sobre o lucro que a empresa deve
pagar, como o Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
9. Lucro Líquido: É o resultado do DRE, representando o lucro ou prejuízo líquido obtido
pela empresa após o pagamento de impostos.
De acordo Vasconcelos (2010) a estrutura do DRE permite uma análise detalhada do
desempenho financeiro da empresa, identificando áreas de eficiência e oportunidades de
melhoria. Além disso, fornece informações valiosas para tomada de decisões estratégicas,
planejamento financeiro e projeções futuras. A comparação do DRE ao longo do tempo e com
empresas do mesmo setor auxilia na avaliação da competitividade e saúde financeira da
empresa.
-
FLUXO DE CAIXA FINANCIAMENTO
- Empréstimos Recebidos (+)
- Amortização de Empréstimos (-)
=
SALDO FINAL
Fonte: Elaborado pelo Autor (2024).
Como descrito por Barros (2018) Os fluxos de caixa das atividades operacionais vão
incluir as entradas e saídas de recursos financeiros relacionadas à execução das atividades do
empreendimento. Estarão nesse fluxo as receitas geradas no exercer da atividade, pagamentos
de salários e benefícios, fornecedores, pagamento de impostos, entre outras despesas de custeio
ligadas a operação.
Barros também descreve o fluxo de caixa das atividades de investimento. Nessa seção,
evidenciam-se as entradas e saídas de recursos financeiros decorrentes de investimentos
realizados. Os investimentos podem incluir a aquisição de imóveis, equipamentos e veículos, a
realização de obras, etc.
Já Vasconcelos (2010) apresenta o fluxo de caixa das atividades de financiamento, no
qual apresenta as entradas e saídas de recursos financeiros relacionadas às operações de
financiamento. As atividades de financiamento podem envolver a captação de recursos por
meio de empréstimos e financiamentos, o pagamento de juros e amortizações ligados a estes
recursos.
A importância do DFC é reforçada por Souza (2018) quando ele afirma que a sua análise
permite identificar tendências e variações nos fluxos de caixa, o que pode subsidiar a tomada
de decisões pelos gestores.
Uma das características principais do fluxo de caixa é o fato dele ser realizado dentro
do regime de caixa. O regime de caixa é um método contábil que registra as receitas e despesas
apenas quando o dinheiro é efetivamente recebido ou pago. É um método mais simples e é
frequentemente usado por pequenas empresas e para fins pessoais. No regime de caixa, as
transações são registradas somente quando há efetivo movimento de caixa. Isso significa que
as receitas são contabilizadas quando o dinheiro é recebido, e as despesas são contabilizadas
quando são pagas. Este regime é mais simples de entender e administrar, especialmente para
pequenas empresas que podem não ter transações complexas ou créditos a receber e a pagar em
grandes volumes. Pode não fornecer uma visão completa da saúde financeira de uma empresa,
37
pois não considera receitas e despesas que foram incorridas, mas ainda não resultaram em
movimentação de caixa (VASCONCELOS, 2010).
Segundo Silva (2018), empresas que obtêm altos lucros podem enfrentar desafios em
gerenciar efetivamente seu fluxo de caixa. Portanto, a demonstração do fluxo de caixa é uma
ferramenta valiosa para as empresas identificarem oportunidades e riscos em seus negócios. É
importante destacar que a principal fonte de receita de uma empresa são seus recursos, e como
eles são gerenciados afeta toda a organização. O fluxo de caixa é fundamental para sustentar
uma empresa e influência seu desempenho financeiro.
Desta forma, o controle do fluxo de caixa é uma ferramenta de gestão que deve ser bem
utilizada pelo gestor, sendo mais além que, simplesmente, um instrumento de controle, é
indispensável na administração privada, auxiliando na contabilidade das empresas e
constituindo-se de um sistema para avaliar, planejar e dar transparência à Administração,
promovendo assim o desenvolvimento sustentável de maneira transparente (SÁ, 2019).
O termo capital de giro refere-se aos recursos da empresa que são capazes de serem
convertidos em caixa (ASSAF NETO; SILVA, 2011). Para Silva et al. (2019) o capital de giro
ainda pode ser chamado de capital circulante e é determinado como os recursos financeiros que
giram por várias vezes dentro de um período determinado. O capital de giro é um recurso
financeiro essencial para as operações da empresa.
Enquanto as contas do ativo circulante apresentam a estabilidade financeira da empresa,
podendo verificar se o fluxo de caixa é capaz de cobrir as despesas correntes. A gestão do capital
de giro é o que permite conferir a rentabilidade da organização e se a mesma consegue quitar
suas obrigações financeiras de curto prazo (CARVALHO et al., 2021).
De acordo com Silva et al. (2019), o nível de capital de giro e a sua importância variam
conforme a necessidade de cada empresa. Segundo Assaf Neto; Silva (2011), o volume do
capital de giro possui influência sobre a liquidez e a rentabilidade da empresa. O seu volume
vai depender de alguns fatores como: volume de vendas; sazonalidade dos negócios; fatores
cíclicos da economia; tecnologia; e políticas de negócios.
Uma má administração do capital de giro pode levar a empresa a sérios problemas
financeiros (ASSAF NETO; SILVA, 2011). Amorim, Camargos e Pinto (2021) argumentam,
que uma gestão boa do capital de giro é fundamental para o crescimento da empresa,
principalmente em períodos de crise econômica. Dessa forma, torna-se necessário as empresas
terem estratégias para otimizar o uso do capital de giro, verificando a melhor alocação dos seus
investimentos e escolhendo seus passivos mais adequados (ASSAF NETO; SILVA, 2011).
Padoveze (2012) defende que para se fazer um uso otimizado do capital de giro é
necessário, antes de tudo, ter o entendimento de como funciona o ciclo operacional da empresa
e usá-la ao seu favor. O autor conceitua ciclo operacional, como sendo todas as ações
necessárias e exercidas para o desempenho de uma atividade, ele contempla todo o ciclo
produtivo, desde o planejamento, execução e controle, em outras palavras representa o tempo,
que uma empresa leva desde o início de um processo produtivo até a realização financeira das
40
vendas.
Padoveze também pontua que faz parte desse ciclo operacional, o ciclo financeiro e o
ciclo econômico, como pode ser observada na figura 1:
Como pode ser observado na imagem, o ciclo financeiro representa o tempo entre o
pagamento aos fornecedores pela matéria-prima e o recebimento do dinheiro proveniente das
vendas. Enquanto o ciclo econômico refere-se ao período que começa desde a aquisição de
matéria-prima até o momento em que a venda do produto for realizada. Sendo assim, esse
entendimento possibilita antecipar demandas financeiras em diferentes fases do processo,
gerenciar estoques de maneira eficaz, negociar prazos vantajosos com fornecedores e clientes,
otimizar o fluxo de caixa e avaliar necessidades de financiamento. Além disso, a análise
detalhada do ciclo operacional contribui para identificar oportunidades de melhoria na
eficiência operacional, reduzindo o tempo necessário para a realização de atividades e,
consequentemente, minimizando a demanda por capital de giro.
et al.,2020).
Para Ross et al., (2015), ao avaliarmos a NCG para as operações contínuas da empresa,
é necessário separar as contas operacionais das não operacionais do circulante, pois têm alguns
direitos e obrigações acrescentados no circulante. O cálculo da NCG é realizado pela diferença
entre os valores das aplicações operacionais com as fontes operacionais. Assim, o conceito de
NCG ás vezes pode ter um valor diferente do capital circulante líquido.
Com isso, a NCG é considerada fundamental para uma análise financeira da empresa,
sendo necessário, além de analisar o caixa, criar estratégias para o crescimento e a lucratividade
da organização. Pois geralmente as saídas de caixa ocorrem antes das entradas, trazendo uma
necessidade constante de aplicação de recursos para suprir a diferença evidenciada entre as
contas ACO e das contas do PCO (FERREIRA et al., 2019).
Segundo Silva et al. (2020), as decisões quanto á concessão de prazo a clientes e
manutenção dos estoques, contas do ativo circulante, são tão importantes quanto as decisões
em ativos permanentes, como essas decisões trazem efeitos a longo prazo para o bom
funcionamento da empresa. Pois as grandes mudanças na NCG podem levar muitas empresas á
falência (SILVA et al., 2020).
Possuir um NCG bem delineado permite avaliar a robustez financeira de uma empresa,
indicando se esta dispõe de capital suficiente para sustentar suas operações diárias. Uma NCG
positiva indica uma reserva adequada de capital de giro, enquanto uma NCG negativa pode
sinalizar dificuldades no fluxo de caixa, apontando a necessidade de recursos financeiros
adicionais.
42
3.0. METODOLOGIA
O restaurante a ser estudado no presente trabalho estava em operação cerca de seis meses
quando o processo de consultoria foi iniciado. No que diz respeito a sua forma de
funcionamento diário, o estabelecimento adotava um horário duplo, atendendo os clientes das
43
11h às 15h e posteriormente das 18h à meia-noite, abrangendo, assim, os períodos de almoço e
jantar.
Quanto aos serviços oferecidos, o cardápio abrangia o serviço de self-service,
destacando-se pela culinária tradicional nordestina, onde o valor era determinado com base no
peso dos pratos escolhidos na balança. Além disso, oferecia opções a la carte de pratos típicos
da região. Em relação às formas de pagamento, o restaurante aceitava os mais variados tipos de
pagamento, incluindo cartões de diferentes bandeiras, dinheiro, pix e vale-alimentação.
Nas formas de Recebimento, o restaurante trabalhava com duas máquinas de cartão,
uma da Rede e outra da Getnet. Além disso, para melhor gerenciar recebimentos e pagamentos,
o estabelecimento mantinha três contas bancárias distintas: uma conta específica no Itaú
destinada ao recebimento das vendas realizadas por meio da máquina de cartão da Rede, uma
conta no Santander para o recebimento de vendas realizadas por meio da máquina de cartão da
Getnet e para o pagamento das transações financeiras mais expressivas, e uma terceira conta na
Cora para recebimentos pagos via pix e pagamentos de despesas de menor valor no cotidiano
operacional da empresa.
Em relação à parte operacional, a empresa utilizava exclusivamente o software
Consumer. O sistema permitia o cadastro fácil e prático dos pedidos pelos garçons, contribuindo
para um atendimento rápido e eficaz. Dito isso, a parte operacional da empresa estava bem
encaminhada, era na parte financeira que se encontravam os maiores gargalos da organização.
A empresa estava operando no negativo, inexistia qualquer controle sendo realizado, seja em
planilhas ou sistemas de acompanhamento de resultados, além de haver a ausência de uma
pessoa específica para cuidar do setor financeiro. Como resultado, a empresa tinha um total
desconhecimento da sua real situação, não tendo as informações necessárias para formular
estratégias para buscar melhorias na situação.
Diante disso, a consultoria iniciou com o propósito de estabelecer processos financeiros
sólidos e proporcionar análises de resultados que pudessem nortear a tomada de decisões. O
objetivo era estruturar financeiramente a empresa, introduzindo práticas de gestão de fluxo de
caixa eficiente, orçamento e indicadores financeiros relevantes.
Diante de todo o contexto fornecido até agora, a consultoria no primeiro mês de trabalho
logo percebeu a necessidade e a oportunidade de implementar algumas mudanças fundamentais
para garantir o sucesso do projeto, estas mudanças dizem respeito: a adoção de um software de
gestão financeira, a contratação de um profissional dedicado às finanças e a simplificação das
contas bancárias e sistemas de recebimento. Será detalhado cada uma destas mudanças:
A adoção de um software financeiro se justificou pelo que já foi citado no trabalho, não
havia nenhuma forma de registro das transações financeiras no estabelecimento. O software
escolhido foi o Conta Azul devido à sua interface intuitiva e fácil usabilidade. O sistema oferece
as mais diversas funcionalidades, como gestão de contas a pagar e a receber, controle de estoque
e integração bancária.
É importante ressaltar que uma das partes mais importantes em um processo de
estruturação financeira é a escolha do software adequado, porém o sucesso desse processo
depende da configuração e alimentação adequada, isso inclui:
Cadastro de clientes e fornecedores.
Cadastro das contas bancárias utilizadas pela empresa.
Criação de plano de contas e centro de custos que reflitam a realidade do
empreendimento, um exemplo disso no caso do restaurante foi a preferência do
proprietário pela criação de 2 categorias de receitas: "vendas restaurante
almoço" e "vendas restaurante jantar".
Passou a usar somente duas contas bancárias, o Santander e Cora, o Santander para o
recebimento via Getnet e o pagamento das contas maiores, o Cora para recebimentos em pix e
pagamento de despesas menores. Sendo que, no longo prazo, a ideia era migrar de vez para o
banco Santander, devido às oportunidades de financiamento que um banco tradicional poderia
oferecer.
Essas mudanças iniciais foram fundamentais para estruturar a gestão financeira do
restaurante. A adoção do Conta Azul proporcionou um controle financeiro mais eficaz, a
contratação de um assistente financeiro garantiu uma atenção especializada à área financeira, e
a simplificação das contas e sistemas de recebimento racionalizou as operações financeiras,
contribuindo para uma gestão mais eficiente e transparente. Essas ações representaram os
primeiros passos cruciais para melhorar a situação financeira do restaurante e estabelecer uma
base sólida para seu crescimento sustentável.
O evento de início, representado pelo círculo verde no diagrama BPMN, ilustra o início
do processo com o estabelecimento realizando as vendas. Logo em seguida, tem-se a tarefa de
receber o pagamento dos clientes, conforme representado pelo retângulo em azul. Quando este
47
pagamento for recebido, utiliza-se um gateway exclusivo para representar uma bifurcação, onde
esse pagamento pode ser ou não em dinheiro.
Se o recebimento for em dinheiro, se abrirá uma nova tarefa ligada ao gerente-geral,
conforme exposto no organograma, de realizar os depósitos bancários relativos a essa receita.
Por outro lado, os pagamentos que não forem em espécie, ou seja, pagamentos realizados via
pix, cartão ou vale-alimentação, serão creditados automaticamente nas contas bancárias da
empresa. Logo após a concretização dessas etapas, o processo chega ao fim.
A partir do que foi exposto, é possível perceber como o processo de contas a receber era
extremamente simplificado e cheio de desvantagens. Entre estas podemos citar a escassez de
informação, como o restaurante não registrava nenhuma de suas transações financeiras, não era
possível obter informações como o funcionamento de fluxo de caixa em relação às entradas, os
dias de maior volume de vendas, os meses mais produtivos, os períodos em que haveria maior
disponibilidade financeira para efetuar pagamentos a fornecedores, o impacto financeiro
causado pelas transações relacionadas a cartão. Isso certamente afetava diretamente a
capacidade da empresa de tomar decisões para otimizar seu resultado.
No início do processo, destacado pelo evento de partida (círculo verde), as vendas são
realizadas, após isso se obtém a tarefa de receber o pagamento dos clientes, representada pelo
retângulo azul. Em seguida, pode-se observar o uso de um gateway paralelo, para representar
uma bifurcação no processo conforme a forma de pagamento. A escolha desse gateway se
justifica pela sua capacidade de criar ramificações simultâneas no fluxo do processo. Ao
contrário do gateway exclusivo, que permite a representação de apenas dois caminhos
mutuamente exclusivos.
Dando continuidade, se a forma de pagamento a ser recebida for em dinheiro, deve ser
da responsabilidade do assistente financeiro preencher a planilha financeira. Essa planilha,
criada no Google Sheets, foi desenvolvida a pedido do diretor-geral com o objetivo de
simplificar a gestão de caixa da empresa. Através dela, serão registradas todas as receitas, saídas
e depósitos bancários realizados em espécie. Isso irá permitir que o restaurante mantinha um
controle constante, verificando se o valor em caixa está alinhado com a planilha, prevenindo
possíveis fraudes. Além disso, a planilha facilitará o processo de coleta de dados, uma vez que,
por ser online, os diretores da empresa, que normalmente são aqueles responsáveis por gerir o
dinheiro, poderão alimentá-la, simplificando a entrega das informações ao assistente financeiro.
Se o pagamento for realizado utilizando pix, o assistente financeiro irá realizar a
exportação do extrato bancário do banco Cora, responsável por ser o captador dessas
movimentações, por meio do documento ele terá acesso a todas as transações realizadas. Sendo
o pagamento em cartão, o assistente exportará os relatórios da Getnet, a partir desse relatório
será possível encontrar as transações repassadas pela empresa de cartão a conta bancária do
restaurante, além das taxas cobradas.
Depois disso, percebe-se que, ao fim dessa etapa, as 3 tarefas se encontram em um ponto
em comum, o registro das receitas na conta azul. É valido informar que esse registro leva em
consideração o plano de conta da empresa, e a maneira como as receitas foram classificadas,
devemos pontuar que uma das exigências feitas pelo diretor-geral da empresa foi a criação de
uma subcategoria na parte relativa à receita operacional, uma relativa às receitas ligadas ao
período do almoço e outro relacionado a receita ligadas ao período do jantar. Com isso, dentro
desse processo de registro de receitas, o assistente financeiro deve ter o cuidado de fazer esse
registro, classificando as receitas de acordo com seus turnos. Para finalizar o processo, teremos
um processo de conciliação bancária diário, com o intuito de corrigir erros no processo e trazer
informações mais precisas, seguido do fim do processo.
49
A Figura 6 representa o processo BPMN para Contas a Pagar - As Is, que descreve o
fluxo de trabalho de gestão de pagamentos antes de quaisquer otimizações ou melhorias
introduzidas por uma consultoria. Este diagrama simplificado reflete o estado original do
processo, que frequentemente caracteriza pequenas e médias empresas antes da digitalização e
da adoção de práticas de gestão financeira avançadas.
A figura 7 anexa apresenta um processo BPMN para Contas a Pagar - To Be, que ilustra
uma proposta de melhoria do processo de pagamento de uma empresa após a intervenção de
uma consultoria. Este fluxo de trabalho otimizado incorpora práticas de gestão financeira
estratégica para aumentar a eficiência e a precisão no tratamento das obrigações financeiras do
restaurante em estudo.
O processo tem início da mesma forma que o processo anterior, com as despesas sendo
realizadas pelo diretor administrativo, representadas pelo evento inicial (círculo verde). Em
seguida, diferentemente do processo anterior, o assistente financeiro assume a responsabilidade
de receber os boletos e despesas, conforme representado pelo retângulo azul. A etapa
subsequente consiste na verificação dessas despesas pelo assistente, que analisa valores e datas
de pagamento.
51
Neste estudo, será conduzida uma análise abrangente dos aspectos financeiros de uma
empresa, explorando elementos cruciais que afetam sua saúde financeira e tomada de decisões.
Todos os indicadores gerados serão baseados nos dados financeiros extraídos do sistema Conta
Azul, devidamente preenchidos durante a consultoria. Inicialmente, uma análise detalhada do
'Fluxo de Caixa' será realizada, abordando receitas, saídas e resultados nos meses analisados.
Em seguida, será elaborado um 'Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE)', permitindo
entender o desempenho financeiro da empresa ao longo de um período específico, revelando se
53
obteve lucro ou prejuízo de forma mais completa. Posteriormente, serão calculados o 'Ponto de
Equilíbrio' e o 'Capital de Giro', indicadores fundamentais para garantir a estabilidade financeira
da organização. Por fim, uma Projeção Financeira será realizada em quatro cenários distintos,
visando entender o impacto das dívidas acumuladas pela empresa. Ao longo desta análise de
dados, cada tópico será examinado em detalhes, destacando sua importância e impacto na gestão
financeira.
Diante disso, Será apresentado na Tabela 4 a seguir, o fluxo de caixa detalhado do período de
abril a agosto de 2023:
Receitas Financeiras 15 - 0 - -
Compra de máquinas e
-1.745 -1.062 -5.915 -12.455 -23.140
equipamentos
- - - - -
Tarifas Bancárias
582 383 10 254 137
Outros - - - - -
Pagamento de Empréstimos
- - - - -
Concedidos a Sócios (+)
Pagamento de Empréstimos
- - - - -
Concedidos (+)
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De início, será realizada a análise das receitas brutas consumadas pelo restaurante
durante o período, conforme ilustra a figura 9. As receitas do restaurante mostram uma
tendência crescente ao longo dos meses analisados. Em abril, a receita bruta foi de R$ 188.760,
e aumentou substancialmente em maio para R$ 249.808, representando um aumento de 32%.
As receitas continuaram a crescer em junho, aumentando para R$ 353.913, um aumento de 42%
em relação ao mês anterior, no mês seguinte em julho o restaurante atingiu um pico de R$
397.510 de faturamento, representando um aumento de 12% em comparação ao mês anterior,
em agosto houve uma queda de 21% e o restaurante faturou R$ 314.946.
A explicação para o crescimento abrupto, que começou entre os meses de abril e maio,
foram os investimentos direcionados ao marketing. O estabelecimento focou em parcerias com
influenciadores no meio gastronômico teresinense, resultando em um grande interesse e procura
pelo restaurante.
57
Em relação a como essa receita foi representada, pode-se observar que em todos os
meses as receitas geradas no almoço foram muito superiores em relação ao jantar. Em média,
as receitas geradas durante o período do almoço representaram 76% da receita gerada, enquanto
a receita no jantar representou apenas 24%. Esse é um ponto de oportunidade que o restaurante
pode passar a focar, definindo estratégias de marketing, como happy hour, novas opções no
cardápio, para alavancar as vendas realizadas durante a noite.
seguida, houve um salto em junho para R$ 261.806, um acréscimo de 28% em relação ao mês
anterior. As despesas atingiram seu ponto mais alto em julho, com R$ 377.789, representando
um aumento de 44%, antes de diminuir em agosto para R$ 255.126, uma queda de 32% em
relação ao mês anterior.
Diante desse contexto, é importante entender quais categorias mais impactaram essas
despesas, como ilustrado pela tabela 2, que apresenta as 5 maiores categorias e o seu impacto
no faturamento da empresa em cada um dos meses estudados. As 2 maiores categorias são a de
materiais e a de mercadorias para revenda, os materiais representam todos os insumos
necessários para a convecção dos alimentos servidos pelo restaurante, enquanto as mercadorias
para a revenda, representa todos os produtos comprados para serem vendidos durante o seu
funcionamento, como água, refrigerante, entre outros. Os 2 juntos representam o que
conhecemos por CMV (Custo por Mercadoria Vendida) do restaurante.
Conforme o Sebrae (2021), o CMV ideal em restaurantes gira em torno de 30 a 40%.
Contudo, pode-se observar na tabela que, em abril, a soma das 2 categorias representou uma
saída no valor de R$ 98.919, representando 52% do faturamento obtido. Em maio, esse valor
caiu para R$ 93.688, representando 38% do faturamento. É importante pontuar que
normalmente o CMV acompanha o aumento do faturamento, já que o aumento das receitas está
ligado ao aumento de despesas relacionadas à produção, o que não é o caso aqui. O CMV de
abril para maio diminuiu, mesmo nesses meses o faturamento ter aumentado cerca de 32%.
Dando sequência a análise em junho a despesa aumentou para R$ 148.931 representando
42% do faturamento, em julho houve outro aumento no valor de R$ 160.025, sendo 40% do
faturamento do mês e por fim em agosto a despesa caiu para um valor de R$ 126.492, cerca de
40% do faturamento.
Esse pode ser um ponto de atenção ao restaurante, já que com exceção do mês de abril
que o CMV representou 52% das receitas, em todos os outros meses o CMV ficou entre 38% e
40%, sempre no limite do que é recomendado saudável. Somado a isso, ao fim da consultoria
59
foi percebido que o estoquista tinha como função somente realizar o translado das mercadorias,
em outras palavras, organizar o depósito e levar os insumos aos pontos de produção do
restaurante. Não havia um controle minucioso de estoque para controlar e evitar desperdícios.
Isso evidencia que possivelmente o CMV apresentado pelo fluxo de caixa contém desperdícios
e pontos a serem otimizados que podem ser explorados pelo restaurante para enxugar suas
despesas.
Percebe-se também salários como uma categoria de bastante peso nas despesas, em abril
foi gasto R$ 28.191, representando 15% do faturamento, em maio essa despesa aumentou para
R$ 35.303, representando 14% do faturamento, em junho pode ser percebido outro aumento
para R$ 40.218, correspondendo a 11% do volume de receitas. Em julho, houve outro aumento
de R$ 60.219, equivalendo a 15% da receita total. Por último, em agosto, houve uma queda na
despesa de R$ 48.002, representando 15% do faturamento.
Quanto ao que foi apresentado, a evolução dos gastos relacionados a salários é normal,
já que com o aumento do faturamento se aumenta a demanda, porém foi observado durante a
consultoria a prática de adiantamento salarial aos funcionários, e é provável que essa prática
esteja afetando diretamente a gestão de fluxo de caixa. Recomenda-se assim uma maior
padronização no processo de pagamento de funcionários, para a manutenção de um fluxo de
caixa saudável.
Outra despesa relevante são aquelas ligadas a serviços contratados, despesas com
imóveis e despesas com equipamentos. Essas 3 categorias se alternaram entre as despesas com
maior impacto nos 5 meses analisados. Em abril, foi registrado R$ 11.404, representando 6%
do faturamento com despesas com serviços. Em maio a despesa de R$ 26.975, representando
11% com despesa com imóveis, em junho foi realizado uma despesa de R$ 15.764,
representando 4% do faturamento com despesas com serviços. Já em julho se obteve R$ 30.181,
representando 8% do faturamento com imóveis e, por último, em agosto R$ 29.492,
representando 9% do faturamento com despesas com equipamento.
Por fim, outra categoria de impacto são as despesas com a diretoria. Em abril, a despesa
foi R$ 9.078, equivalendo a 5% da receita total, em maio a despesa aumentou para R$ 12.464,
representando assim 5% do faturamento. Em junho a despesa aumentou para R$ 15.762,
representando 4% do faturamento, em julho essa despesa alcança seu ponto mais alto, com um
valor de R$ 76.055, representando 19% do faturamento, em agosto houve uma queda e essa
despesa foi de R$ 18.139, constituindo 6% do total de ganhos.
A despesa em questão consiste nas retiradas dos sócios da empresa, formada pelo
diretor-geral e diretor administrativo. É importante ressaltar que esses sócios não possuem pró-
60
labore definido, o que pode representar um desafio, pois a ausência de limites para as retiradas
pode impactar negativamente o fluxo e a saúde financeira da empresa, como evidenciou-se no
mês de julho, com uma retirada total de R$ 76.000. Nesse contexto, uma recomendação válida
seria estabelecer um pró-labore com base na média dos gastos dos sócios, proporcionando uma
maior consistência ao fluxo de caixa.
recuperação.
O saldo acumulado em um fluxo de caixa representa a soma contínua dos saldos mensais
obtidos ao longo de um período específico. Ele reflete o montante total disponível ou a posição
financeira líquida da empresa em determinado intervalo de tempo.
No que se refere ao saldo do mês, a figura 16 ilustra o saldo acumulado do restaurante
ao longo de cinco meses, demonstrando a soma dos saldos mensais ao longo do tempo, e é
acompanhado por uma linha de tendência linear.
Começando em abril, o restaurante teve um saldo negativo acumulado de R$ -8.352, o
que pode indicar desafios iniciais no fluxo de caixa ou investimentos iniciais significativos. Em
maio, há uma recuperação, com o saldo acumulado subindo para R$ 5.861, refletindo um saldo
mensal positivo que ajudou a compensar o déficit de abril.
Junho mostra um aumento considerável no saldo acumulado, atingindo R$ 66.572,
sugerindo um mês de forte desempenho financeiro que contribuiu positivamente para o total
acumulado. Em julho, apesar de um saldo mensal negativo, o saldo acumulado diminuiu para
R$ 53.746, o que indica que, embora o mês tenha sido desafiador, o desempenho positivo
anterior amortizou o impacto.
Finalmente, em agosto, o saldo acumulado cresce novamente, chegando a R$ 83.355.
Isso mostra uma recuperação financeira e possivelmente um retorno a práticas operacionais
mais lucrativas ou uma redução de custos eficaz.
65
Considerando o exposto pela DRE, torna-se evidente o peso das dívidas no resultado do
restaurante, evidenciado pelo saldo líquido negativo apresentado. Diante desse cenário, será
utilizado a ferramenta de projeção financeira para analisar as implicações e a capacidade da
empresa de se recuperar, caso decidisse liquidar todas as dívidas acumuladas.
A projeção financeira a ser apresentada terá como base o demonstrativo de fluxo de
caixa, abrangendo os meses de abril a agosto de 2023. Além disso, a projeção englobará o
período de setembro de 2023 a dezembro de 2033, contemplando um período de 10 anos.
Durante esse intervalo, alguns fatores serão levados em consideração. Nas saídas, será
incorporada uma despesa relacionada ao Simples Nacional, utilizando uma alíquota de 9,3%
sobre o faturamento, conforme indicado pela contabilidade do restaurante. Essa alteração busca
representar um cenário no qual a empresa cumpriria integralmente seus compromissos
tributários. Além disso, no mês de setembro de 2023, será incluído, nas despesas relacionadas
69
Neste cenário, observa-se um crescimento das receitas de 2024 a 2033 a uma taxa anual
de 2,82%, enquanto as saídas aumentaram a um ritmo mais moderado, com uma média de
1,65% ao ano. Como resultado, obtém-se um saldo operacional favorável em todos os meses,
com uma taxa de crescimento média de 13,88%. Quanto ao saldo final, ele terá um crescimento
médio de 15,42% anual, levando a empresa a apresentar um saldo acumulado positivo em
outubro de 2029, 6 anos e 1 mês após iniciar o processo de quitação de suas dívidas, mostrando
uma modesta capacidade de recuperação.
Nesse cenário, entre 2024 e 2033, a receita apresenta um crescimento médio de 3,66%
ao ano, enquanto as despesas aumentaram em 1,77%. Este aumento das despesas ficou ligado
ao aumento do Simples Nacional, que guarda relação com o faturamento obtido pela empresa.
O saldo operacional permanecerá positivo, crescendo em média 18,51% anualmente. Como
reflexo, a partir de 2024, o saldo final também apresenta resultados positivos, tendo uma
margem de crescimento de 20,35%. Por fim, a empresa conseguirá pagar todas as suas dívidas
1 ano e 3 meses antes do prazo estabelecido no cenário moderado. Com o pagamento da dívida
ocorrendo em julho de 2028, a empresa registrará um resultado ao final de 2033, 101% maior
do que o encontrado no cenário moderado para o mesmo ano.
para o estabelecimento.
No cenário crítico, será delineado um panorama que a empresa deve evitar a todo custo.
Nesse contexto, foi adotada uma perspectiva de crescimento na qual os coeficientes das
referidas funções são unitários, respectivamente para as receitas e despesas, os resultados são
apresentados na Tabela 10.
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atencao/#:~:text=O%20CMV%20ideal%20gira%20em,Custo%20com%20Insumos%3A%203
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Eficiência Financeira e Risco. Lisboa: Editora Lusitana, 2020.
Vencimento 1ª Qnt. de
Descrição PF ou PJ Instituição Valor da Parcela Saldo Devedor Qnt. de Restantes Anos
Parcela Parcelas
Cartão de Crédito Pessoa Física Banco do Brasil R$ 268,22 R$ 32.454,62 08/09/2021 121 121 10 Anos
SOB MEDIDA Pessoa Física Itaú R$ 465,29 R$ 21.403,34 08/01/2021 72 46 3,8 Anos
SOB MEDIDA Pessoa Física Itaú R$ 435,91 R$ 20.051,86 08/01/2021 72 46 3,8 Anos
Empréstimo Pessoa Jurídica Banco do Nordeste R$ 17.800,00 R$ 1.459.600,00 09/04/2023 84 82 6,8 Anos
Empréstimo Pessoa Jurídica Banco do Nordeste R$ 847,96 R$ 26.286,76 15/01/2022 45 31 2,5 Anos
Simples Nacional Pessoa Jurídica Receita Federal R$ 3.507,06 R$ 3.507,06 20/03/2023 1 1 1 Mês
Simples Nacional Pessoa Jurídica Receita Federal R$ 2.790,47 R$ 167.428,15 15/03/2022 60 60 5 Anos
Inss Pessoa Jurídica Receita Federal R$ 504,64 R$ 17.994,23 22/01/2023 32 32 2,6 Anos
Simples Nacional Pessoa Jurídica Receita Federal Sem Parcela Min R$ 7.787,84 01/04/2023 1 1 1 Mês
Simples Nacional Pessoa Jurídica Receita Federal Sem Parcela Min R$ 12.194,77 01/04/2023 1 1 1 Mês
Simples Nacional Pessoa Jurídica Receita Federal R$ 362,64 R$ 18.937,58 30/09/2022 48 43 3,5 Anos
Total R$ 32.953,42 R$ 1.950.875,24
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