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Apostila-Compreensão da

ficha para coleta de dados


botânicos.
SIGNIFICADO DE TERMOS DENTRO DA FICHA PARA A COLETA DE
DADOS BOTÂNICOS.

Família: briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas.

Definições:
Briófitas: plantas avasculares que se caracterizam pelo pequeno porte e por viverem
em ambientes úmidos e sombreados.

Ex.: Musgos

Pteridófitas: são um grupo de plantas em que se observam a presença de xilema e


floema (vasos condutores) e a ausência de sementes.
Ex.: Samambaias.

Gimnospermas: são plantas que apresentam como característica mais marcante a


presença de sementes nuas, ou seja, sementes que não estão no interior de frutos.
Ex.: Pinheiros.
Angiospermas: São plantas vasculares (apresentam vasos condutores) com sementes
que apresentam como característica mais marcante a presença de flores e frutos.
Ex.: Roseira, lírios, orquídeas, coqueiro, ipês.

Nome científico: é um sistema formal de nomenclatura de espécies de seres vivos,


dando a cada uma delas um nome composto de duas partes, ambas usando formas
gramaticais latinas, embora ela pode ser baseado em palavras de outros idiomas.

Nome Vulgar: Já o nome comum, vulgar ou popular é aquele que, por tradição, as
pessoas utilizam - variando de acordo com a cultura local.

Hábito: o hábito refere-se à forma geral de uma planta, tendo em conta vários fatores
como a dureza do caule, o padrão de ramificação, o desenvolvimento e a textura.
Definições:
Árvore: é uma planta lenhosa, geralmente alta e perene, com um caule principal (o
tronco) que nasce à altura do solo.
Arbusto: é todo o vegetal do grupo das angiospermas, dicotiledôneas e lenhosas, que
se ramifica desde junto ao solo e tem menor porte (abaixo de 6 m).

Subarbusto: são plantas com porte intermediário entre uma erva e um arbusto.
Geralmente o termo é empregado para plantas de pequeno porte.

Erva: uma erva é uma planta em que todos os caules e folhas acima da superfície do
solo morrem no fim de uma estação e crescimento. Ainda que os caules possam ser
anuais, a erva propriamente dita pode ser anual, bienal, ou perene, pois podem existir
componentes vivos que ficam no solo.

Cespitosa: é um termo botânico que se refere ao modo como algumas plantas crescem
lançando novos brotos ou caules de maneira aglomerada, geralmente formando uma
touceira ou espesso tapete.
Decumbente: planta que apresenta seu caule deitado sobre o substrato, mantendo
apenas seu ápice erguido.

Epífita: planta que cresce sobre outra planta, sem parasitá-la ou prejudicá-la. Plantas
epífitas não são parasitas, apenas usam a outra planta como apoio ou suporte.

Ereto: ramos principal e secundários curtos, com os ramos secundários formando um


ângulo que pode variar de reto a agudo com o ramo principal, contudo, a partir do
terço médio, os ramos secundários tornam-se paralelos ao ramo principal.

Escandente: caule delgado que se utiliza de superfícies de suporte como apoio, muitas
vezes crescendo em direção da luz.
Escaposa: são caules que sustentam flores na extremidade, normalmente não
ramificados e sem folhas, que crescem da coroa ou das raízes de uma planta. Os
escapos podem ter apenas uma flor ou muitas, dependendo da espécie, e podem
exibir brácteas e até ramos. Ocorrem em plantas cujo caule é muito reduzido ou
subterrâneo e suas folhas aparentam nascer diretamente do solo.

Trepadeira: planta que se desenvolve utilizando um substrato ou outro vegetal como


suporte, enrolando-se sobre estes ou fixando-se através de estruturas especiais como,
por exemplo, gavinhas.

Saprófita: é a designação dada em biologia aos organismos heterotróficos, entre os


quais plantas, fungos e outros seres, que se alimentam absorvendo substâncias
orgânicas normalmente provenientes de matéria orgânica em decomposição.
Parasita: uma planta parasita obtém parte ou a totalidade das substâncias nutritivas de
que necessita para o seu desenvolvimento parasitando uma ou mais plantas
hospedeiras.

Hemiparasita: espécie fotossintetizante que se conecta diretamente ao xilema de uma


planta hospedeira e retira água e sais minerais; comumente se aloja em uma planta
com copa elevada e ainda se aproveita do posicionamento para captação de luz solar.

Prostado: ramos principal e secundários longos, com os ramos secundários inferiores


tocando o solo e apresentando tendência para se apoiarem em suportes verticais.

Hemiepífita: é uma planta cujo hábito de crescimento é epífito apenas durante uma
parte do seu ciclo de vida, sendo mais comum a situação em que a planta germina
sobre a vegetação, desenvolvendo-se inicialmente como epífita, mas emitindo raízes
em direção ao solo, que quando o atingem enraízam e permitem o rápido
desenvolvimento da planta, que em muitos casos acaba asfixiando a planta hospedeiro
(por ensombramento e mecanicamente por anelamento através de raízes
estranguladoras).
Liana: lianas, cipós e trepadeiras pertencem a um grupo de plantas que germinam no
solo, mantêm-se enraizadas no solo durante toda sua vida e necessitam de um suporte
para manterem-se eretas e crescerem em direção à luz abundante disponível sobre o
dossel das florestas. As trepadeiras podem ser herbáceas ou lenhosas. As lianas são
trepadeiras lenhosas, sendo considerado um pleonasmo falar em "liana lenhosa".

DAP: diâmetro altura do peito.

Exsudato: Saídas de líquidos orgânicos através das paredes e membranas celulares,


tanto de animais quanto de plantas, por lesão ou por inflamação.
Definições:
Goma: pode apresentar coloração variada, porém se caracterizam por serem
substâncias translúcidas, colantes e gelatinosas. Quando em contato com água, produz
uma solução altamente viscosa.
Látex: substância rica em água, porém difere do exsudato em goma, por apresentar
aspecto leitoso e geralmente pegajoso, além de ser mais viscoso. Apresenta coloração
variada, sendo mais comum em cores claras, como branco e amarelo. Famílias como
Apocynaceae, Clusiaceae, Euphorbiaceae e Moraceae apresentam muitas espécies
com este tipo de exsudação.

Resina: trata-se de um exsudato geralmente aromático por conter substâncias como a


Terebentina. Além do odor, é caracterizado por ser viscoso e pegajoso, se solidificando
quando em contato com o ar, e adquirindo aspecto vítreo. Pode ser de cores variadas
ou até incolor. Comum em grupos como as Anacardiaceae, Fabaceae e Pinaceae, e
espécies de Virola Aubl. (Myristicaceae).

Seiva: também conhecida como exsudato “aquoso”, é composta por pequenas


concentrações de metabólitos secundários dissolvidas em altas porcentagens de água
(80-90%). O extravasamento começa imediatamente após a lesão da casca interna,
expelindo um grande volume em um curto intervalo de tempo, diminuindo
rapidamente até cessar a exsudação.

Casca do tronco:
Gretada: gretada é o feminino de gretado. O mesmo que: aberta, rachada, fendida.
Esfoliante: também conhecido como desprendimento “laminado”, ocorre quando uma
fina camada de súber se desprende do caule em lâminas finas e de formato irregular,
às vezes com aspecto papiráceo ou quebradiço. Geralmente o destacamento é fácil e
as lâminas se enrolam das margens para o centro.

Fissurada: as cascas de tronco são fissuradas quando as camadas de células mortas se


rompem com o crescimento do caule, o que provoca as fissuras com níveis de
suberificação. No entanto, essas fissuras podem se tocar, ganhando aspecto
“trançado”, e podem ser paralelas, o que deriva também um desprendimento em tiras.

Estriada: Estas estão presentes em cascas de árvores sem a formação de súber. As


poucas camadas de células mortas apresentam disjunção, o que forma estriada de
colorações diferenciadas. Portanto, a presença de lenticelas pode se assemelhar ao
tipo anterior, com a diferença das presenças das estrias.

Escamosa: é uma das deiscências mais comuns de ritidoma, em que o súber se


desprende em placas rígidas ou quebradiças de tamanho variável e formato
quadrangular a irregular. Diferentemente do desprendimento em placas, neste padrão
as porções desprendidas são finas e a separação do caule ocorre de uma extremidade
para outra. Geralmente associado à aparência reticulada, ou menos frequentemente
fissurada.

Lisa: também ocorrem em espécies que apresentam ritidoma pouco espesso. Neste
padrão, não há presença de estruturas como lenticelas. O desprendimento mais
comum neste caso é o laminado, ou menos frequentemente pulverulento. Não é um
aspecto muito recorrente, porém, comum entre espécies da família Myrtaceae.

Suberosa: zona suberosa ou de ramificação: local onde há o surgimento das raízes


secundárias (radicelas), promovendo a ramificação da raiz.
Verrucosa: as proeminências de súber podem apresentar aspecto mais verrucoso e seu
desprendimento é em placas, formando depressões nas camadas internas. Outra
maneira se se formar ritidomas rugosos é a partir do desprendimento, geralmente em
placas, que deixam depressões na casca externa. Desprendimento em placas é o mais
associado com esta aparência.

Folhas:
Membranácea: (textura): folha muito fina e flexível que, quando seca, apresenta
textura semelhante ao papel de seda.
Cartácea: quando finas e rígidas e se forem quebradiças.
Coriácea: tipo de folha que apresenta certa rigidez e aspecto seco, semelhante ao
couro, podendo ser quebradiça.

Face abaxial: usualmente, a face inferior da folha.


Face adaxial: usualmente, a face superior da folha.
Flor:
Cálice: conjunto de sépalas de uma flor, que usualmente protegem a flor, quando em
botão.
Coróla: conjunto de pétalas de uma flor.

Fruto:
Carnoso: órgão vegetal com estrutura macia e suculenta. São aqueles frutos que se
apresentam macios quando maduros.
Ex.: Maçã, Limão
Seco: os frutos secos são aqueles que naturalmente se apresentam com um baixo teor
de água na sua composição; é o caso da noz, do pinhão, do pistacho, do amendoim, da
castanha do brasil entre outros.
Ex.: Ervilhas, castanha

Deiscente: estrutura (no caso, fruto) que se abre naturalmente quando maduro,
liberando as sementes em seu interior.
Ex.: Leguminosas

Indeiscente: estrutura que não se abre espontaneamente; Geralmente fruto que não
se abre espontaneamente, necessitando de tempo para que ocorra deterioração
do pericarpo ou da intervenção externa (de animais, por exemplo).
Ex.: Ameixa, Maçã

Glossário:
Súber: tecido de revestimento em plantas lenhosas, formado por camadas de células
que vão morrendo aos poucos e se tornam ocas, fornecendo isolamento térmico e
proteção. Com o crescimento da planta, um novo súber vai sendo formado e este,
mais velho, vai rachando e acaba se destacando da planta, recebendo o nome
de ritidoma.
Ritidoma: camada externa do tronco das plantas lenhosas, porções mais velhas do
súber das plantas lenhosas que se destacam periodicamente com o passar do tempo.
Papirácea: de textura semelhante a papel (em alusão ao papiro).
Lenticelas: lenticelas são órgãos de arejamento encontrados nos caules. Pequenos
pontos de ruptura no tecido suberoso, que aparecem como orifícios na superfície do
caule e fazem contato entre o meio ambiente e as células do parênquima.
Sépalas: unidades que formam o cálice, muito semelhantes a folhas, geralmente
verdes.
Pericarpo: nome que o ovário amadurecido recebe após a frutificação, sendo dividido
em endocarpo, mesocarpo e epicarpo.

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