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Universidade Federal Rural da Amazônia Botânica

Campus de Paragominas

Organografia de Plantas Vasculares

a. Flor;
b. Fruto;
c. Semente;
d. Folha;
e. Caule;
f. Raiz;
g. Planta.

Docente: Eng. Florestal, M.Sc. Fábio Batista


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OS VEGETAIS SUPERIORES

• Órgãos essenciais vegetativos e reprodutivos;

• Por apresentarem flores são denominados de FANERÓGAMAS;

• Por apresentarem sementes são chamados de ESPERMATÓFITOS.

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FLOR

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RELACIONE AS ESTRUTURAS DA FLOR COM A
DENOMINAÇÃO CORRETA
( ) Antera;
( ) Cálice;
( ) Corola;
( ) Estigma;
( ) Estilete;
( ) Filete;
( ) Fruto;
( ) Grão de pólen;
( ) Núcleo;
( ) Ovário;
( ) Óvulo;
( ) Pedúnculo;
( ) Placenta;
( ) Receptáculo;
( ) Tubo polínico.
OBS. A denominação que não tiver
equivalente deverá receber a nota zero (0). 4
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• A reprodução é imprescindível à perpetuação das espécies animais e
vegetal (ciclo biológico);
• Na maioria das plantas, o ciclo de vida envolve duas fases ou gerações: a
esporifítica (diplóide) e a gametofítica (haplóide), com características
alternantes;
• Depois de maduras, as plantas fanerogâmicas florescem;
• Qual a importância das flores??

Reprodução
Uso comercial
Sexual

• A flor sempre nasce na axila de uma bráctea e é constituída de folhas


modificadas (metamorfose foliar), com diferentes especializações;
• Definição: é um eixo de folhas metamorfoseadas que, em conjunto,
constituem o aparelho reprodutor sexual das plantas superiores
(Fanerógamas); 5
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• Uma flor completa é constituída de:

1. Brácteas e bractéolas;
2. Pedúnculo (ou pedicelo);
3. Receptáculo
4. Verticilios florais
- cálice e corola
- androceu e gineceu
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DESCRIÇÃO DA FLOR QUANTO AS PARTES CONSTITUÍNTES

1. Nomenclatura floral; 9. Estilete;

2. Tipos de bráctea; 10. Estigma;

3. Cálice; 11. Ovário;

4. Corola (4.1. Tipos); 12. Óvulo;

5. Androceu; 13. Placentação.

6. Estames;

7. Antera;

8. Gineceu;

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1. NOMENCLATURA FLORAL

• Existem SETE (7) características relativas a nomenclatura floral. A saber:

I. Quanto ao pedúnculo e pedicelo;

II. Quanto à disposição das peças florais;

III. Quanto ao número de peças do perianto;

IV. Quanto à homogeneidade do perianto;

V. Quanto ao sexo;

VI. Quanto ao número de estames em relação


ao de pétalas;

VII. Quanto à posição relativa do gineceu. Flor do Lírio Amarelo 8


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1. NOMENCLATURA FLORAL
I. Quanto ao pedúnculo e pedicelo:
a. Pedunculada e pedicelada b. Séssil

Flor Lírio cardano


Iridaceae 9
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1. NOMENCLATURA FLORAL
II. Quanto à disposição das peças florais:
a. Cíclica b. Acíclica ou espiralada

Heliopsis helianthoides

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1. NOMENCLATURA FLORAL
III. Quanto ao número de peças do perianto:
a. Aperiantada, b. Monoperiantada, c. Diperiantada,
aclamídea ou nua monoclamídea ou diclamídea ou
haploclamídea diploclamídea

ou

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1. NOMENCLATURA FLORAL
IV. Quanto à homogeneidade do perianto:
a. Homoclamídea b. Heteroclamídea

Sépalas e pétalas semelhantes em Sépalas e pétalas diferentes entre si


número, cor e forma, sendo chamadas
tépalas 12
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1. NOMENCLATURA FLORAL
V. Quanto ao sexo:
a. Unissexual feminina b. Unissexual masculina

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1. NOMENCLATURA FLORAL
V. Quanto ao sexo:
c. Hermafrodita d. Estéril e neutra

Androceu e gineceu não


funcionais e ausentes,
respectivamente.

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1. NOMENCLATURA FLORAL
VI. Quanto ao número de estames em relação ao de pétalas:
a. Oligostêmone b. Isostêmone

Número de estames menor que o de Número de estames igual ao de


pétalas (ou sépalas) pétalas 15
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1. NOMENCLATURA FLORAL
VI. Quanto ao número de estames em relação ao de pétalas:
c. Diplostêmone d. Polistêmone

Número de estames em dobro ao de Número de estames superior (exceto o


pétalas duplo) ao de pétalas 16
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1. NOMENCLATURA FLORAL
VII. Quanto à posição relativa do gineceu:
a. Hipógina b. Perígina c. Epígina

Ovário supero
Ovário supero Ovário ínfero
ou semi-ínfero 17
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2. TIPOS DE BRÁCTEAS

• São folhas modificadas, localizadas próximo aos verticilos florais;


geralmente há duas brácteas nas Dicotyledoneas e uma nas
Monocotyledoneas;

• Existem OITO (8) tipos de Brácteas, a saber:

I. Férteis; V. Espata;

II. Vazias; VI. Glumas;

III. Calículo; VII. Invólucro;

IV. Cúpula; VIII. Periclínio.

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2. TIPOS DE BRÁCTEAS
I. Férteis: II. Vazias:

Flor Lírio cardano


Iridaceae Pachystachys lutea

Brácteas com flores nas axilas Sem flores nas axilas. São também
chamadas estéreis ou não-férteis 19
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2. TIPOS DE BRÁCTEAS
III. Calículo: VI. Cúpula:

Também chamado de epicálice; um


conjunto de brácteas dispostas em Brácteas endurecidas
círculo, na base do cálice, dando a persistentes na base de alguns
impressão de um cálice suplementar frutos 20
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2. TIPOS DE BRÁCTEAS

V. Espata: VI. Glumas:

Família Araceae Duas brácteas estéreis que


protegem a espigueta ou espícula,
Bráctea desenvolvida, que é a inflorescência elementar
protegendo uma inflorescência das Graminea 21
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2. TIPOS DE BRÁCTEAS
VII. Invólucro: VIII. Periclínio:

Cynara cardunculus
Conjunto de brácteas próximo à flor Conjunto de brácteas que
ou inflorescência, que as rodeiam circundam a inflorescência em
22
em maior ou menor grau capítulo
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3. CÁLICE

• Também chamado de 1º verticilio ou verticilio protetor externo.

• Existem CINCO (5) formas de descrever o cálice, são elas:

I. Quanto à cor;

II. Quanto à soldadura das sépalas;

III. Quanto ao número de sépalas;

IV. Quanto à duração;

V. Quanto à simetria.

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3. CÁLICE
I. Quanto à cor:

Geralmente verde; quando da mesma cor que a da corola, o cálice é chamado


petalóide 24
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3. CÁLICE
II. Quanto à soldadura das sépalas:
Gamossépalo ou monossépalo Dialissépalo ou polissépalo

Guaiacum sanctum

Quando as sépalas estão soldadas Quando as sépalas são livres ou


entre si, em maior ou menor extensão isoladas
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3. CÁLICE
III. Quanto ao nº de sépalas:
Trímero Tetrâmero ou pentâmero
Canna generalis
Guaiacum sanctum

Com quatro ou cinco sépalas ou


Quando as sépalas são em número
seus múltiplos
de três ou de seus múltiplos 26
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3. CÁLICE
IV. Quanto à duração (5):
Caduco Persistente

Quando cai antes da flor ser


fecundada.

Citrus aurantium L.
Laranja

Quando persiste no fruto.


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3. CÁLICE
IV. Quanto à duração:
Marcescente Decíduo

Quando cai logo após a corola.

Psidium guajava L.
Goiaba

Persiste, porém murcha.

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3. CÁLICE
IV. Quanto à duração:
Acrescente

Physalis sp.
(Juá-de-sapo)

Além de persistente, desenvolve-se e cerca o fruto.


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3. CÁLICE
V. Quanto à simetria (3):
Actinomorfo ou radial Zigomorfo ou bilateral

Observação: quando não tem plano de simetria denomina-se Assimétrico.


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4. COROLA

• Também chamada de 2º verticilio ou verticilio protetor interno.

• Existem SEIS (6) formas de descrever a corola, são elas:

I. Quanto à cor;

II. Quanto à soldadura das pétalas;

III. Quanto ao número de pétalas;

IV. Quanto à duração;

V. Quanto à simetria;

VI. Quanto à morfologia.

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4. COROLA
I. Quanto à cor:

Branca ou diversamente colorida; quando verde, a corola é chamada sepalóide.


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4. COROLA
II. Quanto à soldadura das pétalas:
Gamopétala ou monopétala Dialipétala ou polipétala

Quando as pétalas estão soldadas Quando as pétalas estão livres entre si.
entre si, em maior ou menor
extensão. 33
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4. COROLA
III. Quanto ao nº de pétalas:
Trímeras Tetrâmera ou pentâmera

Pétalas em número de três ou Quando as pétalas são em número de


múltiplos. quatro, cinco ou seus múltiplos.
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4. COROLA
VI. Quanto à duração:
Caduca Marcescente

Quando cai antes da flor ser Persiste, porém murcha (rara


fecundada. ocorrência).

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4. COROLA
V. Quanto à simetria (3):
Actinomorfo ou radial Zigomorfo ou bilateral

Pétalas desmembradas

Rosa sp. Pisum sativum L. Pétalas desmembradas


(Rosa) (Ervilha)

Observação: quando não tem plano de simetria denomina-se Assimétrico.


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4. COROLA
VI. Quanto a morfologia da pétala (2):

Limbo – Parte dilatada

Unha – Parte estreita

Dianthus chinensis L.
(Cravina)

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4.1. TIPOS DE COROLA

a) DIALIPÉTALAS E ACTINOMORFAS a.1) Cruciforme


a.2) Rosácea
a.3) Cariofilada

b) DIALIPÉTALAS E ZIGOMORFAS b.1) Orquidiforme


b.2) Papilionada ou amariposada

c) GAMOPÉTALAS E ACTINOMORFAS c.1) Tubular


c.2) Rotada
c.3) Infundibuliforme
c.4) Campanulada
c.5) Urceolada
c.6) Hipocrateriforme

d) GAMOPÉTALAS E ZIGOMORFAS d.1) Labiada


d.2) Personada
d.3) Lingulada
d.4) Digitaliforme

Anômala – Não se enquadra em nenhum dos tipos anteriores. 38


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4.1. TIPOS DE COROLA

a.1) CRUCIFORME

Brassica oleracea L.
(Couve)

Definição – pétalas em cruz, opostas 2 a 2.


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4.1. TIPOS DE COROLA

a.2) ROSÁCEA

Rosa sp.
(Rosa)

Definição – cinco pétalas de unha curta e bordo arredondado.


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4.1. TIPOS DE COROLA

a.3) CARIOFILADA

Dianthus chinensis L.
(Cravina)

Definição – cinco pétalas de unha longa e bordos lacinulados.


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4.1. TIPOS DE COROLA

b.1) ORQUIDIFORME

Cattleya sp.
(orquídea)

Definição – com três pétalas: duas laterais, as asas e uma mediana, o labelo.
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4.1. TIPOS DE COROLA

b.2) PAPILIONADA OU AMARIPOSADA

Pisum sativum L.
(ervilha)

Definição – com cinco pétalas desiguais: uma maior e superior, chamada estandarte
ou vexilo; duas menores laterais, chamadas asas; duas inferiores mais internas,
envolvidas pelas asas, chamadas carena ou quilha. 43
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4.1. TIPOS DE COROLA

c.1) TUBULAR

Chrysanthemum sp.

Definição – pétalas formando um tubo cilíndrico ou quase, comprido, enquanto o


limbo da corola é curto ou quase nulo. 44
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4.1. TIPOS DE COROLA

c.2) ROTADA

Lycopersicum esculentum Mill.


Tomate

Definição – Tubo curto, limbo plano, circular, ordinariamente inteiro ou lobos


arredondados (semelhante a uma roda). 45
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4.1. TIPOS DE COROLA

c.3) INFUNDIBULIFORME

Ipomoea cairica (L.) Sweet


(Enrola-semana) Portlandia grandiflora

Definição – tubo alargando-se gradualmente, da base para o cimo (afunilado).


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4.1. TIPOS DE COROLA

c.4) CAMPANULADA

Campanula sp.
(campainha)

Definição – tubo alargando-se rapidamente na base, mantendo, depois, o diâmetro


constante (em forma de sino ou campainha). 47
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4.1. TIPOS DE COROLA

c.5) URCEOLADA

Erica sp.

Definição – tubo alargando-se rapidamente na base e estreitando-se para o cimo


(em forma de jarro ou urna). 48
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4.1. TIPOS DE COROLA

c.6) HIPOCRATERIFORME

Lochnera rosea (L.) Reichenb.


(Vinca)

Definição – tubo comprido, alargando-se rapidamente na parte superior com o limbo


plano (em forma de taça ou salva).. 49
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4.1. TIPOS DE COROLA

d.1) LABIADA

Salvia splendens Ker-Gawl.


(Cardeal)
Pedicularis canadensis

Definição – Limbo dividido em um ou dois lábios. 50


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4.1. TIPOS DE COROLA

d.2) PERSONADA

Antirrhinum majus L.
(Boca-de-leão) Cercis canadensis

Definição – com dois lábios justapostos; o lábio inferior tem uma dilatação que fecha
a abertura da corola. 51
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4.1. TIPOS DE COROLA

d.3) LINGULADA

Chrysanthemum sp.

Definição – limbo em forma de língua, com o ápice denteado.


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4.1. TIPOS DE COROLA

d.4) DIGITALIFORME

Digitalis sp.
(Dedaleira)

Digitalis purpurea

Definição – forma de dedal ou dedo de luva.


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5. ANDROCEU

• É composto pelo conjunto de estames;

• Existem QUATRO (4) formas de descrever o androceu, conforme a seguir:

I. Quanto à morfologia do estame;

II. Quanto ao tamanho (relativo) de estames;

III. Quanto à soldadura dos estames;

IV. Quanto à adelfia;

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5. ANDROCEU
I. Quanto à morfologia do estame:

Antera – porção dilatada, geralmente


com duas tecas, onde são formados os
grãos de pólen

Conectivo – tecido pouco ou muito


desenvolvido, que une as tecas da
antera

Filete – haste geralmente filamentosa


encimada pela antera

A forma especial dos apêndices do conectivo é um caráter diagnóstico


importante para muitos grupos de plantas, como as Melastomataceae,
sendo muitas vezes, também, de grande significado biológico.
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Botânica
5. ANDROCEU
I. Quanto à morfologia do estame:

Curiosidade(s) ...

Anteróide – estrutura semelhante à antera, mas que não desempenha a


função de produzir grãos de pólen.

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5. ANDROCEU
II. Quanto ao tamanho de estame (4):
Homodínamo Heterodínamo

Estames de diferentes tamanho.

Flor masculina de Croton matourensis Aubl.


Euphorbiaceae

Estames do mesmo tamanho.


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5. ANDROCEU
II. Quanto ao tamanho de estame:
Didínamo Tetradínamo

Brassica rapa

Quatro estames, dois maiores e dois Seis estames, quatro maiores e dois
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menores. menores
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5. ANDROCEU
III. Quanto à soldadura dos estames (3):
Dialistêmone Gamostêmone ou Adelfo
Flor masculina de Croton matourensis Aubl. Flor de Platonia insignis (Mart.) sem as pétalas
Euphorbiaceae Clusiaceae

Estames livres entre si. Estames com filetes soldados entre si,
formando um ou mais feixe 59
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5. ANDROCEU
III. Quanto à soldadura dos estames:
Sinfisandro ou Sinandro

Lobelia sp.

Estames totalmente soldados entre si em um só corpo.


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5. ANDROCEU
IV. Quanto à adelfia (4):
Monadelfo Diadelfo

Mucuna urens

Filetes soldados em maior ou menor Filetes soldados em um ou dois


extensão um único feixe feixes e um estame livre 61
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5. ANDROCEU
IV. Quanto à adelfia:
Triadelfo Poliadelfo
Flor de Platonia insignis (Mart.) sem as pétalas
Clusiaceae

Filetes soldados em três feixes.

Filetes soldados em mais de três


feixes.
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6. ESTAMES

• São TRÊS (3) as formas de descrever os estames, conforme a seguir:

I. Quanto à ramificação do filete;

II. Quanto à soldadura da antera;

III. Quanto à posição em relação à corola e à


soldadura;

Em geral, os estames têm, como principal função a produção de


esporos (andrósporos) .
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6. ESTAMES
I. Quanto à ramificação do filete:
Simples Composto

Flor masculina de Ricinus


Flor masculina de Croton matourensis Aubl. communis L. (Mamona)
Euphorbiaceae

Filetes não ramificado. Filete ramificado, terminando cada


ramo numa antera.
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6. ESTAMES
II. Quanto à soldadura da antera (3):
Livres Sinanteros (ou singenéticos)

Anemone (Hepatica) americana

Anteras livres entre si. Estames soldados pelas anteras,


sendo livres os filetes.
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6. ESTAMES
II. Quanto à soldadura da antera:
Coniventes

Kigelia africana
Filetes livres, e as anteras encostam-se umas as outras. 66
Botânica
6. ESTAMES
III. Quanto à posição em relação à corola e à soldadura (3):
Inclusos Excertos

Lithospermum canescens Eucnide sp.

Estames que não aparecem na Estames que sobressaem na


garganta da corola ou do cálice. garganta do cálice ou da corola.67
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6. ESTAMES
III. Quanto à posição em relação à corola e à soldadura :
Epipétalos

Estames adnatos às pétalas.

Gentiana quinquefolia 68
Botânica
6. ESTAMES
Curiosidade(s) ...
Andróforo – coluna formada por filetes
concrescentes de um androceu
monadelfo.

Estaminóides – são estames estéreis


geralmente de tamanho reduzido, sem
anteras ou com anteras sem pólen; por
vezes se assemelham a pétalas .

Em algumas espécies, parte dos estames se modifica em nectários para atrair


insetos (estaminóides). Os nectários podem estar presentes tanto nos filetes
quanto na antera 69
Botânica
7. ANTERA

• É possível descrever as anteras a partir de QUATRO (4) caracteres,


conforme a seguir:

I. Quanto à inserção do filete na antera;

II. Quanto ao tipo de deiscência;

III. Quanto à posição de acordo com a


deiscência;

IV. Quanto ao número de tecas.

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Botânica
7. ANTERA
I. Quanto à inserção do filete na antera:

Apicefixa – inserção do filete no ápice da


antera.

Dorsifixa – inserção do filete na região


dorsal da antera.

Basifixa – inserção do filete na base da


antera.

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Botânica
7. ANTERA
II. Quanto ao tipo de deiscência:

Longitudinal – por meio de uma fenda


longitudinal em cada teca (é a mais comum).

Valvar – por maio de pequenas valvas.

Poricida – por meio de poros apicais.

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Botânica
7. ANTERA
III. Quanto à posição de acordo com a deiscência:

Introrsa – abertura da antera voltada para o Extrorsa – abertura voltada para fora.
eixo da flor (para dentro).
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7. ANTERA
IV. Quanto ao número de tecas (3):

Monoteca – com uma só teca.


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7. ANTERA
IV. Quanto ao número de tecas:

Diteca – com duas tecas. Tetrateca – com quatro tecas.


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7. ANTERA - PÓLEN

Definição – é o corpúsculo que dará origem aos gametas masculinos.


Caracteres – apresenta número haplóide de cromossomos; o pólen, em geral, tem
a coloração amarelada.

forma – variável, em geral, arredondada ou ovóide.

Quanto ao agrupamento – a) isolado ou simples (é o mais comum)


b) em massas chamadas políneos
c) agrupado ou composto (2 em 2; 4 em 4; 8 em 8, ...) 76
Botânica
7. ANTERA - PÓLEN

Estrutura – conforme figura abaixo.

77
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7. ANTERA - PÓLEN

Diferentes grãos de pólen, segundo o seu agrupamento:

Simples Políneo Agrupado

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8. GINECEU

• É o conjunto de carpelos, órgãos femininos da flor que formam um ou mais


pistilos;
• É possível descrever o Gineceu a partir de TRÊS (3) caracteres, conforme
a seguir:

I. Quanto à morfologia do pistilo;

II. Quanto à soldadura dos carpelos;

III. Quanto ao número de carpelos.

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Botânica
8. GINECEU
I. Quanto à morfologia do pistilo:

Estigma – parte geralmente superior que


recebe o pólen.

Estilete – parte tubular, mais ou menos


alongada, em continuação ao ovário.

Ovário – parte basilar dilatada,


delimitando um ou mais lóculos, onde se
acham os óvulos.

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Botânica
8. GINECEU
II. Quanto à soldadura dos carpelos (2):

Gamocarpelar (ou sincárpico) – gineceu constituído de carpelos concrescentes


entre si, formando um só pistilo; pode ser de carpelos abertos, ovário unilocular ou
fechados, ovários com mais de um lóculo.
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Botânica
8. GINECEU
II. Quanto à soldadura dos carpelos:

Dialicarpelar (ou apocárpico) – constituído de carpelos livres entre si formando


outros tantos pistilos.
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Botânica
8. GINECEU
III. Quanto ao número de carpelos (4):

Unicarpelar – com um carpelo. Bicarpelar – com dois carpelos.


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Botânica
8. GINECEU
III. Quanto ao número de carpelos:

Tricarpelar – com três carpelos. Pluricarpelar – mais de três carpelos.


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Botânica
9. ESTILETE

• É a estrutura por onde passa o tubo polínico;

• Pode ser descrito com base em DOIS (2) caracteres, a saber:

I. Quanto à forma;

II. Quanto à inserção;

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Botânica
9. ESTILETE
I. Quanto à forma:

Variável – mais comumente cilíndrico.

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9. ESTILETE
II. Quanto à inserção:

Terminal – quando sai do Ginobásico – quando sai da base do


ápice do ovário. ovário.

Lateral – quando sai


lateralmente ao óvário. 87
Botânica
10. ESTIGMA

• É a estrutura com papilas que recebe o grão de pólen;

• Pode ser descrito com base em DOIS (2) caracteres, a saber:

I. Quanto à forma;

II. Quanto à divisão;

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Botânica
10. ESTIGMA
I. Quanto à forma:

Variável – globosa, ovóide, foliácea, etc.

II. Quanto à divisão:

Indiviso – estigma único.

Ramificado – com divisões: bífido, etc.

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11. OVÁRIO

• É a estrutura que encerra os óvulos no interior de cavidades;

• Pode ser descrito com base em DOIS (2) caracteres, conforme a seguir:

I. Quanto ao número de lóculos (cavidades);

II. Quanto à posição.

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Botânica
11. OVÁRIO
I. Quanto ao número de lóculos (4):

Unilocular – com um só lóculo, vindo Bilocular – com dois lóculos.


de um carpelo ou mais. 91
Botânica
11. OVÁRIO
I. Quanto ao número de lóculos:

Trilocular – com três lóculo. Plurilocular – mais de três lóculos.


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Botânica
11. OVÁRIO
II. Quanto à posição (3):

Súpero – ovário livre; demais verticilos abaixo (hipóginos) ou em torno do gineceu


(períginos).

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Botânica
11. OVÁRIO
II. Quanto à posição:

Ínfero – ovário aderente ao receptáculo; Semi-ínfero – ovário semi-aderente ao


demais verticilos acima do gineceu receptáculo; demais verticilos em torno do
(epíginos). gineceu (períginos).

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Botânica
12. ÓVULO

• É o corpúsculo onde se forma o gameta feminino; após a


fecundação, transforma-se em semente;

• O óvulo apresenta as seguintes estruturas morfológicas:

a) Funículo;

b) Hilo;

c) Integumentos; e

d) Nucela.

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Botânica
12. ÓVULO
a)Funículo – cordão que liga o óvulo
à placenta;

b)Hilo – Inserção do funículo ao óvulo;

c)Integumentos – geralmente dois, primina


e secundina, envolvendo a nucela,
deixando entre si uma abertura, a micrópila;
d)Nucela – Tecido sem vasos, cuja base
unida aos integumentos se chama
calaza. No seu interior está o saco
embrionário com: seis células (uma
oosfera, duas sinérgidas e três
antípodas) e dois núcleos (os núcleos
polares, que geralmente se fundem em
um só, chamado mesocisto ou núcleo
secundário do saco embrionário, que vai
originar o albume). A oosfera é o gameta
feminino, que, após a fecundação, vai
formar o embrião da semente. 96
Botânica
13. PLACENTAÇÃO

• A placenta é a região interna do ovário onde se inserem os óvulos e


placentação é a distribuição das placentas no ovário;

• A placentação pode ocorrer de cinco


forma, a saber:

a) Axial;

b) Central;

c) Pariental;

d) Apical; e

e) Basilar.
Stylophorum diphyllum 97
Botânica
13. PLACENTAÇÃO

a) Axial – óvulos presos ao eixo central, em ovários septado.

98
Botânica
13. PLACENTAÇÃO

b) Central – óvulos presos numa coluna central, em ovário 1-locular.

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Botânica
13. PLACENTAÇÃO

c) Pariental – óvulos presos na parede ovariana.

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Botânica
13. PLACENTAÇÃO

d) Apical – óvulos presos no ápice do ovário.

101
Botânica
13. PLACENTAÇÃO

e) Basilar (ou Basal) – óvulos presos na base do ovário.

102
Botânica
14. INFLORESCÊNCIA

103
Botânica
14. INFLORESCÊNCIA

• É a disposição dos ramos florais e das flores sobre eles;

• Quanto a posição podem ser axilares e terminais:

Casearia arborea
Ceanothus americanus
Axilares – inflorescência na axila de Terminais – inflorescência no fim do
folhas. ramo. 104
Botânica
14. INFLORESCÊNCIA

• Quanto ao número podem ser simples e compostas:

Simples – eixo primário produz Compostas – eixo primário produz


pedicelos com uma flor. pedicelos que se ramificam. 105
Botânica
14. INFLORESCÊNCIA

Tipos de Inflorescência

a) Indefinida, racimosa ou monopodial – quando as flores se abrem, de baixo


para cima ou da periferia para o centro.

b) Definida, cimosa ou simpodial – quando o extremo do eixo primário,


cessando o seu crescimento, termina numa flor que é a primeira a se abrir-se, o
mesmo ocorrendo com eixos secundários, que aparecem sucessivamente ou
quando as flores se abrem do centro para a periferia.

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Botânica
14. INFLORESCÊNCIA

Tipos de Inflorescência

a) Indefinida, racimosa ou monopodial

107
Phytolacca americana
Botânica
14. INFLORESCÊNCIA

Tipos de Inflorescência

b) Definida, cimosa ou simpodial

Liatris pycnostachya
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Botânica
14. INFLORESCÊNCIA

Tipos de Inflorescência

SIMPLES
c. COMPOSTA
a. RACIMOSA b. CIMOSA
b.1) Monocásio
a.1) Cacho ou Racimo c.1) Homogênea
(escorpóide e helicóide)
a.2) Corimbo b.2) Dicásio c.2) Heterogênea
a.3) Espiga b.3) Pleiocásio c.3) Mista
a.4) Espádice b.4) Glomérulo -
a.5) Amento b.5) Ciático -
a.6) Umbela b.6) Sicônio -
a.7) Capítulo - -

109
Botânica
14. INFLORESCÊNCIA

Racimosa Simples

Dichorisandra thyrsiflora
Digitalis purpurea
a.1) Cacho ou Racimo – flores situadas em pedicelos, saindo de diversos níveis
no eixo primário e atingindo diferentes alturas. 110
Botânica
14. INFLORESCÊNCIA

Racimosa Simples

a.2) Corimbo – flores situadas em pedicelos saindo de vários níveis do eixo


primário e atingindo todas a mesma altura.

111
Botânica
14. INFLORESCÊNCIA

Racimosa Simples

a.3) Espiga – flores sésseis ou subsésseis, situadas em diversas alturas sobre


um eixo primário.

Hedyosmum arborescens 112


Botânica
14. INFLORESCÊNCIA

Racimosa Simples

a.4) Espádice – variação da espiga em que o eixo


primário é carnoso, as flores são geralmente
unissexuais e o conjunto é envolvido por uma
grande bráctea chamada espata.

Monstera deliciosa 113


Monstera species
Botânica
14. INFLORESCÊNCIA

Racimosa Simples

a.5) Amento – variação da espiga em que o eixo primário geralmente é flexível e


pendente e em geral apresenta flores unissexuais.

Castanea pumila (flores masculinas) 114


Botânica
14. INFLORESCÊNCIA

Racimosa Simples

a.6) Umbela – flores situadas em pedicelos que saem do mesmo ponto do ápice
do eixo primário, atingindo uma altura aproximadamente igual.

Sabatia brevifolia

115
Botânica
14. INFLORESCÊNCIA

Racimosa Simples

a.7) Capítulo – quando o eixo se alarga na extremidade superior, formando um


receptáculo côncavo, plano ou convexo, o toro, onde se insere um conjunto de
flores, rodeado por um conjunto de brácteas, o periclínio.

Helianthus angustifolius

116
Botânica
14. INFLORESCÊNCIA

Cimosa Simples

b.1) Monocásio – quando, abaixo do eixo primário terminado por flor, forma-se um
só eixo secundário lateral, também terminado por flor, e assim sucessivamente.

Heliconia sp.
Heliotropium europae
Escorpóide – os eixos secundários Helicóide – os eixos secundários
saem sempre do mesmo lado. saem de um lado e do outro,
alternadamente. 117
Botânica
14. INFLORESCÊNCIA

Cimosa Simples

b.2) Dicásio – sob a flor terminal do eixo primário, partem dois secundários
opostos, também terminados por flor, os quais podem igualmente originar dois
outros, e assim sucessivamente.

Ixora coccinea
118
Botânica
14. INFLORESCÊNCIA

Cimosa Simples

b.3) Pleiocásio – eixo primário termina por uma flor, do qual partem vários
secundários, também terminados por uma flor, que podem, igualmente, originar
vários outros, e assim sucessivamente.

Aralia spinosa 119


Botânica
14. INFLORESCÊNCIA

Cimosa Simples

b.4) Glomérulo – flores sésseis ou subsésseis, muito próximas entre si,


aglomeradas, de configuração mais ou menos globosa (ex. Borreria sp.).

Eriocaulon compressum Cyperus strigosus 120


Botânica
14. INFLORESCÊNCIA

Cimosa Simples

b.5) Ciátio – formado por uma flor feminina, nua, pedicelada, rodeada por várias
masculinas , constituídas por um estame e todo o conjunto envolvido por um
invólucro caliciforme de brácteas, alternando-se com glandulas.

Euphorbia sp. 121


Botânica
14. INFLORESCÊNCIA

Cimosa Simples

b.6) Sicônio – o receptáculo é escavado, formando uma cavidade quase fechada,


onde se inserem flores unissexuais.

Figo (Ficus carica)


122
Botânica
14. INFLORESCÊNCIA

Compostas
c.1) Homogêneas – ramificação da racimosa, porém do mesmo tipo (ex. umbela
de umbelas; cacho de cachos – panícula).

Cicuta maculata Koelreuteria paniculata


123
Botânica
14. INFLORESCÊNCIA

Compostas

c.2) Heterogêneas – ramificação racimosa ou cimosa, porém entre diferentes tipos


(Ex. dicásio de ciáticos).

Cecropia peltata 124


Botânica
14. INFLORESCÊNCIA

Compostas

c.3) Mistas – mistura entre racimosa e cimosa (ex. dicásio de capítulos).

Sem imagem

125
Botânica
16. POLINIZAÇÃO

Definição – é o processo pelo qual ocorre o transporte do pólen da antera ao


estigma da flor

Tipos de polinização

Autopolinização – quando o pólen é Polinização cruzada – quando a


recebido no estigma da mesma flor; polinização se faz entre flores diferentes
ocorre em plantas autógamas. de um mesmo indivíduo (geitonogamia)
ou de indivíduos diferentes (xenogamia);
ocorre em plantas alógamas.

126
Botânica
16. POLINIZAÇÃO
Síndromes de polinização

TIPOS DEFINIÇÃO CARACTERES


Flores pequenas; perianto nulo ou
quase nulo, sem aroma, cor e
néctar; anteras bastantes expostas
Quando o agente polinizador ao ar sobre filetes longos, finos e
Anemofilia é o vento flexíveis; pólen em grande
quantidade; grãos pequenos, lisos e
leves; estigma em geral penado, de
grande superfície
Flores com perianto de cores e
Os agentes polinizadores formas variadas, por vezes bizarras
Zoofilia são os animais ou de conformação apropriada ao
pouso; com aroma e néctar
Quando a polinização é feita
Hidrofilia com o auxílio da água
Estrutura floral resistente

127
Botânica
16. POLINIZAÇÃO
Fatores que favorecem a polinização cruzada

São eles: Auto-incompatibilidade, Monoicia, Dióicia, Dicogamia, Hercogamia e


Heterostilia.

Auto-incompatibilidade – quando as flores não são fecundadas ao serem


polinizadas por seu próprio pólen.

Monoicia – quando as plantas têm flores unissexuais sobre o mesmo indivíduo. Ex.
milho.

128
Botânica
16. POLINIZAÇÃO
Fatores que favorecem a polinização cruzada

Dióicia – quando as plantas têm flores unissexuais sobre indivíduos diferentes.

129
Botânica
16. POLINIZAÇÃO
Fatores que favorecem a polinização cruzada

Dicogamia (protandria e protoginia) – quando os órgãos sexuais da mesma flor


amadurecem em tempos diferentes; o corre em plantas monóicas; protandria –
quando o androceu amadurece primeiro; protoginia – quando o gineceu amadurece
primeiro.

As flores estão dispostas em seis


pedúnculos, sendo apenas um
composto por flores masculinas, o
qual, além de ser o mais
desenvolvido amadurece por
primeiro.

Inflorescência de Croton matourensis Aubl.


Euphorbiaceae
130
Botânica
16. POLINIZAÇÃO
Fatores que favorecem a polinização cruzada

Hercogamia – quando há barreira que impede ou dificulta a autopolinização. Ex.


orquídeas.

coluna

Dendrobium Shogun
131
Botânica
16. POLINIZAÇÃO
Fatores que favorecem a polinização cruzada

Heterostilia ( longestilia e brevestilia) – espécie com flores de estames e pistilos


de dimensões diferentes; longestilia – quando o estilete é mais longo; brevestilia –
quando os filetes são mais longos.

Aeschnanthus radicans

Lithospermum canescens 132

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