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A FLOR – FÓRMULA FLORAL E FUNÇÃO

Os nossos jardins são cheios de histórias e a história das flores é uma parte da história da humanidade.
Desde o início da humanidade, as flores têm servido como inspiração de poetas e pintores. Pensamentos
belos foram expressos através das flores e muitas mensagens correram o mundo, acompanhadas por uma
flor.
Nem só o amor e a alegria eram representados pelos arranjos florais, a prevaricação, a indiferença e a
frieza, a repulsa e a recusa, o desprezo e o insulto também eram expressos por uma flor cuidadosamente
escolhida. O gosto pelas flores atravessou séculos culturas e hoje o seu uso é muito popular em datas
como o dia dos namorados, aniversários e comemorações. As flores têm diferentes significados e,
portanto, devem ser adequadamente escolhidas para as diferentes situações.

A flor
A flor é a parte das plantas classificadas como angiospérmicas (divisão magnoliophyta) em
que se encontram os seus órgãos sexuais.
A função da flor é assegurar a reprodução e ser um atrativo polínico. Depois da fertilização do
óvulo, o ovário transforma-se num fruto, que contém as sementes que irão dar origem a novas
plantas da mesma espécie.
Fórmula Floral
A fórmula floral é um sistema muito útil de representação da estrutura de uma flor, em que se usam letras,
números e símbolos específicos.
Normalmente, a fórmula geral é usada para representar a estrutura floral e vegetal de uma família
dicotiledonia, ao invés de espécies em particular como as margaridas.Ela é usada em normas cultas e
principalmente em nossos vocabularios que é marsupiais sao plantas e insetos agradavel ao nosso
organismo vasculares .
Assim temos:
K = cálice ou S = sépalas (ex.: S5 = cinco sépalas) C = corola ou P = Pétalas (ex: C3(x) = número de
pétalas é multiplo de três) Z = acresente se zigomórfica (ex: CZ6 = zigomórfica com 6 pétalas)
A = androceu ou E = estames e abelhais,uma parte fundamentalno cranio fecundatiovo da planta racional
que é muito ultilizada como radiogarfia de uma planata feminina que é chamada como parte masculina;
ex.: A∞ = vários estames-constituidos por 1 antera e 1 filete cada um G = gineceu ou C = carpelos (parte
feminina; ex.: G1 = monocarpelar) x - indica um "número variável" ∞ - indica "muitos”.
Usa-se algarismos para mostrar o número de peças em cada ciclo e, se estiverem soldadas entre si, coloca-
se entre parênteses.
As letras H, P ou E, colocadas no final, indicam se a flor é hipógina perígina ou epígina e os símbolos "
*/* " ou " * " indicam , respectivamente se a simetria é bilateral ou radial.
A fórmula floral poderá ser algo assim:
K5C5A10-∞G1
• Vários outros símbolos são usados e poderão ser visto aqui:
(University of Wisconsin - Madison - Plant Systematics Collection).
• link em português:
Herbario.com.br
Função
A função da flor é mediar a união dos esporos masculino (micrósporo) e feminino (megásporo) num
processo denominado polinização. Muitas flores dependem do vento para transportar o pólen entre flores
da mesma espécie. Outras dependem de animais (especialmente insetos) para realizar este feito. O
período de tempo deste processo (até que a flor esteja totalmente expandida e funcional) é chamado
anthesis. As flores ficam idiotas (dentro das arvores) a maior flor encontrada é a flor dimbabu.Que medi
em cerca de 70 metros quadrados.
Muitas das coisas na natureza desenvolveram-se para atrair animais polinizadores. Os movimentos do
agente polinizador contribuem para a oportunidade de recombinação genética com uma população
dispersa de plantas. Flores como essas são chamadas de entomófilas (literalmente: amantes de insetos).
Flores normalmente têm nectários em várias partes para atrair esses animais. Abelhas e pássaros são
polinizadores comuns: ambos têm visão colorida, assim escolhendo flores de coloração atrativa. Algumas
flores têm padrões, chamados guias de néctar, que são evidentes na espectro ultravioleta, visível para
abelhas, mas não para os humanos. Flores também atraem os polinizadores pelo aroma. A posição dos
estamens assegura que os grãos de pólen sejam transferidos para o corpo do polinizador. Ao coletar néctar
de várias flores da mesma espécie, o polinizador transfere o pólen entre as mesmas.
O aroma das flores nem sempre é agradável ao nosso olfato pode ser veneno fatal para as pessoas.
Algumas plantas como a Rafflesia, e a PawPaw Norte-Americana (Asimina triloba) são polinizadas por
moscas, e produzem um cheiro de carne apodrecida para atrair esses ajudantes.
Outras flores são polinizadas pelo vento (as gramíneas por exemplo) e não precisam atrair agentes
polinizadores, tendendo assim a possuir aromas discretos. Flores polinizadas pelo vento são chamadas de
anemófilas. Sendo assim o pólen de flores entomófilas costuma ser grudento e de uma granulatura maior,
contendo ainda uma porção significante de proteína (outra recompensa para os polinizadores). Flores
anemófilas são normalmente de granulatura menor, muito leves e de pequeno valor nutricional para os
insetos.
Existe muita contradição sobre a responsabilidade das flores nas alergias. Por exemplo, o entomófilo
Goldenrod (Solidago) é freqüentemente culpado por alergias respiratórias, o que não é verdade, pois seu
pólen não é carregado pelo ar. Por outro lado, a alergia é normalmente causada pelo pólen da anemófila
Ragweed(Ambrosia), que pode vagar com o vento por vários quilômetros.
Flores são motivos que inspiram a decoração.

FLOR

A flor é o órgão reprodutor das Angiospermas. Origem: a partir de células meristemáticas situadas
abaixo das camadas externas do ápice da gema.
Constituição: O padrão básico de uma flor constitui-se de um eixo caulinar de crescimento limitado, o
receptáculo, que porta verticilos divididos em: cálice (sépalas), corola (pétalas), androceu (estames) e
gineceu (carpelos). A flor é sustentada por um pedicelo (eixo caulinar que nasce na axila de uma ou
mais brácteas).

Se o cálice for diferente da corola, o conjunto dessas estruturas é chamado perianto (ex.: maioria das
dicotiledôneas, onde o cálice é verde e a corola de cores variadas). Se o cálice for semelhante à corola,
esse conjunto recebe o nome de perigônio. Exs.: Zephirantes atamosco e Hemerocalis flava (lírio
amarelo). O cálice pode ter as sépalas unidas, sendo chamado gamossépalo, ou livres, denominado
então dialissépalo. O mesmo ocorre com a corola, podendo sergamopétala ou dialipétala. A corola pode
estar ausente e a flor, nesse caso, é chamada monoclamídea; se cálice e corola estiverem ausentes, a
flor é aclamídea e se os dois existirem, diclamídea. As flores diclamídeas podem ser diclamídeas
heteroclamídeas, quando possuem perianto ou diclamídeas homoclamídas, quando possuem perigônio.

Androceu: o androceu é formado pelo conjunto dos estames, que têm sua origem filogenética nas
folhas. Cada estame é formado por um filete, o qual está ligado a uma antera, através do conectivo; as
anteras são divididas em tecas, geralmente em número de duas. No interior das anteras se encontra o
saco polínico, contendo células diplóides (2n) que, ao sofrerem divisões reducionais, originam o grão de
pólen. Os estames podem ser livres, se estiverem presos apenas ao receptáculo e epipétalos, se
estiverem presos às pétalas. As flores podem ser isostêmones, quando o número de estames é igual ao
de pétalas; oligostêmones, quando o número de estames é inferior ao número de pétalas e polistêmone,
quando o número de estames é maior que o número de pétalas.

Gineceu: É o conjunto dos carpelos e óvulos; os carpelos dividem-se em ovário, estilete e estigma; o
ovário porta os óvulos, que podem estar alojados em lóculos, formados a partir de dobramentos das
margens dos carpelos. O número de óvulos pode variar de um a muitos; enquanto algumas famílias
como Poaceae (ex.: milho - Zea mays) possuem um único óvulo, outras possuem até 50! O gineceu
pode ser formado por um ou mais carpelos, que podem estar unidos, caracterizando um gineceu
sincárpico, ou livres, constituindo um gineceu apocárpico.

Obs.: a- para se determinar a sincarpia ou apocarpia de um gineceu, deve-se examinar o ovário, pois os
estigmas podem estar unidos.

b- quanto ao número de carpelos, a informação deve ser obtida com base no ovário, pois a ponta
do estilete pode estar dividida. Quando os carpelos se unem, formando um gineceu bi a multilocular e os
óvulos se arranjam na porção central, temos uma placentação axial; se os óvulos ficam presos à parede
do ovário ou suas expansões, temos uma placentação parietal mas se o gineceu é apocárpico, este tipo
de placentação passa a chamar-se laminar. Além desses tipos, existem a placentação central livre,
exclusiva de ovários uniloculares, onde a placenta ocorre em uma coluna de tecido central; placentação
basal, quando o óvulo é fixo na base do ovário; placentação apical, quando o óvulo é fixo no ápice do
ovário e placentação marginal, quando a placenta se localiza ao longo da margem do carpelo de um
ovário unilocular.

Envolvendo o ovário pode existir uma estrutura denominada hipanto, que pode ter duas origens:

a- a partir do receptáculo, denominado hipanto receptacular.

b- a partir da fusão de sépalas, pétalas e estames, denominado hipanto apendicular.

Só é possível discernir a origem do hipanto efetuando-se cortes anatômicos; o hipanto apendicular


apresentará cortes com nervuras (características foliares) e o receptacular apresentará uma estrutura
tipicamente caulinar.

O ovário pode ser súpero (quando é livre, acima do receptáculo) ou ínfero (quando está preso ao
hipanto). Se o ovário for súpero, a flor pode ser:
a. hipógina (na qual o ovário está posicionado acima do ponto de inserção de sépalas e pétalas) ou

b. perígina ( na qual o ponto de inserção de sépalas e pétalas coincide com a região mediana do ovário,
que não está preso ao hipanto).

Se o ovário for ínfero, diz-se que a flor é epígina e, como já foi dito, o ovário é preso ao hipanto.

As flores podem ser monoclinas (bissexuadas), quando possuem androceu e gineceu ou diclinas
(unissexuadas), quando possuem apenas uma dessas estruturas. A maioria das flores é monoclina
(cerca de 70%).

As plantas com flores diclinas podem ser monóicas (quando possui flores estaminadas e flores pistiladas)
ou dióicas (quando possui flores estaminadas ou flores pistiladas).

As flores podem ser representadas por fórmulas florais ou por diagramas florais. As fórmulas florais
indicam o número de peças de cada verticilo floral.

Exemplo de fórmula floral: K4 C5 A4 G3 onde: K = cálice; C = corola; A = androceu e G = gineceu.

O diagrama floral mostra, além do número de verticilos, a disposição dos mesmos na flor, fornecendo a
simetria da flor.

Quanto à simetria, as flores podem ser:

a. actinomorfa: quando, em vista superior, é possível traçar linhas, obtendo-se vários planos de
simetria

b. zigomorfa:quando, em vista superior, é possível obter-se apenas dois planos de simetria - ./.).

Obs.: Existem flores assimétricas, ou seja, flores que não permitem a execução de planos de simetria;
no entanto, esta condição é rara.

INFLORESCÊNCIAS: São ramos modificados portando flores. Os diversos tipos são classificados
ontogenéticamente em duas grandes categorias:

1- Inflorescências cimosas ou determinadas: Onde cada eixo termina numa flor. A flor terminal se
desenvolve antes das laterais; o crescimento desse tipo de inflorescência se dá através de gemas
laterais, caracterizando um crescimento simpodial. TIPOS:
a- Dicásio: O ápice da gema principal se transforma numa flor, cessando logo o desenvolvimento desse
meristema: as duas gemas nas axilas das duas brácteas subjacentes prosseguem o crescimento da
inflorescência e se transformam cada uma em uma flor, novamente pode o mesmo processo simpodial
prosseguir a ramificação da inflorescência.
b- Monocásio: após a formação da flor terminal do eixo, apenas uma gema lateral se desenvolve em flor,
e assim por diante. Esse desenvolvimento pode se dar em lados alternados (monocásio helicoidal) ou
sempre de um mesmo lado (monocásio escorpióide)

2- Inflorescências racemosas ou indeterminadas: Onde o ápice meristemático da inflorescência


jovem não forma uma flor, mas continua crescendo e produzindo flores lateralmente, caracterizando um
crescimento monopodial. TIPOS:
a- Racemo ou cacho: eixo simples alongado, portando flores laterais pediceladas, subtendidas por
brácteas.
b- Espiga: eixo simples alongado, portando flores laterais sésseis (sem pedicelo) na axila de brácteas.
c- Umbela: eixo muito curto, com várias flores pediceladas, inseridas praticamente no mesmo nível.
d- Corimbo: tipo especial de racemo, onde as flores têm pedicelos muito desiguais e ficam todas num
mesmo plano.
e- Umbela: flores com pedicelos iguais, inseridos num mesmo níve do eixo principal.
f- Capítulo: eixo muito curto, espessado e/ou achatado, com flores sésseis densamente dispostas.
Geralmente existe um invólucro de brácteas estéreis protegendo a periferia do capítulo.
g- Panícula: cacho composto (racemo ramificado: eixo racemoso principal sustentando 2 a muitos eixos
racemosos laterais). Os tipos acima podem aparecer combinados entre si, sendo comuns os corimbos de
capítulos, racemos de capítulos, etc.

3- Tipos especiais de inflorescência


a- Espádice: tipo especial de espiga com eixo muito espessado, com uma grande e vistosa bráctea
protegendo a base. Típica de Araceae (família dos antúrios) e Palmae (família das palmeiras).
b- Espigueta: unidade básica das inflorescências de gramíneas, constituindo uma espiga muito
reduzida, envolvida por várias brácteas, densamente dispostas.
c- Sicônio: típico de Ficus (Moraceae), é uma inflorescência carnosa e côncava, com numerosas
pequenas flores encerradas na concavidade.
d- Pseudantos: nome genérico aplicado à inflorescências condensadas em que muitas flores ficam
dispostas de forma a formar uma única flor. Exs: capítulos, da família Compositae e ciátios, da família
Euphorbiaceae. As flores representam um importante meio para se estudar taxonomia, a origem e a
história das plantas. Em seus caracteres se baseiam os mais utilizados sistemas de classificação, como o
de Cronquist (1981) e o de Dahlgren (1981). Além disso, sementes, frutos e pólen fossilizados são
ótimos indicadores de local e data de origem dos vegetais. O pólen, por ser revestido pela exina,
constituída de esporopolemina, uma substância muito resistente a ácidos, se mantém inalterado durante
milênios. Quando ao estudo filogenético, ou seja, o estudo das relações de ancestralidade e
descendência, os caracteres são polarizados como plesiomorfos (primitivos) ou apomorfos (avançados
Acredita-se, por exemplo, que as inflorescências sejam adaptações evolutivas (apomorfia), pois
incrementam a atração de polinizadores, aumentam a efetividade da polinização, por apresentarem
muitas flores reunidas e, em plantas polinizadas pelo vento, contribuem para a produção de uma maior
quantidade de pólen.

A flor é a estrutura reprodutora característica das plantas denominadas espermatófitasou fanerogâmicas. A


função de uma flor é a de produzir sementes através dareprodução sexuada. Para as plantas, as sementes
representam o embrião, que irá germinar quando entrar em contato com um substrato propício; as sementes
são o principal meio através do qual as espécies de angiospermas e gimnospermas se perpetuam e se
propagam.

Todas as espermatófitas possuem flores que produzirão sementes, mas a organização interna da flor é
muito diferente nos dois principais grupos de espermatófitas:gimnospérmicas e angiospérmicas.

As gimnospérmicas podem possuir flores que se reúnem em estróbilos, ou a mesma flor pode ser um
estróbilo de folhas férteis. Por sua vez, uma flor típica de angiospérmica é composta por quatro tipos de
folhas modificadas, tanto estrutural como fisiologicamente, para produzir e proteger
os gametas: sépalas, pétalas,estames e carpelos. 1

Nas angiospérmicas, a flor dá origem, após a fertilização e por transformação de algumas das suas partes, a
um fruto que contém as sementes.2

Os grupo das angiospérmicas, com mais de 250 mil espécies, é uma linhagem com sucesso evolutivo,
comportando a maior parte daflora terrestre existente. A flor de angiospérmica é a característica que define
o grupo e é, provavelmente, um fator chave para o seu êxito evolutivo. A flor é uma estrutura complexa, cujo
plano organizacional encontra-se conservado em quase todos os membros do grupo, embora apresente
uma grande diversidade na morfologia e fisiologia de todas e cada uma das peças que a compõem. A
basegenética e adaptativa de tal diversidade está a começar a ser compreendida em profundidade, 3 assim
como a sua origem, que data doCretácico inferior, e sua posterior evolução em estreita interação com os
animais que se encarregam de transportar e disseminar osgametas.

Independentemente dos aspectos já assinalados, a flor é um objeto importante para os seres humanos.
Através da história e das diferentes culturas, a flor sempre teve um lugar nas sociedades humanas, quer
pela sua beleza intrínseca quer pelo seu simbolismo. De facto, cultivamos espécies para que nos
providenciem flores, desde há mais de 5 mil e, actualmente, essa arte transformou-se numa indústria em
contínua expansão: a floricultura.

Definição

Flores vermelhas.

Girassóis em Fargo, Dakota do Norte.

Uma inflorescência de Callistemon.

Uma Dahlia.
A flor é uma estrutura de crescimento determinado que é composta por folhas modificadas, quer estrutural
quer funcionalmente, com vista à realização das funções de produção dosgametas e de protecção dos
mesmos, através dos antófilos.[a]2

O caule caracteriza-se por um crescimento indeterminado. Em contraste, a flor apresenta um crescimento


determinado, já que o seu meristema apical pára de se dividir mitoticamentedepois da produção de todos os
antófilos ou peças florais. As flores mais especializadas têm um período de crescimento mais curto e
produzem um eixo mais curto e um número mais definido de peças florais em relação às flores mais
primitivas.

A disposição dos antófilos sobre o eixo, a presença ou ausência de uma ou mais peças florais, o tamanho, a
pigmentação e a disposição relativa das mesmas, são responsáveis pela existência de uma grande
variedade de tipos de flores. Tal diversidade é particularmente importante nos
estudos filogenéticos e taxonómicos das angiospérmicas. A interpretaçãoevolutiva dos diferentes tipos de
flores têm em conta os aspectos da adaptação da estrutura floral, particularmente aqueles que estão
relacionados com a polinização, a dispersão dos frutos e das sementes e a protecção das estruturas
reprodutoras contra os predadores.4 5 6

Morfologia das flores


Diversidade e tendências evolutivas
Com mais de 250 mil espécies, as angiospérmicas formam um grupo taxonómico com sucesso evolutivo,
que comporta a maior parte da flora terrestre existente. A flor é a característica que define o grupo e é,
provavelmente, um factor-chave no seu êxito evolutivo.3

A flor está unida ao caule por uma estrutura denominada pedicelo, que se dilata na sua parte superior para
formar o receptáculo floral, no qual se inserem as diversas peças florais. Essas peças florais são folhas
modificadas que estão especializadas nas funções de reprodução e de protecção. De fora para dentro de
una flor típica de angiospérmica podem ser encontradaspeças estéreis, com função de protecção, e que são
compostas por sépalas e pétalas. Por dentro das pétalas dispõem-se as denominadas peças férteis, com
função reprodutiva, e que são compostas por estames e carpelos. Os carpelos das angiospérmicas são, em
relação aos carpelos dos seus ancestrais, uma estrutura inovadora, já que pela primeira vez na linhagem,
encerram completamente o óvulo, de forma que o pólen não cai directamente no óvulo (como nas
gimnospérmicas) mas numa nova estrutura do óvulo chamada estigma, que recebe o pólen e estimula a
formação do tubo polínico que se desenvolverá até ao óvulo para produzir a fecundação.7

A flor das angiospérmicas é uma estrutura complexa, cujo plano organizacional se encontra conservado em
quase todas as angiospérmicas, com a notável excepção de Lacandonia schismatica (Triuridaceae) que
apresenta os estames em posição central rodeados dos carpelos.8 9 Esta organização tão pouco variável
não indica de modo algum que a estrutura floral se encontra conservada através das diferentes linhagens de
angiospérmicas. Pelo contrário, existe uma tremenda diversidade na morfologia y fisiologia de todas e cada
uma das peças que compõem a flor, cuja base genética e adaptativa está a começar a ser compreendida
em profundidade.3

Foi sugerido que existe uma tendência na evolução da arquitectura floral, desde un plano "aberto", no qual
as variações são determinadas pelo número e disposição das peças florais, até um plano "fechado", no qual
o número e disposição das peças são fixados.10 Em tais estruturas fixas, as elaborações evolutivas
ulteriores podem ter lugar através da concrescência, ou seja, por meio da fusão ou estreita conexão das
diferentes partes.11 O plano de organização "aberto" é comum nas angiospérmicas basais e nas
primeiras eudicotiledóneas, enquanto que o plano de organização "fechado" é a regra no
clado Gunneridae (ou eudicotiledóneas nucleares) e nas monocotiledóneas.12

Fórmula floral
A fórmula floral é um sistema muito útil de representação da estrutura de uma flor, em que se usam letras,
números e símbolos específicos.

Normalmente, a fórmula geral é usada para representar as características morfológicas de uma determinada
família de plantas, e não de uma espécie particular.13

Assim temos:

• K = cálice ou S = sépalas (ex.: S5 = cinco sépalas)


• C = corola ou P = Pétalas (ex: C3(x) = número de pétalas é múltiplo de três)
• Z = acrescente se zigomórfica (ex: CZ6 = zigomórfica com 6 pétalas)
• A = androceu ou E = estames, a parte masculina; ex.: A∞ = vários estames-constituídos por 1 antera e 1
filete cada um
• G = gineceu ou C = carpelos (parte feminina; ex.: G1 = monocarpelar)
• x - indica um "número variável"
• ∞ - indica "muitos
Usa-se algarismos para mostrar o número de peças em cada ciclo e, se estiverem soldadas entre si, coloca-
se entre parênteses.

As letras H, P ou E, colocadas no final, indicam se a flor é hipógina perígina ou epígina e os símbolos " */*
"ou " * " indicam, respectivamente, se a simetria é bilateral ou radial.

A fórmula floral poderá ser algo assim:

K5C5A10-∞G1
Função

Abelha com grãos de pólen

A função da flor é mediar a união dos esporos masculino (micrósporo) e feminino (megásporo) num
processo denominado polinização. Muitas flores dependem do vento para transportar o pólen entre flores da
mesma espécie. Outras dependem de animais (especialmente insetos) para realizar este feito. O período de
tempo deste processo (até que a flor esteja totalmente expandida e funcional) é chamado anthesis. A maior
flor encontrada é a Rafflesia arnoldii, espécie na qual alguns dos exemplares encontrados já chegaram a 1
metro de diâmetro e 11 kg.14

Muitas das coisas na natureza desenvolveram-se para atrair animais polinizadores. Os movimentos do
agente polinizador contribuem para a oportunidade de recombinação genética com uma população dispersa
de plantas. Flores como essas são chamadas de entomófilas (literalmente: amantes de insetos). Flores
normalmente têm nectários em várias partes para atrair esses animais. Abelhas e pássaros são
polinizadores comuns: ambos têm visão colorida, assim escolhendo flores de coloração atrativa. Algumas
flores têm padrões, chamados guias de néctar, que são evidentes na espectro ultravioleta, visível para
abelhas, mas não para os humanos. Flores também atraem os polinizadores pelo aroma. A posição dos
estames assegura que os grãos de pólen sejam transferidos para o corpo do polinizador. Ao coletar néctar
de várias flores da mesma espécie, o polinizador transfere o pólen entre as mesmas.

O aroma das flores nem sempre é agradável ao nosso olfato pode ser veneno fatal para as pessoas.
Algumas plantas como a Rafflesia, e a PawPaw Norte-Americana (Asimina triloba) são polinizadas
por moscas, e produzem um cheiro de carne apodrecida para atrair esses ajudantes.

Outras flores são polinizadas pelo vento (as gramíneas por exemplo) e não precisam atrair agentes
polinizadores, tendendo assim a possuir aromas discretos. Flores polinizadas pelo vento são chamadas de
anemófilas. Sendo assim o pólen de flores entomófilas costuma ser grudento e de uma granulatura maior,
contendo ainda uma porção significante de proteína (outra recompensa para os polinizadores). Flores
anemófilas são normalmente de granulatura menor, muito leves e de pequeno valor nutricional para os
insetos.
Existe muita contradição sobre a responsabilidade das flores nas alergias. Por exemplo, o entomófilo
Goldenrod(Solidago) é frequentemente culpado por alergias respiratórias, o que não é verdade, pois seu
pólen não é carregado pelo ar. Por outro lado, a alergia é normalmente causada pelo pólen da anemófila
Ragweed(Ambrosia), que pode vagar com o vento por vários quilômetros.

[editar]Hermafroditismo

Ao contrário do que normalmente é lido, nenhuma flor pode ser considerada hermafrodita. Como
hermafrodita, considera-se o organismo capaz de produzir gametas masculinos e femininos. No entanto, a
flor, por ser uma estrutura do esporófito, é estritamente assexuada; não produz gametas e sim esporos. Os
esporos são responsáveis pela reprodução assexuada do vegetal. Dessa forma, a flor fica impedida de ser
designada hermafrodita. A confusão deve-se à prática botânica que convencionou chamar o megásporo de
"esporo feminino" e o micrósporo de "esporo masculino", devido à diferença de tamanho entre eles - o
mesmo parâmetro usado para diferenciar os gametas feminino (maior) e masculino (menor).

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