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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO INTERNACIONAL DE ANGOLA

Criado pelo Decreto Presidencial nº 168/12 de 24 de julho


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

BOTÂNICA

PLANTAS ANGIOSPERMAS

Grupo nº
Curso: Ciências Farmacêuticas
1º Ano
Período: Manhã
Docente: Wilson Anibal

Luanda, 2024
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO INTERNACIONAL DE ANGOLA
Criado pelo Decreto Presidencial nº 168/12 de 24 de julho
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

BOTÂNICA

PLANTAS ANGIOSPERMAS

Integrantes do Grupo nº 3
1. Paulina Alexandre
2. Tumba Victor
3. Esmeralda Malecama
4. Claúcia Mendes
5. Justino Manuel
6. Tungané Fernando
7. Diniz Chambata
8. Mafalda Cardoso
9. Isabel Miguel
10. Priscila Cecília Manuel

Luanda, 2024
ÍNDICE

INTRODUÇÃO.................................................................................................................1
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA....................................................................................2
DEFINIÇÃO......................................................................................................................2
Características das angiospermas......................................................................................2
Estrutura............................................................................................................................2
A raiz.................................................................................................................................4
Partes das semente.............................................................................................................4
Folhas................................................................................................................................5
Caules................................................................................................................................5
Flor....................................................................................................................................5
Fruto..................................................................................................................................6
Ciclo de vida das angiospermas........................................................................................7
Classificação das angiospermas........................................................................................8
Diferença entre angiospermas e gimnospermas................................................................9
Diferenças entre monocotiledôneas e dicotiledôneas...........................................................10
Importância das angiospermas........................................................................................10
CONCLUSÃO.................................................................................................................11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................12
INTRODUÇÃO

O presente trabalho visa abordar sobre o tema “plantas angiospermas”, tema de grande
interesse e importância.

As angiospermas são plantas que se caracterizam por apresentar flor e fruto. Esse
grupo vegetal é o que apresenta maior diversidade de espécies, sendo estimado um total de
mais de 450.000 espécies diferentes. Entre exemplos de angiospermas, podemos citar: a
roseira, a mangueira, o arrozeiro, o feijoeiro, a grama, os lírios, as orquídeas, o coqueiro, entre
várias outras. Todas as angiospermas são classificadas como um único filo, Anthophyta, as
quais possuem duas adaptações principais, as flores e os frutos, que desempenham papeis
fundamentais no ciclo de vida dessas plantas.

As características principais das angiospermas é a presença de flores e frutos que


envolvem a semente. As flores podem ser definidas como uma estrutura com crescimento
determinado que possui esporófilos que produzem esporângios. Uma flor pode possuir até
quatro partes florais denominadas de verticilos: cálice, corola, androceu e gineceu. Quando
possui os quatro verticilos, é chamada de completa; quando algum está ausente, é chamada de
incompleta. O cálice e a corola correspondem aos verticilos mais externos e estéreis da flor. O
cálice pode ser definido como o conjunto de sépalas, estruturas verdes e relacionadas com a
proteção. Já a corola é o conjunto de pétalas, estruturas normalmente coloridas que atraem os
polinizadores. O conjunto formado pelo cálice e pela corola recebe o nome de perianto. O
androceu e o gineceu correspondem, respectivamente, às estruturas produtoras de pólen e às
estruturas produtoras de óvulos. O androceu é o conjunto de estames, que, por sua vez, são
diferenciados em antera e filete. O gineceu é formado pelo conjunto de carpelos, que são
formados pelo estigma, estilete e ovário.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

DEFINIÇÃO
As angiospermas correspondem à grande maioria das plantas que vemos em
nosso dia a dia, estando distribuídas nos mais diversos ambientes e se apresentando nas
mais diversas formas e tamanhos. Elas têm como característica principal a presença de
flores completas, onde encontramos as estruturas reprodutivas das plantas. Assim,
temos flores dotadas somente de gineceu: o sistema reprodutor feminino; outras só com
androceu, que é o sistema reprodutor masculino; e, ainda, flores hermafroditas, cuja
maioria desenvolveu mecanismos que dificultam a autofecundação. O grão-de-pólen é
formado no interior da antera, no androceu.

Características das angiospermas

As angiospermas são plantas vasculares (apresentam vasos condutores) com sementes


que apresentam como característica mais marcante a presença de flores e frutos. O termo
angiosperma vem do grego angeion, que significa urna, e sperma, que significa semente.
Analisando seu nome, podemos concluir, portanto, que ele está relacionado a uma de suas
características exclusivas: a presença de fruto envolvendo a semente.

Os frutos são formados a partir do desenvolvimento do ovário das flores após o


processo de fecundação. Eles são importantes para o sucesso desse grupo de plantas, uma vez
que atuam protegendo a semente e auxiliam na dispersão dessas estruturas.

Além dos frutos, as flores foram importantes para garantir que as angiospermas
tornassem-se o grupo de plantas com maior número de representantes. Essa estrutura,
que será discutida mais profundamente a seguir, está relacionada com o processo de
polinização. Flores vistosas e que liberam odores são essenciais para garantir a atração de
polinizadores.

Estrutura

Duas estruturas são importantes na evolução das angiospermas: a flor e o fruto. As


flores possuem uma diversidade de tamanhos e cores, podendo ainda serem perfumadas ou
apresentarem odores fétidos para a atração de moscas e besouros. São encontradas solitárias
ou agrupadas, sendo estas últimas chamadas de inflorescências. Os frutos também mostram
uma grande variedade de formas, cores e tamanhos. A maior parte dos frutos contêm

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sementes no seu interior. São consumidos por muito animais,
como insetos, aves, peixes e mamíferos, e com isso são importantes para a dispersão das
sementes, o que contribuiu para a ocupação dos ambientes pelas angiospermas.

Quanto a sua morfologia, os principais componentes de uma flor são o cálice, a corola,
os estames e os carpelos. A corola é o conjunto de pétalas de uma flor, ao passo que o cálice é
o conjunto de sépalas. Ambas são folhas modificadas que têm função de proteção, além de
serem responsáveis pela atração dos agentes polinizadores na maioria das plantas. Os estames,
coletivamente conhecidos como androceu

(que significa “casa do homem”), geralmente são constituídos por um filamento


delgado chamado de filete, o qual possui na extremidade uma região dilatada denominada
antera, que é o local de produção dos grãos de pólen. Já os carpelos são as estruturas das
flores que originam os óvulos, sendo coletivamente nomeadas como gineceu (que significa
“casa da mulher”). As flores podem ter um ou mais carpelos, que formam uma estrutura
designada pistilo, que é composta por três partes: o

estigma, o qual recebe o pólen; o estilete, uma parte intermediária, na qual o tubo
polínico cresce; e o ovário, o qual contém os óvulos e, dentro destes, o gameta feminino
(oosfera). Caso a espécie apresente uma flor com ambos os órgãos sexuais masculinos e
femininos é chamada de monoica ou hermafrodita. Se os estames e os carpelos são
encontrados em plantas separadas, a espécie é denominada dioica.

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As células das raízes, assim com as células de muito caules, não fazem fotossíntese e
por isso dependem do alimento produzido nas células das folhas. O caule, folhas, flores e
frutos, por sua vez, dependem da água e dos sais minerais absorvidos pelas raízes.

A raiz

Quase sempre a raiz é originada a partir da radícula do embrião, localizado na


semente.

Partes das semente

A partir dela surgem ramos secundários. No entanto, é frequente surgirem raízes a


partir de caules e mesmo de folhas. Essas raízes conhecidas como adventícias (do
latim advena = que vem de fora, que nasce fora do lugar habitual), são comuns, por exemplo,
na base de um pé de milho.

As raízes distribuem-se amplamente pelo solo, mas há algumas plantas que


possuem raízes aéreas, comuns nas trepadeiras, bromélias, orquídeas, enquanto outras
possuem raízes submersas, como os aguapés, comuns em represas.

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Raiz aérea Raiz aquática

Folhas

As folhas estão envolvidas com os processos de fotossíntese, respiração e


transpiração. As plantas angiospermas apresentam folhas com diversos formatos e
tamanhos.

Caules

Os principais tipos de caules aéreos das angiospermas são: tronco lenhoso


(árvores), haste (herbáceas), estipe (palmeiras), colmo (bambu) e suculento (cactos).

Flor

A flor é uma estrutura extremamente importante para as angiospermas, sendo essa


estrutura um ramo muito modificado que cresce por tempo limitado. Uma flor apresenta
partes estéreis e partes reprodutivas, as quais emergem no receptáculo (região dilatada).

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Observe atentamente as partes da flor.

Os apêndices estéreis são as pétalas e as sépalas. Geralmente, as sépalas apresentam a


cor verde, e as pétalas apresentam cores variadas, comumente vistosas. O conjunto de sépalas
de uma flor, formam um cálice, enquanto o conjunto de pétalas forma a corola. Sépalas e
pétalas, juntas, formam o perianto.

Temos ainda as partes reprodutivas: estames e carpelos. Os estames são a porção da


planta onde são produzidos o pólen. O estame é formado pelo filete e pela antera, sendo, esse
último, o local onde o pólen é produzido. O conjunto de estames forma o androceu.

O carpelo é a parte da flor onde estão os óvulos. Cada carpelo apresenta três partes
básicas: o estigma, o estilete e o ovário. O estigma é o local onde o grão de pólen é
depositado, o estilete é a porção por onde o tubo polínico cresce, e o ovário é o local onde
estão os óvulos. O conjunto de carpelos forma o gineceu.

Fruto

O limão é um fruto do limoeiro.

Os frutos são formados a partir do desenvolvimento do ovário após o processo de


fecundação. Em alguns casos, outros tecidos, além do ovário, desenvolvem-se e formam

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partes carnosas. Nesse último caso, temos um fruto acessório, anteriormente chamado
de pseudofruto.

No fruto, é possível observar três importantes camadas, o exocarpo, o mesocarpo e o


endocarpo. O exocarpo é a camada mais externa; o mesocarpo, a camada intermediária; e o
endocarpo, a mais interna.

De uma maneira geral, os frutos podem ser classificados em simples, agregados e


múltiplos. Os frutos simples são aqueles que se desenvolvem a partir de um único carpelo ou
vários carpelos que estão unidos. Como exemplo, podemos citar o abacate.

Os chamados de frutos agregados são aqueles formados a partir de uma flor que
possui carpelos separados. Como exemplo, podemos citar a framboesa. Os frutos múltiplos,
por sua vez, são aqueles que se formam a partir de uma inflorescência. Como exemplo,
podemos citar o abacaxi.

Ciclo de vida das angiospermas

O ciclo de vida das angiospermas é complexo e envolve o processo de dupla fecundação.

O ciclo de vida das angiospermas é complexo, quando comparado ao de outros


grupos vegetais. Iniciaremos esse ciclo pelo processo de polinização, ou seja, o momento em
que ocorre a transferência do pólen produzido na antera para o estigma.

Quando grão de pólen é liberado na antera, ele possui uma célula vegetativa e uma
célula geradora, a qual se divide e forma os dois gametas masculinos (núcleos espermáticos).

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A célula vegetativa será responsável pela formação do tubo polínico, que garantirá a
transferência dos gametas até a parte feminina da flor.

O gametófito feminino maduro de uma angiosperma é chamado saco


embrionário. Nele, são encontradas geralmente sete células, as quais possuem oito núcleos.
Essas sete células são a oosfera (gameta feminino), duas sinérgides, três antípodas e uma
célula central com dois núcleos.

O grão de pólen, ao chegar no estigma da flor, germina e produz o tubo polínico, que
cresce pelo estilete até chegar no ovário, penetra no óvulo pela micrópila (abertura do óvulo)
e encontra o saco embrionário.

No momento da fecundação, os dois gametas masculinos atuarão (dupla


fecundação). Um une-se à oosfera, produzindo o embrião, e o outro une-se aos dois núcleos
polares, formando o endosperma, uma estrutura triploide. Esse endosperma fornecerá
nutrientes ao embrião durante o desenvolvimento.

O embrião desenvolve-se e os tegumentos do óvulo originam os envoltórios


da semente. O ovário da flor, então, desenvolve-se em fruto. Caso a semente encontre um
local adequado para a sua germinação, ela originará um novo indivíduo (esporófito).

Classificação das angiospermas

A classificação das angiospermas está em constante mudança, uma vez que,


conforme a tecnologia desenvolve-se fica mais fácil compreender as relações de parentesco
entre as espécies. Atualmente, costuma-se classificar as angiospermas em monocotiledôneas,
eudicotiledôneas, magnolídeas e um grupo com plantas denominado de “angiospermas
basais”.

Os maiores grupos de angiospermas são as monocotiledôneas e as


eudicotiledôneas. Esses dois grupos possuem algumas características que auxiliam na sua
diferenciação. São elas:

CARACTERÍSTICAS MONOCOTILEDÔNEAS EUDICOTILEDÔNEAS

Cotilédones Um Dois

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Venação foliar Geralmente paralela Geralmente reticulada

Feixes vasculares dispostos de Feixes vasculares dispostos


Caule
forma dispersa em anel

Raízes Fasciculada Pivotante

Grão de pólen Com uma única abertura Com três aberturas

Órgãos florais geralmente em Órgãos florais geralmente em


Flores
múltiplos de três múltiplos de quatro ou cinco

Crescimento secundário
Raro Comumente presente
verdadeiro

→ Diferença entre angiospermas e gimnospermas

A araucária é um exemplo de gimnosperma.

A principal diferença entre gimnospermas e angiospermas é o fato de que nas


gimnospermas ocorre a produção de sementes, porém elas são sementes nuas, ou seja, sem
fruto envolvendo essa estrutura. Além da ausência de frutos, nas gimnospermas também não
se observa a presença de flores. São exemplos de gimnospermas as araucárias e os
pinheiros.

Diferenças entre monocotiledôneas e dicotiledôneas

As angiospermas apresentam, em suas sementes, a estrutura chamada de cotilédone.


Eles são folhas embrionárias modificadas, responsáveis pela nutrição da planta durante o
início de seu desenvolvimento.

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Plantas que apresentam apenas um cotilédone são chamadas de monocotiledôneas,
quando as angiospermas possuem dois desses cotilédones são denominadas dicotiledôneas. O
quadro abaixo aborda a diferença entre as subdivisões:

Importância das angiospermas

O desenvolvimento das angiospermas foi importante para o povoamento da Terra.


Esses vegetais fornecem frutos com os nutrientes necessários para a progressão da cadeia
alimentar.

Isso favoreceu também o crescimento de várias espécies animais, tanto aquelas que
são polinizadoras, como os herbívoros que se alimentam diretamente das plantas, ou aqueles
que se nutrem desses herbívoros, e assim sucessivamente.

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CONCLUSÃO

Em suma, as angiospermas correspondem à grande maioria das plantas que vemos em


nosso dia a dia, estando distribuídas nos mais diversos ambientes e se apresentando nas mais
diversas formas e tamanhos. Elas têm como característica principal a presença
de flores completas, onde encontramos as estruturas reprodutivas das plantas. Assim, temos
flores dotadas somente de gineceu: o sistema reprodutor feminino; outras só com androceu,
que é o sistema reprodutor masculino; e, ainda, flores hermafroditas, cuja maioria
desenvolveu mecanismos que dificultam a autofecundação. O grão-de-pólen é formado no
interior da antera, no androceu.

As características principais das angiospermas é a presença de flores e frutos que


envolvem a semente. As flores podem ser definidas como uma estrutura com crescimento
determinado que possui esporófilos que produzem esporângios. Uma flor pode possuir até
quatro partes florais denominadas de verticilos: cálice, corola, androceu e gineceu. Quando
possui os quatro verticilos, é chamada de completa; quando algum está ausente, é chamada de
incompleta. O cálice e a corola correspondem aos verticilos mais externos e estéreis da flor. O
cálice pode ser definido como o conjunto de sépalas, estruturas verdes e relacionadas com a
proteção. Já a corola é o conjunto de pétalas, estruturas normalmente coloridas que atraem os
polinizadores.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BIOLOGIANET. Angiospermas. Disponível em: https://www.biologianet.com/botanica/angi


ospermas.htm.
RAVEN, P.; Evert, R.F. & EICHHORN, S.E. 2007. Biologia Vegetal. 7ª ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 830 p.
REECE, J. B., WASSERMAN, S. A., Urry, L. A., CAIN, M. L., MINORSKY, P. V., &
JACKSON, R. B. Biologia de Campbell: "Diversidade Vegetal II: A evolução das Plantas
com Sementes". 10 ed., Porto Alegre: Artmed , 2015.
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Angiospermas"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/angiospermas.htm. Acesso em 02 de abril de 2024.
SOBIOLOGIA. Raiz - Plantas Angiospermas" em Só Biologia. Virtuous Tecnologia da
Informação, 2008-2024. Consultado em 03/04/2024 às 17:26. Disponível na Internet em
https://www.sobiologia .com.br/conteudos/Morfofisiologia_vegetal/morfovegetal.php.
SOUZA, V. C.; LORENZI, H. Botânica sistemática: guia ilustrado para identificação das
famílias de Angiospermas da flora brasileira, baseado em APG II. Nova Odessa, SP: Instituto
Plantarum, 2005. 640 p.
SOUSA, V. C.; LORENZI, H. Chave de identificação: para as principais famílias de
Angiospermas nativas e cultivadas do Brasil. 2. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum de
Estudos da Flora, 2007. 31 p.
MAGALHÃES, Lana. Professora de Biologia. Angiospermas. Disponível em:
https://www.todamateria.com.br/angiospermas/.
ELIAS, Kauane. Angiospermas: características, estrutura, reprodução e importância. (10 de
outubro de 2022). Disponível em: https://vestibulares.estrategia.com/portal/materias/
biologia/angiospermas/.

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