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DISCIPLINA
Luanda, 2024
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO INTERNACIONAL DE ANGOLA
Criado pelo Decreto Presidencial nº 168/12 de 24 de julho
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DISCIPLINA
Luanda, 2024
ÍNDICE
INTRODUÇÃO...............................................................................................................1
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...................................................................................2
DEFINIÇÃO....................................................................................................................2
ÉTICA DA COMUNICAÇÃO........................................................................................2
Ética e meios de comunicação social - Duplo dinamismo na comunicação social...........6
Dimensão ética dos meios de comunicação.....................................................................6
Relações Públicas: o rosto humano da comunicação.......................................................7
A ÉTICA DA INFORMAÇÃO.......................................................................................7
Ética da Publicidade e da Propaganda.............................................................................9
CONCLUSÃO...............................................................................................................10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................11
INTRODUÇÃO
O presente trabalho visa abordar sobre o tema “ética da comunicação e ética da informação”,
tema de grande interesse e importância.
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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
DEFINIÇÃO
Ética é o ramo da filosofia que trata de questões sobre como devemos viver e portanto
sobre a natureza do certo e do errado, bem e mal, dever, obrigação e outros conceitos”. (Livro
da filosofia. São paulo: globo livros, 2011, p. 341).
ÉTICA DA COMUNICAÇÃO
A ética na comunicação é a adequação das ações do comunicador aos procedimentos
definidos como “éticos” pelo campo. e trocas discursivas marcadas por tensões e disputas, não
elimina os interesses e necessidades particulares das disputas.
Uma ética associada aos processos comunicativos atuais não pode deixar de
considerar, em um primeiro momento, 1) os modos operatórios da produção de informações
nos media; 2) os modos de difusão e apropriação crítica das mensagens mediáticas; 3) os
processos intersubjetivos que tentam descortinar a perspectiva de cada ator envolvido em uma
ação comunicativa, articulando-a ou não com a perspectiva de todos; 4) as situações
comunicativas e os contextos relacionais que são criados quando sujeitos acionam elementos
comuns de linguagem para buscarem o entendimento recíproco; e 5) o interesse próprio, que
pauta não só ações estratégicas, vistas como contrárias ao bem coletivo, mas sobretudo
direciona o engajamento discursivo dos atores com seus pares e que, por isso mesmo, precisa
ser considerado como elemento central de uma interação comunicativa.
A ética da comunicação também precisa se ocupar pelo peso dos interesses e pelo
papel da linguagem na relação prática entre os sujeitos, contemplando, as condições nas quais,
por meio da interação discursiva na esfera pública, os indivíduos identificam, expressam e
negociam suas necessidades (MARQUES, 2011).
A citação acima reitera que ações comunicativas não estão descoladas dos interesses
particulares dos sujeitos em interlocução. Pelo contrário: é a partir do universo de
compreensões e interesses singulares desses sujeitos que se configura um horizonte ampliado
e partilhado de sentidos. Pode-se, contudo, questionar até que ponto a discussão fornece,
mesmo, condições paritárias de expressão e contextos de enunciação livres de desigualdades
de poder, dificultando a construção de estratégias voltadas para o alcance de fins particulares.
E, para isso, é importante aproximar a abordagem habermasiana de uma outra que ressalte as
dinâmicas de poder que perpassam as relações comunicativas e os contextos de mise en scène
do discurso. É nesse sentido que a reflexão proposta por este artigo pretende recuperar a
reflexão de Pierre Bourdieu a respeito de uma “ética do uso da linguagem” estritamente
direcionada para o sucesso da ação estratégica dos sujeitos.
Por sua vez, no que se refere aos processos intersubjetivos de aproximação entre
interesses privados e públicos, salientamos que o desenvolvimento ético e moral das
sociedades contemporâneas deve levar em conta o modo como os sujeitos debatem, dialogam
e negociam suas diferenças, seus interesses, pontos de vista e suas necessidades. Sob um viés
pragmático, do uso da linguagem como forma de ação prática para a busca do entendimento
recíproco, a teoria da ação comunicativa de Habermas (1987), como salientado anteriormente,
pode ser apontada como uma importante contribuição para pensarmos como indivíduos e
grupos questionam, em uma postura ética, os valores e as bases que ancoram as regras morais
que os vinculam, aliando interesses particulares a interesses coletivos.
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sociedade que concentra seus recursos comunicacionais nas mãos de grupos seletos não pode
pretender-se livre, soberana e democrática.
Hoje existe uma certa confusão no campo da comunicação que torna, na prática
distinguir entre atividades informativas, publicitárias e propagandistas. No caso das Relações
Públicas, muitas vezes o profissional não tem uma clareza suficiente sobre a sua identidade
nem sobre o que lhe compete no campo da comunicação. Isso traz, freqüentemente,
problemas éticos para os profissionais dessa área.
Desse modo, para uma sadia reflexão ética, torna-se imprescindível que se estabeleça e
se defina o campo específico das Relações Públicas em contraste com a informação e a
publicidade. Somente depois disso se pode realizar uma avaliação ética adequada. Afirma
Blazquez que o conceito de relações públicas é relativamente recente e é confundido, às
vezes, com imprensa publicitária e propaganda. Nos países industrializados, as relações
públicas são associadas imediatamente ao marketing e à propaganda comercial. Um primeiro
passo para a distinção é olhar o que todas têm em comum. Todas são processos de
comunicação. Cada uma delas, a seu modo, são atividades comunicativas, com um
destinatário comum: o grande público. Para atingir a esse público, utilizam-se dos grandes
meios. Na sociedade, qualquer coletivo pode estar interessado em dar-se a conhecer através da
informação publicitária, propagandística ou de relações públicas. Essa informação custa
dinheiro e procura, de certa forma, atingir
A ÉTICA DA INFORMAÇÃO
Na controvérsia entre ser, fala e escrita, Platão na figura de Sócrates evoca a ágora
como o lugar da filosofia e da pluralidade de opiniões. A verdade, o poder e o desejo são o
resultado de uma retórica da fala prédeterminada, que apela ao mundo das ideias opondo-se à
natureza sensível da escrita. Nos diálogos platónicos, Sócrates procura descobrir a verdade
através do método dialéctico. A escrita possui uma duplicidade: ela é um meio caminho, nem
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puramente falsidade (simula uma ausência de fala), nem puramente verdade (só a fala aspira à
verdade através do logos). Em Platão, os media são a caverna tecnológica, da qual devemos
sair para procurar a claridade da razão.
Pigeat (apud Prodhomme, 1999: 16) identifica a ética da informação com a ética dos
media, "ela consiste no objecto de pesquisas e de definições, sem dúvida na qualidade de uma
teoria dos media em vias de ser feita". Nas teses de Cornu (1994), a ética da informação não é
somente a ética do jornalismo informativo. Ela inclui também os media e o público que lê,
escuta ou vê os jornalistas. Estes últimos ocupam um lugar estratégico: são eles que
contactam com as fontes de informação sendo chamados a elaborar a estória (story) dos
acontecimentos e a repensar a sua conduta profissional numa sociedade que reclama valores
éticos, morais e deontológicos.
Segundo Höffe (apud Prodhomme, 1999: 18-19) a ética da informação constitui "uma
reflexão sobre os abusos cometidos pelos regimes de ditadura, posteriormente ocupou-se das
condições de realização do ideal de liberdade de imprensa (...) em seguida, na reacção ao
liberalismo extremo em matéria de informação, ela inquieta-se face à responsabilidade dos
meios de informação e dos jornalistas, sublinhando uma deontologia em matéria de
informação que abordaria não apenas os problemas particulares da informação, mas também a
totalidade do processo".
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Neste sentido, Prodhomme (1999: 19) assinala a "necessidade de elaborar uma ética da
informação que poderíamos qualificar de totalizante e global, isto é, aplicada ao conjunto dos
actores do sistema mediático, receptor incluído, devido ao jogo da informação que
compromete cada indivíduo". No entanto, torna-se imprescindível colocar uma questão:
Como é que a ética da informação se poderá tornar global "devido ao jogo da informação que
compromete cada indivíduo", se o seu objecto de estudo é estritamente a informação e não a
comunicação global? Uma ética da informação, que inclua apenas os media, os jornalistas
(enquanto agentes do jornalismo informativo) e o próprio público nunca poderá ser totalizante
já que não compreende a globalidade do processo comunicacional. Deste modo, a existência
de condições mínimas de globalidade na ética da informação, numa perspectiva sociológica e
comunicacional, terá de incluir necessariamente as acções de relações públicas (em particular
a assessoria de Imprensa) operadas por quadros estatais, corporativos, religiosos e sindicais.
De facto, quando um assessor de Imprensa3 de qualquer instituição envia para os media um
comunicado, convoca os jornalistas para uma conferência de Imprensa, fornece dossiers de
Imprensa aos jornalistas e mesmo quando elabora uma publi-reportagem, com intuitos de
mera divulgação não-publicitária, está a participar no processo de informação.
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CONCLUSÃO
A informação, por sua vez, é a pura e simples relação de fatos em todos os domínios,
reduzindo-se, ao mínimo, os resíduos de subjetivismo inerente a todo testemunho. A partir
deste esclarecimento, podemos apontar as exigências éticas da publicidade e da propaganda.
Estas são fundamentais, inclusive, para a boa realização profissional do jornalista, visto que
este, muitas vezes, se depara com dilemas advindos da publicidade e propaganda.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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