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Catarina Damião

Dionisio Alberto César

Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilidades de Quimica

Trabalho da Botanica Geral

A Flor

Universidade Rovuma

Extensão de Cabo Delgado

2022
Catarina Damião
Dionisio Alberto César

Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilidades de Química

Trabalho de caracter avaliativo a ser


entregue no Departamento de Ciencias
Naturais, Enginharia e Tecnologia e
Matematica, na Cadeira de BG, Curso de
Biologia 1º Ano, orientado pelo docente
da Cadeira.

Docente: MSC Esperança Da Fatima Omar

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2022
Índice
Introdução..........................................................................................................................4

O conceito da flor..............................................................................................................5

Partes da flor......................................................................................................................5

Funções das flores.............................................................................................................8

Tipos de flores...................................................................................................................9

Classificação quanto ao sexo.............................................................................................9

Presença dos elementos florais..........................................................................................9

Conclusão........................................................................................................................11

Referências Bibliográficas...............................................................................................12
Introdução
As angiospermas apresentam um conjunto de características reprodutivas reunidas em
uma estrutura exclusiva, a flor. A evolução da flor foi seguramente um dos principais
fatores que determinaram o sucesso e a grande diversidade das Angiospermas. Portanto,
o estudo da estrutura e evolução da flor é importante na filogenia e classificação deste
grupo de plantas.

A flor é uma estrutura envolvida na reprodução e que está presente em plantas


angiospermas. É formada por estruturas foliares modificadas chamadas antófilas e a sua
presença é um dos factores que caracteriza esse grupo de plantas, também chamadas de
fanerógamas ou espermatófitas.

A flor é uma estrutura complexa, e conservada evolutivamente, embora apresente


diversidade na morfologia e fisiologia entre as espécies.

A flor é uma estrutura exclusiva das angiospermas. Elas podem ser definidas como


ramos altamente modificados que apresentam como função garantir a reprodução do
vegetal. Além de produzir os gametas, as flores têm estruturas que garantem a atração
de polinizadores. Pétalas coloridas e a presença de néctar, por exemplo, fazem com que
determinadas espécies de animais visitem-nas e garantem a polinização cruzada.
O conceito da flor
A flor é um ramo altamente modificado presente exclusivamente nas angiospermas e
que apresenta estruturas nas quais os gametas masculinos e femininos do vegetal são
produzidos.

As flores garantem a atração de polinizadores, compensando a falta de mobilidade do


vegetal e garantindo a polinização cruzada, ou seja, que o pólen de um indivíduo seja
levado até a parte feminina de outro indivíduo de mesma espécie, promovendo
maior variabilidade genética. Dentre as características das flores que promovem a
atração de polinizadores, podemos citar a grande quantidade de néctar de algumas
espécies e a coloração das pétalas de outras.

As flores exercem um papel importante na atração de polinizadores.


Entretanto, vale salientar que nem todas atraem animais polinizadores, como as
flores de plantas polinizadas pelo vento e pela água. Apesar de não atraírem animais,
elas são altamente especializadas e também permitem a polinização cruzada. As plantas
polinizadas pelo vento, por exemplo, liberam grande quantidade de pólen não aderente e
possuem estigmas bem desenvolvidos.

Partes da flor
As flores podem apresentar até quatro verticilos florais, sendo dois de proteção e dois
férteis. Os verticilos de proteção (partes estéreis) são as sépalas e as pétalas, enquanto
os verticilos férteis (reprodutivos) são os estames e carpelos.
Consideramos uma flor como completa quando os quatro verticilos estão presentes
e incompleta quando um ou mais deles estão ausentes. Os verticilos florais estão
inseridos no receptáculo, e as flores são sustentadas por uma haste
denominada pedicelo.

Conheça mais sobre os verticilos florais a seguir:

 Sépalas: são folhas estéreis que, em geral, apresentam coloração verde. Sua
função é garantir a proteção das outras partes da flor no botão floral. O conjunto
de sépalas forma um cálice.
 Pétalas: são folhas estéreis e que, geralmente, são vistosas, possuindo diferentes
colorações. As pétalas são responsáveis por garantir a atração de polinizadores.
Ao conjunto de pétalas dá-se o nome de corola. O cálice e a corola formam,
juntos, o chamado perianto.

Observe as principais partes de uma flor.


 Estames: são folhas férteis masculinas. Apresentam uma haste denominada
filete, a qual possui, na sua extremidade, a antera, que contém os sacos
polínicos, nos quais o pólen é produzido. Entre o filete e a antera, está o
conectivo, que, normalmente, é pouco perceptível. Em algumas flores, o filete
está ausente e o estame é denominado séssil. Ao conjunto de estames, dá-se o
nome de androceu.
 Carpelos: são as folhas férteis femininas que portam os óvulos. A flor pode
apresentar um ou mais carpelos, os quais podem estar fusionados ou
individualizados. O carpelo individual ou o conjunto de carpelos fusionados é
denominado pistilo. Vale destacar que pistilo é o nome dado à unidade
morfológica, enquanto carpelo refere-se à unidade funcional. O conjunto de
pistilos forma o gineceu. Os carpelos podem ser diferenciados em três
partes: estigma, estilete e ovário — no estigma o pólen é depositado, pelo
estilete o tubo polínico cresce, e no ovário estão os óvulos. Quando os carpelos
estão fusionados, verificamos a presença de câmaras que contêm os óvulos,
denominadas lóculos. Vale destacar que os frutos são formados pelo
desenvolvimento do ovário e que a semente origina-se do óvulo após a
ocorrência da fecundação.

As flores que apresentam estames e carpelos são chamadas de perfeitas, enquanto


aquelas que apresentam apenas estames ou carpelos são chamadas
de imperfeitas. Quando possuem só estames, são chamadas de estaminadas, e, quando
possuem só carpelos, são chamadas de carpeladas. As plantas que possuem flores
estaminadas e carpeladas no mesmo indivíduo são chamadas de monoicas. Quando as
flores estaminadas estão em um indivíduo, e as carpeladas, em outro, dizemos que
são dioicas.
Quando olhamos o girassol, não estamos vendo uma flor única e sim um agregado de
flores.
Em muitas espécies de angiospermas, as flores não estão isoladas, apresentando-se em
agregados denominados inflorescência. Existem diferentes tipos de inflorescência,
sendo alguns: a espádice, o amentilho, o capítulo (foto), o corimbo, a umbela, o
glomérulo e o fascículo. Caso queira aprofundar-se no tema deste tópico,
leia: Inflorescências.

Funções das flores


A função primordial das flores é a produção de sementes para a formação de novas
plantas, garantindo a sobrevivência das espécies.

Assim, a flor é responsável pela reprodução das plantas. Para isso, elas são formadas
por folhas modificadas, geralmente de cores atrativas e formatos diferenciados para
atrair os seus polinizadores.

A flor é a estrutura responsável pela reprodução das plantas angiospermas.

É por meio da reprodução que novas plantas são originadas, assegurando a manutenção
dos ecossistemas.
Gineceu

O conjunto de carpelos é denominado de gineceu, a parte feminina da flor.

O gineceu é formado por carpelos, pistilo, estigma, estilete e ovário. Dentro do ovário
estão os gametas femininos da planta.

O estigma é a porção que recebe o grão de pólen e através do estilete liga-se ao ovário.
Já o ovário é a parte que vai se transformar em fruto.

O fruto é resultado do desenvolvimento do ovário, enquanto a semente representa o


desenvolvimento do óvulo depois da fecundação.

Androceu

O conjunto de estames é denominado de androceu, a parte masculina da flor. O


androceu é formado pelos estames, antera e filete.

Os estames são formados pela antera e filete. O filete corresponde a uma haste longa e
fina, onde em sua extremidade encontra-se a antera, responsável pela produção do
pólen.

Tipos de flores

Classificação quanto ao sexo

 Hermafroditas ou monoicas: são as flores que apresentam os órgãos reprodutores


masculino e feminino na mesma flor. A maioria das angiospermas são hermafroditas,
como exemplo podemos citar a tulipa.
 Dioicas: são as flores que apresentam os órgãos reprodutores masculino ou feminino
de formas separadas. Como exemplo podemos citar o mamoeiro.

Presença dos elementos florais

 Flores completas: são as flores que apresentam todos os elementos florais: cálice,
corola, androceu e gineceu. A rosa é um exemplo de flor completa.
 Flores incompletas: são as flores com a ausência de algum dos elementos florais. A
begônia é um exemplo de flor incompleta, pois ela possui uma estame ou um pistilo,
mas não ambos.

Conclusão
A flor é uma das partes mais importantes da planta por diversos motivos. Dentre eles
destaca-se o fato da mesma ser a sede da reprodução sexuada, responsável por garantir a
perpetuação da espécie, apresentando para isso diferentes estratégias em relação à
apresentação de seus elementos estruturais.

Destaca-se também que pelo fato de existir uma diversidade morfológica muito grande
em relação à apresentação destas estruturas reprodutivas, a flor e inflorescência
(conjunto de flores) fornecem diversos caracteres morfológicos importantes para
identificação de famílias, gêneros e espécies de plantas.

A flor das Orchidaceae é um bom exemplo disso. Pela presença, nas flores desta
família, de uma pétala distinta das demais (labelo) torna-se fácil o seu reconhecimento.
Apesar de existirem exceções para estes padrões, é fácil reconhecer as flores trímeras
das Monocotiledôneas em geral e as tetrâmeras e pentâmeras das Eudicotiledôneas.
Apesar das variações morfológicas citadas, as flores apresentam alguns caracteres fixos
que possibilitam o seu reconhecimento e associação com o grupo botânico a que
pertencem. A forma e a atratividade ou não dos caracteres florais estão intimamente
relacionados com o tipo de polinização que a espécie apresenta.

Referências Bibliográficas
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Ediciones Omega S.A.

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