Intolerância Religiosa como racismo pela negação do diferente
Lucas de Luca Pereira Matias 1, Fábio Amorim Oliveira1
1
Escola Estadual José Maria Hugo Rodrigues – Campo Grande -MS
deluccal33@gmail.com, professorfabiofilosofia@gmail.com
Área/Subárea: CHSAL/Sociologia
Palavras-chave: Religião, Matrizes Africanas, Intolerância.
Introdução
O objetivo do trabalho é evidenciar que a falta de
conhecimento histórico segundo o autor Sidnei Nogueira,
em seu livro “Intolerância Religiosa”, conduz à intolerância,
consequentemente ao racismo e preconceito. Com base
nisso, o presente estudo mostra como ainda é e vigente, em
pleno século XXI, com alunos do Ensino Médio ainda se
mostrando pouco conhecedores e instruídos sobre a
importância de compreender historicamente como é
fundamental o respeito a outras culturas e suas práticas,
porque cada cultura e sujeitos estão entrelaçados com sua
crença, sua música, enfim, a sua religião. E negar a cultura é
negar esses sujeitos.
Metodologia
A metodologia consiste na análise de conteúdo da Laurence
Bardin, 2016, "Análise de Conteúdo", assim, Bardin
permitiu partir de uma pré-análise, observação do aluno
sobre o fenômeno ocorrido em sala de aula, a exploração do
material que consistiu na forma de pesquisa qualitativa por
meio de formulário de preenchimento e, por último, o
tratamento dos resultados contendo inferências e
interpretação entre os dados levantados com a fala do autor
de base para evidenciar o fenômeno da intolerância e suas
razões.
Resultados e Análise
O estudo se fundamentou com base na pesquisa qualitativa,
feita em três turmas do Ensino Médio em uma Escola
Pública Estadual de Campo Grande, M.S do Período
Matutino, nos dias 8 de setembro de 2022. Sendo assim,
temos que, a turma do 1º Ano do Ensino Médio, constitui-se
a participação apenas de meninas, sendo essas da faixa
etária entre 15 e 17, sendo todas as entrevistadas cristãs e
duas não entrevistadas sem crença. Dessas Entrevistadas 9
que se contradizem entre aceitar, não tendo nenhuma
totalmente intolerante e 5 aceitam bem culturas diferentes. 7
tem conhecimento histórico e 7 não tem conhecimento
histórico. 6 brancas, 1 uma negra e 6 pardas e 1 outra
(amarela).
Tipo de Pesquisa: (Científica)
Adiante temos que, a turma do 2º Ano do Ensino Médio,
constitui-se a participação de aluno sexo masculino,
feminino e outros. Os do sexo masculino, sendo esses da
faixa etária de 16 anos, a maioria dos entrevistados são
cristãos e 1 um sem crença definida. Desses entrevistados, 3
se contradizem entre aceitar ou não, não tendo nenhum
totalmente intolerante e 1 aceita bem culturas diferentes. 1
tem conhecimento histórico e 3 não tem conhecimento
histórico. 2 brancos, 1 uma negra e 1 pardo.
Na sequência, a turma do 2º Ano do Ensino Médio,
constitui-se a participação de alunos do sexo feminino,
sendo essas da faixa etária de 16 anos, sendo todas cristãs.
Das Entrevistadas, 1 que se contradisse entre aceitar e no
correu nenhuma totalmente intolerante, mas 2 aceitam
culturas diferentes. 2 tem conhecimento histórico e 1 não
tem conhecimento histórico. 1 branca, e 2 pardas.
Em continuidade de análise, temos que, a turma do 3º Ano
do Ensino Médio, constitui-se a participação de alunos do
sexo feminino, masculino e outros. Os do sexo masculino,
sendo esses da faixa etária entre 15-17 anos, sendo a maioria
entre eles cristãos e um não cristão. Desses Entrevistados, 6
se contradizem entre aceitar ou não, não tendo nenhum
totalmente intolerante e 1 aceita bem culturas diferentes. 2
tem conhecimento histórico e 5 não tem conhecimento
histórico. 4 brancos, 2 pardos e 1 negro.
Considerações Finais
Nogueira define intolerância como "um conjunto de
ideologias e atitudes ofensivas as crenças, rituais e práticas
religiosas consideradas não hegemônicas. Práticas, estas,
que somadas a falta de habilidade ou à vontade em
reconhecer e respeitar diferentes crenças de terreiros, podem
ser consideradas crimes de ódio que ferem a liberdade e a
dignidade humana" (NOGUEIRA, 2019). Assim, com base
na pesquisa, evidenciou-se grandemente a quantidade de
alunos que demonstram falta de conhecimento histórico,
além o fato que a maioria são, brancos sendo em sua grande
parte devotos de uma religião cristã, entre as idades de 15 à
19 anos e a maioria, mulheres, assim se evidencia a
definição de nogueira ao contrastar com os dados da
pesquisa.
Agradecimentos

Aos meus pais por sempre me apoiarem e me inspirarem a

sempre ser uma pessoa melhor no contexto social em que eu
estou e estarei inserido; quero agradecer também ao meu
orientador (professor Fabio) por me apresentar esse vasto
mundo das pesquisas e projetos científicos, e por me
orientado até aqui.

Referências
[1]. ALMEIDA, S. Racismo estrutural. São Paulo: Pólen,
2019.
[2]. RIBEIRO, Djamila. Lugar de fala / Djamila Ribeiro. --
São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen, 2019.
[3]. NOGUEIRA, Sidnei. (2020), Intolerância religiosa.
São Paulo: Pólen, 2019.
[4]. BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. São Paulo:
Edições, 2016.

TITLE IN ENGLISH
Abstract: Religious intolerance as racism by the denial of
the different
Keywords: Religion, African matrices, intolerance