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ANNUARIO
DA

E S C O L A M E D I C O - C I R U R G I C A

DO

PORTO

IV
ANNUARIO
DA

Escola Medico-Cirurgica
DO

PORTO
COORDENADO SOU A DJRECÇÀO DO

Prof. T H I A G O D'ALMEIDA
Lenle cathedratico o Secretario da mesma Escola

ANNO LECTIVO DE 1909-1910

POKÏO
Typ. a vapor da Encyclopedia Portugueza lllustrada*
Kaa Rainha O. Amelia, 47 a 4'J

1910
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Dr. Illidio do Valle

Do professor que occupou com brilho uma cadeira


da Escola Medico-Cirurgica do Porto, do orador que na
tribuna parlamentar toi ouvido com acatamento e respeito,
do funccionario exemplar e escrupuloso não resta hoje
mais do que uma lembrança fugidia. Importa rememorar
os seus serviços e pagar-lhe um tributo de saudade.
Cominovido o laço, que lhe devi provas d'estima e de
consideração.
Illidio do Valle era natural de Valença do Minho, onde
nasceu em 11 de dezembro de 1841, sendo lilho de Do-
mingos Antonio Pereira do Valle e I). Hosa Pereira do
Valle. Em terra de militares, então mais ainda que hoje,
e em epocha precursora de luctas que teriam por theatro
o Minho, os pães não se deixaram seduzir pelo esplendor
da farda e destinaram-n'o a uma carreira litteraria. Em
1850-1857 matriculou-se na Academia Polytechnica do
Porto e fez o curso preparatório para a Escola Medico?
Cirúrgica, que depois seguiu com grande aproveitamento,
sendo premiado em todos os annos e obtendo na defeza
da these approvação com louvor, distincção que até áquella
epocha não fora concedida a estudante algum. Não era
então obrigatória a impressão d'estes escriptos, mas o de
VI E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

Illiclio do Valle foi estampado. Intitula-se: Ensaio medico-


philosophico. Considerações geraes sobre o valor clinico da
anatomia pathologica. Muito envelhecem trabalhos d'esles,
mas, na dissertação a que nos referimos, a nitidez, clareza
e brilho d'expressâo evidenciam bem as qualidades que
haviam de salientar o auctor e que devemos crer mani-
festara já nos bancos das escolas.
Quanto ;í doutrina, se hoje nos parece axiomática,
não o era ao tempo, e afíirmar que o «estudo combinado
da anatomia e da physiologia pathologicas, e a sua compa-
ração com as noções do estado hygido, deve fazer sobre-
sahir cada vez mais as relações d'estas duas partes da
sciencia do aggregado humano; o empirismo clinico, esta
grande lacuna da medicina, irá então cedendo o passo a
uma pratica racional, esclarecida pelo conhecimento das
leis vilães, e cada vez mais se approximará da realisação
este supremo ideal da therapeutica», era proclamar uma
verdade ainda discutida, quando a patbologia era povoada
de entidades metaphysicas e imaginarias, (ilhas d'uni vita-
lismo moribundo.
Cheio de louros, voltou o moço clinico á sua terra
natal, onde obteve o partido da camará e do Hospital da
Misericórdia. Era modestíssimo theatro para as suas apíi-
dões.
Assim o comprehends lllidio do Vallo, e em 1868,
acbando-se vaga uma cadeira na secção cirúrgica do esta-
belecimento em que fora alumuo laureado, apresentou-se
ao respectivo concurso. Então publicou a sua dissertação
subordinada ao titulo de Um capitulo de pathologia geral.
A diathese. As mesmas qualidades que manifestara na these
inaugural se accentuam n'este livro, que em ultima analyse
não é mais do que uma exposição das doutrinas de
Chauffard, de que ainda se lembrarão porventura os me-
dicos da minha edade e com mais razão os anteriores.
0 concurso foi o que havia a esperar do illustre medico
Dr. I U i d i o do V a l l e \n

e em 21 de julho d'esse anno era nomeado demonstrador


da secção cirúrgica, sendo pouco depois, a 2 de dezembro,
promovido a substituto. No anno immediate», por decreto de
22 de dezembro, era nomeado lente proprietário da 4.a ca-
deira, Pathologia geral e externa, que regeu até 187(i.
Na cadeira de professor, o dr. Illidio do Valle revelou
excellentes qualidades de exposição e critica. Espirito
muito lúcido, de uma grande Iluencia de palavra, as suas
prelecções impunham-se á attenção dos alumnos, que logo
o começaram a estimar pelo seu caracter bondoso e pelo
seu grande espirito de justiça, e a considerar pelo seu ta-
lento e sciencia. A sua palavra serena e lluida, por vezes
animada e viva, tinha um grande poder de suggestão que
no animo dos alumnos-calava e persuadia.
Pouco depois da sua entrada no professorado, em
1872, era Illidio do Valle nomeado medico do Hospital de
Santo Antonio, começando logo a desempenhar as suas
novas funeções.
No oxercicio dos dois cargos, de professor e de clinico
do Hospital, encontraria elle meio de exercer a sua activi-
dade e illustrai- o seu nome. A politica veiu seduzil-o com
gloriolas fúteis, e elle deixou-se arrastar.
Em 1874: foi eleito deputado da nação pelo circulo
oriental do Porto, para a legislatura de 1875-1878 em
opposiçao a Rodrigues de Freitas. Cedo, porém, reconhe-
ceu a depressão moral do parlamento, reflexo do abati-
mento do paiz, retalhado em facções que se agitavam não
em torno de ideias e convicções, mas em favor de interes-
ses e caprichos pessoaes. Apesar d'isso, ou para luetar com
esse meio asphyxiante, trabalhou assiduamente em refor-
mas da instrucção publica, e tomou parte nas discussões
que se travaram sobre o accordo com a Companhia dos
Caminhos de Ferro Portuguezes, sobre a oonstruoção da
ponte D. Maria Pia, sobre a do edilicio para a Escola Me-
dico-Cirurgica do Porto, sobre o projecto do Caminho de
VIU Escola Medico-Cirurgica do Porto

Ferro da Beira Alta e Beira Baixa, sobre os direitos d'ex-


portação d'assucar, direitos d'exportaçao dos vinhos do
Douro pela barra do Porto, crise bancaria de 1876, etc
Parecia que, desgostoso corn a marcha dos negócios
públicos, não volveria Illidio ao parlamento. Afeiçoara-se,
porém, ao grande jornalista liberal Antonio Bodrigues Sam-
paio e este não podia dispensal-o na collaboração da refor-
ma de inslrucção publica que projectava. Por isso o vemos
em 1881 novamente eleito simultaneamente por Valença e
Guimarães, optando pelo primeiro d'esles dois círculos, por
ser o da sua naturalidade.
Kscolheu-o a camará para membro da Commissão de
instrucção primaria e secundaria, de que foi presidente, na
sessão de 25 de janeiro de 1882, e da de saúde publica na
sessão de 4 de fevereiro do mesmo anno.
Fallecido Sampaio, succedeu-lhe Thomaz Bibeiro, e
illidio continuou a prestar-lhe o seu concurso, resultando
da sua collaboração um novo projecto de reforma da ins-
trucção secundaria, geral e especial, que foi apresentado-
em sessão de 29 de março de 1882.
O projecto não chegou a ser discutido n'esse anno e
só na sessão immediata o foi, embora licasse dependente
da approvação da camará dos pares. Attenta a urgência,
apenas se votou a lei de 22 de maio de 1883, auctorizando
o governo a regular o pagamento das propinas, a organi-
zação dos juris d'exame e os exames por disciplinas.
Dizia-se no relatório respectivo:

«A organização dos estudos públicos é uma questão


sempre viva, e que nunca em nenhum paiz poderá chegar
a ser definitiva e acabada. A humanidade está excitada por
uma verdadeira febre de saber. Cada novo descobrimento
exige novas escolas, novos instrumentos ou a transforma-
ção das antigas escolas, dos antigos instrumentos, dos an-
tigos methodos. De modo que a obrigação dos poderes
Dr. Illidio do Valle IX

públicos não é fazer organizações para séculos, é ir aper-


feiçoando os seus institutos e os seus methodos á propor-
ção das exigências do progresso. É por isso qué em todos
os paizes cultos estão sempre na tela do debate estas
questões vitaes da instrucção publica... Se perguntarmos
a nós mesmos por que motivos certas nações fazem mais
progressos do que outras, a pYimeira resposta que nós
devemos dar é «porque ellas sabem mais.*

Os intuitos do legislador eram assim delinidos:

«Trabalhou o governo por tornar a instrucção secun-


daria mais pratica, sem prejudicar as lettras; mais fácil,
sem prejudicar a sciencia; mais bem dotada sem prejudi-
car o thesouro.»

De facto a reforma não modificava fundamentalmente


o regimen anterior. O que fazia era, para facilitar a instru-
cção, limitar as dependências de frequência e exames a
certos grupos e classes.
Mais importante se nos afigura a extensão dada ao
ensino technico, creando-se escolas industriaes, a expensas
do Estado, em Guimarães, Covilhã e Portalegre. Esta parte
essencial do projecto obteve prompta realisaçâo.
Durante estes annos, em que só de passagem e a in-
tervallos residiu no Porto, a sua carreira de professor
resentiu-se naturalmente da intermittencia com que exer-
ceu o cargo. Em 1876 transitou para a cadeira de Patho-
logia geral, que havia sido separada da de Patbologia
externa, ficando incorporada na secção medica, mas só a
regeu efectivamente no intervallo das duas legislaturas
para que fora eleito e depois que terminou o mandato.
Por muitos annos leccionou as disciplinas que constam do
programma d*esta cadeira, mas em 1895, quando se jubi-
lou o chorado professor José Carlos Lopes, Illidio, que
\ Escola Medico-Cirurgica do Porto

sempre se interessara muito pelos progressos da thera-


peutica, solicitou e obteve do Conselho a sua transferencia
para a cadeira de Materia medica, que oocupou até á ju-
bilação, que lhe foi dada a 21 de setembro de 1907.
Claro é também que durante as legislaturas de 1875-
1878 e de 1882-1884 deixou de exercer as suas funcções
de clinico do Hospital. Reassumiu-as no Intervalle» das
sessões e depois de 1884, e desempenhou algumas com-
missoes importantes que a Mesa da Misericórdia lhe con-
fiou. Foi elle o auetor dos Formulários de 1879, de 18S1
e 1887, e collaborou na parte technica do Regulamento
geral do Hospital de Santo Antonio, elaborado pelo snr.
Conde de Samodães, que ainda está parcialmente em vigor.
As reformas que este regulamento introduziu versaram
principalmente sobre a consulta, o internato, a creação dos
facultativos supplentes e extraordinários e o restabeleci-
mento do Conselho medico.
Em 1881 foi nomeado reitor do Lycéu do Porto e no
mesmo anno lente da cadeira de Physica (actualmente
5. a cadeira) do Instituto Industrial e Commercial do Porto.
O periodo de maior actividade do Dr. lllidio do Valle
foram os annos de 1885 até proximo de 1897. Heparlia-se
pelos seus différentes cargos que exerceu com zelo e assi-
duidade. Manifestava sobretudo predilecção pelo seu cargo
de reitor do Lyceu e como tal foi o executor de umas
poucas de reformas d'instrueçao secundaria e em ultimo
logar da que tem por auetor o sur. Cons.0 Jayme Moniz.
No Instituto Industrial e Commercial do Porto, também
collaborou eflicazmente para se por de pé a grande refor-
ma de Emygdio Navarro.
Nunca o illustre professor tivera uma saúde robusta
e por isso admira que pudesse dispender tamanha activi-
dade. Todavia ninguém era mais assíduo no cumprimento
dos seus deveres. A' medida que se iam sommando os
annos e aggravando os achaques, foi-se afastando dos seus
Dr. I l l i d i o do V a l l e \i

numerosos cargos. Abandonou prime'ro o seu logar no


Hospital em 1895, mas já o n5o exercia havia tempos.
A Mesa da Misericórdia, ao conceder­lhe a exoneração pe­
dida, louvou­o pela maneira como desempenhara as suas
funcções. Dois annos depois era exonerado também do
cargo de reitor do Lyceu, sendo muito elogioso o decreto
da sua exoneração. O ultimo logar que resignou foi o de
professor da Escola Medico­C irurgica, jubilando­se em,//
1907.
Illidio do Valle era socio honorário da Associação
Commercial do Porto, pelos serviços relevantes prestados
em cortes ao commercio d'esta cidade, socio honorário da
Sociedade Martins Sarmento, de Guimarães, socio corres­
pondente da Sociedade de Sciencias Medicas de Lisboa e
do I nstituto, de C oimbra.
Depois da sua jubilação, retirou­se para Valença do
Minho, contando ainda vir reger a sua cadeira do Instituto
Industrial. Desídia n'uma pequena propriedade proximo da
villa, onde passava horas contemplando as bellezas da pai­
sagem, esperando recuperar a saúde que lhe ia fugindo.
A morte de sua esposa foi um golpe profundo que lhe
amargurou a existência e lho tornou odiosa essa pequena
propriedade onde passara os momentos mais felizes da sua
vida. Regressando á villa, foi­se­lhe a esperança de melho­
ras. Um ataque de angina pectoris victimou­o a 14 de
julho de 1910.
Os modestos funeraes que se realisaram no dia se­
guinte não foram a imponente manifestação a que tinha
direito quem tanto honrara a terra que lhe fora berço. Em
compensação, assistiram a elles alguns amigos dedicados
que apreciavam bem a perda que haviam soffrido. Não
faltou a Escola Medico­C irurgica ao dever do se represen­
tar na cerimonia, encarregando­se o prof. Thiago d'Almeida
de lhe dizer o ultimo adeus, e que o fez com elevação e
brilho dizem­n'o os periódicos locaes. A Camará Municipal

■>
Xii E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

de Valença, interpretando o sentir dos seus conterrâneos,


exarou na acta um voto de sentimento pelo desappareci-
mento de uma figura tão prestigiosa.
Illidio do Valle era eflectivamente um espirito pene-
trante, de uma grande cultura. 0 seu trato era insinuante
e agradável, conciliando-lhe a estima geral. Gomo funecio-
nario era de um zelo exemplar. Gomo professor de medi-
cina ninguém lhe contestou o talento brilhante e a ex-
posição eloquente e simples, embora talvez a dispersão
da sua actividade não consentisse que dotes tão notáveis
dessem todo o frueto que d'elles havia a esperar.

MAXIMIANO LEMOS.
PESSOAL
PESSOAL

DIRECTOR I N T E R I N O

Augusto Henrique d'Almeida Brandão. — Filho de José


'I Almeida Brandão, natural de Santa Cruz do Douro, Baião,
onde nasceu a 9 de janeiro de 1847.
Diplomado pela K.scola Medico-Cirurgica do Porto, onde
concluiu o curso pela defesa da dissertação em 2(3 de julho
de 1K71.
Foi nomeado, precedendo concurso, lente demonstra-
dor da secção cirúrgica por decreto de 10 de março de
1875, tomando posse a 15 do mesmo niez, ° P01' decreto
de 19 de novembro de 1885 foi promovido a lente pro-
prietário da 10." cadeira, Anatomia pathplogica.
É membro effeclivo do Conselho medico-leyal, e foi
presidente de honra da m Secção do xv Congresso Inter-
nacional de Medicina.

DISSERTAÇÃO INAUGURAI.. — Do maravilhoso em medi-


cina (1871 ).
•J E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

DISSERTAÇÃO DE CONCUKSO. — Breves considerações so-


bre a natureza do virus syphilitica e theoria dos seus di-
versos modos de acção (1875).

Morada — Hua da Boavista, 166.

CORPO D O C E N T E

LSNTES PROPRIETÁRIOS

Augusto Henrique d'Almeida Brandão.

Cândido Augusto Correia de Pinho. — Filho do Fran-


cisco Correia de Pinho, natural de Fornos, Villa da Feira,
onde nasceu a 9 de maio de 1853.
Diplomado pela Escola Medico-Cirumica do Porto, onde
concluiu o curso pela dele-a da dissertação em 14 de julho
do 1S77.
Foi nomeado, precedendo concurso, por decreto de 27
de ahril de 1880, lente demonstrador da secção cirúrgica,
tomando posse a 14 de maio do mesmo anno. Foi promo-
vido a lente substituto dà mesma secção por decreto de
19 de novembro de 1885, e a lente proprietário da 5.a ca-
deira, Medicina operatória, por decreto de 14 de novem-
bro de 1895.
Transitou em 16 de abril de 1896 para a 6." cadeira,
Obstetrícia, por jubilação do professor Dr. Agostinho do
Souto.
Foi presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia do
Porto, e é membro adjunto do Conselho inedico-leyal, socio
Pessoal :(

correspondente da Sociedade das Sciencias Medicas de


Lisboa, e presidente do núcleo do Porto da Liga Na-
cional contra a tuberculose, tendo sido o presidente do 4."
congresso d'esta Liga,
Koi também o presidente da xin Secção (Obstetrícia e
Gynecologia) do xv Congresso Internacional do Medicina
(Lisboa, 1900).
É o actual vice-presidente da Camará Municipal do
Porto e foi agraciado com a Orã-Cruz da Conceição.

DISSERTAÇÃO INAUGURAL. — O principio da hereditarie-


dade (1877).

DlSSÉKTACÍó DB CONCURSO. — As localisações cerebraes


e a topographia cerebro-craneana sob o ponto de vista das
indicações do trépano (1880).

Murada — Travessa da Cerca — Toz.

Antonio Placido da Costa. — Filho de Raphael da Costa,


natural da Covilhã, onde nasceu a 1 de setembro de 1848.
Diplomado pela Escola Medico-Cirurgica do Porto, onde
concluiu o curso pela defesa da dissertação em 15 de julho
de 1879.
Koi nomeado, precedendo concurso, lente substituto da
secção medica por decreto de 10 de maio de 1883, to-
mando posse a 21. Por decreto de 16 de junho de 1894
foi promovido a lente proprietário da 2.? cadeira, Physio-
hgia.
Premiado pela Academia Polytechuica em 18G7 por
ter apresentado na aula de Botânica uma collecção, traba-
lho original, de preparações de histologia vegetal e animal.
Ainda quartanista do curso medico, regeu em 1878 um
4 Escola M edico-Cirurgica do Porto

curso pratico particular de Histologia, de cujos estudos


práticos foi o iniciador no Porto. Km 1884 e annos subse-
quentes abriu na Escola Medica um curso pratico de Histo-
logia, livre e gratuito, offerecido aos aluirmos da mesma
Escola. Desde dezembro de 1894 a maio de 1902 regeu o
curso Nobre de Histologia, e desde 1903 que rego o curso
elementar livre e gratuito de Ophtaltnologia, para os alu-
irmos do 4.° e 5.° annos.

DISSERTAÇÃO INAUGURAL. — Apontamentos de microlo-


gia medica (1879).

DISSERTAÇÃO DE CONCURSO. — Physiologiá do purictum


cœoum da retina humana. Estudos experimentaes (1883).

PUBLICAÇÕES MVF.Hs.vs. — Koi collaborador e redactor do


Periódico de ophtaltnologia pratica, dirigido pelo dr. Van
der Laan (Lisboa, 1880-1881). Merecem especial menção
pela sua importância os artigos :
O crgstalloeone polar anterior, descoberta d'uma ano-
malia rara do crystallino.
Novo instrumento para investigação rápida e completa
das irregularidades de curvatura da cornea, — o astigma-
toscopio. (Este instrumento está vulgarisado no estrangeiro
com a designação— « Keratoscopio do Plácidos).

Morada — Hua do Itreyner, 168.

Roberto Bellarmino do Rosário Frias.— Filho de Fran-


cisco Antonio de Frias, natural de Bardez. India portu-
gueza, onde nasceu a 5 de junho de 1853.
Diplomado pela Escola Medico-C.irurgica do Porto, onde
concluiu o curso pela defesa da dissertação em 15 de outu-
bro de 1880.
Pessoal 5

Foi nomeado, precedendo concurso, lente demonstrador


da secção cirúrgica, por decreto de '26 de maio de 1887,
tomando posse em 15 de julho do mesmo anno. Foi pro-
movido a lente substituto por decreto de 18 de abril de
1895, e a lente proprietário por decreto de 26 de maio de
1898, sendo collocado na 5.a cadeira, Medicina operatória.
Em outubro d'esle anno transitou para a propriedade da
9." cadeira, Clinica cirúrgica.
De 1882 a 1887 serviu como facultativo do quadro de
saúde da índia, desempenhando durante parte d'esté tempo
uma commissào de estudo no estrangeiro. Era facultativo
de 1.» classe quando pediu a exoneração, por ser nomeado
professor da Escola Medica do Porto. Foi nomeado lente
auxiliar das sciencias physico-chimicas do Instituto In-
dustrial e Commercial do Porto, por decreto de 4 de de-
zembro de 1890, sendo promovido a lente proprietário da
8.a cadeira, Mineralogia e (leologia, por decreto de 26 de
dezembro de 1905. E' socio correspondente da Academia
Heal das Sciencias.

DISSERTAÇÃO INAUGURAL.—0 crime. Apontamentos para


a systematisagão da criminalidade (1880).

DISSERTAÇÃO DE CONCURSO.— Sy sterna therapeutico dos


cálculos vesicaes (clhiica e critica) (1887).

PUBLICAÇÕES DIVERSAS, — A thermodynamica e a ali-


mentação do operário. Dissertação de concurso ao Insti-
tuto Industrial e Commercial do Porto (Porto, 1890).
Compendio de chimica (Porto, 1891).
Gastroenterostomia. Memoria de candidatura á Academia
Heal das Sciencias (Porto, 1905).

Morada — Aveniiiu da Boavista.


'1 Escola Medico-Cirurgica do Porto

Maximiano Augusto d'Oliveira Lemos.—Filho de Ma-


ximiano Augusto d'Oliveira Lemos, natural da Regou, onde
nasceu a 8 de agosto de 1860.
Diplomado pela Escola Medico-Cirurgica do Porto, onde
concluiu o curso pela defesa da dissertação em 10 de julho
de 1881.
Foi nomeado, precedendo concurso, lente subsLituto
da secção medica, por decreto de 4 de abril de 1889, e
tomou posse d'esté logar em 1 de maio do mesmo anno
toi promovido a lente proprietário para a l l . a cadeira,
Medicina legal, por decreto de 9 de março de 189õ. N.io
chegou a reger por então esta cadeira, mas, por decisão do
Conselho Escolar de 5 de fevereiro de-1895, licou lente da
de Pathologia geral, em que serviu até que, por decisão do
Conselho Escolar de Hl de maio de 1900, foi coliocado na
11." cadeira.
E' major-medico graduado, por decreto de 24 de de-
zembro de 1904, e como professor de Medicina legal
compete-lhe a direcção da Morgue, li' redactor dos Ar-
chives de Historia da Medicina Portuguesa e da Gazeta
dos Jlospitaes do Porto, e foi tamhem redactor da Gazeta
Medica do Porto. E' socio etlectivo da Sociedade de medi-
cina e cirurgia do Porto, de que foi presidente, socio cor-
respondente da Academia Real das Sciencias, da Sociedade
das Sciencias Medicas de Lisboa, da Sociedade portugueza
de Sciencias naturaes, da Sociedade de medicina e cirurgia
da Bahia e da Sociedade allemã de historia da medicina
e das sciencias naturaes, de Leipzig.

DISSERTAÇÃO INAUGURAL.— A medicina em Portugal até


ao fim do século XVIII (tentativa histórica) (Porto, Im-
prensa Commercial, 1881).

DISSERTAÇÃO DE CONCURSO.— O problema da immuni-


Pessoal 7

(lade da tuberculose (Porto, Typographia do Arthur .lose de


Souza & Irmão, 1889).

PUBLICAÇÕES DIVERSAS. — Lições sobre a tuberculose. O


contagio e sua prophylaxia, in «Medicina Contemporânea»
de 1883,
Medicina portugueza. As cruzadas. In «Medicina Con-
temporânea» de 1884.
Medicina portugueza. O Hospital Real de Todos qs
Santos. In «Medicina Contemporânea» de 1880.
Annuario dos progressos da medicina em Portugal:
l.° anuo, 1883; Porto 1884.
2.° anuo, 1884; Porto, 1885,
3.° anuo, 1885; Porto, 1886.
O professor José Carlos Lopes (Porto, Typographia de
Arthur José de Souza & Irmão, 1895).
O professor José d'Andrade Gramado (Porto, Typogra-
phia de Arthur .losé de Souza 6: Irmão, 1897).
Historia da medirina em Portugal. Doutrinas e insti-
tuições (Lisboa, Manoel Gomes, editor, 1S99). 2 vo-
lumes.
Amato Lusitano — A sua rida e a sua obra (Porto,
Eduardo Tavares Martins, editor, 1907).
Zacuto Lusitano —A sua rida e a sua obra (PorJLO,
Eduardo Tavares Martins, editor, 1909).

.1/0)7((/(1 — Avenida Campos Henriques — Gaya.

Jo3o Lopes da Silva Martins Junior. — Filho dô João


Lopes, da Silva Martins, natural do Porto, onde nasceu a
9 de dezembro de 1866.
S Escola Medico-Cirurgica do Porto

Diplomado pela Kscola Medico-Cirurgica do Poito, onde


concluiu o curso pela defesa da dissertação em 10 de de-
zembro de 1888.
Foi nomeado, precedendo concurso, por decreto de 14
de junho de 1895, lente substituto da secção medica, to-
mando posso a 2G do mesmo mez. Por decreto do 5 de
julho de 1ÍKX) foi promovido a lente proprietário, sendo
collocado na 13. a cadeira, Hygiene, creada pelo desdobra-
mento da antiga cadeira de Hygiene e Medicina legal. Re-
geu como substituto esta ultima cadeiia, e as de Materia
Medica, Pathologia inferna e Clinica Medina, tendo sido
sob a sua superintendência e quando regia a 11." cadeira,
que se installaram no Porto os novos serviços medico-
forenses (189!)), tendo sido assim o 1." director da Mor-
gue d'esta circumscripção medico-legal. Na sua promoção
a cathedratico, foi collocado, a seu desejo, na nova cadeira
de Hygiene publica, creada por aquelle desdobramento, por
decreto de 5 de abril de 1900. Regeu também nos annos
lectivos 1895 Q 1900. 1908 a 1906, 1907 á 1910 o Curso
auxiliar de Propedêutica medica, e, de 1895 a 1898, fez a
regência gratuita d'uni curso de Sevropathologia e Psi/-
rhiatria. Fundou na Escola, desde 1903, como annexo á
sua cadeira, o Mitzeu de hygiene, que dirige.
É director do Curso de Medicina Sanitaria do Porto e
do Observatório Meteorológico da Escola Medico-Cirurgica,
presidente da Junta districtal de hygiene do Porto, membro
do Conselho Superior de Hygiene Publica do reino, capitâo-
medico do exercito, modico-honororio da Heal Gamara, so-
cio correspondente da Academia lieal das Sciencias, da So-
ciedade das Sciencias Medicas e da Sociedade de Geographia
de Lisboa, membro da Sociedade Allemã de Hygiene publica
de Berlim, da Sociedade Medico-psychologica de Paris e da
Sociedade Medica de Athenas, membro titular da Sociedade
Imperial de Zoologia e Botânica de Vienna de Austria,
membro honorário do Instituto Real Sanitário de Londres.
Pessoal '.I

É cavalleiro e ofticial da Ordem de S. TbiagO, cavalleiro da


Ordem Militar de Aviz, tem a medalha militar de compor­
tamento exemplar, a C ruz de l. a classe do Mérito Militar de
Hespanha, a medalha d'oiro da C ruz Vermelha de Hespa­
nha e a C ruz­insignia da Sociedade franceza de Soccorros
aos feridos militares dos Exércitos de terra e mar. Foi de­
legado official do Governo e presidente d'honra das Secções
de Bacteriologia <■ Epidemiologia e de Hygiene militar no
Congresso Internacional de Hygiene c Deniographia de Buda­
Pesth (1894), director dos serviços sanitários na fronteira
de Barca d'Alva na epidemia de cholera­morbus de 1892­
189';}, e inspector geral dos serviços de desinfecção ferro­
viários do Porto, na epidemia de poste de 1899­1900.
Presidente da Secção Bacteriológica da C ommissão no­
meada pelo Ministério do Reino, em 1904, para a regula­
mentação do serviço de (iscalisação dos géneros alimentí­
cios, installação de laboratórios regionaes e programmati­
saçfio do respectivo ensino technico, foi vice­presidente da
Secção de Epidemiologia do 15." Congresso internacional
de Medicina de Lisboa em 190(), membro do C omité
d'honra do 4." Congresso da Liga Nacional contra a tu­
berculose (Porto, 1907), membro do Comité portuguez d'or­
ganisação do Congresso internacional de líygiene e Demogra­
phia dè Berlim (1907), membro honorário do Congresso
internacional de Physiotherapia <lc Paris em 1908.
Foi vereador da C amará Municipal do Porto no qua­
driennio 1903­1906, dirigindo os pelouros de Instrucção o
Hygiene.

DISSERTAÇÃO INAUGURAL.—A Hysteria e as suas locali­


zações motrizes (Porto, 1888).

DISSERTAÇÃO DE coNC UUso. — Os epilépticos em medi­


cina legal (Porto, 1895).
1(1 E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

PuBlïTCAyOES DIVERSAS. — Beobachtungeii iiber abnorme


A/ltniiiinin-ni/ioii (Basilêa, 1889).
L'épidémie de cholerine à Insboiine m 1Q94.
Les services de prophylaxie internationale et locale en
Portugal contre les maladies contagieuses.
La constitution géologique du sol dans ses rapports
aveu le développement et la prophylaxie du paludisme (Gom-
municações ao 8.° Congr. Intern, do Hygiene o Demogr.
do Buda-Pesth de 1894).
O Congresso Internacional de Hygiene e Demographia
em Bnda-Pesth (Relatório official ao Governo portuguez.
Lisboa, 1897).
Orientações noras em Biologia (Oração inaugural do
anno lectivo de 1904-1905, na Escola Medico-Cirurgica do
Porto - Porto, 1904).

Murada - Rua da Rainha, 888.

Alberto Pereira Pinto d'Aguiar. — Filho de I). Anua


Emilia d'Aguiar, natural do Porto, onde nasceu a 22 de
setembro de 1868.
Diplomado pela Escola Medico-Cirurgica do Porto, onde
concluiu o curso pela defesa da dissertação em 22 de de-
zembro de 1892.
Foi nomeado, precedendo concurso, lente substituto da
secção medica por decreto de 18 de junho de 1896, to-
mando posse no dia 25 do mesmo mez, e promovido a
lente proprietário da 12.a cadeira, Pathologia geral, por
decreto de 5 de julho de 1900.
É professor da 5." cadeira, Chimica pharmaceutica, da
Escola Superior de Pharmacia, diplomado em philosophia
pela Academia Polytechnica e em pharmacia pela Escola
Pessoal II

de Pharmacia do Porto, socio da Sociedade de Med ici na e


Cirurgia do Porto, da Sociedade Cliimico-Pharmaceutica
do Porto, da Sociedade Vortugueza de Sciencias Naturaes,
da Sociedade Chimica de Franca, da Real Academia de
Medicina e Cirurgia de Madrid e socio correspondente da
Academia Ileal das Sciencias de Lisboa. É director e colla-
borador da Hevista de chimica pura e applicada.

DISSERTAÇÃO INAUGURAL. — As leucoma'inas urinarias.


Toxicidade urinaria (Porto, 1892).

DISSERTAÇÃO DE CONCURSO. — Cellula hepática e crase


urinaria (Porto, 1896).

PUBLICAÇÕES DIVERSAS.— Questões de urologia (Porto,


1903).
Technica urológica (Dissertação tie concurso á Escola
Superior de Pharmacia — Porto, 1903).
Influencia da chimica em medicina (Oração inaugural
do anno lectivo de 1905-1906, da Escola Medico-Cirurgica
do Porto).
Communicações ao xv Congresso Internacional de Me-
dicina do Lisboa (A.bril-1906):
Sur l'importance du soufre urinaire en semeiologie
hépatique (Porto. 1900).
Sur une nouvelle forme d'évolution de là filaria san-
guinis (filaria Bràncofti?).

Uot-ada — Hua da Restauração, 356.


12 Escola Medico-Cirurgica do Porto

Carlos Alberto de Lima.— Filho do Antonio Joaquim de


Lima, natural do Porto, onde nasceu a 22 de dezembro
de 1866;
Diplomado pela Escola Medico-Cirurgica do Porto, onde
concluiu o curso pela defesa da dissertação em í) de outu-
bro de 1891.
Foi nomeado, precedendo concurso, por decreto de 21
de agosto de 1896 lente demonstrador da secção cirúrgica,
e tomou posse d'esté logar em 8 de setembro do mesmo
anno. Por decreto de 26 de maio de 1908 foi promovido
a lente substituto da secção cirúrgica, e por decreto de 11
de agosto de 1900 a lente proprietário da mesma secção.
Tem regido as cadeiras de Anatomia Topographica e Me-
dicina Operatória, e actualmente tem a propriedade da
4." cadeira, Pathologia externa.
K medico do Instituto de Surdos-Mudos do Porto, so-
cio da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Porto, de que
foi vice-presidente, e 1." Secretario da Associação dos me-
dicos do Xortc de Portugual. Foi presidente da secção de
cirurgia pediátrica no xv Congresso Internacional de Me-
dicina (Lisboa, 1906).

DISSK.HTAÇÃO INAUGUKAL. — Melhoramento da raça pelo


exercido physico (1891).

DISSERTAÇÃO DE CONCURSO.— Contribuição para o es-


tudo da tuberculose óssea (1896).

Murada— Rua do Principe, 81.


Pessoal 13

Luiz de Freitas Viegas. —Filho de Luiz de Freitas Vie-


gas, natural do Porto, onde nasceu a 14 de julho de
1869.
Diplomado pela Escola Medico-Cirurgica do Porto, onde
concluiu o curso pela defesa da dissertação em 26 de julho
do 1893.
Foi nomeado, precedendo concurso, lente demonstrador
da secção cirúrgica por decreto de 2)5 de março de 18!)!),
logar de que tomou posse em 11 de abril do mesmo anno;
toi promovido a lente substituto por decreto de 11 d'agosto
de 1900, e a lente proprietário da 1-.? cadeira. Anatomia
descriptiv a, por decreto de 25 de agosto de 1903.
E director do Po.-fo anthropometrico junto das cadeias
da Relação, membro adjuncto cio Conselho Medico-legal,
socio da Sociedade de Medicina e Cirurgia, e clinico do
Hospital (ieral de Santo Antonio. Foi governador civil do
districlo de Villa Heal. Tem a commenda de S. Thiago.

DISSERTAÇÃO INAUUUHAL. — A immunidade. Estudo de


pathologia geral (Porto, 1893).

DISSERTAÇÕES DE CONCURSO. — A tuberculose e as suas


manifestações cirúrgicas (Porto, 1896).
^ gonococco — Bacterioscopia cirúrgica e medicina legal
(Porto. IN!)!)).

Munida — HIIO , | n Duqueza <le Hraganr;n, 532.


1! E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

José Dias d'Almeida Junior. — Filho de José Dias d'Al-


meida, natural do Porto, onde nasceu a 1 do novembro
de 1854.
Diplomado pela Escola Medico-Cirurgica do Porto, onde
concluiu o curso pela defesa da dissertação em 13 de julho
de 1877.
Foi nomeado, precedendo concurso, por decreto de 4
de junho de 1901, lente substituto da secção medica, to-
mando posse em 11 do mesmo mez, o por decreto de 25
de agosto de 1903 foi promovido a lente proprietário da
7.a cadeira, Pathologia interna.
É socio da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Porto,
da qual foi presidente, é clinico director de enfermaria no
Hospital Geral de Santo Antonio, e director clinico do
mesmo Hospital ; socio correspondente do Instituto de Coim-
bra, membro da Société- Internationale de Chirurgie, de
Bruxellas, e redactor da Gazeta dos Ilospitaes do Porto.

litssKitT\i.:.vo INAUGUIUL. — HospUaes. Necessidade d'uni


hospital para a pratica de operações (1877).

DtsSEBTAÇÂO DE coxcvHso. — Heredo-sgphilis (1901).

Morada - ttua da Duqueza de liragarira, 160.

José Alfredo Mendes de Magalhães. — Filho de Fran-


cisco de Paula Mendes de Magalhães, natural de Gandra,
Valença do Minho, onde nasceu a 20 de abril de 1871.
Diplomado pela Escola Medico-Cirurgica do Porto, onde
concluiu o curso pela defesa da dissertação em 28 de ju-
lho de 1896.
Pessoal 15

Koi nomeado, precedendo concurso, por decreto de 21


de abril de 1902, lente substituto da secção medica, sendo
investido na posse d'esté logar no dia 19 de maio do
mesmo anno; loi promovido a lente proprietaiio da li.'
cadeira, Histologia, por decreto de 25 de agosto de 1903
e, por deliberação do consellio escolar de 25 de outubro
de 1909, foi collocado na 3." cadeira, Materia Medica.
É socio da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Porto,
da Sociedade das Sciencias medicas de Lisboa, da Socie-
dade de dermatologia e syphiligrapliia de Paris, da Socie-
dade de Geographia de Lisboa, e do Instituto de Coimbra.
Foi secretario interino da Escola, e director e collabora-
dor do jornal de medicina Porto Medico. Foi o secretario
geral do 4.° congresso da Liga Nacional contra a tuber-
culose (Porto, 1907).

DISSERTAÇÃO INAUGURAL. — Os milagres de Loicrdes


(Porto, 1896).

DISSERTAÇÃO DE CONCURSO. — Problema da vida. En-


saio critico de biologia geral (Porto, 1902).

Morada — Praça da Batalhai 12.

Antonio Joaquim de Souza Junior. — Filho de Antonio


Joaquim de Souza, natural da Villa da Praia da Victoria,
districto il'Angra do Heroísmo, ilha Terceira, onde nasceu
a 15 de dezembro de 1871.
Diplomado pela Escola Medico-Cirurgica do Porto, onde
concluiu o curso pela defesa da dissertação em 9 de ja-
neiro de 1900.
Foi nomeado, precedendo concurso, lente substituto da
10 Escola M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

secção cirúrgica por decreto de 10 de junho de 1903,


tomando posse em 22 do mesmo mez, e foi promovido a
lente cathedratico por decreto de 14 de dezembro de 190(5.
ficando na propriedade da 5. a cadeira. Medicina operatória.
h< chefe do Laboratório de Bacteriologia e clinico do
Hospital do Senhor do Bomfim,yojjal da Junta districted
île hygiene, professor da 5." secção. Bacteriologia, do Curso
de medicina sanitaria, socio da Sociedade de Medicina e
Cirurgia do Porto, membro da Sociedade internacional de
Cirurgia de Hruxellas, socio da Sociedade portuguesa de
Scirncias Naturaes e redactor do jornal de medicina Ga-
zeta dos llospitaes do Porto. Tem a medalha d'ouro da Real
Sociedade Humanitária do Porto, por serviços prestados
no Hospital do liomlim. Foi o chefe da missão sanitaria
encarregada de estudar a epidemia de peste nos Açores
(1908-1909).

DISSERTAÇÃO INAUUUHAL. — Contribuição para o dia-


gnostico da tuberculose urinaria (Porto, 1900).

DISSERTAÇÃO DO CONCURSO. — Peste, bubonica. Estudo


da epidemia do Porto (Porto, 190;?).

PUBLICAÇÕES DIVERSAS.—Febres paratyphoides (Porto,


1907).
— Ueber das Vorkommen vou Spirochaete pallida (in
« Berliner klin. Wochenschr. », n." 44 de 1905).

Murinlii — Hospital tio Senhor do Roniliin.

Thiago Augusto d'Almeida. — Filho de José liernar-


dino d'Almeida, natural de Santa Maria de Gandra, conce-
lho de Kspozendc, onde nasceu a 11 de dezembro de 18(54.
Pessoal 17

Diplomado pela Escola Medico-Cirurgica do Porto, onde


concluiu o curso pela defesa da dissertação em 27 de julho
de 1898.
Foi nomeado, precedendo concurso, lente substituto da
secção medica, por decreto de 29 de março de 190(), to-
mando posse em 7 de abril do mesmo anno.
Foi nomeado secretario por decreto de 20 de junho de
1>'07, tendo tomado posse no dia 3 de julho do mesmo anno.
Foi promovido a lente proprietário por decreto de 14
de novembro de 1907, logar de que tomou posse no dia
25 do mesmo mez, sendo collocado pelo Conselho Escolar
na 3." cadeira, Materia Medica. Regeu interinamente a 8.a
cadeira, Clinica Medica, desde 11 de novembro de 1907
até 25 de outubro de 1909, sendo então nomeado pelo
Conselho Escolar proprietário d'esta cadeira.
E socio correspondente da Sociedade das Sciencias Me-
dicas de Lisboa, e da Associação Internacional contra a
tuberculose, de Berlim. Foi o secretario geral do 3.° con-
gresso da Liga Nacional contra a tuberculose (Vianna do
Castello, setembro de 1902). Foi professor do Lyceu Na-
cional de Vianna do Castello (agosto de 1894 a julho de
189.)), e professor e director da Escola de Ensino Normal,
da mesma cidade (fevereiro de 1897 a março de 1906).
DISSERTAÇÃO INAUGURAL. — O liquido orchitico. Estudo
da medicação sequardiana (Porto, 1893).
DISSERTAÇÃO DE CONCURSO. — A febre na tuberculose
pulmonar (Porto, 1906).
PUHLICAÇOES DIVERSAS. — Les hemoptysies dans la tu-
berculose pulmonaire, in "Revue Internationale dela Tuber-
culose „.
O ensino da clinica medica no anno lectivo de 1907-
1908, in "Annuario da Escola Medico-Cirurgica do Porto„.
Morada — Rua de Cedofeita, 556.
2
is Escola Medico-Cirurgica do Porto

Joaquim Alberto Pires de Lima. — Filho de Fernando


Pires de Lima, natural de Areias, concelho de Santo Thyrso,
onde nasceu a 7 de março de 1877.
Diplomado pela Escola Medico-Cirurgica do Pprto, onde
concluiu o curso pela defesa da dissertação em H de ju-
lho de 1903.
Koi nomeado, precedendo concurso, lente substituto
da secção medica por decreto de 29 de março de 1906,
tomando posse do logar em 7 d'abril de 1906; por decreto
de 22 de fevereiro de 1907 foi transferido para a secção
cirúrgica, sendo promovido a cathedratico por decreto de
25 de abril de 1907, e ficando na propriedade da 15. a ca-
deira, Anatomia topographica.
Foi alumno interno do Hospital de Santo Antonio, l.°
secretario da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Porto,
secretario da redacção e collaborador do Porto Medico, e
<•' actualmente redactor da Gazeta dos Hospitaes do Porto
e bibliothecario da Escola Medica. N'esta qualidade coorde-
nou o Catalogo Geral da liibliotheca (1 vol. de xvu + 461
pag. — Porto, 1910). Exerceu o logar de chefe de Clinica
cirúrgica, para que foi nomeado, precedendo concurso do-
cumental, por decreto de 18 de fevereiro de 1904.

DISSERTAÇÃO INAUGURAL. — Estudos sobre a conjuncti-


vae granulosa (1903).

DISSERTAÇÃO DE CONCURSO.— A medicina forense em


Portugal. Esboço histórico (1906).

Morada — Rua de Alvares Cabral, 348.

L E N T E S SUBSTITUTOS

João Monteiro de Meyra. — Filho de Joaquim José de


Meira, natural de Guimarães, onde nasceu a 31 de julho
de 1881.
Pessoal 19

Diplomado pela Escola Medico-Cirurgica do Porto, onde


concluiu o curso pela defesa da dissertação em 30 de ja-
neiro de 1907.
Foi nomeado, precedendo concurso, por decreto de 7
de maio de 1908, lente substituto da secção cirúrgica, to-
mando posse d'esté logar no dia 14 de maio do mesmo
anno.
E redactor dos Archivos de Historia da Medicina Por-
tugueza.

DISSERTAÇÃO INAUGURAL. — O concelho de Guimarães.


Estudo de demographia e nosographia (Porto, 1907).

DISSERTAÇÃO DE CONCURSO. — O parto cesáreo, sua his-


toria, sua technica, seus accidentes e complicações, suas in-
dicações e prognostico (Porto, 1908).

Morada — Rua do Valle Kormoso, 318.

José d'Oliveira Lima.— Filho de Antonio Maria Lima,


natural de Lisboa, onde nasceu a 27 de novembro de
1875.
Diplomado pela Escola Medico-tlirurgica do Porto, onde
concluiu o curso pela defesa da dissertação em 28 de ju-
lho de 1900.
Foi nomeado, precedendo concurso, por decreto de
7 de maio de 1908, lente substituto da secção cirúrgica,
tomando posse d'esté logar em 14 do mesmo mez e anno.
Foi facultativo do quadro de saúde de Angola e S. Thomé
e Principe, cargo que exerceu desde julho de 1900 a
março de 1901. Exerceu o cargo de medico municipal de
Mossamedes desde outubro de 1901 a abril de 1907.
Foi nomeado Reitor do Lyceu Central D. Manoel n por
decreto de 12 de fevereiro de 1910.
É socio da Sociedade de Geographia de Lisboa, e tem
20 E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

a commenda de Nossa Senhora da Conceição de Villa Vi-


çosa.

DISSERTAÇÃO INAUGURAL. — 0 Uypnotismo e a sugges-


tão em therapeutica (Porto, 1900).

DISSERTAÇÃO DE CONCURSO. — 0 problema do cancro.


Etiologia e tratamento (Porto, 1908).

PUBLICAÇÕES DIVEHSAS.—Le lait aigrí et la longévité


dans les tribus du Sud d'Angola — Communication à Mr.
le prof. Metchnikoff (Mossamedes, 1.905).

Aforada— Rua da Ronvista, 444.

Álvaro Teixeira Bastos. — Filho de Francisco José Tei-


xeira Bastos, natural do Porto, onde nasceu a G de feve-
reiro de 1879.
Diplomado pela Escola Medico-Cirurgica do Porto, onde
concluiu o curso pela defesa da dissertação inaugural em
8 de outuhro de 1903.
Foi nomeado, precedendo concurso, por decreto de 7
de maio de 1908, lente demonstrador da secção cirúrgica,
sendo investido na posse d'esté logar no dia 14 do mesmo
mez e anno.
Exerceu o logar de Prosector de anatomia, para que foi
nomeado, precedendo concurso documental, por decreto
de 17 de dezembro de 1903, sendo reconduzido n'este lo-
gar por deliberação do Conselho Escolar de 10 de dezem-
bro de 1906.

DISSERTAÇÃO INAUGURAL. — A tatuagem nos criminosos


(Porto, 1903).
Pessoal 21

DISSERTAÇÃO DE CONCURSO. — 0 bócio em Portugal


(Porto, 1908).

Morada — Una do Moreira, 42.

L E N T E S JUBILADOS

José d'Andrade Gramaxo. — Filho de Christovam José


Bebello de Souza Guerrido, natural do Porto, onde nasceu
a 25 de maio de 1826.
Bacharel formado pela Faculdade de Medicina de Coim-
bra, onde concluiu o curso em 23 de junho de 1848.
Precedendo concurso, foi nomeado demonstrador da
secção medica por Carta de Mercê de 2 de maio de 1855,
e tomou posse d'esté logar em 18 de maio do mesmo
anno. Por Carta de Mercê de 22 d'agosto de 1857 foi
promovido a lente suhstituto, e por Carta de Mercê de
14 d'agosto de 1862 a lente proprietário da cadeira de
Physiologia, que vagara por fallecimento de Luiz Anto-
nio Pereira da Silva. Por decreto de 16 de julho de 1867
transitou para a cadeira de Pathologia interna, na qual se
jubilou por decreto de 8 de novembro de 1876.

DISSERTAÇÃO DE CONCURSO. — Febres essenciaes (Ma-


nuscripts, 1855).

Murada — Rua dos Martyres da Liberdade. 120.

Agostinho Antonio do Souto. — Filho de Manoel José


do Souto, natural de Guimarães, onde nasceu a 25 de fe-
vereiro de 1825.
22 Escola Medico-Cirurgica do P o r t o

Diplomado pela Escola Medico-Cirurgica do Porto, onde


concluiu o curso pela defesa da dissertação em 20 de no-
vembro de 1845.
Foi nomeado, precedendo concurso, por decreto de 26
de junho de 1858, lente substituto da secção cirúrgica,
tomando posse a 10 de agosto do mesmo anno.
Em 21 de setembro de 1803 tomou posse do logar de
secretario e bibliothecario ; por decreto de 10 de junho de
1807 foi promovido a lente proprietário da í).a cadeira,
Clinica cirúrgica, e por decreto de 13 de agosto de 1874
foi transferido para a G.a cadeira, Obstetrícia. Foi jubilado
por decreto de 21 de junho de 1900.
É bacharel formado pela Faculdade de Medicina e ba-
charel pela de Philosophia da Universidade de Coimbra, e
frequentava o 0.° anno de Philosophia quando foi nomeado
professor substituto da Escola. E' doutor pela Faculdade
de Medicina de S. Thiago do Chili, conforme diploma pas-
sado em 8 de novembro de 1872.
Serviu por duas vezes como director interino da Escola.

DISSERTAÇÃO INAUGURAL. —Acerca da influencia da ima-


ginação na producção e therapeutica dos accidentes conse-
cutivos ás grandes operações cirúrgicas (Manuscripto, 1845).

DISSERTAÇÃO DE CONCURSO. — Gangrena (Manuscripto,


1858).

Morada — Figueira da Foz.

Pedro Augusto Dias. — Filho de José Caetano Dias,


natural de Valença do Minho, onde nasceu a 10 de abril
de 1835.
E' bacharel formado pela Faculdade de Medicina e ba-
Pessoal 28

charel pela Faculdade de Philosophia da Universidade de


Coimbra.
Foi nomeado, precedendo concurso, lente demonstrador
da secção medica por decreto de 14 de março de 1864,
tomando posse a 28 do mesmo mez e anno ; foi promovido
a lente substituto da mesma secção por decreto de 12 de
janeiro de 1865, e havendo transitado para a secção cirúr-
gica, loi promovido a lente proprietário da 5.a cadeira,
Medicina operatória, por decreto de 14 de maio de 1868.
Foi jubilado por decreto de 14 de setembro de 1895. F
clinico do Hospital de S. Francisco.

DISSERTAÇÃO DE CONCURSO.—Movimentos: ciliar; mus-


cular; mecânica animal (Manuscripto, 1864).

PUHLICAÇÔES DIVERSAS.— Catalogo da collecção de moe-


das e medalhasportuguezas e outras, pertencentes a Eduardo
Luiz Ferreira Carmo (Porto, Typ. Central, 1877).
O ensino actual da medicina operatória na Kscola Me-
dico-Cirurgica do Porto (1885).
Rodrigo de Castro—Apontamentos para a biographia
do creador da Gynecologia (in «Archivos de historia da
medicina portuguezas, 188.6-1888).
Archeologia politico-litter aria, 1828-1834 (Porto, Typ.
Central, 1888).
A Universidade de Coimbra — Os primeiros mestres da
Faculdade Medica [1537-1556] (in «Arch, de hist, da me-
dicina port.», 1885).
Subsídios para a historia politica do Porto (Porto,
Typ. Central, 1896).

Morada — Campo Lindo, Paranhos.


24 Escola Medico-Cirurgica do Porto

Antonio Joaquim de M o r a e s C a l d a s . — F i l h o de João


Antonio de Moraes Carneiro, natural de Montalegre, onde
nasceu a 13 de fevereiro de 1846.
Diplomado pela Escola Medico-Cirurgica do Porto, onde
concluiu o curso pela defesa da dissertação em 22 de julho
de 1872.
Foi nomeado, precedendo concurso, por decreto de
12 de março de 1873 lente demonstrador da secção cirúr-
gica, logar de que tomou posse em 19 do mesmo mez e
anno; por decreto de 3 de setembro de 1873 foi nomeado
lente substituto da mesma secção, e promovido a lente
proprietário da 10.a cadeira, Anatomia pathologica, em 20
de novembro de 1874. Em julho de 1870 passou a reger
a 4-.il cadeira, Pathologia externa, na qual se conservou
até á jubilação, concedida por decreto de 29 de agosto de
1900. Foi nomeado director por decreto de 5 de setembro
de 1900.
É clinico director de enfermaria do Hospital Geral de
Santo Antonio.

DlSSBRTAQÃO INAUGURAL. — Anesthesia cirúrgica (Porto,


1872).

DISSERTAÇÃO DE CONCURSO. — Casamentos consanguí-


neos (Porto, 1873).

Murada — Hua île S. Lazaro, 336.

Antonio de Azevedo Maia.—Filho de Manoel de Aze-


vedo Maia, natural de Fajazes, Villa do Conde, onde nasceu
a 9 de fevereiro de 1851.
Diplomado pela Escola Medico-Cirurgica do Porto, onde
concluiu o curso pela defesa da dissertação em 24 de julho
de 1874.
■ ^
Pessoal

Foi nomeado, precedendo concurso, lente substituto da


secção medica por decreto de 10 de março de 1875, e
tomou posse d'esté logar a 16 do mesmo mez. Por decreto
de 1 de abril de 1880 foi promovido a lente proprietário
da 2.a cadeira, Physiologia. Logo após a nomeação regeu
o curso de Pathologia geral (gratuitamente), e depois, no
impedimento do professor João Xavier de Oliveira Barros,
regeu a 3.a cadeira, Materia Medica. Em outubro de 1887
passou a proprietário da 8." cadeira, Clinica Medica.
E clinico do Hospital de Santa Maria e foi presidente
de bonra da secção de gynecologia e obstetrícia do xv
Congresso Internacional de Medicina (Lisboa, 1906).
Foi jubilado por decreto de 21 de novembro de 1907.

DISSERTAÇÃO INAUGURAL. — Nem o orgonicismo, nem o


vitalismo eaxlnsivos são verdadeiros. Critica de doutrinas
medico­philosophiças (1874).

DISSERTAÇÃO DE C ONC URSO. — Fontes do calor animale


modos dynamicos definitivos na economia humana (1874).

Morada ­ Una do Rosário, 155.

P R O F E S S O R DO C URSO E S P E C I A L D E DOENÇAS
MENTAES E NERVOSAS

(Conselho escolar de 22 de dezembro de 1008)

Julio de Mattos. — Filho do advogado Joaquim Mar­


cellino de Mattos. Nasceu no Porto em 26 de janeiro de
1856 e diplomou­se na Escola Medica da mesma cidade
em julho de 1880.
Foi nomeado, precedendo concurso, medico adjuncto
20 E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

do Hospital d'alienados do Conde de Ferreira em março


de 1883 e medico director em 1892, fazendo n'este anno
e nos dois immediatos conferencias publicas de psychia-
tria, aos domingos, no sal«ão nobre do mesmo hospital.
Foi nomeado em 1899 medico alienista da circumscri-
pção medico-legal do Porto.
A convite da Escola de Medicina do Porto iniciou em
outubro de 1909 um curso clinico de doenças mentaes e
nervosas, destinado a medicos e estudantes do 4.° e 5.°
annos de medicina.
É socio da Academia Real das Sciencias de Lisboa, da
Sociedade Medico-psychologica de Paris e da Sociedade de
Medicina Mental da mesma cidade.- Foi eleito em 1910
presidente da Associação dos Medicos do Norte de Por-
tugal.
Estudante ainda redigiu com Theophilo Braga a revista
philosophica « O Positivismo » e escreveu parte da « His-
toria Natural Illustrada ».

DISSERTAÇÃO INAUGURAL. — As allucinações (1880).

OBRAS PUBLICADAS. — Manual das Doenças Mentaesr


1884.
A loucura (Estudos clínicos e medico-legaes), 1889-
Este livro tem uma traducção italiana de C. Lombroso.
Allucinações e [Ilusões (Estudo medico-psychologico),
1892. Tem uma traducção hespanhola.
Estado mental dos neurasthenicos, 1897.
A Paranoia (Ensaio sobre os delírios systematisados),
1898.
As doenças infecciosas na etiologia da alienação men-
tal (Communicação ao Congresso nacional de medicina de
Lisboa, 1898).
A Questão Calmou (Reflexões sobre um caso medico-
legal), 1900.
Pessoal 27

Os Alienados nos Tribunaes, 3 volumes, 1902, 1903


e 1907.
L'Assistance des aliénés criminels au point de vue lé-
gislatif (Communication au xivme Congrès International
de Médecine), 1903.
Contribution à l'étude de l'amnésie visuelle (Communi-
cation au xv me Congrès International de Médecine), 1906.

PESSOAL AUXILIAR

SECRETARIA

LENTE SECRETARIO Thiago Augusto d'Almeida.


1.° OFFICIAL Norberto Teixeira da Silva.
G ARDA Olympio Vieira Pinto dos Reis.
PORTEIRO Gaspar Correia da Costa.
CONTÍNUO Emilio Cesar Carviçaes.
SERVENTE Victorino Mendes.
» José Soares Correia.

BIBLIOTHECA

BIBLIOTHECARIÓ - L e n t e da 15. a cadeira, Joaquim Al-


berto Pires de Lima.
AMANUENSE —Virgílio Victor de Castro Fernandes.

G A B I N E T E D E PHYSIOLOGIA

DIRECTOR—Lente da 2. a cadeira, Antonio Placido da Costa.


PREPARADOR—Álvaro Martins, lilbo de Antonio José Go-
mes Martins, natural do Porto, onde nasceu a 3 de maio
de 1876. E' diplomado pela Escola Medico-Cirurgica do
Porto, onde concluiu o curso pela defesa da dissertação
em 18 de abril de 1898.
28 E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

E capitão-medico do exercito; condecorado com as


medalhas: «D. Amelia» (Nyassa, 1899) e «Valor mi-
litar».
Foi nomeado para este logar em sessão do Conselho
Escolar de 5 de maio de 1909, tomando posse em 24
do mesmo mez e anno.

Dissertação inaugural. — A hygiene e a educação psi/-


chicas nos 3 primeiros annos da vida (Porto, 1898).
Morada — Rtia do Visconde de lloheda, 76,
G A B I N E T E DE HISTOLOGIA

DIRECTOR—Vaga.
PREPARADOR—Álvaro Martins.

T H E A T R O ANATÓMICO

DIRECTOR— Lente da l. a cadeira, Luiz de Freitas Viegas.


DEMONSTRADOR—Álvaro Teixeira Dastos.

PROSECTOR DE ANATOMIA —Henrique Gomes d'Araujo, filho


de Francisco Pereira Gomes, natural de Teixeiró, con-
celho de Baião, onde nasceu a 14 de fevereiro de 1881.
É diplomado pela Escola Medico-Cirurgica do Porto,
onde concluiu o curso pela defesa da dissertação em 12
de março de 1908.
Foi nomeado para este logar em sessão do Conselho
Escolar de 8 de outubro de 1908, tomando posse a 5 de
novembro do mesmo armo.

Dissertação inaugural. — " Sobre ionotherapia eléctrica„ —


Breves considerações theoricas e praticas (Porto, 1908).

Morada—Rua d'Alegria, 784.

SERVENTE—Manoel Ferreira.
» —Jeronymo José da Silveira.
Pessoal 29

MUSEU ANATÓMICO

DIRECTORES:
Anatomia normal —o lente da 1." cadeira, Luiz de Freitas
Viegas.
Anatomia patholoyica — o lente da 10.a cadeira, Augusto
Henrique d'Almeida Brandão.

PREPARADOR E CONSERVADOR — Arthur Salustiano Maia


Mendes, filho de Tibério Augusto Pereira Mendes, na-
tural do Porto, onde nasceu a 8 de junho de 1856.
É diplomado pela Escola Medico-Cirurgica do Porto,
onde concluiu o curso pela defesa da dissertação em 16
do julho de 1881. Por decreto de 9 de dezembro de 1899
foi nomeado para este logar, vago desde o fallecimento
de Joaquim Pinto d'Azevedo.
É clinico director de enfermaria do Hospital de Santo
Antonio e foi chefe de clinica obstétrica da Escola Medica.

Dissertação inaugural. — Esboço etiológico na emoção.

Morada — \ATgo do Coronel Pacheco, 33.

CLINICAS ESCOLARES

CHEFE DE CLINICA MEDICA—Cosme do Carmo Cardoso, fi-


lho de Cosme Martins Cardoso, natural da Villa das
Vellas, ilha de S. Jorge, onde nasceu a 23 de abril
de 1878.
É diplomado pela Escola Medico-Cirurgica do Porto,
onde concluiu o curso pela defesa da dissertação em
7 d'outubro de 1908. Foi nomeado para este logar em
sessão do Conselho Escolar de 8 de março de 1910 e-
11 do mesmo mez.

Dissertação inaugural. — Prenhez ectopica, 1908.

Morada — Hua do Rosário, 209.


.■ill Escola Medico­C irurgica do Porto

CHEFE DE C LINIC A C IRUROIC A— Carlos José d'Azevedo Al­


buquerque, lillio de Joaquim d'Azevedo Souza Vieira da
Silva Albuquerque, natural do Porto, onde nasceu a 7
d'agosto de 1874.
É diplomado pela Escola Medico­C irurgica do Porto,
onde concluiu o curso pela defesa da dissertação em 14
de janeiro de 1903. Foi nomeado para este logár em
sessão do C onselho Escolar de 12 de março de 1907, e
tomou posse em 17 d'agosto do mesmo anno.

Dissertação inaugural. — Endoscopia do apparelho uri­


nário. Urethroscopies, cystoscopia, catheterismo cystos­
cospico dos ureteres (Porto, 1903).

Morada—Rua dos 1'ogueteiros, 1.

GUARDA DO ARSENAL C IRÚRGIC O — José do Nascimento.

Morada — Rua do Rosário.

CHEFE DE C LINIC A OBSTÉTRIC A — Manoel Antonio de Mo­


raes Frias, filho de André de Moraes Frias Sampaio e
Mello, natural de Linhares (C arrazeda de Anciães), onde
nasceu a 19 de janeiro de 1885.
É diplomado pela Escola Medico­C irurgica do Porto,
onde concluiu o curso pela defesa da dissertação em 11
de janeiro de 1910. Foi nomeado para este logar em
sessão do C onselho Escolar de 8 de março de 1910 e
tomou posse em 11 do mesmo mez e anno.

Dissertação inaugural. —Paratlujroideias.

Morada — Rua do Almada, 514.


Pessoal 81

LABORATÓRIO N O B R E

CHEFE DE SEHVIÇO — Manoel Augusto Pinto, filho de Au-


gusto Cesar Barbedo Pinto, natural do Porto, onde nas-
ceu a 11 de dezembro de 1879.
É diplomado pela Escola Medico-Cirurgica do Porto,
onde concluiu o curso pela defesa da dissertação em 9
de outubro de 1906. Foi nomeado para este logar por
deliberação do Conselho Escolar de 16 de fevereiro de
1907.

Dissertação inaugural. — Sobre os modernos processos de


analyse bacteriológica das aguas (Porto, 1900).

Morada — Rua do Almada, 456.

EMPREGADO AUXILIAR —Ignacio de Oliveira.

Morada — Hospital do BÒmflm.

•SKH VENTE-AJUDANTE— Antonio d'Oliveira.

Morada — Rua dos Caldeireiros, 214.

OBSERVATÓRIO METEOROLÓGICO

a
DIRECTOR —Lente da 13. cadeira, João Lopes da Silva
Martins Junior.
AJUDANTE—Raphael Maia.

MUSEU DE HYGIENE

DIRECTOR—Lente da 13. a cadeira, João Lopes • da Silva


Martins Junior.
GUARDA — Victorino Mendes.
32 Escola Medico-Cirurgica do Porto

QUADRO DO PESSOAL DOCENTE

DHlKCTOn INTERINO

Augusto Henrique d'Almeida Brandão

PROFESSORES PROPRIETÁRIOS

CADEIRAS
NOMES
Titulo

l.a Anatomia descriptive Luiz de Freitas Viegas


2.a I'hysiologia . . . Antonio Placido da Costa
3.a Materia medica. . José Alfredo Mendes de Maga-
lhães
i.* Patliologia externa Carlos Alberto de U m a
5.» Medicina operatória Antonio Joaquim de Souza Junior
6.a Obstetrícia . . . Cândido Angusto Correia de Pi-
nho
7.» Patliologia interna. José liias d'Almeida Junior
8.a Clinica m e d i c a . . J Thiago Augusto d'Almeida
9." Clinica cirúrgica . Roberto Rellarmino do Rosário
Krias
10. a Anatomia pathologica A u g u s t o H e n r i q u e d'Almeida
Brandão
11.» I Medicina legal . . . Maximiano Augusto d'Oliveira Le-
mos
12." 1'athologia geral . . Alberto Pereira Pinto d'Aguiar
13.» Hygiene publica . . João Lopes da Silva Martins Junior
14." Histologia . . . . Vaga
15.a Anatomia topographica Joaquim Alberto Pires de Lima.

PROFESSORES SUBSTITUTOS

Secção medica Secção cirúrgica

l.o substituto — Vago l.o substituto —João Monteiro de


2° substituto — Vago Meyra
2.» substituto — José d'Oliveira
Lima
Demonstrador — Álvaro Teixeira
Rastos.
Pessoal 88

Relação dos professores proprietários e substitutos


por ordem de antiguidade

Augusto Henrique d'Almeida Brandão


Cândido Augusto Correia de Pinho
Antonio Placido da Costa
Roberto Rellarmino do Rosário Frias
Maximiano Augusto d'Oliveira Lemos
João Lopes da Silva Martins Junior
Alberto Pereira Pinto d'Aguiar
Carlos Alberto de Lima
Luiz de Freitas Viegas
José Dias d'Almeida Junior
José Alfredo Mendes de Magalhães
Antonio Joaquim de Souza Junior
Thiago Augusto d'Almeida
Joaquim Alberto Pires de Lima
João Monteiro de Meyra
José d'Oliveira Lima
Álvaro Teixeira Rastos.

Secção cirúrgica Secção medica

Augusto Rrandão Placido da Costa


Cândido de Pinho Maximiano Lemos
Roberto Frias Lopes Martins
Carlos de Lima Alberto d'Aguiar
Luiz Viegas Dias d'Almeida
Souza Junior Alfredo de Magalhães
Pires de Lima Thiago d'Almeida.
João de Meyra
Oliveira Lima
Teixeira Bastos.
34 Escola Medico-Cirurgica do P o r t o

QUADRO DO PESSOAL AUXILIAR

Títulos dos logarcs NOMES

Secretaria:

Lente proprietário—Thiago Au-


gusto d'Almeida.
I.» official . . Norberto Teixeira da Silva.
Olympio Vieira Pinto dos Reis.
Gaspar Correia da Costa.
Emilio Cesar Carvicaes.

Bibliotheca :

Alherto Pires de Lima.


Amanuense . Virgílio V. de Castro Fernandes.

Gabinete de physiologia :

Lente da 2.» cadeira — Antonio


Placido da Costa.
Álvaro Martins.

Gabinete de histolog a :

Vaga.

Álvaro Martins.
Thcatro anatómico :

Freitas Viegas.

Henrique Gomes d'Araújo.

» . . . Jeronymo José da Silveira.


Museu anatómico:

Director (anal. normal) . . Lente da 1.» cadeira— Luiz de


Freitas Viegas.
Director (anat. patliologica) . Lente da IO. 1 cadeira — Augusto
Henrique d'Almeida llrandão.

Preparador e conservador . Arthur Sallustiano Maia Mendes.


Pessoal 85

Titulo dos logares NOMES

Clinicas escolares:

Chefe de clinica medica . . Cosme do Carmo Cardoso.


Chefe de clinica cirurgica. . Carlos José d'Azevedo Albuquer-
que.
Chefe de clinica obstétrica . Manoel Antonio de Moraes Krias.
Laboratório Nobre:

Chefe de serviço Manoel Augusto Pinto.


Empregado a u x i l i a r . . . . Ignacio d'Oliveira.
Servente Antonio d'Oliveira.
Observatório meteorológico:

Director Lente da 13." cadeira — João Lo


pes da Silva Martins Junior.
Ajudante . Raphael Maia.
Museu de Hygiene:

Director i Lente da 18." cadeira —João Lo


pes da Silva Martins Junior.
fïuarda Victorino Mendes.
ORGANISAÇÃO E ALUMNOS
ORGANISAÇAO

Cursos professados

Escola Medico-Cirurgica do Porto

15 cadeiras distribuídas por 5 annos.


Curso auxiliar de propedêutica cirúr-
gica nos 3.° e 4.° annos.
Curso auxiliar de propedêutica me-
dica no 4.° anno.
Gurso medico-cirurgico
Curso especial de doenças mentaes e
nervosas para os alumnos dos 4.°
e 5.° annos.
Dissertação inaugural com proposi-
ções depois dos actos do 5.o anno.

l.o ANNO — Frequência do 1.8 curso


de partos para parteiras com exame
de passagem.
Gurso de parteiras . .
2.° ANNO — Frequência do 2.° curso
de partos para parteiras com exame
final.
Ill Escola Medico-Cirurgica do Porto

Distribuição das cadeiras pelos annos

CURSO MEDICO-CIRURGICO

1." anno
1.« cadeira — Anatomia descriptiva
14.:i cadeira— Histologia.
2.° anno
2.a cadeira —Physiologia
12.:i cadeira—Pathologia geral e semeiologia
lô.a cadeira — Anatomia topographica.
3.0 anno
3.a cadeira — Materia medica
4.a cadeira — Pathologia externa
lO.a cadeira — Anatomia pathologica
Curso auxiliar —Propedêutica cirúrgica.
4.0 anno
a
5. cadeira — Medicina operatória
7.a cadeira — Pathologia interna
13.» cadeira — Hygiene publica
Curso auxiliar— Propedêutica cirúrgica
Curso auxiliar--Propedêutica medica
Curso especial—Doenças menlaes e nervosas.
5.0 anno
6.a cadeira — Obstetrícia
8.a cadeira— Clinica medica
9.a cadeira— Clinica cirúrgica
l l . a cadeira — Medicina legal
Curso especial—Doenças-mentaes e nervosas.

CURSO DE PARTEIRAS

1." anno
I — l.° curso de partos para parteiras.
2.0 anno
II— 2.0 curso de partos para parteiras.
Organisa?ão 41

Distribuição das cadeiras pelas secções

SECÇÀO CIRÚRGICA

l. a cadeira — Anatomiu descriptiva


•La » — Pathologia externa
5.a » — Medicina operatória
tí.a » — Obstetrícia
9.a » — Clinica cirúrgica
10.a — Anatomia pathologica
15.a » — Anatomia topographica.

SECÇÀO MEDICA

2. a cadeira—Physiologia
3.a « —Materia medica
7.:i » — Patliologiu interna
8." » — Clinica medica
ll.i » —Medicina legal
12. a » — Pathologia geral
13. :i » — Hygiene publica
li.a » — Histologia.
■I­J E s c o l a M e d i c o ­ C i r u r g i c a do P o r t o

D o c u m e n t o s necessários p a r a a m a t r i c u l a
dos cursos da Escola

CURSO MEDIC O­C IRURGIC O

I anno

Certidão de maioridade de 14 annos;


Certidão dos exames seguintes.

I ANNO do curso geral dos lyceus:

l.° — Lingua portugueza;


2.° — Lingua franceza.

II A N N O :

3.°—Geograpliia.

III ANNO do curso de sciencias:

4.° — Historia:
5.o — Latim.

IV A N N O :

6.o — Mathematica (l. a parte);


7." — Physica ( l . a parte).

V ANNO:

8.o — Mathematica (2. a parte) ;


9.o — Physica (2.» parte);
10.° — Philosophia elementar.

VI A N N O :

11." — Mathematica (2.« parte);


12." — Litteratura portugueza (decreto de 20 de outubro de 1888);
13.° — Desenho (regulamento de 12 d'agosto de 1886);
14.° — Lingua allemã (regulamento de 12 d'agosto de 1886, de­
cretos de 30 de julho de 1881 e 20 de abril de 1893 e porta­
ria de 18 de julho de 1895).
Organisaçào 48

As certidões d'estes exames, quando anteriores ao decreto de


12 d'agosto de 1876, poderão ser substituídas pelas dos^exames
equivalentes, segundo o mappa annexo ao decreto de 14 d'outubro
de 1880, e quando posteriores poderão ser suppridas pelas dos exa-
mes equivalentes indicados no mappa junto ao decreto de 20 d'ou-
tubro de 1888.
N. B. — Aos alumnos habilitados com o ensino secundário es-
tabelecido pelo decreto de 22 de dezembro de 1894, e organisado
pelo regulamento de 14 d'agosto de 1895, bastará apresentar, nos
termos do art. 137." do citado regulamento e em substituição das
quatorze certidões acima indicadas, a certidão ou diploma do curso
complementar dos lyceus.
15." — Physica experimental ; ,
16.° — Chimica inorgânica;
17.° — Analyse chimica e chimica orgânica.
Estes exames deverão ter sido feitos na Faculdade de Philoso-
phia, Escola Polytechnics, ou Academia Polytechnica.
II anno
Certidões dos exames do 1.» anno do curso medico-cirurgico;
Certidão do exame de Zoologia, conforme o disposto para os
exames de physica e chimica.
III anno
Certidões dos exames do 2.° anno ;
Certidão do exame de Rotanica, conforme o disposto para os
exames de physica e chimica.
IV anno
Certidões dos exames do íl.° anno;
Certidão de frequência no curso auxiliar de propedêutica ci-
rúrgica.
V anno
Certidões dos exames do 4.° anno ;
Certidões de frequência nos cursos auxiliares de propedêuticas
medica e cirúrgica.
CURSO DE PARTEIRAS
I anno
Certidão de maioridade de 20 annos;
Certidão de vida e costumes passada pelo administrador do
bairro ou concelho onde tenha residido ultimamente;
Certidão do exame de instrucção primaria, 2 ° grau.
II anno
Certidão do exame de passagem do 1." anno.
44 Organisaçào 45
E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

ERVIÇO PELOS PROFESSORES


HORÁRIO DAS A U L A S E D1STR'1

>-io, I 0
Anu'

Dias Lentes
Annos Cadeiras Disciplinas

Curso Medico-Girur
' a s - miarias e sextas. 10 ás 12 Luiz Viegas.
1.» Anatomia descriptive. !• f i n t a s e sabbados. 10 ás 12 Placido da Costa.
14.» Histologia . . . .
I * * ' , i u a r t a s e sextas. 10 ás 12 Placido da Costa.
2.» Physiologie . . . . ! " " " n t a s e sabbados. 1 às 3 Alberto d'Aguiar.
II 12.=» Pathologia geral . . 'luintas e sabbados. 11 á 1 Pires de Lima.
15.» Anatomia topographica
quintas e sabbados. 10 ás 12 Alfredo de Magalhães.
3." Materia medica . . jj quintas e sabbados. 12 7 , ás 2 "., Carlos Lima.
III 4.» Pathologie externa . %*• quartas e sexta,. 11 7t á 1 '/, Augusto llrandão.
10.» Anatomia pathologice |rU8> f l"arias e sextas. l i l á s 11 '/i Carlos Lima.
Propedêutica cirúrgica
.quintas e sabbados. 12 ás 2 Souza Junior.
5.» Medicina operatória » &„*' quartas e sextas. 12 as 2 Dias d'Almeida.
IV 7.» Pathologia interna. . T * ' q u a r t a s e.sextas. 2 ás 4 Lopes Martins.
13.» Hygiene publica . . L a " ' q u a r t a s e sextas. 10 ás 11 Vt Oliveira Lima.
Propedêutica cirúrgica "'quintas e sabbados. 10 ' , ás 12 Lopes Martins.
Propedêutica medica.
Dlarias 1 Vi ás 3 V, Cândido de Pinho.
6.» Obstetrícia . . 8 ás !) ' .. Thiago d'Almeida.
8.» Clinica medica . 10 '., ás 12 Koherto Frias.
9.» Clinica cirúrgica 12 á 1 ' , João de Meyra.
11.» Medicina legal .

Gurso de Parteiras i, quinlBQ


. m i n t a s e sabbados. 12 ás 2 Teixeira Bastos.
'/, ás 8 ! , Cândido de Pinho.
Cadeira do I anno . . . . . § sabb»d°s.
Cadeira do II anno . . . .
46 E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

Relação dos livros adoptados como texto durante o anno


lectivo de 1909-1910

1.» cadeira: Anatomia descriptiva.— L. Testut, Traité


1." anno de l'anatomie humaine. 4 vol.
Í4. a cadeira: Histologia. — Fterdal, Traité élémentaire
d'histologie.

2. a cadeira : Phi/sioloyia. — Éléments de physiologie hu-


maine, par Fredericq et Nuel (ultima edição).
12. a cadeira: Pathologia geral. — P. Courmont, Précis
de pathologie générale (col. Testut) ; Fernand Besan-
çon, Précis de biologie clinique; L. fiard, Précis
des examens de laboratoire employés en clinique.
16.a cadeira: Anatomia topographica. —Traité d'anato-
mie topographiqiifi, Tillaux (ultima edição).

3. a cadeira : Materia medica. — Traité élémentaire de


thérapeutique, A. Manquât (ultima edição) ; Liç5es
de pharmaeologia e therapeutica geraes, Eduardo
Motta.
4." cadeira: Pathologia externa. — Précis de Pathologie
externe, par E. Forgue (collection Testut).
10. a cadeira: Anatomia pathologica. — Traité d'anatomie
pathologique, Achard et I.œpper; Traité d'anatomie
pathologique, Ziegler (trad, franc, ou ital., como ex-
positor).

5. a cadeira: Operações. — Précis de technique opéra-


toire par les prosecteurs de la Faculté de Paris.
7. a cadeira: Pathologia interna. — Précis de Pathologie
interne, Collet (collection Testut — ultima edição).
13. a cadeira : Hygiene. — Traité d'hygiène. Proust (ul-
tima edição) ; Processos e progressos da desinfecção
publica, Guilherme Eanes ; Regulamento geral de
saúde e benellcencia publica, 24-12-901.

6. a cadeira: Partos.— Précis d'obstétrique — Ftibemont,


Dessaignes et Lepage (ultima edição).
l l . a cadeira: Medicina legal. — Manual de Medicina le-
gal, Dr. Lopes Vieira. Código Penal. Código Admi-
nistrativo.
ALUMNOS

Relação nominal dos alumnos matriculados no anno lectivo


de 1909-1910

CURSO MEDICO-CIRURGICO

•S g
Nomes, filiações e naturalidades
KM
E

I anno

1 • Avelino José Vieira, filho de Manoel José Vieira, natural de


Fragoso, concelho de Barcellos, districto de Braga.
2 João Teixeira Larangeira. filho de Viclorino Teixeira Laran-
geira, natural do Porto.
8 Manoel da Costa Portella, filho de Rosa da Silva Monteiro, na-
tural de Mafanuide, concelho de Gaya, districto do Porto.
4 Antonio da Costa Portella, filho de Rosa da Silva Monteiro,
natural de Mafamude, concelho de Gaya, districto do Porto.
Francisco Nunes Guimarães Coimbra, filho de Francisco Nu-
nes Ferreira Coimbra, natural do Porto,
Angelo Rarbedo Soares, filho de Antonio do Couto Soares Ju-
nior, natural do Porto.
Eduardo Ayres de Vasconeellos, filho de Serafim Ayres de
Vasconcellos, natural do Rio do Janeiro — Brazil.
Carlos Faria Moreira Ramalhão, filho de Antonio Faria Mo-
reira Ramalhão, natural de Moreira, concelho da Maia,
districto do Porto.
Saul Allyrio Pereira da Conceição, filho de Accacio Pereira,
natural do Porto.
Manoel Joaquim de Freitas Vellozo Junior, filho de Antonio de
Freitas Vellozo, natural de Jurimáguas —Peru.
E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

•.S Nomes, filiações e naturalidades

11 Abel de Uma Salazar, íilho de Adolpho Barroso Pereira Sala-


zar, natural de Guimarães, districto de Braga.
12 Alberto Madureira de Carvalbo Osório, filho de Antonio de
Pina Osório, natural de Lisboa.
13 Aurélio Augusto de Queiroz, filho de José Joaquim de Queiroz,
natural de Aldreu, concelho de Barcellos, districto de
Braga.
14 Manoel Correia de Carvalho, filho de José Anlonio de Carva-
lho, natural de Yizeu.
15 Jorge Mariz Petit de Barcellos Pinheiro, filho do Manuel Pi-
nheiro, natural de Angra do Heroísmo, Açores.
16 João Maximino Villaça de Carvalho, filho de João Maximino
de Carvalho, natural do Porto.
17 Jayme Filippe Santiago, filho de Antonio Filippe dos Santos
Beis, natural de S. Miguel do Souto, concelho de Villa da
Feira, districto de Aveiro.
18 , Armando Gonçalves de Souza, filho de Domingos Gonçalves
de Souza, natural de Caminha, districto de Vianna do Cas-
tello.
19 Maria Casimira dos Santos Fonseca, filha de Theodoro Pinto
dos Santos Fonseca, natural do Porto.
20 Armando Gomes d'Almeida e Silva, filho de João Gomes d'Al-
meida e Silva, natural de Santa Rita, Bio de Janeiro —
Brazil.
21 Ernani Jorge Lobo da Costa, filho de José Leal da Costa, na-
tural de Lisboa.
22 Vasco Henriques Verdial, filho de Miguel Henriques Verdial,
natural do Porto.
28 ' Abel de Barros e Mello, filho de Carlos da Silva Mello Gui-
marães, natural de Aveiro.
24 João Lopes da Cruz Junior, íilho de João Lopes da Cruz, na-
tural de Linhares, concelho de Carrazeda d'Anciães, dis-
tricto de Itragança.
25 Joaquim Francisco dos Santos Graça, filho de Manoel Fran-
cisco dos Santos Graça, natural da Povoa de Varzim, dis-
tricto do Porto.
Alumnos 49

°.'C Nomes, filiações c naturalidade!


a:»
E

26 Anlonio Gomes Ferreira Lemos, filho de Francisco Ferreira


Lemos, natural de Canellas, concelho da Regoa, districto
de Villa Heal.
Cassiano do Amaral Campello, filho de Joaquim do Amaral
Pinto Botelho, natural de Oliveira, concelho de Sinfães,
districto de Vi/.eu.
28 j Diogo San Homão, filho de João San Homão, natural de Hraga.
29 Antonio Lopes Guedes, filho de Itosa de Moraes Carvella, na-
tural de Villarandello, concelho de Valpaços, districto de
Villa Real.
30 Antonio Antunes Falcão d'Oliveira, filho de José Antonio Pinto
d'Oliveira, natural do Porto.
31 Pedro d'Alcanlara d'Andrade Moraes, filho de Salvador Homem
de Moraes, natural de Angra do Heroísmo —Açores.
32 Antonio Ignacio Coimbra, filho de Antonio Ignacio Coimbra,
natural de liorba, concelho de Felgueiras, districto do
Porto.
38 José Cabral d'Abreu Victal, filho de Joaquim Antonio d'Abreu
Viciai, natural da Figueira da Foz.

II a n n o

João Maria de Faria e Vasconcellos, lilbo de Florido Telles


de Menezes e Vasconcellos, natural do Porto.
Carlos Hento ltibeiro, filho de Manoel Carlos Ribeiro, natural
de S. Mamede de Riba Tua, concelho de Alijó, districto de
Villa Real.
Alvarim Ferreira da Silva, filho de Manoel Ferreira da Silva,
natural de Rio Tinto, concelho de Gondomar, districlo do
Porto.
Alfredo Gomes da Costa, filho de João Manoel da Costa Peres,
natural de Águeda, districto de Aveiro.
João Saavedra, filho de João Clemente de Carvalho Saave-
dra, natural do Porto.
Miguel Pinto Vallada, filho de Antonio Gonçalves Vallada, na-
tural do Porto.
FiO Escola Medico-Cirurgica do Porto

*1
; 'C Nomes, filiações e naturalidades
Zn
E I

7 Jorge d'Azevedo Maia, filho de José d'Azevedo Maia, natural


de Fajozes, concelho de Villa do Conde, districto do Porto.
8 Carlos de Castro Henriques, filho de Antonio Augusto Henri-
ques, natural do Porto.
9 João Ferreira da Silva Couto Nobre, filho de Delfina Rosa de
Jesus, natural de Santa Marinha, concelho de Gaya, dis-
tricto do Porto.
10 José Augusto de Castro Côrte-Real. filho de Francisco de
Paula Côrte-Heal, natural de Cortiçada, concelho de Aguiar
da Beira, districto da Guarda. .
11 Anthero Augusto da Cunha lirochado, filho de Francisco Al-
berto da Cunha Coutinho, natural de Travanca, concelho
de Amarante, districto do Porto.
12 Armando dos Santos Pinto Pereira, lilho de l.uiz dos Santos
Pinto Pereira, natural do Porto.
18 José Monteiro d'Oliveira, filho de Fortunato Monteiro d'Oli-
veira, natural de S. Romão d'Arôes, concelho de Fafe, dis-
tricto de Rraga.
14 Amadeu Ferreira da Encarnação, filho de Francisco Ferreira
da Encarnação, natural de Oliveira de Azeméis, districto
de Aveiro.
15 Antonio Correia d e Souza, filho de Manoel José Gomes de
Souza, natural de Ralazar, concelho da Povoa de Varzim,
districto do Porto.
16 Antonio Placido da Costa Junior, filho de Antonio Placido da
Costa, natural do Porto.
17 Antonio Vieira Rarradas. filho de Ludgero Vieira Rarradas,
natural do Porto.
18 Antonio de Souza Campos, filho de HernardinaNetto Brandão,
natural de Santa Eulália, eoncelho de Paços de Ferreira,
districto do Porto.
19 Francisco Fortunato de Moraes Sarmento, filho de José Anto-
nio de Moraes Sarmento, natural de Chaves, districto de
Villa Real.
20 | Antonio Pedro d'Alcantara Ferreira e Costa, filho de João Pe-
dro d'Alcantara Ferreira e Costa, natural de Bragança.
Alumnos 51

«.•£ I Nomes, filiações e naturalidades

21 Domingos Theodoro Pereira da Silva Andrade, filho de Anto-


nio José Alves Andrade, natural do Rio do Janeiro —Brazil.

Ill a n n o

1 Luiz Gonçalves de Souza Machado Junior, filho de Luiz Gon-


çalves de Souza Machado, natural de Loanda —Angola.
2 Alfredo da Costa Fernandes, filho de Manoel Joaquim Fer-
nandes, natural de Pinheiro, concelho de Vieira, districto
de Braga.
3 Celeste Monteiro d'Azevedo, filha de Antonio Monteiro d'Aze-
vedo, natural do Porto.
+ Maria Amelia Antunes Teixeira, fllha.de Joaquim Luiz Antunes
Teixeira, natural de Folhadela, concelho e districto de
Villa Heal.
•"> José Martins Barbosa, filho de Adolpho Fernandes Barbosa,
natural do Porto,
ti Joaquim Alves Ferreira da Silva, filho de Manoel Pereira da
Silva, natural de Mozellos, concelho da Feira, districto de
Aveiro.
7
Antonio Felix Machado, filho de José Felix Machado, natural
de Quintiães, concelho de Barcellos, districto de Braga.
8 Eduardo Alberto Ferreira d'Almeida, filho de Antonio Augusto
de Lima e Almeida, natural de Miranda do Douro, districto
de Bragança.
9 ! Francisco Augusto Monteiro do Amaral, filho de José Augusto
Monteiro do Amaral, natural de Atalaia, concelho de Pi-
nhel, districto da Guarda.
10
Álvaro Ramos Pereira de Magalhães, filho de Francisco Xa-
vier Pereira de Magalhães, natural de Guimarães, districto
de Braga.
1
1 José Gomes da Costa Carneiro, filho de António Domingues
da Costa, natural de Fradellos, concelho de Famalicão,
districto de Braga.
12
I José Hermínio Cardoso Correia, filho de José Guilherme Cor-
rein, natural do Porto.
52 E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

° 'B ! Nomes, filiações e naturalidades


I

13 Albino da Silva e Souza, filho de Joaquim da Silva e Souza,


natural de Custoias, concelho de Mattosinhos, districto d o
Porlo.
14 José Cândido da Silva Hacellar, filho de Antonio José da Silva
liacellar, natural de Cervães, concelho de Villa Verde, dis-
tricto de Braga.
15 Alexandre Taveira Cardoso, Olho de Antonio Taveira Cardoso,
natural de Sande, concelho de Lamego, districlo de Vizeu.
16 j José Fernandes Dourado, filho de Francisco Fernandes Dou-
rado, natural de Villar do Parai/.o, concelho de Oaya, dis-
triclo do Porto.
17 Francisco José Gonçalves Rehello, filho do Dellim José Gon-
çalves Heltello, natural de .Mosteiro, concelho de Vieira,
districto de Draga.
18 José Vianna Correia, filho de João Pires Correia, natural do
Porto.
10 Francisco Gonçalves d'Araujo, lilho de Estevão Gonçalves
d'Araujo, natural de Fortaleza, Ceará—lirazil.
20 Antonio Cardoso Fanzeres, filho de Gabriel de Araújo Fanze-
res, natural de Santo Thyrso, districto do Porto.
"1 Armando Amadeu Ennes Hamos Fontainhas, lilho de Domin-
gos Eanes Ramos Fontainnlias, natural de Monsão, distri-
cto de Vianna do Castello.
22 Arthur da Cunha Araújo, lilho île José Luiz da Cunha Araújo,
natural do Porto.
23 Domingos Alves Marinho, filho de José Alves Marinho, natu-
ral de Hastuço, concelho de Harcellos, districto de liraga.
24 Luiz Maria de Figueiredo Cabral, filho de Francisco do Valle
Coelho Cabral, natural tio Porto.
2° Antonio Monteiro d'Aguir, lilho de liamiro Monteiro d'Aguiar,
natural de Gallegos,concelho tie Penafiel,districlo do Porlo
26 José Ferreira Henriques dos lieis e Castro, filho de José An-
tunes da Silva Castro, natural tie Louroza, concelho e dis-
tricto de Vizen.
27 João Mendes d'Araujo Junior, filho de João Mendes d'Araujo,
natural do Porto.
Alumnos 59

Nomes, filiações e naturalidades

IV a n n o

Humberto Ferreira Borges, filho de Manoel Ferreira Borges,


nutural do Porto.
Alfredo Julio d'Oliveira, lilho de Albino José d'Oliveira, natu-
ral de Mogadouro, districto de Bragança.
Alberto José Alves Ferreira de Lemos, filho de José Antonio
Alves Ferreira de Lemos, natural de S. Filippe —Ilha do
Fogo — Cabo Verde.
Antonio Gonçalves da Silva Aròso, lilho de Antonio Gonçalves
da Silva Arôso, natural de Avelleda, concelho de Villa do
Conde, districto do Porto.
Joaquim Morues do Souza, tilho de Joaquim Antonio de Mo-
raes, natural de Sanfins, concelho de Alijó, districto de
Villa Real.
Sebastião Casimiro d'Azevedo Lopes, filho de Sebastião José
Lopes, natural de Seixo d'Anciaes, concelho de Carrazeda
d'Anciàes, districto de llragança.
7 Eduardo Fonseca d'Almeida, filho de José Francisco d'Almeida,
natural do Rio de Janeiro — Brazil.
8 Eduardo da Silva Bastos, lilho de Manoel Nunes de Bastos
Moniz, natural de Vallongo do Vouga, concelho de Águeda,
districto do Aveiro.
Américo Pires de Lima, filho de Fernando Pires de Lima, na-
tural de Areias, concelho de Santo Thyrso, districto do
Porto.
10 Alfredo da Rocha Pereira, filho de Manoel da Rocha Pereira,
natural do Porto.
11 Sebastião Feyo Gomes d'Azevedo, filho de Antonio Albino
Gomes d'Azevedo, natural de Villa Real.
12 Manoel Pinto, filho de Francisco Marques Pereira, natural de
Águeda, concelho d'Aveiro.
13 Antonio Casimiro Pereira de Carvalho, filho de José Casimiro
Pereira de Carvalho, natural do Porto.
14 Abel Teixeira da Costa Tavares, filho de José Teixeira da
E s c o l a M e d i c o ­ C i r u r g i c a do P o r t o

■ã 3
C
.'B Nomes, filiações e naturalidades

Costa, natural de Margaride, concelho de Felgueiras, dis­


tricto do Porto.
15 Alberto Pereira de Macedo, filho de Eduardo Pereira de Ma­
cedo, natural do Porto.
16 I Manoel Joaquim da C unha C onçalves, filho de João da C unha
Gonçalves, natural de Arnozella, concelho de Fafe, distri­
clo de Braga.
17 Vito do C armo José da C unha C haves, filho de José Maria da
Cunha C haves, natural de Hio Tinto, concelho de Gondo­
mar, districto do Porto.
18 Antonio Augusto Esteves Mendes C orreia, filho de Antonio
Maria Esteves Mendes C orreia, natural do Porto.
19 C ezar Augusto Fernandes Torres, filho de Maria Fernandes
Torres, natural de Lamares, concelho e districto de Villa
Heal.
20 Alexandre Queiroz, filho de Francisco Queiroz, natural de
Amarante, districto do Porto.

V anno

1 José C orreia Vasques de C arvalho, filho de José Vasques de


Carvalho, nutural da Regoa, districto de Villa Real.
2 C ândido Adelino de Mattos Vieira, filho dè Manoel Antonio
Vieira, natural de Verim, concelho da Povoa de Lanhoso,
districto de Itraga.
:i Eduardo Pinheiro da Motta C oelho, filho de Francisco Rar­
boza da Motta C oelho, natural do Porto.
4 Manoel Pinto de Magalhães, filho de José Pinto da C unha,
natural de Meinedo, concelho de Louzada, districto do
Porto.
5 | Aureliano C urcino Dias, filho de Joaquim Sebastião André
Curcino Dias, natural de S. Thoiné — Africa.
6 Álvaro Pereira Pimenta de C astro, filho de José Thomaz Pe­
reira Pimenta de C astro, natural de S. Thiago de C om­
postella — llespanha.
Alumnos 55

Nomes, filiações e naturalidades


Z
l

7João Mario Meirelles de Moura e Castro, filho do Joaquim Ma-


rio de Castro, natural do Porto.
8 Modesto Pereira Coelho, filho de Alfredo Pereira, natural de
Loivos, concelho de Chaves, districto de Villa Real.
9 Fernando da Veiga Cabral Relleza dos Santos, filho de José
Antonio Gomes dos Santos, natural de Oliveira de Aze-
méis, districto de Aveiro.
10 Gregório Queiroz da Lus, filho de João José da Luz, natural
de Penafiel, districto do Porto.
11 Alberto d'Oliveira Maia, rilho do Joaquim d'Oliveira Maia, na-
tural de Gião, concelho de Villa do-Conde, districto do
Porto.
12 i Manoel Dias l.cite Machado, filho de José Dias Teixeira Go-
mes, natural de Vizella, concelho de Guimarães, districto
ile Hraga.
18 Alberto Julio Pinto Villela, filho de Francisco Alves Coelho
Villela, natural de Santo Thyrso, districto do Porto.
14 Manoel Joaquim Ruivo da Fonseca, filho de Adriano Ruivo de
Figueiredo, natural de Villarinho do Bairro, concelho de
Anadia, districto de Aveiro.
15 Arthur Mendes Leal, filho de José Moreira Mendes, natural de
l.ouzada, districto do Porto-
1« Claudio Filippe d'Oliveira Rasto, filho de Francisco Costa
d'Oliveira Rasto, natural do Vianna do Castello.
17 Arthur Augusto Pacheco Dias Freitas, filho de José Dias Pa-
checo de Freitas, natural de Rarrozas, concelho de l.ou-
zada, districto do Porto.
18 Manoel Lourenço Gomes, filho de Carlos Lourenço Gomes,
natural de Recife — Pernambuco— Brazil-
19 Gabriel Cardoso Fanzeres, filho de Gabriel d'Araujo Fanzeres,
natural de Santo Thyrso, districto do Porto.
20 José Peixoto Pinto de Faria, filho de Christovão Peixoto Pinto
de Faria, natural de Louzada, districto do Porto.
21 Antonio Maria Pinto Fontes, filho de José Antonio Pinto Fon-
tes, natural de Ponte do Lima, districto de Vianna do Cas-
tello.
5(> E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

Nomes, filiações e naturalidades


Z |

22 I Manoel Arthur Alves Machado Ferreira, filho de Manoel Alves


Ferreira, natural de Brilello, concelho de Celorico de Baslo,
districlo de Braga.
23 Joaquim Pedro Victorino Riheiro, lilho de Joaquim Viclorino
Ribeiro, natural do Porto.
24 Joaquim Gomes Ferreira Alves, filho de Luiz Ferreira Alves,
natural do Porto.
25 Carlos Claro da Fonseca, filho de Antonio José Claro da Fon-
seca, natural do Porto.
26 Virgílio Augusto Marques Ferreira', filho, de Antonio Marques
Ferreira, -natural de Bamalde, concelho e districto do
Porto.
27 Raymundo Antonio Hamos, filho de José Antonio Ramos, na-
tural de Lavra, concelho de Bouças, districlo do Porto.
28 José Felix Farinhote, lilho de José Joaquim Farinhote, natural
de Fo/.côa, districto da Guarda.

CURSO DE PARTEIRAS

I anno

1 Adelaide Joaquina dos Santos, filha de José Joaquim dos San-


tos, natural do Porto.
2 Branca Sanches da Gama, filha de Miguel Augusto Gomes
d'Azevedo, natural de S - J o ã o Baptista, concelho de Fi-
gueiró dos Vinhos, districto de Leiria-

II a n n o

1 Maria das Dores Teixeira da Silva Braga, filha de Lucinda


Augusta Teixeira da Silva, natural do Porto.
Alumnos :,:

Resumo estatistico das matriculas

Annus Total
Curso* ilc alumnos 1

[ 1 23
II 21
III 27
Medico-cirurgico.
IV 20
V 28
1

Parteiras
{ í, M »
58 Escola Medico­C irurgica do P o r l o

Quadro estatístico dos alumnos matriculados


em 1909­1910
distribuídos segundo a naturalidade

CURSO MEDI C O­ C IRURGI C O

N.»
de alumnos

Distrktos Concelhos Por I Por


conce­ distrl­
Ihos ctos

Águeda 3
Anadia 1
Aveiro Aveiro 1
Feira 2
Oliveira d'Azemeis . . . 2

Hurcellos . . .
Braga
Celorico de Basto
Fafe . . . ' . ' .
líraga Famalicão . . ■ 16
Guimarães . . .
Povoa de Lanhoso
Vieira
Villa V e r d e . . .

Bragança . . . .
Bragança
Carrazeda d'Anciaes
Miranda do Douro .
Mogadouro . . . .
1.
Coimbra­ Figueira da Foz

Aguiar da Beira
Guarda . Fozcoa . . •
Pinhel • • .

Lisboa • Lisboa

A transportar
Alumnos 68

N.°
de alumnos

Concelhos Por Por Total


conce­ distri­
lhos ctos

Transporte 36

A murante. . .
llouças (Matlosinhos).
Felgueiras "
Caya „
Gondomar r
I.ouzada 1 62
Maia *
Paços du Ferreira . . . • *
Penafiel 88
Porto 2
Povoa de Varzim • • •
Santo Tliyrso j
A
Villa do Conde
Caminha • • 1
Monsão. ■ • 1
Vianna ■ • • 1
Ponte do Lima 1
.85
Alijó ■ • 2
Chaves. • 2
Regoa ■ ■
2 10
Vai passos. 1
Villa Iteal . 8

Lamego 1
Sinfãcs. 1
2
Vi7.eu •

Angra do Heroísmo 2

I.oanda 1

Ilha do Fogo. • • 1

S. Thome e Principe S. Thomé • • • •


A transportar 121
60 - Escola Medico-Cirurgica do Porto

Total
de alumnos !

Transporte. 121

Ceará 1
lirazil Pernambuco 1
Rio de Janeiro 4
8
Hespanha S. Thiago de Compostella . 1

Peril . . Jurimáguas . . . .

Somma total • 129

CURSO DE PARTEIRAS

N."
de alumnos

Distrlctos Concelhos Por Por Total


conce- dlstri-
lhos

Figueiró dos Vinhos . . . 1 1


8
Porto 2 2 ,
EXAMES
EXAMES

2.* ÉPOC A­OUTUBRO DE 1909

QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO

OUTUBRO
OUKYS
DISCIPLINAS S
1 s 20 21
5

1.' Anatomia descri­ Viegas, P­ Lima,


ptiva 5 H
O­ Lima­

RESULTADO DOS EXAMES

Valores

Nomes
1,a cad. Obs­
Anatomia
r. desoriptiva

Faltou
5 Antonio Antunes Falcão d'Oliveira . ■ •
Faltou Licenceado
10 Kodolpho Augusto de Sampaio e Mello .
S­12
16 Antonio do Souza C ampos
Faltou
17 António Ignacio C oimbra
Faltou Licenceado
21 Anthcro Mondes Moreira Seabra o Souza.
64 Escola Medico-Cirurgica do Porto 65
Exames

MOVIMENTO GERAL DA FREQUÊNCIA DOS A L A D O S NO ANNO LECTIVO DE 1908-1909

ANNOS [ li III
IV

1 14." 2.a rJ 10.' õ.« 7." 18.» li •' H." !)." 11."

descriptiva
Numero e titulo ~ -
das cadeiras
f
Anatomia
r

Approvados:
Com 10 a 14 valores 9 (a) 11 18 24 18 219
Com 15 a 17 » 7 18 4 15 20 o 20 20 3)26 20 106 808
*26 i. 29 2 29 15 >2!> 20
Corn 18 a 20 2 8 1 4 3S

Reprovados
Perderam o anno . . . . 1 1 .>
Não encerraram matricula . 1 1 2

Faltaram ao ponto ou exame Ti 5

Matriculados por cadeiras . 24 17 26 30 30 ! 30 26 26 26 26 374

« » annos . . 21 H(i 127

(a) Um d'estes nhimnns tinha frequência do anno lectivo anterior.


66 Escola Medico-Cirurgica do P o r t o Exames 67

SERVIÇO DE E X A M ^ R O DA DISTRIBUIÇÃO
ANNO 1^-1910
US Escola Medico-Cirurgica do P o r t o

PONTOS PARA EXAMES

CURSO MEDICO-CIRURGICO

I ANNO

1.» CADEIRA (ANATOMIA DBSORIPTIVA)

1.° — Sphenoids; articulações scapulo-humeral; musculos mas-


tigadores ; arleria pedioaa ; nervo espinal ; protuberância annular ;
estômago.
2." — Iliaco; articulação teniporo-maxillar; músculos do b r a ç o ;
carótida interna; nervo pneumogastrico ; cerebello; ligado.
8.° — Maxillar superior; articulação tio joelho; musculos da
n u c a ; arleria humeral; nervo sciatico ; bolbo; baço.
4 . " — E t h m o i d e ; articulação tibio-tarsica; musculos da m ã o ;
artéria femural ; nervos inlereostaes e lombares; ganglios cere-
b r a e s ; intestino.
5.° — Femur; articulações da m ã o ; músculos do perineo; arté-
ria sub-clavia; quarto ventrículo; trigemeo; pulmão.
6.o — Occipital ; articulação coxo-femural ; musculos da face ;
artéria iliaca interna; musculos da pharyngé; medula; rim.
7.° —Maxillar inferior; articulação do colovello; musculos da
lingua; tronco cceliaco; nervo crural; circumvoluções cerebrues;
laryngé.
8,o — Ossos da mão e articulações do p é ; músculos da coxa;
coração ; nervos oculo-motôres ; fita de Reil ; pancreas.
9.° — Ossos da perna; articulações do thorax; músculos do pes-
coço: artéria radial e cubital; nervos olfactivos e pathelico ; ventrí-
culos lateraes; órgãos genitaes do homem.
10.° — Palatino; articulação sternoclavicular; musculos da|>erna;
aorta ; nervo hypoglosso e lóbulo da insula ; utero e annexos.
Exames 69

14.a C ADEIRA (HISTOLOGIA)

Parte commum­Technicu histológica: instrumentos e metho­


dos — Cellula e tecidos — Mastoderma.

l.o — Tecido epithelial. Glândulas.


2.° —Tecidos conjunctivos.
3.o ­ii Tecidos castilaginoso e ósseo.
■í.o — Tecido muscular.
5.o — Tecido nervoso.
6.0 —Sangue e lympha ­ C oração o vasos.
7.» — Mucosas buccal, gástrica e intestinal.
8.o _ pelle — Terminações nervosas.
9.0 —Rins. Pulmão.
10." — Fígado.

Il ANNO

2." C ADEIRA ( H I Y S I O L O G I A )

l.o — Funcções cellulares e orgânicas.


2.° — Sangue — C irculação.
3.0 _ Respiração — Innervação respiratória.
4." — Calor animal.
5." — Digestão.
6.o — Absorpção e nutrição.
7.° — Secreções — Figado ­ Rim.
8.o _ Physiologia geral dos músculos ­ Locomoção.
9.°— Innervação cardíaca e vascular.
10."­Physiologia geral dos nervos­Visão (agudeza visual;
accomodação ; anomalias da rofracção).

12.» C ADEIRA (PATHOLOGIA GERAI,)

Parte vaga: Distincção entre physiologia e pathologia; doutri­


nas de pathologia; elementos mórbidos. ­ C lassificações etiologias;
noções geraes sobre as diferentes causas mórbidas; doutrinas pa­
thogenicas.­Classillcação dos processos mórbidos e seus carachi­
res principaes.­Noções geraes de bacteriologia; diagnostico bacte­
riológico das espécies pathogeneas (tuberculose, pyogeneos, pneu­
moccoco, diphteria).
7(1 Escola Medico-Cirurgica do Porto

Parte especial:

1.° — Reacções pathologicas — Albuminurias.


2.° — As doutrinas da immunidade.
3.° — Infecção e intoxicação: auto-intoxicações.
4.° — Processos pathogeneos — Degenerescências.
5.°—Papel dos leucocytos em pathologia.
6.o — Etiologia geral dos processos mórbidos — Diagnostico do
bacillo typhico.
7.° — Etiologia dos tumores — Tuberculose.
8.° — Inflammação — Suppuração.
9.° — 0 diagnostico bacteriológico — Azoturias.
10.°— Parasitas animaes— Protozoários infecciosos.

15.» CADEIRA (ANATOMIA T O P O G R A P I I I C A )

Parte comtnum:

Divisão do corpo humano em regiões. Seus limites e descoberta


dos principaes órgãos de cada uma d'ellas.

Parte especial:

1.° — Cranio e face, excepto apparelhos sensoriaes.


2.°—Apparelhos sensoriaes; rachis.
3.° — Pescoço.
i.° — Membro superior.
5.° — Thorax.
6.° — Abdomen.
7.° — Bacia,
8.° — Membro inferior.

Ill A N N O

3.a CADEIRA (MATERIA MEDICA)

Parte commun) a todos os pontos:

a) — As 12 primeiras lições da « Pharmacologia geral ».


b) —Medicações e formulário relativos a cada ponto.

1.° — Ferruginosos — quina.


2.° — Ane8lhesico — chloroformio.
7!
Exames

3.o — Anesthesicos — ether.


4.° — Quina e quinina.
5.0 — Ópio e morphina.
6.0 _ Ferruginosos — alcool.
7.° - Merc.iriaes - évacuantes simples.
8.° - Purgantes derivativos - anticatharticos.

4.a CADK1RA (pATHOt-OOIA EXTERNA)

Parte vaga: Generalidades sobre innan.ma.-ao e infecção.

l.o-A.feeções das artérias. Tétano. Fracturas do membro su-


PerÍ
2°-Septicemia e pyoemia. Feridas e suas modalidades, se-
gundo o S U Z « S U * K'™°S * » " » ^ ° " " " ^
calor .m frio. Cicatrização o cicatrizes. m m n h r n .ùna.
8o_Gangrenas, ulceras e Ustulas. Luxações do me.nb.o supe
r i o . Furúnculo e antbra,. Cho.oide. Kys.os sebaceos e unha encra-

^ o - K ^ i p o l a . AlTecções das veias. Lymphangite aguda chro-


nica e tuberculosa. Angiomas. Aftecçocs dos músculos e, l o » ô e .
« S muscules. - Contusões e feridas; rupturas e berma, g de
tendões: -secções tendinosas; synovites agudas e chronic...tuber
CUlose das bainhas, kyMos synoviaes e hygromas.
5.°-Carbúnculo e pústula maligna. C o m p l i c a ç ã o ^ t o o
ciosas nos feridos e nos operados. AíTecções cirúrgica, dos nervos.
Abcessos quentes, pbleimões e abcessos frios. |nflftmma.
6 » - Rachitisme, osteomalacia. Lesões traumatica, e mllamma-
.orias das articulações. Dystrophias e hypertrophiaB^sseasu
7.0-Fracturas em geral: pseu.larlhroses; c a l o r t c t a o j , ta
cturas expostas; descollamento trauu.atico das epiphyses. Tuber
" ' " a : - Hernias em gera, e hernias * * * ^ < * * ^
geral, osteomyeli.es dos adolescentes e con.ecul.va. a certas febres
ÍnfeC
C - F r a c t u r a s do membro inferior. Osteo-arthrite tuberculosa.
Lesões inílamma.orias e vicios de conformação do membro su-
porior.
1 0 . » - A f f o l e , cirúrgicas do thorax (lesões *9™^*>*
llammatorias). Luxações do membro inferior. Osteo-arthntcs tuber-
culosns do mombro inferior.
ll.°-Affecções do cranio (lesões traumatic.., compheaçoe.
72 Escola Mcdico-Cirurgica do P o r t o

cerebraes dos trim mutismos, vicios de conformação, bydroeepbalias).


Deformidades congénitas e adquiridas do pé.
12.»— Contusões e feridas do abdomen. Oeeliisão e obslrucção
intestinal; unus contra-natura e fistulas estercoraes. Deformidades
congénitas e adquiridas da anca e do joellio.
IS.» — Affecções da columna vertebral. Derrames e lesões tro-
pliicas articulares.
14." — Affecções da região ano-rectal (excluindo as deforuiu-
ç.ões congénitas). Contusões e feridas do rim; pyeloneplirite e pyo-
nephrose.
15.o — Cálculos vesicaes, vicios de conformação da uretbra,
urethrito blennorrhugica. Apertos d'urethra, liydrocele, orebite e
varicocele.

10.-' QADKIRA (ANATOMIA I'ATHOLOGICA)

Parte commum a iodou os pontos: Processos mórbidos geraes


e autopsias.

1.° —Anatomia pathologicu do apparelbo locomotor.


2.° — » » ., « circulatório.
3." — • » " i respiratório.
4.» — » » » digestivo.
5.o — « d o fígado e do rim.
6.° — • » do systema nervoso.
7.° — « » das meninges, pleura e peritoneo,
ganglios e vasos lymphuticos.

IV A N N O

5." CADEIRA (01'KIIACÕES)

1.° — Trepanação do cranio. Trepanação da apopbyse mastoi-


dèa. Tracheotomia. Descoberta dos vasos e nervos do pescoço.
2.°—Thoracentese. ResecçSo costal. Pleurotomia. Puncção lom-
bar. Descoberta dos vasos e nervos do membro superior.
3.° — Amputações c desarticulações do membro superior. Te-
chnica das laparotomias. Arteriorrapbia o plileborrbapbia.
4.° — Gastrotomia. Gastrostomia. Gastro-enterostomia. Knteror-
rapbia. Descoberta dos vasos e nervos da face.
7:;
Exames

5 . 0 ­ A p p e n d i c e a l * Anus contra­natura,» Amputação Inter­


scapulo­thoracica. Descoberta dos vasos do me.n bro > » f « ™
6. ­ T a l h a hypogastric* Nephrotomia e n e p h r e c t o m y C astra­
ção „0 h o ! Z Arthro.omia a resecções do joelho. Tenotomte e
tennrrlia[iliia. „ _ ' , ,., ■ | , r n
7.« ­ A m p u t a d o do. membro inferior. Trepanação da tibia. 1 .a
Uca de cirurgia experimental.
8,. ­ S r g ï de urgência dos membros. N e u r o t o m e n e u r e C t 0 .
mia e neurorrhaphia. Hesecção da anca pelo processo de Oll.er.

7.a C ADKIHA (l­ATlIOLOGIA INTIC UNA) .

l . o ­ R h e u n . a t i s . n o articular agudo e pseudo­rheuma.ismo in­


feccioso. Kstonialiles. I.itliiase biliar.
2 , > ­ Escarlatina. Esopl.agite e e s t r e i t e i s do esophego. Ang.o
cbolites e cholecystites. Í «n.inmiá
8.0 ­ Variola e vaccina. Dyspepsias. C lass.ílcaçao e anatomia
pathologica geral das cirrhoses do figado. intflStiriaes
4 . 0 ­ S a r a m p o e rubeola. Appendicite e perfurações .ntesUnaes.
Cirrhose atrophica de I.aennec ,
5 o ­ F e b r e typhoide e typho exanthemaUco. Ang.nas agudas.
Cirrhoses biliares e especialmente cirrhose de I l a n o t

6 . 0 ­ S e z o n l s m p . KnterJtee agudas e chronicas. Tuberculose ,n

' " ' t i ­ D i p h t é r i e . Ulcera redonda e cancro do estômago. Doença

<1e
" S ­ T u b e r c n l o s e . Estreiteza do pyloro. U.cera do duodeno. Kx­
ploração funòcionaí dos rins. . ....«trica
9 , ­ T e t a n o . Raiva. Mor.no. Perturbações da « f f l g
1...« ­ E s t r e p t o c o c c i a e especialmente ery.ipela da face. Nephn
tes aguda*, sub­agudas e chronicas.
13.* C ADEIIIA ( H Y O I E N E )

1,­Abastecimento de agua potável nos grandes p o v o a d o s ­


Hygiene das regiões palustres.
2.0 ­ Salubridade das h a b i t a ç õ e s ­ Hygiene escolar.
3 , o ­ p e f e * a sanitaria,, maritime e internacional ­ Hospitaes
gcraes.
4 . 0 ­ Hygiene dn via p u b l i c a ­ S a n e a m e n t o dos pântanos.
5.o_Habitações c o l l e c t i v e s ­ Prophylaxie das doençes pestt­
lenciaes.
74 Escola M e d i c o - C i r u r g i c a do Porto

6.° — Hospilaes de isolamento — Esgotos.


7.0 —Hygiene militar —Institutos para tratamento de tubercu-
losos.
8.°— Hygiene naval— Inspecção sanitaria dos géneros alimen-
tícios.
9.° —Aguas potáveis — Desinfecção sanitaria.
10.° — Salubridade thermica dos edifícios — 1'urificação das aguas
de esgoto.
11.°—Pedagogia e hygiene—Demographia.
12.0—Hygiene du primeira infância— Prophylaxiu das doenças
infecto-conlagiosas.
13.°— Propbylaxia do impaludismo —Demographia estática.
14.° —Pavimentação das ruas em hygiene — Demographia dy-
namica.
l.r>.<> — Climatologia medica—Hygiene das habitações operarias.

V ANNO

6.» CADKlltA (PARTOS)

1.° — Dimensões da bucia e da cabeça fetal: pelvirpetria e bacia


raehilica — conjunctivae dos recemnascidos (a).
2 . ° - Dequitadura artificial —inversão do utero —bemorrhagias
da dequitadura e do pósparlo — icterícia dos receninascidos.
ii." Hemorrhagias durante a gruvide/. — processos de dilatação
do collo uterino — bydrocephalia (a).
4.° — Albuminuria gruvidica e eclampsia — hydramnios — ruptura
do perineo — farfalho (a).
õ.° — Versão por manobras interna, externa e mixta —suas in-
dicações—syphilis congenita (a).
6.° —Forceps —lymphangite do umbigo dos recemnascidos (a).
7.° —Sympbyseotomia o embryotomia — diarrhea verde infan-
til (a).
8.° — Rocias viciadas — operação cesoreano — asphyxia dos re-
cemnascidos la).
9.° — Ruptura uterina — hysterectomia em obstetrícia —curativo
do cordão (a).
10.° —Infecção puerperal — asepsia e antisepsia em obstetrícia
— etiologiu geral teratologica (a).

(a) Parte pratica na enfermaria: Diagnostico da gravidei--Mechanlsmo ge-


ral do parto — Diagnósticos de apresentações c posições.
?r>
Exames

1J;« 0AD1Ï1RA (MEDICINA LEGAI.)

l.o — Signaes de morte.


2.° —Offensas corporaes.
3,-Asphyxia por submersão e por enforcamento.
4 . 0 - Asphyxia por eslrangulação e por suffocaçao.
5.° — Morle súbita.
(>." —Attentados ao pudor.
7.o — Gravidez e parto.
8.0 —Aborto.
9.0— Infanticídio.

CURSO DE PARTEIRAS

I ANNO

Parte comLm u todos os ponto,; Aeepaia e ^ ¾ ^


fermages às ,,,,,11,,,,- gravidas, 6. parturiente* e aos recemnas
eidos.
l.o-Eatructura e funeções do corpo humano em geral. Gravi-
dez em geral. Evolução regular do ovo.
2.o_nacia da mulher. Signaes da graviez. Kxame das mu.ne
reS
Ï - O ^ o s genitaes femininos, internos e externos. Noc*» de
Physiologia sobre menstruação, ovu.ação e gravidez. Deveres da par-
teira durante a gravidez. . i.nhnlhn
4.«-Mechanismo do parto. Apresentações, p o s s e s e trabalho.
Deveres da parteira durante o parto.

11 A N N O

186)
1,,-Hemorrhagias do utero durante a prenhez (§§, W a i
-Signaes de prenhez e calculo d a . a , u»<*0 <§ M 67) « ^
2.0 — Forças expulsivas no parto (ftfi ">»<«,>
7(i Escola Medico-Cirui-ffica do P o r t o

4.° — Bacia mal eonformadn (S§ 236 a 249) - Posição natural da


creança e sua passagem pela bacia (§§ 88 a 94) (o).
5.» —A creança recemnascida (§§ 138 a 142) —Enfermagem das
creanças recemnascidas (§8 143 a 147) («).
6." — Condições irregulares da placenta (§§ 326 a 328) - Morte
apparente da creança (§§ 355 a 361) —Descida do cordão (§§ 319 a
322 (a).

(a) Parte pratica na enfermaria: Mcchanismo gérai do parto —Deveres da


parteira em relação com o parto regular —Enfermagem das mulheres paridas —Dia-
gnostico de apresentações e posições.
77
Exames

Resultado dos exames


CURSO MEDICO­CIRURC1CO

MAIO, JUNHO E JULHO DE l9to

I anno

Valores por ca­


deiras
Observa­
Nomes
14/ ções
B
Anatomia Histologia
descriptive

11­15
1 Avelino José Vieira S­14.
João Teixeira l.arangeira . • R.
2 li­15
3 Manoel da C osta Portella • ; ■ • ' • ' •
Antonio da C osta Portella • • • • B­16 B­15
4 Francisco Nunes Guimarães C oimbra­ Mll­18 S­14
5 IS­17 S­14
Angelo narbedo Soares i
6
7 Eduardo Avres de Vnsconcellos . •• S­14 S­14 I"
11­17 S­14
8 Carlos Faria Moreira Uauialhao _ • ■
S­ll
9 Saul Allvrio Pereira da C onceição
10 Manoel Joaquim de Freitas Velloso S­13
Junior S­14
­ru A hei de U m a Salazar­ • •
Alberto Madureira de C arvalho Osório
MH­19
S­13
£*■

12 R. S­ll
13 Aurélio Augusto de Queiroz • ■
B­15 B­15
u Manoel C orreia de C arvalho
»­17 S­14
16 Jorge Maximino
Mariz Petit de Barcellos Pinheiro S­12
16 João Villaça de C arvalho S­ll
17 Jayme Filippe Santiago • • •
S­13 S­12
18 Armando Gonçalves de Souza • •
­ 19 Maria C asimira «los Santos Fonseca­ S­13 S­13
20; ATmãndTTJÓmês d'Almeida e Silva
211 Ernani Jorge l.obo da C osta • •
S­12 S­18 ai
R. S­13 2"!
22 Vasco Henriques Verdial • • •
23 Abel de P.arros e Mello
24 João l.opes da C ruz Junior • ■ •
25 Joaquim Francisco dos Santos Graça­
R.
B­16
S­13
lt­15
S­14
íí
26 Antonio Gomes Ferreira l.emos • S­14
27 Cassiano do Amaral C ampello­ •
28 Diogo San Romão . • • •
S­13
Yi
29 Antonio Lopes Guedes ■ • • ■ • '
30 Antonio Antunes Falcão d'Oliveira S­14
31 Pedro dWleantara d'Andrade Moraes 51
32 Antonio Ignacio C oimbra • ■ • S­12
33 José C abral d'Abreu Victal • • •
78 Escola Medico-Cirurgica do P o r t o

II anno

» Valores por ca delras

s Nomes 2." 12.» 15.*


z Physioto- Pathologia Anatomia
gll geral topographies

1 João Maria tie Karia e Vasconcellos . S-13 S-12 S-13


2 Cíirlos Bento Rilioiro S-ll S-13 H-15
8 Alvurini Ferreira tia Silva . S-ll S-13 S-14
4 S-ll S-12 S-13
ft B-16 B-1C B-17
fi S-14 B-15 B-16
7 Jorge d*Azevedo Maia. . . MH-1S B-1G B-17
8 Carlos de Castro llciiriíiues MB-18 11-17 MB-18
9 João Ferreira da Silva Conto N o b r e . ll-l.r) II-1(1 B-17
10 José Augusto de Castro Corte Heal . S-13 S-14 B-15
11 Anthero Augusto da Cunha Brochado S-ll S-12 S-13
12 Armando dos Snnlos Pinto Pereira . S-13 S-14 s-14
13 José Monteiro d Oliveira S-10 S-12
14 Amadeu Ferreira da Fncarnacão . S-13 S-12
li) Antonio Correia de Souza . . . . \1I!-1S B-17 H-17
IB Antonio Placido da Costa Junior . . MB-18 li-17 B-1G
17 Antonio Vieira Barradas S-12 S-13 S-13
18 Antonio de Souza Campos . . . . S-10 S-18
19 Francisco Fortunato de Moraes Sar-

20 Antonio Pedro d'Alcanlara Ferreira
e Costa
21 Domingos Theodoro Pereira da Silva
Andrade S-12 S-14 S-13

Observações: — Os aliimnos u.°s 13,


14, 18, li) e '20 faltaram ao ponto
na 12.-' cadeira; o n." 19 perdeu
o anno na 16;« cadeira.
Exames

anno

Valores por cadeiras

4.­ 10.*
i Nomes Pathologia Anatomia
externa pathologica

Lui/. Gonçalves de Souza Machado B­15 B­15


B­16
Junior B­15 S­U S­U
Alfredo da C osta Fernandes . B­16 B­15 S­U
Celeste Monteiro d'Azevedo. . S­13
Maria Amelia Antunes Teixeira
S­14
MR­18 MB­18
s­u
José Martins fiarboza . . • • M li­19
n­15 B­16
Joaquim Alves Ferreira da Silva B­15
Br 16 S­13
AnioniO folix Machado . • • S­U
S­13
Eduardo Alberto Ferreira d Almeida. 11­15 B­15
Francisco Augusto Monteiro do Ama­ B­15 çi­lõ
B­15
B­17 B­1G
Álvaro Ramos Pereira de MagftlbSos, n­17 S­13
S­13
José Gomes da C osta C arneiro . . S­14 MB­18
.K,sr Hermínio C ardoso C orreia . . MB­18 Ml!­18
Albino da Silva e Souza . . ■ ■ ■ S­13 S­13 s­i:i
João C ondido da Silva llacellar . . S­13 s­ii S­13
Alexandre Taveira C ardoso . . . • B­16 S­14 S­13
José Fernandes Dourado. . • • • B­15 B­15 S­U
Francisco José Gonçalves Rebello . S­14 S­13 s­u
José Vianna C orreia . . . _ • ■ • S­13 S­12 S­12
Francisco Gonçalves d'Araiijo . . • B­15 S­13 S­13
Antonio C ardoso Fanzeres . S­U S­U S­U
Armando Amadeu Knnes Ramos ron­
S­14 B­16 B­15
tainhas B­15
Arthur da C unha Araújo. . • •
B­16
B­16
s­u
S­13
S­13
Domingos Alves Marinho. B­15 S­13 B­15
Lui» Maria de Figueiredo C abral . S­U B­16 S­U
Antonio Monteiro d'Aguiar . • •
José Ferreira Henriques dos Reis e S­U B­15 S­12
Castro B­16 li­15 S­U
João Mendes d'Araiijo Junior
so Escola M e d i c o ­ Ci r u r g i c a do Porto

IV anno

Valores por cadeiras

SIIIIU­ .
7.' 13."
'atbologia
HygienB
interna

1 Humberto Ferreira Borges . . . S­l 1 S­11 S­12


2 Alfredo Julio d'Oliveiru S­14 S­15 S­14
3 Alberto José Alves Ferreira de l.emos S­10 S­14 S­14
4 Antonio Gonçalves du Silva Aróso B­15 ! B­15 S­13
5 Joaquim Morues de Souza . . . . MH­19 MB­19 H­17
11 Sebastião C asimiro d'Azevedo l.opes 11­16 B­lt> R­15
7 liduurdo Fonseca d'Almeida . MB­19 MII­18 B­17
8 Kduardo da Silva Bastos­ ■ . . 11­16 B­15 B­15
9 Américo Pires de Lima . . . . MB­19 MIMI» MB­18
10 Alfredo du Hocha Pereira . . . B­17 MB­lS B­17"
11 Sebnstiào I'eyo Gomes d'Azevedo. ' B­17 Í B­15 11­16
12 Mnnoel Pinto MB­19 I MB­lfl MB­18
13 Antonio Casimiro Pereira de C arvalho S­13 \ s­14 S­13
14 Abel Teixeira du C ostu Tavares . S­12 S­12 S­13
15 Alberto Pereira de Macedo . . . . s­14 I S­12 S­14
16 Manoel Joaquim da C unha Gonçalves S­14 S­18 B­15
17 Vito do C armo José da C unha C huves S­14 S­13 B­15
18 Antonio Augusto Esteves Mendes Cor­
reia —T\. :. MB­19! MB­19 MB­18
19 C esar Augusto Fernandes Torres. S­l 1 S­13 S­13
20 Alexandre Queiroz S­l 1 S­13 S­14
SI
Exames

V anno

Valores por cadeiras

9.\ II.*
Nomes
Clinica Medicina
cirúrgica

José C orreia Vasques de C ar­


valho • ■
Cândido Adelino de Mattos
Vieira
Eduardo Pinheiro da Motta
Coelho
Manoel Pinto de Magalhães .
Aureliano C urcino Dias . •
Álvaro Pereira Pimenta de
Castro
João Mario Meirelles de Moura
e C astro
Modesto Pereira C oelho . .
Fernando da Veiga C abral
Belleza dos Santos , . •
Gregório Queiroz da Luz . .
Alberto d'Oliveira Maia . .
Manoel Dias Leite Machado .
Alberto Julio Pinto Villella .
Manoel Joaquim Ruivo da
Fonseca
Arthur Mendes Leal . ■ •
Claudio Filippe d'Oliveira
nasto •
Arthur Augusto Pacheco Dias
Freitas
Manoel Lourenço Gomes. •
Gabriel C ardoso Fanzeres .
José Peixoto Pinto de Fúria .
Antonio Maria Pinto Fontes.
Manoel Arthur Alves Machado
Ferreira •
Joaquim Pedro Victorino Ri­
beiro
Joaquim Gomes Ferreira Al­
ves
Carlos C laro da Fonseca • •
Virgílio Augusto Marques Fer­
reira
Raimundo Antonio Ramos ■
José Felix Farinhote • • •
Observação: — O alumno n."
1C perdeu o anno.
82 Escola Medico­C irurgica do Porto Exames 83

MOVIMENTO DA FREQUÊNCIA DOS * ° ACTIVO DE 1909­1910

1.» epochs ° ^ ÍOIO

ANNOS IV V

­l„
1.» 14.» 11 10.: 5•» 7.» 13.» 6.» 8.» 9.» 11.»
■<

interna
Numero e titulo 8 P
S
das cadeiras S |

Pathologia
E­o E
S 3 S
<3i­
fi

1 o s

Approvados:
Com 10 a 14 valores 10 » 9' 191 Í8 201 161 202
Com 15 a 17 > 18 27 5 20 5 20 8 •20 7 •27 7 27 5 27 9 27 107 343
Com 18 a 20 » 5 6 3 1 2 2 2 34

(ieprovados 4 — 4

Perderam o anno . . . . 2 — — — 1 1 1 1 8
31
Não encerraram matricula . — — — — — — —
Faltaram ao ponto ou exame 14 — tój
Matriculados por cadeiras 20 28 28 28 28 374
33 28 20 20
> » annos . . 28 129
33 20
H Escola M cdico-Cirurgica do P o r t o

Exames do curso de parteiras

H." NOMES Valoro

I anno
1 Adelaide Joaquina dos Santos S-14
2 Perdeu
II anno o anno

1 Maria das Dores Teixeira da Silva Braga . . . . S-14

Exames de dentistas

N.°- Nomes 1 Data dos


exames Observações
>
1 Alexandre Pereira . . S-ll 28-1-10 Filho de Maria José
d'Almeida, naturiil
de Oliveira de Fra-
des, d i s l r i c t o de
Vizeu:
2 Aurélio Mascufiana v
S-14 20-4-10 Filho de Hafael Mas-
cuilana, natural de
Jerez de la Frontera
— Cadiz —Ilespa-
3 Camillo Gonçalves Ra- nha.
2-5-10 Filho de Antonio Gon-
çalves Ramos, na-
tural de Aflife, con-
celho e dislricto de
Vianna do Caslpllo.
4 Conceição dos Santos
S-ll 13-5-10 Filha do Miguel Ven-
tura Pires, natural
do Porto.
0 Felismina Gerstlacher. B-15 22-7-10 Filha de Carlos Gers-
tlacher, natural do
Porto.
6 Roque Cortizas Garcia. S-14 23-7-10 Filho de Pedro Cor-
tizas, n a t u r a l de
Villaclm —Ponteve-
ilra —Corunha —
Hespanha.
7 Fernando Alves Mendes B-15 25-7-10 Filho de Manoel Je-
sus Mendes, natu-
ral do Porto.
X,
Exames

Presidências dos actos grandes


DOS

A L U M N O S DO V A N N O

MEDIANTE SORTEIO
EiVÍ M D E D E Z E M B R O D E 1

Professore»
N.~ NOMES

1 José C orreia Vasques de C arvalho • • • Viegas


Bastos
2 Cândido Adelino de Mattos Vieira • • •
Brandão
3 Eduardo Pinheiro da Motta C oelho . • •
Meyra
4
Souza
5 Aureliano C nrsino Dias 0. Lima
ti Álvaro Pereira Pimenta de C astro • • Aguiar
7 João Mario Meirelles de Moura e C astro • Frias
Ê
8 Modesto l'ereira C oelho ■ • ' ' '
Brandão
9 Fernando daVeiga Cabral Relleza dos Santos Aguiar
10 Placido
11 Alberto d'Oliveira Maia
Frias
12
Meyra
13
P. Lima
H Manoel Joaquim Ruivo da Fonseca . •
Placido
15
16 Claudio Filippe d'Oliveira Basto • • •
*
Bastos
17 Arthur Augusto Pacheco Dias Freitas •
0 . Lima
18 Manoel Lourenço Homes • • •
Souza
19
Magalhães
20
Magalhães
21 Antonio Maria Pinto Fontes
Martins
22 Manoel Arthur Alves Machado Ferreira­ •
C. Lima
23 Joaquim Pedro Victorino Hibeiro. • ■
Martins
24 Joaquim C omes Ferreira Alves • • •
Dias
25 Carlos C laro da Fonseca­ • • • •
C. Lima
26 Virgílio Augusto Marques Ferreira • •
Thiago
27
Thiago
28

Nâo teve sorteio por ter perdido o


86 Es » ola Medico-Cirurgica do Porto Exames 87

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o 3
S
CO
o O

H
O
88 Escola Medico-Cirurgica do Porto Exames 89
90 Escola Medico-Cirurgica do Porto

Classificações
approvadas em sessão do Conselho Escolar
de 3 0 de julho de 1910

! ANNO

I.» cadeira (Anatomia descriptiva)

1.° premio honorifico . Abel de Lima Salazar


2.o » » . Francisco Nunes Guimarães Coimbrn.

| Angelo Harbedo Soares


Accessit sem gradação ! Carlos Faria Moreira Itamalhão
I Jorge Mariz Pelil de Harcellos Pinheiro.

Distincção í Antonio da Costa Portella'


\ Joaquim Francisco dos Santos Graça-

14.a c a d e i r a (Histologia)

Avelino José Vieira


Distincção por ordem de Manoel da Costa Portella
matricula Antonio da Costa Portella
Manoel Correia de Carvalho
Joaquim Francisco dos Santos Graça-

Il A N N O

2.» c a d e i r a (Physiologia)

I
Jorge d'Azevedo Maia
Carlos de Castro Henriques
Antonio Correia de Sousa
Antonio Placido da Costa Junior-
'.H
Exames

DbtíaççSo por ordem de í João j g g j » ^ ^ Nobre


matricula ( ' lcul ° rene»»

i S .a cadeira (Anatomia topographica)

l.o Accessit C arlos de C astro Henriques.

| João Saavedra

l Antonio C orreia de bousa.

te
arera de
{K Ó ! ^ ^ »
III ANNO

4., cadeira (Pathologia e x t e r n a )

í José Martins Harbosa


Premio honorifico ( José Hermínio C ardoso C orreia.

Álvaro Ramos Pereira de Magalhães.


Accessit .

liistinctos por ordem de nl>as „ . .


matricula Domingos Alves Marinho
Antonio Monteiro d Aguiar­

l o . , cadeira (Anatomia pathologlea)

Lo Accessit. . . . . g j 8 8 ¾ ¾ ¾ C orreia.
2.o

Álvaro Ramos Pereira de Magalhães­


!•■ Distincção .
Um Gonçalves de Sousa Machado Junior
• Àivos rprreira da Silva
2 a Distincção ■
Eduíruo Alberto Ferreira d'Almeida­
98 E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

IV A N N O

5." c a d e i r a (Operações)

Premio honorifico por ( Eduardo Fonseca de Almeida


ordem de matricula | Manoel Pinto.

l.o Accessit por ordem J J A o a ( | u i m " P ™ 8 " ° e Sousa


A enco
de matricula "' / , r e s de„Llnia „
l Antonio Augusto Esteves Mendes Correia.

de matricula 1 5Seliastiùo Feyo Gomes d'Azevedo.


l
Distinccão porordon 1 d e / Antonio Gonçalves da Silva Aroso
matricula I b e l ) a s l " l ° Casimiro d Azevedo Lopes
I Eduurdo da Silva Itastos.

7.a c a d e i r a ( P a t h o l o g i a interna)

Premio honorifico p o r í • ' " ' " l " " ' . Motaos de Sousa
ordem de matricula ' A,TierlC0 l , r e s d e ' " n a
Antonio Augusto Esteves Mendes Correia.

Accessit por ordem de 1 Eduardo Fonseca d'Almoida


matricula I A l f n , | l ° , l a Hocha Pereira
\ Manoel Pinto.

Distinccão por ordem de í Sebastião Casimiro d'Azevedo Lopes


matricula ( Sebastião Feyo Gomes d'Azevedo.

13.» c a d e i r a ( H y g i e n e )

l.° Accessit Manoel Pinto.

2." Accessit J Américo Pires de Lima


\ Antonio Augusto Esteves Mendes Correia.

í Joaquim Moraes de Souza


1.» Distinccão . . . .1 Eduardo Fonseca d'Almeida
[ Alfredo da Rocha Pereira-
Exames 98

f Sebastião Feyo Gomes d'Azevedo


** Distinccão . • • • Sebastião Casimiro d'Azevedo Lopes
I)lstlnc ao
- C | Eduardo da Silva Bastos.

V ANNO

6. * cadeira (Partos)

Accessit Manoel Lourenço Gomes.

8.« cadeira (Clinica medica)

Premio honorifico. . • Manoel Lourenço Gomes.

Accessit por ordem de í Álvaro Pereira Pimenta de Castro


matricula \ Arthur Mendes Leal.

9 .a cadeira (Clinica cirúrgica)

Premio honorifico • • Manoel Lourenço Gomes.

Accessit Arthur Mendes Leal-


( fundido Adelino de Mattos Vieira
Nstinccão [ 5 S ' 0 ,>erè'ra Pimenta de Castro.

il.a cadeira (Medicina legal)

Accessit Manoel Lourenço Gomes.

l.istincção por ordem de í Alvàro Pereira Pimenta de Castro


matricula I Arthur Mendes Leal.

PllEMIO «RODRIGUES PlN''' 0 "

Manoel Lourenço Gomes.

PHEMIO «BARÃO DE CASTELLO DK PAIVA»

p i,„»riin Fonseca d'Almeida, Ma-


Sorteado entre os alumnos: fcauara^ Uma, Anto-
noel Pinto, Joaquim Moraes de hoii». ^ U o c h a Pereira,
nio Augusto Esteves Mendes Correia e am
coube ao segundo.
PREMIO «MACEDO PINTO D

Monoel Antonio île Moraes Frias.


94 Escola Medico-Cirurgica do Porto

Relação dos alumnos


que terminaram o curso no anno lectivo
de 1909-1910

î Arthur Ferreira Cesar Doria S 12


2 Aurélio Mendes Guimarães S-12
3 Antonio Augusto Leite Pereira de Mello . H-15
4 Adelino Soares de Vilhena S-12
5 Manoel Gomes d'Araujo Alvares . . . . S-12
6 José Ferreira Pinto S-13
7 Serafim Pedrosa Araújo S-ll
8 Eduardo Alves dos Reis •. . B-15
9 Francisco da Silva Miranda Guimarães- . S-12
10 Anthero d'Araujo Usmeriz Nobre. . . . S-10
11 Manoel Antonio de Moraes Frias . . . . B-17
12 Adriano Ferreira de Carvalho S-12
18 Gonçalo Monteiro Filippe S-13
14 Antonio Moreno- . S-13
15 Carlos Maciel Ribeiro Fortes n-15
16 José d'Almeida S-U
17 Indalencio Froilano de Mello (Habilitação). S-14
18 Virgílio Augusto Marques Ferreira . . . S-ll
19 João Mario Meirelles de Moura e Castro . S-14
20 Álvaro Pereira Pimenta de Castro . . . Ii-15
21 Gregório Queiroz da Luz S-12
22 Arthur Augusto Pacheco Dias Freitas . . S-13
23 Carlos Claro da Fonseca S-ll
24 Gabriel Cardoso Fanzeres S-12
25 Manoel Pinto de Magalhães S-14
26 José Correia Vasques de Carvalho . . . S-18
27 Alberto Julio Pinto Villein R-15
28 Aureliano Curcino Dias S-12
29 Antonio Ribeiro Seixas S-13
Exames 95

RESUMO ESTATÍSTICO

das qualificações dos actos .grandes e das médias finaes


no anno lectivo de 1909-1910

Media» flnacs
Valore» Actos grande»

1
10 1
4
11 3
5 17 9 23
S. 12
3 6
13
5 3
14

í 15 3
3 9 *• ti
li. 16
1
17 8

18 1
M. B. < 19 — 8
20 2

29 29
Total . . . .
TRABALHOS E5COLARE5
O ensino da Anatomia Cirúrgica
na Escola do Porto

Antes de dar conta da maneira como regi a minha ca-


deira nos dois últimos annos lectivos, permitta-se-me que
apresente umas ligeiras notas acerca da evolução do ens.no
anatómico entre nós. .,
O primeiro professor de anatomia da nossa Escola to.
Vicente José de Carvalho que, jã como estudante do Curso
de cirurgia do Hospital de S. José de Lishoa, revelou es-
pecial predilecção pelos estudos anatómicos, occupando-se
desde o 2.° anno no mister de explicador da sc.enç.a em
que tanto se havia de illustrar. Foi nomeado, quando tre-
quentava o 2." anno (1808), porteiro das aulas e aprovei-
tava o tempo disponível em dissecções cadaver.cas e na
sua educação cirúrgica. Sentindo, mais tarde, abalada a
saúde, resignou as suas funcções em Lisboa e ret.rou-se
para Setúbal, sua terra natal, onde foi cirurgião do Hospi-
tal! dtí Misericórdia e delegado do cirurgião-mor do reino.
Em 1825 fundavam-se as Escolas de cirurgia e Vicente
<le Carvalho era nomeado professor de anatomia e physio-
loo Escola Medico-Cirurgica do P o r t o

logia da do Porto. Voltou então o modesto porteiro das au-


las do Curso de Lisboa a occupar-se dos seus trabalhos
predilectos. cA constante applicação sobre os livros; a
muita assiduidade nos trabalhos práticos; a sua reminis-
cência feliz; locução fácil; o concepção p rompia».— todos
estes predicados, que lhe attribue o seu biographo prol'. Fur-
tado Galvão, deviam fazer do creador da anatomia portuense
um professor de elevado mérito.
Em prelecções eruditas mostrava aos seus alumnos o
valor dos trabalhos práticos no estudo da anatomia; e com
o próprio exemplo iniciou entre nós o habito das dissecções.
Educado no Curso de Cirurgia de Lisboa, onde o eminente
professor Manoel Constâncio estabelecera o ensino mutuo,
trouxe Vicente de Carvalho esse systema pedagógico para
a Escola do Porto. O compendio de texto era demonstrado
e interpretado pagina a pagina no cadaver. Dissecava o
professor, o demonstrador e os estudantes; estes, divididos
em turmas, compostas de alumnos do 1.° e 2.° anno, fa-
ziam as suas preparações e demonslravam-nas uns aos
outros.
Em 1834, receiando pela sua saúde, transitou Vicente
de Carvalho para a cadeira de operações, sendo substituído
em anatomia por Bernardo Joaquim Pinto, seu continuador
digníssimo. Apesar da transferencia, Vicente de Carvalho
nunca largou o escalpello, nem mesmo quando mais tarde
(1849) foi nomeado director da blscola. Trabalhou sempre,
creando e enriquecendo o museu anatómico, até que, com
59 annos de edade, foi victimado por uma lesão cardíaca
em 1851. A gratidão dos seus collegas e amigos perpetuou
a sua memoria mandando erigir o singelo monumento que-
se encontra no cemitério do Prado do Repouso, na sepul-
tura do nosso venerando predecessor.
Não se perdeu o esforço de Vicente de Carvalho; o-
grande impulso que elle deu ao ensino anatómico conti-
nuou-se vigorosamente com o prof. Bernardo Joaquim Pinto.
T r a b a l h o s escolares 101

e seus successores. No anno lectivo de 1857-4858, apesar


de o numero de alumnos ser menos de metade menor do
que é hoje, sendo também inferior o numero de cadáveres,
o professor de anatomia normal e o demonstrador de ci-
rurgia fizeram 70 preparações e os alumnos 228.

Estas notas, desconnexas como são, á falta de mais do-


cumentos, demonstram ainda assim com eloquência que,
desde a fundação da Escola, o ensino da anatomia toi
orientado num sentido pratico e util. Não se dava uma li-
ção sem o auxilio de peças frescas ou das que eram
conservadas no Museu.
Essa dependência escolar, que hoje está infelizmente
reduzida a uns armários cheios de velhos ossos e de peças
artiíiciaes de bem pequeno valor docente, foi outrora re-
lativamente importante. O catalogo do museu, elaborado
em 1860 pelo prof. Luiz Pereira da Fonseca, mencionava
na secção de anatomia normal MO peças naturaes, sendo
891 de osteologia, 21 de syndesmologia, 10 de myolog.a,
33 do apparelho da phonação, 37 de órgãos dos sentidos,
2 de nevrologia, 6 do apparelho digestivo, 19 do apparelho
circulatório, e 1 do appaielho sexual.
Publicaram-se cinco aunos mais tarde os catálogos ge-
raes dos gabinetes da Escola Medica; o do Museu anató-
mico mencionava 539 peças naturaes de anatomia humana
normal, além de muitas artiíiciaes. Foram autores d aquel-
las preparações os seguintes professores e demonstradores:
Vicente de Carvalho, Moreira de Barros, João Lebre Pe-
reira da Fonseca, Costa Leite e Bernardo Pinto. O Museu
archivava então três preparações de vasos lymphat.cos das
extremidades dos membros inferiores; duas tinham sido
feitas por Pereira da Fonseca e uma por Costa Leite.
102 E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

Depois de 1865 não voltou a publicar-se, que eu saiba,


o catalogo do Museu de anatomia normal ; se tal se fizesse
licaria bem marcada a decadência d'esse Museu.
As causas d'ella íiliam-se talvez no augmento progres-
sivo do numero de alumnos. Todo o material de que se
pudesse dispor começou a ser pouco para a demonstra-
ção nas aulas de anatomia normal e pathologica e na de
medicina operatória, e ainda para os trabalhos práticos dos
alumnos.
*
* *

Por carta de lei de 25 de julho cie 1903 creava-se nas


Escolas Medicas a cadeira de anatomia topographica, cuja
frequência ticou substituindo a repetição de anatomia des-
criptiva. Desdobrou-se, d'esté modo, a anatomia normal,
emancipando-se em cadeira distincta a anatomia medico-
cirurgica, e ao mesmo tempo creava-se o togar de prose-
tor de anatomia.
Se os lentes de anatomia descriptiva d'esta Escola,
desde o primeiro, deram sempre um cunho pratico ao en-
sino d'esté ramo das sciencias medicas, com mais razão o
deveriam fazer os professores de anatomia topographica.
Assim procederam effectivamente os meus illustres prede-
cessores snrs. professores Carlos Lima e Souza Junior e
assim procurei eu orientar o meu ensino nos dois primei-
ros annos em que regi a cadeira de que sou proprietário.
Apesar de, nos últimos dez annos, ter diminuído de
metade a população académica d'esta Escola, ainda assim
é bem restricto o material de ensino. No ultimo decennio
foi de cerca de 130 a média annual de cadáveres entrados
no theatro anatómico, e esse material teve de servir o en-
sino de quatro cursos. Nos dois últimos annos foi o se-
guinte o movimento mensal de cadáveres entrados, no pe-
ríodo lectivo de cada um dos annos :
Trabalhos escolares 103

1908­1939 1934­1910
MEZE&

10 18
Ouiubro. . 16 13
Novembro. 15 16
Tiezembro . 20 13
Janeiro . . 10 15
Fevereiro . 10 22
' Março . . a ít
Abril. . . 10 15
i Maio

96 181
12 15


Attendendo á escassez de material ( ' ) , determmou­se
em outubro de 1908 que todos os cadáveres, menos os
que houvessem de servir na cadeira de anatomia patholo­
gica, fossem tratados por uma injecção conservadora. O li­
quido a injectar, usado havia annos no nosso featro ana­
tómico, a instancias do sur. prof. Placido da Costa começou
então a ser preparado no Laboratório Noh.e. A sua com­
posição é a seguinte :
150 grammas
Acido phenico „ °
120 grnininas
Acido arsenioso. ■ • * „
Glycerina. • • • ­■;
Acetato de sódio ­ • • ™­ B
4500 grain mas
Agua
Os cadáveres, assim injectados, conservam­se durante
bastante tempo. . „ „ „ nm _
Apesar /esta precaução, as vezes escasse,a por c m
Pleto o material e tive de deixar de dar aula a.gus dias
por falta da respectiva preparação.

«., A media mensal de fa.lecimenlos no Hospital de ^ O ^ n « 0


* superior a 30, mas só vêem pa,a a Escola os cadáveres que „«0
quisitados pela íamilia.
104 Escola Medico-Cirurgica do Porto

Por esse mesmo motivo, os alumnos apenas tiveram,


no anno lectivo de 1908-1909, 10 sessões de trabalhos
práticos, fazendo -Í2 preparações e no anno de 1909-1910,
tiveram unicamente 9 sessões, preparando 45 peças.
Além d'esses trabalhos, os alumnos, divididos em tur-
mas, auxiliaram o prosector na preparação das peças para
a aula, e praticaram algumas d'ellas sob a direcção d'aquelle.
Também eu trabalhei algumas vezes e preparei o canal tho-
racico e os órgãos genito-urinarios do homem, peças que
demonstrei ao curso de 1908-1909.
Servi-me em todas as lições de preparação frescas, e
utilisei ainda outros meios de demonstração. A propósito
de cada região estudada, referia-me 'succintamente ás le-
sões que, com mais frequência, se encontram n'ellas e,
para objectivar o meu ensino, apresentava, todas as vezes
que havia ensejo para isso, peças do nosso Museu de ana-
tomia pathologica ou da collecção da Morgue.
Apesar da deficiência de material ( ' ), deixando de
parte minudencias menos úteis, e que, aliás por pouco
tempo, sobrecarregariam a memoria dos alumnos, conse-
gui em ambos os annos completar o programma da ca-
deira.
Marquei, além d'isso, algumas repetições, para adestrar
os alumnos na descoberta dos órgãos mais importantes,
pratica que foi considerada materia vaga nos actos.
Ao terminar este relatório, em que dou nota dos mo-
destos esforços que tenho empregado, desejo chamar a at-
tenção do Conselho para urgentes necesssidades da minha
cadeira :

(') Reconhecendo a insufliciencia dos nossos meios de ensino, não


ignoro que muitas outras escolas luetam com as mesmas difhculdades. Na
propria Faculdade de Paris, cada turma de 5 alumnos nunca pôde dispor
de mais de 6 a 8 cadáveres para todos os seus trabalhos práticos de anato-
mia (Poitier et Baumgartner, Precis de dissection Paris, 1906—pag. vm).
T r a b a l h o s escolares 105

1 » ) _ É absolutamente necessário aumentar o mate­


rial de ensino. Para isso apresento dois alvitres, um de les
é conseguir­se que sejam aproveitados os cadáveres dos
indivíduos iallecidos em todo, os hospitaes e asylos do
Porto, estèndendó­se a elles a pratica seguida para o Hos­
pital de Santo Antonio.
Um outro meio seria utilisât melhor os cadáveres que
entram na Morgue. Assim como se faz a.li o ens.no pratico
de medicina legal, deveria também fazer­se o da ana tona
patliologica. D'esse modo, todos os cadáveres do U alio
anatómico seriam empregados exclusivamente n o r ™ " ­
da anatomia descriptiva e topograpbica e no de operações.
2.») ­ Ampliado o material de ensino, e orcoso reo ­
ganisar o Museu de anatomia norma. Para isso convém
Ltallar em boas condições e pôr a luncc.onar um g b
nete de preparação e de conservação de P ^ ^ ^ o
Desde que a situação económica d'esté estabelecimento
■assim o permitia, proponho que a Escola mande em c »­
missão ao estrangeiro um dos professores de ­
normal, com o Hm de estudar as i n s t a l l e s ******
tos anatómicos mais perfeitos. Esse orotessor après ■
um relatório da sua viagem e um projecto de o r g a n i z o
dos nossos gabinetes de anatomia, que chegaram a mais
deplorável decadência. anetnn

da anatomia cirúrgica na nossa 1'ocola. ur e e ,


sem demora e, para isso, além dos « " B " * * ^
que precisamos de colher, convém que &«*»**»£
actividade esforçada dos primitivos e eméritos dusecado
res da Escola Heal de C irurgia do Porto.

1'orto, 29 de julho de 1910.


O professor da 15." cadeira,

Joaquim Alberto Pires <h Lima.


O ensino da Hygiene
na E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do Porto

e as installâmes especiaes adstrictas.

A organisação do Curso de Propedêutica Medica

R E L A T Ó R I O DE SERVIÇO

Prof. LOPES MARTINS

Ao expor a forma como decorreram os ^ ^ q u e


na Escola Medico-Cirurgica tive a meu cargo no anno
lectivo que linda, devo desde começo frisar que, que na
regência da IH, Cadeira, quer na direcção do Curto auri
liar de Propedêutica Medica que mais uma vez assum , se
seguiram com sufflcienle rigor, mantendo-se sempre •
sua indispensável actualisaçâo, os respectas programmas
por mim elaborados. .
.:umpre-me deixar consignado o facto, tanto mau, que
o numero de dias d'.u.n foi notavelmente, reduz.do peta
série das provas prestadas pe.os f i ^ ^ ^ á f m Í t t o
curso da secção medica, actos de servço estes que mu.to
protelaram os trabalhos docentes. corvipot;
Em re.ato-summula direi da ^ ^ JTer^Z
de regência d'aulas, em confronto rap.do com os dema s
annos lectivos em que os tenho reahsado re.enndo
com algum desenvolvimento ás duas mstallaçoes que
108 E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

Escola estão hoje adstrictas á 13. a Cadeira — o Museu de


Hygiene e o Observatório meteorológico — e cuja direcção
me pertence assim também.

O ensino da cadeira de Hygiene, em cuja regência estou


desde a sua creação em 1900, tem-se subordinado sempre
ao plano especial que desde esse inicio da regência tracei
para tal ensino, plano de que o programma actual é, com
as devidas referencias, a reproducção.
Visando imprimir a este ensino a feição, tanto quanto
ser possa, de demonstrações praticas e applicação directa,
imprescindível hodiernamente em estudos d'esta natureza,
tenho em tal fim utilisado muito proveitosamente o Museu
de Hygiene, que por minha iniciativa fundei e venho orga-
nisando na Escola desde 1903, e que possue já hoje um
considerável núcleo de exemplares de instrumental techni-
co, os quaes, ou por múltiplos convites meus a corpora-
ções administrativas o a estabelecimentos industriaes e
outras entidades que no paiz ou no estrangeiro se oceupam
mais especialmente de assumptos sanitários, lêem sido
offerecidos ao Museu, ou mediante requisições por mim
feitas, teem suecessivamente sido adquiridos pelas corres-
pondentes verbas orçamentaes. E ê assim que essas séries
de artigos, relativos a variadas installações interessando
mais directamente a sanitariedade publica, convergem ja
agora a evidenciar o valor pratico d'esta instituição, a qual
embora ainda de manifesta exiguidade, muito me lisongoia
todavia, pela confirmação progressiva da sua utilidade no
ensino, e pela realisação d'uni meu desideratum, de longa
data já formulado: vêr de mais em mais n'uma teclmisação
especialisada taes serviços, o respectivo tirocínio pratico
effeclivaudo-se assim em favor da mais completa com-
prehensão pelos alumnos, dos aperfeiçoamentos que a
technica sanitaria vae experimentando nas suas modernas
transformações.
T r a b a l h o s escolares 109

Para as demonstrações praticas de variada ordem da


minha cadeira, devo dizer que ntiliso ainda frequentemente
não só algum do valioso instrumental pertencente ao Curso
de Medicina Sanitaria, curso que em harmonia com o De-
creto de 2i de dezembro de 1901, installe, no Porto em
1903 e que dirijo, como também, e * * £ * « " " £
aprazimento, outros d'esses meios práticos d estudo que
sào propriedade minha,-em especial, séries de planos
descriptives, cartas-perfis, photogrammas, modelos esche-
mas e diagrammas variados,-entre elles, nomeadamen
os que possuo relativos ás installais^ sanitaria.jue
conheço de visu da Allemanha, Austna-Hungna Soi sa
Bélgica, Holland., Dinamarca, Inglaterra, ^ » G lr
^J
para grande numero dos quaes, difr.cillima, senão impos-
sível, seria hoje a acquisiçao de novos exemplares.
.(o tempo em que fiz parte da Gamara do Porto ob.ive
que a Repartição das Obras municipaes elaborasse diversos,
planos interessantes de secções dos aqueductos de varias
ruas da cidade, e bem assim que lançasse na p l « £ * £
do Porto a indicação pormenorisada de toda a rede dos
esgotos ainda actualmente em funcções, serviço technCO
este leito então pela primeira vez. Ksses trabalhos to um
por proposta minha, e aproveitando o ^ * J " T " ? £
passagem pela Gamara, oferecidos então (1903) pela Mu-
nicipalidade ao Museu de Hygiene da Escola, cujo mic o de
installação eu tinha em tal época entre mãos. OotfdWa
elles também um subsidio de valia para as demonstrações
praticas d'esta cadeira.

Û Observatório meteorológico da ^ f ^ J Z S
ficou desde 1904 pertencendo ao professor de Hy^ene e
do qual dimanam observações que com frequência tenho
utilisado no ensino da Meteorologia e Glimatolog.a, e ainda
a installação á qual cabe, por tal motivo e em perte.ta
opportunidade, alludir também aqui, tanto mais que por
110 Escola Medico-Cirúrgica do For;o

essa juneção da superintendência dos serviços do Obser-


vatório á direcção da cadeira de Hygiene, que o Conselho
escolar resolveu seguidamente ao que a tal propósito então
ponderei, mais intima e harmonicamente ficaram vincula-
dos esses dados da observação meteorológica com a esta-
tística medica e o conhecimento do regimen climático
regional.
De dever é recordar n'este momento uma série de me-
lhoramentos que ultimamente se introduziram nessa insti-
tuição, quer no respeitante á sua dotação com instrumental
moderno, —que o Observatório do Infante D. Luiz, da Escola
Polytechnica de Lisboa, do qual o nosso Observatório é
para o Porto o centro officiai d'infcfrmaçoes meteorológi-
cas, tem fornecido, — quer relativamente aos trabalhos de
reparação e outros, realisados ainda n'este anno lectivo,
que eram de inadiável execução para mais conveniente
resguardo dos apparelhos n'elle em serviço, e maior facili-
dade no trabalho do observador, e a que, a requisição
minha, a Escola mandou proceder.
No começo do corrente anno uma nova disposição foi
•dada á sala d'observaçôes, sendo dispensadas as funeções
da meza e banqueta, carcomidas e balouçantes, que iam
sustentando diflicilmente vários dos instrumentos de obser-
vação, dispondo-se em supportes firmes alguns dos appa-
relhos (psychrometro, thermometros de maxima e mi-
nima, tlierniographo e barographo de J. Richard), res-
guardando-se convenientemente os rheophoros e conta-
ctos eléctricos do anemographo, etc. A's persianas das
janellas S. e VV. d'esta sala additaram-se portadas inte-
riores, mantendo-se a ampla communicação necessária
para o exterior do mirante do Observatório, mas com o
indispensável resguardo, pois que as intempéries iam-se
reflectindo tão accentuadamente nos apparelhos contidos
nesse recinto, que a sua deterioração se seguiria indubi-
tavelmente em breve praso. Uma grade, fechada á chave,
Trabalhos escolares 111

foi collocada nas escadas dando imediatamente accesso a


passerelle que precede o mirante do Observatório, para
evitar as variadas semsaborias que, pelas já reahsadas, se
tornavam muito prováveis, da parte d'alguns serventes do
Hospital de Santo Antonio, que já por vezes nas suas ex-
cursões de recreio, que até então a miude rea sava,.Jm e-
mente pelas escadas e passadiço do Observator.o, haviam
causado estragos, damniiicando selvaticamente vanos a t -
gos, entre elles toda a ligação eléctrica do anemograph»
Richard com ó respectivo quadro de registo.
Assim ficou em melhores condições de funcc.onamento
e manutenção o Observatório, o q u a l , - n ã o so como meio
didáctico, servindo efíicazmente, pelos resultados das obser-
vações regularmente nel.e eíTectuadas, para * o H * ° £
estudo de confronto d'a.gumas das lições que ã tec l . c
meteorológica e á climatologia dedico cada anno, mas a nda
como instrumento meramente scientific d observação sv*
tematisada dos principaes phénomènes a t m o s p ^ ,
até mesmo como testemunho historico,-de mte esse e
para a escola continuar ^uservando acompanhando o
progredir da technica respectiva e actuahsando-se poranto
sempre os seus serviços. E de maior interesse « * * *
a installação, se a sua dotaçãode matena. perm,tisse^add
tar ás observações que já actualmente n'e e e e h m
outras, hoje indispensáveis em institutos ^ s t »
designadamente as relativas aos estudos de magneUsm
tellurico e sismologia, e do estado eléctrico £ « £ * £
relacionação com as observações thermometncas, barome
tricas e hygrometricas correntes.
No ensino pratico da Climatologia, para O ^ t o
vatorio é assim um adjuvante valioso cujo,, resulta o
de observação quotidiana largamente tenho posto j con n
buição na exemplificação de numerosos P ™ £ ^ d £
n'esse ensino, como aliás brevemente conto ^ Z e Î
o publicar, sob um plano mais directamente a p p l i e d
112 E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

hygiene do que o seguido commummente nos observatórios:


meteorológicos não libados a institutos medicos, —devo
referir ainda que prolicuamente tenho associado áquelle
estudo, como também de grande importância, o exame
e demonstração dos excellentes cartogrammas climatológi-
cos de Hann e Neumayer, dos quadros oro-hydrographi-
cos de Berghaus e von Zittel, na parte respectivamente
applicavel, e ainda d'alguns dos mappas demographicos de
Gerland, — que se evidenciam meios valiosos de demons-
tração, e que todos, a requisição minha, existem já na
Escola desde alguns annos.
Assim no referente ao estudo generalisado da climato-
logia portugueza, estudada por documentos nacionaes, se
conseguisse egualmente, e por uma forma rápida, que a
Escola tosse dotada com exemplares das principaes publi-
cações dos Ministérios do Reino, Obras Publicas, o Marinha
e Ultramar, relativas à tal assumpto. Este um subsidio que
permittiria também ainda uma fácil expansão e um notável
desenvolvimento d'esta secção de estudos, e que adviria
como elemento da maior valia, em illação do plano que
formulei e venho proseguindo n'esta parte do programma
da minha cadeira, na feição pratica que timbro om impri-
mir-lhe de mais em mais.

Orientado portanto no sentido que deixo exposto, o


serviço da cadeira de Hygiene, de modo a proporcionar
também já, gradual e progressivamente, a instruceão sani-
taria technica, de preparação para a vida clinica geral, e
realisando como que a transição para o tirocínio dos alu-
mnos no Curso de Medicina Sanitaria — curso pratico de
aperfeiçoamento, dependente da Direcção lierai de Saúde
Publica e cuja direcção e uma secção de regência estão
por lei a cargo do professor de Hygiene da Escola,—
á contribuição tenho assim posto, para as demonstrações
dos cursos, o variado armamentario que por todas as ori-
T r a b a l h o s escolares 113

gens que vão apontadas é amplamente fornecido, e do


qual especialisarei aqui:-os diversos espécimens de mo-
delos, em miniatura e em tamanho natural, de apparelhos
sanitários; différentes cartas em relevo; quadros panetaes
de technologia, geognosia, epidemiologia, hygiene alimentar
e outros; exemplares de terrenos; preparações microgra-
phicas de géneros alimentícios, para a pesquisa e o reco-
nhecimento das suas alterações e f.audes; uma extensa
collecção de dados relativos a estancias hydro-medicinaes
do paiz e do estrangeiro, com espécimens das aguas, bo-
letins analyticos, photographias e álbuns descriptives das
respectivas regiões; diapositivos de projecção, de'que ja
actualmente existe no Museu uma larga collecção de séries,
algumas das quaes reproducção de trabalhos meus de epi-
demiologia e climatologia medica; diagrammas de estatís-
tica sanitaria, etc., etc.

De varias conferencias praticas especiaes tenho ainda


intervallado as aulas dos meus cursos, tendo tratado nos
annos anteriores d e : - assumptos de hygiene escolar;
captagera, esterilisação e redes de distribuição das aguas
de abastecimento; canalisação e depuração das aguas resi-
duarias; technica da desinfecção sanitaria, etc.; algumas
d'ellas, e quando o tempo lectivo assim o tem permittido,
em visitas de estudo, outras acompanhadas do exame por-
menorisado de modelos sanitários e documentos graplncos
variados, ou ainda da demonstração, no projector Zeiss, de
diapositivos de maior interesse para a nitida comprehen-
são dos themas versados.
Cito n'esta occasião, como mais recentes, as 1res con-
ferencias que no corrente anno realise! e das quaes dou
seguidamente a summula:
m Escola Medico-Cirurgica do Porto

18 de Fevereiro — Sobre Meteorologia climatológica, com de-


monstração d'umn série de diapositivos figurando cartas
geographicas, semi-eschematieas, comparativas das curvas
de máximos e mínimos dp pressão atmospherica: meca-
nismo de formação de tempestades por variações d'essa
. pressão; cifras udometricas em différentes pontos do
globo; cartas climáticas. Ainda demonstração pelos gra-
phicos do barographo Richard, e em cartas de projecção,
da relacionação das mutações de altura barométrica com
as variações thermicas bruscas. Estudo de cartas em relevo
de différentes regiões, com exemplificação das superlicies
naturaes de condensação do vapor d'agua atmospherico e
distribuição das zonas de diversa cifra udometrica.

16 de Maio — Sobre Hygiene industrial. Visando a 1.» parte o


estudo das medidas de prevenção dos accidentes de tra-
balho, com demonstrações em planchas muraes de techno-
logia, e ainda com projecções electro-luminosas de diapo-
sitivos representativos de espécimens de apparelhos de
segurança (perchas para reposição de corrêas de transmis-
são; protectores de engrenagens, de lapidados e de serra
mecânica em varias phases de trabalho: apparelho Piat;
protector automático Schroder; pára-esquirolas montados
em buris rectos e curvos; guarda-lançadeiras; respiradores
contra-poeiras). 1'hotogravuras dos museus de hygiene in-
dustrial de Vienna d'Austria, Charlottenburgo, Galeria Vau-
couson do Conservatório das Artes e Officios de Paris, etc.
Na 2.a parte da conferencia, o thema versado incidiu
sobre a vida dos operários das minas de hulha, e foi a ex-
posição acompanhada de projecções luminosas, represen-
tando : — diversos aspectos da vida operaria na bacia hulheira
franco-belga, especialmente nos departamentos franee7.es
do Norte e Pas-de-Calais ; riscos nos trabalhos de perfura-
ção dos poços de mina em terrenos aquíferos; ventilai lu-
res-tararas das galerias, debitando de 40 a 50 e até ÍOO"'1
d'ar por 1"; as garantias de defeza no trabalho dos perfu-
radores a ar comprimido. Demonstração do serviço penoso
dos mineiros nas veias hulhiferas pouco espessas. O arse-
nal de trabalho do operário mineiro; os trados fitados, as
lâmpadas de segurança Humphry-Davy. lampadas-grisúme-
tros Chesneau. Trabalho dos fogueiros nas baterias de 10 a
20 caldeiras (fossas intensivas), l.M ensaios da energia
Trabalhos escolares 115

eléctrica nas mina». Apparelhos fumivoroa nos fornos e


productos de derivação da hulha.

18 de Maio ­ Sobre Hygi«* sanatorial, Technica da desinfecção e


OrgonUaçtO da defeza internacional contra as pest.lencas
eJticas. Toda a conferencia acompanha.!, de projecções. Na
1 . parle, exhibindo­se as principaes disposições d mstallaçao
dos sanatórios de Rõmpler e de Brehmer, em Gorbersdorf;
do sanatório popular da cidade de Bremen em Rehburg.
Hart/­ dos de Falkenslein e Hnppertsham, Hohenhonnef,
Re.boidsgrun (cura d"ar na neve) o S.« Blasien (interessante
ins.a.lação no SCuar.rald) ; dos sanatonos de Ieysm
(vista panorâmica do sanatório soh a neve), Arosa S.t Mor t
e Dávoé­Plate e «le toda a região de Davos; do hospdal
marítimo dinamarque/. de Refsnacs; dos hosp.toes­sana­
Z Z para crean C as tuberculosas de Villierse Ormesson,
com •cempUOoação para o l.o dos exercícios de gymnasUca
respiratória; da colónia sanitaria (Ormesson) de No.sy­ e­
Grand. C onfronto com as inslallações sanatonaes portu­
gnezas, e estudo lopographico da carta em relevo da berra

•da Estrella, etc. ,


Na 2 a parte, exemplideando­se o mecan.smo da des
i n f e c t o em di.Teren.es modelos de estufas de vapor d agua
saturado sob pressão, e de vapor lluente, de que sao exhi
bidos em projecções luminosas alguns exemplares, e •
mons.rando ainda o mecanismo de estenhsaçac, dos r t ­
gos que não podem ser suhmettidos a des.nfecçao p lo
vapor d'agua. Apparelhos de formolisaçao e pulverUadore,
de solutos antiseplicos. . rt
A 3." parte, .inalmente, foi preenclnda s u m m a n a n i o a
indicação das medidas de d e f e a a B à n i t a r i a c o n t r a a * o l e r a
a peste e a febre amarella, em uma rap.da rev.sta de cou
J« cto, acompanhando­a da projecção « ^ W ­ J ^
vos que mais poderiam elucidar a expos.çao oraKAlgun»
d'est s, relativos ás peregrinações do isla.msmo e a g an­
des feiras indianas em relação com a ^ " ^ ^ s l s Z
lera e pes.e, e representando ^ ' ^ " \ 7 o l Z
do Re, am, que encerram o ran.adan,, ou época do longo
jejum diurno dos povos musulmanes, notava» pel vida
profundamente anti­hygienica que ­ c a r a f e r > * . ^
Suae, con, frequência se originam no Oriente assoladora
quaes i­uiii H Verme ho e do canal
■dilfusoes epidemicas; a defeza do Mar vermemo
116 Escola Medico-Cirurgica do Porto

de Suez e a peregrinação de Mecca, com algumas projecções


da caria geral do Canal, vistas panorâmicas de Port-Saïd,
Kántara, El-Guisr, lago Timsah, Ismailia e Port-Tewlik ; na-
vios-lazaretos e barcos-abrigos no Canal; hospital de S. Vi-
cente, perto de Ismailia ; as fontes de Moysés e a estação
sanitaria ahi installada; passagem do canal de Suez em
quarentena; acampamento d'uma caravana de peregrinos.
Vistas do Cairo e Suez. Panorama de Mecca. Différentes
aspectos ila agglomeração dos peregrinos junto da Kauba, em
Mecca. Os hadjis em regresso para Djeddah. —Outros dia-
positivos me serviram para elucidação graphiea d'alguns
pontos de maior interesse no estudo das modernas grandes
linhas de caminho de ferro, sob o ponlo de vista da trans-
missão de epidemias exóticas:—O caminho de ferro do He-
lifim. Carta geral. Damasco a Tebnk. Lazaretos provisórios
em Tebuk e Medaini-Salih. Plnnoprojecto da linha férrea
até Medina e Mecca. — O Transgiberiuno, demonstrando-sea
carta geral do trajecto, panoramas de Orenburgo, Ufa, mar-
gens do rio Hielaia e steppes Kirghize, e t c ; estação de
Myssova; a Transbaikalia, notável como foco endémico de
peste; a aldeia Raddé, com o característico aspecto d'um
povoado d'immundicie primitiva; Vladivostok.— O Transcas-
piano corno interessando notavelmente o Turkestan, e sendo
unia importante via de penetração para o Afghanistan e a
Persia. Aspectos da via férrea desde Uzun-Ada, l.n garo-
testa da linha, depois transferida para Krasnovodsk, dei-
xando ao longe o perfil das montanhas persas e do outro
lado regiões desertas, até Samarkande, e mostrando a faci-
lidade de communicação d'essas regiões até ás margens
do Caspio e d'ahi a toda a Europa oriental. — A linha Da-
kar-Aryel-Tunis, plano geral do traçado. Sua importância
para a disseminação amaryllica.

E aqui concluo o que respeita á cadeira de Hygiene.


T r a b a l h o s escolares 117

No referente ao Curso de Propedêutica medica, cuja


regência me coube novamente nos 1res últimos annos le-
ctivos (1907 a 1910), devo recordar que lhe conservei o
caracter que desde a minha primeira regência d'esté Curso,
em 1895-1896, entendi ser de maior prolicu.dade para a
aprendizagem dos aluamos, que lhe mantive essencialmente
nos períodos em que tive de assumir ainda a sua d.recçao,
de 1896 a 1900 e de 1903 a 1906, e que é a orientação
que mais consentânea com a instituição e a organisação
actual d'esta secção do ensino clinico se me augura: -
um curso pratico de semeiotica medica, com demonstrações
clinicas. , . ,
Tal curso, assim realisado, é em verdade uma serie de
lições technicas sobre o diagnostico das doenças internas,
servindo de introducção á clinica d'estas doenças.
E devo referir que ainda n'este ultimo anno lectivo em
que me pertenceu assim a sua regência - e que toi o 11.
anno em que a exerci,-mais uma vez notei ser esta a
feirão didáctica que, com essa organisação, mais convém
a tal ensino, pela preparação de todo o ponto util, que aos
alumnos se proporciona assim para o seu ingresso na
Clinica medica.
Evidentemente que uma característica de interinidade
ou transição incidiu fundamentalmente na instituição dos
Cursos auxiliares de Propedêuticas da Escola, mormente
com a manutenção do actual regimen das clinicas no Hos-
pital de Santo Antonio,-um hospital que não peitence ao
Estado, e cuja organisação de serviços não permitte, com
a amplitude que para desejar seria, a franca ut.Usaçao para
o ensino do material de estudo, representado pela trt-
quencia notável de doentes d'esse hospital geral.
E de certo que. cortando-se resolutamente por hábitos
de longa data inveterados, e promovendo-se com a precisa
instancia a reorganisação ou remodelação dos serviços me-
118 Escola Medico Cirúrgica do Porto

dicos docentes, — especialmente na sua parte clinica, que


entre nós de bem urgente necessidade se evidencia, —
esses cursos auxiliares se volverão, como é mister, em pri-
meiras secções das clinicas respectivas, claro é, mas com
a individualisação de funccionamento que lhes deve caber,
o seu serviço quotidiano effectivo, os seus titulares docen-
tes permanentes, salas d'enfermaria proprias, os serviços
de adjuvato ou assistência, por clínicos, bem assegurado,
e ainda pessoal d'enfermagem disciplinado, suffiojentemente
adestrado e sempre muito especialmente escolhido entre o
de maior e mais perfeita dedicação profissional.
D'evidencia é que a transformação das cadeiras theori-
cas das Pathologias especiaes n'estes cursos de Clinicas
propedêuticas seria a indicação bem natural, como de resto,
na nossa Escola, os professores que regem essas cadeiras o
teem jã posto parcialmente em pratica, nos limites em que
a actual organisaçào do plano docente da Escola o permit-
te, fazendo por vezes lições clinicas nos hospitaes. Ás ca-
deiras de Clinica seria dado então todo o desenvolvimento
que aquella transformação justificasse, de modo a seriar-se
assim gradativamente por cursos práticos, d'applicaçfio di-
recta, o ensino clinico geral, bem como o das especialida-
des clinicas.
De longos annos já que um tal regimen é corrente nos
principaes centros medicos do estrangeiro. Ha mais de
quinze annos que em Berlim, em Leipzig e em Vienna
d'Austria os cursos de semeiotica pratica substituíam as
cadeiras theoricas de Pathologia, que assim se haviam
transformado em serviços das clinicas respectivas, aliás
com o maior êxito, como praticamente o reconheci. Em
todas essas Faculdades taes cursos accentuavam bem na
programmatisação do seu ensino, que seria este feito tmit
besonderer Beriicksichtigung der Untersuchungsmethoden
am Krankenbetti), sempre esses cursos estando assim es-
trictamente tverbunden mil prahiischen Ubungen*. E iden-
T r a b a l h o s escolares 119

, institutos medicos da Suissa, e até já


ticamente o vi aos
da Italia.
No já longo numero d'annos lectivos em que tenho re-
gido o Curso de Propedêutica Medica, tenho-me ut, sado
para o ensino, das seis salas de doentes Pe^ncente
três serviços de medicina do Hospital geral, que rnu.U)
três s erviço» laCu ltadas pelos respecti-
ohsequiosamentc me teem siuu
vos clínicos directores de enfermaria.
n H'«WÍP Purso e nos primeiros annos ao
Como annexo d e*te ourso, e »«= r
meu serviço na Escola, então que o trabalho qu me es
tava distribuído me deixava para isso tempo d, pon e
s u f f i c i e n t ^ o que já desde muitos ™ * ? £ * ~ *
caso; pela accumulate crescente dos serviços officia* qua
q i i e r na Escola, quer fora d'ella, me i m p e n d e m , - i e g um
curso supplementar de nevropatholog.a e psychialua, de
1895 a 1898, com o caracter essencial | » U i > ^
os dementes que ao Hospital de Santo Antomo hl am
então en, frequência relativamente grande, mesmo no refe-
rente a casos de pathologia mental. „.„„„.««,
A esse curso supplemental- dei en por base algumas
liçOes imprescindíveis de histo-physiologia do - * « » » * £
voso, e ara elle me serviram em muito os on —
que no estrangeiro adquirira, especialmente na minha ma»
demorada permanência na Austria e na â l l -
rocinar nos Cursos technicos de Meynert, Krailt-E
Obersteiner em Vienna, o de Mendel, Siemerhng M e h e
Falk em Berlim, recordando ainda nas ******""
noções táo impressivas que eu colhera nas vis t s q e
su sequentemente lizera aos institutos s,m. are« d a l l a i *
Inglaterra e Franca, nos serviços, - ^ ^ . J,/
Lombroso, M a\v, i(iiacounm
Morselh, w o m i n i <o- Bacelli, Horslev, Waller e
Beevor, Charcot, Brissaud e Magnan.
Longe vae porém já essa época, que de relance aqui
120 E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

rememoro, e a regência do Curso de Propedêutica medica


que em repetidos annos tenho desde então continuado a
exercer, cada vez mais me tem confirmado na convicção,
já agora liem motivada, de que no seu estado actual da
organisação, o caracter do curso terá de persistir assim,
até que a transformação a que acima alludo, seja um facto.
Conforme o plano de trabalho que inicialmente, desde
essa 1." época, projectei e puz em exocução, e segundo o
qual elaborei, actualisando-o, o programma especial d'esté
ensino, em cada anno passo primeiramente em revista de
dressaye de technisaçâo os diversos methodos e processos
utilisaveis no respectivo exame clinico, e que constituem a
parte geral do Curso. Seguidamente; faz-se a applicação
d'esse tirocínio assim adquirido, em repetidos exercícios
de diagnostico e de semeiologia especial, tanto quanto o
permittem os serviços clínicos que successivamente vou
percorrendo com os alumnos no Hospital de Santo Antonio.
Aos alumnos, após as primeiras lições praticas de de-
monstração que lhes faço sobre os methodos d'analyse cli-
nica, convido-os sempre a observarem elles próprios os
doentes, sob a minha direcção immediata, pondo em exe-
cução as noções adquiridas, e relembrando os conheci-
mentos fundamentaes das cadeiras mais directamente subsi-
diarias, familiarisando-os assim de mais em mais com a
observação dos doentes, ao visar a fixação quer do dia-
gnostico semeiologico propriamente dito, quer da diagnose
differencial.
Frequentes lições especiaes tenho feito, quando a oppor-
tunidade se tem proporcionado, sobre variados casos clíni-
cos de observação mais demorada, ou de mais complexa
interpretação. E assim, numerosos casos de mais notável
interesse sob tal ponto de vista, tenho apresentado á
observação dos alumnos, entre esses, designadamente, al-
guns de aflecções dos apparelhos respiratório e caidio-vas-
cular, apparelho digestivo e aunexos, nephropathias, doen-
T r a b a l h o s escolares 121

cas nervosas e doenças geraes, que teem motivado, em


différentes aunos da minha regência, essas lições especiaes
de demonstração clinica.
Empregando os meus reiterados esforços, por veres
com sacrilicio considerável de tempo, para que os alu-
amos assiduamente tirocinem em minha presença e sob a
minha inspecção directa, n esses trabalhos prat.cos «le se-
meiotica, no que, aliás, tenho notado nos diversos cursos, e
em regra, também boa-vontade da parte dos alumnos, devo
dizer que egualmente tenho reconhecido ser manifesto o
seu aproveitamento nesse tirocínio, - mormente nos de
applicação perfeita, ou ainda mediana, - como em épocas
repetidas o reconheci directamente ao fazer parte dos ju-
rvs dos actos de Clinica medica, verificando assim que
essas norões basilares de semeiotica adquiridas no Curso,
se mantinham integras e seguras ao exhibirem os alu-
mnos o seu modus faciendi. de observadores clínicos. _
Este um facto que muito me apraz rememorar n este
ensejo e deixar aqui bem exarado, ao archiver assim a
forma como tem decorrido o Curso de Propedêutica me-
dica sob a minha regência, em épocas s u c c e s s e s , se-
quencia que nos períodos que precedem summanameute
liça relatada.

Porto. 30 de julho de 1910.

O professor da 13.* cheira


e em regencl» de Propedêutica Medica,

João Lopes da Silva Martins Junior.


Movimento da enfermaria
de Clinica Obstétrica
outubro de 1909 a 30 de junho de 1910)
(Desde 21 de

Entraram 725 mulheres, sendo:


562
solteiras 133
casadas 30
viuvas-

tendo a edade de
1
16 annos 8
17 > 11
18 ) 43
19 > 65
20 » 51
21 « 67
22 . 54
23 » 29
24 i 42
25 > 94
26 < 32
27 . 39
28 • 22
29 • 34
30 - 16
81 .
124 Escola Medico-Cirurgica do P o r t o

3 2 -u.ci K)
33 » 20
84 » 18
35 » 17
36 » U
37 9
38 » 7
39 » 8
40 » 7
42 » 2
43 o
4« i 3

Eram :

primiparas 241
multiparas 484

Deram á luz:

feto masculino 308


feto feminino 390

Sahiram 110 mesmo e s t a d o :

• • • • 27

Tiveram parto gemellar:

Abortaram espontaneamente:

de 6 mezes 4
de 5 mezes 3
de 4 mezes 1
Ue 3 mezes 3

Tiveram parto p r e m a t u r o :

aos 8 mezes 9
aos 7 mezes 7
T r a b a l h o s escolares 125

Nasceram :
. . . . 625
fetos vivos __
7b
fetos mortos • • • •

Apresentarani­se:
. . . 652
ile vértice • • • ■■ .­
de pelve . ­ • • ' • ,,
de espádua .
de face

Fizeram­se:
14
applica<;3es de fórceps
versões podalicas por manobras internas
versão ceplialica por manobras externas |
raspagens uterinas
curetagem uterina digital
dequitaduras artiliciaes
basiotripsias . . . ■ ■ • •
grande extracção de pelve •
colpo­perineorraphias

Porto. 21 de julho de 1910.

O chefe de C linica Obstétrica,

Manoel Antonio de Moraes Frias..


O ensino de Clinica Medica
no anno lectivo de 1909-1910

O serviço clinico, com o respectivo ensino nas enfer-


marias sob a minha direcção, foi iniciado em 21 de outubro
mas tendo sido nomeado para uma missão de estudo aos
sanatórios para tuberculosos na França e na; Sutesv por
portaria de 80 de março de 1910, interromp. o trabalho
escolar em 10 de abril, iicando a substitu.r-me ate ao en-
cerramento das aulas o illustre collega e distmcto prof, de
clinica cirúrgica, dr. Roberto Frias.
Abrangendo no período lectivo, de que venho dai con
tas ao conselho, nao só o tempo do meu ens.no ma todo
o período decorrido de 21 de outubro até 21 de ma.o d a
do encerramento, passaram pelas enfermarias «cotar s
89 doentes em homens e 63 em mulheres, fazendo um
total de 152. , ,„„„,,,„
Confrontando este numéro com o numero depoentes
nos annos anteriores, desde que tenho sob a minha direcção
as enfermarias de Clinica Medica, verinca-se que home um
ligeiro augmento no movimento hospitalar.
128 E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

MOVIMENTO DOS DOENTES NAS ENFERMARIAS ESCOLARES

Annas lectivos mens .Mulheres Total


1907-1908 . . . (il 50 111
1908-1909 . . . 78 56 134
1909-1910 . . . 89 63 152

Este augmenta, porém, é insignificante, e de anno para


anno reconheço a necessidade de apresentar aos alumiios
não só maior variedade de casos, mas em cada grupo no-
sologico maior numero de doentes. Tendo apenas duas
enfermarias, e estas com um pequeno numero de camas,
17 em homens e 11 em mulheres', não me é possível
reunir muitos casos para observação, sem ter de sacrificar
o tempo de internato dos doentes.

MEDIA 1'OH DOENTE DOS DIAS HE ENFERMARIA

Annos lectivos Homens Mulheres

1907-1908 80 40
1908-1909 43 38
1909-1910 36 37

Ora este tempo nào pode ser reduzido a nosso arbí-


trio, pois está dependente da natureza do mal. Tenho
usado da faculdade de transferir os doentes, quando os julgo
estudados, para outras enfermarias, escolhendo novos para
os substituir, mas nào deixo de reconhecer que por vezes
esta transferencia, imposta pela necessidade de multiplicar
os casos para estudo, acarreta o prejuízo de se nào acom-
panhar a evolução das doenças por tempo sufficients para
no espirito dos alumnos ficarem bem registadas todas as
phases por que ellas passaram, e as mudanças ofierecidas
sob a influencia da therapeutica prescripta.
Acudia-se de prompto a esta falta, se fosse possível
T r a b a l h o s escolares 1-29

adquirir mais duas enfermarias, uma em mulheres, e outra


em homens, proximamente com 15 camas cada uma.
Teríamos, assim, uma media superior a 200 doentes por
anno, o que permittiria alargar consideravelmente o tirocí-
nio hospitalar dos alumnos do 5." anno, embora com mais
trabalho para elles, para o professor e respectivo chefe de
clinica, mas trabalho que se não discute quando se pro-
cura, como é dever de nós todos, desenvolver as institui-
ções do ensino medico.
O elevado critério dos dignos mezarios, que constituem
a Commissão Administrativa do Hospital de Santo Antonio,
permitte-me esperar que não decorrerá muito tempo sem
que a Clinica Medica esteja devidamente dotada com as
enfermarias necessárias para um serviço docente compatí-
vel com as exigências da actualidade. Tenho Udo a satisfação
de vèr que as minhas reclamações para melhoria do serviço
nas enfermarias escolares de Clinica Medica são attendidas
pela Commissão Administrativa, e ainda no anno lindo uma
enfermaria na secção de mulheres foi especialmente pre-
parada com destino á clinica escolar. Se é certo que a
Santa Casa cumpre o seu dever, apreciando por esta iorma
o valorisado coefficient* de trabalho com que a Escola
contribue, pelos seus professores e chefes de clm.ca, para
o engrandecimento dos serviços hospitalares, nem por.sso
devemos esquecer por nossa parte o reconhecimento cie-
vido a quem sabe fazer justiça á boa vontade e a dedica-
ção desenvolvida em prol do ensino, é certo, mas que
afinal redunda em proveito dos doentes, os primeiros a
fruir com os progressos da organisação clinica das enfer-
marias escolares. . _,
Escolhidos os doentes como nos annos anteriores, em
obediência ao principio de reunir os melhores exemplares nos
diversos capítulos da pathologia medica, pude apresentar e
estudar durante o anno différente* doenças que vao cata-
logadas no mappa elaborado pelo chefe de Clinica Medica,
130 Escola Medico­C irurgica do P o r t o

mappa annexado a este relatório, e que fica resumido no


seguinte quadro:

Grupos nosologico» Homens Mulheres Total

Doenças infecciosas e para­


sitarias 14 12 26
Doenças do systenia nervoso 14 9 23
Doenças do coração . . . 1 8 9
Doenças do apparelho uri­
nário 5 o 7
Doenças do apparelho res­
piratório 22 9 31
Doenças do apparelho di­
gestivo e peíitoneo . ■ 27 11 38
Doenças dyserasicas e into­
toxicaçoes 2 10 12

Doenças infecciosas, agudas e chronicas, doenças do


systema nervoso, do apparelho respiratório e do tubo di­
gestivo, doenças do ligado e do peíitoneo, dos rins e do co­
ração, dyscrasias o intoxicações, C oram estudadas em bons
typos clínicos, em todas as minúcias da sua pathologia,
nas modificações derivadas da marcha dos casos, e nos
resultados das applicações therapeuticas.
Utilisando os recursos do Gabinete em instrumentação
de semeiotica, que de anno para anno procuro enriquecer,
com a verba que no orçamento me é destinada para tal
fim, e os elementos valiosos das analyses requisitadas ao
Laboratório da Escola, em numero de 228, e incidindo em
urinas, escarros, sangue, líquidos orgânicos, contentos es­
tomacaes e fezes, procurei sempre reunir em cada doente
os factos que importa conhecer para bem se formular um
diagnostico, pautar uma therapeutica, e apreciar devida­
mente a evolução da doença.
Das theses que foram defendidas na presente época,
Trabalhos escolares 1.31

algumas versaram assumptos discutidos durante o amio,


tendo por objecto doentes que estiveram nas nossas enfer-
marias. Cumpre-me registal-as:
1) Algum doente, de Clinica Medica-Breves considerações sobre
as connexes do figado e do baço. - Álvaro Pimenta de Castro.

2) A enti-reacçao de von-1'irquet - Observações hospitalares. -


Arthur Augusto Pacheco Dias Freitas.

3) breve estudo sobre as formas clinicas da pneumonia.- Carlos


Claro da Fonseca.

4) A espirometria e a tuberculose.- Alberto Julio Pinto Villela.

5) 0 Beribéri. — Curcino Dias.


Dos 152 doentes que entraram nas enfermarias de
Clinica Medica falleceram 14, que foram autopsiados na
presença dos alumnos, sempre convidados á comparência
a estes exercidos, aliás de reconhecida importância.
Dos vários relatórios clínicos entregues pelos diíieren-
tes alumnos e relativos aos seus doentes, foram apenas
publicados os tres seguintes:
D iSeklngiie tuberculosa.- Victorino Ribeiro. («Gazeta dos Hospi-
taes do Porto», n.° •>, 4." anno).
2) Myélite pellagra,*. - Manoel Lourenço Comes. («Gazeta dos llos-
pitaes do Porto », n.° 7, 4.» anno).
3) U caso de plenrisia sero-fibrinosa. - Álvaro Piment, de Castro.
'm
(«Jornal dós medicos e pharmaceutics portuguezes», n. LTO,
vol xv).
*

No meu ensino, aparte a visita diária ás enfermarias, e


o trabalho do primeiro trimestre, mais particularmente
destinado a exercícios de semeiotica, familiarisando os es-
tudantes com os doentes, para que os pudessem observar
132 Escola Medico-Cirurgica do P o r t o

com êxito, procurei escolher os casos que deviam servir


de objecto ás lições na intenção de variar quanto possível
os assumptos, mas formando com elles um conjuncto de
factos pathologicos que permittissem percorrer os mais
frequentes campos da clinica. É o que o Conselho pôde
verificar das notas das lições que tive occasião de fazer:
1.» (16 e 17 de novembro (ie 1909)— Um caso
de myocardite. Complicações pletiro-pitlmona-
res e renaes. — Doente, Anna du Conceição,
nlumno assistente, Pinto Villela.
Versou a lição sobre os seguintes factos: — Symptoma-
tologla da doente; classificação do syndroma; formas clini-
cas das myocardites; importância d'alguns symplomas
apresentados pela doente — pulso da jugular, hydrothorax,
infartus pulmonar; autopsia e demonstração das lesões en-
contradas;
2.* (7 e 8 de dezembro de 1910) — Myélite pel-
layrosa — Doente, Arminda Costa, alumno
assistente, Manoel Gomes. — Ataria locomo-
tora — Doente, Maria da Conceição, alumno
assistente, Machado Ferreira.
Serviram estas doentes para a demonstração dos va-
riados symptomas nervosos que permittein constituir os
syndromas medullares, com o respectivo diagnostico do
systems attingido e da secção lesada. Estudada a etiologia
dos casos, a pellagra no primeiro e a syphilis no segundo,
foi justificado o tratamento a que as doentes estavam sub-
mettidas.
$.» (21 de dezembro de 1910) — Dois casos de
cirrhose de Laennee — Doentes: José Muchado,
alumno assistente, Manoel lliiivo; José Tei-
xeira, alumno assistente, Farinhole.— Um caso
de cirrhose palustre corn splenomeyalia e nota-
rei anemia — Doente, Horácio Pires, alumno
assistente, Ferreira Alves. — Um caso de cir-
rhose de Hanoi — Doente, Lucio Monteiro, alu-
mno assistente, Leite Mahado.
Trabalhos escolares 133

Depois da descripção da symptomatologia oflerec.da


pelos quatro referidos doentes, que serviu para evidenciar
as diferença, e as semelhanças clinicas entre " « " * »
cirrhoses hepáticas, foi especialmente versada a dmrese nos
hepáticos, pela sua importância para ^ ^ ^
gnóstico das doenças do ûgado, segundo os M h t a M d a
Gilbert e Lippmann, importância reconhecida na, curvas
de diurese dos doentes em estudo.

4.. (10 de janeiro de 1910) - Tratamento das


cirrhose* do figado.
Aproveitando ainda os doentes que serviram de objecto
para a U * anterior, passei em revista a berapeuUea
applicavel ás cirrboses, em hygiene, em dietética, em e
dicacão, attendendo ao caracter geral da doença e as suas
complicações, finalisando pelos casos que indicam a cura
do Gerez.
5 a (17 de janeiro de 1910) - Um caso de «,-
' pMH, cerebral - Doente, Julio do Carmo, alu-
mno assistente, Virgílio Ferreira.

Especialisei n'esta lição os factos mais importantes que


o doente offerecia, e que vinham a ser: .ilifl,dp
- a forma hemiplegia das perturbações de motilidade
e da sensibilidade; ; , „.A*«IÍ.
- o caracter spasmodico das perturbações de mot.h
dade ;
— as perturbações de linguagem:
- os ataques de epilepsia jacksoniana.
Aproveitei as perturbações de linguagem para o e»udo
das aphasias, segundo o .polygone de « * g
bações de motilidade e de sensibilidade, da sua opogr h,a
da maneira como se manifestava a epilepsia jac —
procurei o diagnostico da sede cerebral da lesão que a s>
philis tinha produzido.
134 Escola Medico - C i r ú r g i c a do P o r t o

ri.* (24 e 25 de janeiro de 1910) — Tensão arte-


rial. Sua importância clinica.

No serviço diário da observação dos doentes habituei


os aluirmos ao registo da pressão arterial, accentuando a
importância dos dados sphygmomanometricos nas diversas
doenças. Em face d'estes dados colhidos desde a abertura
das aulas em doentes com padecimentos cardíacos, renaes,
pulmonares, etc., organisei uma lição sobre o valor clinico
da tensão arterial, notando as condições physiologicas da
sua variação, os princípios fundamentaes da sphygmoma-
nometria, as doenças caracterisadas pela hypertensão e
pela hypotensão, e as medicações apropriadas.

7.'» (23 de fevereiro de 1 9 1 0 ) - 0 tratamento


dos diabéticos.

A propósito da doente Maria da Conceição, portadora


d'uma diabetes assucarada, e que teve por assistente o
alumno Victorino Ribeiro, depois de estudar as différentes
formas clinicas da diabetes, e classificar a forma da que
offerecia a doente, versei o importante assumpto do seu
tratamento, precisando os princípios de hygiene physica,
de hygiene moral, de hygiene alimentar, a que os diabéti-
cos devem ser submettidos, bem como os medicamentos
que podem usar. Foi escolhido o regimen dietético que a
doente devia seguir, e as possíveis modificações, segundo
a evolução da doença.
S.* (4 e 5 de março de 1910) — Therapeutica
geral das infecções agudas.

Dada a organisação actual do ensino medico, não tendo


os alumnos outra cadeira de clinica medica, e restringin-
do-se o seu tirocínio hospitalar ao estudo da medicina in-
terna durante o 5.° anno, forçoso me é repetir alguns
assumptos, que considero basilares na preparação d'uni
clinico. N'este caso está o tratamento em hygiene, em die-
Trabalhos escolares i:r.

tética, em medicação, que convém estabelecer em qualquer


doença infecciosa aguda; os princípios geraes que respei-
tam ao assumpto, já versados no curso do anno .mdo, fo-
ram de novo estudados, em face das doenças que tivemos
nas enfermarias, pela frequência com que apparecem na
pratica doenças d'esta ordem.
9.*« (14, 15 e 16 de março de 1910) - Diagnos-
tico da tuberculose.

Em três lições sucessivamente feitas nos dias 14, 15


, 16 de março tratei dos processos U f f l l ^ £
experimentação e dos processos Cínicos para o diagnostico
da tuberculose pulmonar e determinação das suas tormas
No serviço hospitalar uti.isei em muitos casos I W N ^
voo Pirquet, que serviu para objecto da dissertação mau-
guraj do alumno Dias Freitas.
lO.a (Ode abril de 1910) —-4 pellagra.
A entrada no Hospital d'uma pellagrosa, que foi distri-
buída ao alumno Belle?» dos Santos, com um notável e * -
tbema nas mãos e já em profunda cachexia. " W ^ " »
uma lição acerca da pellagra, para o Muo aproveite, an da
a pellagrosa que tinha sido já objecto da hçao açe ca d «
svndromas medul.ares, e portadora d'uma « y * » * * »
esta lição terminei o ensino, e o serviço na ente, an ,
ficando a substituir-me durante a minha j o w f . ^ *
disse, o illustre prof, de clinica cirúrgica, dr. Roberto l nas.

Foram reduzidas as .•hçoes


*„. nc.ipí»i!ips
especiaes deae clinica, este
anno professadas, e para esta reducção varias drcumstau
cias concorreram, que julgo do meu ever «pôr. to
primeiro logar. em virtude da missão official, de que
encarregado" de estudar sanatórios e hosp.taes para tuber
13(5 E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

culosos, em França e na Suissa, tive de abandonar o en-


sino da cadeira antes do encerramento das aulas. No
começo do anno, eflectuou-se o concurso para as vagas
existentes na secção medica. Sendo muitos os concor-
rentes e por isso numerosas as lições, o trabalho de ar-
guente a que me vi obrigado necessariamente se liavia
de reflectir no exercício d'uni ensino diário, como é o de
Clinica Medica, roubando-mc tempo e actividade que ao
ensino devia destinar. Estas circumstancias, porém, ainda
não influíram tão fortemente para a reducção das lições,
versando questões especiaes de pathologia medica, como a
necessidade desde logo reconhecida de me demorar na
preparação dos alumnos para o exame individual dos
doentes.
Não me era possível estudar fados de pathologia clinica
perante alumnos que não estivessem na posse de recursos
próprios para o estudo e a observação dos doentes, e a
falta, assumindo este anno e para alguns alumnos grandes
proporções, obrigou-me a demorar e a alongar as lições
especiaes de clinica, para previamente collocar todo o curso
em condições de me acompanhar no ensino. Não é nada
didáctico discutir um doente, criticar um tratamento, pro-
curar a resolução d'uni problema pathogenico, em face de
um doente, não podendo os alumnos que nos ouvem
observar no doente os factos que vão sendo referidos.
A primeira obrigação do professor de clinica é adestrar
os seus discípulos no conhecimento dos doentes, e para
este trabalho tive de dirigir as minhas attenções durante
unia larga parte do anno.
Eis a razão porque mais uma vez chamo a attenção do
conselho para a proposta que apresentei no relatório
do anuo passado, pedindo a transformação em cadeira
propria do Curso auxiliar de 'propedêutica. Esta transfor-
mação impõe-se, para que mais numerosas possam ser as
lições de clinica, mais variados os assumptos tratados, o
T r a b a l h o s escolares 187

por conseguinte mais completa a educa,ão profissional dos


nossos discípulos.

„;- i n i I 1 | i a intenção completar o programma do trabalho


hospitalar e.Vectuado em cada anno ^ i v o «
gre são de estudo as estações sanitárias *»*»»**£
possue, e cujo conhecimento é de muito valor para o cl n c •
Se du^nte o anno é possível, no Porto « " « ^
tando todos os seus recursos h o ^ ^ J ^ S Ï Ï S
os alumnos serviços difTerentes, e ja o « o ^ »
procedi, indo ao Hospital de Creanças.Mar» P » - b ~ a
alguns doentinhos la internados, e ao Hospital do Hon hm
(doenças infecciosas) observar os vanolosos que no mo
L i o Id existiam, no fim do anno, t e r n n n a * . s « U ,
imnõe-se uma visita de estudo, principalmente as nossas
2 2 5 de aguas mineraes, para conhecimento direc
da sua topographia, da sua- captação e ^ ^ ^
aproveitamento, .las suas variadas appl.caçoes Iberapeu

^ T e r m i n a d o o curso, dispersos os — ^ ^
sos pontos do pai,, onde a sua actividade oUnioa vae « r
cer-se, diffici.mente elles realizarão este W * " * * * ^
e só poucos o lograrão fazer, tendo a grande « J * * £
s e contentar com as indicações e os esclarecimento,
rivados da leitura das guias thermaes. ÁSOÍDUIOS
Mdicionar á educação clinica dos nos.o s discum
estas excursões de estudo, * * « » * Z ? o T E ™
tedoá
T nrrr:p^t'a:^uo,
é o período conhecido pela designação - - I r de ^ as de
ponto, mas por motivo da minha auzenca no e s * a n g r o
foi esta primeira excursão addiada para o mez de agosto
138 Escola Medico-Cirurgica do Porto

0 objecto da excursão é o Sanatório Souza Martins, da


Guarda, posto obsequiosamente a minha disposição para a
projectada visita pelo seu illustre director, o distincto tu-
berculogista dr. Lopo de Carvalho.
Encerrando-se hoje os trabalhos escolares, por este
armo, opportunamente darei conta ao Conselho do resul-
tado d'esta excursão, para a qual dirigi convite aos alumnos
do 5.° e do 4.° annos.

Porto, 30 de julho de 11)10.

O professor da 8." cadeira,

Thiago (VAlmeida.
140 Escola Medico­C irurgica do Porto 141
Trabalhos escolares

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Trabalhos escolares 151
150 E s c o l a M e d i c o ­ C i r u r g i c a do P o r t o

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152 Escola Medico-Cirurgica do Porto

D i s t r i b u i ç ã o dos d o e n t e s
pelos alumnos

Docntci
Alll[IIMO> Òlagnotticoa
N.° iScxo

13 II Tuberculose peritoneal
4-3 H Sezonismo
Vasques de Carvalho 58 H Tuberculose ganglionar
75 II Diabetis
15 M Pleuro-pneumonia
57 M Grippe

2 H Ankylostomiase
24 ! H Broncho-pneumonia
Mattos Vieira . . 52 II Hysteria
20 M Tuberculose pulmonar
4-5 M Tuberculose pulmonar
58 M Parnlysia facial esq. completa

4 II Tuberculose pulmonar
55 II Hheumatismo tuberculoso
Motta Coelho . . 71 H Gastrite alcoólica
8Î ! H Ulcera do estômago
14 M Hysteria
21 M lístenose mitral

3 li iïebre typboide
70 II Syphilis
Pinto de Magalhães 83 II Ulcera do duodeno
1 17 M Chlorose
22 M Sezonismo
[ 40 M Mvocardite

í 5 H Mal de Hnght
20 II Febre typhoide
44 II Sezonismo
Cursino Dias . 63 H Ilyperchlorhydria
80 H Tuberculose pulmonar
85 H Beri-beri
[ 38 M Tuberculose meseuterica

^
Trabalhos escolares 153

Doentes
Diagnósticos
Alumnos
N.° Sexo

H Tuberculose pleuro-pulmonar
1
45 H Cirrhose tie Laennec
68 Il Myélite traumatica
Pimenta de Castro 84 il Epilepsia
12 M Kebre typhoïde
3» M Myocardite

21 M Mal de Rright
39 H Pneumonia lobar
Mario de Castro 51 il polynévrite
69 H Tuberculose pulmonar
1 M Febre typboide

7 Il Kstenose mitral
72 H Tuberculose peritoneal
86 Il Uroncho-pneumonia
Modesto Coelho 6 M Tuberculose pulmonar
27 M Tuberculose peritoneal
39 M Cirrhose de llanot

il Dilatação do estômago
19
33 H Myclite transversa
11 M Hysteria , .
37 M Intoxicação aguda feio phos-
Belleza dos Santos phoro
43 M Enterite chronica
51 M Pellagra

il Tuberculose pulmonar
23
II Gastrite chronica
48
M Hemiplegia esquerda
59
Queiroz da Luz M Hheumalismo articular agudo
5
48 M Rheumatismo articular agudo
59 M Hysteria

Rheumatismo articular agudo


26 11
54 II Sezonismo
7 M Tuberculose pulmonar
Oliveira Maia Tuberculose pulmonar
26 M
49 M Cirrhose de I.nennee
ÍW E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

Doentes
Alumnos Diagnostico»
N." Sexo

14 11 Cirrhose Hanot
22 1 H Gastrite chronica
Leite Machado. . 47 11 Cirrhose de Làennec
61 H Entérite tuberculosa
24 M Doença mitral

27 H Pneumonia lobar
38 H Myélite syphilitica
Pinto Villela. . 81 H Nephrite aguda
8 M Myocardite
34 M Mal de Bright
44 M Drorrcho-pneumonia

11 H Cirrhose do Liieniiec
35 H Tuberctilose pulmonar
Ruivo da Fonseca. 64 H Tuberculose pulmonar
81 M Pneumonia lobar
50 M Amygdalite catarrhal

25 11 Meningite grippal
30 II Esclerose em placas
Mendes l.eal . 73 II Pseudo-tabes
2 M Febre typhoide
35 M Chlorose

9 II Tuberculose pulmonar
42 II Pneumonia lobar
Dias Freitas. 50 H Estenose do pyloro
67 II Mal de Bright
13 M Febre typhoide

17 II Febre typhoide
40 II Saturnismo
Lourenço Gomes 9 M Myélite pellagrosa
32 M Polynévrite
42 M Enterite mueo-membranosa
52 M Arthrite tuberculosa

16 II Tuberculose pulmonar
Gabriel Fanzeres . . 65 H Gastrite alcoólica
18 M Neoplasia peritoneal
33 M Chlorose
T r a b a l h o s escolares 155

Doentes
Diagnósticos
Alumnos
Sexo

li Tuberculose laryngo­pulmonar
28
53 II Gastrite chronica
78 Il Oastro­enterite
Pinto de Faria . M Febre typhoide
3
28 M Estenose mitral

15 H Gastrite chronica
31 H Bronchite fétida
57 H Polyuria nervosa
Pinto Fontes 76 Il C irrhose hypertrophie» do n­
gado
29 M Estenose mitral

46 H Nephrite aguda
60 Il Tuberculose pleuro­pulmonar
10 M Tabes
Machado Ferreira. M C oxalgia direita
19
60 M Syphilis

H Meningite tuberculosa
32
4 M Grippe
Victorino Ribeiro . ■11 M Diabetis
56 M Chlorose

Cirrhose hypertrophic* do li­


8 » gado
Pneumonia lobar
41 11
Sezonismo
Ferreira Alves 56 II
Rheuinatismo articular agudo
16 M
54 M Pellagra
61 M Chlorose

Pneumonia lobar
18 il
Sezonismo
34 H
62 H Ulcera do estômago
Claro da Fonseca. Syphilis .
74 H
30 M Tuberculose peritoneal

11 Gastro­ptose
6
H Syphilis cerebral
37
il Pneumonia lobar
Virgílio Ferreira . 66
M Dyspepsia
23
M Mal de Bright
53
1511 Escola Medico-Cirurgica do Porto

Doentes
Alumnos 1 Diagnósticos
N.« Sexo

Í ^2 II sezonismo
86 II Adenopathia tracheo-bronchiea
Raimundo Ramos. i 25 M Pneumonia lobar
46 M Chlorose
55 M Cancro do figado

10 H linterite aguda
29 II Cirrhose de Làennec
José Farinhote. . 49 H Tuberculose pulmonar
77 H Ulcera do estômago
79 II Rheumatismo déformante
•17 M Myocardite
Trabalhos escolares 157

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158 E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

NECROPSIAS

Doentes falleci-
dOi

Casos clinicai
Numero Sexo

21 II. Mal de Bright


25 II. Meningite grippal
28 II. Tuberculose laryngo-pulmonar
32 II. Meningite tuberculosa
39 II. Pneumonia lobur
56 II. Sezonismo
58 II. Tuberculose ganglionar
76 II. Cirrhose hypertrophica do fígado
29
81
II.
II.
Tuberculose pulmonar
Nephrite aguda
8 M. Myocardite
37 M. Intoxicação aguda pelo phospboro
54 M. 1'ellagra.

^
Trabalhos escolares 159

Doentes sorteados para os actos


DESDE 1 A 8 DE JULHO

Diagnósticos Enfermaria
N.°" Alumnos

Vasques de Carvalho Myélite syphilitica Sala do Senhor


2 Mattos Vieira Estenose'do pyloro dos Afflictos
Motta Coelho Epilepsia jacksoniana — Homens
3
4 Pinto de Magalhães Endocardite chronica

Cursino Dias Tuberculose pleuro-pulmo-


5 Salada Senho-
nar
Se/.onismo ra da Saúde
6 Pimenta de Castro — Mulheres
7 Mario de Castro Intoxicação aguda pelo aci-
do phenico
8 Modesto Coelho Nephrite chronica
Hyperehlorhydria Sala do Senhor
9 Belleza dos Santos
Nephrite dos Aftlictos
10 Queiroz da Luz
Ulcera do estômago — Homens
11 Oliveira Maia
12 Leite Machado Hemiplegia

Pinto Villela Bronchite asthmalica Sala da Senho-


18
Ruivo da Fonseca Nephrite ra da Saúde
14
15 Mendes Leal Febre typhoide — Mulheres
16 Dias Freitas Myocardite

Lourenço Gomes Leucomyelite SaladoSenhor


17
Cirrhose de Laennee dos Afllictos
18 ; Gahriel Fanzeres
Pinto de Fnria Insuflicieneia mitral — Homens
19
Pinto Fontes ' Entente chronica
20

Machado Ferreira j Tuberculose pulmonar Sala da Senho-


21
Victorino Ribeiro i Mal de Bright ra da Saude
22
Ferreira Alves i Nephrite — Mulheres
23
24 Claro da Fonseca Enterite chronica
[SaladoSenhor
: Uvperchlorhydria _
25 Virgílio Ferreira dos Afllictos
j Dilatação do coração
26 ! Raimundo Ramos — Homens
27 ! José Farinhote Cachexia palustre

Escola Medico-Cirurgica do Porto, 9 de Julho de . 9 . 0 .


O chefe de clinica medica,
Cosme do Carmo Cardoso.
160 Escola Medico-Cirurgica do Porto

NOTA das a n a l y s e s r e a l i s a d a s d u r a n t e o a n n o lectivo de


1900-1910, no Laboratório Nobre -, p a r a o Curso de
Clinica Medica.

A requisição do Ex."10 Prof, de Clinica Medica foram,


durante o anno lectivo de 1909-1910, realisadas n'este
Laboratório as seguintes analyses, distribuídas pelos diffé-
rentes mezes, como mostra o quadro seguinte :

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Ef
0
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8 ° 1*
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8 1-
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Novembro B go 43
Dezembro Bi 9 22
6 24 40
Fevereiro 20
16
Abril. 52
13
3

Total TH lli 10 228

URINAS, —As urinas enviadas ao Laboratório foram


submettidas ás seguintes analyses:

[ Completa 28 1
Quantitativa Geral 16 1 88
l Parcial 44 J
Analyse chimica
Geral
Qualitativa í 5| _
Î Parcial 2 j *
Total. . . . QR
Trabalhos escolares 161

ESCARHOS. —Quasi sempre, em expectorações, como se


vê no .,uadro seguinte, se pedia a investigação do baoillo
de Koch; algumas vezes, conjuncta ou isoladamente se re­
quisitava a de outros agentes (pneumococco, estreptococco,
bacillo de Friedlánder, de Kitasato, etc.) e a da albumina­
reacção, segundo a technica aconselhada por Roger (Presse
Médicale, outubro 20­1909).
Investigação do bacillo / Revelaram bacille». . . • 6
de Koch ( N 5 ° revelaram bacillos . 34
Escarros Investigação de outros micróbios (pneumo, estre­ ^
pto, etc.) •■ •■ ; ' 19
Investigação de albumina (Roger)
70
Total

SANGUE.­O quadro seguinte mostra a natureza da in­


vestigação a que estes produetos foram submettidos :
Numeração de glóbulos rubros e brancos, percentagem de he­ ^
moglobina, formula leucocytana, etc t
Determinação da formula leucocytana '..... 9
Hemocultura em bilis (Kayser) . . . . . . . 10
Sero­reacção 3
Pcsquiza de hematozoarios
40
Total V

Nas sero­reacções empregou­se frequentemente e com


resultados concordantes, ao lado de authent.cos baciUos
d'Eberth e paratyphi»» vivos, as emulsões de cadaver*,
dos mesmos micróbios ( Typhmdiagnostmm e Faraty­
phusdiaynoslicum A e B, Ficker). Só uma vez, empre­
gando como meio de enriquecimento a bflls de boi, se­
gundo a technica de Kayser, se conseguiu isolar em placas
de Drigalski, um bacillo typhico.
As outras vezes a bilis mostrou­se ester.1 quando se­
meiada no mesmo meio ou no de Endo, ao hm de 24, 4«
e 72 horas. Este resultado não é para estranhar visto tra
tar­se, nos casos em que clinicamente e pela sero­reacção
162 E s c o l a Medico-Cirurgica do Porto

se averiguou ser uma infecção typhica, de doentes entra-


dos na enfermaria já em evolução adeantada da sua
doença, phase esta em que, em geral, é rara a presença
no sangue d'estes agentes.
Dos três sangues em que se procuraram hematozoarios
do sezonismo, só n'um se encontraram formas raras, mas
nitidas, do parasita da quarta.

LÍQUIDOS ORGÂNICOS. — Eram em geral submettidos a


exame cytologico; em alguns, além d'esté, fazia-se lambem
o exame bacteriológico, directamente, por cultura e por
inoculação. Este ultimo meio permittiu assegurar a natu-
reza tuberculosa d'um derrame ascitico, já fortemente sus-
peito ao exame cytologico :

í Pleural 3
Líquidos orgânicos j Ascitico 5
[ Cephalo-rachidiano 2
Total 10

CONTENTOS KSTOMACAES. — Dos 9 d'estes productos, 8


foram submettidos á analyse chimica segundo a teclmica
de Hayem-Winter, e um, soro physiologico que havia per-
manecido alguns minutos no estômago, á analyse histoló-
gica:

Contentos eslomacaes, para analyse chimica 8


" » » » histológica 1
Total !»

FEZES. — N'estes productos investigou-se uma vez, com


resultado negativo, a presença de Ankylostonmm duodena-
lis, e duas vezes, uma com resultado positivo, a presença
do bacillo de Koch.

Laboratório Nobre, 21 de julho de 1910.

Manoel Pinto.
O ensino
de Pathologia e Propedêutica Cirúrgicas
lectivo de 1909-1910
no anno

Ao iniciar o Curso de Pathologia C.rurg,ca do


ctivo íindo, fiz sentir aos aluamos, que, como no aono a q £
rior, procuraria imprimir aquelle estudo uma ieiçao orauoa,
absolutamente indispensável, não só como complemento
do ensino theorico, mas ainda, como me.o o mata proftcuo
para lhes despertar o interesse e apphcacâo ao ««tudo,
porisso que, assim, iam vendo dia a d» ^ ¾ ¾ ^
uma fôria pratica, as noções que theoncamente vinham

adq
parado0bter tal desideratum, só havia um meio-realisar
aulas diárias, alternadamente theoricas e P™ 11038 .
A parte theorica do ensino foi reahsada em cmcoenta
e duas lições, numero na verdade rcstr.cto d a d a . ^ U
dâo do programma da cadeira. Foi isso devido em F
ao grande numero de feriados havidos durante o annote
que muito contribuiu para encurtar a J« cie

do programma e * * - - - £ £ £ % £
pontos menos importantes, o que, de resto, po, 1
minha, já for. aootorisado em Conselho, para todos os
programmas do curso medico.
164 Escola M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

Estudamos toda a parte geral e especial da Pathologia


Cirúrgica. Quanto ao estudo segundo as regiões, occupa-
m'o-nos das aflecções do craneo, columna vertebral, thorax,
abdomen e região ano-rectal. Das doenças dos órgãos ge_
nito-urinarios, vimos, embora incompletamente, as relati-
vas ao rim (contusões e feridas pyelo e perinephrites e
pyonepbroses), á bexiga (cálculos vesicaes), urethra (hypos-
padias, epispadias, urethrites e apertos) e ao testículo e
annexos (vaginalites, hydrocelo, orchites e varicocelo).
A 27 d'outubro p. p., iniciei no Hospital de Santo An-
tonio o ensino pratico de Pathologia Cirúrgica. Um caso de
coxalgia serviu de thema, para em três lições, ensinar aos
alumnos a semeiotica especial da doença observada, bem
como para fazer a demonstração da technica a seguir na
confecção d'um apparelho gessado, extensão continua e me-
thodo das injecções modificadoras da tuberculose óssea,
segundo Calot. Seguiu-se o estudo d'um caso d'estenose
do esophago e um outro, de fractura viciosamente conso-
lidada (jue operei, corrigindo o desvio e realisando a su-
tura metallica dos fragmentos.
N'esta altura (7 de novembro) tive de modificar o
plano do ensino pratico, pelo seguinte motivo:
Em sessão ordinária do Conselho escolar de 8 de no-
vembro p. p., o prof. Oliveira Lima, encarregado de reger
o curso de Propedêutica Cirúrgica, fez sentir, a pedido dos
alumnos, (jue se tornava impossível realisar com proveito
aquelle ensino, dada a agilomeraç.ão d'estudantes (3.°
e 4.° annos) em torno da cama do doente em observação.
Que conviria fazer em cursos separados aquelle estudo.
A bem do ensino, offereci-me para reger um d'aquelles
cursos (3.° anno), visto que já então fazia no hospital li-
ções de Pathologia Cirúrgica. A única differença era, tor-
nar obrigatória a assistência, que até ahi fora facultativa.
Assim foi resolvido, iniciando-se o ensino no dia 10
de novembro p. p. E claro que, numa tentativa d'esta or-
Trabalhos escolares 165

dem, sem enfermaria propria e com a sobrecarga do


ensino theorico da respectiva cadeira, não era possível
realisar um curso de propedêutica por uma forma metlio-
dica e regular. .„„
N'esse trabalho empreguei o melhor do meu st orço,
realisando durante o anno (até 21 de maio p. p.) alem das
lições já mencionadas, mais as seguintes.
Fim da Propedêutica, méthodes geraes d'exame, noções
sobre deontologia (1 lição).
Percussão e auscultação (2 lições).
Anesthesia (2 lições).
Apparelho da audição (method* d'exploraçao e prm-
cipaes affecções) (2 lições).
Apparelho da olfacção (1 lição).
Apparelho da visão (3 lições).
Electrodiagnostico (3 lições).
Fracturas da columna vertebral (2 lições).
Diagnostico precoce do mal de Pott (1 hcao).
Massagem (1 lição).
. Joelho valgo (1 lição) (com operação).
Luxação scapulohumeral, com a demonstração do me
lhor methodo de reducção (1 lição).
Pseudarthose, consequência de retardamento na con
solidação de fractura da tibia (1 lição). Este caso se m u
para indicar o modo de realisar as mensuraçoes sobre
eSqi
íhdr0otlierapia (noções geraes seguidas da visita ao
balneário do hospital). . v
Osteo-arthrite tuberculosa do cotovello (1 bO»), com
applicação do methodo de Bier.
Seja dito de passagem, que em alguns pu
de tuberculose óssea existentes nas enferma . s da Escola
foi o methodo de Bier applicado por ^ « ^ o s ^ u m o o
do 3.» anno, sob a minha direcção, com a respectiva
ctorisação do professor de Clinica Cirúrgica.
ítn Escola Medico-Cirurgica do Porto

Além d'aquellas lições, em algumas das quaes, os alu-


irmos previamente foram guiados no interrogatório dos
doentes sob o ponto de vista da semeiotica, observaram
e interrogaram os portadores das seguintes afíecções :
Osteite e carie do femur. Osteo-arthrite tibio-tarsica
seguida d'intervençào (tarsectomia posterior). Phimosis
(egualmente operado).
Cicatrizes viciosas.
Commoção cerebral e medullar com paralysia dos mem-
bros superiores e inferiores e incontinência fecal e urina-
ria. Hernia inguinal infantil.

Ao terminar este resumido relato da forma como de-


correu o ensino theorico e pratico nos cursos a meu cargo
durante o anno lectivo lindo, seja-me licito consignar o
meu vivo agradecimento aos collegas directores clínicos
das enfermarias de cirurgia do Hospital da Misericórdia, que
com a maior amabilidade não só consentiram em que réali-
sasse as minhas lições nas respectivas salas, como ainda
me convidaram a operar alguns dos doentes que tinham
servido para demonstrações clinicas.
Cumpre-me egualmente declarar que, d'accordo com
a opinião do collega Thiago d'Almeida expendida no seu
bello relatório de Clinica Medica do anno lectivo anterior,
e relativo ao ensino de Propedêutica Medica, reconheço
que não ha forma de realisar em Propedêutica Cirúrgica
um ensino profícuo e methodico, emquanto que aquelle
curso não for convertido em cathedra especial, destinada
a preparar convenientemente o alumno para receber com
proveito os ensinamentos da clinica cirúrgica, realisados
no escasso período lectivo do ultimo anno do curso, já
de si sobrecarregado com muitos outros deveres esco-
lares.
Finalmente, cumpre-me agradecer aos alumnos do
3.° anno, as repetidas demonstrações de consideração com
Trabalhos escolares 167

que me distinguiram, traduzidas pela assiduidade, interesse


e applicaráo com que se houveram durante o anno lectivo,
o que, se muito os nobilita, egualmente concorre para
enaltecer o bom nome da Escola, á qual, como professor,
com legitimo orgulho me honro de pertencer.

Porto, 30 de julho de 1910.

O lente da 4.* cadeira,

Carlos Lima.
Pathologia Interna

ANNO LECTIVO D E 19O0-191O

Relatório apresentado ao Direotor da Esoola

Subordinado a um programma approvado pelo Conse-


, h 0 Escolar, fiz o ensino da Pathologia Interna ate onde o
permittiu o limitado numero de d.as úteis.
Desenvolvi as matérias mais importantes M J P » ^
dament* em pouco mais de quadros .ynopUco., as que
- Procure!
' - - -dar7a -estat cade
r ^ira lu.C S P-ica, tanto
formar
quanto possível, dentro da su mdo e s . , ^ &
em uma cadeira de clinica. Com eíleito a
clinica teem feições diversas, eml.ora se ^ e ^
a primeira as doenças na sua general.*.*. e * P ^
toSU etiologia,,, * — ^ ^ T ^ ^
creando, por assim dizer, tjpos que
, cabeceira do doente. A clinica - s r ^ - •
semelhança ou disseme m a n ç , £ * • s d P« lo
cas, isto é, as modificações de forma,
(Iue as condições « g ^ " ^ ^ £ um en-
Para familiartsar o » l u ™ ° J ^ ^ , t r a n s i c ã o entre
sino que estabelecesse, por assim aizei,
a pathologia e a clinica.
170 E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

A' semelhança do que se praticou no anno anterior,,


sempre que isso foi possível e em dias que não eram os
das aulas, mostrei-lhe vários doentes, fazendo-lhe fixar a
symptomatologia, notando-lhe as dlfferenças de caso para
caso e demonstrando-lhe como da reunião d'esses casos,
em parte dissemelhantes, se formou o typo clássico.
E assim foi accrescido o numero de dias úteis de aula
com mais treze lições nos Hospilaes de Santo Antonio &
do Bomliui, no Instituto vaccinico portuense e no Seminá-
rio dos meninos desamparados.

Seguindo a ordem do programma, comecei pelo estudo


das doenças infecciosas e /wasitarias/especilicando: a) as.
febres eruptivas (sarampo, rubeola, escarlatina, quarta
doença, variola, varicella e vaccina); b) as doenças infec-
ciosas bacterianas (estreptococcia, estaphyllococcia, pneu-
mococcia, rheumatismo articular agudo, pseudo-rheuma-
tismo infeccioso, influenza, trazorelho, diphteria, febre
typhoide e paratyphoide, typho exanthemalico e tubercu-
lose); c) as doenças parasitarias (sezonismo e trypanoso-
miase).
Estas lições theoricas foram intermediadas com algumas
lições clinicas que versaram sobre a variola, vaccina, sa-
rampo, trazorelho e febre typhoide.
A vaccina foi estudada no excellente Instituto vaccinico
do Dr. Mario de Castro, que do melhor grado se prestou
a mostrar as installações do Instituto, a fazer a colheita da
vaccina, a proceder a uma sessão de vaccinação directa
da vitella, permiltindo ainda aos alumnos alguns ensaios
da technioa. A variola foi estudada no Hospital do Horn fim,
onde se examinaram vários doentes, em períodos diversos
da evolução, desde o inicio da erupção e phases successi-
vas de suppuração, deseccaçâo e convalescença. O sarampo
foi mostrado aos alumnos no Seminário dos Meninos des-
amparados, tendo eu occasião de lhes fazer apreciar, além
Trabalhos escolares 171

de diversas fornias de exanthema, o enanthema e o signal


de Koplick. Tive ensejo de mostrar a alguns alumnos um
interessante caso de trazorelho inicialmente b,ateral, em
uma creança internada na sala de observares do Hosp.U.
Cera. de Santo Antonio. No mesmo Hospital toram exami-
nados alguns doentes de febre typhoïde, em période* di-
versos da sua evolução, fazendo um estudo comparativo
das différentes curvas de temperatura.
Passamos em seguida ao grupo das < ? * £ « • » *
nutrição e ahi estudamos o arthr.tismo, obesidade e

^Entramos depois na exposto das doenças ^appafo


digestivo e annexos (doenças da bocca, da P . ar5nge do
esophago, estômago, intestinos, pancreas, pentoneu e fi

^ D ' e s t é grupo tive ensejo de mostrar alguns casos chni-


cos na enfermaria de creanças do Hospital Gera de Santo
Antonio. Assim apresentei e segui ate terminação lata - um
caso de noma; estudei um caso de estreiteza f broa. do
esophago, devido á ingestão de substancia cáustica en
sai ando o alumnos na pratica do catheterismo do esophago
e mostrei um caso de cirrhose alcoólica hypertrophic»,
com enorme ascite, praticando-se a paracentèse
Terminei o curso com o estudo das doenças doj«
relho urinário, fa..ecendo-me o tempo para percorrer as
doenças dos apparelhos respiratório e circulatório e
syst
srr;a.guns ^ *»*& ^ ™
em >iç5es praticas, como foram a # £ £ Z * « Z l
resia sero-fibrinosa, - m ' ^ n l - ^ e n t e com
vários casos de pneumeniaffrinosa ^ Q ^
172 E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

verei nas breves considerações com que fiz preceder o


programma que apresentei ao Conselho escolar, isto é, que
«com os progressos das sciencias medicas e com o limi-
tado numero de dias úteis, cerceados ainda por feriados
imprevistos, é impossível satisfazer d'uma maneira cabal
ás prescripções regulamentares».
Como remediar este inconveniente?
Ou o Conselho reduz o programma, ou acceita o alvi-
tre que já n'aquellas considerações apresentei e que con-
siste em scindir a materia da pathologia interna em 2
partes, professadas alternadamente em annos successivos,
com assistência simultânea dos cursos do 3.° e 4.° annos.

Porto. 30 de julho de 1910.

O professor da 7.* cadeira,

J. Dias d'Almeida.
Clinica Cirúrgica

MOVIMENTO DAS ENFERMARIAS ESCOLARES

Anno lectivo de 1908-1909

Relação das operações praticadas nas enfermarias de clinica


cirúrgica da Escola Medica do Porto, durante o anno lectivo
de 1908 a 1909 (24 de outubro a 14 de junho).

Descripçâo c resultados therapeuticos

Enfermaria n.« 1 (Homens)

1 Kesecção, coaptação e sutura metallic* do femur; coaptação da


tibia e peroneo do mesmo lado - (Fracturas expostas) - ainda
em tratamento.
2 Urethrotomia interna (apertos urethrues) - curado.
3 Punção evacuadora seguida de injecção iodada (hydrocele sim-
ples) — curado.
i Extirpação de lipoma da região escapular - curado.
5 Circumcisão (phymosis) — curado.
6 Incisão de paraphymosis — curado.
7 Extirpação de lipona do braço — curado.
8 Trepanação, ablação de longo sequestro e curetagem da tíbia
(osteo-myelite tuberculosa) — fallecido.
9 Circumcisão (phymosis) —curado,
10 Excisão de iris herniada — curado.
174 Escola Medico-Cirurgica do Porto

11 Resecção e sutura de metade da lingua (epithelioma) — curado.


12 Desbridamento e thermocauterisação das fistulas perianaes (abs-
cessos tuberosos) — curado.
13 Laparotomia e puncção evacuadora de tumor kystico — curado.
14 Urethrolomia interna (apertos de urethra) — curado.
15 Desbridamento e thermocauterisação de fistula completa do
anus (tuberculose) — melhorado.
16 Amputação de perna (ulcera circular) — curado.
17 Nephrostomia (pyonephrose) — curado (apenas fistula lombar).
18 Desbridamento e curetagem de trajecto fistuloso da coxa — cu-
rado.
19 Desbridamento. curetagem e sutura de trajecto fistuloso da coxa
— curado.
20 Laqueiação da artéria sub-clavea (aneurysma) — curado.
21 Extirpação do seio (gynecomastia unilateral) — curado.
22 Incisões exploradoras da região trochanteriana (bala encravada)
— mesmo estado.
23 Extirpação de lipoma dorsal — curado.
24 Abertura e drenagem perineal (abscesso) — melhorado.
25 Abertura e drenagem de phlegmão perinephretico — melhorado.
26 Extirpação de tumores hemorrhoidarios fluentes — curado.
27 Abertura, curetagem, etc. de phlegmão da fossa iliaca (typhlite)
— curado.
28 Enticleação de olho (panophtalmia) — curado.
29 Excisão, curetagem e sutura de trajectos fistulosos (tuberculose
cutanea do pescoço) — melhorado.
30 Excisão, curetagem e sutura de trajectos fistulosos da região
trochanteriana — curado.
31 Incisões exploradoras da região trochanteriana (bala encravada)
— mesmo estado.
32 Urethrolomia interna (aportos do urethra) — curado.
33 Resecção e sutura de varicocele — curado.
34 Resecção óssea de femur (osteite) — curado.
35 Resecção óssea do cotovello (luxação e fractura)—curado (to-
dos os movimentos, mas limitados).
36 Excisão de hygroma ulcerado com degeneração libro-carlilagi-
nea do joelho — fallecido.
37 Excisão o curetagem de fistulas (tuberculose cutanea da mão)
— curado.
38 Kelotomia e orchi-épididymectomia (hernia inguino-escrotal es-
trangulada com ectopia testicular — curado.
39 Extirpação de condylomas perianaes — curado.
Trabalhos escolares 175

40 Resecção costal e drenagem (abscesso pleuro-pulmonar) - fal-


lecido.
41 Resecção temporária do maxillar superior (neoplasma nasopha-
ringeo) — fallecido.
42 Dilatação, etc. do conducto laerymo-nasal (dacryocystite) - cu-
rado.
48 Desbridamento e curetagem de trajectos íislulosos - curado.
44 Extirpação de lipoma da nuca — curado.
45 Extirpação de sarcoma do braço — curado.
46 Trepanação e curetage... do humero (osteo myélite typhoïde) -
em tratamento.
47 Kelotomia (hernia inguinal) — curado.
48 Extirpação de adenoma cervical — curado.
49 Extracção de corpo extranho da bexiga (vellinha de conductor
de urethrotomia; fistula urethro-perineal) - curado.
50 Gastrostomia (sténose completa do esophago) (carc.noma) - em
tratamento.
51 Operação de cataracta senil — curado.
52 Desbridamento e curetagem de trajectos listulosos osteo-cuta-
neos da coxa — em tratamento.
53 Excisão, curetagem e sutura de fistulas cutâneas com descola-
mento da região sacro-lombar — curado.
54 Urethrotomia externa perineal (apertos de urethra) - curado.
55 Excisão e sutura de abscessos sacro-coccygeos - curado.
56 Excisão e sutura de epithelioma do lábio inferior-curado.
57 Operação da cataracta — curado.
58 Laparotomia exploradora (tuberculose ganglionar do mesenteno)
— mesmo estado.
59 Operação de phymosis — curado.

GO Extirpação de epithelioma do lábio inferior-curado.

Enfermaria H.° 8 (Mulheres;

1 rlysterectomla total por via vaginal (carcinoma do collo) - cu-


rada.
2 Extirpação de adenites inguinaes — curada.
3 Excisão e thermocauterisação de anlliraz da nuca - curada.
4 Extirpação de condylomas perianaes - curada.
5 Extirpação do polypo uterino —curada.
6 Avivamento e sutura de fistula vesico-vaginal - mesmo estado
7 Extirpação total com esvasiamento axillar (carcinoma do seio(
— curada.
176 Escola Medico-Cirurgica do Porto

8 Extirpação de lymphoma cervical — curada.


9 Curetagem d'um dedo (osteite) — curada.
10 Laparotomia exploradora (fibroma uterino) — mesmo estado.
11 Excisão de keloide da linha branca (cicatriz cirúrgica) — cu-
rada.
12 Curetagem uterina (endometrite) — melhorada.
13 Extirpação de kysto dermoide suppurado da região escapular—
curada.
14 Extirpação de hygroma do joelho — curada.
15 Laparotomia exploradora (cancro inoperavel do estômago) —
mesmo estado.
16 Avivamento e sutura de fistula vesico-vaginal — mesmo estado.
17 Curetagem uterina (endometrite hemorrhagica) — curada.
18 Laparotomia (fibroma uterino) — curada.
19 Laparotomia exploradora (carcinose peritoneal generalisada com
ascite) — melhorada.
20 Extirpação de adeno-flbroma do seio — curada.
21 Laparotomia e extirpação de volumoso kysto dermoide do ovário-
— curada.
22 Curetagem uterina (endometrite) — curada.
23 Avivamento e sutura (fistula vesico-vaginal) — mesmo estado.
24 Extirpação de epithelioma vulvar — curada.
25 Extirpação de seio com es\ asiamento axillar (carcinoma — cu-
rada.
26 Desbridamento e curetagem de trajectos fistulosos da parede
abdominal — melhorada.
27 Enucleação de olho (panophtalmia) — curada.
28 Enucleação de galacto-kysto de seio — curada.
29 Alongamento do nervo tibial posterior (mal perfurante plantar)'
— melhorada.
30 Abertura e curetagem osteo-cutanea (osteo arthrite, tibio-tarsica
e osteite do cubito) — melhorada.
31 Extirpação e sutura de elephantiaso dos grandes lábios — curada.
32 Extirpação de papilloma da face — curada.
33 Avivamento e sutura de fistula vesico-vaginal — mesmo estado.
34 ftesecção da cupula do radio e do bico da apophyse coronoideia
(luxação e fractura consolidada do cotovello) — melhorada.
35 Extirpação de kysto synovial do pé— curada.
36 Curetagem e thermocauterisação de ulcera tuberculosa da coxa
— em tratamento.
37 Extirpação de adenoma kystico do seio — curada.
38 Extirpação de lipoma escapular— curada.
Trabalhos escolares 177

39 Laqueiações das artérias temporaes (angioma cirsoide da fronte)


— melhorada.
40 Extirpação de kysto dentário do maxillar superior — curada.
41 Extracção de polypo uterino — curada.
42 Extirpação de kysto hydatico intra-muscular da coxa —curada.
43 Kesecção parcial do maxillar inferior (epithelioma) — curada.
44 Curetagem de ulcera tuberculosa do braço — curada.
45 Abertura e curetagem de adeno-phlegmão sob-peitoral — curada.
46 Laqueiações de vasos aderentes de angioma cirsoide cia fronte
— melhorada.
47 Extirpação de ganglio infra-hyoideu — curada.
48 Abertura e drenagem de phlegmão da região anlero-lateral do
pescoço — curada.,
49 Extirpação de kysto sebaceo calcificado do dorso — curada.
50 Auloplastia (ulcera extensa da nádega) — curada.
51 Abertura e drenagem de kysto vaginal — curada.
52 Trepanação e curetagem de tibia (osteo-myelite — melhorada.
53 Avivamento e sutura de fistula uretro-vaginal — mesmo estado.
54 Excisão do terço anterior da lingua (papilloma ulcerado) —cu-
rada.
55 Desbridamento, extracção de sequestros e curetagem do femur
(osteo-myelite; necrose) — melhorada.
56 Extirpação de adenites axillares e sob-peitoraes — curada.
•r>7 Hysterectomia sub-total por via abdominal (fibroma uterino) —
curada.
58 Extirpação de cancroide da face — melhorada.
59 Abertura, curetagem, drenagem de kysto dentário suppurado
— curada.
60 Excisão e thermocaulerisação de ulcera tuberculosa da coxa
— melhorada.
61 Extirpação do kysto seroso da parede do abdomen — curada.
62 Resecção do astragalo e maleolo externo (osleo-arthrite tibio-
tarsica) — curada.
63 Extirpação e sutura de kysto dentário — curada.
64 Laparotomia exploradora (tuberculose peritoneal generalisada
— mesmo estado.
65 Extirpação de kysto seroso da tlexura do braço — curada.
66 Extirpação de chalazions das pálpebras — curada.

Conclusão:— 126 doentes; 126 intervenções cirúrgicas com 4


fallecidos; 11 no mesmo estado; 5 em tratamento; 16 melhorados;
e
90 curados.
12

*
178 Escola Medico-Cirurgica do Porto

Classificação das intervenções cirúrgicas

CIRURGIA ABDOMINAL

126 doentci

1 Laparotomia e puncção evacuadora e tumor kystico — curado.


1 Abertura, curetagem e drenagem de phlegmão da fossa ilíaca
(typhlite) — curado.
2 Kelotomias e orclii-épididymectomia — 2 curados.
1 Gastrostomia — em tratamento.
5 Laparotomias exploradoras — 4 no mesmo estado e 1 melhorado.
1 Excisão de keloide da linha branca — curada.
1 Extirpação de kysto seroso da parede — curada.

CIRURGIA DO RIM E VIAS URINARIAS

3 Urethrotomias internas e dilatações — 3 curados.


1 Nephrostomia — melhorado.
2 Aberturas e drenagens perirenaes — 2 melhorados.
1 Extracção de corpo extranho da bexiga — curado.
1 Urethrotomia externa perineal — curado.
6 Avivamentos e suturas de fistulas vesico-vaginaes — 5 no mesmo
estado.

CIRURGIA DOS ÓRGÃOS GENITAES

1 Puncção evacuadora e injecção modificadora de hydrocele sim-


ples — curado.
3 Circumcisão (phymosis)—3 curados.
1 Incisão prepucial e reducção (paraphymosis) — curado.
1 Hesecção e sutura de varicocele — curado.
1 Hysterectomia total (via vaginal) — curada.
2 Extirpações de polypo uterino — 2 curadas.
3 Curetagens uterinas — 1 melhorada, 2 curadas.
2 Hysterectomias totaes (via abdominal) — 2 curadas.
1 Extirpação de kysto dermoide do ovário (via abdominal) —curada.
1 Extirpação dos grandes lábios — curada.
1 Extirpação de epithelioma vulvar — curada.
1 Abertura e drenagem de kysto vaginal — curada.

4
T r a b a l h o s escolares 179

CIRURGIA DOS SEIOS

4 Extirpações de seios — 4 curadas.


1 Enucleação de galacto-kysto — curada.
1 Extirpação de adenoma kystico — curada.
1 Abertura, curetagem e drenagem de adeuo-phlegmão sob-peito-
ral — curada.

CIRURGIA DOS OSSOS E DAS ARTICULAÇÕES

7 Besecções, suturas e coaptações — 1 em tratamento ; 1 fallecido ;


1 melhorado ; 4 curados. v
7 Trepanações e curetagens — 2 em tratemento ; 1 fallecido ; 3 me-
lhorados; 1 curado.
1 Amputação—curado.
3 Extirpações de kystos dentários — 3 curados.

C I R U R G I A D A P E L L E E D O S M Ú S C U L O S

5 Extirpações de lipomas — 5 curados.


15 Deshridamentos, excisões, cauterisações, etc., de listulas e ulce-
ras — 1 em tratamento ; 4 melhorados ; e 10 curados.
2 Extirpações de condylomas — 2 curados.
1 Extirpações de sarcomas — curado.
1 Extirpações de adenomas — curado.
8 Extirpações de epitheliomas — 2 curados ; 1 melhorado.
4 Extirpações ganglionares — 4 curadas.
1 Exci8ão e thermocauterisação de anthraz — curado.
3 Extirpações de kystos — 3 curadas
1 Extirpação de papilloma — curado.
1 Extirpação de kysto hydatico intra-muscular — curado.
1 Autoplastia — curada.

CIRURGIA DOS OLHOS

1 Excisão de iris herníada — curado.


2 Enucleações dos olhos — 2 curados.
1 Dilatação e lavagem do conducto lacrymo-nasal — curado.
2 Operações de cataractas —2 curados.
1 Extirpação de chalazions múltiplos das pálpebras — curada.
180 Escola Medico-Cirurgica do P o r t o

ClRl'RGIA DIVERSA

2 Resecções e sutura de metade da lingua — 2 curados.


3 LaqueiaçÕes de artérias — 1 curado e 2 melhorados.
2 Incisões exploradoras da região trochanteriana — 2 no mesmo,
estado.
1 Extirpações dé tumores hemonhoidarios lluentes — curado.
2 Extirpações de hygromas — 1 fallecido e 1 curado.
1 Resecção costal e drenagem pleuro-pulmonar — fallecido.
1 Alongamento de nervo (tibial) — melhorada.
1 Extirpação de kystn synovial — curado.

Operações cirúrgicas executadas pelos alumnos do 5.0 anno

Operações

6 por Manoel A. Moraes Frias — Puncção seguida de injecção-


iodada de hydrocele; Extirpação de lipoma do dorso; Rese-
cção e sutura de varicocele; Resecção osséa de coto; cure-
tagem uterina; Extirpação de kysto synovial do pé.
4 por Nunes Rlanco — Extirpação de lipoma da região eseapular;
Incisão prepucial (paraphimosis) — lipoma do braço; Ampu-
tação de perna.
1 por Barbosa Gonçalves -- Circumeisão paraphimosis inilamma-
toria.
1 por Adelino Vilhena — Circumeisão paraphimosis inflammatoria
1 por Cesar das Neves — Excisão e curatagem de trajecto llstulôso
da coxa.
2 por Ribeiro Seixas — Extirpação de hygroma do joelho ; Extir-
pação de kysto do dorso.
2 por Eduardo Reis — Excisão e curetagem de tuberculose cuta-
nea da mão; Extirpação de kysto dentário.
4 por Carlos Fortes — Curetagem uterina; Excisão e curetagem
de trajectos fistulosos da parede abdominal ; Extirpação de
lipoma do dorso; Extirpação de kysto seroso do hypochondrio.

21 — Total.
T r a b a l h o s escolares 181

Relação dos doentes que nâo soffreram intervenções cirúrgicas


(sangrentas)

Enfermaria n.° 1 (Homens)

1 Ulcera da perna (traumatismo) — curado.


2 Esmagamento do 4.° dedo da mão (traumatismo) — curado.
3 Tabes (syphilis) — melhorado.
4 Cancro syphilitico do penis— melhorado.
5 Contusões de mão e pé — melhorado.
0 Syphilides ulcerosas do penis — curado.
7 Arthropathia (de origem medullar) — no mesmo estado.
8 Epithelioma da base da lingua (inoperavel) — no mesmo estado.
9 Osteo-arthrite do joelho (rheumalismo) — melhorado.
10 Urethro-cystite (blenorrhagia) — curado.
11 Cancro syphilitico do prepúcio com edema agudo peno-escro-
tal — melhorado.
12 Urethro-prostatite (blenorrhagia) — curado.
13 Crancro mixto do escroto — melhorado.
14 Urethro-cystite hemorrhagica (blenorrhagia) — curado.
15 Hypertrophia prostatica com retensão e infecção vesical — me-
lhorado.
16 Urethro-cystite com apertos (blenorrhagia) — no mesmo eslado.
17 Luxação coxo-femural — no mesmo estado.
18 Luxação com distensão escapulo-humeral (queda) — melhorado.
19 Papeira kystica — no mesmo eslado.
20 Ulcera da perna (traumatismo) — curado.
21 Rectite com fistulas completas recto-perineaes e nadegueiras
(tuberculose pulmonar) — fallecido.
22 Urethro-prostatite com hypertrophia, retensão e infecção vesi-
cal — muito melhorado.
23 Epithelioma buco-lingual e ganglionar (inoperavel) - no mesmo
estado.
24 Ulceras das pernas (escrophulose) — curado.
25 Lumbago (rheumatismo) — curado.
26 Epithelioma do lábio ; e hypertrophia da prostata com retensão
e infecção vesical — muito melhorado.
27 Contusões e lacerações extensas do dorso da mão — curado.

Enfermaria n.° S (31nlhere.i)

28 Fistula dentaria ; pharyngite granulosa — curada.


29 Metrite chronica (blenorrhagia) — melhorada.
182 Escola Medico-Cirurgica do Porto

30 Metrorrhagia; papeira com mixredema— melhorada.


31 Osteo-periostite alveolo-dentaria com fistula da face —curada.
32 Neoplasma do grande epiploon, péritonite purulenta e degene-
rescência gordurosa do figado — fallecida
33 Fibroma uterino (inoperavel) ; insufficiencia mitral —melhorada.
34 Gangrena secca do 4.° e 5.° dedos da mão esquerda (arterite
oblitérante de origem nervosa) — no mesmo estado.
35 Lymphangite da perna (erisypella — curada.
36 Carcinoma uterino (inoperavel) — no mesmo estado.
37 Metrite chronica; hypermetropia—melhorada.
38 Salpyngo-hematometria — curada.
39 Metrite chronica hemorrhagica — curada.
40 Sclerodermia — melhorada.
41 Ventre hysterico — no mesmo estado.
42 Metrite e cystite (blenorrhagia) — curada.
43 Osteo-periostite alveolo-dentaria com fistula da face — curada.
44 Carcinoma utero-vaginal — no mesmo estado.
45 Prolapso completo do utero com ulcerações — curada.
46 Gomma tuberculosa da fronte (tuberculose pulmonar) — no
mesmo estado.
47 Gingivite hypertrophica (carie dentaria) — curada.
48 Phlegmào endurado do ligamento largo (infecção genital) —me-
lhorada.
49 Lymphadenia ganglionar cervical — muito melhorada.
50 Carcinoma atrophico do utero (inoperavel) — no mesmo estado.
61 Cystite; e tuberculose pulmonar— no mesmo estado.
52 Osteo-arthrite tuberculosa do joelho — melhorada.
53 Fractura supra-malleolar completa e exposta — curada.
54 Osteo-arthrite tuberculosa do cotovello; e metrite —no mesmo
estado.
55 Endometrite hemorrhagica (blenorrhagia) — melhorada.
56 Metro-annexite com engorgitamento e adherencias (infecção
puerperal; blenorrhagia; e lymphatismo) — muito melhorada.
57 Endometrite (blenorrhagia) — melhorada.
58 Nevralgias abdominaes (hysteria) — muito melhorada.
59 Ulceras das pernas (varizes) — curada.
*i0 Metro-annexite com retro-flexão adhérente (escroplmlose) —
muito melhorada.
61 Syphilides papulo-ulcerosas vulvo-perineaes — melhorada.
62 Endometrite ; e urethro-cystite (blenorrhagia) — curada.
63 Kysto suppurado do seio — muitn melhorada.

i
T r a b a l h o s escolares 183

64 Vulvo-vaginite (Menorrhagia) ; cancros molles vulvo-perineaes —


curada.
65 Arthrite do joelho (rheumatismo) — no mesmo estado.
66 Ulceras da perna (syphilis) — melhorada.
67 Ulceras da perna (varizes) — melhorada.
68 Episclerite; conjunctivae (rheumatismo); Metrite-melhorada.
69 Osteite tuberculosa d'uma costella — no mesmo estado.
70 Eventração — no mesmo estado.
71 Endometrite hemorrhagica (aborlo) — curada.
72 Fistula cega externa da margem do a n o - no mesmo estado.
73 Syphilides secundarias — melhorada.
74 Atrophia do globo ocular— no mesmo estado.
75 Fibro-myoma—no mesmo estado.
76 Endometrite hemorrhagica (aborto) — curada.
77 Anteflexão e latero-versão do utero (chlorose) - curada.
78 Aneurysma da aorta thoracica, e fibro-myoma uterino - melho-
rada.
79 Endometrite e urethro-cystite (Menorrhagia) - curada.
80 Gravidez de 7 mezes; enterite: tuberculose pulmonar inci-
piente—no mesmo estado.
81 Mvosite do masseter (carie dentaria) — curada.
82 Ascite (carcinose do figado) - no mesmo estado.
83 Annexite; eczema húmido do mamillo (escrophuloso) - melho-
rada.
84 Kysto synovial retro-parotidiano - no mesmo estado.
85 Metrite hypertrophica (involueão incompleta); cystite - melho-
rada. .
8(i Prolapso completo do utero com ulcerações - melhorada.
87 Cystite (Menorrhagia) - no mesmo estado.
Numero total de doentes internados nas 2 enfermarias durante
o anno lectivo (1908 a 1909) - 213.
184 Escola Medico-Cirurgica do Porto

Anno lectivo de 1909-1910

Relação das operações praticadas nas enfermarias de clinica


cirúrgica da Escola Medica do Porto, durante o anno lectivo
de 1909-1910.

Enfermaria n.« I (Homens)

1 Circumcisão (Phimosis inílamniatoria) — curado.


2 Amputação parcial de pénis e extirpação do ganglios ingiiinaes
(epithelioma do glande) — curado.
3 Extirpação de kysto suppurado da região hyoideia — curado.
4 Extirpação de adenites inguino-cruraes suppuradas (Menorrha-
gia e cancros) — fallecido.
5 Extirpação de lipoma volumoso da axilla —curado.
6 Puncção e injecção modificadora de hydrocele duplo —curado.
7 Trepanação, curetagem e drenagem da apophyse mastoideia —
curado.
8 Osteotomia e osteoclasia do femur (genu valgum) — curado.
9 Trepanação e esvasiamento de calcaneo (tuberculose óssea —
curado.
10 Meatotomia e desinserção de prepúcio (atresia e balano-pos-
thite — curado.
11 Resecção articular atypica de joelho (osteo-arthrite) — curado,
12 Desbridamente, curetagem e drenagem de abscesso pleuro-pul-
monar —fallecido.
13 Extirpação de hygroma do joelho —curado.
14 Extirpação de hemorrhoidas fluentes—curado.
15 Trepanação excisão e curetagem de humero (osteo-myelite) —
curado.
Trabalhos escolares lsr.

16 Circuincisão (phimosis intlammaioria) — curado.


17 Urethrotomia interna e dilatações (apertos urethraes blenorrha-
gicos— ourado.
18 Reseccão do maxillar inferior (épulide sarcomatosa) - curado.
19 Desbridamento e curetagem de synovite radio-carpica suppu-
rada —curado.
•20 Orchi-epididymectomia com reseccão do escroto (élephantiase
suppurada complicada de orchi-épididymite) — curado.
21 Laparotomia mediana, excisão e curotagem de kysto sero-puru-
lento em botão de camisa da linha branca, complicado de
adeno-phlegmão da virilha —curado.
22 Amputação parcial de pénis (epithelioma) -curado.
23 Prostatectomia transvesical (bypertrophia da prostata com reten-
são vesical) —curado.
24 Extirpação do lymphadenomas cervicaes — curado.
25 Trepanação, curetagen. de femur (osleo-myelite)- curado.
26 Osteolomia e osteoclasia de femur (genu valgum) -curado.
27 Kelotomia e orchi-épididymeclomia (ectopiatesticular e hernia
curado.
28 Extirpação de molluscum suppurado do dorso —curado.
29 Puncção seguida de injecção modificadora de hydrocele - curado.
30 Extirpação de lympbadenoma cervical —curado.
31 Enucleação de olho (panophtalmia) — curado.
32 Desarticulação de coxa (sarcoma recidivado) - curado.
33 Puneções e injecções modificadoras de hydrarthroses symeln-
cas dos joelhos —melhorado.
34 Extirpação de varicocele —curado.
35 Cys.ostomia suprapubica (sclerose pros.n.o-pemana com re ten-
são e infecção vesicaes-de origem Menorrhagia-melho-
rado. . ...
36 Uf,ueação ,1a sub-clavia por aneurvsma arterial da axilla.

37 Extirpação de kysto suppurado do sterno-cleido-mastoideu) -

.38 HeTcçâo atypica de joelho (osteo-arthrite-sunpurada) - no


mesmo estado. ,
39 Inversão de vaginal (hydrocele multo volumoso-curado.
40 Extirpação de lymphadenoma cervical - curado.
41 Abertura supra-gingival e drenagem de kysto a * * - " » *
42 incisão e cure.agem de fistula cega externa do anus (hemorrhoi
des) —curado.
186 Escola Medico-Cirurgica do Porto

43 Extirpação de gomma tuberculosa suppurada do tricipite bra-


chial — curado.
44 Inversão de vaginal (hydrocele) —curado.
45 Amputação de coxa (ulcera e ankylose viciosa de joelho — curado.
46 Excisão e curetagem de Ustulas cutâneas da face (osten-perios-
tite alveolo-dentaria) — curado.
47 Extirpação de kysto seroso do metacarpo — curado.
48 Inversão de vaginal (hydrocele) —curado.
49 Orchi-épididymectornia (fungus suppurado do testículo)—curado.
50 Extirpação de molluscum sarcomatôso da coxa —curado.
51 Enucleação de olho (panophtalmia —chemosis — curado.
52 Amputação da coxa —osteo-artrite suppurada de joelho —re-
cidiva) — curado.
53 Amputação parcial de pénis (epithelioma) —em tratamento.

Resultado» de hH operações: — curados, 46; muito melhorados 0;


melhorados, 2; no mesmo estado, 1; em tratamento, 2; fallecidos, 2.

Enfermaria n." 8 (Mulheres)

1 Extirpação de lymphadenomas da axilla —curada.


2 Extirpação de cõtn uterino e curetagem de fistula hypogastrica
— curada.
3 Hesecção óssea da perna (fractura viciosamente consolidada) —
curada.
4 Extirpação de polypo uterino —curada.
5 Excisão, curetagem e cauterisação de ulcera osteo-cutanea tu-
berculosa da perna—melhorada.
6 Extirpação de kysto vaginal suppurado e communicante com a
urethra; e colporraphia anterior — curada.
7 Desbridamento e dilatação de dacryo-cystite suppurada — melho-
rada.
8 Galvano-cauterisnções de hypertrophia das amygdales—muito
melhorada.
9 Trepanações tibio-tarsicas por tuberculose óssea — curada. »
10 Laparotomia e desinserção de adherencias de fibro-myoma ute-
rino—muito melhorada.
11 Extirpação de volumoso polypo-uterino, seguida de operação de
Schrreder— curada.
12 Excisão e sutura de pterigvon do olho direito — curada.
13 Dez escarificações de lupus extenso da face —muito melhorada.
14 Desarticulação de phalange gangrenada da mão — curada.
T r a b a l h o s escolares 187

15 Resecção articular atypica do cotovello (osleo-arthrite tubercu-


losa) — em tratamento.
16 Extirpação de enorme mixòma occupando o grande lábio vulvar,
parede vaginal e nádega, com prolongamentos para a bacia
por baixo da arcada púbica— curada.
17 Extirpação total do seio e esvasiamento da axilla (carcinoma) —
curada.
18 Abertura curelagem e drenagem de abscesso frio do braço —
curada.
19 Curetagem uterina (endocervicite com erosões) — curada.
20 Extracção de cataracta senil —curada.
21 Excisão, curetagem e cauterisaçâo de ulcera tuberculosa da
coxa — em tratamento.
22 Excisão e trepanação do femur (osteite rarefaciente com necrose
parcial consecutivu a osteo-myelite) — em tratamento.
23 Resecção tibio-tarsiana e sutura metallica (mal perfurante plan-
tar) — curada.
24 Extirpação e desinserção de adherencias intestinaes de volu-
moso hematoma retro-uterino — curada.
25 Avivamento e sutura de listula vesico-vaginal — muito melho-
rada.
26 Laparotomia e extirpação de volumoso kysto ovarico-curada.
27 lridectomia optica por leucomas (keratites traumáticas e lym-
phatismo) — melhorada.
28 Excisão e thermocauterisação de ulcera tuberculosa da perna
— melhorada.
29 Laparotomia e extirpação de volumoso kysto ovarico-curada.
30 Amputação da coxa ( o s t e o t r i t e tuberculosa do joelho)-cu-
rada. . . .
81 Autoplastia urethral (destruição completa da parede mferior da
urethra) — no mesmo estado.
32 Laparotomia e extirpação de volumoso kysto ovarico-curada.
33 Extirpação de sacco herniario crural com ganglio de Cloquet
incluído — curada. .
34 Extirpação total de seio (carcinoma fasciculado muito volumoso)
— curada. . . . . „„„
35 Laparotomia e extirpação de volumoso kysto dermo.de do ova-
rio — curada. .
36 Excisão do grande lábio vulvar por hypertrophia- curada.
37 Abertura e drenagem de abscesso retro-auricular- curada
38 Excisão e curetagem de ulcera tuberculosa-em tratamento.
188 Escola Mcdico-Cirurgica do Porto

.39 Paracentèse abdominal por tuberculose peritoneal—no mesmo


estado.
40 Cyslostomia supra-pubica (neoplasia inllltrando as tunicas ve-
sicaes) — no mesmo estado.
41 Autoplastia urethrovaginal — no mesmo estado.
42 Excisão e curetagom de kysto dentário —curada.
43 I-aparolomia exploradora (tuberculose peritoneal com ascite) —
no iin-smo estado.
44 Cnretagi-m uterina (metro-anhexite dupla)--curada.
45 Avivamento e sutura de Ustula vesico-vapinal — muito melho-
rada.
46
Autoplastia de ulcera da perna— melhorada.
47
48 Curetagem uterina (metrite fungosa) — curada.
49 Uthotricia per urethral» -*\euradfL
Excisão e thermocaulerisação de carcinoma uterino — muito me-
lhorada.
50
Extirpação e curetagem de polypo uterino —curada.
61 Extirpação do lipoma do dorso — curada.
52 Autoplastia urethro-vaginal — no mesmo estado.
53 Laparotomia e extirpação de volumoso kysto dermoide do ová-
rio — curada.
54
55 Extirpação de volumoso kysto seroso da axilla — curada.
Abertura e curetagem de abscesso do thorax (carie costal) —
melhorada.
56 Curetagem uterina (endometrite hemorrhagica) — curada.
57 Annexeclomia e sutura do canal crural (hernia crural completa
58 de ovário e trompa) — curada.
Avivamento e sutura de fistula vesico-vaginal — curada.
59
Excisão e curetagem de ulcera tuberculosa da coxa — em trata-
mento.
60
Trepanação, etc. de femur (osteo-myelite com sequestro) —em
Hl
tratamento.
Abertura e drenagem de adeno-phlegmão da axilla —curada.
62 Extirpação e cauterisação de polypo uterino — curada.
68 Enucleação de olho (Panophtalmia suppurada) — curada.
64 Curetagem uterina (endometrite com retro-llexão adhérente) —
curada.
65 Extirpação completa de seio (carcinoma recidivado de 7 annos)
— curada.
66 Drenagem dos malleolus (nevralgias) — curada.
67 Amputação da coxa (sarcoma da rotula com infiltração melanica)
— curada.
T r a b a l h o s escolares 18í>

08 Antoplaslia urethrovaginal — no mesmo eslado.


69 Hesecção atypica do cotovello (osteo-arthrite tuberculosa) — em
tratamento.
70 Curetagem uterina, precedida de incisão do annel (metrite com
retro-llexão — adhérente e annexite direita)— muito melho-
rada.
71 Curetagem uterina (endometrite com retro-llexão e retro-versão)
— em tratamento.
72 Colpo-perineorrophia (prolapso utero-vaginal completo — em tra-
tamento.
73 Extirpação de hygroma do joelho - e m tratamento.
74 Extirpação de kysto synovial radio-carpico — em tratamento.
75 Laparotomia, esvasiamento e drenagem de péritonite enkystada
— complicando degeneração epitheliomatosa de fíbromyoma
uterino —em tratamento.

Resultado de 75 operações: - curadas, 43; muito melhoradas, 7;


melhoradas, 6; no mesmo estado, 7; em tratamento, 12; fallecidas, 0.

Conclusão:—123 intervenções cirúrgicas com 2 fallecidos;8 no


mesmo estado; 14 em tratamento; 15 melhoradas e 89 curadas.

Classificação das intervenções cirúrgicas

CIRURGIA ABDOMINAL

128 doentes

1 Laparotomia mediana, excisâo e curetagem de kysto sero-puru-


lento em botão de camisa da linha branca, complicado do
adeno-phlegnião da virilha - 1 curado.
1 Kelotomia e orchi-épididymectomia — 1 curado.
1 Eaparotomia e desinserção de adherencias de libro-myoma ute-
rino — 1 muito melhorada.
Extirpação e desinserção de volumoso hematoma retro-utenno
com adherencias intestinaes — 1 curada.
Extirpação de sacco herniario crural com ganglio de Cloquet
incluído — 1 curada.
Paracentèse abdominal (tuberculose peritoneal) - 1 no mesma
estado.
190 E s c o l a Medico-Cirurg-ica do Porto

1 Laparotomia exploradora (tuberculose peritoneal com ascite) —


1 no mesmo estado.
1 Laparotomia, esvasiamentn e drenagem de péritonite enkyslada
— 1 em tratamento.

CIRURGIA DOS RINS E VIAS URINARIAS

1 Urethrotomia interna e dilatações uretliraes — 1 curado.


1 1'rostatectomia transvesical — 1 curado.
2 Cystostomias supra-puhicas — 1 melhorado e 1 no mesmo es-
tado.
3 Avivamentos e suturas de fistula vesico-vaginal — 2 muito me-
lhoradas e 1 curada.
•4 Autoplastias urethraes—4 no mesmo estado.
1 Lithotricia per urethram — curada.

CIRURGIA DOS ORGXOS GENITAES

2 Circumcisões—2 curados.
3 Amputações parciaes de pénis—2 curados e 1 em tratamento.
2 Puncções e injecções modificadoras de hydroceles—2 curados.
1 Mcatolomia e desinserção de prepúcio — 1 curado.
2 Orchi-épididymectomias com resecção do escroto — 2 curados.
1 Extirpação de varicocele—1 curado.
3 Inversões e resecções de vaginaes (hydroceles) — 3 curados.
1 Extirpação de coto uterino (via vaginal) — 1 curada.
3 Extirpações de polypos uterinos — 3 curadas.
1 Extirpação de kysto vaginal communicante com a urethra; e
colporraphia — 1 curada.
1 Extirpação de polypo uterino seguida de operação de Schroeder
— 1 curada.
1 Extirpação de enorme mixôma occupando o grande lahio, vagi-
na, nádega e bacia — 1 curada.
7 Curetagens uterinas — 7 curadas.
b Extirpações de kystos ovaricos (via abdominal) — 5 curadas.
1 Excisão do grande lahio vulvar (hypertrophia) — 1 curada.
1 Excisão e thermocauterisação de carcinoma uterino (via vagi-
nal) — l muito melhorada.
1 Annexectomia unilateral e sulura do canal crural (hernia) — 1
curada.
1 Colpo-perineorraphia (prolapso utero-vaginal completo) — 1 cu-
rada.
T r a b a l h o s escolares 191

CIRURGIA DOS SEIOS

3 Extirpações totaes de seios e esvasiamento da axilla—3 cu-


radas.

CIRURGIA DOS OSSOS E DAS ARTICULAÇÕES

1 Trepanação, curetagem e drenagem de apophyse mastoideia —


1 curado.
2 Osleotomias e osteoclasias do femur (genu valgun) —2 curados.
1 Trepanação e esvasiamento de oalcaneo — 1 curado.
2 Resecções articulares de joelho — 1 curado e l no mesmo es-
tado.
4 Trepanações, excisões e curetagens do humero e do femur— 2
curados e 2 em tratamento.
1 Resecção do maxillar inferior — 1 curado.
1 Deshridamento e curetagem de synovite radio-carpif a — 1 curado.
1 Desarticulação de coxa — 1 curado.
2 Aberturas e drenagens de maxillares superiores (kystos dentá-
rios) — 2 curados.
4 Amputações de coxa—4 curados.
t Extirpação de kysto seroso do metacarpo — 1 curado.
2 Resecções ósseas de perna — 1 curada e 1 melhorada.
1 Trepanação tihio-tarsicas — 1 curada.
1 Desarticulação de phalange da mão — 1 curada.
2 Resecções articulares atypicas de cotovellos - 2 em tratamento.
1 Resecção tihio-tarsica completa — 1 curada.

C I R U R G I A D A P E L L E E D O S M Ú S C U L O S

5 Extirpações de kystos — 4 curados e 1 em tratamento.


5 Extirpações ganglionares — 1 fallecido e 4 curados.
2 Extirpações de lipomas ~ 2 curados.
2 Extirpações de hygromas - 1 curado e 1 em tratamento.
2 Extirpac-ões de molluscum — 2 curados.
1 Puncçãó e injecção modificadora de hydrarthroses - 1 me-
lhorado.
1 Extirpação de gomma tuberculosa— 1 curada.
6 Excisões e curetagens de fistulas - t curada, 2 melhoradas e 3
em tratamento.
Varias escarificações cutâneas — 1 muito melhorada.
192 Escola Medico-Cirurgica do Porto

5 Aberturas, curetagens e drenagens de abscessos — 3 curados,


1 melhorado e 1 fallecido.
1 Autoplastia de ulcera da perna — 1 melhorada.

CIRURGIA DOS OLHOS

2 Enucleiações de olhos — 2 curados.


1 Desbridamento de dilatação do canal lacrymo-nasal (dacryo-cys-
tite) — 1 melhorada
1 Excisão e sutura de pterigyou — 1 curada.
1 Operação de cataracta senil — 1 curada.
1 Iridectornia optica — 1 melhorada.

ClHURGlA DIVERSA

1 Extirpação de hemorrhoidas fluentes — 1 curado.


1 Laqueiação da sub-clavea (aneurysma arterial da axilla) — 1
curado.
1 Incisão e curetagem de fístula do ano (hemorrhoidas) — 1 curado.
Varias galvano-catiterisarões das amygdalas — 1 muito melho-
rada.

Operações cirúrgicas executadas pelos alumnos do 5.0 anno

Opi-rações

5 por A. Curcino Dias — 1 Extirpação de gomma tuberculosa do


tricipile; 1 Extirpação de kysto da mão; 1 Inversão da vagi-
nal (hydrocele); Abertura e drenagem de adeno-phlegmão; 1
Curetagem uterina.
2 por Manoel Lourenço Gomes — 1 Amputação de coxa; 1 Cure-
tagem uterina.
1 por Ftaymundo Ramos — 1 Excisão e curetagem de fistulas da
face.
1 por Pimenta de Castro— 1 Amputação de coxa.
1 por Mendes Leal — 1 Abertura, curetagem e drenagem de-
abscesso frio.
1 por .loão Moura e Castro — 1 Extirpação de polypo uterino.
11 - Total.
T r a b a l h o s escolares 193

Relação dos doentes que nâo soffreram intervenções cirúrgicas


(sangrentas)

Enfermaria n.° 1 (Homens)

1 Ulcera traumatica de perna —curailo.


2 Hematuria renal unilateral (tuberculose?) — muito melhorado.
3 Syphilis maligna prococe — melhorado.
4 Fistulas urethro-prostato-perineaes tuberculosas (tuberculose
pulmonar) — fallecido.
5 Creterite bilateral tuberculosa ('?) — melhorado.
6 Volvulus intestinal —curado.
7 Cystite ulcerosa tuberculosa — melhorado.
8 Cystite e uretero-pyelite ascendente — melhorado.
9 Cancro prostato-vesical com invasão pelvi-peritoneal — no mesmo
estado.
10 Nephrite hemorrhagica palustre — curado.
11 Prostatile suppurada com retensão vesical (myocanlite) —muito
melhorado.
12 Neoplasia volumosa do mesenlerio — no mesmo estado.
13 Lyuiphadenoma cervical — no mesmo estado.
14 Syphilis (período secundário) — curado.
15 Hemoglobinuria paroxystica — melhorado.
16 Infiltrações urethro-prostaticas com fistula perineal (Menorrha-
gia)— muito melhorado.
17 Cystite tuberculosa —curado ('?).
18 Cancro sypliilitico do penis e urethrite blenorrhagica —em tra-
tamento.
19 Abscesso urinòso perineal (urethrite blenorrhagica) —curado.
20 Syphilis secundaria — melhorado.
21 Condylomas syphiliticus perianaes —melhorado.
22 Hemorrhoidas fluentes externas —no mesmo estado.
23 Ferimento da região peitoral por arma de fogo —curado.
24 Rectile syphilitica com sténose—em tratamento.

Enfermaria >i.° S (Mulheres)

25 Carcinoma do corpo do utero (inoperavel) — no mesmo estado.


26 Metrite chronica com retrollexão (neurasthenia) -curada.
27 Carie óssea com perfurarão do palatino (syphilis hereditaria) —
melhorada.
28 Epitelioma ulcerado da face—melhorada.
13
194 Escola Medico-Cirurgica do Porto

29 Ulcera varicosa da perna—melhorada.


30 Syphilides cutâneas secundarias e vaginite — melhorada.
31 Fibro-myoma uterino — no mesmo estado.
32 Meteorismo abdominal (ventre hysterico) — melhorada.
33 Gravidez de 6 mezes — no mesmo estado.
34 Laryngite chronica (lymphatisnio) —muito melhorada.
35 Cystite — melhorada.
36 Osteite da tibia — no mesmo estado.
37 Ulcera ano-rectal (syphilis) — melhorada.
38 Myoma vaginal ulcerado — no mesmo estado.
39 Gangrena secca de dedo da mão (traumatismo e phlegmão) —
melhorada.
40 Myoma do ligamento largo — melhorada.
41 Metro-annexite (aborto)—melhorada.
42 Adenites inguinaes suppuradas (vaginite e lymphatisnio) — me-
lhorada.
43 Ulcera varicosa da perna — curada.
44 Epithelioma utero-vaginal — inoperavel.
45 Hypertrophia dos cornetos (lymphatismo)—no mesmo estado.
46 Mastite chronica (lactação) — curada.
47 Fibro-myoma uterino—no mesmo estado.
48 Endometrile e urelhrite blenorrhagicas — curada.
49 Gravidez de 3 mezes — no mesmo estado.
50 Metrite (neurasthenia)— curada.
51 Endometrile e salpyngite (Menorrhagia) — curada.
52 Metro-annexite (infecção puerperal) — muito melhorada.
53 Hemorrhoidas e cystite — no mesmo estado.
54 Endometrite (aborto)— curuda.
55 Endocervicite com ante-llexão (blenorrhagia)—curada.
56 Fibro-myoma — inoperavel.
57 Carcinoma da parede anterior do recto —no mesmo estado.
58 Carcinoma atrophico do utero com vagina infundibiliforme —
no mesmo estado.
59 Endometrite com retro-tlexão (infecção puerperal) — melhorada.

Numero total de doentes internados nas 2 enfermarias durante


o anno lectivo de 1909 a 1910 = 187.

Porto, 30 de julho de 1910.


0 chefe de Clinica Cirúrgica,

Carlos à"Azevedo Albuquerque.


O ensino da Medicina Legal

A maneira por que decorreu o ensino da 11,* cadeira,


durante o anno lectivo que hoje finda, expõe-se em poucas
palavras.
Foi dado o programma, com excepção das três lições
referentes ao diagnostico medico-legal das différentes es-
pécies de loucura, que se encontravam incluídas também
no Curso clinico de doenças mentaes e nervosas, onde me-
lhor podiam ser versadas.
Além do programma foi feita uma lição sobre o suicí-
dio no Porto, elaborada com o material fornecido pela Mor-
gue e demonstrada com o auxilio de graphicos e tabeliãs
numéricas. Não foram feitas outras lições, respectivamente
sobre desastres, homicídios e morte natural por absoluta
falta de tempo para as coordenar, em razão de haver sido
necessário organisar a estatística do movimento da Morgue
desde a sua fundação, que se não achava feita.
No primeiro trimestre a regular regência da cadeira
soíTreu as consequências do serviço de concursos que sendo
á hora da aula impossibilitava em absoluto de a dar n'esses
dias.
Raras vezes os alumnos compareceram ás autopsias
realisadas pelo Conselho medico-legal, como lh'o faculta a
lei, porque a organisação do horário, fazendo coincidir três
vezes na semana as aulas de medicina legal e de anatomia
pathologica, o impedia, obrigando a marcar as autopsias
196 Escola Medico-Cirurgica do Porto

medico-legaes fora da hora da aula do professor de ana-


tomia pathologica. No emtanto essa comparência, em todos
os casos em que a lei o permitte, impunha-se, visto o exi-
guo numero de autopsias que os alumnos teem occasião
de praticar.
Os alumnos realisaram vinte e cinco autopsias. Como
eram vinte e sete, a dois por autopsia, nem a todos tocou
realisarem mais do que uma.
Elfectuaram estas vinte e cinco autopsias e não mais,
porque em todo o anno lectivo, descontados os períodos
de ferias, só deram entrada na Morgue trinta cadáveres,
cuja autopsia as justiças não requisitassem. D'esses trinta
cadáveres um foi cedido ao professor -de anatomia patho-
logica, por haver na occasião, dentro da Morgue, outros
cadáveres para os alumnos de medicina legal; quatro eram
de fetos de tão exigua edade que se entendeu não poder
a sua autopsia ministrar qualquer ensinamento util, sendo
por isso unicamente examinados pelo director da Morgue;
e os restantes vinte e cinco foram, como disse, autopsiados
pelos alumnos.
Ainda os ensinamentos colhidos n'estas autopsias po-
diam ter sido mais proveitosos e em maior numero, se
fossem mais variadas as causas de morte.
Essas causas, averiguadas pela autopsia, foram as se-
guintes:

Pneumonia 4
Tuberculose pulmonar 3
Hroneho-pneumonia 3
Congestão pulmonar 3
Pleurisia 2
Meningite 1
Insufticiencia mitral 1
Syncope cardíaca 1
Gastro-enterite 1
Precipitação de lugar elevado . . . . . 1
Submersão 1
Fetos cuja causa de expulsão prematura se
não determinou 4
Trabalhos escolares 197

Nota-se, logo á primeira vista, a falta quasi absoluta de


cadáveres de indivíduos que se suicidaram ou succumbi-
ram em consequência de desastre.
O numero de autopsias requisitadas pelas auctoridades
judiciaes nos annos anteriores a 190!) regulavam entre
35 a 45 7o do total de cadáveres entrados na Morgue.
Em 1909, porém, esse numero subiu a 65 %. Os magis-
trados que estão á frente dos districtos criminaes requi-
sitam tudo o que sejam suicídios ou desastres e só deixam
para estudo algum triste caso de morte sem assistência
medica. Isso, de resto, está perfeitamente na sua alçada,
mas o ensiuo é que lhe soffre as consequências.
Como a lei permitte que se façam as autopsias para
ensino 24 horas depois dos cadáveres darem entrada na
Morgue, não havendo até então requisição judicial d'ellas,
e como as requisições judiciaes chegam, em geral, depois
d'esté praso, um expediente para remediar esta situarão
está em effectuar as autopsias com os alumnos o mais
brevemente possível, antes de chegada a requisição, e
mandar depois para o tribunal o relatório dos alumnos,
como a lei prescreve. Foi assim que no íim do anno co-
meçamos a fazer, e sem isso o numero de autopsias reali-
sadas pelos alumnos seria ainda menor.
Raras vezes também os alumnos assistiram a exames
de alienação mental ou dos órgãos sexuaes, em razão da
exiguidade da sala que a Morgue dispõe para esses ser-
viços. Quando o fizeram perturbavam manifestamente os
trabalhos pela sua agglomeração dentro de um espaço re-
duzidíssimo.
É também digno de nota o não haver uma sala em
que sempre se possam dar as aulas theoricas de medicina
legal. Estas teem de realisar-se ora aqui ora acolá, con-
forme os dias da semana, o que, embora não prejudique
os trabalhos, se torna aborrecido.
As conveniências do ensino impunham pois:
198 E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

a) que a hora da aula de medicina legal, fosse dille-


rente das horas de pathologia geral e de anatomia patho-
logica, cujos cathedraticos são membros do Conselho me-
dico-legal, para que os alumnos possam assistir ás autopsias
realisadas pelo Conselho;
b) um entendimento com os magistrados dos dis-
tricts criminaes para que só requisitem as autopsias de
que resulte algum proveito para a justiça e deixem as
outras para a pratica dos alumnos;
c) a obtenção de uma sala maior para o serviço de
exames medico-legaes, a que os alumnos possam assistir,
que são todos desde que não haja segredo de justiça;
d) que se designe uma sala em que sempre se pos-
sam dar as aulas theoricas dé medicina legal.
Todos estes desiderata ponderará e por todos pugnará,
quem houver de reger a cadeira no proximo anno lectivo.

Porto, 30 de julho de 1910.

O lente substituto
regendo interinamente a l i . " Cadeira,

João (h Meyr.á.
Curso de Doenças Mentaes

///,mo e Ex.mo Snr.

Correspondendo ao honroso convite, <|ue V. Ex.a se


dignou fazer-rae em nome da nossa Escola, a dirigir um
curso clinico de doenças mentaes e nervosas, principal-
mente destinado aos alumnos dos 4.° e 5.° annos, iniciei
as minhas lições em 31 de outubro de 1909, terminando-as
a 4 de maio d'este anno.
Não tendo á minha disposição numero sufliciente de
exemplares nevropathicos, occupei-me quasi exclusivamente
das doenças mentaes, numerosa e variadamente represen-
tadas ao manicomio do Conde de Ferreira. Sabe V. Ex.a
que nós não temos uma regular hospitalisação de nevropa-
thas; e, se é certo que na consulta externa do manicomio
que dirijo e nas enfermarias do Hospital de Santo Antonio
episodicamente apparecem casos de névroses, de myelo-
pathias e de névrites, não é menos certo que eu não posso
dispor d'elles para o ensino. Assim, como previra, força-
ram-me as circumstancias a fazer um curso de psyclnatna.
E de egual modo terei de proceder no futuro, se a Escola
da digna direcção de V. Ex.a entender que a continuação
•los meus serviços de professor auxiliar pôde ser vantajosa
aos seus alumnos.
Da maneira por que dirigi o meu curso poderão infor-
200 Escola M c d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

mar V/Ex.a aquelles snrs. professores da nossa Escola que


me deram a subida honra de o acompanhar com um inte-
resse a que sou profundamente reconhecido. Permitta-me,
entretanto, V. Ex.a que eu dê noticia da orientação que se-
gui e dos assumptos de que me occupei.
Comquanto se tratasse de um curso clinico, não hesi-
tei em fazer lições theoricas sobre a pathologia geral das
doenças mentaes, com frequentes incursões no campo da
psychologia positiva. Procedi assim por me encontrar
deante de alumnos muito naturalmente alheios á nomencla-
tura psychiatrica e desprovidos dos conhecimentos psycho-
physiologicos indispensáveis á interpretação dos sympto-
mas d'ordem mental.
O indiscutível interesse que essas lições provocaram
nos alumnos, prova-me que não segui caminho errado.
De resto, em todo o curso eu tive de ensinar simulta-
neamente clinica e pathologia, fazendo preceder a apre-
sentação dos doentes da exposição pormenorisada das
psychopathias de que eram representantes. E' o processo
seguido no ensino da Faculdade de Paris e o único, a meu
vêr, adoptavel onde quer que a Psychiatria se não consa-
grem cadeiras theoricas e praticas. Em Paris, como tive
occasião de observar o anno passado, procede assim o
Prof. Gilbert Ballet; e do mesmo modo procedia o fallecido
Prof. JoIVroy, que ouvi em 1897. Em Paris alguns profes-
sores livres fazem cursos exclusivamente clínicos nas en-
fermarias dos asyios; esses professores, porém, faliam a
medicos e a estudantes já preparados pelo ensino da Fa-
culdade. Fazem clinica, porque suppõem previamente feita
a pathologia. Não é este, evidentemente, o meu caso.
Devo dizer a V. Ex.a que alterei um pouco o program-
ma que formulara e que o Conselho Escolar approvou.
Considerando que os alumnos do 5.° anno não voltariam
provavelmente ao meu curso, deliberei passar em revista,
sobretudo, as doenças mentaes que mais vezes deverão
T r a b a l h o s escolares 201

encontrar na pratica e que mais frequentemente compor-


tam um tratamento domiciliário. E assim é que tratei des-
envolvidamente das cerebro-psychopathias,. não incluídas
no programma, estudando a syphilis cerebral, a demência
post-apopletica, a demência senil, sobretudo importante no
ponto de vista medico-forense, e as psychopatbias traumá-
ticas. Também largamente me occupei da demência pre-
coce, não comprehendida, ainda esta, no programma.
Comquanto muito frequente, ella é tão pouco conhecida
entre nós que só os medicos alienistas a diagnosticam; ora
a verdade é que do seu desconhecimento resultam para os
práticos numerosos embaraços d'ordem clinica e medico-
legal. ,. ,
\ extensão dada a estes assumptos impediu-me de en-
trar em outros, que projectara tratar. Não chega para o
mais modesto programma d'esté ensino o período de seis
mezes a duas lições por semana, cerceado pelas ferias.
Dei a este curso, que deve ser benevolamente apre-
ciado como um ensaio, todo o meu esforço; preoccupa-me
porém, o receio de não ter correspondido á confiança com
que a nossa Escola me honrou, escolhendo-me para iniciar
o ensino official da psychiatria entre nos.

Deus Guarde a V. Ex.*

Porto, 27 de julho de 1910.

Ill» 0 e Ex."10 Sur. Director da Escola Medico-Cirurgica


do Porto.
Julio de Mattos.
Laboratório Nobre

Cumpre­me apresentar ao Illustre C onselho d'esta Es­


cola um resumo dos serviços realisados neste Laboratório,
durante o ultimo anno lectivo. O quadro seguinte mostra
a distribuição mensal das analyses requisitadas :
C o n t e n t e )s estoma­
Líquidos orgânicos,
derram es, etc

| í'
ca cs


B.
1909­1910 <:
Ë 3 ot ­

9 ■a 3 H _J

2 2 — — 12
ti 2 4
2 2 1
Setembro . . . . 1 1 1 1 30
10 7 10 57
Novembro. . . . 17 16 16 3 5
1 4 1 6 47
Dezembro. . . . 16 13 4 2 1 3 64
20 26 V 2 8 2
1 8 32
Fevereiro . . . . 11 8 4 2 3
1 :i 30
10 4 8 1 3
1 ­i 69
49 8 õ 2 7 31
13 3 4 4 6 27
4 1 18 3

7 IH 9 3 38 404
Total 158 91 78 17

Das 404 analyses d'esté quadro apenas iicaram por ter­


minar algumas de tecidos orgânicos. Não representa esta
204 Escola Medico­C irurgica do Porto

falta negligencia, devida como foi a carência de tempo para


as concluir. De facto, para se tornar possível a realisação
das restantes, foi necessário prestar horas de serviço ex­
traordinárias, prolongando­se o trabalho quasi quotidiana­
mente, até ás 5 horas e muitas vezes até mais tarde, como
succedia, pelo menos, todas as vezes que se tinham de
effectuar analyses de sangue.
Em relação aos productos analysados, os quadros se­
guintes mostram a espécie d'analyse que sobre elles re­
cahiu.

URINAS :

í C ompleta 3õ
Analyse ciuuntitutiva
■ j Geral 34
( Parcial 50
Chimica .[ £ e r a l , ■ ■ • »
> Parcial 21
Analyse qualita­
tiva . . . . Investigação do/ Positiva . 1
gonococco. .j Negativa. 2
bacterio­
lógica • Investigação dof Positiva . 0
bac (ie Kochj Negativa. 5
Invest, de outros micróbios­ 1
Total 158

A maior parte das analyses quantitativas parciaes da


tabeliã acima referem­se a urinas de dois diabéticos da Cli­
nica Medica, n'um dos quaes a glycosuria attingia cerca
de 280 gr. por 24 horas, em que se apreciavam as modi­
ficações devidas ao tratamento pelo doseamento, com cer­
tos intervallos, da urôa e da glucose.

ESCARROS. — A investigação da presença do bacillo de


Koch foi o exame a que mais frequentemente foram sub­
mettidas as expectorações; isolada ou simultaneamente
T r a b a l h o s escolares 205

l'oram procurados outros agentes microbianos (estrepto­


cocco, pneumococco, bacillo de Friedlãnder, de Kitasato,
etc.):
IA í . . .„ , „ . í Revelaram bacillos. 21
o , | Investigação do bacillo de Koch.j N 5 o r e v e l a r a m b a c . 55
fO (O \
"o. ..
1&
LJ [ Investigação de outros micróbios
91
Total

Em 22 d'estes escarros praticou­se, além d'isso, a al­


bumino­reacção de Roger, segundo a technica aconselhada
por este auctor (Presse Médicale, 20 de outubro de 1909).

SANGUE.—A tabeliã seguinte mostra os ensaios a que


se destinaram as amostras de sangue colhidas :

Numeração de glóbulos rubros e brancos, doseamento de he­


2
moglobina, fórmula leucocytaria ~
Numeração de glóbulos brancos, íórmula leucocytaria • • i
Fórmula leucocytaria 10
Hemoctiltura segundo o methodo de Kayser ■ • • ^
Sero­reacção " o
Investigação de hematozoarios fio sezonisnio. • • 1
» » filarias 05
Reacção de Wassermnnn
7a
Total

Seguindo o methodo de Kayser, (enriquecimento em


bilis de boi, isolamento em placas de Drigalski) foram es­
tudadas 10 amostras de sangue; só uma vez se isolou um
bacillo tvphico, identificado pelas suas reacções culturaes­
e pela agglutinação por um soro especifico forte, mostran­
do­se as outras vezes a bilis estéril, quando semeiada em
Drigalski ou em Endo, ao íim de 24, 48 e 72 horas. Não
é de estranhar este resultado, porquanto, nos casos em
que a observação clinica e a sero­reacção confirmaram o
diagnostico de febre typhoide, os doentes entraram na en­
fermaria em phase avançada da sua doença, e e sabido
206 Escola Medico-Cirurgica do Porto

que as probabilidades de isolamento, do sangue, de micró-


bios d'esté grupo decrescem á medida que a doença se
afasta do seu inicio.
Para a investigação do poder agglutinante do sangue
sobre o bacillo d'Eberth ou os paratypbicos A e B, empre-
gou-se, além de suspensões de micróbios vivos provenien-
tes de passagens recentes, das culturas existentes no
Laboratório, a suspensão de cadáveres dos mesmos orga-
nismos (typhusdiagnosticum e paratyphusdiagnosticum
A e B, Ficker) sendo o soro empregado em diluições suc-
cessivas, em geral até '/,„„, nos casos mais (requentes
inteiramente sufficientes para estabelecer o diagnostico.
Algumas vezes também a reacção de agglutinação foi em-
pregada para assegurar a identidade de culturas micro-
bianas, empregando-se para este fim um soro de coelbo
de poder agglutinante averiguado até '/S000().
Investigando hematozoarios do sezonismo, foram en-
contradas uma vez formas raras, mas nítidas, do parasita
da quarta.
Tendo entrado na pratica corrente, como meio de
diagnostico, a reacção de Wassermann, sendo quasi certa,
atlentos os esclarecimentos que tantas vezes presta, a sua
próxima requisição pelas Clinicas Escolares, julguei con-
veniente adestrar-me na sua realisação, que, como a de
todas as reacções de immunidade,- é de technica e inter-
pretação delicadas, dependente d'uma aprendizagem cuida-
dosa e demorada. Ainda não posso, por falta de dados
clínicos respeitantes a alguns doentes, falta que em breve
conto ter remediada, apresentar reunidos e classificados,
os resultados obtidos.
N'estas reacções foram empregados antigeneos de qua-
lidade e origem différentes (extractos de ligado normal,
de fígado de heredo-sypbilitico, de coração de cobaya),
tendo sido uns preparados n'este Laboratório, outros ce-
didos pelo Ex.mo Snr. Prof. Alberto d'Aguiar, e por elle
Trabalhos escolares 207

preparados no seu Laboratório. Aproveito este ensejo para


manifestar a S. Ex.a o meu sincero agradecimento pela
sua gentileza.
LÍQUIDOS PURULENTOS. — Foram os seguintes os líqui­
dos purulentos examinados:

Pusuretral ou vaginal para in­/ Revelaram gonococcos ■ • 10


vestigação de gonococco • ­\ Não revelaram 5°
2
Outros líquidos purulentos
17
Total

LÍQUIDOS ORGÂNIC OS, DERRAMES, ETC . — Os líquidos or­


gânicos da tabeliã seguinte foram examinados debaixo do
ponto de vista cytologic*); além d'esta, algumas vezes se
realisou o seu exame bacteriológico, em preparações di­
rectas, culturas e inoculações, este ultimo mais emprega­
do, sobretudo, na investigação do bacillo de Koch, utili­
sando­se as cobayas como animaes de experiência:

Líquidos asciticos ,
» cephulo­rachidianos î
Derrames pleuraes *
Diversos
Total 13

CONTENTOS ESTOMAC A.ES.—Referem­se as analyses deste


grupo, quasi sempre, a ensaios chimicos, segundo a te­
chnica de Hayem­Winter, para o doseamento da acidez
total, acido chlorbydrico livre e combinado e chloro total ;
unia vez o liquido sobre que recahiu a analyse era soro
physiologico que permanecera durante alguns minutos no
estômago, liquido que foi destinado a analyse cytologica:

í Paraanalvse chimica(Hayem­Winter)
Contentos estomacaes ,, ara n n a iy s e cytologica

Total 9
208 Escola Medico-Cirurgica do Porlo

FEZES.—Os ensaios d'esté grupo dizem respeito, uma


vez, á investigação, que foi negativa, do Ankylostomum
dnodenalis; as outras duas á do bacillo de Koch, que uma
vez foi encontrado em abundância, em preparações tratadas
pelos methodos de Ziehl e de Wissokowiks-Gzaplewsky.

LEITE. — Gomo estudo ensaiou-se este anno uma serie


de analyses summarias de amostras diversas de leite de
consumo da cidade. Estas analyses comprehendiam, de-
baixo do ponto de vista chimico, a determinação da acidez,
densidade, gordura e extractos; sob o ponto de vista ba-
cteriológico, o exame directo, a determinação do numero
de germens, pesquiza do coli, de estreptococcos, do ente-
ritides sporogenes, dos bacillos de Koch e de Loefller. Este
trabalho pertence quasi exclusivamente ao alumno Snr. Amé-
rico Pires de Lima, que muitas vezes se tem mostrado
um dedicado e valioso auxiliar d'esté Laboratório, pres-
tando serviços muito de agradecer.

Laboratório Nobre, 26 de julho de 1910.

Manoel Pinto.
BIBLIOTHECA
BIBLIOTHECA

Movimento em 10O9-1G1O

A) Numero de leitores

52
Setembro. • • •
41
Outubro ■ ■ • •
89
Novembro • ■•
56
Dezembro ■ ■ ■
50
Janeiro • • • •
49
Fevereiro • • •■ 26
Marco 79
Abril 77
.Maio 75
Junho 33
Julho (Até ao dia 10)
577
Total
212 Escol.i M e d i c o ­ C i r u r g i c a do Porto

li) Livros entregues e retirados durante o anno


pelos snrs. professores

Volumes ou fascícu­ Volumes ou fascicu­


Professores los entregues lus que teem actual­
durante o anno mente em seu poder

Azevedo .Maiu 24 •>


Cândido de Pinho 1 1
I'lacido da Costa 1
Roberto Trias . 1 4
Maximiano Lemos ■
59 10
Lopes Martins • ■
10
Alberto d'Aguiar 19 1
Carlos Lima­ . 2
Luiz Viegas . . . —­ 4
Dias d'Almeida. 5 6
Souza Junior 2 12
Thiago d'Almeida 14 24
Pires de Lima . 53 15
Jnão de Mevra • 81 4
Oliveira Lima ­ .7 1
Teixeira liastos 9

Total 286 86

O) Livros adquiridos por compra ou por offerta


durante o anno de 1909­1910

ACADEMIA Real das Sciencias de Lisboa. Actas das Sessões da pri­


meira classe. Volume i (1899­1904). Lisboa, 1908. (off.).
ACADEMIA Real das Sciencias—Roletim de segunda classe. Actas e­
pareceres, estudos, documentos e noticias. Volume III. Lisboa
1910. (off).
ALMEIDA (C arlos Augusto Moraes de) — Tratado elementar de electri­
cidade. Tomo i. Lisboa, 1909. (off.).
ANDRADE (Elaviano Eutychio de) —Da dystocia funicular. Disserta­
ção inaugural. Rabia, 1909. (off).
ANNI.'ARIO da Escola Medico­C irurgica do Porto. Anno lectivo de
1908­1909. Porto, 1909. (off).
ANNUARIO da Escola Polytechnica. Anno lectivo de 1908­1909. Lis­
boa, 1909. (off.).
Bibliotheca 213

ANNUAHIO do Lyceu C entral d'Evora. Anno lectivo de 1908­1909.


Évora, 1909. (off.).
ANNUAHIO do Lyceu C entral da Ponta Delgada. Anno escolar de
1908­1909. (off).
ANNUAHIO do Lyceú Maria Pia. Anno escolar de 1908­1909. Lisboa,
1910. (off).
ANNUARIO do Lyceu Nacional de Aveiro. Anno lectivo de 1908­1909.
Aveiro, 1910. (off).
ANNUAHIO do Lyceu Nacional de Bragança. Anno lectivo de 1908­
1909. Porto", 1909. (off).
ANNUAHIO do Lyceu C entral de Braga. Anno escolar de 1908­1909.
Draga, 1909. (off).
ANNUAHIO do Lyceu do Porto »D. Manuel lit. Anno lectivo de 1908­
1909. Porto, 1909. (off).
ANNUAHIO do Observatório de Madrid para 1910. Madrid, 1909, (off.).
ANNUARIO da Universidade de C oimbra. Anno lectivo de 1909­1910.
Coimbra, MDC C C C X. (off.).
AMANHA ( B r i t o ) ­ N o t a acerca das invasSes francezas em Portugal.
Lisboa, 1909. (off).
ASSOCIAÇÃO C ommercial .lo Porto. Relatório da Direcção no anno
de 1909. Porto, 1910. (off).
ASSUNÇÃO (Francisco Victorino d a ) ­ G a r a n t i a sanitária da prole.
Dissertação inaugural. Bahia, 1909. (off.).
BAD PVHMONT. 8 fase. (off.).
BAPTISTA (Wildl.rando José) ­ A mulher e a medicina legal. Disser­
tação inaugural. Bahia, 1909. (off.)­
BAUD (L) ­ Précis .les examens.de Laboratoire. Paris, 1908.
BKHDAL (Henri) ­ Nouveaux éléments d'histologie n o r m a l e Sixième
édition. Paris, 1906.
BETHENCOURT (C ardozo d e ) ­ A Bibliotheca da Academia l e a l das
Sciencias de Lisboa. Noticia summaria. Lisboa, MC MIX­ (ollj­
BOA­VIAGKM (Agricio C anute da) ­ Da cirrhose atrophica de Laen­
n e c Dissertação inaugural. Bahia, 1909. (off).
BOHBABDA (Miguel) ­ A enfermagem religiosa. Lisboa 1910. (oil.).
BOLETIM da Direcção Geral da Agricultura. Annuario du■ S e r v i * »
Klorestaes. (1904­1905). Nono anno, n.» 4. Lisboa, 1J10. (off).
BRAGA (Franklin Ferreira) ­ Albuminuria dos tuberculosos pulmo­
nares. Dissertação inaugural. Bahia, 1909. (off.).
CAHHK.HA (Antonio d e ) ­ U m s u p p l e m e n t ao Instituto Revista
Scien.ilica e L i d e r a r i a ­ V o l u m e 66.*). Lisboa, 1909. (off.).
CAimunv (William A.) ­ O s serviçaes de S. Thomé. 1910. (off).
214 E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

CAIRO (Esperidão Jozé de Souza) — Hemorrhagia cerebral. Disserta-


ção inaugural. Bahia, 1909. (off).
CAJATY (Agostinho)—Estatura humana e suas diversas modillcaçoes
debaixo do ponto de vista medico. Dissertação inaugural. Bahia,
1909. (o li.).
CAMPOS (José Uchoa de) — Cadeira de clinica obstétrica e gynocolo-
gia- Dissertação inaugural- Rahia, 1909. (o(T.).
CATALOGO da Ribliotheca da Escola Medico-Cirurgica do Porto.
Porto, MCMX. (off.).
CATALOGO da Cerâmica Portugueza (Antiga collecção M. Cabral).
Porto, MCMIX. (off.).
CENTRO Commercial do Porto — Relatório dos actos da vigésima se-
gunda direcção apresentado pelo l.o secretario Carlos Arïonso.
Anno de 1909. Porto, 1910. (off.).
CHALOT (V.) et Cestan (Et) — Traité élémentaire de chirurgie et de
technique opératoire. 6-e édition. Paris, 1906.
CONGHESO Internacional Americano de Medicina é Hygiene. 4-o bol.
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CONRAUO (Rraulio da Silva) — As ideias actuaes sobre a pelada- Dis-
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DAHZENS (Georges) — Initiation chimique. Paris, 1910.
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ESCOLA DO EXERCITO — Catalogo systematico das obras existentes
na Ribliotheca até 31 de dezembro do 1900. Lisboa, 1903-1905.
ESCOLA (A) Medico-Cirurgica de Lisboa em 1907-1908. Annuario.
Lisboa, 1909. (off).
ESTATÍSTICA do Ensino Secundário. 1904-1905. Portugal. Ministério
dos Negócios do Reino. Direcção Geral de Instrucção Secunda-
r a, Superior e Especial. Lisboa, 1908-1909. (off.).
ESTATÍSTICA do Ensino Superior. Annoa escolares do 1906-1907 a
1908-1909. (off).
EXPOSITION Internationale île Hygiène. Dresde, 1911. (off.).
BJbliotheca 215

FERREIRA (Oswaldo Duarte) — Esludo clinico das hemoptyses. Disser-


tação inaugural, Rallia, 1909. (oil--).
FOURNIER (Camille) — Manuel complet des sages femmes, i vol. Pa-
ris, 1895.
FUCHEK —Die Stiidteversurgung mit milch.
GASCHING (Pascal! —Thèse pour le doctorat en médecine. La putré-
faction du lait. Paris, 1903.
GENTIL (Luiz de Oliveira) — Dos prolapsos genitaes e seu tratamento
medico cirnrgico. Dissertação inaugural- Haliia, 1909 (off-).
GOMES (Luiz Francisco) — A cirurgia e a medicina perante a appen-
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sertação inaugural. Rahia, 1909. (off.)-
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tação inaugural- Rahia, 1909. (off.)-
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lidade e do tratamento das cirrhoses alcoólicas. H hese apresen-
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218 Escola Medico-Cirurgica do Porto

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nas creanças. Dissertação inaugural. Bahia, 1909. (off.).

Durante o anno encadernarani-.se 127 volumes.

10 Revistas assignadas ou offerecidas (1910)

ANNAES Scientilicos da Academia Polytechniea do Porto. (off.).


ANNALES de dermatologie et de sypliiligraphie.—Paris.
ANNALES de gynécologie et d'obstétrique — Paris,
ANNALES d'Hygiène Publique et de médecine légale—Paris.
ANNALES de l'Institut Pasteur — Paris.
ANNALES des maladies des organes génito-urinaires—Paris.
ANNALES d'ocnlistique — Paris.
Aiicmvo biblfographico da liibliotheea da Universidade de Coimbra.
loir.).
AIICHIVOS de Historia da .Medicina Portugueza—Porto, (off.).
ARCHIVOS de hygiene e de pathologia exóticas — Lisboa, (off.).
Ancmvos do Beal Instituto Bacteriológico «Camará Pestana». Lisboa,
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BOLETIM da Associação dos .Medicos P0rtugue7.es — Lisboa, (off.).
BOLETIM hebdomadario de Estatística obituária — Lisboa, (off).
BOLETIM pecuário. Lisboa (off.I.
BOLETIM da Sociedade de Geographia de Lisboa, (off.).
BOLETIM do trabalho industrial. Lisboa, (off.).
BRITISH (The) medical Journal — Londres.
BULLETIN de dermatologie et de syphiligrapbie —Paris.
BULLETIN de la Société portugaise des Sciences naturelles —Lis-
bonne (off.i.
BULLETIN général de thérapeutique — Paris.
DIÁRIO do Governo—Lisboa.
GAZETA dos Hospitaes do Porlo. (oil.).
INSTITUTO (O.) —Coimbra, (off).
JORNAL da Sociedade das Sciencias Medicas de Lisboa, (off.).
JOURNAL de l'anatomie et de la physiologie— Paris.
JOURNAL de Chirurgie —Paris.
Bibliotheca 219

JOURNAL of Hygiene —Cambridge.


JOURNAL .le médecine et de chirurgie pratiques - Paris, (off.).
LANCET (The) — Londres.
MEDICINA (A) Contemporânea—Lisboa, (off.).
MEDICINA (A) moderna—Porto (off.).
MEMORIAS do Instituto Oswaldo C r u z - R i o de Janeiro, (off.).
MOVIMENTO medico — Coimbra, (off.).
OBSERVATÓRIO meteorológico da Princeza D. A m e l i a - P o r t o , (off.)
POLICLÍNICO (II)—Homa.
P R E S S E (La) m é d i c a l e — P a r i s .
REVISTA de chimica pura e applicada. Porto. (off.).
REVUE de Chirurgie —Paris.
REVOE d'hygiène et de police sanitaire —Paris.
REVUE de Médecine —Paris.
REVUE Scientifique—Paris.
SEMAINE (La) médicale —Paris.
TUBERCULOSE-Boletim da Assistência Nacional aos Tuberculosos
— Lisboa, (olf.).

Prof. PIKES DE LIMA,

Bibliolhecario.
LEGADOS

.
LEGADOS
administrados pela

Escola Medico-Cirurgica do Porto

LEGADO NOBRE

Balanço em 30 de junho de 1910

Activo Passivo

j Legado Nobre . . 75:871 $015


Papeis de credito :
Lei ile 2õ de jnlliu
Inscripções de 8 % l:(i00$000
d'assentamento . _, 4 ° 1Medica
71:426*015 Escola ¾ ^ '. .' 'J:li;t4$47H
Haneo Commercial
do Porto . . . 8:270»
Iianco Alliança . . 1:175*000
Caixa 8:094*479
7í):.-)li5s494 79:5fôS4S)4
224 E s c o l a M e d i c o ­ C i r u r g i c a do P o r t o

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81 I ­.1
Legados 225

Conta corrente — L E G A D O ASSIS

Receita Despeza
Saldo do anno eco- Pensões 816$380
nómico de 1908 a Subsidio para matri-
1909 6:522$365 culas 76$800
Recebido de juros de Serviço de escripiu-
de inscripções de ração . . . . . 50$000
3 °/o d ' a s s e n t a - Expediente. . . . 1$800
mento . . . . 2:5208000
Recebido de juros 944$980
de dinheiro á or-
dem C7$055 Saldo S:lG4$4oO

9:109$440 9:109*440

O Presidente do Conselho administrativo,

Augusto Henrique d'Almeida Brandão.

O Secretario do Conselho administrativo,

Norberto Teixeira da Silva


i . t Official.

Conta corrente

LEGADO VISCONDE DE MACEDO PINTO

Receita Despeza

Saldo do anno econó- Premio conferido ao alu-


mico de 1908 a 1909. 32$745 mno .Manoel de Vas-
Recebido de juros de concellos Carneiro e
inscripções de 3 % • 56$700 Mene'.es 42S000
Saldo *7$445

89$445 89$445

15
226 E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

Conta corrente — P R E M I O RODRIGUES PINTO

Receita Despeza

Saldo do anno econó- Premio conferido ao alu-


mico de 1908 a 1909. 44S075 nino Manoel Antonio
Recebido de juros de de Moraes Frias 16*000
inscripções de 3 °/o • 1G$600 Saldo. 44$675
60$675 60$67.r>

Conta corrente

LEGADO B A R Ã O D E C A S T E L L O DE PAIVA

Receita Despeza

'.íaldo do anno econo- Premio conferido ao alu-


mico de 1908 a 1909. 153S425 nino Carlos de Castro
Recebido de juros de Henriques . . . . 21$000
inscripções de 3 % • 21$000 Saldo 153$425

174$42õ; 17-U425

O Presidente do Conselho administrativo,

Augusto Henrique d'Almeida Brandão.

O Secretario do Conselho administrativo,

Norberto Teixeira da Silva

i.° Official.
Legados 227

A L U M N O S P E N S I O N I S T A S DO LEGADO NOB RE

Nomes Estabelecimento que frequentaram

Anthero d'Araujo Esmeriz Nobre. Escola Medica do Porto (Termi­


nou o curso).
João Ferreira da Silva C outo No­
bre Escola Medica do Porto.
António Ignacio Rodrigues Pi­
nheiro Nobre Academia Polytechnica­
Alberto Augusto Maia Nobre • ■ Universidade de C oimbra­
José Dias dos Santos Nobre • • Collegio Internato dos C arvalhos­
Carmina Maria da Piedade Nobre. Escola Normal do Porto.
João do Patrocínio C orroa Alves!
de Madureira Nobre . ■ • • Seminário Episcopal dos C arva­
lhos (Perdeu a pensão).
Alfredo Pinto Nobre ' Lyceu C entral do Porto.
Antonio Ferreira Linhares Nobre­
Francisco Pereira fiarbosa Nobre­
José C ardoso Madureira Nobre . (Perdeu a
pensão).
Julio Tito da Silva Nobre . • Lvceu C entral do Porto­
Margarida Julia Martins Nobre
Maria Lopes Nobre . . . .
Silvério Maria Gomes Nobre •

A L U M N O S P E N S I O N I S T A S DO L E C A D O ASSIS

Estabelecimento que frequentaram


Nomes

Antonio da C osia Portella . Escola Medica do Porto, 1.° anno.


Antonio C orráa de Souza • . Escola Medica do Porto, 2­° anno.
Domingos Alves Marinho . Escola Medica do Porto, 3 " anno.
Manoel Pinto . Escola Medica do Porto, 4 ° anno­
EXAMES DE HABILITAÇÃO

t
Exames de habilitação
(REPETIÇÃO DE CURSO)

Desde a fundação da Escola

1 _ D. BUENAVENTURA FONTANET Y SELVA, natural d'Anglesola,


diocese de Salsona— Hespanha. Cirurgião formado em Bar-
celona.

Anatomia pratica, no dia 4 de março de 1839 —Approvado.


Os três exames de clinica cirúrgica nos dias 5 e 6 de março de 1839
— Approvado.

Estes exames foram feitos conforme o plano de 1800.

2 — J O S É RODRIGUES D'ALMEIDA, natural de l'inheiro d'Azere, dis-


tricto de Vizeu. Doutor pela Universidade de Pisa.

Pathologia interna, no dia 3 de setembro de 1840 - Approvado.


Clinica medica nos dias 4 e 5 de setembro de 1840 - Reprovado.
Clinica medica nos dias 23 e 24 de novembro de 1 8 4 8 - A p p r o v a d o
pela maior purte.

3 - JOÃO ANTONIO ROCHA, filho de João Antonio Rocha, natural da


Provença d'Orense, Reino da «alisa. Formado na Faculdade
232 E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i ca d o P o r t o

de Medicina pela Universidade de S. Thiago e pela Real


Academia Medico-Cirurgica da mesma cidade.

1'athologia interna, no dia 6 d'abril de 1841 — Approvado plenamente.


Clinica medica, no dia 7 d'abril de 1841 — Approvado plena-
mente.

Este exame foi feito no dia - d'abril referido pela manha c repetido na
tarde do mesmo dia.

4 — A N T O N I O GOMES CARNEIRO, filho de José Gomes Carneiro, na-


tural de Villa Real. Formado na Faculdade de Medicina pela
Academia de Montpellier.

Pathologia interna, no dia 11 d'outubro de 1844 — Approvado plena-


mente.
Clinica medica, nos dias 13 e 14 de setembro de 1844 — Approvado
plenamente.

5 — H E N R I Q U E JEHH, filho de sir Henrique Jebb, natural de Iiublin,


na Irlanda, Reino da Gran-Bretanha. Doutor em Medicina
pela Universidade de Glasgow.

Pathologia interna, no dia 11 d'outubro de 1844 - Approvado ple-


namente.
Clinica medica, nos dias 12 e 14 d'outubro de 1844 —Approvado
plenamente.

6 — FRANCISCO DE SOUZA CASTELLO-KRANCO, filho de Joaquim de


Souza Castello-Branco, natural de Lagos, districto de Faro.
Doutor em Cirurgia pela Universidade de Louvain.

Pathologia externa, no dia 13 de dezembro de 1844 — Approvado


plenamente.
Clinica cirúrgica, nos dias 14 e 16 de dezembro de 1844 —Appro-
vado plenamente.
E x a m e s de h a b i l i t a ç ã o 233

7 — JERONYMO GOMES CARNEIRO, natural de Villa Heal. Doutor em


Medicina pela Universidade de França. Academia de Mont-
pellier.

Pathologia interna, no dia l õ de fevereiro de 1855 - Approvado ple-


namente.
Clinica medica, nos dias 16 e 17 de fevereiro de 1855 - Approvado.

8-GI-IMIERME MAY. Cirurgião pelo Real Collegio de Cirurgia de


Edimburgo.

Pathologia externa, no dia 14 de junho de 1861 - Approvado ple-


namente.
Clinica cirúrgica, nos dias 15 e 17 de junho de 1 8 6 1 - A p p r o v a d o
plenamente.

9 —JOAQUIM MARIA DA FONSECA. Doutor em medicina, Cirurgia e


Arte obstretica pela Universidade de Heidelberg.

8.» cadeira (materia medica), no dia 15 de dezembro de 1 8 6 3 -


Approvado plenamente.
3.» cadeira (pathologia externa), no dia 15 de dezembro de 1 8 6 3 -
Approvado pela maior parte.
7.a cadeira (pathologia interna) no dia 18 de dezembro de 1 8 6 3 -
Approvado pela maior parte.
6.« cadeira (operações), no dia 19 de dezembro de 1 8 6 3 - A p p r o -
vado pela maior parte.
«.« cadeira (obsletricia), no dia 21 de dezembro de 1863 - Appro-
vado pela maior parte.
fl.« cadeira (clinica cirúrgica), no dia 7 de janeiro de 1 8 6 4 - A p p r o -
vudo pela maior parte.
8.» cadeira (clinica medica), no dia 7 de janeiro de 1864 - Appro-
vado pela maior parte.

10 - MANOEL DE SOUZA AVIDES, filho de João Luiz de Souza Avides.


natural do Porto. Doutor em Medicina e Cirurgia pela Uni-
versidade do Rio de Janeiro.
234 Escola Medico-Cirurgica do Porto

1.» cadeira (anatomia), no dia 23 de fevereiro de 1878—Approvado


plenamente.
1.» cadeira (anatomia, repetição), no dia 27 de fevereiro de 1878—
Approvado plenamente.
2.» cadeira (physiologia), no dia 2 de março de 1878— Approvado-
plenamente.
3.» cadeira (pharmacologia geral e especial de pharmacia), no dia 9
de março de 1878 — Approvado plenamente.
4.» cadeira (pathologia externa), no dia 13 de março de 1878 —
Approvado plenamente.
12.» cadeira (pathologia geral, etc.), no dia 16 de março de 1878 —
Approvado plenamente.
5.» cadeira (medicina operatória) no dia 20 de março d e 1878 —
Approvado plenamente.
7.» cadeira (pathologia interna), no dia 23 de março de 1878 —Appro-
vado plenamente.
10.» cadeira (anatomia pathologica), no dia 27 de março de 1878 —
Approvado plenamente.
6.» cadeira (partos, etc.), no dia 30 de março de 1878—Approvado-
plenamente.
9.» cadeira (clinica cirúrgica'), no dia 3 d'abril de 1878 —Approvado
plenamente.
11.» cadeira (hygiene, medicina legal e toxicologia), no dia 6 d'abri!
de 1878 — Approvado plenamente.
8.» cadeira (clinica medica), no dia 10 de abril de 1878 —Appro-
vado plenamente.
Acto grande, no dia 30 de abril de 1878 —Approvado plenamente.

11 — L u i z IÍERNABDES DE MOURA. Doutor em Medicina pela Facul-


dade do Rio de Janeiro.

1.» cadeira (anatomia), no dia 12 de maio de 1881 — Reprovado.

12 — JOÃO ANTONIO FERREIRA DE SA.MI»AIO, natural de S. Gens d e


Calvos, concelho da Povoa de Lanhoso, districto de liraga.
Doutor em Medicina pela Faculdade de Montpellier.

2.» cadeira (physiologia), no dia 10 de novembro de 1883 —Appro-


vado plenamente.
E x a m e s de h a b i l i t a ç ã o 235

12.» cadeira (pathologia geral), no dia 21 de novembro de 1883 —


Approvado plenamente.
3.» cadeira (materia medica), no dia 23 de novembro de 1883 —
Approvado plenamente.
10.» cadeira (anatomia pathologica), no dia 26 de novembro de 1883
— Approvado plenamente.
5.» cadeira (medicina operatória), no dia 28 de novembro de 1883
— Approvado plenamente.
7.-' cadeira (pathologia interna)— no dia 1 de dezembro de 1883 —
Approvado plenamente.
4.» cadeira (pathologia externa), no dia 3 de dezembro de 1883 —
Approvado plenamente.
11.» cadeira (hygiene e medicina legal), no dia 5 de dezembro de 1883
— Approvado plenamente.
6.» cadeira (partos), no dia 7 de dezembro de 1883 — Approvado
plenamente.
8.» cadeira (clinica medica), no dia 10 de dezembro de 1883 — Appro-
vado plenamente.
9.» cadeira (clinica cirúrgica), no dia 11 de dezembro de 1883 —
Approvado plenamente.
Acto grande no dia 28 de julho de 188-1— Approvado pela maior
parte.

13—ANTONIO EVARISTO D'ORNELLAS (Harão d'Ornelias), filho d e


Evaristo d'Ornellas. natural da Madeira. Doutor pela Fa-
culdade de Medicina de Paris.

1.» cadeira (anatomia), no dia 24 de novembro de 1886 —Appro-


vado plenamente.
1.» cadeira (anatomia, repetição), no dia 27 de novembro de 1886
— Approvado plenamente.
2.» cadeira (physiologia), no dia 1 de dezembro de 1 8 8 6 - A p p r o -
vado plenamente.
3.» cadeira (materia medica), no dia i de dezembro de 1 8 8 6 -
Approvado plenamente.
10* cadeira (anatomia pathologica), no dia 7 de dezembro de 1886
— Approvado plenamente.
12.» (pathologia geral), no dia 9 de dezembro de 1 8 8 6 - A p p r o v a d o
plenamente.
236 Escola Medico-Cirurgica do Porto

4.» cadeira (pathologia externa), no dia 12 de dezembro de 1886 —


Approvado plenamente.
5." cadeira (medicina operatória), no dia 14 de dezembro de 1886
— Approvado plenamente.
7.» cadeira (pathologia interna), no dia 16 de dezembro de 1886 —
Approvado plenamente.
6.» cadeira (partos), no dia 18 de dezembro de 1886 — Approvado
plenamente.
11.» (hygiene e medicina legal), no dia 20 de dezembro de 1886 —
Approvado plenamente.
í>.a cadeira (clinica cinirgica), no dia 21 de dezembro de 1886 —
Approvado plenamente com louvor.
10.» cadeira (i-linica medica), no dia 22 de dezembro de 1886 —
Approvado plenamente com louvor.
Acto grande, no dia 7 de janeiro de 1887 — Approvado plenamente.

14 —MANOEL JOAUUIM FERREIRA MENDES, filho de João Ferreira


Mendes, natural de Revelhe, concelho de Fafe, districto de
Braga. Doutor pela Faculdade de Medicina do Rio de Ja-
neiro.

1.» cadeira (anatomia), no dia 22 de junho de 1887 — Approvado


plenamente.
1." cadeira (anatomia, repetição), no dia 30 de junho de 1887 —
Approvado plenamente.
2.» cadeira (physiologia), no dia 1 de julho de 1887 — Approvado
plenamente.
3.» cadeira (materia medica), no dia 4 de julho de 1887 — Appro-
vado plenamente.
12.» cadeira (pathologia geral), no dia 6 de julho de 1887 — Appro-
vado plenamente.
10.» cadeira (anatomia pathologica), no dia 8 de julho de 1887 —
Approvado plenamente.
4.» cadeira (pathologia externa), no dia 11 de julho de 1887 —Appro-
vado plenamente.
7.» cadeira (pathologia interna), no dia 13 de julho de 1887 — Appro-
vado plenamente.
5.» cadeira (medicina operatória), no dia 15 de julho de 1887 —
Approvado plenamente.
E x a m e s de h a b i l i t a ç ã o 237

6.« cadeira (partos), no dia 18 de julho de 1887 - Approvado ple-


namente.
11.» cadeira (hygiene e medicina legal), no dia 20 de julho de 1887
— Approvado plenamente.
8.» cadeira (clinica medica), no dia 22 de julho de 1887 —Appro-
vado plenamente.
9.» (clinica cirúrgica), no dia 23 de julho de 1867 - Approvado pie-
namente.
Acto grande, no dia 27 de julho de 18S7 - Approvado plenamente.

15 - l i v r o u ™ FRANCISCO ALVARES, filho de Camillo Dionysio Al-


vares, natural de G ó a - índia Portugueza. Habilitado com
o curso da Escola Medico-Cirurgica de Goa.

1.» cadeira (anatomia), no dia 6 de dezembro de 1887 - Approvado


plenamente.
1.» cadeira (anatomia, repetição), no dia 10 de dezembro de 1 8 8 7 -
Approvado plenamente.
2." cadeira (physiologia), no dia 14 de abril d* 1888 - Approvado
plenamente.
3.- cadeira (materia medica), no dia 2 de maio de 1 8 8 8 - A p p r o -
vado plenemente.
12.a cadeira (pathologia geral), no dia 30 de junho de 1 8 8 8 - Appro-
vado plenamente com louvor.
10.* cadeira (anatomia palhologica), no dia 10 de julho de 1888 -
Approvado plenamente.
7.» cadeira (pathologia interna), no dia 14 de julho de 1 8 8 8 - A p p r o -
vado plenamente com louvor.
4.* cadeira (pathologia externa), no dia 6 de outubro de 1888
Approvado plenamente.
5.a cadeira (operações*, no dia 9 de outubro de 1 8 8 8 - A p p r o v a d o
plenamente.
9.. cadeira (clinica cirúrgica), no dia 20 de outubro de 1888 - Appro-
vado plenamente com louvor.
a « cadeira (clinica medica), no dia 14 de novembro de 1 8 8 8 -
Approvado plenamente.
6." cadeira (partos), no dia 20 de novembro de 1888 - Approvado
plenamente.
23S Escola Medic o-Cirúrgica do P o r t o

11.» cadeira (hygiene e medicina legal), no dia 24 de novembro de


1888— Approvado plenamente.
Acto grande, no dia 3 de junho de 1889 — Approvado plenamente
com louvor.

16 — MANOEL ALFREDO CEYLXO. Doutor pela Faculdade de Medicina


da Bahia.

l. a cadeira (anatomia), no dia 9 de maio de 1891 — Reprovado.

17 —MIGUEL DO SACRAMENTO MONTEIRO, filho de Thadeu José do


Sacramento Monteiro, natural da Ilha do Fogo — Cabo Verde.
Doutor pela Faculdade de Medicina do Paris.

1.» cadeira (anatomia), no dia 26 de janeiro de 1894 — Approvado


plenamente.
1.» cadeira (anatomia repetição), no dia 30 de janeiro de 1894 —
Approvado plenamente.
2." cadeira (physiologia), no dia 9 de fevereiro de 1894 —Approvado
plenamente.
3.» cadeira (materia medica), no dia 13 de fevereiro de 1894 — Appro-
vado plenamente.
10.a cadeira (anatomia pathologíca), no dia 19 de fevereiro de 1894
— Approvado plenamente.
12." cadeira (pathologia geral), no dia 22 de fevereiro de 1894 —
Approvado plenamente.
5.a cadeira (operações), no dia 24 de fevereiro de 1894 — Approvado
plenamente.
7.» cadeira (pathologia interna), no dia 26 de fevereiro de 1894 —
Approvado plenamente.
4.» cadeira (pathologia externa), no dia 8 de marco de 1894 — Appro-
vado plenamente.
•6." cadeira (partos), no dia 10 de março de 1894 — Approvado ple-
namente.
l l . a cadeira (hygiene e medicina legal), no dia 12 de março de 1894
— Approvado plenamente.
Exames de habilitação 239

8.» cadeira (clinica medica), no dia 13 de marco de 1894 — Apro-


vado plenamente.
9.a cadeira (clinica cirúrgica), no dia 14 de março de 1894 —Appro-
vado plenamente.
Acto grande, no dia 2 de abril de 1894 — Approvado plenamente.

18 — finEOORio JOAQUIM DINIZ. Doutor pela Faculdade de Medicina


de Paris.

l.a cadeira (anatomia), no dia 25 de junho de 1894 — Approvado


plenamente.-
1." cadeira (anatomia, repetição), no dia 28 de junho de 1894 —
Approvado plenamente.
2.» cadeira (physiologia), no dia 3 de julho de 1894 — Approvado
plenamente.
3.a cadeira (materia medica), no dia 7 de julho de 1894 — Appro-
vado plenamente.
10." cadeira (anatomia pathologica), no dia 13 de julho de 1894 —
Approvado plenamente.
12.a cadeira (pathologia geral), no dia 12 de outubro de 1 8 9 4 -
Approvado plenamente.
(Não completou o curso).

19 - LUIZ CAETANO SANT'ANNA ALVARES, filho de José Filippe Al-


vares, natural de Margão, Salsete-índia Portugueza. Habi-
litado com o curso da Escola Medico-Cirurgica de Nova (...a.

l.a cadeira (anatomia), no dia 10 de dezembro de 1897-Appro-


vado. S-14 valores.
L« cadeira (anatomia, repetição), no dia 13 de dezembro de 1 8 9 7 -
Approvado. IS-15 valores.
2.a cadeira (physiologia), no dia 31 de janeiro de 1898-Appro-
vado. S-13 valores.
3.a cadeira (materia medica), no dia 14 de fevereiro de 1898 - Appro-
vado. S-13 valores.
12.a cadeira (pathologia geral), no dia 5 de março de 189S-Appro-
vado. S-13 valores.
240 E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

10.» cadeira (anatomia pathologica), no dia 30 de março de 1898 —


Approvado. S-14 valores.
5.» cadeira (operações), no dia 22 de abril de 1898 — Approvado.
S-13 valores.
7.» cadeira (pathologia interna), no dia 12 de maio de 1898 — Appro-
vado. S-13 valores.
4.» cadeira (pathologia externa), no dia 4 de junho de 1898 —Appro-
vado. S-13 valores.
6.» cadeira (partos), no dia 11 de junho de 1898 —Approvado. S-13
valores.
11.» cadeira (hygiene e medicina legal), no dia 13 de junho de 1898
— Approvado S-14- valores.
9.» cadeira (clinica cirúrgica), no dia 6 de julho de 1898—Appro-
vado. 11-15 valores.
8.» cadeira (clinica medica), no dia 19 de julho de 1898 — Approvado.
S-14 valores.
Acto grande no dia 14 de outubro de 1898 — Approvado. TÎ-15 va-
lores.
Média final do curso— S-13 valores.

2 0 — M A N O E L SILVESTRE GOMES. Habilitado com o curso da Facul-


dade de Medicina de Paris.

1.» cadeira (anatomia), no dia 28 de junho de 1899 — Desistiu


por doença.

21 — A N T O N I O XAVIER RODOLPIIO BERNARDO MARIA DA ROCHA P I N T O ,


filho de José Julio Cesar Pinto, natural de Guirim, Hardez
— índia Portugueza. Habilitado com o curso da Escola Me-
dica de Gòa.

1.» cadeira (anatomia, repetição, 2.° anno), no dia 3 de julho de 1899


— Approvado. B-16 valores.
2.» cadeira (physiologia), no dia 11 de julho de 1899— Approvado.
S-14 valores.
12.» cadeira (pathologia geral), no dia 18 de novembro de 1899 —
Approvado. S-14 valores.
Exames de h a b i l i t a ç ã o 241

3." cadeira (materia medica), no dia 7 de dezembro de 1899 — Appro-


vado. S-14 valores.
10.» cadeira (anatomia pathologica), no dia 5 de marco de 1900 —
Approvado. B-15 valores.
7.» cadeira (pathologia interna), no dia 3 de abril de 1900— Appro-
vado. S-14 valores.
5.» cadeira (operações)? no dia 30 de abril de 1900 —Approvado.
S-14 valores.
4.» cadeira (pathologia externa), no dia 14 de maio de 1900 —Appro-
vado. S-13 valores.
6.» cadeira (partos), no dia 1 de junho de 1900 —Approvado. S-14
valores.
9." cadeira (clinica cirúrgica), no dia 8 de junho de 1900 —Appro-
vado. Ii-15 valores.
8.» cadeira (clinica medica), no dia 15 de junho de 1900 —Appro-
vado. S-14 valores.
11> cadeira (medicina legal), no dia 4 de julho de 1900 —Appro-
vado. B-15 valores.
Acto grande, no dia 7 de janeiro de 1901 — Approvado. S-14 valores.
Média linal do curso —S-14 valores.

22 - JOAQUIM CONDILLAC PINTO, Ilibo de Álvaro José Xavier Pinto,


natural de liardez, Gôa — Índia Portugueza. Habilitado com
o curso da Eacola Medica de Goa.

1.» cadeira (anatomia), no dia 22 de abril de 1903-Approvado.


S-14 valores.
l.a cadeira (anatomia, repetição, 2.° anno), no dia 20 de maio de 1903.
— Approvado. S-14 valores.
2.» cadeira (physiologia), no dia 20 de junho de 1903-Approvado.
S-13 valores.
12.» cadeira (pathologia geral), no dia 12 de outubro de 1 9 0 3 -
Approvado. S-12 valores.
4.» cadeira (pathologia externa), no dia 24 de outubro de 1903 -
Approvado. S-13 valores.
10.» cadeira (anatomia pathologica), no dia 10 de novembro de 1903
— Approvado. S-12 valores.
8.» cadeira (materia medica), no dia 3 de dezembro de 1 9 0 3 -
Approvado. S-13 valores.
16
242 Escola Medico-Cirurgica do P o r t o

7.» cadeira (pathologia interna), no dia 9 de janeiro de 1904 — Appro-


vado. S-13 valores.
5.» cadeira (operações), no dia 3 de fevereiro de 1904 — Approvado.
S-12 valores.
13.» cadeira (hygiene), no dia 27 de fevereiro de 1904 — Approvado.
S-13 valores.
11.» cadeira (medicina legal), no dia 1 desunho de 1904 —Appro-
vado. B-15 valores.
8.» cadeira (clinica medica), no dia 11 de junho de 1904 — Appro-
vado. S-14 valores.
6.» cadeira (partos), no dia 8 de julho de 1904 — Approvado. S-12
valores.
9.» cadeira (clinica cirúrgica) no dia 16 de julho de 1904 —Appro-
vado. B-15 valores.
Acto grande no dia 25 de julho de 1904 — Approvado. S-13 valores.
Média fina! do curso — S-13 valores.

23 —KLoniANO ROQUE CHRISTINO BARRETO, tllho de Julio Fran-


cisco Xavier Barreto, natural de Margão, Salsete — índia
Portugueza. Habilitado com o curso da Escola de Nova Goa.

1.» cadeira (anatomia descriptive), no dia 27 de fevereiro de 1904


— Approvado. S-13 valores.
14. •> cadeira (histologia), no dia 24 de marco de 1904 — Approvado.
S-ll valores.
15.» cadeira (anatomia topographica), no dia 27 de abril de 1904 —
Approvado. S-12 valores.
2.» cadeira (physiologia), no dia 11 de junho de 1904 —Approvado.
S-12 valores.
12.» cadeira (pathologia geral), no dia 11 de julho de 1904 — Appro-
vado. S-12 valores.
4.» cadeira (pathologia externa), no dia 13 de outubro de 1904 —
Approvado. S-ll valores.
3.» cadeira (materia medica), no dia 20 de outubro de 1904 — Appro-
vado. S-12 valores.
Falleceu.
E x a m e s de h a b i l i t a ç ã o 243

24 — ANTONIO CAETANO PACHECO, filho de Duarte Pacheco, natural


de Lisboa. Habilitado com o curso da Escola de Nova Gôa.

1.» cadeira (anatomia descriptiva), no dia 27 de fevereiro de 1904


— Approvado. S-14 valores.
14. a cadeira (histologia), no dia 24 de março de 1904 — Approvado.
S - l l valores.
15.a cadeira (anatomia topographica), no dia 27 de abril de 1904 —
Approvado. S-18 valores.
2.a cadeira (physíologia), no dia 11 de junho de 1904 — Approvado.
S-12 valores.
12." cadeira (pathologia geral), no dia 13 de outubro de 11104 —
Approvado. S-13 valores.
3.» cadeira (materia medica), no dia 20 de outubro de 1904 — Appro-
vado. S-14 valores.
10.« cadeira (anatomia pathologica), no dia 28 de outubro de 1904
— Approvado. S-12 valores.
4.» cadeira (pathologia externa), no dia 5 de novembro de 1904 —
Approvado. S-13 valores.
13." cadeira (hygiene), no dia 12 de novembro de 1904 — Approvado.
S-13 valores.
7." cadeira (pathologia interna), 17 de dezembro de 1904 — Appro-
vado. S-12 valores.
5.« cadeira (operações), no dia 14 de janeiro de 1905 —Approvado.
S-14 valores.
11.« cadeira (medicina legal), no dia 17 de janeiro de 1905 — Appro-
vado. S-12 valores.
9.« cadeira (clinica cirúrgica), no dia 12 de fevereiro de 1905 —
Approvado. S-14 valores.
8.« cadeira (clinica medica), no dia 28 de fevereiro de 1905 — Appro-
vado. S-14 valores.
6.« cadeira (partos), no dia 24 de março de 1905 - Approvado. S-12
valores.
Acto grande, no dia 21 de julho de 1905 — Approvado. B-16 valores.
Média tinal do curso — S-13 valores.
244 Escola Medico-Cirurgica do Porto

25 — INDALENCIO FHOILANO DE MELLO, filho de Francisco Constân-


cio de Mello, natural de Renanlim, Salsete — índia Porlu-
gueza. Habilitado com o curso da Escola de Nova Gôa.

1.» cadeira (anatomia descripliva), no dia 8 de março de 1909 —


Approvado. S-14 valores.
14.a (histologia), no dia 22 de março de 1909 — Approvado. S-13
valores.
12.a cadeira (pathologia geral), no dia 22 de maio de 1909 — Appro-
vado. B-15 valores.
2.a cadeira (physiologia), no dia 29 de maio de 1909—Approvado.
S-14 valores.
15.a cadeira (anatomia topographical, no dia 1 de junho de 1909 —
Approvado. IÎ-15 valores.
10.a cadeira (anatomia pathological, no dia -23 de junho de 1909 —
Approvado. S-14 valores.
3. a cadeira (materia medica), no dia 9 de julho de 1909 — Approvado.
11-15 valores.
4.a cadeira (pathologia externa), no dia 19 de outubro de 1909 —
Approvado. li-16 valores.
13.a cadeira (hygiene), no dia 25 de outubro de 1909 — Approvado.
B-16 valores.
5.a cadeira (operações), no dia 3 de novembro de 1909— Approvado.
S-14 valores.
7.a cadeira (pathologia interna), no dia 9 de novembro de 1909 —
Approvado. S-14 valores.
11.« cadeira (medicina legal), no dia 16 de abril de 1910 —Appro-
vado. 11-15 valores.
ti.a cadeira (partos), no dia 7 de maio de 1910 — Approvado. — R-15
valores.
9." cadeira (clinica cirúrgica), no dia 14 de maio de 1910 —Appro-
vado. S-14 valores.
8.a cadeira (clinica medica), no dia 21 de maio de 1910 — Approvado.
H-15 valores.
Acto grande, no dia 10 de julho de 1910 — Approvado. H-17 valores.
Média final do curso — S-14 valores.
EDITAE5
EDITAES

Escola M e d i c o - C i r u r g i c a do Porto

EDITAL

Augusto Henrique d'Almeida Brandão, Medico-Cirurgião


pela Escola Medico-Cirurgica do Porto, Lente cathe-
dratico e Director interino da mesma Escola, etc.

layo saber que, em conformidade do Regulamento approvado


por Decreto de 28 de Fevereiro de 1884, está aberto concurso para
admissão de ura alumno pensionado na Escola Medico-Cirurgica do
Porto, o qual tem a receber, pelo legado da benemérita D. Rita
d'Assis de Souza Vaz, a quantia annual de 216$000 réis em mensa-
lidades, e mais 19$200 réis para abertura e encerramento de ma-
tricula.
Os pretendentes teem de apresentar os requerimentos devida
mente documentados, até ao dia 3 de novembro do corrente anno-
para serem presentes ao conselho escolar da referida Escola. Além
doa documentos legalmente exigidos para a primeira matricula, te-
rão de instruir os seus requerimentos com a certidão e attestados
seguintes:
1.»-Certidão por onde provem que são cidadãos portuguezes;
2." —Attestados de bom comportamento;
3.0-Attestados de que não possuem, nem seus pães, rendi-
mentos sufficlentes para supprirèm as despezas do tirocínio escolar.
248 Escola Mcdico-Cirurgica do Porto

Us attestados de bom comportamento e de deficiência de meios


pecuniários, serão passados pelas camarás municipaes e pelos admi-
nistradores dos concelhos a que os requerentes pertencerem, tanto
pela sua naturalidade como pela sua residência.
O conselho escolar, depois de decidir quaes os requerentes que
pelas suas circumstancias podem ter direito ao beneficio da pensão,
concederá esta ao que nos seus exames de preparatórios tiver obtido
melhores qualificações.
No caso que dons ou mais requerentes se apresentem eguaes
em habilitações litterarias, o mais novo em annos será preferido.

Secretaria da Escola Medico-Cirurgica do Porto. 4 de agosto de


1909.

O Director interino,

Atlffusio Henrique d'Almeida bramido.

EDITAL

Augusto Henrique d'Almeida B r a n d ã o , Medico-Cirurgiao


pela Escola Medico-Cirurgica do Porto, Lente cathe-
dratico e Director interino da m e s m a Escola, etc.

Faço saber que tendo vagado dois logares de pensionistas do


benemérito Bruno Alves Nobre, está aberto concurso, até ao dia 30
de setembro do corrente anno, para o provimento dos referidos lo-
gares.
1.° —Os pensionistas serão um do sexo feminino e outro do
masculino e perceberão uma mensalidade de doze mil réis, além de
um abono annual até cincoenta mil réis para matriculas e livros.
2.° — São candidatos á pensão todos os recolhidos em estabele-
cimentos de caridade da cidade do Porto e província do Minho, que
tenham dois annos completos de residência no respectivo estabele-
cimento, approvação no exame de admissão aos Lyceus e menos de
quinze annos de edade.
S.» — Os directores ou regentes das mencionadas casas de cari-
dade enviarão a esta Escola Medico-Cirurgica, dentro do praso do
concurso, uma relação authentica e completa de todos os asylados
Editaes 249

que estejam nas condições exigidas para concorrer á pensão, indi-


cando os seus nomes, edades e classificação obtida no exame de
admissão aos Lyceus e em quaesquer outros exames que tenham
feito.
Os directores cu regentes que subscrevem esta relação darão
informações sobre aquelles que mais dignos julgarem da pensão.
4.o —São motivos de preferencia a classificação obtida n'outros
exames; em egualdade de condições são preferidos os mais velhos,
e no caso de edades eguaes a escolha é por sorteio.
5.0—Todo o pensionista tem obrigação de seguir com apro-
veitamento o curso que escolher e de incluir entre os seus appelli-
dos a palavra Nobre; os epie faltarem a esta obrigação perdem o
direito a pensão.
g,,»— Os regulamentos respectivos, assim como quaesquer ou-
tros esclarecimentos, podem ser solicitados na secretaria da Escola
Medico-Cirurgica do Porto.

Secretaria da Escola Medico-Cirurgica do Porto, 4 de agosto de


1909.

O Director Interino,

Aitt/usto Henrique â'Almeidti Brandão.

EDITAL

Augusto Henrique d'Almeida Brandão, Lente cathedratico


e Director interino da Escola Medico-Cirurgica do
Porto, etc.

laco saber que no dia 18 d'outubro do corrente anno terá logar


n abertura das aulas para o anno lectivo de 1909-1910 e que as res-
pectivas matriculas começarão para todos os cursos no d.a 15 do
corrente mez, e continuarão até ao dia 90, das 11 horas da manhS
ás 2 da tarde.
Este praso é prorogado até 15 d'outubro para os alumnos que,
em harmonia com o art.» 63." do regulamento da Escola, provarem
perante o Director que por motivo de força maior não puderam ma-
tricular-se no tempo competente.
250 Escola Medico-Cirurgica do Porto

Os indivíduos que pretenderem matricular-se deverão declarar


circumstanciadamente nos seus requerimentos o nome, filiação,
naturalidade (freguezia, concelho e districto), instruindo a sua pe-
tição com os documentos seguintes:

Curso medico-clrurgico

I ANNO

Certidão de maioridade de 14 annos ;


Certidões dos exames seguintes:

I ANNO do curso geral dos lyceus:

l.° — Lingua portugueza;


2.°— Lingua franceza.

II ANNO:

3.°—Geographia.

III ANNO do curso de sciencias:

4."— Historia;
5.° —Latim.

IV ANNO:

6.0— Mnlhematiea (1.» parte);


7.<>—PhySica (].•' parte).

V ANNO: I

8.°—Mathematica (2.» parte);


9.« — Physica (2.a parte) ;
10.°—Philosophia elementar.

VI ANNO:

ll.o — Mathematica (2.a parte);


12.° — Litteratura portugueza (decreto de 20 d'outubrode 1888);
13.°— Desenho (regulamento de 12 de agosto de 1886);
Editaes •251

14.0—lingua allemã (regulamento de 12 de agosto de 1881),


decretos de 30 de julho de 1881 e 20 de abril de 1893 e portaria de
18 de julho de 1895).
As certidões d'estes exames, quando anteriores ao decreto de
12 de agosto de 1876, poderão ser substituídas pelas dos exames
equivalentes segundo o mappa annexo ao decreto de 14 d'outubro
de 1880, e quando posteriores poderão ser suppridas pelas dos exa-
mes equivalentes indicados no mappa junto ao decreto de 1888.
N. B. —Aos alumnos habilitados com o ensino secundário esta-
belecido pelo decreto de 22 de dezembro de 1894, e organisado pelo
regulamento de 14 d'agosto de 1895, bastará apresentar, nos lermos
do art.» 137.° do citado regulamento e em substituição das quatorze
certidões acima indicadas, a certidão ou diploma do curso com-
plementar dos lyceus.
15." — Physica experimental ;
16.° — Chimica inorgânica ;
17o —Analyse chimica e chimica orgânica.
Estes exames deverão ter sido feitos na Faculdade de Philoso-
phia, Escola Polyteehnica ou Academia Polytechnics

I I ANNO

Certidões dos exames do L» anno do curso medico-cirurgico;


Certidão do exame de zoologia, conforme o disposto para os
exames de physica e chimica.

I I I ANNO

Certidões dos exames do 2.° anno ;


Certidão do e-ame de botânica, conforme o disposto para os
exames de physica e chimica.

IV ANNO

Certidões dos exames do 3.o anno ;


Certidão de frequência no curso auxiliar de propedêutica c«-
rurgica.
V ANNO

Certidões dos exames do 4.° anno ;


Certidões de frequência nos cursos auxiliares de propedeuttcas
medica e cirúrgica.
252 Escola Medico-Cirurgica do Porto

Curso de p a r t e i r a s
I ANNO
Certidão de maioridade de 20 annos ;
Certidão de vida e costumes passada pelo administrador do
bairro ou concelho onde tenha residido ultimamente.
Certidão de exame de instrucção primaria, 2.» grau.
I I ANNO
Certidão do exame do 1.» anno.

Escola Medico-Cirurgica do Porto. 4 de setembro de 1909.

O Director interino,

Augusto Henrique d'Almeida Brandiio.

EDITAL

Joaquim Alberto Pires de Lima, Lente cathedratico e Se-


cretario interino da Escola Medico-Clrurglca do Porto.

Por ordem do Ex.mo Snr. Director, faço saber que até ao dia
28 do corrente está aberta, na secretaria d'esta Escola, a Inscripção
gratuita para a frequência do curso livre de clinica de doenças inen-
taes e nervosas, à qual serão admittidos os medicos, e os alumnos
dos iv e v annos do curso medico-cirurgico.
A abertura do curso, que será regido pelo Ex.™ Snr. Dr. Julio
de Mattos, terá logar n'esta Escola no dia 31 do corrente, á 1 hora
da tarde. As seguintes lições serão dadas no Hospital do Conde de
Ferreira—ás quintas-feiras, das 2 ás 4 e aos domingos, da 1 ás 3
horas da tarde.

Secretaria da Escola Medico-Cirurgica do Porto, em 21 de ou-


tubro de 1909.

O Lente Secretario interino,

Pire» de Lima
Editaes 253

EDITAL
Augusto Henrique d'Almeida B r a n d ã o , Medico c i r u r g i ã o
pela Escola Medico-Cirúrgica do Porto, Lente c a t h e -
dratico e Director interino da mesma Escola, etc.

Faço saber que, tendo vagado dois logares de pensionistas do


legado do benemérito Bruno Alves Nobre, está aberto concurso até
ao dia 8 de novembro do corrente anno, para o provimento dos re-
feridos logares.
l.o —Os pensionistas serão do sexo masculino e perceberão
uma mensalidade de doze mil réis, além de um abono annual até
cincoenta mil réis para matriculas e livros.
2.0 —São candidatos á pensão todos os recolhidos em estabe-
lecimentos de caridade da cidade do Porto e província do Minho,
que tenham dois annos completos de residência no respectivo es-
tabelecimento, approvação no exame de admissão aos Lyceus e me-
nos de quinze annos de edade.
3.0 — Os directores ou regentes das mencionadas casas de ca-
ridade enviarão a esta Escola Medico-Cirurgica, dentro do praso do
concurso, uma relação authentica e completa de todos os asylados
que estejam nas condições exigidas para concorrer á pensão, indi-
cando os seus nomes, edades e classificação obtida no exame de admis-
são aos Lyceus e em quaesquer outros exames que tenham feito.^
Os directores ou regentes quo subscrevem esta relação darão
informações sobre aquelles que mais dignos julgarem da pensão.
4.o — São motivos de preferencia a classificação obtida no exame
de admissão e as classificações obtidas n'outros exames; em egual-
dade de condições, são preferidos os mais velhos, e no caso de
edades eguaes, a escolha é por sorteio.
5 o - T o d o o pensionista tem obrigação de seguir com apro-
veitamento o curso que escolher e de incluir entre os seus appel-
lidos a palavra Nobre; os que faltarem a esta obrigação perdem o
direito á pensão.
G.O-0S regulamentos respectivos, assim como quaesquer ou-
tros esclarecimentos, podem ser solicitados na secretaria da Escola
Medico-Cirurgica.
Secretaria da Escola Medico-Cirurgica do Porto, 25 de outu-
bro de 1909. 0 I)irector interin0)

Augusto Henrique d'Almeida Brandão.


254 Escola Medico­C irurgica do Porto

EDITAL

1'erante o C onselho da Escola Medico­C irurgica do Porto, por


tempo de quinze dias, contados do immediate áquelle em que se
publicar o presente edital no Diário do Governo, se abre concurso
para o logar vago de porteiro da referidu Escola com o ordenado
annual de 200$000 réis pagável em duodecimos.
Os concorrentes deverão entregar na secretaria da Escola os
seus requerimentos por elles escriptos e assignados, sendo a lettra
e a assignatura reconhecidas por tabellião, dirigidas ao Director da
Escola e instruídas com os documentos seguintes:
1.° — Certidão de edade;
2.° — Certificado de registo criminal por onde se mostrem livres
de culpas;
S.» — Documento por onde provem ter satisfeito as leis do re­
crutamento ;
4.0 — Attestados de bom comportamento, passados pelas cama­
rás municipaes e administradores dos concelhos em que tiverem
residido nos últimos três annos;
O.0 — Cortidão de facultativo de não padecerem de moléstia con­
tagiosa, e de possuírem capacidade physica e robustez necessária
para o exercício do cargo;
6.0 —Prestação da fiança de 50$000 réis em dinheiro, em títulos
■de credito, ou responsabilidade de pessoa idónea.
Os concorrentes podem juntar todos os mais documentos por
que provem ter exercido, com boas notas de serviço, cargos de
idêntica natureza.
Em dia previamente iinnunciado, os concorrentes deverão com­
parecer na secretaria da Escola, afim de satisfazerem a uma prova
de leitura e escripta.

Escola Medico­C irurgica do Porto, em 13 de dezembro de 1909.

O Director,

Aitr/iisto Henrique d'Almeida brandão.


Editacs 255

EDITAL

Perante o Conselho da Escola Medico-Cirurgica do Porto se abre


concurso documental, por tempo de trinta dias contados do imme-
diate áquelle em que o presente edital fôr publicado no «Diário do
Governo», para provimento de um logar de pensionista no estran-
geiro, subsidiado pelo legado de D. Rita de Assis de Souza Vaz.
I. —Os candidatos á pensão serão escolhidos de entre os alumnos
da Escola Medico-Cirurgica do Porto que tenham terminado os seus
estudos nos últimos três annos e que estejam habilitados com o
Acto grande e a Carta respectiva.
IL —N'este concurso será escolhido o candidato mais classi-
ficado.
§ único. Em egualdade de condições será preferido o de menor
edade, e no caso de edades eguaes, a escola é por sorteio.
III. — 0 alumno ponsionario estudará em Paris, durante dois
annos, a clinica das doenças do systema nervoso, e remetterá á Es-
cola Medico-Cirurgica do Porto, de seis em seis mezes, a contar da
sua chegada a França, um relatório dos estudos feitos no período
decorrido, bem como das observações que julgar úteis para o apro-
veitamento dos alumnos que frequentam esta Escola. No seu re-
gresso o alumno pensionario deverá entregar na secretaria da
Escola Medico-Cirurgica do Porto, cincoenta exemplares de um
relatório impresso, dos estudos que tiver feito relativos ao assumpto
da especialidade a que se dedicou, e que julgue conveniente para
o progressivo aperfeiçoamento do ensino.
jV,_Se algum pensionario se mostrar não merecedor dos subsí-
dios, por falta de applicação, ou por mau comportamento, o Conse-
lho da Escola Medico-Cirurgica do Porto mandará suspender-lhe a
pensão, se dois terços dos seus vogaes concordarem n'esta reso-
lução.
V . - A o alumno pensionario se abonará mensalmente a quantia
de cincoenta mil réis, durante os dois annos de residência n'aquelle
paiz; para despezas de viagem de ida, noventa mil réis; egual quan-
tia para viagem de regresso; e cento e vinte mil réis em cada anno
para despezas de estudo. Esta verba de despeza de estudo sera re-
partida em prestações de quarenta mil réis em cada quatro mezes.
VI.-Os regulamentos respectivos-Decretos de 28 de fevereiro
de 1884 e 25 de novembro de 1909, assim como quaesquer outros
256 Escola M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

esclarecimentos podem ser solicitados na secretaria da Escola Me-


dico-Cirurgica do Porto.

Escola Medico-Cirurgiea do Porto, em 16 de dezembro de 1909.

O Director interino,

Augusto Henrique d'Almeida Brandão.

EDITAL
Perante o Conselho da Escola Medico-Cirurgica do Porto, por
tempo de trinta dias, contados do immediato àquelle em que se pu-
blicar o presente edital no a Diário do Governo, se abre concurso
para provimento de dois logares de chefes de clinica, um de clinica
medica, outro de clinica obstétrica, creados por carta de lei de 25
de julho de 1903, vencendo cada um o ordenado annual de 300$000
réis sem gratificação alguma.
I. —Quem pretender algum dos provimentos apresentará na se-
cretaria d'esta Escola, dentro do praso do concurso, requerimento
dirigido ao director, indicando o logar que pretende exercer e ins-
truindo a petição com os documentos seguintes:
1.° —Attestados de bom procedimento moral civil e religioso,
passados pela Camará Municipal e administrador do concelho ou
concelhos e pelo parocho da freguezia ou freguezias, onde tiver re-
sidido nos nltimos três annos:
2.° — Documento de haver satisfeito ns leis do recrutamento;
3.0 —Attestado medico de não padecer moléstia contagiosa e ter
aptidão physica para o desempenho do cargo;
i.° — Certificado do registo criminal;
5.o—Certidão de edade;
6.° — Carta de doutor, licenceado ou bacharel formado em me-
dicina pela Universidade de Coimbra, ou de medico-cirurgião pelas
Escolas Medico-Cirurgicas de Lisboa ou Porto, ou de medico forma-
do por universidades estrangeiras, habilitado em Portugal nos termos
do art. 2.» da lei de 24 d'abril de 1861;
7-° E' facultativo aos candidatos juntar aos que precedem ou.
tros documentos que provem idoneidade, quer no exercício de cargos
análogos, quer no de outros congéneres.
II.—Findo o praso do concurso, os documentos dos candidatos
hão-de ser remettidos aos lentes respectivos: os de chefe de clinica
Editaes 257

medica, ao professor da 8.» cadeira, e os de chefe de clinica obsté-


trica ao da 6.a cadeira. Cada um dos professores formulará proposta,
indicando o candidato que julga mais apto, ou regeitando todos.
III. — Em sessão do Conselho será successivamente apresentada,
discutida e votada a proposta de cada um dos professores acima
designados. Em caso de rejeição de alguma d'ellas, o Conselho de-
liberará, ou escolher por si outro dos candidatos, ou mandar abrir
novo concurso.
IV. — Cada um dos chefes de clinica é provido por dois annos,
podendo ser reconduzido, conforme deliberar o Conselho, preceden-
do proposta do respectivo professor.

Escola Medico-Cirurgica do Porto, em 29 de janeiro de 1910.

O Director ínterim»,

Anijusto Henrique, d'Almeida Brandão.

17
LEGISLAÇÃO
LEGISLAÇÃO

D E C R E T O . (')
Sendo necessário regular a execução das Leis, que regem as
Escliolas Medico-Cirurgicas das Cidades de Lisboa e Porto, a fim de
que mais facilmente se possam alcançar todas as vantagens da ins-
tituição de tão nteis Estabelecimentos: Hei por bem Decretar o se-
guinte:
REGULAMENTO
Para as Escholas Medico-Cirurgicas de Lisboa e Porto.

SECÇÃO I.

Do pessoal e material de cada Eschola.

TITULO I.

Do Conselho Escholar e do Director.

CAHTUI.O 1.

Do Conselho Escholar.

Artigo 1. 0 Conselho Escholar esta definido no artigo 114 do


Decreto de 29 de Dezembro de 1836.
Art. 2. Suas a t t r i b u t e s são as que se acham designadas nos
artigos 64 do decreto de 17 de Novembro, e 115, e 117 do Decreto
(>) Extrahido da .Legislação .obre a Instruccao public, primaria. «> -andaria
o superior, d«de a reforma de 1846 até 10 de Jane.ro de 185.; $W*tf™™£
nada e impressa por ordem do Conselho superior d'.nstrucçao publica. -Coimbra,
na Imprensa da Universidade. — 185..«
262 Escola Medico-Cirurgi ca do Porto

de 29 de Dezembro de 1836, e tudo o que lhe for correlativo e dis-


posto nos Estatutos da Universidade de Coimbra; a saber:
S. l.o A intendência especial e immediata dos estudos da Es-
Chola, para <|ue estes mais se aperfeiçoem, e se observem as leis
relativas ao ensino, e se não introduzam abusos e relaxações, que o
deteriorem.
Î;. 2.° A designação das aulas, e das horas —o modo de exer-
cícios litterarios, e de exames — abonação de faltas, e a habilitação
dos Estudantes para os exatnes.
íi 8.0 0 exame, escolha, e composição dos compêndios sem de-
pendência de resolução superior.
Çí. 4.° A coordenação tios Regulamentos especiaes, e necessá-
rios para a boa ordem, disciplina, economia da Eschola, e para com
o completo desinvolvimento do methodo de ensino, fazendo as com-
petentes propostas pelo .Ministério do Reino. -
§. 5.° Remntter no lim do nnno lectivo um relatório do estado
dos Estudos da Eschola contendo as causas do progresso, e decadên-
cia, e a Estatística do Estabelecimento.
§. 6.0 Exercer auctoridade dentro do respectivo Hospital, em
que cada uma das Escholus tem o seu ussento, em tudo o que for
relativo aos exercícios clínicos, podendo por si, ou pelos Professores
de Clinica fazer a escolha dos doentes, que forem necessários, eque
julgar mais próprios para as infermarias de ensino da Eschola, cujo
governo medico lhe fica sendo inteiramenle privativo; e suas requi-
sições, no que disser respeito ao governo domestico, e económico,
serão justamente attendidas pelas auctoridades encarregadas d'esse
governo.
S. 7.o Conferir aos alurnnos, que por Certidões autlienticas se
mostrarem approvados nas disciplinas do J.o, 2,o 3.0 e 4.o anno, e
que o requererem, o titulo para poderem exercitar a arte Cirúrgica;
O qual será assignado pelo Director, e Secretario, e alumno impe-
trante, sellado com o sèllo pequeno da Eschola, e feito conforme ao
Modôtón.o2 (Decreto de 29 de Dezembro de 1836, artigo 123, e
Regulamento de 25 de Junho de 1825, Titulo 2.°, artigo 16).
§. 8.0 Conferir Carta aos alurnnos, que mostrarem, por Certi-
dões autlienticas, ter concluído lodos os Estudos do Curso Medico-
Cirúrgico, e feito com approvação os exames respectivos, e o acto
grande. A Carta será assignada pelo Director, Secretario, e pelo pró-
prio alumno, sellada com o sèllo grande da Eschola, e feita conforme
ao Modelo n.o 3 (Decreto de 29 de Dezembro de 1836. artigo 123, e
Regulamento de 25 de Junho de 1825, Titulo 2.°, artigo 20).
Art. 3. 0 Conselho reunir-se-ha em sessão particular ao me-
Legislação 263

nos uma vez cada mes, e sempro que for convocado pelo Dire-
ctor.
§. l.o Não pôde haver Sessão, sem que estejam presentes a
metade, e mais um dos seus membros.
§. 2.° As Sessões terão logar em dias feriados não sanctilicados,
e só por motivos de urgência em dias lectivos, e sem que em tal
caso se prejudiquem os outros exercícios Escholares. Os avisos de
convocação serão feitos por escripto, e com a competente antici-
pação.
§. 3.0 Os negócios serão decididos á pluralidade de votos; e,
no caso de empate, compete ao Director o voto de qualidade.
g. i.° Os resultados serão lançados no livro dos assentos, e te-
rão força de Regulamento (Decretos de 17 de Novembro de 1836,
artigo 65, e de 29 de Dezembro, artigo 115).
§. 5." A votação será feita por escrutínio secreto em todos os
casos designados n'este Regulamento, e n'aquelles em que, por pro-
posta de qualquer vogal, o Conselho assim o houver decidido.
§. 6.0 Os assentos de cada Sessão serão lidos na seguinte, e,
quando approvada a sua redacção, serão assignados por todos os
membros do Conselho presentes á respectiva Sessão. Os membros,
que houverem discordado da resolução tomada, poderão assignar
como vencidos; mas não são admitlidas declarações de voto.
§, 7.0 As faltas ás Sessões dos Conselhos, assim como aos con-
cursos, actos grandes, exames, e outros actos académicos, serão
contadas como faltas ordinárias.
Art. 4. O Conselho reunir-se-ha em Sessão publica no primeiro
dia de cada anno lectivo, na qual o Professor, previamente nomeado
pelp mesmo Conselho na ultima Sessão do anno antecedente, reci-
tará um discurso, cujos objectos especiaes serão: —dar conta do
estado actual, melhoramento, e progresso de ensino; referir os acon-
tecimentos escholares dignos de serem mencionados; e estimular
adequadamente o zôlo dos alumnos.
§ único. O Professor, que em um anno houver sido nomeado
para'este encargo, pôde recusar-se a elle nos quatro annos se-
guintes.
Art 5 No fim d'esta Sessão serão proclamados pelo secretario
da lischola os Estudantes, que no anno antecedente foram julgados
dignos de premio; e o Director lhes conferirá logo os Livros, que
constituem o premio, e os respectivos títulos.
Art. 6. A ordem porque devem ser estudadas as disciplinas
do Curso Medico-Cirurgico, o a sua distribuição-por cada um dos
annos lectivos, são assumptos regulamentares, que devem ser
264 Escola Medico-Cirurgica d o Furto

annualmenle definidos pelo Conselho, á vista das li(;ões da experiên-


cia; podendo por esta razão mudar-se de um para outro anno, ajun-
ctarem-se ou separarein-se as disciplinas, segundo o que a experiên-
cia do magistério, e o estado da sciencia houverem mostrado ser
mais util ao ensino. Para tal alteração porém é precisa proposta
motivada de um, ou mais membros do Conselho, que deverá ser
discutida com intervallo de tempo razoável, e approvado por dous
terços dos vogaes. (Decreto de 13 de Janeiro de 1837, artigo 158.)
§. único. A maneira de regular os actos, exames, presidência,
e numero de argumentos, e a resolução das duvidas d'esta, e de
outra similhante natureza, que occorrerem na passagem do methodo
antigo para o moderno, serão definidas pelo Conselho, tendo sem-
pre em visla a disposição dos Estatutos da Universidade. As resolu-
ções tomadas serão lançadas nos Livros dos Assentos, e por cópia
enviadas ao Governo, para que por elle auctorizadas com as modifi-
cações que julgar convenientes, sejam observadas como Regula-
mentos. (Decreto de 5 de Dezembro, artigo 9G, e de 29 de Dezembro,
artigo 120, de 1836.)
Art. 7. Xa ultima Sessão de cada anno lectivo o Conselho re-
digirá o Programma das aulas para o anno seguinte, conforme ao
Modelo n.° 1; o qual será afíixado na porta do Estabelecimento
quinze dias antes da abertura das aulas.
§. único. No fim da Sessão o Conselho procederá ao exame e
revisão dos inventários, conferindo-os com os objectos n'elle men-
cionados.

CAPITULO II.

Do Director.
Art. 8. O Director é o Chefe do Estabelecimento, e o Presi-
dente do Conselho, —incumbe-lhe:
Dar execução ás Leis, aos Rugulainentos, e ás resoluções do
Conselho nos objectos da competência d'esté.
Expedir a correspondência com o Governo, ou com quaesquer
outras auctoridades.
Assignar as ordens de despesa expedidas ao Thesoureiro; e bem
assim todos os Diplomas, ou Títulos expedidos em nome do Con-
selho.
Inspeccionar todo o Estabelecimento com subordinação ás deli-
berações do Conselho. (Decretos de 17 de Novembro de 1836, artigo
66, e de 29 de Dezembro de 1836, artigo 115.)
Convocar o Conselho todas as vezes que o julgar conveniente.
Legislação 2()5

Dur em cada Sessão do Conselho conta de todas as correspon-


dências, e mais occorrencias do serviço desde a antecedente Sessão.
Tomar, nos intervallos das Sessões, todas as deliberações, qne
forem exigidas pelo bem e urgência de serviço.
Auotorizar com o seu despacho as Certidões, que pelo Secreta-
rio téem de ser passadas, e extrahidas dos Livros da Eschola.
Mandar matricular os alumnos.
Art. 9. O Director, nos seus impedimentos, será substituído
pelo Professor mais antigo da Eschola.
Art. 10. O Director, Secretario, e Thesoureiro das Escholas
Medico-Cirurgicas exercem estes mesmos empregos nas Escholas
annexas de Pharmacia, e Parteiras. (Decreto de 29 de Dezembro de
1830. artigo 128.)
TITULO II.

Da Secretaria, e do Secretario.

Art. 11. Em cada uma das Escholas haverá uma casa especial-
mente destinada para Secretaria, onde se fará a escripturação, e
serão convenientemente arrecadados, e com aceio conservados os
Livros, e todos os papeis respectivos.
Art. 12. Os Livros da Secretaria, necessários paia a escriptu-
ração da Eschola Medico-Cirurgíca. e Estabelecimentos annexes, sãu
os seguintes:
O Livro dos assentos do Conselho Escholar. que é reservado,
e somente escripturado pelo Secretario, ou por quem suas vezes

Dous para o Hegisto da correspondência reservada .lo Conselho,


expedida, e recebida, a qual será escripturada pelo Secretario, ou
por quem suas vezes fizer.
Dous para o Registo do expediente ordinário: sendo bastante
o u e o Registo do expediente recebido seja escripturado em extracto,
referido aos documentos respectivos, que devem (içar emmassados,
e numerados. _

Um para o Registo dos Diplomas dos Professores, e Demonstra-

Um para o Registo das Cartas, Títulos, e Diplomas passados pela

" ^ ' o Livro das matriculas dos Estudantes da Eschola Medico-Cirur-


gica.
O Livro da matricula das Parteiras.
206 Escola Medico-Cirurgica do Porto

0 Livro da matricula dos Estudantes da Bschola annexa de


Pharmacia.
0 do Registo dos Practicantes de Pharmacia.
Um Livro para os termos dos exames da Eschola Medico-Ci-
rurgica.
Outro para os termos dos actos grandes.
i'Ntro para os termos dos exames de Pharmacia.
Outro para os termos dos exames das Parteiras.
Outro para os termos de exame dos Medicos, Cirurgiões, e Phar-
maceutics habilitados em Paizes Estrangeiros, e dos Cirurgiões que
pretenderem curar de .Medicina, conforme o artigo 16 do Decreto de
8 de Janeiro de 1837.
Outro para os termos dos actos de Concurso.
Outro para n'elle serem lançados os avisos, annuncios, termos
de liança, e quaesquer ordens avulsas.
Um Livro para os pontos dos exames da Eschola Medieo-Cirur-
gica.
Outro para os exames dos Pharmaceutics.
Outro para os pontos dos exames das Parteiras.
Outro para os pontos dos Concursos.
Outro para os pontos dos exames dos Medicos, Cirurgiões, Phar-
maceutics habilitados em Paizes Estrangeiros, e dos Cirurgiões,
que pretenderem curar de Medicina.
Um Livro para o Registo dus folhas dos ordenados dos Lentes,
Demonstradores, e mais Empregados da Eschola.
Outro para o Registo das coutas correntes.
0 Livro das despesas da Eschola em forma de diário.
0 Livro de razão, que é co-relativo ao antecedente.
(> Livro dos diferentes inventários.
11 Livro dos termos de posse.
§. único. Estes Livros serão assignados nos termos du aber-
tura, e encerramento pelo Director, e por elle rubricados (ou pelo
Professor, em quem elle delegar esta Commissão) no alto de cada
uma das folhas; sua escripturagão será feita com clareza, e estará
sempre em dia.
Art. 13. O Emprego de Secretario será provido em um Profes-
sor Substituto nomeado pelo Governo, sobre proposta do Director.
(Decreto de 29 de Dezembro de 1836, artigo 127). 0 seu exercício
durará três annos, podendo com tudo ficar reconduzido por outros
1res, se o Director o julgar conveniente; mas não poderá ser cons-
trangido a servir por mais de seis annos. (Regulamento de 25 de
Junho de 1825, titulo 1.°, artigo 189).
Legislação 267

Ari. 14. 0 Secretario da Eschola também o é do Conselho Es-


cholar. e dos Estabelecimentos annexos; eompete-lhe:
§. l.o 0 expediente das matriculas, termos de exames, redac-
ções dos assentos, consultas, relatórios, e mais papeis, que houve-
rem de ser expedidos pelo Conselho Escholar, em virtude de reso-
luções suas, ou de disposições d'esté Regulamento.
§. 2.o Processar as folhas dos ordenados dos Professores e
moil Empregados da Eschola e Estabelecimentos annexos.
§. 3.o Assignar com o Director os Diplomas e Títulos de habi-
litação.
6. 4." Escripturar os Livros de sua competência.
$. õ.o Responder por todos os objectos pertencentes ao Esta-
belecimento, e que por este Regulamento não são confiados a outros
Empregados, havendo-os recebido por inventario (Decreto de 29 de
Dezembro de 1836, artigos 116, 127, e 128).
Art. 15. Nos impedimentos do Secretario servirá por elle um
dos Substitutos, designado pelo Director, e na falta d'esté o Profes-
sor proprietário, que o mesmo Director designar.
§. l.o Se o impedimento durar mais de quinze dias, o Profes-
sor que interinamente servir de Secretario, terá ametade dos emo-
lumentos recebidos durante o tempo do serviço, pertencendo a outra
ametade ao Secretario ellectivo; mas perceberá o vencimento total,
se o impedimento do Secretario effective for em consequência de
licença do Governo, que exceda 1res me/.us.
Art. 16. Se o serviço do Secretario for considerável, ou por se
achar sobrecarregado com a substituição de alguma Cadeira, por
impedimento do respectivo Professor proprietário, o Conselho Es-
cholar poderá nomear um Amanuense para o coadjuvar, o qual será
pago pelas despesas avulsas da Eschola.
Art. 17. O Secretario não poderá passar Certidões, que se hou-
verem de extrahir dos Livros da Secretaria, concernentes a exames,
actos grandes, e matriculas, sem o competente despacho do Director:
exceptuam-se as Certidões de = A . w = de um para outro anno, que
podem dar-se sem requerimento, e sem despacho.
Ari. 18. Os emolumentos que competem ao Secretario, em
quanto por Lei não forem alterados, são os que se acham estabele-
cidos pela Legislação em vigor, a saber:
Pela abertura do cada matricula . . . . . .
Pela Certidão de cada exame ou acto . . . • -
Por cada Carta ou Titulo passado pela Eschola. BUO
(Regulamento de 25 de Junho de 1825, Tabeliã artigo 5.o, e
Plano de exames de 23 de Maio de 1800).
268 Escola Medico-Cirurgica do P o r t o

TITULO III.

Da Contabilidade, e do Thesoureiro.

CAPITULO I.

Contabilidade.

Art. 19. 0 custeamento das despesas das Escholas Medico-Ci-


rurgicas é feito pelo Governo, segundo o Orçamento votado pelas
Camarás co-Legislativas. 0 producto das propinas das Escholas será
dado em receita no Orçamento, e descontado na somma que for ar-
bitrada para a sua despesa (Decreto de 29 de Dezembro de 1886,
artigo 122).
Art. 20. As propinas da Escholas Medico-Cirurgicas são as se-
guintes :

Propina de matricula em cada anno lectivo das Escholas


Medico-Cirurgicas 9$(i00
Dicta para o encerramento da matricula no fim do anno le-
,, ?livA° :, • , 9$600
Dieta dos Estudantes 1'harmaceuticos no acto de abrirem a
. matricula 9$600
Iticta nn acto de a fecharem no fim do Curso biennal . . 9$600
Por cada Titulo passado no fim do quarto nnno do Curso . 9$600
Por cada Carta passada aos Cirurgiões e 1'harmaceuticos . H$400
(Decreto de 29 de Dezembro de 1836, artigo 121, §. 2.». e 134).

Art. 21. A folha dos ordenados dos Professores, e mais Em-


pregados da Eschola e Estabelecimentos annexos, será processada
pelo Secretario debaixo da inspecção do Director, à vista dos docu-
mentos de elTectividade de serviço. Esta folha, assignada pelo Dire-
ctor será remettida ao Administrador Geral, para lhe dar o destino
competente (Decreto de 29 de Dezembro de 1836, artigo 116).
Art. 22. Todas as despesas das Escholas, que não forem orde-
nados dos Professores, Demonstradores, e mais Empregados d'ellas-
e Estabelecimentos annexos serão reputadas despesas avulsas e
eventuaes; cnmprehendendo-se no numero d'estas os ordenados dos
Serventes.
Art. 23. As folhas avulsas e eventuaes de cada uma das Es-
cholas Medico-Cirurgicas, que não possam ser satisfeitas pelo seu
respectivo Cofre, serão processadas pelo Secretario, rubricadas pelo
Director, e remettidas ao Administrador Geral, para serem pagas
semanalmente por conta das quantias, que no Orçamento estiverem
Legislação 269

destinadas para esses lins (Decreto de 5 Dezembro de 1836, artigo


105, e Decreto de 20 de Dezembro de 1836, artigo 116).
Art. 24 Não poderá eíTeotiiar-se em cada uma das Escholas
despesa alguma que não for auctorizada pelo Conselho Escholar, e
ordenada pelo Director. Abonar-se-ha porém a este ultimo, por conta
do Cofre respectivo de cada uma das Escholas, a quantia que pare-
cer indispensável para qualquer despesa extraordinária, que seja
preciso satisfazer proinptamente.
Art. 25. Até ao dia 31 de Outubro será impretrivelmente en-
viada em cada anno lectivo á Secretaria d'Estado dos Negócios do
Reino uma conta corrente da receita e despesa da Eschola no anno
lindo. Esta conta corrente será previamente apresentada ao Conselho
Escholar, por elle approvada, assignada por todos os seus membros,
e registada em Livro próprio.

CAPITULO li.

Do Thesoureiro das Escholas.

Art. 26. 0 emprego de Thesoureiro é servido pelo Continuo da


Eschola (Decreto de 29 de Dezembro de 1836, artigo 127), e no seu
impedimento pela pessoa que, sendo proposta por elle, for approvada
pelo Conselho Escholar, e devidamente abonada.
Art. 27. O Thesoureiro de cada uma das Escholas é obrigado
a dar uma lian<;a idónea, e proporcionada ás quantias que lhe pos-
sam vir a ser confiadas, a qual será regulada pelo Conselho «scho-
lar. 0 Conselho tomará mensalmente conta ao Thesoureiro.
Art. 28. 0 Thesoureiro é encarregado da arrecadação do pro-
dueto das propinns ria Eschola, por que fica responsável perante o
Conselho, e somente fará pagamento á vista das ordens assignadas
pelo Director, as quaes serão passadas conforme o Modelo N.o i.
Art 29. O Thesoureiro é também encarregado da escnptura-
cSo rie um Livro de Cofre, em forma de diário, que deve ter em sen
poder, e em que hão de lançar as verbas da receita, e despesa por
elle feitas, com a maior simplicidade, e clareza. As contas d es e
Livro.serão mensalmente conferidas com os documentos da roce.ta
existentes na Secretaria, e com as ordens de despesa existentes em
sen poder; e, approvadas pelo Conselho, serão rubricada, pelo D.re-
ctor, Secretario, e Thesoureiro.
270 E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

TITULO IV.

Dos Estabelecimentos particulares de cada Eschola.

CAPITULO I.

Do Gabinete Anatómico.

Art. 30. O Gabinete Anatómico é destinado a conter a mais


completa Collecção de peças d'Anatomia Pathologica, de Embriolo-
gia, e de Preparados d'Anatomia Physiologica, naturaes ou modela-
dos em cêra, ou de qualquer outra composição.
Art. 31. Os Professores de Clinica Medica, e Cirúrgica de cada
uma das Escholas devem mandar para este Gabinete todas as peças
d'Anatomia Pathologica, que encontrarem, o julgarem dignas de ser
conservadas. Os facultativos Clínicos dos outros Hospitaes deverão
ser convidados para o mesmo fim.
Art. 32. O arranjo, e inspecção do Gabinete Anatómico é da
competência do Professor d'Analomia; e ao Demonstrador incumbe,
com a coadjuvação do Continuo, a preparação das peças, que alli
devem ser depositadas (Decreto cie 10 de Septembre de 1825 arligo
5. —Decreto de 29 de Dezembro de lS3o artigo 127. —Estatutos da
Universidade de Coimbra, Livro 3.<>, Parte l.-\ Tit. 6.°, Cap. 3.", ar-
tigo 8.«)
Art. 33. Todas estas peças devem ser classificadas, numeradas,
e convenientemente dispostas no Gabinete Anatómica: a cada uma
d'ellas deve junclar-se uma inscripção, na qual se achará indicada
a qualidade de alteração Pathologica, ou de preparação Anatómica,
o nome da pessoa, que a remetteu, e a épocba, em.que foi recebida.
Art. 34. A guarda, e boa conservação de todos estes objectos
será confiada ao Continuo, que os ha de receber por inventario, e
ficar responsável do ludo perante o Conselho Escholar. A sua inspe-
cção pertence ao Lente d'Anatomia.
Art. 35. Haverá um Calalogo, em que estarão relacionadas pela
ordem da sua classificação, e numeração, todas as peças, que com-
põem o Gabinete Anatómico, e em que se achem numeradas todas
as particularidades recommendaveis à altenção, e ao estudo. Este
Catalogo será o inventario dos referidos objectos.
Art. 3C. O Gabinete Anatómico estará aberto, durante o tempo
lectivo, todas as Terças feiras, Quintas feiras, e Sabbados, que não
forem dias Sanctos. desde as duas horas até as cinco da tarde no
inverno, e desde as quatro horas até ás sete da tarde no verão.
Legislação 271

Art. 37. As pecas do Gabinete Anatómico serão conservadas,


e guardadas pela maneira mais adequada, e por modo, que possam
facilmente ser observadas pelas pessoas, que as quizerem ver nos
seus respectivos logares; donde, não sairão senão pela requisição
dos Professores, quando necessárias nas aulas para auxilio das
lições.
Art. 38. O Conselbo Escholar destinará a compra dos objectos
para este Gabinete, e á sua prepararão, a quantia, que for possível,
e lbe parecer conveniente, tirada dos fundos, que tiver á sua dispo-
sição.
CAPITULO U,

Da Casa das Dissecções.

Ari. 30. A casa das dissecções é destinada aos exercícios pra-


cticos dos estudantes em Anatomia, e Operações Cirúrgicas, — á
factura de Preparações Anatómicas para as Demonstrações nas nu-
las,—ás Autopsias cadavéricas, Vivissecções. e outros trabalhos de
egual natureza.
Art. 40. Estará aberta esta casa todo o tempo lectivo, « dos
exames, de manhã, e de tarde; será repetidas vezes lavada, fumegada,
e ventilada, e suas paredes caiadas convenientemente. Quando os
objectos dissecados forem inúteis, deverão ser logo enterrados.
Art. 41. A casa das dissecções poderá ser franqueada a qual-
quer individuo extranho á Eschola, que para sua tostrucção pretenda
fazer exercícios practícos. bastando simplesmente dirigir-se ao De-
monstrador de Cirurgia, o qual consentirá sempre que não haja
inconveniente.
Art. 42. O Professor d'Anatomia, por si, e pelo seu Demonstra-
dor, tem a intendência do Tbeatro Anatómico, e casa de dissecções
e vigiará sobre a policia, aceio, e boa ordem, que alli deve ser guar-
dada, como pela conservação dos instrumentos, e utensílios ao mesmo
pertencentes, empregando para este fim o Continuo.
Art. 43. Os Cadáveres, antes .le serem trazidos para as mesas
de dissecção, serão competentemente preparados; e na sua distri-
buição se observará a seguinte ordem:
§. I.» Os que saírem das Infermarias de Clinica Escholar licam
á disposição dos respectivos Professores; e só, depois que estes hou-
verem feito sobre elles as suas observações, poderão ser apphcados
a outros objectos de ensino.
§. 2." Os cadáveres, que serviram áo Autopsias dos Professores
de Clinica, e bem assim quaesquer outros, serão postos á disposição
272 Escola Medico-Cirurgica do Porto

dos Professores d'Anatomia, de Operates, e de outros, a quem in-


cumbem demonstrações cadavéricas, e depois d'elles serão distri-
buídos aos aluirmos encarregados das preparações das lições. E,
quando o numero de Cadáveres n5o for sufflciente para todas as'
demonstrações das différentes Cadeiras, os respectivos Professores
concordarão entre si sobre a preferencia, que deve haver em rela-
ção ao ensino.
§. 3.0 Só quando para os referidos fins não forem precisos os
Cadáveres, poderão elles ser distribuídos aos alumnos para seus
particulares estudos, e ensaios, pela ordem, que houverem sido
pedidos.
Art. 44. Na casa das dissecções estarão sempre a disposição
das pessoas, que se empregarem em taes trabalhos, os Serventes
necessários. A Eschola lhes fornecerá serrotes, martellos, escopos
seringas, esponjas, pannos para limpeza, agua, & fogo se for neces-
sário. Somente porém aos Professores, e Demonstradores serão for-
necidos pela Eschola os Escalp.HIos, e outros utensílios necessários
para similhantes trabalhos.

CAPITULO MI.

Do Gabinete dos Instrumentos Cirun/icos.

Art. 45. Haverá n'este Gabinete uma Collecção, a mais com-


pleta possível, dmstrumentos, e apparelhos operatórios, e obstetri-
cios.-Sua guarda, e boa conservação pertence ao Continuo debaixo
da mspecção dos respectivos Lentes pela forma estabelecida para
os mais Gabinetes (Decreto de 29 de Dezembro de 1836 artigo

CAPITULO IV.

Do Gabinete <le Materia Medica, e Pharmacia.

Art. 40. 0 Gabinete de Materia Medica, e Pharmacia serve de


conter, em vidros appropiados, e dentro em armários, as substancias
Medicinaes, que fazem o objecto da Materia Medica, assim como os
modelos de différentes apparelhos usados em Pharmacia.
Art. 47. Todos estes objectos devem ser numerados, e classifi-
cados segundo a ordem adoptada nas lições de Materia Medica, e de
Pharmacia; e d'ahi poderão sair somente para as diversas demons-
trações, que d'elles se houverem de fazer nas aulas respectivas
Legislação 273

guardando em tudo o mais, o que tica disposto acerca dos objectos


contidos no Gabinete Anatómico.
Art. 48. Cumpre ao Demonstrador de Medicina o ir formando
para este Gabinete um Herbario das Plantas do Paiz, o mais com-
pleto que seja possível, ao qual ajunetará todos as Plantas exóticas,
que possa alcançar, ou por compra ou por outra qualquer maneira.
Art. 49. A arrecadação, e boa conservação de todos estes
objectos será confiada ao Empregado da Esehola, que o Conselho
Escholar nomear, e sempre debaixo da intendência do respectivo
Professor ou Demonstrador.

CAI'ITTLO v.

Do Laboratório l'harmaceittico.

Art. 50. Haverá proximo á aula de Materia Medica um Labora-


tório com as necessárias disposições, e apparelhos precisos para se
executarem as diversas operações Chymicas, e Pharmaeeuticas, de
que carocerem as demonstraçòos, e mais exercícios practicos, o
qual será confiado ao Pharmaceuiico da Esehola debaixo da inspe-
cção do Professor respectivo.
§. único. Em quanto não houver Laboratório Pharmaceutic
na Esehola servirá para o objecto, a que este é destinado, na Esehola
de Lisboa, a Botica do Hospital de S. José, e na do Porto a Botica
ilo Hospital de Sancto Antonio; e o Administrador de cada uma d'es-
tas Boticas fará as vezes do Pharmaceutic da Esehola. <
Art. õl. As despesas feitas no Laboratório Pharmaceutic com
0 compra de drogas, e outros objectos, que hajam de ser consumi-
dos nos exercícios operatórios, são comprehendidos na classe das
despesas avulsas, e eventuaes.

CAPITULO VI.

Do Horto Botânico.

Art. 52. Em cada uma das Escholas haverá um Horto Botâ-


nico, no qual deverão cultivar-se aquellas plantas, que se julgarem
importantes para o estudo da Botanica-Medico, e Toxicologia: e se-
rão dispostas, e classificadas segundo o methodo natural, ou systema
sexual, tendo cada uma o respectivo rotulo com o nome Botânico, e
trivial, e o de classe, género, espécie e família natural, a que per-
tence.
18
274 Escola M e d i c o - C i r u r g i c a do Porto

§. único. Em i|iianlo na Eschola do Porto não houver Horto Bo-


tânico próprio, servirá para o objecto do ensino o Jardim Botânico
da Academia Polylechnica. (I)ecrelo de 18 de Janeiro de 183T, ar-
tigo 165).
Art. 53. Este Horto deve estar patente para n'elle se estudar
todos os dias, que não forem sanctificados, tanto de manhã como
ite tarde. Sua conservação, e guarda será confiada a uni Jardineiro
debaixo da inspecção de Demonstrador de .Medicina.

CAPITULO VU.

Da Bibliotheea t do BíbUothecario.

Ari. 54. A Bibliotheea da Eschola conterá uma colleeção, a


mais completa possível, de livros, estampas, e jornaes de Medicina,
e Sciencias accessorias; preferindo-se possuir aquellas edições, que,
por mais modernas, ou por outras considerações, se tornem mais
interessantes.
Art. 55. O Conselho Escholar, dos fundos, que liver á sua dis-
posição, destinará todos os annos uma quanlia para compra de livros,
estampas, jornaes. A escolha d'estes objectos poderá ser feita por
proposta de qualquer membro do Conselho, o qual approvando-a,
mandará cITecluar a d iota compra pelo Bihliotheeario.
Ari. 46. Todos os dias, não sanctificados, estará a Bibliotheea
aberta, de manhã ás horas das aulas, o de (arde desde as três até
ás Trindades. Poderão ahi ser admillidas, além dos Professores, e
estudantus, todas as mais pessoas, que a quizerem visitar, ou utili-
zar-se da leitura de seus livros. Em quanto a Bibliotheea estiver
aberta, devem-se ahi achar presentes alguns de seus Empregados.
Art. 57. Os livros estarão collocados nas Estantes segundo a
ordem dos dilíerenles ramos scientificos: o serão numerados, e re-
lacionados em dous catálogos; em um estarão indicados pelos nomes
seus auetores, por ordem alphabetical e no outro achar-se-hão clas-
silicados em ordem ás matérias, de que traclam.
Art. 58. Os livros só poderão ser tirados das Estantes por al-
guns dos Empregados, e a elles devem ser entregues depuis da lei-
tura. No logar da Estante, donde se tirar qualquer livro, deve ficar
um bilhete com o nome da pessoa a (piem se entregar, e este bi-
lhete será resgatado pela entrega do mesmo livro.
Ari. 59. Nenhum livro, estampa, ou jornal, poderá ser distra-
hido fora da Bibliotheea, a não ser para serviço nas aulas, durante
as lições, e a requisição dos Professores respectivos.
Legislação 275

Art. 60. ti logar de Ribliothecario será servido por um Profes-


sor Substituto nomeado pelo Governo, sobre proposta do Director.
O Bibliothecario terá a seu cargo a inspecção da fiibliotheca, cujos
objectos serão especialmente confiados por inventario ao Porteiro
do Estabelecimento, o qual, junctamente com o Guarda, servirão de
Officiaes da liibliotheca ás ordens do Professor llibliothecario (De-
creto de 29 de Dezembro de 1836, artigo 127).
Art. 61. Guardar-se-ha o maior socego e silencio no interior
da liibliotheca, e suas vizinhanças, cumprindo ao Hihliothecario, e
aos Officiaes da Bibliotheca o fazel-o assim observar.

SECÇiO 11.

Do Curso Medico-Cirurgico, e das a u l a s .

TITULO I.

Do Curso Medico-Cirurgico.

CAPITULO I.

DdK Matriculas.

Ari. 62. O Livro destinado para as matriculas dos alumnos,


que frequentarem as Kscholus, será conforme ao Modelo n.° 5. Este
Livro será dividido em tantas partes quantos são os annos lectivos
do Curso Escholar.
Art. 63. A abertura das matriculas começará no dia quinze de
Septembre para cada anno lectivo, e durará constantemente até ao
dia trinta do mesmo mez. Passado este prazo, só poderão matricu-
lar-se até ao dia quinze de Outubro os estudantes, que legalmente
provarem, perante o Director, que moléstia, ou outro motivo de
cgual ponderação os tenha impedido de o ter feito no tempo com-
petente; as faltas porém, que n'este caso tenham dado nas aulas,
lhes serão contadas como se estivessem matriculados.
Art. 64. Os alumnos, que pretenderem matricular-se no pri-
meiro anno do Curso Medico-Cirurgico, deverão instruir os seus
requerimentos ao Director com Certidões de edade de quatorze
annos, e dos exames nas disciplinas das Cadeiras, primeira, se-
gunda, terceira, quarta, e sexta dos Lyceus (Decreto de 29 de De-
zembro de 1836, artigo 121).
§. único. Esta disposição não poderá 1er logar senão cinco
276 E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

annos depois que os Lyceus forem regularmente estabelecidos ; an-


tes d*este tempo serão admittidas as Certidões de exames com appro-
váção na Lingua Latina, e em Lógica, feitos em qualquer Estabeleci-
mento litterario publico; na falta d'estas os alumnos poderão ser
admittidos á matricula, precedendo o exame feito na Iischola pelo
metbodo estabelecido no artigo 29 do Decreto de 11 de Janeiro
de 1837.
Art. Gõ. A vista do despacho do Director, e do bilhete do The-
soureiro, que mostre haver-se pago a propina competente de nove
mil e seiscentos réis, o Secretario abrirá as matriculas aos estudan-
tes na ordem, que se forem apresentando, ou seguindo alphabeti-
camente a ordem dos nomes, quando se apresentarem mais do que
um ao mesmo tempo.
Art. 60. Para a abertura das matriculas nos outros annos se-
guir-se-ha a mesma formalidade que no primeiro a n n o ; mas os do-
cumentos de habilitação consistirão nas Certidões de approvação nas
disciplinas do anno antecedente, e no bilhete da entrega da propina
ao Thesoureiro.
Art. 67. Concluída a abertura das matriculas, o Secretario re-
metterá aos Professores de cada uma das Cadeiras uma lista com
os nomes dos alumnos, que devem frequentar as aulas respectivas,
e por ellas serão inscriptos no Livro do Continuo.
Art. 68. No fim de cada anno lectivo o Secretario fechará a s
matriculas a lodos os estudantes, (pie tiverem provado o a n n o ;
sendo necessário com tudo, que entreguem o bilhete d e t e r pago ao
Thesoureiro a propina competente do nove mil e seiscentos réis.
Art. 61). Todo o alumno, que frequentar em uma Kschola, po-
derá transitar para a outra, e concluir n'ella o Curso Medico-Cirur-
gico pelo mesmo modo, e com as mesmas condições, com que con-
tinuaria a frequentar n'aquelln. de que transita.

CAPITULO n.

Do l'itrso du Eêchola, e do modo de ensino.

Art. 70. O Curso líscholar Medico-Cirurgico constará das dis-


ciplinas, e Cadeiras designadas do Decreto de 29 de Dezembro de
1836, artigo 112, ficando porém a sua distribuição e ordem subjeitas
ao resultado da experiência; e para ser regulada pelo Conselho lís-
cholar em conformidade do artigo 6, d'esté Regulamento, fundamen-
tado no artigo 158 do Decreto de 13 de Janeiro de 1837.
Art. 71. As matérias do ensino, em cada uma d'estas Cadeiras,
Legislação 277

serão dispostas de maneira que estejam completamente explicadas,


e tracladas no fim do anno lectivo.
Art. 72. As prelecções serão feitas, quando for possível, se-
gundo a ordem observada nos Compêndios adoptados; mas nas Ca-
deiras, em que parecer mais conveniente seguir uma ordem espe-
cial, e independente do Compendio, o respectivo Professor, tendo
co-ordenado o Programma do methodo, que se propõe seguir, de-
pois de submeltirio á npprovação do Conselho Escholar, será exa-
ctamente observado durante aquelle anno lectivo. Em todo o caso
as matérias devem ser por tal modo distribuídas que nenhuma lique
por explicar dentro do anno lectivo.
Art. 73. Os Professores poderão perguntar lição aos estudan-
tes todos os dias, ou somente uma vez cada semana. No primeiro
caso reservarão todos os dias meia hora de aula para esse fim, cha-
mando á lição um, ou mais estudantes. No segundo caso serão os
Sabbados destinados unicamente a estas repetições, em que os es-
tudantes darão conta de todas as matérias ensinadas n'essa semana.
Art. 74. Os estudantes poderão propor aos Professores por es-
cripto as duvidas, que lhes occorrerem na materia, que se estiver
explicando. 0 Professor satisfará estas duvidas no tempo designado
para as repetições.
Art. 75. 0 Professor da primeira Cadeira fará as suas lições de
modo que sempre sejam acompanhadas com a demonstração no Ca-
daver — as estampas, e peças seccas serão empregadas somente na
falta de preparações frescas, ou conjunctnmente com estas como
meios supplementares.
Art. 76. As preparações, que na aula houverem de servir as
demonstrações, serão feitas na véspera polo Demonstrador de Cirur-
gia, em cujo trabalho será coadjuvado pelo Continuo.
Art. 77. O Professor dessecará na aula o que for necessário
para completar à demonstração e exame dos órgãos, e suas rela-
ções; n'islo deverá ser coadjuvado pelo Continuo, ou por aquelles
estudantes que designar.
Art. 78. A lição demonstrada será repetida no dia seguinte pe-
los alumnos; para isto o Professor, dividindo-os em turmas, desi-
gnará de véspera aquelle, que deve preparar a lição rio dia segmnte.
Os alumnos da turma designada responderão ás perguntas que o
Professor julgar que deve fazer-lhes sobre a lição : os demais alu-
mnos poderão ser também interrogados, se o Professor o julgar
opportuno.
§. único. Além d'estas lições, havendo Cadáveres sufficientes,
o Professor os distribuirá pelas outras turmas, a fim de que todos
278 Escola M e d i c o - C i r u r g i c a do Porto

os ahimnos praetiquein, quanto possível, as mesmas preparações, e


possam por este modo adquirir os necessários conhecimentos de
Anatomia, que só podem obter da reiterada practica das dessecções.
Art. 79. O ensino de Anatomia descriptive deve achar-se con-
cltiido no fim do mez de Abril ; tendo junctamente com ella ensi-
nado de Anatomia geral tudo o que parecer indispensável á sua in-
telligeneia. Os mezes seguintes serão empregados na demonstração
Anatómica de tudo o que for especial ao feto, e na parte restante
da Anatomia geral.
Ari. 80. Os vícios de conformação dos órgãos, e as variedades
que elles, com particularidade as artérias, nppresentam na sua dispo-
sição deverá essencial attenção ao Professor que também as notará
practicamente, sempre que se lhe olïereça oceasião opporttina.
Art. 81. O Curso da segunda Cadeira será dividido em duas
partes; na primeira, que deve durar desde o principio do anno le-
ctivo até ao mez de Abril, ensinar-se-ha a l'hysiologia; e na se-
gunda, que occupará o restante do anno, tractar-se-ha a Hygiene.
Art. 82. Nas prelecções de Physiologia o Professor, fadando
dos órgãos, e do mechanismo de sua acção terá o maior cuidado de
recordar as ideas anatómicas concernentes á completa intelligence
da materia, procedendo para isto ás dessecções no Cadaver, ou Vi-
vissecções. e outras experiências ; em todo este trabalho será auxi-
liado pelos alumnos por elle designados. Ao Professor incumbe a
exacta e ponctuai observância d'esté artigo.
Art. 83. O Curso da terceira Cadeira será também dividido em
duas partes. Na primeira tractar-se-ha da Historia Natural, dos me-
dicamentos, suas alterações, e falsificações, sua acção na economia,
virtudes therapeuticas, e forma de administração. O Professor mos-
trará as diversas substancias Modicinaes nos seus différentes esta-
dos, empregando tudo o que lhe possam subministiar o Gabinete de
Materia Medica, e Laboratório Pharmaceutieo, o Horto Botânico, os
Herbarios, e as Estampas ; e reclamará com antecipação, das Esta-
ções competentes, tudo o que lhe for para estas demonstrações pre-
ciso.
Art. S4. N'esta primeira parte tractar-se-ha também pela mesma
maneira de todas as substancias venenosas, ajunctando-lhes o conhe-
cimento de seus contra-venenos, e seus effeitos na economia.
Art. 85. Na segunda parte d'esté Curso ensinar-se-ha a Phar-
macia. As lições serão acompanhadas com a parte, practica, mostran-
do-se, e explicando-se todos os instrumentos e apparelhos, e pra-
clicando na aula as dilferentes operações Pharmaceuticas, que alli
possam ser executadas.
Legislação 279

Art. 86. Ao Phannnceulico tia Eschola, debaixo ria inspecção


do Demonstrador de Medicina, pertence o dispor todos os objectos,
que n'este Curso forem necessários para se fazerem as demonstra-
ções, e experiências; tanto um como outro auxiliarão o Professor
nas demonstrações na aula, e o mesmo farão os estudantes, que
para isso forem nomeados.
Art. 87. Os estudantes terão lambem exercícios practicos, feitos
no Laboratório Pharmaceutics da Eschola, debaixo da inspecção do
Demonstrador de Medicina. — Estes exercícios terão logar de tarde
por turmas de estudantes, distribuídos na ordem que parecer mais
conveniente.
Art. 88. O Curso ria quarta Cadeira começará pelo ensino de
Pathologia geral, no que se não excederá o fim do mez de Novem-
bro; tractar-se-ha depois da Pathologia, e Therapeutica externas
com a parte descriptive da Anatomia Pathologica corresponriente.
As estampas e peças Pathologiéas existentes nos Gabinetes servi-
rão para as demonstrações ri'esta materia.
Art. Si) O Professor du quinta Cadeira fará um curso com-
pleto do operações Cirúrgicas, praclicará no Cadaver todas estas
operações, e fará que os estudantes para isso designados as practi-
quem do mesmo modo no dia seguinte, ou quando melhor parecer;
explicará os methodos, e processos operatórios mais usados e suas
correcções, e dará as razões de preferencia ri'aquelles que tiver
adoptado N'este Curso deve lambem ser incluiria a riescnpçao dos
instrumentos e apparelhos correspondentes ás operações, o ás fra-
Cluras, e deslocações, ensinando o modo de as reduzir.
Ari. 90, A doscripção rias operações Cirúrgicas será preceriída
sempre da descripção anatómica rias regiões, em que se hajam de
pracUcar, e a sua demonstração deve ser feita também no Cadaver.
Art. 91. Ao Professor ri'esta Cadeira incumbem as prelecções
d e ( :,n,rgia Forense, segundo o Programma annual, acompanham! o-as
de demonstrações feitas no Cadaver, sempre que a natureza do obje-
,to o exigir. Estas lições continuarão por tanto tempo, quanto for
necessário para explicar aquella parte ria Meriicina Legal, que mais
relação tem com o ramo Cirúrgico.
Art 92 O Curso da sexta Cadeira constará de duas partes,
uma, que deve durar os primeiros quatro mezes do anno lecUvo, e
outra, que oceupará o resto rio mesmo anno.
Ç 1 o Na primeira parle tractar-se-ha ria Obstetrícia, cuja parte
anatómica será demonstrada no Cadaver, e em preparações seccas,
ou artiíiciaes. Tudo o que diz respeito ao mechanismo do Parto, as
o perações manuaes, e i n s t r u m e n t s respectivas, e ao conhecimento
•_>vi Escola M e d i c o - C i r u r g i c a do Porto

do estado dos órgãos geradores nos différentes períodos da gravidez,


antes e depois d'ella. deverão ser explicados e demonstrados por
meio do Manequim, em Estampas, on no Cadaver, e no vivo. Para
se fazerem estas demonstrações no vivo aproveitar-se-hão Iodas as
occasiões, que apparecerem casualmente, ou procuradas pelos meios
que parecerem mais appropriados.
§. 2.0 A segunda parte d'esté Curso para os alumnos da Es-
chola constará de lições sobre as moléstias das Parturientes, Pari-
das, e Recem-nascidos, e de uma lição por semana d'aquella parte
de Medicina Legal, que mais relações tiver com os phenonrenos de
Reproducção, para as Parteiras constará unicamente d'aquelles obje-
ctos que lhes forem necessários.
Art. 98. Os dias úteis d'esté Curso, em cada semana, serão dis-
tribuídos do modo seguinte : na primeira parle do anno serão des-
tinadas para as lições dos estudantes as Segundas, Quartas, e Sextas
feiras; e para as Parteiras as Terças feiras, e Sabbados: na segunda
parte para os estudantes far-se-hão as Lições de Medicina Legal nas
Segundas feiras, e as lições das mais matérias nas Quartas, e Sextas
feiras; as Parteiras ouvirão as lições theoricas necessárias nas Ter-
ças feiras; os Sabbados licam destinados para os exercícios no Ma-
nequim, feitos pelos estudantes, e dirigidos polo Professor.
Art. 94. Sobre o modo de empregar as Infermarias das Partu-
rientes nos Hospitaes de S. José em Lisboa, e de Santo Antonio no
Porto, e sobre a maneira de dirigir o ensino practico dos estudan-
tes, o das Parteiras, o Professor respectivo, estudando os meios de
vencer as dificuldades, que .•oslumam acompanhar este objecto,
proporá ao Conselho Escholar tudo o que a experiência lhe dictar.
a fim de se tomarem as medidas que parecerem mais convenientes.
Art. 95. O Curso da septima Cadeira começará por um breve
resumo da Historia Medica, a qual será tractada mais extensamente
com as matérias de Pathologia, e Therapeulica internas, que occu-
parão o anno lectivo, junctando-lhe a parte descriptiva da Anatomia
Pathologica correspondente. As estampas e peças Pathologicas, exis-
tentes nos Gabinetes, servirão para as demonstrações d'esta ma-
teria.
Art. 96. A escolha dos doentes para as Infermarias de Clinica
da oitava e nona Cadeira deve ser feita de maneira que possa ver-se
o mais variado numero de moléstias que for possível. Esta escolha
deve ser feita pelos Professores de Clinica, os quaes poderão tam-
bém fazer passar das suas Infermarias de ensino para as outras do
Hospital os doentes que deixarem de ser aptos para o mesmo en-
sino. Deverão todavia convidar-se os Facultativos do HospiM para
Legislação 281

indicar aos Professores aquelles doentes que encontrarem nas suas


Infermarias, dignos de particular observação, e ainda mesmo o re-
mettel-os para as Infermarias de Clinica com a sua approvação.
Art. 97. No principio do anno lectivo as camas das Infermarias
de Clinica serão distribuídas pelos estudantes; e os doentes que
oceuparem cada. uma d'ellas, no decurso de todo o anno, licarão
debaixo da observação particular dos estudantes, a quem a cama
pertencer; os estudantes porém não ficarão por isso encarregados
somente da observação, e do estudo dos doentes, que oceuparem as
camas que lhes pertencerem, mas devem observar, e estudar tam-
bém todos os outros que existirem nas Infermarias Clinicas res-
pectivas.
Art. 98. Cada um dos estudantes deverá fazer um diário dos
seus doentes conforme o modelo n.» 6, de modo que se possa ex-
trahir no Ora a historia da moléstia, tractamento, e exame anatómico
pela Autopsia no caso de fallecimento.
Art. 99. No fira de cada mez um estudante para isso designado
pelo professor, e debaixo de sua direcção, extrahirii debaixo de to-
dos estes diários um resumo, que constituirá a estatística mensal
da Informaria, na qual se mencionará o movimento da Infermaria,
tudo o que for relativo à natureza, marcha, causas, e tractamento
das moléstias observadas, e as Autopsias, quando as houver. N'esta
resenha analytica serão lambera indicadas as constituições atmosfé-
ricas reinantes n'aquelle mez, deduzidas das observações meteoro-
lógicas, que regularmente devem fnzer-se na Eschola.
Art. 100. O Demonstrador de .Medicina á particularmente en-
carregado de fazer estas observações meteorológicas, que serão por
elle diariamente registadas era ura Livro próprio, existente na Bi-
bliotheca, e conforme o modelo n.» 7. Os instrumentos precisos para
estas observações, serão collocados nos sitios que pareçam mais
uppropriados.
Art. 101. Os Professores de Clinica demonstrarão e observarão
todos os casos de Anatomia Palhologica, que se oíferecerem nos seus
Cursos Clínicos.
Art. 102. Os Professores d'estas duas Cadeiras devem começar
a s Lições Clinicas pela visita dos doentes, a qual seguir-se-ha a
parle oral, e as Autopsias, se as houver: poderão todavia, juncto á
c a m a do . oente, fazer aquellas observações que lhes parecerem ne-
cessárias n'aquelle logar. O tempo que devera demorar-se em tudo
isto, é = h o r a e m e i a = ; podendo apenas, em caso de precisão, pro-
longal-o meia hora mais.
Art. 103. O Professor da nona Cadeira também executará na
282 Escola Medico-Cirurgica do Porto

presença dos estudantes todas as operações que devem ter logur nas
suas Infermarias Clinicas. Nestas Inferniarias os estudantes do ter-
ceiro anno serão encarregados do curativo dos doentes, e os do
quarto anno dos diários.
Art. 114. 0 Professor da oitava Cadeira, além do Ensino Cli-
nico, fará prelecções de Hygiene Publica, e de Medicina Legal para
os estudantes do quinto anno—estas prelecções serão feitas se-
gundo o Programma annual.
§. único. O Professor de Hygiene Publica e de Medicina Legal,
acompanhará as prelecções d'estas matérias com todas as demonstra-
ções e experiências respectivas approveitando-se tudo quanto existir
nos différentes Gabinetes da Eschola, e que lhe for para isso neces-
sário; fazendo-se auxiliar dos estudantes paru o mesmo fim.
Art. 105, Os Professores Substitutos farão as vezes dos Pro-
prietários e dos Demonstradores quando por qualquer motivo falta-
rem. O Substituto mais antigo substituirá as faltas dos Professores
Proprietários; o mais moderno ados Demonstradores; os Substitu-
tos de Medicina substituirão as Cadeiras e Demonstrações de Medi-
cina : e os de Cirurgia as Cadeiras e Demonstrações de Cirurgia.

CAPITULO IH.

Da frequência das Aulas, e das Ferias.

Art. 10(5. As lições durarão em todas us Aulas hora e meia;


somente nas de Clinica poderão prolongar-se meia hora mais, quando
assim convier.
Art. 107. Todo o alumno (pie, no seu anno lectivo, commetler
vinte faltas sem causa, ou trinta com ella justificado, perderá o anno,
e será expulso da Eschola se ficar reprovado duas vezes no mesmo
anno lectivo (Regulamento de 25 de junho de 1825, titulo 2.", ar-
tigo 8."). Esta disposição deve ser intendida de maneira, que todo
o alumno perderá o anno se commetter trinta faltas, ou mais, quer
sejam justificadas, quer não; a que egualmente o perderá se com-
metter vinte não justificadas.
§. único. Os alumnos que derem de seis faltas até dezenove
não justificadas, licain preteridos na ordem da sua matricula para a
ordem los exames, que só farão depois d'aquelles que relativamente
menos faltas tiverem dado.
Art. 108. No fim de cada anno lectivo os Professores appre-
sentarão em Conselho as listas dos estudantes que frequentaram as
suas Aulas, com as indicações das faltas que deram, seu numero, e
Legislação 288

os motivos justificados. O Conselho Escholar, avaliando a qualidade


d'estes motivos, e fazendo a devida conferencia com o Livro do Con-
tinuo, designará os que tem o anno provado, e os que o tem per-
dido; do que se lavrará assento. O Secretario regular-se-ha por
este assento para saber os que se acham habilitados a fechar a ma-
tricula.
Art. 109; Na avaliação dos motivos dados para justificaras fal-
tas deve ter-se muito em vista a qualidade dos estudantes, seu
merecimento, e aproveitamento nas Aulas: devendo haver conside-
ração com aqnelles que a este respeito reunirem melhores condi-
ções.
Art. 110. As Aulas devem abrir-se todas no dia 5 de Outubro,
e somente se fecharão no dia 20 de Junho; o mez de Julho é desti-
nado para os exames; e os niej-.es de Agosto e Septembro para ferias
(Regulamento de 25 de Junho de 1825, titulo 1.". artigo 3.o).
Ari. 111. São feriados em todo o anno lectivo os Domingos,
dias sanclificados e de grande festividade nacional, e todas as
Quintas feiras da semana em que não houver outro feriado além do
Domingo. Haverão mais quinze dias feriados pelo Natal, outros quinze
pela Paschoa, e três pelo Carnaval.
Art. 112. Us professores de Clinica teem obrigação de fazer
as visitas nas Informarias de Clinica todos os dias feriados; e os es-
tudantes devem assistir sempre a estas visitas. E.vceptuam-se somente
os dias que decorrem desde o ponto até á abertura das Aulas no
anno seguinte, nos quaes, nem os Professores teem obrigação de
visitar as lufermarias, nem os estudantes do os acompanhar n'estes
exercícios.
CAPITULO IV.

Da Policia das Aulas.

Art. 113. H aceio e limpeza das Aulas e do Estabelecimento


são especialmente encarregados ao Guarda, que para isso se fará
ajudar pelos serventes da Eschola.
Art. 114. As Aulas, nos dias lectivos, devem estar abertas todo
o tempo necessário para n'ellas se fazerem as différentes lições -
as horas em que cada uma d'estas lições deve começar, serão deter-
minadas em Conselho, e marcadas no Programma determinado no
artigo 0. d'esté Regulamento.
\rl. 115. As Aulas são publicas, e n'ellas poderão entrar nao
só os estudantes, mas todas as pessoas decentes que pretenderem
ser ouvintes.
284 Escola Medico-Cirurgica do Porto

Ari. 116. listará á porta do Estabelecimento um Empregado


para isso nomeado, que vigiará não entrem além dos Professores,
Empregados, e estudantes, pessoas que se não apresentem com a
decência devida: impedirá também que juncto ao Estabelecimento
se faca tumulto, motim, ou conversação em voz alta, que perturbe
as lições, e mais exercícios.
Art. 117. Durante as lições achar-se-bão sempre próximos das
Aulas os Serventes necessários para executar qualquer serviço que
dentro ou fora d'ellas lhes for ordenado pelos Professores.
Ari. 118. Os logares nas Aulas serão numerados; e os estu-
dantes os occuparão na ordem de suas matriculas. Na Aula de Ma-
teria Medica e de Pharmacia não se fará dislincção de logares entre
os estudantes das duas Escbolas Medico-Cirurgica, e Pharmaceutica,
occupando-os indistinclamente uns, ou outros, segundo a ordem da
matricula particular de cada Eschola.
Art. 119. Um quarto depois de dar a hora designada para cada
lição, o Continuo fará a chamada dos estudantes, marcará um ponto
áquelle que não estiver presente. Estas faltas hão de ser notadas
pelo professor na sua lista particular, e pelo Continuo em um Livro
conforme ao modelo n.° 8.
Art. 120. O Continuo marcará também uma falia ao Professor
que, um quarto depois da hora designada no Programma não esti-
ver presente; e no fim do anno apresentará estas faltas ao Conse-
lho da mesma forma quo as dos estudantes. Por vinte d'estas faltas
não justificadas, perderá o Professor para o Cofre da Eschola a terça
parte do seu ordenado de um anno (Regulamento de 25 de Junho
de 1825, titulo 1.", artigo 15.").
Art. 121. O Director poderá conceder até 1res dias de licença
aos Professores que lhe allegarem motivos attendiveis. O Conselho
Escholar poderá conceder-lhes até quinze dius debaixo das mesmas
condições; o Governo somente pode conceder maior prazo de li-
cença.
Art. 122. Se alguns estudantes, OU quaesquer outros indiví-
duos, durante os exercícios litterarios, perturbarem a ordem, o de-
coro, e profundo socego, que deve haver nas Aulas das Escbolas
Modico-Cirurgicas, serão admoestados em termos comedidos, e de-
centes pelos Lentes, que presidirem ás prelecções.
§. único. Ouando os perturbadores, assim advertidos, conti-
nuarem a practicar factos, offensives da disciplina litteraria, os Len-
tes os intimarão para saírem immediatamente das aulas, ou do
Edifício da Eschola. como o exigirem as eircumstancins; e no caso
Legislação 285

de repugnância, deverão os mesmos Lentes fazer cumprir esta pro-


videncia pelo l'orteiro, e mais Empregados do Estabelecimento.
Art. 123. Se os actos de insubordinação, de desobediência, ou
de violência provocarem, por sua natureza, maiores demonstrações,,
os auctores d'elles, que forem estudantes, serão reprehendidos pe-
rante o Conselho Escholar, ou expulsos da Eschola por um, ou dons
annos, segundo a maior, ou menor gravidade dos factos, devendo os
arguidos, n'este ultimo caso, ser ouvidos sobre a sua defensa com
recurso para o Governo.
$. único. Se os amolinadores forem extranhos á Eschola, o-
Director d'ella dará parle ao Administrador do Julgado para proce-
der na conformidade da Lei contra os culpados.
Art. 124. l'ara as Infermarias de Clinica serão escolhidos, den-
tro dos Hospitaes respectivos, locaes bem ventilados, com todas as
condições convenientes de salubridade, e o mais independentes pos-
sível das outras Infermarias.
Art. 12õ. Haverá uma Infermaria de homens e outra de mu-
lheres para cada uma das Clincias, Medica, e Cirurgica; nas Infer-
marias de cada uma d'estas Clinicas existirão trinta camas, que nunca
terão menos de vinte doentes de ambos os sexos, durante o tempo
lectivo. O Estudo Clinico de Partos, e moléstias das Parturientes, e
Reeem-nascidos, deve fazer-se na Infermaria das Parturientes dos
respectivos Hospitaes.
Art. 126. A policia d'estas aulas de Clinica será feita do mesmo
modo que nas outras, com a differença somente de servirem, em
logar do Porteiro, Guarda, e Serventes da Eschola, os Infermeiros,
Ajudante, o Serventes da Infermaria. A Kschola lhes dará, por este
serviço, a gratificação, que ao Conselho Escholar parecer conve-
ni' 1 .
CAPITULO v.

Dos Exames.

Art. 127. As matérias, que compõem o ensino de cada uma


das Cadeiras da Eschola, farão o objecto d'uni exame, sendo por
conseguinte tantos os exames quantas as dietas Cadeiras.
Art. 128. Os exames começarão no primeiro dia do niez de
Julho, e continuarão todos os dias, que não forem sanctificados, ou
Festividade Nacional: distribuir-se-ha porém este serviço de modo
que todos os exames se achem concluídos no fim do sobredicto mez.
Ari. 129. Formnr-se-hão tantas listas, ou pautas quantas são
as Cadeiras do Curso Medico-Cirurgico, em cada uma das quaes
286 Escola Medico-Cirurgica do Porto

serão inscriptos os nomes de lodos os estudantes, que foram alum-


nos da referida aula, e fecharam a matricula, segundo a ordem de
sua habilitação (Artigo 108). - Seis dias antes de começarem os
exames serão postas estas listas em pautas á porta das aulas: os
alúmnos, durante este tempo, farão por escripto as reclamações, a
<|ue julgarem ter direito; e, no ultimo dia, o Conselho Eseholar se
reunirá para decidir sobre estas reclamações.—Nas mesmas listas,
e adiante de cada um dos nomes se irão marcando os dias, em que
os alumnos devem fazer os exames.
§. único. Os exames serão feitos por turmas de quatro, e só
serão de menos, quando o Director, por motivos attendiveis, expres-
sos no despacho, assim o julgar conveniente.
Art. 130. Os pontos para os exames devem ser feitos pelos
Professores das Cadeiras respectivas sobre todas as doutrinas, que
serviram de objecto ao ensino, e serão submetl-idas àapprovação do
Conselho.
Art. 131. Um d'estes pontos, tirado á sorte vinte e quatro
horas antes do exame, fará o objecto especial, em que os Examina-
dores interrogarão os estudantes, mas poderão aquelles vagamente
perguntar nas generalidades da Cadeira.
Art. 132. O Secretario assistirá ao tirar os pontos, e remettent
no mesmo dia copias ao Presidente, e aos Examinadores. O pri-
meiro estudante da turma tirará a sorte; mas os outros devem lam-
bem achar-se presentes.
Art. 133. Quando algum, ou alguns dos estudantes marcados
faltarem a tirar o ponto, serão admittidos em seu logar outros, que
se achem presentes, regulando a preferencia o numero da matricula.
Art. 134. O estudante, que não comparecer a tirar o ponto
quando lhe competir, só poderá fazer exame d'essas disciplinas no
mez de Julho dos annos seguintes, precedendo requerimento ao Di-
rector; justificando porém essa falta, perante o Conselho, será admit-
tido a exame n'esse mesmo anno, no fim de todos, ou nos annos
seguintes no dia, que para isso lhe for designado pelo mesmo Con-
selho.
Art. 135. O estudante, que, tendo tirado o ponto, não compa-
recer ao exame, o não poderá fazer sem nova frequência das mes-
mas disciplinas; justificando porém a falta, perante o Conselho, será
admitlido a exame do mesmo modo, e no mesmo tempo, que fica
disposto no Artigo antecedente.
Art. 136. O Professor Proprietário da Cadeira respectiva, ou o
Substituto, a quem competir, será o Presidente do exame —os Exa-
minadores serão dous. Professores Proprietários, ou Substitutos, a
Legislação 287

quem por turno tocar este serviço, o qual deve ser distribuído pelo
Secretario com a maior eguaklade possível. — Cada um dos Exami­
nadores interrogará cada estudante da turma por espaço d u m
quarto de hora.
Art. 137. Nos exames de Anatomia, e de operações C irúrgicas,
além das provas theoricas communs a todos os outros exames, são
os estudantes obrigados a fazer no C adaver todos os exercícios pra­
cticos relativos n materia do ponto, que os Examinadores lhes exigi­
rem.
Ari. 138. Nos exames de Materia Medica, e de Pharmacia ha­
verão também provas practicas, (pie serão feitas sobre doze Substan­
cias Medicamentosas, escolhidas pelo Presidente na mesma occasião,
e que devem estar postas sobre a mesa: —Os estudantes serão tam­
bém obrigados a apresentar uma preparação Pharmaceutica, feita
por elles, tirada á sorte vinte e quatro horas a s.
Art. 139. As provas practicas nos exames de Partos consisti­
rão em exercícios feitos no Manequim.
Art. 140. O exame de C linica C irúrgica far­se­ba no tim do
quarto anno, e o de C linica Medica no lim do quinto anno,—N'estes
exames cada um dos estudantes tem obrigação de apresentar duas
observaçOes redigidas por escripto, e feitas por elle nas Inferm.irias
de C linica durante o anno lectivo ; — ser­lhe­hão além d'isso desi­
gnados, no acto do exame, dons doentes, que elle observará tiran­
do­lbes a historia da moléstia, sobre a qual os Examinadores o in­
terrogarão. — O Presidente designará estes doentes.
Art. 141. 0 exame de Medicina Legal, e Hygiene Publica será
feito junctamente com o de C linica Medica, para o que os estudan­
tes deverão ter tirado um ponto, vinte e quatro horas a n t e s . ­ C a d a
estudante apresentará no exame um Relatório Medico Legal feito
sobre a materia do p o n t o . ­ O s exames de C linica Medica para este
eíleito durarão mais que os outros exames um quarto de hora para
cada estudante.
Art 142. Os exames serão públicos, mas a votação sera se­
creta, e passada entre o Presidente e os Examinadores, que hao de
votar, e o Secretario, que recolherá os votos. (Regulamento de 2n
de Junho de 1825 Tit. 2." Art. 14."). _
Art 143. Os examinadores antes da votação se informarão do
Professor respectivo sobre o merecimento do estudante, a Uni de
melhor formarem o seu juizo. (Regulamento de 25 de Junho de 1825
■\rt 15 °)
' \rt. 144. A votação, nos exames, será feita por AA, e RR, ou
por espheras brancas e pretas. Três AAA, ou 1res espheras brancas
288 Escola Medico-Cirurgica do Porto

dão a approração ; dons AA, e uni R, ou duas espheras brancas, e


ntna preta dão a approvação pela maior parte; dous RR, ou duas
espheras pretas bastam para reprovar.
§. único. Na approvação plena poderá ajunctar-se — com lou-
vor, — se o Presidente, e os Examinadores julgarem unanimemente
que o estudante é digno d'esta distincção.
Art. 145. 0 Secretario, que deve assistir á votação, lavrará os
termos, que serão assignados pelo Presidente, K-aminaclores, e por
pile Secretario; estes termos devem ser lavrados em um Livro pró-
prio conforme o Modelo N.° 9.
Art. 146. Todo o alumno, que em uma das Escholas Medico-
Cirurgicas houver sido habilitado para fazer exame das disciplinas
de um atino qualquer, poderá fazer esse exame na outra Eschola
com as mesmas formalidades, com que são feitos n'ella os exames
de seus próprios alum nos.

CAPITULO VI.

Dos Premio».

Art. 147. Haverá em cada uma das Cadeiras um Premio de


livros da Faculdade para ser entregue ao estudante, que por sua
applieaçâo, e talento sobresair a todos os outros. (Regulamento de
25 de Junho de 1825, Tabeliã Artigo 6.°).
Art. 148. O Conselho, por proposta dos Professores Proprie-
tários das respectivas Cadeiras, designará os livros, que devem con-
stituir o Premio.— Ao liibliothecario compete effeiluar a compra
d'elles.
Art. 149. 0 Professor de cada uma das Cadeiras appresentará
ao Conselho Escolar uma lista dos estudantes, que, por sua appli-
eaçâo e exames, mais se distinguiram nas disciplinas respectivas,
dispondo-os na ordem do seu merecimento relativo, e dando uma
informação sobre cada um dos propostos, á qual os outros Profes-
sores poderão acerescentar as suas observações.
Art. 150. O Conselho Escholar procederá á votação por escru-
tínio secreto sobre cada um dos propostos, e serão somente consi-
derados votados a Premio aquelles, que n'esta votação alcançarem
maioria absoluta de votos. — O Conselho procederá depois a uma
segunda votação por escrutínio secreto sobre todos os estudantes,
que obtiveram maioria absoluta no primeiro escrutínio, e conferir-
se-ha o Premio nquelle, que tiver a maioria relativa — no caso de
empate decidirá a sorte:— Deve com tudo fazer-se menção na Ses-
Legislação •289

são publica d'aquellcs, sobre quem recaiu egual maioria, tendo além
disso o Titulo de premiado.
Ari. 151. listas votações serão feitas na ultima Sessão do Con-
selho no fim de Julho, e os Prémios serão conferidos aos estudan-
tes na Sessão publica do anno seguinte.
Art. 152. A cada um dos estudantes premiados se passará um
Titulo assignado pelo Director, e Secretario, sellado com o sello
grande da Eschola, e conforme o Modulo N.° 10.

CAPITULO VIL

Dot Aiio.< Grandes,

Ait. 153. Os alumnos, para serem admittidos a fazer Acto


grande, necessitam ter sido approvados em todas as disciplinas, cpie
fazem o objecto das différentes Cadeiras do Curso Medico-Cinirgico.
Bastará para isso documentar com a Cerlidfio du approvação, nos
exames das matérias do quinto anno, um requerimento dirigido ao
Director, o qual no despacho lhes marcará dia. em que o Acto deve
ser feito.
Art. 154. Servirá do objecto do Acto grande uma Dissertação
sobre qualquer materia de Cirurgia, escolhida polo Candidato e seis
proposições Medicas ou Cirúrgicas, egualmente de sua escolha, es-
criplas no fim da Dissertação. 0 Candidato com a necessária antici-
paçSo do Acto appresentará a Dissertação, e proposições ao Presi-
dente, que poderá fazer-lhe as observações, que julgar opportunas
assim sobre a materia, como sobro a redacção; sem que o Presi-
1,,,1.- na frente da Dissertação escreva —Approvada —com a sua
rubrica, ella não pôde fazer objecto do Acto; mas se o Candidato,
apezar da denegação do Presidente, assim mesmo a quizer defender,
tem o recurso para o Conselho Escholar.
Art. 155. A Dissertação, quando approvada pelo Presidente, ou
em recurso pelo Conselho Escholar, será posta na liibliotheca oito
dias antes do Acto, e ahi se conservará, para que os Examinadores
tenham tempo de a ver; depois do Acto fica pertencendo a Biblio-
theca. A Eschola não responde pelas doutrinas expendidas na Dis-
sertação, e enunciadas nas proposições.
Art 156 0 Presidente do Acto grande será um Professor esco-
Ihido hvremente pelo Candidato. Os Examinadores serão quatro Pro-
fessores Proprietários, ou Substitutos nomeados por escala feda pelo
Secretario. ,
Art. 157. A votação n'estes Actos será feita do mesmo modo,
19
290 Escola Mcdico-Cirurgica do P o r t o

quo nos exames, mas são precisas cinco espheras brancas para obter
approvação plena; 1res espheras brancas, pelo menos, para approva-
ção pela maior parte; e 1res espheras pretas só bastam para repro-
var.
& unico. Nas cartas passadas pela Eschola deve sempre fazer-se
menção da qualidade da approvação, que teve o Candidato.
Art. 153. Não será admitlido a fazer Acto grande mais do que
um Candidato por cada vez; podem-se com tudo fazer estes Actos,
não só no tempo destinado para os outros exames, inas nos feriados
do anno lectivo, que não forem Sanclificados ou de Festividade Na-
cional. Sobre o tempo, que os Examinadores hão de interrogar, e
sobre os mais objectos análogos, observar-se-ha n'estes Actos o
mesmo, que está disposto nos exames.

SECÇÃO III.

Dos Concursos.

TITULO I.

Dos Concursos para logares de Lentes, e Demonstradores.

Art. 159. Os logares de Lentes, e Demonstradores da Eschola


Medico-Cirurgica serão providos perante o Conselho Escholar por
meio de Concursos 1'ublicos, de sessenta ou noventa dias, conta.I..s
desde o dia da publicação do annuncio (Decretos de 29 de Dezem-
bro de 1836, Artigo 124, e de 13 de Janeiro de 1837, Artigo 168).
Art. 160. Os concorrentes apresentarão ao Secretario da Es-
chola requerimento instruído com as suas Cartas, e os mais Docu-
mentos que quizerem.
N'estes requerimentos o Conselho Escholar designará o dia dp
acto de habilitação (Decretos de 5 de Dezembro de 1836, Arligp 97,
o 29 de Dezembro de 1836, Artigo 125).
Ari. 161. 0 acto de habilitação consistirá na leitura de uma
Dissertação em Portuguez, feita sobre um ponto, e o mesmo para
todos, tirado oito dias antes, e de Lições oraes feitas sobre outro
ponto tirado com antecipação de quarenta e oito horas, o qual cons-
tará de três partes correspondentes ás Disciplinas de três Cadeiras
designadas pelo Conselho, o annunciadas no Edital de Concurso, en-
trando sempre a Disciplina da Cadeira, que deve prover-se. As Li-
ções oraes de Anatomia, e Operações Cirúrgicas serão acompanha-
das das Demonstrações praticas correspondentes.
Legislação 291

Art. 162. O Conselho Escholar formará estes pontos de modo


que cuda uma das 1res partes seja pouco mais ou menos egual a
uma Lição Académica. 0 Director, e o Secretario da Eschola devem
nehar-se presentes ao tirar estes pontos.
Art. 163. Os concorrentes, a quem forem destinados os mesmos
dias para o acto de habilitação, lerão no mesmo ponto, que será ex-
traindo para todos pelo mais antigo em habilitações Académicas;
o mais moderno porém será o primeiro a 1er. Se os concurrentes
forem tantos, que os actos não possam caber no mesmo dia, serão
assignados diversos, seguindo-se a antiguidade das habilitações Aca-
démicas (Decreto de 5 de Dezembro de 1836, Art. 97, §. 4.°).
Art. 164. 0 acto de habilitação é publico, e a elle deve assistir
todo o Conselho presidido pelo Director. O concurrente, depois de
1er n Dissertação, fará uma Ução oral em cada uma das 1res partes
do ponto, que durará uma hora. Estas Lições devem ser distribuí-
das de modo, que entre uma e outra Lição do mesmo concurrente
não haja menor intervallo. que duas horas (Decretos de 5 de Dezena-
l,,-,, de 1S36, Artigo 97, §. 3.", e de 13 de Janeiro de 1837, Ar-
tigo 169).
Art. 165. No lim do acto de habilitação correra o escrutínio
secreto pelo Conselho Escholar, que votará por qualificações de =
Bom=e bilhetes brancos, signal de exclusão = aberto, e publicado
o escrutínio pelo Presidente, será consignado o resultado no Livro
dos actos dos Concursos pelo Secretario da Eschola. = Seguir-se-ha
« mesmo com os outros concurrentes, que houverem de fazer acto
n'esse dia, ou em outros. A approvacão depende da pluralidade
absoluta de qualificações boas. Os empates serão decididos pelo
Presidente do Conselho Escholar. Três votos em branco excluem o
concurrente excepto no caso de empate, em que haverá logar a de-
cisão do Presidente; quando porém os 1res votos de exclusão forem
somente um terço dos votantes, vencerá a approvacão pelos outros
dous terços.
0 approvado, ou preferido será imn.edialamente proposto ao
Governo pela forma estabelecida até agora.
0 excluído ou preferido não fica inhibido de entrar em novo
Concurso (Decreto de 5 de Dezembro de 1836, Artigo 97, §§. B.o,
4
° ' p ú n i c o . Além da votação sobre o mérito litterario, votar-se-ha
também sobre costumes (Estatutos da Universidade).
Art. 166. Haverá toda a diligencia, e escrúpulo para que todos
os Vogaes do Conselho Escholar, assim Proprietários, como Substi-
tutos assistam ao acto de habilitação, e votem n'allé; sem ass.sten-
292 Escola Medico-Cirurgica do Porto

cia, e votação de seis Vogaes não haverá habilitação; quando porém


não houver presente este numero de Professores serão preenchidas
as faltas pelos Demonstradores (Decreto de õ do Dezembro de 1830,
Art. 97, §. 6.").
TITULO II.

Dos Concursos para outros Empregos da Eschola.

Art. 167. Os logares de Continuo, de Guarda, e de Porteiro,


que são de nomeação do Conselho Escholar, serão também dados
por Concurso. Os Documentos, que mostrarem os melhores requi-
sitos para o exercício d'estes Kmpregos, servirão de motivo para
estabelecer a preferencia entre os Pretendentes.
Art. 103. Entre os Documentos, que devem instruir os Reque-
rimentos para o logur de Continuo, é necessário ápresentar-se Cer-
tidão, que mostre terem os Pretendentes, pelo menos, os dous pri-
meiros annos do Curso Medico-Cirurgieo. = Os Pretendentes além
d'isto farão um exame practico de Anatomia, que consistirá em
preparar uma peça Anatómica designada pela sorte. = Um Jury,
composto de três Professores, nomeados pelo Conselho, ajuisará por
esta prova practica do merecimento relativo dos Pretendentes; e,
liando d'isso conta ao Conselho, este decidirá definitivamente.
Art. 169. O Pretendente, que for escolhido pelo Conselho para
o logar ile Continuo, que deve ser lambem Thesourciro, e licar
encarregado do outros objectos, necessita para ser provido prestar
uma fiança correspondente ao valor, que tem de arrecadar. — O
Conselho designará a importância d'esla (iunça.

SECÇÃO IV.

Dos Cursos a n n e x o s á Eschola Medico-Cirurgica.

TITULO I.

Do Curso Phannaccutico.

Art. 170. 0 Curso da Eschola Pharmaceutiea começa ao mesmo


tempo que o Curso das Escholas Medico-Cirurgicas, a que aquélla é
annexa.
Art. 171. A matricula dos alumnos Pharmaceuticos abrir-se-ha
em Livro próprio, que deve também servir para inscrever os nomes,
Legislação 293

e (|iiulilica<;ões dos Praetieantes enviados pelos Pliarmaceuticos do


Continente do Beino.
Art. 172. Estas matriculas far-se-hão no mesmo tempo desi-
gnado para os alnmnos da líschola Medico-Cirurgica, e pela forma
para estes determinada no Artigo 64 d'esté Regulamento.
Art. 173. Passados cinco ânuos depois do estabelecimento re-
gular dos Lyceus, são preparatórios essenciaes para a matricula no
Curse Pharmaceutico as disciplinas das Cadeiras primeira, segunda,
terceira, quarta, septima, oitavu, dos Lyceus Nacionaes (Decreto de
29 de Dezembro de 1836. Artigo 132). Além d'isso Certidão de exame
de Cbymica, e de Botânica (Decreto de 29 de Dezembro de 1836, Ar-
tigo 133).
§. único. Em quanto não estiver em vigor a disposição do Ar-
tigo antecedente, serão preparatórios para esta matricula os mes-
mos que foram exigidos para os alumnos da líschola Medico-Cirur-
gica no Artigo 75, §. único d'esté Regulamento, acerescentando
mais, Certidão de exame da Lingua l'ranceza, ou Ingleza, e as de
Chymica, e Botânica.
Art. 174. A propina, que o alumno Pharmaceutico tem de pa-
gar paru se lhe abrir a matricula, é de nove rail e seiscentos réis. e
outro tanto no encerramento no fim do Curso biennal (Decreto de
29 de Dezembro de 1836, Artigo 134).
Art. 175. Basta provar pela frequência o primeiro anno d'esté
Curso para poder passar ao segundo anno, no fim do qual terá to-
gar o encerramento da matricula.
Ari. 176. Os alumnos Pliarmaceuticos, tanto os do primeiro
anuo. como os do segundo ailno, são obrigados a frequentar a aula
da terceira Cadeira do Curso Medico-Cirurgico. sendo obrigados ás
lições quando o Professor lh'as exigir, do mesmo modo que os ou-
tros alumnos da líschola.
Ari. 177. Em quanto em cada uma das Escbolas Medico-Cirur-
gicas não houver Dispensatório Pharmaceutico próprio, ou em
quanto em alguns dos respectivos Uospitaes não houver Botica com
a capacidade sufflciente, serão os alnmnos obrigados a prueticar por
espaço de dous annos em Officina approvada e acereditada (Decreto
de 29 de Dezembro de 1836, Artigo 129).
Art. 178. Os alumnos serão obrigados a ajudar os trabalhos
nas Aulas, Botica, e Laboratório, sempre que assim lhes for orde-
nado pelo Professor respectivo; o que será feito com a maior egual-
dade possível.
Art. 179. As faltas serão contadas, e julgadas pelo Conse.ho
294 E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

Escholar pela mesma forma, que eslá regulado no Capitulo 3." d'esté
Regulamento sobre as dos alumnos da ICschola.
Ari. 180. Os Pharmaceuticos approvados, que tiverem Botica
aberta em qualquer parle do Continente do Reino, enviarão annual-
mente á Eschola um Registo dos Praclicantes. que trabalham nas
suas Oflieinas, contendo o nome, pátria, Aliarão, tempo de practica,
e progresso de cada um dos alumnos. Este Registo será lançado no
Livro doa matriculas da Eschola Pliarmaceutica, e consultado quando
os alumnos Practicantes se apresentarem para exame. A Escholn não
conferirá Carta Pharmaceutica, sem constar por esto modo o tempo
de practica estabelecida (Decreto de 29 de Dezembro de 1836, Ar-
tigo 131).
Art. 18 K O alumno Pliarmaceutico, para ser adiwittido a fazer
exame, deverá 1er provado os dous annos. primeiro, o segundo do
Curso Pliarmaceutico, e junctar Certidão de boa practica passada
pelo Pharmaceutico Proprielario da Oflicina, em que se exercitou,
conferindo-se o tempo declarado na Certidão, com o que se achar
no Livro das matriculas, e depositará além de tudo isto, na rnão do
Tbesoureiro, a quanlia de sete mil e duzentos réis para o Presidente,
Examinadores, e o mais, que for necessário para a despesa de ma-
nipulações (Decreto de 29 de Dezembro de 1836, Artigos 135 o 137).
Art. 182. Estes exames poderão fazer-se no tempo lectivo, não
prejudicando os outros exercícios escholares quando houverem qua-
tro habilitados, que o requeiram, ou quando, não havendo os qua-
tro, o Director assim o determinar por despacho, em que declare os
motivos atlendiveis para proceder-se d'esté modo.
\rl. 183. Os exames serão feitos por turmas de quatro estu-
dantes ; e deve durar cada um, pelo menos, três horas, perguntando
cada Examinador um quarto de hora a cadn um dos alumnos.
Art. 184-. O Jury especial d'estes exames é actualmente com-
posto de 1res Examinadores — do Professor da terceira Cadeira da
Eschola Medico-Cirurgica, que deve também ser o Presidente — do
Demonstrador de .Medicina, e do lioticario do Dispensatório Pliar-
maceutico. Os Substitutos correspondentes suprirão as faltas do Pro-
fessor, e d o Demonstrador; e outro lioticario qualquer, nomeado pelo
Conselho Escholar, será o Supplente do lioticario do Dispensatório.
Os Supplentes vencerão a quanlia respectiva quando tiverem exer-
cício.
Art. 185. Cada um dos alumnos, quatro horas antes do exame,
tirará um ponto dilferente, que devo conter três preparações Phar-
maceuticas, que possam ser executadas dentro do sobredicto tempo.
Estas preparações serão apresentadas no acto do exame, e servirão
Legislação 295

de seu objecto principal. Além d'isso os Examinadores procurarão


vèr se os Candidatos possuem os conhecimentos precisos ao exer-
cício de sua arte.
Art. 18(i. O Hoticario do Dispensatório P h a r m a c e u t i c prestará
todos os utensílios, e objectos necessários á practica li'eslas opera-
ções; incumbe-lbe lambem vigiar <|iie os alumnos as practiquem. e
preparem pelas suas proprias mãos.
Art. 187. A votação será feita pela mesma forma, que liça re-
gulada para os alumnos da Escbola, declarando-se lambem nas Car-
tas o resultado. Os alumnos reprovados não poderão fazer novo
exame sem frequência de mais um a n n o ; e, sendo reprovados duas
vezes, não poderão mais áer admittidos á matricula; aquelles que
forem reprovados a primeira vez, para de novo frequenturem, paga-
rão ruivas propinas.
Art. JS8. Ao al ii m no approvnJo mandará o Conselho Eseholar
passar uma Carta, pela qual pagara a quantia de quatorze mil e
quatrocentos réis, além de quinhentos réis para o Secretario. Esta
Carla sera assignada polo Director, e Secretario, e pelo impetrante,
e sellada com o sello grande da Eschola, e conformo ao Modelo N.° 11.
Ari. 189. 0 aspirante Pbarmaceulico, que não tiver frequen-
tado o Curso da Escbola, poderá todavia ser admillido a lazer exame
perante o Jury nomeado, l'ara isso precisa apresentar ao Director
Certidão de edade de 25 annos. Documentos dos estudos qui; liver,
Uttestacão de ,S annos de boa practica, passada pelo respectivo 1'har-
maceutiCO, o conferida com o Livro das matriculas, 0 alleslado de
bons costumes passado por alguma Auctoridade administrativa do
logar, onde tem residido: fazendo depois o deposito determinado no
Artigo 181.° d'esté Regulamento, o com o despacho do Director será
admillido a fazer exame pela mesma maneira, que está disposto
para os alumnos da Eschola, 0« Examinadores lhe farão algumas
perguntas em Chymica e llotanica, para ajuizarem se possue os co-
nhecimentos indispensáveis para o exercício da sua arte (Decreto
de 29 de Dezembro de 1830. Artigos 136." e 138.°).
Ari. 190. 0 aspirante, que ficar reprovado n'este exame só po-
derá fazel-o de novo frequentando um anno do Curso Pharmaceu-
t i c ou ajunctando Certidão de boa practica por mais de dons annos
em Offleina approvada, e acreditada. Ao approvado mandará o Con-
selho passar uma Carta sellada com o sello grande da Eschola, e
conforme o modelo X." 12. As propinas d'esta Carta são as mesmas
que as dos P h a r m a c e u t i c s lilhos da Eschola.
200 E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

TITULO II.

Do Curso das Parteiras.

Ari. 191. O Curso da Kschola das Parteiras começa ao mesmo


tempo, que as demais aulas de cada Iischola Medico-Cirurgica. a
que aquella á annexa.
Art. 192. A matricula dos Parteiras ha de abrir-se no mesmo
tempo, que fica designado para a abertura das matriculas dos alu-
irmos da Kschola (Artigo 03.» d'esté Regulamento).
Art. 193. As aspirantes ao Curso de partos deverão junctar ao
requerimento, feito ao Director para se' matricularem, Certidão de
edade de 2D annos, attestação de vida e costumes, e Certidão de sa-
ber 1er e escrever, passada por Professor publico, precedendo exame
(Decreto de 29 de Dezembro de 1830, Artigo 144."). Haverá para esta
matricula um Livro próprio, e outro para os termos dos exames.
Art. 194. Hasta provar pela frequência o primeiro anno d'esté
Curso para poder passar ao segundo a n n o ; no fim do qual terá lo-
gar o encerramento da matricula.
Art. 195. No primeiro anno d'esté Curso o Professor de par-
tos lhe explicará theories e practicamente a parte d'Obstetricia ne-
cessária para o perfeito desempenho da sua arte, pelo modo (pie fica
determinado nos Artigos 91.", e seguintes d'esté Regulamento. No
segundo anno se fará a repetição das mesmas matérias, e pela
mesma ordem.
Art. 190. As prelecções serão feitas nas Infermarias das par-
turientes do Hospital de S. José em Lisboa, e de Sancto Antonio n<>
Porto, em casa separada o decente. O Professor poderá interrogar
as aspirantes segundo melhor julgar.
Art. 197. 0 exercício practico na Informaria deve ser feito por
turmas das aspirantes; cada uma d'estas turmas se conservará na
Infermaria 24 horas, não se podendo retirar antes de ser rendida
por aquella, que por eschala se lhe seguir.
Art. 198. As aspirantes de serviço na Informaria estarão su-
bordinadas á Parteira superior, que estiver de semana, a qual pur
sua ordem as fará assistir aos parlo», vigiar as parturientes, e pivs-
tar-lhes soccorros, quando o precisarem; iiuumliir-lhes-ha lambera
qualquer serviço relativo ás mulheres gravidas, parturientes, ou
p.ierperas, existentes na Infermaria.
Art. 199. As aspirantes de serviço na Infermaria farão diários
do que occorrer mais singular ás mulheres, que forem entregues ao
seu cuidado, e vigilância, escreverão no respectivo livro a filiação
Legislação 297

das pejadas, que de novo entrarem para a Infernaria, e faraó os


assentamentos na apresentação, e posição dos fetos, que nascerem,
do sexo, peso e comprimento : assim co.no nolarão o tempo, que o
parto durou. .
Art. 2()0. As faltos das aspirantes serão contadas, e julgada»
pelo mesmo modo. que o são as faltas dos alumnos da Eschola Me-
dico-Cirurgica, e Pliarmaceutica.
Art. 201. As aspirantes serão admittidas a exame no tlm uo
seu Curso biennal, requerendo ao Director, e junctando Certidão,
que mostre terem provado os dous annos.
Art 202 Estes exames serão feitos por turmas de quatro; po-
dendo ser de menos somente quando o Director, por motivos atten-
d a i s expressos no despacho, assim o determinar. 0 Professor de
Partos, será o Presidente, e dous Professores da Eschola nomeados
por eschala serão os Examinadores.
Art 203 Versará o exame sobre a ibeoria e practica dos 1 ar-
tes, accidentes que podem preceder, acompanhar e s e ^ ° s • «; 0 S
loa de os remediar (Decreto de 29 de Dezembro de 183b, Artigo
U3o 8 l.o). Durará duas horas, uma para cada Examinador e
meia'para cado examinanda. A votação será feita do mesmo mede,
que para os alumnos da Eschola, e o resultado será também decla-
rado nas Carias. ,
I H 204 \ Eschola passará uma Carta a aspirante, -pie for
«pprovada ao exame; na qual va se » Inserta» * ? £ £ £ * " £
, , do uso de instrumentos cirúrgicos sem assistência do ofessor
„,„.,.„, de 29 de De, e 1836, Artigo 148.* % M . Esta torta
lerá assigna,.,! pelo Director, Secretario, e pela ^ g » ^ ^ "
cou, o sello grande da Eschola, e conforme ao Modelo N.« 18. *
: „ , n , e , que for reprova,., °«?A°*™^T^2
e x ; m e , frequentando mais um anno o Curso de partos da Eschola,
...forporém reprovada segundo vez, não será mais adm.ttida a ma-
r S Î Ï S T à Î - t a da. Parteira., gratuito ; a ^ =
n5o pagarão nada por matricula., por «ames, " '"< Cartas
<Decrelo de 29 de Dezembro de 1830, Artigo 140.-).
298 Escola Medico-Cirurgica do Porto

SECÇÃO V.

Dos E x a m e s dos Medicos, Cirurgiões, e Pharmaceuticos


habilitados era Paizes E s t r a n g e i r o s , e dos Cirurgiões
p a r a c u r a r e m de medicina.

TITULO I.

Dos Medicos e Cirurgiões habilitados em Paizes Estrangeiros.

Art. 206. Os Facultativos, Medicos, ou Cirurgiões, habililados


ajn Paizes Estrangeiros, que pretenderem examinar-se perante a
Eschola Medico-Cirurgiea de Lisboa, na conformidade do Decreto
do 3 de Janeiro de 1837, Capitulo ifi, Artigo 16, §§. 18, e U, deve-
rão. requerer ao Director, instruindo os seus requerimentos com os
documentos seguintes: 1.- uma Carta, ou Diploma «uthenUco da Fa-
culdade, Eschola, ou Collegio publico, em que forem habilitados- 2 o
um Attestado de identidade de pessoa, passado pelo Consul, ouAu-
Utoridade respectiva; e 3." um Documento, que prove ter depositado
na mao do Thesoureiro a quantia de cento e cinr.oenta mil reis ( D,-
creto de 18 de Janeiro de 1837, Tabeliã dos emolumentos).
Art. 207. Preenchidos estos quesitos o Director assignera ao
despacho o dia, e hora de tirar os pontos, e de lazer os exames,
para cada um dos quaes nomeará por sua ordem os Examinador^
designando entre elles um para Presidente. - O Presidente, e Eva-'
m.nadores devem ser os Lentes Proprietários, ou Substitutos da Es-
chola, e na sua falta os Demonstradores; tendo com tudo em vista
que para os exames dos Medicos recaia a nomeação sobre na Len-
tes das Cadeiras de Medicina, e que para os de Cirurgiões sejam
nomeados os Lentes das Cadeiras de Cirurgia. Todos estes exames
devem ser regulados de loi modo, que se não interrompam por elles
os mais trabalhos da Eschola.
Art. 208. Os exames serão rfous, feitos, quanto for possível,
em dias successives, o primeiro de Pathologia, vinte e quatro horas
depois de se tirar o ponto, o segundo de Clinica, que será feito em
um dia, e repetido no outro, o mais proximo que poder ser; para os
Medicos o primeiro exame será de Pathologia interna, e o segundo
de Clinica Medica; e para os Cirurgiões, será o primeiro exame de
Pathologia externa, e o segundo de Clinica Cirurgiea.
^Art. 209. Os pontos de Pathologia interna, ou externa, nunca
serão menos de vinte e quatro, e devem ser feitos pelos Lentes das
respectivas Cadeiras. Cada um d'estes pontos conterá 1res moléstias,
Legislação 299

e a descripçao Anatómica de uma parte do corpo humano, que te-


nha analogia i oui alguma .las dietas moléstias; devendo além d'isso
o ponto de Pathologia externa conter mais uma operação Cirúrgica
análoga ás moléstias do ponto. 0 examinando tirará um d'estes pon-
tos na presença do Examinador nomeado Presidente, e do Secreta-
rio da Eschola.
Art. 210. 0 primeiro exame, ou o de Pathologia durará hora
e meia; perguntando cada Examinador meia hora; —o Presidente
também pergunta. 0 examinando será obrigado a executar no Cada-
ver a parte practica do ponto, se os Examinadores assim o exigirem,
em cujo caso o exame poder-se-ha prolongar mais o tempo, que
n'isto se passar. Os Examinadores farão perguntas variadas sobre o
objecto do ponto, e poderão além d'isso fazel-as sobre as generali-
dades Ba sciencia, indispensáveis a quem se dedica á sua practica.
Ari 211. O segundo exame, ou de Clinica será feito sobre a
observação de 1res doentes, escolhidos pelo Presidente em qualquer
Enfermaria do Hospital, 0 examinando os observará, e lhes tinira a
historia na presença dos Examinadores; e depois cada um d'estes
perguntará à cerca do Diagnostico, causas (la moléstia, Prognostico.
Tractamento, alterações Phathologicas, etc. de cada um dos doentes.
Este exame durará 0 tempo, que os Examinadores julgarem conve-
n i e n t não podendo todavia na parte respectiva ás perguntas pro-
longable a mais do que a hora e meia, pertencendo lambem a cada
Examinador somente meia hora.
Art 212 No fim do primeiro exame os Examinadores votarão
,,„ escrutínio secreto com m A. o R = , e o resultado será escrínio
d0 , dote modo: = A.A.A. =approvado plenamente - A.A.R. -
approvado = A.R.R.= ou = R.R.R.= reprovado. 0 examinando, que
sair reprovado n'esta votação, não poderá fazer o segundo exame.
A votação do segundo exame, que deve ser feita no ultimo dia, no
um do exame repetido, será feita pela mesma forma, que a do pri-
meiro, e seu resultado enunciado do mesmo modo. O examinando,
que sair reprova-lo, não poderá requerer novamente exame, sem
passar um anno; aquelle porém que sair reprovado no segundo exa-
„,e, Mear-lhe-ha valendo a approvação do primeiro, que
repetido no caso de novamente se examinar.-0 exam.nando re-
provado levantará a quantia depositada.
Ktí 213. 0 Secretario assistirá ás votações, e escrevera em
Livro próprio os Termos dos Exames, e seu resultado pelo modo
que t i c dicto, e conforme ao Modelo n.» 15. Estes .ermos serão
assignados pelos Examinadores respectivos, e por elle Secretario.
Ari. 214 Ao Approvado n'estes exames passar-se-ha uma Carta
300 Escola Medico-Cirurgica do Porto

«m nome do Director, e do Conselho Escholar, assignada pelo Di-


rector, e Secretario, e pelo Impetrante, selloda cem o sello grande
da Esohola, e conforme ao Modelo n.° 16: n'esta Carta irá declarada
a rmalilicação, que obteve nos seus exames; que será de —Appro-
vndo plenamente —senão teve H. algum; e de — Approvado — se
em alguma das votações não teve somente A.
Art. 215. Todas as despesas de feitio da Carta, emolumentos
do Secretario, sello publico, etc., sairão da somma depositada, sem
que o Medico, ou Cirurgião approvado tenha mais despesa com a
sua Carla.
Ari. 216. O Thesouieiro da Eschola no acto do deposito, além
do Documento que deve acompanhar o requerimento ao Director,
passará ao examinando um recibo da quantia depositada. Ambos
estes Documentos serão conformes ao Modelo n.° 17.

TITULO II.

Dos Pharmaceutics habilitados em Paizes Estrangeiros.

Art. 217. Os Pharmaceutics habilitados ern Paizes Estrangei-


ros, que perlenderem examinasse perante a Eschola Medico-Cirur-
gica do Lisboa, o poderão fazer, requerendo, no Director, e instruindo
os seus requerimentos: 1.» com Documentos authenticos, que mos-
trem acharem-se elles n'esses Paizes legalmente habilitados para
«xercerem a Arte de Pharmacia: 2.» com um Attestado de identi-
dade de pessoa, passado pelo Consul, ou Auctoridade respectiva :
3.o com um Documento, que prove ter depositado na mão do Thesou-
reiro a quantia de vinte o quatro mil réis (Decreto de 3 de Janeiro
de 1837, Tabeliã dos emolumentos).
Art. 218. 0 modo e forma d'estes exames, o Jury especial que
os devo julgar, as matérias que ca devem constituir, e a maneira
da votação, e seu resultado será feito mesmo modo, e guardando
tudo que se acha disposto para os exames dos Pharmaceutics do
Iteino, que não estudaram na Eschola.
Art. 219. Ao approvado se passará uma Carta assignada pelo
Director, Secretario, e pelo Impetrante, sellada com o sòllo grande
da Eschola. e conforme ao Modelo n." 16: o feitio d'esta Carta, e
mais despesas na Eschola serão deduzidas do deposito, o qual será
feito pelo mesmo modo que liça disposto no Artigo 216 d'esté Re-
gulamento, o levantado pelo examinando no caso de reprovação.
Legislação 301

TITULO III.

Dos Cirurgiões que pertendem curar de Medicina.

Art. 2'20. ils Cirurgiões approvados antes do Alvará de 25 de


.íuiiiio de 1825, e os npprovados depois d'essa époclia, se examina-
rão pela forma que era de costume antes d'elle, e poderão fazer
exame para curar de .Medicina perante a Eschola Medico-Cirurgiea
de Lisboa, requerendo ao Director, instruindo os requerimentos:
1.° com a sua Carta de Cirurgião: 2." com Attestado de identidade
de pessoa: 3.° com um Documento, que prove ter depositado na
mão do Thesoureiro a quantia de vinte e cinco mil réis (Decreto de
3 de Janeiro de 1837, Tabeliã dos emolumentos).
Art. 221. As disposições para estes exames serão em tudo
idênticas ás que se acharem determinadas para os exumes dos Me-
dicos habilitados em Paizes Estrangeiros no Titulo 1.°, Secção 5.»
d'esté Regulamento, á excepção porém do segundo exame, ou o de
Clinica Medica, que não será repetido nos Exames d'esles Cirurgiões,
como é nos exames dos Medicos.
Ari. 222. Ao approvado n'este exame a Eschola passará uma
Carta nssignada pelo Director, Secretario, e pelo Impetrante, sellada
com o sello grande da Eschola, e conforme ao Modelo n.<> 18; o
feitio d'esta Carta, e mais despesas na Eschola serão deduzidus do
deposito, o qual será feito pelo mesmo modo que fica disposto no
Artigo 216 d'esté Hegulamento, e levantado no caso de reprovação.
O Ministro e Secretario d'Estado dos N'egocios do Reino o te-
nha assim intendido, e faca executar. Paço das Necessidades, em
vinte e três de Abril de mil e oito centose quarenta. — RAINHA. =
Rodrigo <la Fonseca Magalhães.
S. R.
N I V E R S I D A D E DO PORTO
R E ITO R I A

MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS DO REINO

Mr. £:
Direcção Geral da Instrução Secundaria,Superior e Especial
1» Repartição
Desejando dar um publico testemunho darainhasympathia e
Referencia para com a Mação Brasileira,dispensando os seus
aturaes de formalidades que a outros estrangeiros sào exi­
idas;
Tendo em vista a proposta do Ministério dos Negócios Es­
rangeiros e a informação favorável da competente repartição
a Direcgao Geral da Instrução Secundaria»Superior e Especial
Conformando­se com o parecer da secção permanente do Conce­
lho Superior da Instrução Publica;
Hei por bem decrotar o seguinte:
Os individuo s habilitados com o curso secundário completo
eito nos estabelecimentos eficiaee da Republica dos Estados
nidos do Brasil são admittidos à matricula em todos os estab­
elecimentos de instrução superior de Portugal,sem necessidaa
e de fazer os três exames do curso lyceal,a que se refere o
rt.342 do dejreto de 29 de agosto de I905,nem dos exames de
ue tratam os artigos 4e « 52 do regulamento de 28 de agosto
889. 0 presidente M n do Conselho de Ministree»Ministro e
Tecretario de Estado dos Negócios de Reino,assim o tenha tn|
tendido e façaiexecutar.Paço,em 6 cie Setembro de 1910. REI ■ —
Antonio Texeira de Sousa»
Portaria
alterando as disposições do Regulamento
do Legado Assis

Tendo sido mandada ouvir a Procuradoria fierai da Coroa e Fa-


zenda sobre a fornia da applicação a dar ao legado instituído por
li Rita ile Assis de Souza Va/, a favor da Escola Medico-Cirurgica
do Porto;
E sendo os liscaes superiores da Coroa e Fazenda de parecer
unanime que, por haver manifesta impossibilidade de execução e
nos termos do artigo 1743.» do Código Civil, pôde ser alterada a dis-
posição da testadora, relativa aos pensionistas que vão estudar nas
(acuidades de medicina de Paris ou de Montpellier;
Conformando-me com o referido parecer;
Hei por bem, em nome de El-Rei. determinar o seguinte:
0 medico designado pela Escola Medico-Cirurgica do Porto, nos
termos do regulamento de 28 de fevereiro de 1884, estudará durante
dois annos, n'uma das Universidades indicadas no testamento, uma
especialidade medica menos conhecida no nosso paiz, sem obrigação
de defesa de theses ou doutoramento, devendo apresentar no seu
regresso um relatório sobre assunto pratico ou philosophico, impor-
tante para o progresso da sciencia medica ou para o aperfe.çoamento
dos melhodos de estudo.
.) Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Secrelano de
Estado dos Negócios do Reino, assim o tenha entendido e faça exe-
cutar. Paço em 25 de novembro de 1909 -PmNC.PE REOENTE.

W'enceslan de Sou:a Pereira Lima.


ESCOLA DE PHARMACIA

20
Escola de Pharmacia

PESSOAL

DIRECTOR

O DlHECTOR INTERINO DA ESCOLA MEDICA — Augusto Hen-


rique d'Almeida BrandSo ( ' ).

SECRETARIO

O SECRETARIO DA ESCOLA MEDICA— Thiago Augusto d'Al-


meida (')•

CORPO DOCENTE

DENTES EFFECTIVOS

Nuno Freire Dias Salgueiro. - Filho de Nuno Freire


Dias Salgueiro, natural do Rio de Janeiro, Estados-Unidos
do Brazil, onde nasceu a 13 de outubro de 1856.

(') Pelo an. 10.0 da Carta de lei de 19 de julho de 1902 desempe-


nham as funcçõe» de Director e Secretario da Escola de Pharmacia os len-
tes Director e Secretario da Escola Medico-Cirurgica.
308 Escola Medico-Cirurgica do Porto

K pliarniaceutico tie 1." classe pela Faculdade de Medi-


cina da Universidade de Coimbra.
Foi nomeado, precedendo concurso, professor do an-
tigo Dispensatório pharmaceutic»), annexo á Escola Medico-
Cirurgica do Porto, por decreto de 21 de fevereiro de 1894,
e tomou posse d'esté logar em 7 de março de 1894. Foi
transferido para a nova Escola de Pharmacia por decreto
de 27 de novembro de 1902, tomando posse em 17 de
dezembro do mesmo anno. Rege a 3. a cadeira, Pharma-
coterhnia e esterilizações.
É preparador de mineralogia do Instituto Industrial do
Porto, Director da Repartição de Contrastaria do Porto,
socio honorário da Sociedade Pharniaceutica Lusitana e
cavalleiro da Ordem de S. Thiago.

Morada — Rua «la Porta <ln Sol, 6.

Antonio Joaquim Ferreira da Silva. — Filho de Anto-


nio Joaquim Ferreira da Silva, natural de Cucujães, Oliveira
d'Àzèmeïs, onde nasceu a 28 de julho de 1853.
É bacharel pela Faculdade de Philosophia da Universi-
dade de Coimbra.
Foi nomeado lente da Escola de Pharmacia por decreto
de 27 de novembro de 1902, e em virtude do art. 14.° da
Carta de lei de 19 de julho de 1902. Rege a 4.a cadeira,
Analyses toxicológicas, chimica legal e sanitaria.
É lente da Academia Polytechnica do Porto, director
do Posto photometrico, chimico analysts do Conselho Me-
dico-Legal da circumscripção do Porto, presidente da Com-
missão teclinica dos methodos chimico-analystas, vogal do
Conselho do fomento commercial dos produclos agrícolas,
membro da Com missão internacional de analyses e da
Commissào internacional de unilicaçào de methodos de
analyse dos géneros alimentícios. Tem a carta de Conselho
Escola de Pharmacia 309

e é socio da Academia Real das Sáencias, da Real Aca-


demia das Sciencias exactas, physicas e naturaes de Ma-
drid, do Instituto de Coimbra, socio honorário da Sociedade
das Sciencias Medicas de Lisboa, da Sociedade Pharma-
ceutica Lusitana, da Real Associação Central de Agricul-
tura Portugueza, da Associação Commercial e Centro
Commercial do Porto.

PUBLICAÇÕES. — O reconhecimento analysta da cocaina


e dos seus saes. 2." ed. Porto, 1891.
O estado actual da questão do gonococco em medicina
legal. 2." ed. Porto, 1899.
O exame medico-legal das manchas de sangue e o me-
thodo de Uhlenhut (em collaboraçâo com o dr. Alberto
Aguiar).
O acido salicylico e a questão dos alcooes portuguezes
no Brazil (em collaboração com Pellet). Coimbra. Publi-
cação do Governo portuguez.
Chimica orgânica. 2." ed. Porto, 1900.
Chimica mineral. 3. a ed. Coimbra, 190:'».
Processos elementares de chimica anahjtica, mineral e
orgânica.

Morada — Rua de Santa Catliarina, 846.

Antonio Carvalho da Fonseca. - F i l h o de José Carva-


lho da Fonseca, natural de Vizeu, onde nasceu a l o de
setembro de 1866.
É pharmaceutic de 1.' classe pela Faculdade de Medi-
cina da Universidade de Coimbra.
Foi nomeado lente da Escola de Pharmacia do Porto
por decreto de 3 de setembro de 1903, tomando posse em
14 do mesmo mez. É proprietário da 1.» cadeira, Historm
Natural das drogas.
310 E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

Tem o curso de chimica industrial da Escola Hrotero,


de Coimbra, é Inspector technico do sello sobre as espe-
cialidades pbarmaceuticas, e foi nomeado, precedendo con-
curso de provas publicas, chefe de serviço pharmaceutico
do Instituto de Agronomia e Veterinária. É redactor da
Revista de Pharmacia e Chimica e socio da Sociedade
Pharmaceutica Lusitana.

PUBLICAÇÕES.— Vinhos medicinaes (1903).


Analyse e acção therapeutica do leite d'itma cabra
sitbmeltida ao tratamento do iodeto de potássio (1900).
Cravagem do centeio (in Revista de Chimica pura e
applicada, 1905).

Morada — Avenida Antonio Augusto d'Aguiar, 60, 1.°-D. — Lisboa.

Alberto Pereira Pinto d'Aguiar. — Foi nomeado, prece-


dendo concurso, lente cathedratico da Escola de Pharmacia
por decreto de 25 de junho de 1904, logar de que tomou
posse em 5 de julho do mesmo anno.
Rege a 2. a cadeira, Chimica pharmaceutica.
(Vide pag. 10).

LENTE SUBSTITUTO

Eduardo Augusto Pereira Pimenta. — Filho de Eduardo


Pereira Pimenta, natural do Porto, onde nasceu em 7 de
janeiro de 18()5.
Diplomado pela Escola Medico-Cirurgica do Porto, onde
concluiu o curso de medicina pela defeza da dissertação
em 30 de julho de 1889, e concluiu o curso de pharma-
ceutico de l. a classe na mesma Escola em 2 de julho
de 1887.
Foi nomeado, precedendo concurso, lente substituto
Escola de P h a r m a c i a 311

da Escola de Pharmacia do Porto por decreto de 25 de


junho de 1904, tomando posse d'esté logar em õ de julho
do mesmo anno. Tem regido, no impedimento do lente
proprietário, a 1." cadeira, Historia natural das drogas, o
em virtude do art. 104.° do Reg. rege o curso auxiliar de
Deontologia e legislação pharmaceutica.
É capitão-medico, socio correspondente da Associação
dos Archeologos e architects civis portuguezes e da Socie-
dade de Geographia. É official de S. Thiago, tem a meda-
lha de comportamento exemplar e é cavalleiro da Ordem
militar de Aviz.

DISSERTAÇÃO INAUOURAL'. — Resecções sub-periosseas.


(Porto, 1889).

DISSERTAÇÃO DE CONCURSO. — Saccharomyces cerevisiu


— Fermento iherapeutico. (Porto, 1903).

PUBLICAÇÕES DIVERSAS.-— DelirtQ dos impaludados. —


Opúsculo. (Porto, 1903).
Uma variante das febres palustres. — Kstudo apresen-
tado ao Congresso Nacional Colonial de 1903. (Edição da
Sociedade de Ceographia).
Duas palavras acerca da tuberculose. Conferencia pu-
blicada pelo Instituto Portuense de Estudos e Conferencias.
(1900).
Hygiene na Africa Oriental portugueza (in A Medi-
cina Militar).
A febre gastro-biliosa de Goxane (in Gazeta Medica do
Porto). .
A peste. Conferencia publicada na revista A Mediana
Miíitar.
Consequências do methodo experimental. Oração inaugu-
ral do anno lectivo de 1900-1907.
Morada — Cadouços, 23 —Foz.
312 E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

PESSOAL AUXILIAR

SECRETARIA

SECRETARIO —Thiago Augusto d'Almeida.


— Norberto Teixeira da Silva.
ESCRIPTURARIO
SERVENTE — Antonio José Ferreira.

LABORATÓRIO CHIMICO

DIRECTOR — 0 lente da 2." cadeira, Alberto Pereira


Pinto d'Aguiar.

PREPARADOR — Annibal Augusto Cardoso Fernandes


Leite da Cunha. — Filho de Antonio Cardoso Leite da
Cunha, natural do Porto, onde nasceu em 8 de setembro
de 1868.
Pharmaceutic diplomado pela Escola Superior de
Pharmacia do Porto, onde concluiu o curso em 29 de ju-
lho de 1904.
Foi nomeado, precedendo concurso, preparador da Es-
cola de Pharmacia do Porto por decreto de 18 de setem-
bro de 1905, tomando posse d'esté logar em 3 d'oulubro
do mesmo anno.

PUULICAÇÕES — Os granulados pharmaceuiicos.


Generalidades sobre a analyse quantitativa e sttus ap-
plicações.

Morada — Una dos liragas, 163.

SERVENTE — Antonio José.


Escola de Pharmacia 313

LABORATÓRIO PHARMACEUTICS

DlBECTOH — 0 lente da X.a cadeira, Nuno Freire Dias


Salgueiro.
PREPARADOR —Annil>al Augusto Fernandes Leite da
Cunha.
SERVENTE — Antonio José.

BIBLIOTHECA

— O lente substituto Kduardo Augusto


BIBLIOTHEGARIO
Pereira Pimenta. Nomeado interinamente por decreto de
22 de fevereiro de 1907.

QUADRO DO PESSOAL DOCENTE

DIRECTOR

Augusto Henrique d'Almeida Brandão

PROFESSORES PROPRIETÁRIOS

CADEIRAS
NOMES
N," Titulo

1a Historia natural (las dro-


gas Posologia . . . • Antonio Carvalho da Fonseca.
2,- Pharmacia ohtaica, ana- ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^

*' '''IS1"1''1"665161'1" Nuno Freire Dias Salgueiro.


TO XÍ ChÍmÍCa
^ e Íifaria ' T Í . Antonio ..oaqui.» Ferreira da Silva.
314 Escola Medico-Cirurgica do Porto

PROFESSOR SUBSTITUTO

Eduardo Augusto Pereira Pimenta

LENTE DE MATERIA MEDICA DA ESCOLA MEDICO-CIRURGICA

0 lente de materia medica da Escola Medico-Cirurgica tem na


Escola de Pharmacia as seguintes attribuicVs:

— Preside aos exames geraes do curso de pharmacia (ait.


65.° do regulamento).
— Faz parte do Conselho Escolar (art. 87.» do regula-
mento).
— Preside nos exames de pharmacia, 2.» classe, período
transitório {Diário do Governo, n.° 48, de 3 de marco
de 1!)03).

DISTRIBUIÇÃO DAS CADEIRAS


PELOS ANNOS

l.o anno

I— 1.» cadeira — Historia natural das drogas. Posologia.


II - 2.» cadeira — Pharmacia chimica, analyses microscópicas
e chimicas applicadas A medicina e a
pharmacia.
Pratica nos respectivos laboratórios.

2.0 anno

I — 3. a cadeira — Pharmacotechnia e eslerilisacDes.


II—4.a cadeira —Analyses toxicológicas, chimica legal, alte-
rações e falsificações de medicamentos
e alimentos.
III —Curso auxiliar—Deontologia e legislação pharmaceutic*.
Escola de P h a r m a c i a 315

DOCUMENTOS NECESSÁRIOS
PARA AS MATRICULAS

I anno

— Certidão do approvação nos seguintes exames:


l.o— Chimica inorgânica;
2.° —Analyse chimica e chimica orgânica;
3.° —Botânica.
listes exames deverão 1er sido feitos na Faculdade de Philoso-
phla, Escola Polytechnica ou Academia Polytechnica.
— Certificado de approvação no exame de validação de pratica.
— Attestado em que provem não solTrer de doença contagiosa,
nem possuem defeito ou deformidade physica incompatível com o
bom exercício da pratica pharmaceutic».

II anno

Certidão de approvação nas cadeiras do 1.» anno.

*
* *

Período t r a n s i t ó r i o

Os aspirantes de pharmacia, segundo a lei de 12 de agosto do


1854 que tiverem seis annos de pratica, podem matricular-se no l.o
anno'do curso (artigo 137 do regulamento de 27 de novembro de
1902), apresentando os seguintes documentos:

1 «-Requerimento com o nome, filiação e naturalidade (fre-


guesia, concelho e distric.o), bem como a idade e residência no
Porto;
2."— Certidão de idade;
3.0-Attestado de bons costumes passado pelo administrador
do bairro ou concelho;
316 Escola Medico-Cirurgica do Porto

4.0 —Certidão de approvacão no exame de instrução pri-


maria ;
5.0 _ Certidão de approvacão no exame singular de francez
Ou inglez;
G.» —Certidão de approvacão no exame singular de arithme-
tica;
7.° —Certidão de approvacão no exame singular de physica;
8.0 — Certidão de seis nnnos de pratica pharmaceutica.

Para matricula no 2.» anno terão de apresentar certidão de fre-


quenoia nas cadeiras do 1." anno.
Aos aspirantes de pharmacia que tiverem sete ou mais annos
de pratica é facultada a assistência em todas as cadeiras da Escola
{artigo 138.o do citado regulamento), mediante apresentação dos
documentos acima indicados, substituindo-se a ultima certidão pela
de pratica de sete annos.
Os acluaes pharmaceuticos podem matricular-se nas cadeiras
do l.o anno do curso (artigo 21.« da Carta de lei de 19 de julho de
1902), apresentando os seguintes documentos:

1." — Carla de pharinaceutico, ou respectiva publica-fórma, por


qualquer das três Kscolas do continente do reino;
2." — Attestado em que provem não sotlrer de moléstia conta-
giosa nem possuir defeito ou deformidade physica incompatível com
a disciplina escolar.

Para matricula no 2.» anno, certidão de approvacão nas cadei-


ras do I.» anno.

A todos os requerimentos será collada a estampilha de 5$785


réis por cadeira.
Escola de Pharmacia .'il 7

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318 Escola Medico-Cirurgica do Porto

LIVROS DE TEXTO ADOPTADOS


NO ANNO LECTIVO DE 1909-1 íilo

l. a CADEIRA

Historia natural das drogas. — Posologia

Louis PLAXCHOX. Précis de Matière médicale. 2 vol — P a -


ris, 1906.
COLLIN. Précis de Matière médicale. Ultima edição.
MAURICE THOUNESSIN. Précis de microchimie végétale. —Va-
ris, 1904.
PELTBISOT. Les application» courantes du microscope. — 1907.

2.a CADEIRA

Pharmacia chimica, analyses microscópicas e chimicas applicadas


á medicina e á pharmacia

F. GHOLAS ET 15. MOREAU. Précis de pharmacie chimique. 1 vol.


— Paris, 1902.
N. SCIIULZ. Aide-mémoire de chimie physiologique', traduit par
1'. \ . (IOURAND — Paris, 1906.
ALUERTO D'AGUIAR. Questões de urologia. 1 vol. — Porto.

3." CADEIRA

Pharmacotechnia e esterilisações

EDMOND DUPUV. Pharmacie galénique. 2 vol. —Paris.


E. GÉRARD. Précis de Pharmacie galénique. 1 vol. — Paris.
G. Roux. Technique hactérioscopiqne. 1 vol. — Paris.
E. GÉRARD. Technique de stérilisation à l'usage des pharmaciens.
1 vol. — Paris.
Escola de P h a r m a c i a 819

4." CADEIltA

Analyses toxicológicas, chimica legal, alterações e falsificações


de medicamentos e alimentos

FERREIRA DA SILVA (A. .!.)• Primeiros elementos de chimica ana-


lytic», mineral eoryanicu:
L — Analyse qualitativa. 3. a edição — Porto, 1904.
II. —Analyse quantitativa. 8.» edição — Porto, 1907.

FoNZES-DlACON. Traité" de toxicologie. — Paris, 1903.

Manuel suisse des denrées alimentaires; méthodes d'anal y s, et


données sur Vappréciation des denrées alimentaires et objets d'usage
domestique. — Herne, 1900.

Trabalhos da commissão encarreijada do estudo e unificação dos


methodos de analyse dos vinhos, azeites e vinagres, nomeada pelas
portarias de U de dezembro de 1895 e 14 de novembro de 189«, a guê
se refere a portaria de 31 de agosto de 1901. - Lisboa, 1903.

Trabalhos da commissão technica dos methodos chimico-analyli-


cos; modificações, correcções e esclarecimentos ia instructs para a
analyse dos vinhos, vinagres e azeites, approvados por portarta de 31
de agosto de 1901. — Lisbon, 1905.

lnstrucções regulamentares para a fiscalisuçiio do leite e dos


lacticínios, approvados por decreto de 14 de setembro. - Lisboa, 1900.

Organisa**, dos serviços de fomento commercial dos produetos


agrícolas, approvada por decreto de 28 de julho de 1905.-Lis-
boa, 1906.
320 Escola M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

ALUMNOS MATRICULADOS
NO ANNO LECTIVO DE 1909-191Ò

»T Nomes, filiações c naturalidade


r 2

CURSO SUPERIOR
1.o anno

1 João Alves da Silva, Alho de Agostinho da Silva Azevedo,


natural de Paço de Souza, concelho de Penafiel, distri-
cto do Porto.
2 Francisco d'Oliveira e Souza Pombeiro, filho de Joaquim
d'Oliveira Pombeiro, natural de Vizella, concelho de tini-
marães, districto de Draga.
8 Cândido José de Carvalho, filho de Domingos José de Car-
valho, natural de S. Thíago de ltiba d'UI, concelho d'Oli-
veira d'Azemeis, districto d'Aveiro.
i ; Luiz Teixeira de Moraes Junior, filho de Luiz Teixeira de
Moraes, natural du Porto,
5 José Maria Ribeiro da Cunha, filho de José liibeiro da Cu-
nha, natural de Arnoia, concelho de Celorico de Dasto,
districto de Draga.

2." anno

1 Manoel de Sá Leão Pimentel, filho de Antonio José de Sá


Leão Pimentel, natural do Porto.

PERÍODO T R A N S I T Ó R I O
Alumnos de 2.a classe —Gurso completo

1 João Pinheiro, filho de Vasco Antonio Pinheiro, natural do


Porto.
2 Fernando Morgado, filho de Dosa Maria Morgado, natural de
Roriz, coni-.elho de Rarcellos, districto de Draga.
Escola de P h a r m a c i a 321

PONTOS PARA EXAME

CURSO SUPERIOR

I ANNO

1.' cadeira (Historia natural das drogas)

Parte pratica:­rí,» — Analyse do pó de quina amarella e cin­


zenln.
2.° — Analyse d'uni pó de estramonio.
• t.1 —Ensaio d'um óleo de ligados de bacalhau.
4.° — Colorarão dupla d'um bacillo.
Parte thcoricu: — 1.° —Quinas, ipecas e café.
2.° — Solanaceas.
o\° — Leite e seus fermentos.
4.« —Algas cyonophyceas (Bactérias), Fermentação, C ravagem
do centeio.
2." cadeira (Pharmacia chimica)

Parte pratica: — 1." — Ensaio e pureza d'um cacodylato; dosa­


gem do ferro em um medicamento ferruginoso.
2.'o ­■ Preparação do iodofonnio; titulo de uma agua oxygenada.
3,<i _ Ensaio d'uni salol; dosagem d'uma anlipyrina.
4.0 — Dosagem d'uni b yd rato de chloral: preparação do bromo­
formio.
,­,,,_ Dosagem d'um iodo; preparação do bModeto de mercúrio.
Parte tlieoriea: — l.o— Kerro e arsénio; compostos chimicos
destes elementos; sua acção physiologica e doses; estudo especial
dos compostos orgânicos do ferro e arsénio.
2,« — Antiseplicos chimicos; funcções cliimicas a que pertencem;
seus principaes representantes; acção physiologica e doses; estudo
especial do chloro, da agua oxygenada e dos plienoes antisepticus.
8.0 ­Antithermicos chimicos; funcções chimicas a que perten­
cera, seus principaes representantes, acção physiologica e doses;
estudo especial do acido salicylico; seus saes e etheres, e da anti­
pyrina.
21
322 Escola Medico-Cirurgica do Porto

4.0 — Anesthesicos e hypnoticos chimicos; sua classificarão


ehimica; principaes representantes; acção puysiologica e doses;
estudo especial dos etheres anesthesicos ; das sulphonas e da raor-
phina.
5.0 — Iodo. mercúrio e cálcio; seus respectivos compostos ptuir-
maceuticos; acção physiologica e doses; estudo especial dos Iode tos;
combinações orgânicas do mercúrio e glycerophosplialo de cálcio.

II A N N O

3. a cadeira (Pharmacotechnia)

Parte pratica: — l.o Xarope de hydrato de chloral. . 100 gr,

A parte:

Glycerado de iodeto de potássio 30 gr.

Á parte:

Pós d'ipéca compostos . - gr.


Para 1 capsula amylacea —n." 8

2.0 limulsão cyano-hydrargirica 1 !0 gr.

\ parle:

Pomada de oxydo de mercurio composto 2U gr.

Á parte:

Massa dos pílulas de acetato de chumbo opiadas . . J gr.


Divida em 10 piltilas.

8.o Infuso de senne composto 160 gr.

Á parte:

Pomada citrina . . . . 50 gr.


Escola de P h a r m a c i a 323

Á |iarte:

Vinho antimonial 100 gr.

4.o Xaro[>e iodo-tannico 1(H) gr.

Á parle:

Cosimenlo de quina composto 200 gr.

A parte:

Emulsão de óleo de rícino . . . 150 gr.

5." Linimento caleareo 100 gr.

A parte:

Soluto de pyrophosphate de ferro e soda 100 gr.

A parte:

Laranjada citro-magnesica 200 gr.

Pprte theorica :
l.o Formas pharmaceutics obtidos por distillação, Processos ge-
raes de esterilisação.

2.o Extractos. Filtrações e aseptisoçao pelo calor.

8.o Sabões. A segunda classe das operações pharmaceuticas. Este-


rilisação pelos agentes chlmicos.

1... operações pharmaceuticas. Aseptisação pelo calor e pela filtrarão.

5.0 pomadas. (Heos medicinaes. Noções geraes sobre fermentações.


324 Escola M edico-Cirurgica do Porto

4.'1 cadeira (Toxicologia)

Parte pratica:

j Pesquiza do phosphoro n'uni leite.


Doseamento da gordura e do extracto do leite.

( Pesquiza do arsénio n'umn farinha.


I Analyse summaria de um vinlio.

( Pesquiza do mercúrio em materia suspeita.


\ Analyse summaria de um vinagre.

I Pesquiza da estrychnina n'uni alimento suspeito.


Determinação da dureza (total, permanente e temporária) de
uma agua.

<r: Pesquiza do chloroformio em matérias suspeitas,


nalyse summaria d'uni azeite.

Parte theorica:

I Toxicologia do pliosphoro e dos venenos voláteis.


' | Analyse do leite.
I Clilorometria.

I Toxicologia do arsénio.
Analyse dos vinhos.
Acidimetria e suas principaes applicações.

I Toxicologia do chumbo, cobre e mercúrio.


111
i Analyse do vinagre.
| Oxydimetria.

I Toxicologia da estrychnina e da morphina.


Analyses das aguas potáveis.
Alcalimetria e suas principaes applicacSes.

E X A M E S GERAES

2.» C L A S S E ( P e r i o d o transitório)
Vidé Anitnario d* tgoS'tçoç.
Escola de P h a r m a c i a 325

RESULTADO DOS EXAMES

CURSO SUPERIOR

l.o a n n o
Cadeiras
NOMES
1." 2."

Approvado Approvado s
com 14 vol." com 14 val.
José Mariu Ribeiro da Cunha. . . • Distinclo Distinclo
com 17 vai.» com 18 vai.»

2.0 a n n o
Cadeiras
NOMES

Manoel de Sá Leão Pimentel. Approvado Distinclo


com 18 vai.? I com 1C vai.»

Exames geraes

NOMES

Manoel de Sá I.eão Pimentel. Licenceado

PERÍODO TRANSITÓRIO

4 oad c ' i ]'.• 1 ^

Classificações tin.ie.
NOMES

Approvado com 11 vai.»


Approvado com 11 vai.»
326 Escola Medico-Cirurgica do Porto

Exames vagos — (Praticantes de Pharmacia)

Dia» dos
Nomes
| exames Observações

1 Victor de Souza 9-11-909 B-16 Port.»J5-10-909


2 Antonio José da Silva . . . 9-11-909 Ii-15 Port.» 29-10-909
8 Amarino Pereira Castilho. . 10-12-909 li.
4 Jayme Monteiro da Silva . . 18-12-909 H.
5 Arthur d'Aluieida . . . . 18-12-909 S-12
6 José Gomes Moreira . . . 21-12-909 S-11
7 João Chrysoslimo P e r e i r a
líarroso 21-12-909 S-13
S Gaspar Peres de Castro . . 21-12-909 S-14 ! Port.» 10-7-909
9 Américo Pereira dos Santos. 21-12-909 S-12 Port.» 8-7-909
10 Albertino Augusto Teixeira . 15-2-910 S-14 Port.» 27-12-909
11 José Ignacio Teixeira . . .15-2-910 S-12 Port.» 18-12-909
12 José Araujo Moreira . . . 24-2-910 8-12 Port.» 31-1-910
13 Antonio Teixeira da Silva . 5-3-910 S-12 I 1.» classe
14 Anthero Maria Carneiro Cha-
ves 23-4-910 S-13
15 José Antonio Pereira . . . 23-4-910 S-11 Port.» 15-5-909
16 António da Costa Gomes!
d'Abreu Magalhães liran-
«lão 2(1-4-910 S-11
17 Francisco Xavier Loureiro . 26-4-910 S-13 ! Port.» 19-11-909
18 Arnaldo José Miranda de Har-
ros 27-4-910 S-11 Port.» 23-2-910
19 Alfredo Hray Pinheiro da .'ilva, 27-4-910 s-ll
20 Olyntho José Coutinho da Nó-
brega 23-7-910 S-18 !
21 Miguel dos Santos Moraes . 23-7-910 S-13
22 João de Mattos Cordeiro . .' 25-7-910 11-15
23 Manoel dos Santos Pereira
Hrazão Junior . . . . 25-7-910 S-12
24 Manoel Pinheiro 26-7-910 S-12
25 Armando Ivo Guerreiro . . 26-7-910 S-14
26 José d'Andrade 27-7-910 S-ll Port.» 11-5-910
27 Joaquim Monteiro Coelho. . 27-7-910 S-11 Port.» 11-5-910
28 Maximino Augusto Sampaio . 28-7-910 H-15 Port.» 1-3-910
29 José d'Aluieida e Costa . . 28-7-910 S-13
30 Herculano Cesar da Fonseca. 29-7-910 s-12
31 António de Jesus Lopes . . 29-7-910 S-lOl
PROGRAMMAS
DA

Escola Superior de Pharmacia

PROGRAMMA DA 1." C ADEIRA

Historia natural das drogas —Posologia

PRELIMINARES

1 a licçSo­DeflniçOes­Matéria medica e sclenclas connexas.


l>lano peral do estude das drogas. Objecto d'esté estudo.

PARTE GERAL

■> ■
.i licção ­ Origem geográfica .los product» e seu reconheci­
mento­Sua distribuição nas dilTerentes regiões da terra; cultura,
colheita e preparação. C aracteres geraes das drogas. _
3.a licção­Drogas e princípios activos ­ l.ocalisaçao dos prin­
Clnlos activos. Falsificações das drogas.
4 . licção ­ Estudo geral dos grupos de produetos.
o!» licção­Acção therapeutic» das drogas_Drogas pharma­
ceuUcas e drogas pharmacotechnicas.
P A R T E ESPECIAL

6 a lição­C ogumelos­Agarico branco C ravagem de centeio.

Levedura de cerveja. AccBee das dilTerentes leveduras.


32S Escola Medico-Cirurgica do Porto

7.» licção — Applicações á pharmacia do estudo das inucidineas .


Vegetações dos hydrolatos e das soluções chimicas.
8.» licção — Bactérias -Applicações pharmaceutieus.
9.» licção —Algas e Cryptogam iças vasculares—Musgo de Is-
lândia. Musgo de Córsega. Uchen de Islândia. Feto macho. Capillarias.
Lycopodio.
10.» licção—Productos das coníferas. Gommos de pinheiro. Te-
rebentinas. Essência de terebentina. Terpina. Terpinol. Bagas de
zimbro. Óleo essencial de sabina. Óleo de cade.
11.» licção - Productos das grumineas. Gramma. Canna da Pro-
vença. Canna de assucar. Amidos e farinhas. Gramíneas toxicas.
12.» licção-Productos das liliaceas. Aloes. Seilla. Rate de es-
pargo. Salsaparrilha. Lyrio convalle.
13.» licção- Productos das colchicaceas. Colchico. Elleboro
branco. Cevadilha. Productos das irideas. Assafrão. Productos das or-
chidiaceas. Haunilha e salepo.
14.« licção- Productos da salicineas. Gommos de choupo. Casca
de salgueiro. Productos das cupiiliferas. Galhas. Productos das ju-
glandeas. Folhas de nogueira.
15.» licção —Productos das cannabiaceas. Cones de lúpulo. Câ-
nhamo indico. Pelos cystolithicos o cystolithos da parietaria. Amo-
reiras. Conlrayerva. Caoutchouc dus arlhoearpeas.
16.» licção —Productos das euphorbiaceas. Sementes de IJi-
phorbia Uthyris. Sementes de croton. Sementes de rícino. Óleos de
croton e de rícino. Kamala.
17.» licção-Productos das santalaceas. Essência desandai...
Productos das laurnceas. Camphora e seus derivados. Canellas. Ma-
gas, folhas e sementes de loureiro. Essência de sassafraz.
18.» licção - Productos das myristicaceas. Noz muscada. Produ-
ctos das Piperitideas. Cubebas. Kolhas de matico. Pimenta preta.
Productos das polygonaceas. Rhuibarbos. Historia.
19.» licção - Productos das labiadas. Hortelã pimenta. Rosma-
ninho. Flores de lavandula. Tomilho. Folhas de melissa. Hyssope.
Marroyo. Caules folhosas da G/echoma heduacea.
20.» licção — Productos das escrophularineas. Digital. Verbascum
thapsus.
21.» licção — Productos das solanaceas. Caules de dulcamara.
Physalis alkekengi (fructos seccos). Belladona. Capsicina. Figueira
do inferno. Meimendro. Tabaco.
22.» licção — Productos das convolvulaceas. .lalapa ofllcinal.
Turbith. Escammonea. Productos das borragineas. Folhas de borra-
gem. Raiz do Symphytum Officinale. Raiz de cynoglossa.
E s c o l a de P h a r m a c i a 320

23.» licção — Productos das gencianaeeas. Raiz de genciana. Iv-


<|iiena centáurea. Productos das strychneas. Noz vomica. Fava de
Santo Ignacio. Falsa angusluria.
24.» licção - Productos das alck-piadeeeas. Casca de conriurango.
Productos das apocyneas. Scmonles de strophantus. Productos das
oleaceas. Mannn. Azeite.
25.» licção — Productos das styracineas. Benjoim. Productos das
loheliaceas. Lobelia inflata.
26." e 27.» licções — Productos das compósitas. Lactucariuin.
Flores da antennaria dioica. Folhas e summidades floridas da grin-
delia robusta. Flores do tussilagem. Ilerva lasneira. Arthemisia.
Absinthio. Flores de arnica. Caomomilla. Semen-contra.
28.» e 29. a licções — Productos das valerianaceas. Raiz de Vale-
riana. Productos das rubiaceas. Quinas. Ipecaquanhas. Cafe. Produ-
ctos das caprifoliaceas. Wburnun prunifolium. Folhas e flores de
sabugueiro.
30.a licção — Productos das umbelliferas. Cicutas. Raiz de Iha-
psia. Apiol. Assafetida. Gomma ammoniaca.
31.a licção — Productos das eucurbitaceas. Raiz de bryonia.
Coloquintidas. Sementes de abóbora. Productos das granateas. Ro-
manzeira.
32." licção —Productos das myrtaceas. Folhas de eucalyptus.
Cravos da Índia. Essência de eugenol. Productos das hammeli-
deas. Hammamelis da Virginia. Productos das droseraceas. Tintura
de drosera.
33.U licção - Productos das rosáceas. Rosa galhca. Oynorrno-
tions. Kousso. Folhas ,le rubus fructicosus. Folhas de louro cerejo.
Amêndoas doces o amargas. Raiz e rhizoma de morangueiro.
34.» e 35." licções - Productos das leguminosas. Gommas arabica
e adragante. Cachú. Sene. Canna (Ulula. Tamarindos. Ralsamo de
copahiba. liai/, de alcaçuz. Genista e sparteina. Ralsamos de Tolo e
do Peru. Fava de Calabar.
86 « licção - Productos das rhamnaceas. Cascara sagrada (cas-
ca) Productos das rutaceas. Folhas de arruda. Folhas de jaborandi-
Ouassia amara. Folhas o flores de laranjeira. Casca de laranja azeda,
37 a licção - Productos das linaceas. Sementes e farinha de Li-
num. Productos ria erylhroxileaceas. Folhas de coca e cocaina. Slo-
vaina. Productos das Tiliaceas. Flores do tilia.
38 a licção - Productos das m a l v a d a s . Flores, folhas e raiz de
*lthea; flores e folhas de malva. Algodão hydrophilo e medicinal.
Productos das esterculiaceas. Kola. Cacau.
89.« licção - Productos das guttiferas. Gomma guita. Productos
330 Escola M edico­Cirurgica do P o r t o

tins caryophylleas. Raiz de saponaria. Productos das polygaleaeeas.


Raiz de polygala. Ratnnhias.
40.­i licçào — Productos das bixaceas. Oleo de. chaulinoogra.
Productos das violáceas. Piores de violetas. Amores perfeitos. Kalsa
ipecaquanha. Productos das cruciferas. Sementes de mostarda preta
e branca. Raiz de rábano. C ochlearia.
41.a licção — Productos das papaveraceas. Flores de papoula.
Capsulas e ópio. Alcalóides do ópio. Preparações opiadas inscriptas
na pharmacopèa. Ouantivalencia d'essas preparações.
42.a licção— Productos das berberideas. Podophyllino. Productos
das menispermeaceas. Raiz de culumba. C oculo do Levante. Produ­
ctos das magnoliaceas. Radiana.
48.u licção — Productos das ranunculaceas. Raiz e Tolhas de
aconito. Pulsatilla. Adonis. Rhizoma de Hydrastis.

S U B S T A N C I A S DE ORIGEM A N I M A L

44.•■ licção — Medicamentos alimentou. Leite o seus derivados.


Képhir. Koumys.
45.­' licção —Suecos de carne. Peptcna. Gelatina. Ovos. Leeilhi­
nas. Oleo de fígados de bacalhau. Mel.
46.» licção — Fermentos solúveis. Pepsinas medieinaes. Pan­
creation. Kinases.
47.a licção — Medicamentos opotherapicos.
48.a licção — Serotherapia natural ou orgânica.
49.a licção — Outros productos animaes. Almíscar. C aslorerum.
Corno de veado. C antharidas. C ochenilha.
50." licção — Orientação actual da Pharmacognosia.

LICÇÕES P R A T I C A S

Histologia botânica especialisada á natureza dos apparelhos se­


cretores e á localisação dos princípios activos.
Analyse microscópica dos pós medieinaes.
Bacteriologia. Exame dos escarros. Pesquiza do bacillo de Koch.
Methodo differencial. Pesquiza dos microorganismos mais frequen­
tes. Methodo de Gram.
Ëxame das falsas membranas. Raeillo de Ldfller. Pesquiza do
Gonococco.
0 professor, regendo a f." cadeira,

1910­1911. Eduardo Augusto Pereira Pimenta.


Escola de Pharmacia 331

PROGRAMMA DA 2.a CADEIRA

Chimica pharmaceutica e analyses medicas

A — P a r t e theorica
i.a S E C ç A O - C H I M I C A PHARMACEUTICA

PRELIMINARES

Objecto da chiinica pharmaceutica, estudo dos medicamentos


Chimiços e sua classificação, em liarmonia com as divisões geraes
da chimica. Necessidade de conhecimentos do mecanismo chimico
da rida «io homem para a comprehensão dos etïeitos medicamento-
sos; importância da constituição chimica na determinação da acção
physiologica e therapeutica do medicamento, Idèa geral do medica-
mento; distincção entre as drogas mineraes, vegetaes e animaes e
n medican)ento chimico; princípios immediatos das drogas, especi-
ficidade chimica do medicamento; espécies chimicns.

I —MEDICAMENTOS MINERAES

a) Métalloïdes e seu» derivados—DjvisSo dos melalloides, se-


gundo a sua valência; Idôa geral da sua acção therapeutica. Estudo
especial <lo chloro, bromo, iodo, oxygenio e ozono, enxofre, carbono
e suas variedades pharmaceutics, phosphore, arsénio e antimomo.
;,; Derivado» acidou e neutro» dos métalloïdes —Sen papel the-
rapeutico, necessidade (p.asi geral da soliflcação dos métalloïdes
„ara a possibilidade do seu emprego medicamentoso; importância
Chimica «restes compostos. Estudo especial dos ácidos chlorhydnco,
.hlorico e hypochloroso; hromhydrico; iodhydrico; hyposulfuroso,
sulfuroso, sulfúrico e persulfurico; bórico; carbónico; azot.co; phos-
nhorico; arsenioso e arsénico e anlimonioso.
Estudo especial da agua, do peroxydo d'hydrogenio. dos todetos
d'enxofre e darsenio, dos sulfuretos de carbono, d'arsemo e d ant.-
monio; do protoxydo d'azolo e do chloreto d'ant.monio.
Aguas mineraes (classilicacão, «rincipaes aguas mmero-medi-
cinaes portòguezas).
332 Escola Medico­C irurgica do Porto

<■) Metats, seus oxt/dos e itues — C lassificação dos metaes se­


gundo a valência. Idêa geral da metallotherapia. Importância do
íonte rnetallico e da dissociação ionlica dos saes na acção physiolo­
gic» e therapeutica; fermentos metallicos. Kstudo especial da prata,
magnésio, zinco, cobre, mercúrio, ouro, bismulho, ferro, mangane­
sio, estanho e chumbo,
d) Oxydus metallicos —He» papel chimico e therapeutico. Es­
tudo especial da ammonia, dos oxydos de potássio, sódio, lithio,
cálcio, magnésio, zinco, mercúrio, bismulho, ferro, magnésio e
chumbo.
e) Sue* metallicos — Importância respectiva dos radicaes acido
e básico do sal na dolerminução do seu elleito physiologico on acção
toxica. Saes de potássio, sódio, lithio, ammonio, prata, baryo, es­
trôncio, cálcio, magnésio, cerio, zinco, cádmio, cobre, mercúrio, ouro.
bismulho, alumínio, chomo, ferro, manganez, nickel e chumbo.
i ) C o m b i n a ç õ e s s a l i n a s c o m m u n s : estudo especial dos
saes mineraes — chloretos, brometos, iodetos, sulfuretos, azotatos.
sulfatos, carbonatos e phosphatos, e dos saes orgânicos — acetatos,
valerates, lactatos, citratos, benzeatos, salycilutos d'estes metaes.
2) C o m b i n a ç õ e s s a l i n a s e s p e c l a e s : saes mineraes : lluore­
los, phosphoretos, silicatos, arsenitos. arseniatos. antimonitos, unti­
moniatos, permanganatos, persulfatos, perhoratos, vanadalos; sues
oryanicos: formiatos, oxalatos, cyanetos, cacodylalos, glycerophos­
phates, tannatos, peptonalos, albuminatos, etc.
3) C o m b i n a ç õ e s s a l i n a s c o m p l e x a s , como etol e eunatrol
(do sódio); protargol, argyrol. ichtargan, arginina. silberol, largina,
collargol (da prata), zincohemol, ektogan (do zinco;; cuprohemol
(do cobre); hydrargirol, phenogol, hermophenyl, enesol (do mercú­
rio); thioformio, airol, dermatol, dermol, bismutbol (.lo bismutlio), etc.

II — M E D I C A M E N T O S ORGÂNIC OS

1." Generalidades — Definição, noções d'analyse elementar dos


compostos orgânicos, origem dos medicamentos orgânicos, papel
importante de synthèse: as industrias chimicas.
Divisão dos medicamentos orgânicos segundo a série (acyclica,
cyclica e heterocyclica) e a sua funcção.
Noções sobre a estereochimica do carbono, suas ligações e
séries.
Homologia dos compostos orgânicos, grupos funccionaes.
Importância do conhecimento da constituição chimica.dos com­
postos orgânicos para a explicação do seu efleito physiologico.
Escola de Pharmacia H3ff

2.° Medicamentos da série oyclica:


n> Hydrocarbonetos e seus derivados — Noções da sua
classMcação e nomenclatura; origem e modo de formação. Estudo
especial das vaselinas, paraffinas, cldoroformio, bromoformio, iodo-
forcnio e productQS derivados.
h) Alcooes e derivados — liases da sua classificação se-
gundo a sua atomicidade e constituição (alcooes primários, secun-
dários e terciários), Estudo especial dos alcooes mettiylico, elhylico,
amylicos, da glycerina e da mannite.
c) E t h e r e s —Definição e distribuição chimica (etheres sali-
nos e oxvdos). Estudo especial do ether sulfúrico, dos chloretos,
brometos e iodetos de methylo e ethylo, ether acético, nitritos
d'ethylo e amylo, valerato d'amylo, trinitina, corpos gordos (gordu-
ras e óleos naluraes), lecitliinas.
ti) Aldehydes e acetonas — Kstudo especial do formol e
seus derivados (amyloformio, paraformio, etc.), aldehyde ordinário
e seus derivados (paraldehyde, bromai, chloral e hypnoticos deriva-
d o s - chloraloso, dorminl, hypnal, somnal, ural). Sulfonas: sulfon.il,
irional, tetronal.
e) A s s u c a r e s e polysaccharides — Hases da sua classifi-
cação e estruetura; propriedades opticas, fermentativas, alimentares
e therapeuticas. Estudo especial da glucose, saccharose, lactose,
amido, dextrina, cellulose, algodão e pyroxylo.
/ / Ácidos-Constituição e origem; bases da sua classificação
segundo a sua funeção, atomicidade e basicidade. Estudo especial
dos ácidos acético, trichloracetico. valerico; ácidos gordos ; aedos
láctico, tartarico e cítrico.
(/ ; Funcções azotadas — Noções summaries sobre a esle-
reocíiimica do azoto; generalidades sobre a natureza dos compos-
tos orgânicos do azoto (produetos de substituição, etheres. amidos,
nitritos, etc. Classificação e caracteres .las aminos, nitritos e ami-
das. Estudo especial do acido cyanhydrico, tormina e derivados (uro-
tropina, bromalina, saliformina, etc.); urethanos.
3 o Medicamentos ogcUcoa;
„) Hydrocarbonetos aromáticos - Noções geraes sobre
os carbonetos benzonleos, naph.alinicos e anthracenicos. Caracteres
e" constituição d'estes hydrocarbonetos; isomerins dos seu. deriva,
dos. importância medicamentosa de taes agrupamentos Estudo es-
pecial da benzina, naph.alina e hydrocarbonetos complexos, como
creolina, ichtyol, lysol, thiol, coaltar etc.
h) Hydrocarbonetos therebenicos s sous alooqes, aldeny-
334 Escola Medico Cirúrgica da Porta

des e ncelonas. Constituição e caracteres. Estudo especial do terpl-


nol, caiuphnra o vanilina. Essências, bálsamos e resinas vegetaes,
suas relações com os etheres o com ns carbonetos therolienicos;
classificação das mesmas. Estudo e preparação das principaes essên-
cias (anethol, apiol, eucaliptol. eucalipto], eugenol, menthol, pi pêro-
nol, etc.).
c) Phenoes — Caracteres chimicos, origem. Importância d'esta
funcção orgânica: seu papel antiseptico e subsidiariamente antither-
mico. Classillcação. Estudo especial do phenol, cresol, thymol, na-
phtoes, resorcina. gayacol e numerosos derivados, como o salol,
aseptol, nosopheno, salopheno, cordol, acido picrico. europheno,
xeroíbrmio, arislol, asaprol, henzonaphtol. etc.
d) Ácidos aromáticos — Classificação, isomerias e consti-
tuirão. Estudo especial dos ácidos benzóico, salicylico, camphorico,
gallico e tannico. Estudo especial dos seus etheres e derivados: or-
ihoformio, aspirina, salacetol, salicylatos de methylo e amylo, sano-
formio, airol, dennatol. galllcina, tannalbina, tannigenno, etc.
e) Aminas e amidas a r o m á t i c a s e seus derivados —
Classificação e caracteres; noções sobre as hydrazines aromáticas
e compostos azoicos; acção antinevralgica d'estes compostos. Es-
tudo especial da antifobrina, ("ormanilide, benzanilide, cetropheno,
exalgina, holocaina, lactophonina. phenacetina, saccharina, dulci-
na, etc.

4.0 Medicamentou heteroci/clicos — Caracteres dos principaes


grupos ou núcleos carbonados d'esta série: grupos do furftirano, do
thiopheno, do pyrrol, do pyrazol, da pyridina, da quinoleina, da pu-
rina, etc. Principaes representantes therapeuticos e seu estudo es-
pecial: analgena, antipyrina e seus derivados (iodopyrina, forropy-
rina, pyramidon. salipyrina, ele), eucaina. piperazina, pyridina, azul
de methylene, etc,

5." Alcalóides e i/lucosides vei/e/aes — Caracteres, funeções chi-


micas, importância d'esté agrupamento de compostos azotados. Pro-
priedades geraes, methodos d'extracçào. reacções geraes, constituição
dos alcalóides das solanaceas, da coca, da kola e suas relações com
os grupos pyridico e pnrico. Estudo especial dos alcalóides do ópio,
das quinas, das solanaceas, das strycbneas, das rubiaceas. ele. Prin-
cipaes pilucosides: digitaliria, convallamarina, strophantina, etc.

6.0 Albuminóides — Idea geral dos albuminóides, sua classifi-


cação e estruetura. Reacções geraes, pesquiza e dezagem: Impor-
Escola de Pharmacia 335

tancia do seu papel biológico; valor do seu papel pharmaceutics


Estudo especial da hemoglobina e derivados, da ovalbumina, caseína
e derivados, flbrina, gelatina, keratina, peptona e albumoses. Alguns
albuminóides therapeulicos: plasmou, nutrose. somatose, tropon.
gallodal, ele.

7.o fermentos tk«rap«uticoé*-làto. «ummarta 'las fermenU-


cões, suas variedades e importância, papel cliimico da sua acção.
Estudo especial d'alguns fermentos solúveis: diastase, pepsina, pan-
creatine, papaina. Fermentos vivos: a levurina. hl.-as geraes sobre
secreções internas e sobre opotherapia. Soros therapeulicos.

Nota - O estudo especial de cada medica-


mento é feito systematicaniente, estudando,
mais ou menos desenvolvidamente segundo a
sua importância, a sua origem, preparação,pro-
priedades physicas e chimica*. reacções, caraett-
res âe pureza e dosagem, indicação da acção
physiologic* e do efeito theivpeutíeo, posologia
,. ferma» pharmaceutical d'administraçâo.

2.. SECÇÃO-ANALYSES MEDICAS (')

I - E X A M E DA URINA

a) Elementos componentes da urina, composição por litro e


,,or 24 horas. Comparação entre os resultados analylicos dos urolo-
gistas estrangeiros e dos urologistas portugueses.
b) lù-ame qualitativo- Caracteres geraes da urina, determi-
nação da albumina, glucose, pigmentos biliares, indican, urobilin,
sangue e pus.

,, | E.» »» part, c Multo prejudicada pela escassez do temp-, c pela


vastidão do programma da chimica pharmaceuttca.
A S i c i l e . , p * m«i. * — V« feitas por esta Escola, à. eiun-
cia, J U r e , p r o ^ d o o deamembramemo dWa ^ 1 » , ^
pkarlcmtica mineral, arnica pharmaceutic* or,an,ca *cnm,ca * £
%, baseavam-se j a c e n t e na Imobilidade matena de poder n -
Z um en..no pronCUO en, tao curto tempo. A' cadeira de c h m n c o l o -
gic„, Situada „í. I m o an»o do curso, competma, como applicacâo. o
estudo dos líquidos orgânicos.
330 Escola Medico-Cirurgica do Porto

c) Exame quantitativo — Dosagem da urea, acido úrico, clilo-


retos, sulfatos (mineraes e conjugados), enxofre neutro, acidez e
phosphates.
d) Exame microscópico — .Sedimentos crystallinos (pliosphalos,
acido úrico e uratos, oxalates e carbonatos), sedimentos organisados
(ce)lulas, sangue, pus, cylJndros renaes, micróbios).
e) Resultados — Modos diversos de os apresentar: composição
por litro, composição por 24 horas, representação graphica. Rela-
ç5ea urológicas, coeflicientes urológicos individuaes.

II —EXAME DOS CÁLCULOS OU CONCREÇÕES

a) Origem dos cálculos— Urinários hepati-os, inteslinaes, bron-


chicos, salivares, concreções articulares e análogas, concreções
cutâneas. Idêa summaria da sua génese.
b) Cálculos urinários — Acido úrico, uratos, oxalatos, phosphate
de caldo, phosphate ammoniaco-magnesiano, carbonatos. Exame qua-
litativo surninario.

III — EXAME DO CONTEÚDO ESTOMACAL

u) Contendo gástrico — Suas variedades: vomito, líquidos gás-


tricos extrahidos por sondagem e refeições de prova.
b) Exame do conteúdo gástrico — Acidez, pesquiza e dosagem
do acido chlnrydrico livre, pesquiza da albumina e da peptona, da
glucose e dos productos intermediários da digestão dos amylaceos,
dos ácidos anormaes e exame microscópico summnrio.

t B — Parte pratica
Exercícios práticos feitos pelo professor durante a licção théo-
risa. Trabalhos práticos, feitos no Laboratório sob a vigilância e in-
dicações do preparador e constantes de: p r e p a r a ç ã o de medica-
mentos, como coloro, oxygenio; iodeln de mercúrio, da ferro, de
potássio; ferro reduzido pelo hydropenio; oxydo de ferro dyalisavel;
enxofre precipitado; ammoniaco; agua oxygenada; anhydrido carbo-
DÍco, chloroformio; iodoformio, chloral, salol, airol, dermatol ; e x -
tracções, como alcool de líquidos alcoólicos; acido cítrico do limão!
gayaeol da creosota, quinina da quina; tannino da noz de galho, etc.;
d o s a g e n s do chloral, agua oxygenada, glycerophosphates, acido
cyanhydrico, da aniipyrinu, etc.; determinação de p u r e z a dos
Escola de P h a r m a c i a 337

medicamentos, como iodelos, iodoformio, salol, sulfato de quinina,


acido cítrico, acido tartarico, acido salicyclico. alcool, chloroformio,
etc., etc. \
O lente da 2.' cadeira,
Alberto (VAguiar.

PROGRAMMA DA :i.a CADEIRA

Pharmacotechnia e Esterilisaçâo

PRELIMINARES

Definição de pharmacie. Definição do medicamento e sua clas-


sificação. Descripção dos processos geraes de dessienção e conser-
vação das substancias medicinaes indígenas e exóticas e das cousas
que .-(incorrem para os alterur.
Definição e exemplificação do que seja Hase e sua divisão.
Adjuvente. Intermédio. Excipienle ou vehiculo. Correctivo.
0 mie se deve entender n'iima prescripção medica por: Inscri-
pçSo. Inslrucção e Snbscripção.
N'oç5es aeraes acerca da Associação dos medicamentos. Estudo
das incompatibilidades sob diversos pontos de vista.
OPERAÇÕES P H A R M A C E U T I C A S

O que se deve entender por operações pharmaceuticas. Classi-


ficação segundo Ed. Dupuy e A. Astruc. Noções tl.eoricas e praticas
das operaçOes: Mechanicas. 1'bysicus. Chlniicas o Esterilisaçâo,
abrangendo esta o seguinte:
Microbiologia: Definição. Conhecimentos que esta sc.enc.a
abrange. Generalidades sob bactérias. Logar das bactérias na natu-
reza. OrganisaçSo geral e dimensões medias das bactérias. 1'ormas
principaes e typos morphologicos lundamentaes. Modos d.versos de
reproducção o de aggregação das cellulas bacterianas. Estudo das
principaes funecões das bactérias: respiração, nutrição e produetos
de secreção e de excresão. Funcções chromogeneas, fluorescigenea,
nhotogenea e diastosigenes. Produetos solúveis microbianos e sua
22
338 Escola Medico-Cirurgica do Porto

divisão. Polymorphisma microbiana. Classificação provisória das ba-


ctérias: morphologies e biológica. Substancias prejudiciaes ás bacté-
rias. Definição do que seja uma substancia antiseptica e a classifica-
ção, tendo por base: os metalloides, os saes muito oxygenados ou
pertencentes a certos metaes, as substancias orgânicas da série
gorda e da série aromática. Condições de variabilidade dp poder an-
tiseptico d'uma substancia.
O que se deve entender por equivalente antiseptico e como se
determina. Classificação de Miguel. Acção dos agentes physicos so-
bre as bactérias. Associações bacterianas. Acções chimicas produ-
zidas pelas bactérias. Construcção económica d'uma estufa para
culturas. Indicação das diversas espécies de micróbios que particu-
larmente se encontram no solo, nas aguas, no ar e no corpo dos
animaes.
FEn.MiiNTAijfjKs —Noções geraes sobro fermentações. Fermentos
solúveis: Diastases ou Enzymas. Estudo das propriedades geraes das
diastases. Divisão e estudo das diastases segundo o modo porque
cilas actuam, por Duclaux. Noções geraes sobre saccharoinyces ee-
revisies, abrangendo: Aspecto microscópico da levadura. exame da
membrana, do protoplasma e do nucléo. Modo de reproducção. .Nu-
trição e Respiração. I'oder fermento. Influencia que as substancias
chimicas exercem sobre a fermentação. Classificação de Dumas ba-
seada na acção que um grande numero de saes exerce sobre a fer-
mentação d'esta levaduca. Acção dos agentes physicos. Indicação
dos processos de diferenciação das levaduras. Applicação do estudo
das levaduras no fabrico da cerveja, do vinho e do pão.
DÀ ESTEIULISAÇÍO NAS SUAS APPL1CAÇÕES PHABMA.CEUT1CA8 —
Noções geraes sobre a esterilisação. Asepsia e antisopsia.
Estudo dos diversos modos de se obter a esterilisação pelos
agentes chimicos, por filtração, pelo calor secco e pelo calor húmi-
do. Methodo de esterilisação por tyndallisaçãe. Descripção e pratica
com alguns apparelhos usados na asepsia pelo calor secco e pelo
calor húmido. Filtração com velas de porcelana desengordurada, de
alumina e de porcelana d'amianto; vantagens e inconvenientes. Con-
dições que devem satisfazer para servir ao lim que se destina. Lim-
peza e esterilisação. Filtro Kitosato. Descripção e pratica com os
apparelhos para esterilisar e encher empolas de Eury e de .1. 1'oil-
lard.
Esterilisação dos produetos e das preparações pharmaceulicas
seguintes: Objectos de pensos, pós, aguas distilladns. soluções
aquosas e oleosas. Esterilisação da frasearia.
Escola de P h a r m a c i a 339

FORMAS P H A R M A C E U T I C A S

Dclinição e vantagens da forma pharmaceutica. Estudo critico


de diversas classificações.
Theoria e pratica das diversas formas pharmaceuticas, segundo
u classificação de Ed. Dupuy, a saber:
I." G r u p o — Espécies. Pós. Polpas.
Preparação; Conservação: Alterações e falsificações a que estão
sujeitas.
Suecos — Ideia geral sobre a sua formação e conservação. Clas-
sificação. Processos de extracção e conservação.
2.o G r u p o — Obtidos por solução e com vehiculo variável :
Tendo a agua por vehiculo — Classificação e preparação d a s :
Tisanas. Apozemas. Caldos. Mwilagenê. F.mulsães. Limonadas. Aguai
medicamentosas.
Tendo o alcool por vehiculo — Tintura» -r Classificação I -
processos diversos e preparação. Indicação do modo de se obter as
diversas forças alcoólicas, sem ser por tentativas. Critica sobre a
percentagem que deve existir entre a quantidade do alcool e da
substancia a empregar e do tempo que ella deve estar em contacto
com aquelle vebiculo.
A L C O O L A T U R A S - O r i g e m . Divisão e processos de preparação.
Caracteres. Composição e valor tberapeutico.
SOLUTOS ALCOÓLICOS DiVEnsos - Composição e preparação dos
solutos seguintes: Ácidos. Salinos. Assucarados e Ammoniacaes. _
TINTURAS BTHBREAB - Composição e alterações a que estão
sujeitas. Modos de preparação.
VINHOS MEDICINABS — Ideias geraes sobre o fabrico do vinho,
das alterações e do modo de a s corrigir. Escolha do vinho como ve-
hiculo o do modo operatório. Critica do seu valor solvente. Compo-
sição, alteração o conservação. Indicação do ensaio a fazer-se para
1er o valor exacto d'estes medicamentos.
VINAOBBS MEDICINAES- Divisão. Processos de preparação
Condições l ,,„ ve sMisfazer este vehiculo. Vantagens do emprego
d'uma solução fraca de acido acético. __
CERVEJAS M K H . C Í N A K S - I d e i a geral sobre a fabneaçao da cer-
veja. Composição cias diversas cervejas commerci.es Alterações
Escolha da cerveja sob o ponto de vista pharmacenUco, '"erapent o
e hygienico. Composição das cervejas medicinaes, comparada cow
a dos onoleos e acetoleos.
3.0 G r u p o —Obtidas por distillação.
. L U A S iHsr.LLADAs-Historia. Divisão antiga e moderna. Indi-
340 E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

cações a attender na sua preparação. Estudo dos caracteres, da


composição e das alterações e falsificações a que estão sujeitas.
.Meios que se deve empregar para a sua conservação. Methodos de
ensaio segundo Rouwez e Viron. Tittilagern do acido cyanhydrico na
agua de louro-cerejo. Inconvenientes das aguas distilladas obtidas
artificialmente. Preparação d'uni hydrolato.
ÛLEOS ESSENCIAES — Historia e classificação. Processos de ex-
tracção das essências. Extracção d'uma essência por distillação e
pela acção dos solventes.
ALCOOLATOS — Preparação attendendo á escolha do alcool, das
substancias e do modo operatório. Comparação com as aguas distil-
ladas e com as tinturas. Preparação do alcoolato de therebentina
composto.
4." G r u p o — Obtidas por evaporação: Extractos concentrados:
Historia. Estudos das classificações conhecidas e dos processos de
preparação. Preparação de tnVs extractos attendendo á natureza do
vehiculo. Extractos fluidos : Critica d'esta forma pharmaceutica. Me-
thodos geraes de ensaio dos extractos concentrados e tinidos. Pre-
paração de um extracto lluido.
5.» G r u p o — Tendo por base o assucar ou o mel.
XAROPES — Divisões antigas e modernas. Preparação e conser-
vação. Determinação das proporções relativas do assucar e do vehi-
culo na preparação dos xaropes com suecos de fruetos, pelo processo
de M. Page e Leconte.
Observações de M. (Juériarnult sobre a inversão mais ou menos
rápida do assucar nos diversos xaropes.
CONSERVAS. ELECTUARIOS. G E L É A S . PASTAS. TAHELLAS e PAS-
TILHAS. GRANULADOS MEDICAMENTOSOS. ÓLEO SACCHORURETOS.
CHOCOLATES MEDICAMENTOSOS — Definição. Divisão e modos de pre-
paração. Historiu dos eloctuarios. Posologia das tabeliãs e conheci-
mento das observações ieitas pnr Sonberoin sobre a quantidade
precisa de gomma a empregar.
6." G r u p o — Óleos medicinais e pomadas — Definição, divisão
e modos de preparação. Dosagem dos alcalóides, n'um óleo medici-
nal, segundo F. Houwez. Vantagens e inconvenientes do emprego da
banha, da lanolina e da vaselina na preparação das pomadas. Prepa-
ração da pomada mercurial dupla e estudo da classificação, segundo-
as diversas formulas conhecidas. Ensaio pelo processo de Fonzes.
Diacon e pelo de Dielerich.
UNGUENTOS. EMPLASTROS. SABÕES e SAPONADOS. GLYCEROLEOS„
CEROTOS — Theoria e pratica de todas estas formas pharmaceuticas.
7.0 G r u p o (I.» classe) comprehendendo as formas solidas —
Escola de P h a r m a c i a 341

multo. Bolos. Grânulos. Capsulas. Glóbulos ou pérolas. Cachet, me-


dicamentosos. Medicamentos comprimidos. (2.» classe) com relação
ás formas liquidas-Licores. Misturas e Poções - Uefinicão, Divisão
o preparação de lodos os medicamentos d'esté grupo.
8.» Grupo — No estudo das formas pharmaceuticas d'esté gru-
po, deverá altender-se. com relação aos esparadrapos, ás condições
que elles devem satisfazer com forma pharmaceutica. á differença
entre esparadrapo, escudo e emplastro e á indicação, segundo Fa-
liérs, da quantidade da massa a tomar por centímetro quadrado.
Na preparação d'uma cataplasma de sementes de linho, ás consi-
derações de P. Ivon e na do synapismo em folha, ás indicações de
Rigollot ;
Nas injecções hypodermicas. ao estudo das condições que deve
satisfazer uma seringa para a applicação d'estas injecções e das que
se tem a attender na preparação das soluções:
Nas fumigações higiénicas, ás noções geraes sobre as vantagens
do emprego d'estas fumigações e á descripção do modo como se
devem desinfectar os objectos pertencentes aos doentes e os locaes
P vasos onde se lançam as suas dejecções;
Nas inhalações, á indicação da natureza das substancias empre-
gadas e do modo como se applicant.
Preparação do algodão hydrophilo e do algodão iodado.
PREPARAÇÕES PHYSIOLOGICAS

MEDICAMENTOS OPOTHERAPICOS - (Jeneralidades. Melhodo geral


de preparação. Classificação d'estes medicamentos segundo o seu
modo de administração. Posologia e indicações therapeuticas. Pre-
paração de alguns d'estes medicamentos.
MKDICAMENTOS sunoTHEHAPicos-fieneralidades. Modo a*
acção dos micróbios. Immunidade e immunisação. Classificação dos
soros. Preparação de alguns soros.

Porto. 10 de agosto de 1910.

O professor,

Kuno Freire Dias Salgueiro.


342 E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

PROGRAMMA DA i.» CADEIRA

Chimica legal e sanitaria

PRIMEIRA PARTE

Analyse chimica

I Analyse chimica qualitativi

Introducçâo

Objecto e divisões da chimica analytica. Reacções : oxydações,


reducções, etc.
Reagentes geraes, especiaes, característicos e sensíveis. Condi-
ções das reacções; methodos de investigação na analyse qualitativa.
Principals reagentes e utensílios usados na analyse chimica
mineral.

A. Reacções dos principaes metaes ou bases

Divisão dos metaes em grupos; reagentes geraes d'esses gru-


pos. Reacções das principaes bases e interpretação d'essas reacções:

Chumbo, mercurosum, prata; Nickel, cobalto, ferro no mínimo,


Amimonio, arsénio, estanho; manganesio, zinco;
Bismutho, cádmio, cobre, mercuri- Bário, stroncio, cálcio;
Cllm;
Magnésio, potássio, sódio e ammo-
Aluminio, ferro no máximo, chromo, nio.
phosphatos alcalino-terrosos, de
magnésio e de alumínio.
E s c o l a de P h a r m a c i a 343

B. Divisão dos ácidos em grupos; reagentes geraes


d'esses grupos. Classificação analytica de Fre-
senius; classificação pratica.

Reacções dos principaes ácidos e interpretação d'essas reacções:

Sulfatos, sulfitos, hyposullitos, fluoré- Chloretos, brometos, iodetos, sulfu-


tos, boratos, phosphatos, silicatos, retos, hypophosphitos, azotitos,
carbonatos, oxalatos, chromntos. hypochlorites;
Azotatos, chloratos, arsenitos, arseniatos e permanganatos.

C. Marcha da analyse qualitativa mineral

1. Caracteres physical e órganoleptieo» da substancia.


11. En sai os preliminares pyrogtiosticos ou por via secca : a) aque-
cimento n'um tubo de ignição; b) aquecimento sobre o carvão com
a chamroa reductora da substancia só, ou misturada com carbonato
sodico-potassico; c) ensaio na pérola de sal de phosphoro; d) fusão
oxydante; e) coloração da cbamma não l u m i n o s a ; / ; aquecimento
da substancia humedecida com azotato de c o b a l t o ; ^ aquecimento
,1a substancia misturada com carbonato de sódio, n'um tubo fechado;
h) aquecimento n'um tubo com acido sulfúrico concentrado, ou bi-
sulfalo de potássio.
III inahse por ria húmida: a) solução; b) investigação das
bases e marcha a seguir no seu reconhecimento c) investigação dos
ácidos e marcha a seguir no seu reconhecimento; d) desagregação
das substancias insolúveis na agua, nos ácidos e na agua regia e
analyse d'essas substancias.

D. Analyse qualitativa orgânica

ALCALÓIDES

Classificação dos alcalóides segundo o metbodo de STAS-OTTO.


fleagen.es geraes dos alcalóides e sua preparação. Reacções espe-
( iaes dos seguintes alcalóides:

i • »« raffina Colchicina. Aconitina. Pi-


Esirychninu ebrucina; morpluna, co- Calema, ^oicniun .
„ -in crotoxina. Diintalina. Cantlia-
chonina; atropina equinina
deina e narceina; cocaina;e nar-
cin- ridina.
croiu.\w». s
cotina; nicotina, conicina.
344 E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

Corpos diversos

Nitrnbenzina. Alcool. Phenol. Na- Creosnta vegetal. Çreosota da


phtoes a e /f. Resorcina, pyro- bulha. Acido picrico. Anili-
catecina, hydroquinnna. Pyrogft- na. Antipyrinâ. Acido cya-
lhol. nhydico. Sulfureto de carbono.

II Analyse quantitativa

A. Methodos ponderaes

I. Fundamentos dos methodos ponderaes. Principaes operações:


exseccação, pesagem, solução; precipitação e lavagem; exseccação
dos precipitados e sua pesagem.
Calculo e factores rias analyses.
II. E.rercicios praticou. — Doseamento da agua de crystallisação
(no acido oxalicoe no sul fato do cobre crystallisado); doseamento do
cobre no sulfato de cobre; doseamento do alumínio no alúmen or-
ordinario; doseamento do cálcio no espalho calcareo; doseamento
do acirio sulfúrico no sulfato rie cobre ou de magnésio; doseamento
do chloro no chloreto de sódio; doseamento do acido carbónico no
carbonato de sódio, por perda de peso, e descripção e uso rios uppa-
relhos de FRKSENIUS e Wn.t, e do de SCHRÒTTKB.

III. Resenha das principaes formas de combinação usadas na


precipitação e doseamento dos principaes melaes e aclrlos.

B. Methodos volumétricos

I. tnfroducçâo:
Hase dos methodos volumétricos,
Classificação rios methodos de analyse volumétrica: a) pur pre-
cipitação; b) por saturação :alcalimetriae acidimetria; c) por oxyda-
ção directa (oxydometria) e indirecta (iodometria).
Fixação directa e indirecta do titulo dos reagentes.
Solutos normaes, deeinormaes, centinormaes. Solulos empí-
ricos.
Momento final da reacção. Reagentes indicadores.
Vasos empregados nas medidas: provetas, balões, pipetas e
E s c o l a de P h a r m a c i a 345

buretas diversas de MOIIR. de GAY-IXSSAC, inglezas, e l e 0 aferi-


mento d'estas medidas (Portaria de 8 de Junho de 1905).
II. Exemplos pratico»:
Analyse por precipitação. - Doseamento do cliloro. pelo me-
thodo de Monn: applicaçoes: agua potável, urinas. Doseamento do
acido phosphorico pelo azotato d'uranio.
Alcalimétrie - Doseamento do alcali livre e carbonatado na
soda-asli. .
Acidimetriu. - Determinação da força acida d'uni acido chlorh}-
drico ÀppItcagOèa: acide/, total dos vinagres: acidez total, fixa e
volatil rios vinhos; acidez total e volatil das cervejas; acide/, dos
azeites; acidez do pão e das farinhas: acidez das m a n t e r á s e das
ceras (referencia* aos decretos de 17 de Dezembro de 1903 e 22 de
Julho de 1905). A ,.«.i«.
Oxydometria. - Doseamentos pelo permanganato de potássio,
doseamento do ferro total: determinação do grau d'oxydab.hdade
das aguas potáveis.
Chlorometrta.- Doseamento do ohloro activo da cal chlorada
pelo methodo de GAY-I.UPSAO e PKNOT.
Sulfhydrometría. - Doseamento dos princípios sulfurosos nas
aguas mineraes sulfúreas.
Sacrhariwetria chimica. - Doseamento da glucose pelo hqu.do
de FEHLivo; principio do methodo: preparação e normalisa,,., dos
soluto*. Applicaçoes: vinhos, cervejas, urinas. Doseamento ria ghi-
cose e ria saccharose.
B. Methodos colorimetricos

liuse (festos methorios. Colorimetros rio N'ESSLEfl, HEHNBH e


DUBOSOO, Formulas applicaveis aos doseamentos colorimetricos.
Applicações: doseamento c.olorimetrico do ammoniaco: doseamento
colorimétrico rios nitratos; doseamento colorimelrico do ferro.

D. Methodos polarimetricos

Principio d'estes methodos. Formulas applicaveis aos casos em


qUe s e tem de dosear a glucose e a saccharose. Polarimetrps de
MlTSCHEHLICH e dtí ZEISS.

E. Methodos densimetricos

d'estes methodos. Os densímetros. O method.


346 E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

o» pycnornetro. As balanças areothermicas de MOHR-WKSTPHAL e


de COLLOT.
F. Methodos electrolyticos

Principio d'estes methodos. Apparelho electrolytico de RICHE e


ile MANSFELD. Doseamento do cobre no sulfato de cobre por ele-
ctrolyse.
G. Methodos gazometrieos

Principio d'estes methodos. Applicações: doseamento dos saes


ammoniacaes e da urea no ureometro de LUNOE.

SEGUNDA PARTE

Chimica sanitaria
Aguas potáveis

1. Exame preliminar,— Caracteres o r g a n o l e p t i c s ; investiga-


ção dos metues nocivos: chumbo, cobre, zinco.
II. Exame chimico. — \. Dureza total, permanente e temporária.
Theoria dos methodos; solutos usados e sua norrnalisação. Signili-
cação dos resultados.
2. Resíduo fixo da evaporação.
3. .Matérias orgânicas (grau de oxydabilidade). Principio dus
methodos do doseamento. Ú melhodo adoptado officialmente na
Suissa, variante do de SIIULZE-THOMMSDOFIIT.
4. Azoto ammoniacal.
5. Azolo nítrico.
6. Azoto nitroso.
7. Chloretos.
III. Apreciação da agua potável em face dos resultados analy-
ticos.
Leite

I. Analy.se previa e rápida (na via publica ou nos mercados,


para orientar) :
1. Prova.
2. Reacção do leite com os papeis reagentes.
8. Densidade pelo lacto-densimetto de QUEVKNNE.
4. Gordura pelo lactoscopio de FÉ8ER.
5. Ensaio com o iodo.
(Art. 8.°, § 4.0 do Decreto de 23 de Dezembro de 1899).
E s c o l a de P h a r m a c i a 347

II. Exume chimico no laboratório:


1. Prova.
± Densidade.
3. Doseamento da manteiga: acido-butyrometro de GERBER
ou alkali-butyrometro do mesmo auetor; proceso de HOSE-GOTLIEH.
3-A. Extracto secco do leite: determinação indirecta: — formu-
las de Kr.EisRHMANN e de FLEISCHMANN e MORGKN; determinação
directa.
3-B. Extracto isento de gordura.
4. Cinzas.
5. Pesquiza das substancias conservadoras: bicarbonato de
sódio, acido salicylico; borax e acido bórico; aldehydo fórmico (for-
malina).
6. Pesquiza da agua irnpotavel e do assucar de canna.
III. Exame microscópico. — Pesquiza da fécula, do leite colos-
tral, etc.
IV. A prova no estabulo
Interpretação dos resultados da analyse: bases da apreciação
do leite: os decretos de 23 de Dezembro de 1899, 14 de Setembro
de 1900, 17 de Dezembro de 1903 (art. 255.°) e 22 de Julho de
1905, no que respeita á fiscalisação do leite.

Vinhos

Methodo official para a analyse summaria dos vinhos de pasto.


I. Exame preliminar:
Prova. *
Exame microscópico.
II. Exame chimico:
1. Densidade.
2. Força alcoólica.
3. Extracto secco: determinação directa e indirecta.
4-6. Acidez total. Axa e volatil.
7. Cinzas (matérias mineraes).
8. Acido salicylico.
9. Materia colorante.
Bases de apreciação dos vinhos de pasto portuguezes (Portana
de 31 de Agosto de 1901 e 8 de Junho de 1905).
Legislação portugneza sobre vinhos: decreto de 17-fe^Dezem-
bro de 1903. 22 de Julho de 1905 e lei de 18 de setembro de 1908.
348 E s c o l a M e d i c o - C i r u r g i c a do P o r t o

Vinagres

Methodo oflicial para analyse dos vinagres:


I. Exame preliminar :
Prova.
Exame microscópico.
Pesquiza de substancias acres e aromáticas.
II. Exame chimico :
1. Densidade.
2. Acidez total.
8, Extracto secco.
4. Matérias minerues (cinzas).
:>. Investigação dos ácidos mineraes, do cobre e outros
metaos nocivos.
Bases de apreciação do vinaijre de vinho.
Legislação portugueza sobre vinagres: decreto de-17 de Dezem-
bro de 1903 (art. 52.". § único) e 22 de Julho de 1905.

Azeites

Methodo official para analyse dos azeites:


I. Exame phi/sico :
Caracteres o r g a n o l e p t i c s .
Densidade.
índice de refracção; oleorefractometro de WOLLNY-ZEISS,
II. Exame chimieo:
1. Acide/, livro.
2. índice de saponiflcação (numero de KÕTTSTORFER) O
equivalente de saponiflcação.
3. índice de iodo.
4. Grau thermico.
5. Acção de vapores nilrosos (reação CAILLKTKTI-MII.UAI').
6. Reacções de coloração privativas : pesquiza do óleo de
gergelim (reacção de BAUDOIN-MILLIAU e de VJLLA-
VECCMIA e PABRIS); pesquiza do óleo d'algodào
(reacção de H A L P H E N ) ; pesquiza do óleo d'amen-
doim (methodo de SOUCIIÈHE).
Bases de apreciação dos azeites portnguezes : portaria de 31 de
Agosto de 1901.
Legislação portugueza sobre azeites : decretos de 17 de Dezem-
bro de 1903 e 22 de Julho de 1905.
E s c o l a de P h a r m a c i a 349

Manteigas

I. Prova.
II. Exame chimieo :
1. Humidade.
2. Chloreto de sódio.
3. Acidez tola).
4. índice de KOTTSTORFER; formulas usadas para calculo-
approximado da addição de margarina.
5. índice REICHERT-MEISSL.
6. índice WOLLNY-ZEISS.
Investigação da fécula.
Investigação do óleo de gergelim.
Investigação das substancias conservadoras.
Investigação das matérias corantes.
(3 exame e a apreciação de manteiga*, segundo os decretos d e
14 de Setembro de 1900 e 17 de Dezembro de 1908.

Queijos
I. Piora.
II. Exame chimieo:
1. Humidade.
2. Chloreto de sódio.
3-4. Gordura e indice rcfractoinelrico.
5. Substancias conservadoras.
6. Materius corantes.
O exame e a apreciação dos queijos, segundo os decretos acima
referidos para as manteigas.
Farinhas

I. Exame preliminar:
Peneiração ;
Ensaio de PEKAH ;
Kxume ao microscópio ;
II. Exame chimieo ;
1. Humidade;
2. Cinzas ;
3. Gluten húmido e secco ;
5. Acide/ das farinhas pelo methodo de HAIXAND.
Typo, ofiiciaes de farinhas em Portugal, segundo os decreto»
de 17 de Dezembro de 1903 e 22 de Julho de 190o.
350 Escola Medico-Cirurgica do Porto

Pào

1. Proporção da côdea para o miolo ;


2. Agua ;
3. Cinzas :
4. Acidez ;
5. Chloreto de sódio.
Normas de apreciação, segundo o decreto de 22 cie .lullio de 1905.

Bolacha e biscouto

1. Exame microscópico :
2. Humidade;
3. Acidez;
4. Cinzas ;
5. Matérias corantes ;
Normas de apreciação, segundo o decreto de 22 de Julho de 19! 15.

Cervejas

Methodo uflicial para a analyse das cervejas:


1. Prova ;
2. Densidade :
3. Alcool :
4. Ex tracto :
5. Cinzas ;
6. Acidez total :
7. Acidez volatil :
8. Conservadores.
Bases de apreciação </<,,- cervejas : decreto de 17 de Dezembro
<le 1903. »
Aguardentes e alcooes

1. Prova;
2. Densidade :
8. Forca alcoólica :
4. Extracto secco :
5. Acide/. :
li. Etheres.
Normas de apreciação, segundo os decretos de 14 de Junho de
1901 e 22 de Julho de 1905.
Escola de P h a r m a c i a 351

Chá

I. Exame preliminar:
Caracteres macroscópicos ;
Exame microscópico :
II. /:'.nii)ii i-liiinicn:
1. Humidade;
2. Cinzas ;
3. Extracto aquoso :
4. Theina:
5. Tannino;
(5. Pesquisa <le colorantes extranhos.
Normas de apreciação. A definição e resoluções dos congressos
para n/epressão de fraudes de Genebra (1908) e de Paris (1909).

Café moido

I. Exame microscópica.:
li.] [Exame chimieo :
1. Humidade;
2-3. Cinzas e analyse d'eslas:
4. Extracto aquoso;
5. Assucar ;
6. Materia gorda ;
7. Cafeína.
Bases <U apreciação. As resoluções e definição do Congresso
de Genebra (1Í108) e Paris (1909) para n repressão das fraudes.
Cacau em pó

I. Exame microscópico :
II. Exame chimieo:
1. Humidade;
2-3. Cinzas e exame d'estas;
4. Materia gorda :
f). Amido;

,iJs dTaP1Zeaçao. As resoluções e definição do Congresso


de Genebra (1908) e Paris (1909) para a repressão das fraudes.
352 E s c o l a M c d i c o ­ C i r u r g i c a do P o r t o

Chocolate

I. Exame microscópico :
II. Era me eh imico :
1. Ilinnitlade ;
2. Cinzas;
3. Assiicur;
4­5. Materia gorda e analyse d'esta;
»5. C ellulose:
7. Amido.
fíaxes de apreciação. Resoluções do 1.° o 2.o congresso (18 de
Setembro de 1903).

TERCEIRA PARTE

Cliîmien legal
Generalidades

Objecto da chimica legal. Principaes problemas de que se


occupa.
'A toxicologia chimica.
A organização actual dos serviços chimico­legaes em Portuga):
carta de lei de 17 de Agosto de 1899; decreto de 16 de Dezembro
■ In mesmo anno (art. 51.° a 60,°) e 8 de Fevereiro de 1900.
Laboratórios em que se realisam as analyses, l'erilos. C onselho
medico­legal para a apreciação dos relatórios dos peritos; o papel
I" chitnico analysta do conselho.

Toxicologia

I. Petquiza <los venenos voláteis. Hase dos inelhodos de pes­


qtiiza. C lassificação dos tóxicos voláteis. Toxicologia do phosphoro:
appurelho de MrraC HBRLlC H ; methodo de FHESENIUS­NÈUBAUER ;
apparelho de DUZAHT­IÎLONDI.OT.
II. Pesqniza dos alcalóides e congénères. Notas históricas: o caso
Bocarmé na Bélgica em 1850 por S T A S ; O caso Urhino de Freitas
em 1'ortugal em 1890.
O methodo de STAS. Seus fundamentos. C riticas a esse methodo.
O methodo denominado STAS­OTTO. O methodo de DHAGENDKOEF.
I.ogar que oceupam na classificação de ORAGKNDROIT os principaes
tóxicos alcaloidicos e glucosides.
A pesquiza especial da estrychnina. Solventes da estrycbnina e
E s c o l a de P h a r m a c i a 353

reaoçBcs chúnicas e biológicas tjspeciaes d'esté alcalóide.


Toxicologia <los alcalóides do ópio.
Toxicologia da nicotina e cientina.
1'toniainas e leucomainas: sua inllueneia nu pesquisa dos al-
calóides.
III. Pesquisa dos venenos mineraes mclallicos. Operação preli-
minar; a destruição da materia orgânica; sua importância nas in-
vestigucões toxicológicas. Processos do PtANDIN e DANOEB, e do l'iii:-
SKNiua e BABO; a modificação de OGIKII. Methodoa de AHM. GAUTIEB
o POUOHET.
Marcha geral na pesquiza dos venenos metallicos.
Pesqulza especial do arsénio. Notas históricas. Apparolho do
MABSH; precauções para o bom funecionamento d'esté apparelho.
Toxicologia do cobre o do mercúrio. Methodo de SMITIISON, de
I/I.ANDIN e DAKÍOBR.
Toxicologia do chumbo.
IV. Pesquiza especial do acido o.ralico e do sal d'azedas. I'rin
cipio e execução do methodo de pesquiza.
V. Pesquiza do o.ri/do de carbono no sangue. Descripção e uso
d„ espectroscopio ordinário. Espectros de absorpcãõ c de omissão.
I s o do espectroscopio de visão directa de VOUKL. O espectro de
absorpção do sangue normal e do sangue oxycarbonado.
Analyses chimicas legaes diversas

I Manchas de tangue (exame das). As reacções de TKICHMANN


,. du LKCHA-MAHZO: os crystaes de hemina ou chlorbydrato de be-
malinu. 0 ensaio de VAN DKKN.com a tintura de guaiaco. O me-
thodo de Uiii-KNiiuT.
II. Manchas de esperma (exame dus). As reacções de FI.OIIKNCK
,. ,,,. p'oMiNi'ot^ A natureza hlcnnorrhagica de uma mancha, curu-
cterisudu pelo presença do gonoccocco de NEISSBR.
III Eecrtpta» suspeitas de viciação. Caracteres cllimicos de di-
versas espécies do tintas. A photographia applicadn ao ensaio das
escriptas viciadas.

O Professor do 4.* cadeira,

Antonio Joaquim Ferreira da Silva.

23
354 Escola Medico-Cirurgica do Porto

PROGRAMMA DA CADEIRA
DE

Legislação e deontologia pharmaceuticas


Ilesttmo histórico o ehronologico da evolução da pliurmucia em
1'ortiigul desde a sua origem até aos tempos modernos.
Leis que regulamentam o exorcicio da phannncia. Curias de
privilégios concedidos aos phurmaceuticos.
Escolas de pliarmacia. Sua constituição. I.eis o regulamentos
das novas escolas. Suas aspirações.
Noções geraes de deontologia. Altribuições exclusivas dos pliar-
maceuticos.

0 profeasor,

Eduardo Pimenta.
Escola de Pharmacia 356

EDITAL

Augusto Henrique d'Almeida Brandão, lente cathedratlco


da Escola Medlco-Clrurglca e director interino da E s -
cola de Pharmacia do Porto :

Faço saber f|iie nn ilin 10 rle outubro do corrente anno so réali-


sant a abertura das nulas para o auno lectivo de 19()9-11)10, e que
as respectivas matriculas começarão no dia 15 do corrente mez e
continuarão até 15 de outubro, das 12 horas da manhã ás 3 da
tarde.
Os indivíduos que pretenderem matricular-se deverão declarar
circumstnnciadamenle nos seus requerimentos o nome, filiação e
naturalidade (freguezia, concelho e dislriclo), instruindo a sua peti-
ção com os documentos seguintes:

I anrio

Certidão de npprovação nos seguintes exames:

l.o — Chimfca inorgânica ;


2.° —Analyse chimica e chimica orgânica;
3.o - Botânica.

Estes exames deverão ter sido feitos na Faculdade de Philoso-


pbin, Escola Polytechnica ou Academia Polyleclmica.
Certificado de approvação no exame de validação de prática.
Allestado em que provem não sollrer de doença contagiosa,
nem possuir defeito ou deformidade physica incompatível com o
bom exercício da pratica pharmacoutica.

II r u H í o

Certidão de approvação nas cadeiras do l.o anno.

Periodo transitório

Os aspirantes de pharmacia, segundo a lei de 12 de agosto de


1854, que tiverem seis annos de pratica, podem matricular-se no l.o
anuo'do Curso (artigo 137." do regulamento de 27 de novembro de
19()2), apresentando os seguintes documentos:

i
866 Escola Medico-Cirurgica do P o r t o

1.°—.Requerimento cnm o nomo, filiação e naturalidade (fre-


guesia, concolho o dislriolo);
2.° — Certidão de edado;
'•''."- Alleslailo de bona costumes passado polo administrador
do bairro ou concelho;
4.o — Certidão de approvaeão no exame de instruoção primaria;
5." - Certidão de approvaeão no exame singular di< franeoz ou
inglez;
G.» —Certidão do approvaeão no exame singular de arithinclii-a;
7.» — Certidão de approvaeão no exame singular de physical
8.o —Certidão de sois annos do pratica pharmaceutics.

Para matricula no 2.° anno terão do apresentar certidão de fro.


quencia nas cadeiras do 1." anno.
Aos aspirantes do pharmacia que tiverem sete ou mais annos
de pratica é facultada a assistência em Iodas as cadeiras da Escola
(artigo 1ÍI8." do citado regulamento), mediante apresentação dos
documentos acima indicados, subslituindose a ultima certidão pela
da pratica de sete annos.
Os pharmaceutics á data da publicação da lei do 19 de julho
de 19()2 (art. 21.") podem matricular-so nas cadeiras do 1.° anno do
curso, apresentando os seguintes documentos:

1.° — Carla de pharmaceutico, ou respectiva puliliea-fúrhia, por


qualquer das três Escolas do continente do reino;
2." — Altestado em que provém não soIVrer de moléstia conta-
giosa ou possuir defeito ou deformidade physioa incompatível com
a disciplina escolar.

Para matricula no 2.0 anno, certidão de approvaeão nas cadei-


ras do 1." anno.

N. li. — A todos os requerimentos será collada a estampilha de


.ri$7Sr> réis por cadeira.

Escola de Pharmacia do Porto, 4 de setembro dn 1009.

0 director interino,

Augusto Henrique d'Almeida Brandão.


E s c o l a de P h a r m a c i a 357

EDITAL

Fnz-se sabor aos Snrs. nluninn» d'esln Escola (filo o Conselho


escolar resolveu nncerrar as nulas no din SO do corrente itíez, de-
vendo o encerramento de matriculas nfTecluar-fce no dia 3 do pro-
ximo mo/, do .lullio.

Secretaria da Kscola de Pharmacia do Porlo, om 21 de Junho


de 1910.

O secretario interino,

Joaquim Alberto Pires de Limo,


INDICE

PAG.
PIIOF. ILLIDIO DO VALLE, biograplua polo prof. Maximiano
Lemos

PKSSOAL:

Director interino !
Corpo docente
Pessoal auxiliar 27
niiaiii'" do pi'ssiial docente . . . . . . . . . . . ' . 32
RelacSo ilos professores por ordem de antiguidade . . 33
Quadro do pessoal auxiliar 34

OROANISAÇAO:

Cursos professados 39
Distribuirão das cadeiras 40
Documentos necessários para a matricula 42
Horário o distribuição do serviço. . . 44
Relação dos livros adoptados . . . . 46

AI.UMNOS:

Relação nominal
Distribuição segundo as naturalidades 5&
360 Escola Medico­C irurgica do Porto

KXAMKS:

Serviço du exumes cru outubro tic l!Xt!) 63


Serviço do exumes' no. anno lectivo do 1908­1909 . . . 64
Serviço Uo exumes nu 1.» epoetin du 1909­1910 . . . . 66
Pontos pura exuinea 68
liesultados dos exames em maio, junho e julho de 1910; 77
Exames de parteiras o dentistas 84
Actos grandes 85
Alumnos classificados 90
ltelaçâo dos aliimnos que terminaram o cursa . . . . 94

TllAllALUOS ESC OLAHIiS:

O ensino da anatomiu cirúrgica, pelo prof. Pires de lima '■•'.'


O ensino da hygiene o da propedêutica médica, pelo
prof. Lopes Martins . 107
Movimento da enfermaria de clinica obstétrica, pelo chefe
do clinica Moraes Prias 123
O ensino de clinica medica, pelo prof. ïïiiago d'Almeida 127
O ensino da pulliologia e propedêutica cirúrgicas, pelo
prof. C arlos Lima 163
1'atiiologia interna, relatório apresentado pelo prof. Dias
d'Almeida : . . . 16!l
Clinica cirúrgica — movimento dus enfermarias, pelo chefe
de clinica C arlos Allmquonpie 173
(I ensino da Medicina legal, pelo prof, João de Meyra. . 10f>
Curso de doenças monlaos, pelo prof, extraordinário Ju­
lio de Muitos 1!)1)
Laboratório Nobre, relatório pelo chefe de laboratório
Manoel Pinto 203

BIBUOTUKUA :

Movimento no anuo lectivo de 1909­1910, pelo bibliotho­

cario prof. Pires de Lima 211

I.Ki.Anos:

Helutorio da administração dos legados 228


Indice 361

EXAME8 DK HABILITAÇÃO :

Relação dos medicos que teem repetido o curso na Ks-


cola do Porto 231

EOITAES:

Abrindo concurso para uma vaga do legado Assis . . . 247


Idem para duas vagas do legado Nobre 248
Annunciando a abertura das aulas e das matriculus . . 240
Declarando aberta a inscripção pura a frequência do
curso de doenças mentaes 2o!*
Abrindo concurso paru duas vagas do legado Nobre . . 253
Idem para o logar de porteiro 254
Idem pura um lognr de pensionista do legado Assis no
estrangeiro -;):)
Idem para dois lugares de chefe de clinica 256

LEOISUAÇXO:

Regulamento das Escolas Medicas (23 d'abril de 1840) . 201


Porturia alterando as disposições do regulamento do le-

ESCÓLA^fPlIAnMAClA :

3u7
Pessoal
Distribuição das cadeiras. 914
Documentos necessários para as matriculas 315
Horário e distribuição de serviço 317
Livros adoptados • • 318
" ^ Alumnos matriculados 320
SOI
Pontos para exames »-«
Resultado dos exames 32.)
Programma da l.« cadeira 327
Programma da 2.a cadeira 331
Programma da 3.° cadeira 337
Programma da 4.» cadeira 342
Programma do curso de legislação pharmaceulica. . . 354
Edital annunciando a abertura das matriculas . . . . 855
Edital annunciando o encerramento das aulas . . . . 357
I

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