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São Paulo
2014
LEONARDO GOMES DE ALMEIDA
São Paulo
2014
ALMEIDA, Leonardo Gomes de. Gestão da Mobilidade em Regiões Metropolitanas: O
caso do Sistema Integrado Metropolitano da Baixada Santista. Trabalho de Conclusão
do Curso de Especialização de Planos e Projetos Urbanos – Faculdade de Arquitetura
e Urbanismo do Curso da Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2014.
Aprovado em __ / __ /__
____________________________________
Prof ª. Ms. Alessandra Márcia de Freitas Stefani (orientadora)
Universidade Presbiteriana Mackenzie
___________________________________
Prof. Dr. Nome do Avaliador (avaliador)
Universidade Presbiteriana Mackenzie
Dedico a minha família, aos meus pais Luiz e Léa, meu irmão Luiz, minha tia
Conceição, minha esposa Fernanda, minha filha Manuela e meu cunhado Gustavo
pelo carinho e paciência com que sempre me apoiaram em todos os momentos na
busca dos meus sonhos.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a orientadora Prof ª. Ms. Alessandra Márcia de Freitas Stefani, pela valiosa
orientação, pelos sábios conselhos e paciência ao longo de toda elaboração da
monografia;
Aos mestres da FAU Mackenzie e convidados que lecionaram nestes 2 anos no curso
de gestão de planos e projetos urbanos pelos ensinamentos valiosos;
À minha família, em especial, aos meus pais Luiz e Léa, meu irmão Luiz, tia Conceição
e minha mais nova família, esposa Fernanda, filha Manuela e meu cunhado Gustavo
Sobral pelo carinho, apoio, otimismo;
Aos meus amigos pela amizade, pela paciência e apoio em todos os momentos;
Aos amigos da Vetec Engenharia, em especial, Marcela Costa e Thiago Gomes, pela
ajuda, apoio, companheirismo e conselhos ao trabalho;
“o direito à cidade é o direito de imaginar e realizar a cidade, contínua e
concomitantemente.” (Henri Lefebvre).
RESUMO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 14
4 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 49
5 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 50
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1 INTRODUÇÃO
O Estatuto da Cidade, proposto pela lei federal nº 12.587/2012, em seu artigo 3º assim
o define: “o Sistema Nacional de Mobilidade Urbana é o conjunto organizado e
coordenado dos modos de transporte, de serviços e de infraestruturas que garante os
deslocamentos de pessoas e cargas no território do Município”. Desta forma, a
proposição de um projeto de mobilidade urbana envolve discussões sobre o sistema
de transportes, integrado a serviços e a promoção de uma infraestrutura para a sua
plena realização, ao que se agregam planejamento e gestão. É partindo destas
premissas que o presente estudo pretende analisar a gestão do sistema de mobilidade
na Região Metropolitana da Baixada Santista. Esta análise tomará por base as
disciplinas de urbanismo e gestão de políticas públicas.
Para tanto, serão mapeados os atores desta política de mobilidade, entre eles os
gestores públicos e instituições, ideias e eventos que condicionam o planejamento, a
implantação e a gestão da mobilidade. No capítulo 2, será contextualizado as regiões
metropolitanas e seus instrumentos de gestão para políticas públicas metropolitanas.
Esses instrumentos são necessários para análise da institucionalização da Região
Metropolitana da Baixada Santista e os problemas encontrados na gestão
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2 REGIÕES METROPOLITANAS
A partir dos anos 80, com o apoio da imprensa local e a Associação dos Engenheiros
e Arquitetos de Santos, iniciou um movimento coordenado pela Centro das Indústrias
do Estado de São Paulo - CIESP e pelo Centro de Integração e Desenvolvimento
Empresarial da Baixada Santista que se deu o nome de “Campanha de Integração
Regional – Metropolização da Baixada Santista”. Essa campanha atuava em duas
frentes:
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Nesse sentido o próximo passo, foi instituir a RMBS, mediante Lei Complementar
Estadual nº 815, em 30 de julho de 1996, tornando-se a primeira região metropolitana
brasileira sem status de capital estadual e formada por nove municípios: Bertioga,
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Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, São Vicente e a sede
regional Santos.
Com isso, os serviços públicos que transcendiam os limites dos municípios, não
possuíam uma política urbana metropolitana e a constituição federal não fazia menção
a participação popular. (SANTOS, 2002, pág. 67) já chamava a atenção para a
proximidade maior da sociedade com atenção a questão metropolitana:
Um dos serviços públicos que não possuía política urbana metropolitana foi o serviço
de transportes coletivos urbanos. Ao longo da história, cada município criou
instrumentos para operação dos transportes urbanos e assim não havia uma gestão
integrada de transportes.
O governo federal, para tratar dos problemas de transporte passou a construir túneis,
redes de vias expressas e viadutos, com uma politica rodoviarista, a priorização do
transporte individual em detrimento coletivo, desconsiderando os modos de
transportes não motorizados e a total desarticulação entre o planejamento urbano e
de transportes. Soma se a isto, a falta de integração entre os municípios para a
elaboração de uma política de mobilidade urbana que trata se do deslocamento
regional e do desenvolvimento qualitativo dos municípios. Conforme apontam
(COSTA apud CLERCQ e STRAATEMEIER, 2008, pág. 24)
“Há uma persistente separação entre transportes e uso do solo nos processos de
planejamento urbano, demandando uma abordagem integrada. Ao contrário do
amplo consenso a respeito do tema no meio acadêmico e profissional, observa se
na prática pouca integração entre transporte e uso solo. Os resultados são
políticas inconsistentes que carecem de maior integração.”
Pesquisas abaixo nos fornece informações que os governantes precisam investir mais
em mobilidade urbana e prioriza o sistema de transporte coletivo urbano.
O Veículo Leve sobre Trilhos será um novo modo de transporte, trem de superfície,
que será integrado as cidades no mesmo nível dos pedestres, compondo o território
existente e criando novas referências na cidade. Terá uma integração com o sistema
de ônibus metropolitanos e balsa, barcas e catraias.
Os resultados da pesquisa, nos mostra que 80% das viagens diárias dentro da Região
Metropolitana são de responsabilidade dos municípios de Santos, São Vicente,
Guarujá e Praia Grande.
O VLT aproveitou o mesmo traçado do TIM e antiga linha ferroviária em grande parte
do traçado. Como trecho prioritário, foi definido a ligação entre São Vicente (Terminal
Barreiros) até Santos (Terminal Porto), além da extensão até o Terminal Valongo
(centro de Santos). Como complemento a extensão da rede de transporte coletivo em
um cenário de 2020, foi previsto uma ligação do Terminal São Vicente ao Terminal
Valongo, utilizando as vias Antônio Emmerick e Nossa Senhora de Fátima, pela zona
noroeste da cidade de Santos por VLT e a ligação por um corredor de ônibus
metropolitano (BRT) entre os terminais São Vicente e Samambaia/Caiçara, integrando
primeiramente com o município da Praia Grande e futuramente com os municípios de
Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe. Com isso, no horizonte de 20 anos a rede
metropolitana de transportes terá aproximadamente 55km.
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Os municípios de Santos, São Vicente e Praia Grande, são cidades que tem muita
influência na região, conforme dados apresentados pelo Observatório das Metrópoles
no Índice de Bem Estar Urbano e pela Secretaria de Transportes Metropolitanos na
Pesquisa Origem e Destino 2007 – RMBS. Serão feitas analises empíricas sobre a
organização do governo de cada município e como se dá a relação com o Sistema
Integrado Metropolitano. O município de São Vicente, possui uma organização de
governo simples, com todas as secretarias vinculadas ao prefeito. Conforme a
imagem abaixo.
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O atual prefeito da cidade Luís Claudio Bili, concedeu uma entrevista ao (Jornal da
Orla, 2014), no dia 01/08/2014 e diz da importância do VLT para o desenvolvimento
de São Vicente.
Bili destacou as parcerias com os governos federal e estadual e disse que o VLT
vai humanizar o serviço de transporte coletivo na cidade. "Vai dar conforto,
qualidade, é um sonho que está sendo realizado".
Efeitos positivos
Impacto
Bili afirma que são três obras de grande impacto que estão sendo realizadas
simultaneamente e que, por isso, provocam transtorno, "estressam o cidadão. Nós
sofremos um pouquinho com isso, mas a situação está se estabilizando e a
passagem do ano vai significar um réveillon melhor para o vicentino. O prefeito
também destacou a importância para toda a região da construção do túnel ligando
São Vicente a Santos, obra cujos recursos foram garantidos durante recente visita,
a Santos, da presidente Dilma Rousseff.
O traçado em verde é a extensão do trecho entre Samaritá (São Vicente) até Tatico
(Praia Grande).
Mourão estava acompanhado do prefeito de São Vicente, Luis Carlos Bili, com
quem tem mantido conversas a respeito da possibilidade de os dois municípios
trabalharem em conjunto no sentido de implantar o BRT em Praia Grande,
facilitando o acesso dos moradores das cidades de Mongaguá, Itanhaém e
Peruíbe ao VLT que será implantado até o Samaritá, em São Vicente.
Mourão enfatiza ainda que o BRT tem flexibilidade maior por não exigir a
implantação de trilhos. “São duas opções de trajeto, com custo menor e servindo
melhor porque a diferença do VLT para o VLP (Veículo Leve Sobre Pneu) é só
que um anda sobre trilho e o outro sobre pneu, mas o sistema do BRT como os
dos trens tem ar condicionado, atende 280 pessoas em cada carro, trabalha em
faixa exclusiva, tem o pagamento da tarifa pré-embarque, estações de embarque
com ar condicionado, piso de granito e é envidraçada”; Outra vantagem é passará
ao longo também da Via Expressa Sul.
Com isso, o município de Praia Grande tem uma grande importância e poder político
na melhoria da mobilidade urbana da Região Metropolitana da Baixada Santista.
Assim Santos tem uma organização de governo, com secretarias e empresas públicas
vinculadas ao prefeito. Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Companhia de
Engenharia de Tráfego (CET), são os órgãos gestores locais responsáveis pela
implantação do VLT.
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Com a mudança, a empresa teve que elaborar um novo projeto básico e realizar
novos estudos de impacto ambiental. A alteração, segundo o presidente da EMTU,
Joaquim Lopes, atrasou a viabilização das obras do segundo trecho. “Tivemos
que fazer uma nova licitação, o que impôs ao cronograma um prazo adicional
muito grande. O importante é que a gente está saindo com um projeto em
consenso (com o Município)”
Santos ainda com uma estruturação de governo antiga e sem um olhar para a
mobilidade urbana da região metropolitana da baixada santista, amplia os problemas
de transportes regionais e afeta a população que carece de transporte coletivo urbano
de qualidade.
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4 CONCLUSÃO
Além disto, para enriquecer a analise, explicitamos as melhorias que a RMBS está
passando com a criação do sistema integrado metropolitano da baixada santista, que
tem como eixo estruturador o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).
5 REFERÊNCIAS
BLOG Ponto de ônibus. Obras do VLT devem começar em junho, 08 fev. 2012.
Disponivel em: <https://blogpontodeonibus.wordpress.com/2012/02/08/obras-do-vlt-
do-litoral-devem-comecar-em-junho/>. Acesso em: 14 nov. 2014.
EUROFORUM. Draft paper State of the art of research and development in the
field of urban mobility, 2007. Disponivel em:
<http://www.emta.com/IMG/pdf/SoA_FinalDraft_160207_FINAL.pdf>. Acesso em: 09
nov. 2014.
EXAME. Transporte público é prioridade? Pois veja estes números, 29 jul. 2014.
Disponivel em: <http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/5-provas-de-que-o-
transporte-publico-deveria-ser-prioridade>.
TV A HORA. Mourão defende que VLT contemple Litoral Sul, 2013. Disponivel
em: <http://www.tvahora.com.br/22999>. Acesso em: 10 nov. 2014.