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Eliozardo Come
Marzénio Mussanto
Nuzimira
Olívia Duvane
Licenciatura em Historia
Civilização Inca
Universidade-Save
Maxixe
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2024
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Eliozardo Come
Marzénio Mussanto
Nuzimira
Olívia Duvane
Civilização Inca
Universidade-Save
Maxixe
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2024
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Índice
1. Introdução.........................................................................................................................3
1.1 Objectivos............................................................................................................................4
1.1.1Geral...............................................................................................................................4
1.1.2 Específicos.....................................................................................................................4
1.2 Metodologia........................................................................................................................4
1.7 Na religião.........................................................................................................................12
3. Contribuições..................................................................................................................15
4. Conclusão............................................................................................................................16
5. Referências bibliográficas..............................................................................................17
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1. Introdução
A civilização inca, situada nas regiões Andinas da América do Sul, desperta um fascínio
duradouro e uma admiração pela sua notável complexidade social, cultural e política. Entre
os séculos XV e XVI, os incas construíram um império vasto e poderoso, estendendo-se por
mais de 4.000 quilómetros, desde o Equador até o Chile. Sua capital, Cusco, era o centro de
um sistema administrativo e religioso elaborado, que integrava diversas etnias e povos sob o
domínio Incaico.
1.1 Objectivos
1.1.1Geral
Compreender a complexidade da civilização inca, abordando seus aspectos políticos,
económicos, religiosos e culturais, e seu legado na história da América do Sul.
1.1.2 Específicos
Investigar a organização política da civilização inca, analisando a estrutura de poder,
os mecanismos de controlo social e a divisão administrativa do império.
Explorar a economia incaica, examinando as práticas agrícolas, o sistema de
redistribuição de recursos e o papel do comércio no desenvolvimento económico do
império.
Analisar a religião e a cosmo visão dos incas, investigando suas crenças, práticas
religiosas e o papel dos sacerdotes no contexto social e político da civilização.
1.2 Metodologia
Para efectivação deste trabalho foi necessário, recorrermos a busca bibliográfica, o que levou
a leitura de diversos livros e artigos publicados.
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1. Manco Capac (XI – XII d.C.): Considerado o fundador da cidade de Cuzco e o construtor
de Inticancha (Templo do Sol);
6. Inca Roca: Sublevou todos os partidários do seu antecessor e abandonou o Templo do Sol
(Inticancha) no Hurin Cusco (cidade alta); construiu seu próprio palácio no Hana Cusco
(cidade baixa);
O palácio dos soberanos era os maiores da capital. Os edifícios mais imponentes eram:
Amarucancha (gigante estrutura de pedra) e Corincancha (o real pátio do sol). A Praça de
Aucaypata era o centro geográfico do Império, o marco zero de onde partiam todas as
estradas que levavam aos quatro cantos dos seus domínios.
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Para tornar-se um Inca, ele deveria ser filho legítimo da união entre o soberano e uma de suas
irmãs. Caso isso não ocorresse, haver-se-ia de fazer uma cerimónia de legitimação.
A esposa irmã paterna do Inca também fazia parte da realeza. Seu título era Coya, contudo,
por extensão, era chamado de Filha do Sol. Seu filho, chamado Pihuichuri, tinha direito
legítimo à sucessão do trono. O Inca ainda podia contrair casamentos externos com as Shipa
Coya (concubinas) ou com as Pihui (casamentos estabelecidos por interesse político). Os
filhos de tais casamentos, apesar de serem considerados bastardos, tinham o direito de
participar da realeza.
A nobreza era constituída por aristocratas que tinham amplas funções na administração do
Estado.
haviam conquistado o direito de ser nobre por algum serviço relevante prestado ao
Inca ou a sociedade.
O ayllu era a unidade administrativa do Império. A referida instituição surgiu no período pré-
incaico e, de pronto, converteu-se na base de sustentação da estrutura governamental incaica.
Na realidade, o Império era formado por um conjunto de ayllus.
Cada ayllu constituía um sistema formado por uma ampla rede de relações sociais,
económicas, políticas e religiosas. Essencialmente, um ayllu representava a família de um
grupo de famílias unidas com base nas relações de parentesco. O vínculo de parentesco dava-
se porque os membros do ayllu tratavam-se como irmãos; pois acreditavam descender de um
antepassado comum, o Ñaupaquenc, uma espécie de totem do agrupamento multifamiliar. A
partir daí, eles trabalhavam juntos e eram administrados por um funcionário real chamado
curaca.
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Além do Sapa Inca, o governo incaico era composto por uma elite burocrática conhecida
como nobreza, que administrava as diversas regiões do império. Essa nobreza desfrutava de
privilégios e poderes significativos, sendo responsável pela implementação das políticas do
Sapa Inca em nível local.
Hemming ressalta ainda que o sistema de comunicação e transporte dos incas desempenhou
um papel fundamental na manutenção da coesão política do império. Uma rede extensa de
estradas ligava as diferentes partes do território incaico, permitindo a rápida mobilização de
tropas e o transporte de mensagens entre as províncias.
Em resumo, John Hemming destaca que a organização política da civilização inca era
caracterizada por uma forte centralização de poder nas mãos do Sapa Inca, apoiado por uma
elite burocrática e um sistema de administração eficiente que garantia a autoridade imperial
sobre um território vasto e diversificado.
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A terra era chamada de Pachamama e foi convertida em deusa, Sem a terra nada existia, ela
era a base do Tahuantisuyo; tudo estava ligado à terra: o culto, o calendário, a mitologia, a
vida social, tudo girava em torno dela. No Império do Sol não existia dinheiro. O comércio
era realizado a base do escambo (troca).
O comércio local era realizado através de feiras que aconteciam nas praças. Todos podiam
negociar e não havia mendigos. As feiras tinham início ao amanhecer e terminavam com o
pôr do sol, chegado ao seu ponto culminante ao meio dia. O excedente da produção de cada
família, aldeia e região era armazenado em depósitos para a comercialização nas feiras e nos
mercados. Existia o depósito do sol destinado aos sacerdotes, o dos Incas destinado ao
Imperador e sua nobreza e, finalmente, o do povo. Os produtos eram armazenados em lugar
seguro, onde havia toda uma logística contra as intempéries e roubos.
Cabia ao Estado repartir o que a comunidade produzia. Poder-se-ia dividir não só alimentos,
como também moradia e vestimentas. A alimentação dos incas era feita à base de vegetais,
legumes, raízes, tubérculos, algas, cereais e frutas. As carnes de lhamas e alpacas também
poderiam ser consumidas. Eles costumavam usar o sal para conservar e cozinhar os
alimentos. Costumavam fazer três refeições diárias em comidas preparadas em panelas feitas
de barro.
O trabalho era visto como sinónimo de saúde e felicidade. Para os Incas, o ócio representava
um delito grave. Cada pessoa tinha uma função, independente de sexo ou condição física. Até
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os deficientes visuais eram responsáveis por catar piolhos nos demais para evitar a infestação
de parasitas.
1.7 Na religião
A religião da civilização inca é um tema complexo e fascinante, e um dos principais
estudiosos que fornecem uma análise abrangente sobre esse assunto é o arqueólogo e
antropólogo John Howland Rowe.
Rowe dedicou grande parte de sua carreira ao estudo da religião inca, e suas pesquisas são
fundamentais para entendermos as crenças, práticas e rituais religiosos dos incas.
Segundo Rowe, a religião dos incas era profundamente ligada à natureza e à ideia de
reciprocidade com as divindades. Os incas adoravam uma grande variedade de deuses,
conhecidos como "Apus", que representavam elementos da natureza, como montanhas, rios e
animais. Além disso, o culto ao Sol (Inti) ocupava uma posição central na religião inca, sendo
considerado a divindade suprema.
Outro aspecto importante da religião inca era a prática da mumificação real, na qual os corpos
dos governantes falecidos eram preservados e mantidos em templos para serem adorados
como deidades.
A religião permeava todos os aspectos da vida incaica, desde a política até a agricultura, e
desempenhava um papel central na coesão social e na manutenção da ordem no império.
Rowe destaca que a arquitetura incaica era caracterizada por sua solidez, engenhosidade e
harmonia com o ambiente natural. Os incas construíram impressionantes estruturas, como
templos, palácios, fortalezas e centros urbanos, utilizando técnicas avançadas de construção e
pedra.
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Um dos exemplos mais emblemáticos da arquitectura inca é Machu Picchu, uma cidade
perdida no topo de uma montanha nos Andes peruanos. Esta cidade é um testemunho da
habilidade dos incas em construir monumentos duráveis e integrá-los harmoniosamente ao
ambiente natural.
A tecelagem era outra forma de arte altamente desenvolvida entre os incas, com tecidos
coloridos e intrincados padrões sendo usados para vestimentas, tapeçarias e objectos
cerimoniais. Os incas também eram habilidosos em trabalhar metais preciosos, como ouro e
prata, produzindo jóias e objectos rituais de grande beleza e complexidade.
A escultura incaica, embora menos conhecida do que outras formas de arte, também produziu
obras impressionantes, como as famosas cabeças-troféu e as esculturas em pedra encontradas
em templos e palácios.
2. Sistema de comunicação
Segundo Hyslop, destaca que os incas desenvolveram uma extensa rede de comunicação que
permitia a transmissão rápida de mensagens e informações em todo o império. Essa rede de
comunicação consistia principalmente em três elementos principais:
Além desses elementos, os incas também desenvolveram uma rede de estradas pavimentadas
que ligava as diferentes partes do império, facilitando o movimento de pessoas e mercadorias,
bem como a transmissão de mensagens.
3. Contribuições
4. Conclusão
Em conclusão podemos perceber que, a civilização inca foi uma das mais impressionantes e
avançadas da América pré-colombiana, deixando um legado cultural e arquitectónico
duradouro. Seu sistema político altamente centralizado, sua economia baseada na
redistribuição de recursos e sua rica religiosidade são aspectos fundamentais para
compreendermos a história e a influência dos incas na região dos Andes. Ao estudar a
civilização inca, podemos não apenas aprender sobre uma cultura fascinante do passado, mas
também reflectir sobre questões de poder, organização social e sustentabilidade que são
relevantes até os dias de hoje.
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5. Referências bibliográficas
Urton, G. (1997). The Social Life of number:A Quechua Ontology of Numbers and
Philosophy of Arithmetic. University of texas Press .