Você está na página 1de 112

APRESENTAÇÃO

Caro(a) aluno(a)

O HPLUS, com sua exclusiva metodologia educacional em período integral e a Revisão


Intercalada (R.I.) tem o objetivo de verificar a aprendizagem dos tópicos estudados, intercalando
os variados assuntos vistos até então. Essa retomada não esgota os temas aprendidos,
apenas reforça a assimilação do conteúdo e prepara o aluno para os próximos assuntos.
O material é composto por questões dissertativas, fundamentais para o sucesso nas provas de 2.ª
fase dos principais vestibulares. Esses exercícios visam exercitar tanto seu pensamento crítico e
capacidade de argumentação quanto sua memória e escrita.

Equipe Hplus
SUMÁRIO
LINGUAGENS, CÓDIGOS e suas tecnologias
GRAMÁTICA 5
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 11
LITERATURA 18
INGLÊS 24

CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias


HISTÓRIA GERAL 31
HISTÓRIA DO BRASIL 36
GEOGRAFIA 1 43
GEOGRAFIA 2 49
FILOSOFIA 51
SOCIOLOGIA 57

CIÊNCIAS DA NATUREZA e suas tecnologias


BIOLOGIA 1 60
BIOLOGIA 2 66
BIOLOGIA 3 70
FÍSICA 1 74
FÍSICA 2 78
FÍSICA 3 83
QUÍMICA 1 86
QUÍMICA 2 91
QUÍMICA 3 96

MATEMÁTICA e suas tecnologias


MATEMÁTICA 1 99
MATEMÁTICA 2 101
MATEMÁTICA 3 105
R.I. (Revisão Intercalada)

calor escaldante do banheiro e da situação. Liberto da b) Explique de que forma, no texto, a referenciação
roupa incômoda, abriu a porta do quarto. Lá dentro, contribui para a progressão do discurso.
sua mulher e seus filhos, em coro com a secretária,
esperavam-no atacando “Parabéns pra você”. 4. (UNICAMP) Leia os seguintes artigos do Capítulo
(70 historinhas, 2016.) VIII do novo Código Civil (Lei n0. 10.406, de 10 de
janeiro de 2002):
2. (FCMSCSP 2022)
Art. 1.548. É nulo o casamento contraído:
a) Cite duas características do gênero crônica pre- I - pelo enfermo mental sem o necessário discernimen-
sentes no texto. to para os atos da vida civil;
b) As palavras podem mudar de classe gramatical II - por infringência de impedimento.
sem sofrer modificação na forma. A este proces-
so de enriquecimento vocabular pela mudança de (...)
classe das palavras dá-se o nome de “derivação
imprópria”. Art. 1.550. É anulável o casamento:
(Celso Cunha. Gramática essencial, 2013. Adaptado.) I - de quem não completou a idade mínima para casar;
...)
Considere as seguintes expressões extraídas da crôni-
ca: “mínima alusão” (1º parágrafo), “solidão moral” VI - por incompetência da autoridade celebrante.
(4º parágrafo), “suaves brincadeiras” (4º parágrafo),
“noite besta” (8º parágrafo), “horas amenas” (8° a) Os enunciados que introduzem os artigos 1.548 e
parágrafo), “inspeção prévia” (12º parágrafo). 1.550 têm sentido diferente. Explique essa dife-
rença, comparando, do ponto de vista morfológi-
Cite uma expressão em que ocorre derivação impró- co, as palavras NULO e ANULÁVEL.
pria. Justifique sua resposta. b) Segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portu-
guesa (2001), INFRINGÊNCIA vem de INFRINGIR
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (violar, transgredir, desrespeitar) “+ência”. Com-
Leia o fragmento seguinte, extraído do livro Memó- pare o processo de formação dessa palavra com o
rias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de incompetência, indicando eventuais diferenças
de Almeida, em que é relatado o primeiro encontro e semelhanças.
entre as personagens Leonardo Pataca e Luisinha.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
Depois de mais algumas palavras trocadas entre os
dois, D. Maria chamou por sua 1sobrinha, e esta OS DIFERENTES
apareceu. Leonardo lançou-lhe os olhos, e a custo
conteve o riso. Era a sobrinha de D. Maria já muito Descobriu-se na Oceania, mais precisamente na ilha
desenvolvida, porém que, tendo perdido as graças de de Ossevaolep, um povo primitivo, que anda de cabe-
menina, ainda não tinha adquirido a beleza de moça: ça para baixo e tem vida organizada.
era alta, magra, pálida: andava com o queixo enter- É aparentemente um povo feliz, de cabeça muito
rado no peito, trazia as pálpebras sempre baixas e sólida e mãos reforçadas. Vendo tudo ao contrário, não
olhava a furto; tinha os braços finos e compridos; perde tempo, entretanto, em refutar a visão normal do
o cabelo, cortado, dava-lhe apenas até o pescoço, e mundo. E o que eles dizem com os pés dá a impressão
como andava mal penteada e trazia a cabeça sempre de serem coisas aladas, cheias de sabedoria.
baixa, uma grande porção lhe caía sobre a testa e Uma comissão de cientistas europeus e americanos
olhos como uma viseira. Trajava nesse dia um vesti- estuda a linguagem desses homens e mulheres, não
do de chita roxa muito comprido, quase sem roda, e tendo chegado ainda a conclusões publicáveis. Al-
de cintura muito curta; tinha ao pescoço um lenço guns professores tentaram imitar esses nativos e fo-
encarnado de Alcobaça. Por mais que o compadre a ram recolhidos ao hospital da ilha. Os cabecences-pa-
questionasse, apenas murmurou algumas frases inin- ra-baixo, como foram denominados à falta de melhor
teligíveis com voz rouca e sumida. Mal a deixaram classificação, têm vida longa e desconhecem a gripe
livre, desapareceu sem olhar para ninguém. Vendo-a e a depressão.
ir-se, Leonardo tornou a rir-se interiormente. (ANDRADE, Carlos Drummond de. Prosa Seleta.
ALMEIDA, M. A. Memórias de um sargento de milícias. São Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003. p. 150)
Paulo: Klick Editora, 2000.

3. (UEMA 2020) Ao longo do fragmento, o termo “so-


brinha”, citado na referência 1, é retomado por meio
da referenciação anafórica.

a) Transcreva do texto dois exemplos em que essas


ocorrências sejam realizadas com o pronome oblí-
quo. Destaque, na sua resposta, o pronome oblí-
quo em cada transcrição.

6
R.I. (Revisão Intercalada)

5. (UFRJ - ADAPTADA) No texto, há diversos sintag- Na prática, no entanto, a situação é mais complica-
mas nominais - construções com núcleo substantivo da: existem dois tipos de pergunta, o “por quê?” e o
acompanhado ou não de termos com função adjetiva “como?”. Nem sempre a ciência pode ou mesmo tenta
- que caracterizam o “povo primitivo”. ou deve EXPLICAR o porquê das coisas. Perguntas do
tipo “como” são em geral muito mais apropriadas à
a) Retire do texto dois desses sintagmas. missão da ciência de descrever a realidade em que
b) A caracterização normalmente atribuída a um povo vivemos.
primitivo como não evoluído não se confirma no A teoria de Newton é extremamente bem-sucedida,
texto II. Justifique essa afirmativa, utilizando os EXPLICANDO uma série de observações e fenômenos
sintagmas escolhidos no item a. que presenciamos no nosso dia. Quando perguntaram
a ele por que massas se atraem, respondeu que pre-
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO feria não inventar hipóteses sobre o assunto: uma
teoria científica pode se contentar em descrever o
(...) Antes de concluir este capítulo, fui à janela in- fenômeno, com alta precisão.
dagar da noite por que razão os sonhos haviam de ser FOLHA DE S. PAULO, São Paulo, 18 jun. 2006, p. 9. Mais!
assim tão tênues que se esgarçavam ao menor abrir (Adaptado).
de olhos ou voltar de corpo, e não continuavam mais.
A noite não me respondeu logo. Estava deliciosamen- 7. (UEG) Considerando o processo de derivação que
te bela, os morros palejavam* de luar e o espaço mor- aparece no título do texto, responda:
ria de silêncio. Como eu insistisse, declarou-me que a) Quais as classes gramaticais anteriores e as poste-
os sonhos já não pertenciam à sua jurisdição. Quando riores ao processo?
eles moravam na ilha que Luciano** lhes deu, onde b) Que recurso gráfico e que recurso linguístico indi-
ela tinha o seu palácio, e donde os fazia sair com as cam a efetivação desse processo?
suas caras de vária feição, dar-me-ia explicações pos-
síveis. Mas os tempos mudaram tudo. Os sonhos anti- TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
gos foram aposentados, e os modernos moram no cé-
rebro das pessoas. Estes, ainda que quisessem imitar UM CHAMADO JOÃO
os outros, não poderiam fazê-lo; a ilha dos sonhos,
como a dos amores, como todas as ilhas de todos os João era fabulista?
mares, são agora objeto da ambição e da rivalidade da fabuloso?
Europa e dos Estados Unidos. fábula?
Era uma alusão às Filipinas. Pois que não amo a polí- Sertão místico disparando
tica, e ainda menos a política internacional, fechei a no exílio da linguagem comum?
janela e vim acabar este capítulo para ir dormir.
(Machado de Assis, Dom Casmurro. Adaptado) Projetava na gravatinha
a quinta face das coisas
* palejar = tornar-se pálido, empalidecer. inenarrável narrada?
** Luciano= escritor grego, criador do diálogo satí- Um estranho chamado João
rico. para disfarçar, para farçar
o que não ousamos compreender?
6. (FGV - ADAPTADA) Considere o trecho: “... os so-
nhos haviam de ser assim tão tênues que se esgarça- (...)
vam ao menor abrir de olhos ou voltar de corpo...”
Mágico sem apetrechos,
Explique a diferença que há, quanto à morfologia,
civilmente mágico, apelador
com a palavra “abrir” em:
de precípites prodígios acudindo
I. “... ao menor abrir de olhos...”
a chamado geral?
II. Ao abrir os olhos, viu um mundo que não conhecia.
(...)
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
Ficamos sem saber o que era João
O “POR QUÊ?” E O “COMO?” e se João existiu
Marcelo Gleiser
deve pegar.
(Carlos Drummond de Andrade, em Correio da Manhã,
Uma das concepções mais comuns da ciência é que 22/11/1967, publicado em Rosa, J. G. “Sagarana”. Rio de
ela tem o dever de EXPLICAR o porquê de tudo. Por Janeiro: Nova Fronteira, 2001.)
exemplo, por que a Terra gira em torno do sol e não
o contrário? Por que existe vida na Terra e não em
Vênus? Por que algumas pessoas têm olhos azuis e
outras castanhos?

7
R.I. (Revisão Intercalada)

8. (UNICAMP - ADAPTADA) 9. (UNESP) Na crônica apresentada, Fernando Pessoa


atribui três características negativas à celebridade,
a) No título o vocábulo “chamado” sintetiza dois descrevendo-as no segundo, terceiro e quarto pará-
sentidos com que a palavra aparece no poema. grafos. Releia esses parágrafos e aponte os três subs-
Explique esses dois sentidos, indicando como es- tantivos empregados pelo poeta que sintetizam essas
tão presentes nas passagens em que “chamado” características negativas da celebridade.
se encontra.
b) Na primeira estrofe do poema a palavra “fábula” TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
é derivada em “fabulista” e “fabuloso”. Mostre de
que modo a formação morfológica das três palavras Examine este anúncio de uma instituição financeira,
contribui para a formação da imagem de Guimarães cujo nome foi substituído por X, para responder às
Rosa. questões a seguir.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO

CRÔNICA DA VIDA QUE PASSA

Às vezes, quando penso nos homens célebres, sinto


por eles toda a tristeza da celebridade.
A celebridade é um plebeísmo. Por isso deve ferir uma
alma delicada. É um plebeísmo porque estar em evi-
dência, ser olhado por todos inflige a uma criatura
delicada uma sensação de parentesco exterior com as
criaturas que armam escândalo nas ruas, que gesti-
culam e falam alto nas praças. O homem que se tor-
na célebre fica sem vida íntima: tornam-se de vidro
as paredes de sua vida doméstica; é sempre como se
fosse excessivo o seu traje; e aquelas suas mínimas
ações - ridiculamente humanas às vezes - que ele
quereria invisíveis, coa-as a lente da celebridade para
espetaculosas pequenezes, com cuja evidência a sua
alma se estraga ou se enfastia. É preciso ser muito
grosseiro para se poder ser célebre à vontade.
Depois, além dum plebeísmo, a celebridade é uma
contradição. Parecendo que dá valor e força às cria-
turas, apenas as desvaloriza e as enfraquece. Um
homem de gênio desconhecido pode gozar a volúpia
suave do contraste entre a sua obscuridade e o seu
gênio; e pode, pensando que seria célebre se quises-
se, medir o seu valor com a sua melhor medida, que
é ele próprio. Mas, uma vez conhecido, não está mais
na sua mão reverter à obscuridade. A celebridade é ir-
reparável. Dela como do tempo, ninguém torna atrás
ou se desdiz.
E é por isto que a celebridade é uma fraqueza tam-
bém. Todo o homem que merece ser célebre sabe que
não vale a pena sê-lo. Deixar-se ser célebre é uma
fraqueza, uma concessão ao baixo-instinto, feminino
ou selvagem, de querer dar nas vistas e nos ouvidos.
Penso às vezes nisto coloridamente. E aquela frase de
que “homem de gênio desconhecido” é o mais belo
de todos os destinos, torna-se-me inegável; parece-
-me que esse é não só o mais belo, mas o maior dos
destinos.
(FERNANDO PESSOA. Páginas íntimas e de auto-interpretação.
Lisboa: Edições Ática, [s.d.], p. 66-67.)

8
R.I. (Revisão Intercalada)

10. (FUVEST) Com base na parte escrita do anúncio, esperança de avanço na carreira, explorado pelos ver-
responda. dadeiros donos do negócio, que esses é que se vão
aproveitando das necessidades de quem é pobre. (...)
a) Qual é a relação temporal que se estabelece entre Foi só quando já estava perto da casa do cego que a
os verbos “conhecer”, “oferecer”, “proporcionar” ideia se lhe apresentou com toda a naturalidade (...).
e “alcançar”? Explique. Os cépticos acerca da natureza humana, que são mui-
b) Complete a frase abaixo, flexionando de forma tos e teimosos, vêm sustentando que se é certo que
adequada os verbos “oferecer”, “proporcionar” e a ocasião nem sempre faz o ladrão, também é certo
“alcançar”. que o ajuda muito. 2Quanto a nós, permitir-nos-emos
pensar que se o cego tivesse aceitado o segundo ofe-
Conhecer profundamente os negócios de nossos clien- recimento do afinal falso samaritano, naquele derra-
tes é só o primeiro passo que permite que __________ deiro instante em que a bondade ainda poderia ter
sempre respostas mais rápidas, __________ decisões prevalecido, referimo-nos o oferecimento de lhe ficar
mais assertivas e __________ melhores resultados. a fazer companhia enquanto a mulher não chegasse,
quem sabe se o efeito da responsabilidade moral re-
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO sultante da confiança assim outorgada não teria ini-
Leia o poema para responder à(s) questão(ões). bido a tentação criminosa e feito vir ao de cima o que
de luminoso e nobre sempre será possível encontrar
Mãe mesmo nas almas mais perdidas.
JOSÉ SARAMAGO
Mãe – que adormente este viver dorido. Ensaio sobre a cegueira. São Paulo: Companhia das Letras,
E me vele esta noite de tal frio, 1995.
E com as mãos piedosas até o fio
Do meu pobre existir, meio partido... 12. (UERJ) Observe a mudança de posição do advérbio
afinal nos enunciados a seguir:
Que me leve consigo, adormecido,
Ao passar pelo sítio mais sombrio... 1) Quanto a nós, permitir-nos-emos pensar que se
Me banhe e lave a alma lá no rio o cego tivesse aceitado o segundo oferecimento
Da clara luz do seu olhar querido... do afinal falso samaritano, (ref. 2)
2) Quanto a nós, permitir-nos-emos pensar que se
Eu dava o meu orgulho de homem – dava o cego tivesse aceitado afinal o segundo ofere-
Minha estéril ciência, sem receio, cimento do falso samaritano.
E em débil criancinha me tornava,
Explique a diferença de sentido entre os enunciados,
Descuidada, feliz, dócil também, a partir da posição do advérbio. Justifique, ainda, a
Se eu pudesse dormir sobre o teu seio, opção pela primeira construção, tendo em vista a se-
Se tu fosses, querida, a minha mãe! quência dos acontecimentos.
(Antero de Quental. Antologia, 1991)
13. (FUVEST - ADAPTADA) Leia o seguinte texto, ex-
11. (FGV) Com base no poema, traído de uma biografia do compositor Carlos Gomes.

a) explique o que representa a mãe para o eu lírico, “No ano seguinte [1860], com o objetivo de consoli-
tendo em vista o que ele vive e o que desejaria dar sua formação musical, [Carlos Gomes] mudou-se
viver. Justifique sua resposta com informações do para o Rio de Janeiro, contra a vontade do pai, para
texto; iniciar os estudos no conservatório da cidade. “Uma
b) reescreva os versos “Eu dava o meu orgulho de ho- ideia fixa me acompanha como o meu destino! Tenho
mem – dava / Minha estéril ciência, sem receio, / culpa, porventura, por tal cousa, se foi vossemecê
E em débil criancinha me tornava,”, substituindo que me deu o gosto pela arte a que me dediquei e se
os verbos “dar” e “tornar”, respectivamente, por seus esforços e sacrifícios fizeram-me ganhar ambição
“abster-se” e “converter-se”, conjugados em ou- de glórias futuras?”, escreveu ao pai, aflito e cheio
tro tempo verbal, adequado ao contexto. de remorso por tê-lo contrariado. “Não me culpe pelo
passo que dei hoje. [...] Nada mais lhe posso dizer
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO nesta ocasião, mas afirmo que as minhas intenções
Ao oferecer-se para ajudar o cego, o homem que de- são puras e espero desassossegado a sua bênção e o
pois roubou o carro não tinha em mira, nesse mo- seu perdão”, completou.”
mento preciso, qualquer intenção malévola, muito http://musicaclassica.folha.com.br
pelo contrário, o que ele fez não foi mais que obede-
cer àqueles sentimentos de generosidade e altruísmo Sobre o advérbio “porventura”, presente na carta do
que são, como toda a gente sabe, duas das melhores compositor, o dicionário “Houaiss” informa: “usa-se
características do género humano, podendo ser en- em frases interrogativas, especialmente em pergun-
contradas até em criminosos bem mais empedernidos tas delicadas ou retóricas.”
do que este, simples 1ladrãozeco de automóveis sem Aplica-se ao texto da carta essa informação? Justifi-
que sua resposta.

9
R.I. (Revisão Intercalada)

14. (FGV 2022) Leia o trecho inicial do artigo “Desem- temática, nem um fenômeno da ginástica olímpica.
prego, desalento e informalidade”, do sociólogo José Trinta e três anos. A idade de Cristo, alguém diz, e
Pastore. você logo pensa, repetindo um dos cacoetes de sua
faixa etária: o que ele já tinha alcançado com a mi-
Como pode o Brasil se livrar desses três graves proble- nha idade? Bom, tinha transformado água em vinho,
mas? É a pergunta que mais recebo de estudantes e multiplicado peixes e pães, andado sobre as águas,
jornalistas. Infelizmente, não existe uma bala de pra- levantado defuntos e conquistado uma multidão de
ta. O emprego de hoje reflete o investimento de on- fiéis em toda Judeia, Galileia, Samaria, Efraim e ar-
tem. E, nos dias atuais, o Brasil investe apenas 15% redores. E você, que não tem nem casa própria? Tam-
do PIB, o que é irrisório para atender às necessidades bém, naquele tempo era mais fácil – você tenta se
de trabalho. consolar –, não tinha tanta concorrência e, oras, o
Mas, mesmo na retomada dos investimentos, espe- cara era filho de Deus, o que não só abre portas, abre
cula-se sobre o impacto das tecnologias poupadoras até o Mar Vermelho! Mas você se compara, mesmo
de mão de obra. Sabe-se que elas destroem e criam assim: Jesus deve ter andado sobre as águas com o
empregos. Entretanto, as novas vagas só podem ser quê? Dezessete? Orson Welles fez Cidadão Kane com
aproveitadas por trabalhadores que têm a qualifica- vinte e cinco. Rimbaud escreveu toda a obra até os
ção exigida por elas. dezenove! E você tão feliz por ter conseguido mais
Esse ajuste não é trivial. O Brasil possui poucos em- quinze seguidores no Twitter...
pregos e trabalhadores de alta qualidade. A maioria (O lance do Mar Vermelho... Foi com Jesus ou com
dos atuais postos de trabalho está em setores que Moisés? Céus, trinta e três anos e você não sabe uma
requerem uma qualificação limitada: commodities, coisa dessas? Será que um dia vai saber? Quando tem
comércio e serviços simples, transporte e, marginal- treze, ou vinte e três, acha que uma hora vai apren-
mente, indústria. Bem diferente é a matriz econômi- der tudo o que não sabe, basta ficar parado que as
ca da Alemanha, por exemplo, que exporta 50% do coisas naturalmente virão e entrarão na sua cabeça.
PIB em bens e serviços de alta tecnologia. Ou seja, Agora você percebe que talvez passe a vida ignorando
exporta ideias, pesquisa e ciência que, em última certos assuntos. Mar Vermelho. As regras do gamão.
análise, estão na cabeça dos trabalhadores. Francês.)
(José Pastore. “Desemprego, desalento e informalidade”. O Pense: um homem. Pense: uma mulher. Adultos, no
Estado de S.Paulo , 26.08.2021.) sentido mais abstrato, como um casal num livro de
inglês ou num vídeo de normas de segurança do De-
a) Explique o sentido atribuído pelo autor à expres- tran. Espécimes maduros do Homo sapiens sapiens:
são “bala de prata” (1º parágrafo). eles devem ter a sua idade. Talvez tenham filhos.
Você tem filhos, ou ainda não? Repare no “ainda
b) Reescreva a frase “Sabe-se que elas destroem e não”, pois, de todas as coisas que você não conquis-
criam empregos.” (ºparágrafo), transpondo-a para tou até agora, há que saber discernir entre as que
a voz passiva e substituindo o pronome “elas” podem vir acompanhadas por um “ainda não” e aque-
pelo seu referente. las das quais é melhor desistir. Andar sobre as águas,
gênio da matemática, fenômeno da ginástica olímpi-
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO ca: não é pra todo mundo. E aos trinta e três anos,
meu chapa, é hora de admitir: você é todo mundo. Sei
DIGA TRINTA E TRÊS que é difícil. Viu filmes da Sessão da Tarde demais,
propagandas da Nike demais, foi mimado demais para
Trinta e três. Quem diria. A adolescência foi na úl- admitir que Deus não passou mais tempo moldando
tima quinta, ainda há resquícios dela na estante de a sua fôrma do que a do vizinho do 71. É a não com-
CDs, no seu vocabulário, num canto do armário – uma preensão desse banal infortúnio que faz com que haja
camisa xadrez que não vê a luz do sol desde um show em tantos rostos de sua idade um brilho opaco, um
do Faith No More, em 1997 –, mas são resquícios. fungo que brota onde o sol não bate forte o suficien-
Vez ou outra você está no supermercado, comprando te: o ressentimento.
saco de lixo, queijo minas light e amaciante, e vê Acredite em mim: aos trinta e três anos, de Jesus pra
uma turma de garotos e garotas carregando garrafas baixo, todo mundo é ressentido. Não é que as pes-
de Smirnoff Ice e sacolas de Doritos. Você olha para soas vivam vidas ruins, as aspirações é que são muito
as franjas lambidas dos meninos, para os piercings altas. A Sessão da Tarde, as propagandas da Nike...
das meninas e percebe, meio assustado, que aquele é Seu emprego é bom, mas o salário é ruim. O salário é
um mundo distante. Sente alguma vergonha do seu bom, mas o chefe é mala. O chefe é você, mas os pra-
carrinho. zos não te dão sossego. Sempre tem um cunhado que
Diga trinta e três: trinta e três. Diga: o que você fez? ganha mais, um vizinho cuja grama é mais verde, o
A essa altura da estrada, uma parada é inevitável. próximo cuja mulher é mais fornida; Jesus, aos trinta
Você desce do carro, contempla a vista do mirante. e três, o Orson Welles, aos vinte e cinco – e o mau
Não é um olhar para trás, como devem fazer os ve- exemplo do Rimbaud eu nem comento.
lhos, ao fim da vida – ou devem evitar fazê-lo, depen- Trinta e três anos. Você para. Desce do carro. Olha em
dendo –, mas um olhar em volta: isso aqui sou eu. volta. Você é o que queria ser quando crescesse? Não
Daqui pra frente, não vai mudar muito, vai? Já deu exatamente? Por que não? Será que dá pra mudar?
tempo de descobrir que você não é um gênio da ma- Quanto dá pra mudar?

10
R.I. (Revisão Intercalada)

É preciso achar lugar no peito para as frustrações. É


preciso lidar com o ressentimento e não deixar, em
hipótese alguma, que ele se transforme em cinismo –
se ressentimento é fungo, cinismo é ferrugem. Agora
volte para o carro e siga em frente. Se tudo der certo,
você não está nem na metade do caminho.
Diga trinta e três: trinta e três. Quem diria.
PRATA, Antonio. Meio intelectual, meio de esquerda.
São Paulo: Editora 34, 2010, p. 170-172.

15. (UFJF-PISM 3) Releia o último parágrafo do texto.

“Diga trinta e três: trinta e três. Quem diria.”

Explique o efeito de sentido provocado pelo emprego


do verbo “dizer” no imperativo e no futuro do preté-
rito do indicativo.

11
R.I. (Revisão Intercalada)

2. (UFRJ)
Interpretação de Texto - Que frio! - gorjeou Henriqueta, muito coquete em
seu redingote de golas de pelego, que graciosamente
envergara por cima da camisola cor-de-rosa, - Fecha,
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO fecha, Boduzinho, que este frio me mata! Que esta-
Leia o trecho do ensaio “Economia e Felicidade”, do vas a fazer lá fora com este frio, queres constipar-te
economista Eduardo Giannetti. e matar-me de cuidados?
- Já falas como uma portuguesa, é admirável como
Os gregos antigos inscreveram no templo de Apolo, tens talento para essas coisas! - disse Bonifácio Odul-
na ilha de Delfos, a máxima que sintetiza o princí- fo, encantado. - E estás linda como uma princesa!
pio da moderação: “Nada em excesso”. As instâncias Minha princesinha portuguesa!
da sabedoria apolínea abundam. A ética desligada da - Mas nunca falei lá muito à brasileira.
ciência é vazia; a ciência desligada da ética é cega. - Isto é verdade, sempre tiveste uma maneira de falar
A intuição sem lógica é dogmática; a lógica sem in- muito distinta, foi uma das primeiras coisas que pri-
tuição é eunuca. A criação apartada da tradição é meiro me atraiu em ti. E teu pai, o velho barão, fala
caótica; a tradição apartada da criação é estéril. A exatamente como um português.
liberdade sem disciplina é suicida; a disciplina sem - Disto ele sempre fez questão. Costuma dizer que,
liberdade é deserta. O sonho desprovido de senso pela voz, sempre saberão que ele nunca andou no
prático naufraga; o senso prático privado de sonho meio dos pretos e que se formou em Coimbra.
não zarpa. O ideal não é, portanto, a polaridade ex- (RIBEIRO, João Ubaldo. VIVA O POVO BRASILEIRO. 4aed. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira. 1984. p.469)
cludente — “competição ou solidariedade” —, mas o
arco teso da conjunção: “competição e solidariedade”.
Toda língua apresenta variação regional e social, não
Mas é preciso também lembrar, por fim, que o princí-
se podendo afirmar que uma variante seja superior
pio da moderação aloja uma curiosíssima contradição
a outra.
lógica. Como economista e adepto da racionalidade,
Transcreva a passagem do diálogo em que melhor se
defendo o equilíbrio, a prudência e o autocontrole
observa um julgamento de valor que contraria essa
como elementos centrais de um viver bem conduzido.
afirmação e revela preconceitos sociais e culturais.
O cálculo dos meios e a análise criteriosa dos fins
são ferramentas do agir consequente. O caminho da
3. (UFRJ)
ruptura, da entrega apaixonada e do impulso irrefle-
tido revela-se, com frequência, o atalho mais curto Terra em chamas
para o desastre e arrependimento. Juízo míope, agir
descomedido. Com seu privilégio territorial, o Brasil jamais deve-
O que acontece, entretanto, quando aplicamos o “nada ria ter o campo conflagrado. Existem 371 milhões
em excesso” apolíneo a si mesmo? Algo surpreenden- de hectares prontos para a agricultura no país, uma
te: a moderação da moderação! Do ponto de vista da área enorme, que equivale aos territórios de Argenti-
melhor vida, pecar pelo excesso de moderação pode na, França, Alemanha e Uruguai somados. Mas ape-
revelar-se tão fatal quanto pecar pela falta dela. Pois nas 14% dessa terra, igual à Alemanha, tem algum
uma vida pautada pela aplicação uniforme do “nada em tipo de plantação. Outros 48%, área quase igual à do
excesso” leva a um viver insípido e defensivo. México, destinam-se à criação de gado. O que sobra,
O que esperar, afinal, de uma existência imune à en- uma África do Sul inteira, é o que os especialistas
trega, ao arrebatamento e às apostas no imponderá- chamam de terra ociosa. Nela não se produz 1 litro
vel? De uma existência reta, em que toda exaltação de leite, uma saca de soja, 1 quilo de batata ou um
entusiástica e toda concentração de valor é suspeita? cacho de uva. Por trás de tanta terra à-toa esconde-
Nenhum desastre, é certo, mas também nada além de -se outro problema agrário brasileiro. Quase metade
uma cinza mediocridade e tépido viver. Como dizia da terra cultivável está nas mãos de 1 % dos fazen-
o ultrarracionalista Sócrates no Fedro de Platão, “as deiros, enquanto uma parcela ínfima, menos de 3%,
nossas maiores bênçãos nos vêm mediante a loucu- pertence a 3,1 milhões de produtores rurais. É como
ra.” “Sem a loucura”, acrescenta Fernando Pessoa, se a população da cidade de Resende, no interior do
“que é o homem mais que a besta sadia, cadáver adia- Estado do Rio de Janeiro, fosse dona de três Franças,
do que procria.” Quando a criação do novo está em enquanto a população da Nova Zelândia tivesse ape-
jogo, nada mais irracional do que ignorar os limites nas um Estado de Santa Catarina.
da razão. A moderação, concluo, não escapa de si: (...) Juntando tanta terra na mão de poucos e vastas
também ela precisa ser moderada. extensões improdutivas, o Brasil montou o cenário
(Eduardo Giannetti. O elogio do vira-lata e próprio para atear fogo ao campo. É aí que nascem os
outros ensaios, 2018.) conflitos, que nos últimos quinze anos, só em chaci-
nas, fizeram 11 5 mortos. Daí surge a massa de sem-
1. (FGV 2022 - ADAPTADA) Proponha dois sinônimos -terra, formada tanto por quem perdeu seu pedaço
para o verbo “naufraga” (1º parágrafo), um emprega- para plantar como pela multidão de excluídos, de-
do em sentido também figurado e outro em sentido sempregados ou biscateiros da periferia das grandes
literal. cidades, que são, de uma forma ou de outra, gente
também ligada à questão da terra - porque perdeu a

12
R.I. (Revisão Intercalada)

propriedade, porque não choveu, porque o pai vendeu Texto 2


a fazenda, porque ela foi inundada por uma represa. Polêmica ou ignorância?
(VEJA. “Sangue em Eldorado”. SP Editora Abril, Edição 1441/ Discussão sobre livro didático só revela ignorância
Ano29/ N0. 17.24/04/96. p.40.) da grande imprensa

Vocabulário [...] Polêmica? Por que polêmica, meus senhores e


*conflagrado – em agitação, em convulsão. minhas senhoras? Já faz mais de quinze anos que os
livros didáticos de língua portuguesa disponíveis no
Um dos aspectos do problema tematizado em “Terra mercado e avaliados e aprovados pelo Ministério da
em chamas” está discutido no seguinte trecho: Educação abordam o tema da variação linguística e
do seu tratamento em sala de aula. [...]
“O que sobra, uma África do Sul inteira, é o que os Já no governo FHC, sob a gestão do ministro Paulo Re-
especialistas chamam de TERRA OCIOSA. Nela não se nato, os livros didáticos de português avaliados pelo
produz 1 litro de leite, uma saca de soja, 1 quilo de MEC começavam a abordar os fenômenos da variação
batata ou um cacho de uva. Por trás de tanta TERRA linguística, o caráter inevitavelmente heterogêneo
À-TOA esconde-se outro problema agrário brasileiro.” de qualquer língua viva falada no mundo, a mudan-
ça irreprimível que transformou, tem transformado,
a) Aponte a diferença de sentido entre “terra OCIOSA” transforma e transformará qualquer idioma usado por
e “terra À-TOA”, no trecho destacado. uma comunidade humana. Somente com uma abor-
b) O emprego da expressão “terra À-TOA”, em con- dagem assim as alunas e os alunos provenientes das
fronto com a expressão “terra ociosa”, manifesta chamadas “classes populares” poderão se reconhecer
a função emotiva (ou expressiva) da linguagem. no material didático e não se sentir alvo de zombaria
Explique por quê. e preconceito [...]
Nenhum linguista sério, brasileiro ou estrangeiro, ja-
4. (UFMG) Leia estes textos, em que se aborda a apro- mais disse ou escreveu que os estudantes usuários de
vação pelo MEC do livro Por uma vida melhor e se variedades linguísticas mais distantes das normas ur-
discutem questões relacionadas ao ensino da língua banas de prestígio deveriam permanecer ali, fechados
materna: em sua comunidade, em sua cultura e em sua língua. O
que esses profissionais vêm tentando fazer as pessoas
Texto 1 entenderem é que defender uma coisa não significa au-
tomaticamente combater a outra. Defender o respeito à
Falando errado variedade linguística dos estudantes não significa que
não cabe à escola introduzi-los aomundo da cultura le-
Morro e não consigo ver tudo. Na quadra da vida em trada e aos discursos que ela aciona. Cabe à escola ensi-
que nos encontramos, esta expressão popular se tor- nar aos alunos o que eles não sabem! Parece óbvio, mas
na latente. O Ministério da Educação aprova o uso é preciso repetir isso a todo momento.
do livro “Por uma vida melhor”, da “Coleção Viver, O mais divertido (para mim, pelo menos, talvez por um
Aprender”, cujo conteúdo ensina o aluno a falar er- pouco de masoquismo) é ver os mesmos defensores da
rado. É isso mesmo! A justificativa tem uma certa suposta “língua certa”, no exato momento em que a
pompa ao criar um novo apêndice linguístico, quando defendem, empregar regras linguísticas que a tradição
fundamenta que o aluno do ensino fundamental deve normativa que eles acham que defendem rejeitaria ime-
aprender a usar a “norma popular da língua portu- diatamente. Pois ontem, vendo o Jornal das Dez, da
guesa”. Os autores da obra defendem o uso da “língua GloboNews, ouvi da boca do sr. Carlos Monforte essa
popular” afirmando que a “norma culta não leva em deliciosa pergunta: “Como é que fica então as concor-
consideração a chamada língua viva”. Ora, ora! Te- dâncias?”. Ora, sr. Monforte, eu lhe devolvo a pergunta:
mos, aí, tempos revolucionários, que implicam novas “E as concordâncias, como é que ficam então?
regras na comunicação e expressão. Há poucas sema- BAGNO, Marcos. Disponível em: <http://marcosbagno.com.br/
nas foi o surgimento de projeto de lei que determina site/?page_id=745>. (Fragmento). Acesso em: 20 jun. 2011.
a extinção de palavras estrangeiras em escritas ofi-
ciais e em publicidades. Agora, em documento oficial a) Explicite o ponto de vista defendido em cada texto
- um livro aceito pelo MEC -, escreve-se errado para e cite argumentos que os autores mobilizam para
ensinar a falar errado. Assim sendo, não poderemos defender sua posição.
criticar a [...] a quantidade de lastimáveis programas b) No final do texto 2, o autor cita a fala de um jor-
no horário nobre da televisão e outras barbaridades nalista como exemplo que contraria a gramática
perpetradas à cultura brasileira. normativa. Identifique a regra gramatical a que
SANTOS, Milton. Jornal do Comércio, 17/5/2011. Disponível se refere o autor e explique por que ela não foi
em: <http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=62332>. respeitada na fala do jornalista citado.
(Fragmento) Acesso em: 20 jun. 2011. c) Reescreva a frase do jornalista, de modo a adequá-
-la à norma do português padrão.
d) Explique por que o autor do texto qualifica a si-
tuação de emprego da frase do jornalista como
“divertida”.

13
R.I. (Revisão Intercalada)

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO

Texto I
Lira II

Esprema a vil calúnia muito embora


Entre as mãos denegridas e insolentes,
Os venenos das plantas,
E das bravas serpentes;

Chovam raios e raios, no meu rosto


Não hás de ver, Marília, o medo escrito,
O medo perturbador,
Que infunde o vil delito.

[...]

Porém se os justos Céus, por fins ocultos,


Em tão tirano mal me não socorrem;
Verás então, que os sábios,
Bem como vivem, morrem.

Eu tenho um coração maior que o mundo!


Tu, formosa Marília, bem o sabes:
Um coração, e basta,
Onde tu mesma cabes.
GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu. In: PROENÇA FILHO, Domício (org). A Poesia dos Inconfidentes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar,
1996. p. 628-629. Adaptado.

Texto II

Mundo grande

Não, meu coração não é maior que o mundo.


É muito menor.
Nele não cabem nem as minhas dores.
Por isso gosto tanto de me contar.
Por isso me dispo,
por isso me grito,
por isso frequento os jornais, me exponho cruamente nas livrarias:
preciso de todos.

Sim, meu coração é muito pequeno.


Só agora vejo que nele não cabem os homens.
Os homens estão cá fora, estão na rua.
A rua é enorme. Maior, muito maior do que eu esperava.
Mas também a rua não cabe todos os homens.
A rua é menor que o mundo.
O mundo é grande.

Tu sabes como é grande o mundo.


Conheces os navios que levam petróleo e livros, carne e algodão.
Viste as diferentes cores dos homens,
as diferentes dores dos homens,
sabes como é difícil sofrer tudo isso, amontoar tudo isso
num só peito de homem… sem que ele estale.
[...]
ANDRADE, Carlos Drummond de. Sentimento do mundo.
São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p. 45. Adaptado.

5. (UFJF-PISM 3) Ambos os poemas trazem uma segunda pessoa, “tu”, para quem os eus líricos confessam suas an-
gústias. No caso de Carlos Drummond de Andrade, estas angústias também se revelam quanto ao próprio processo da
escrita. Copie do texto II apenas um verso em que se faz clara essa referência metalinguística, explicando, com suas
palavras, de acordo com o contexto apresentado, o motivo da angústia.

14
R.I. (Revisão Intercalada)

6. (G1 - IFSP - ADAPTADA) Sobre funções da linguagem, correlacione as colunas.

Coluna 1
1. Metalinguagem.
2. Função Referencial.
3. Função Conativa.
4. Função Expressiva.

Coluna 2

( )

( )

( )

( )

15
R.I. (Revisão Intercalada)

7. (UFMG - ADAPTADA) Uma frase é considerada ambígua quando possibilita mais de uma leitura e interpretação.
Identifique, na charge abaixo, o elemento causador de ambiguidade e explicite as duas leituras propiciadas.

Elemento causador da ambiguidade:


Leitura 1:
Leitura 2:

8. (UFMG) Analise este “slogan” de uma empresa gráfica:

O NOSSO PRODUTO É UMA BOA IMPRESSÃO

EXPLIQUE de que modo se explora, nesse “slogan”, a polissemia.

PREOCUPAÇÃO COM CIGARRO. QUE FAZER?

Quando você acende um cigarro, acende também uma preocupação?


Bem, se você anda preocupado mas gosta muito de fumar, quem sabe você muda para um cigarro de baixos teores
de nicotina e alcatrão?
Quer uma ideia? Century.
Century é diferente dos outros cigarros de baixos teores, por motivos fundamentais.
Century jogou lá embaixo a nicotina e o alcatrão, mas não acabou com seu prazer de fumar.
Isto só foi possível, evidentemente, graças a uma cuidadosa seleção de fumos do mais alto grau de pureza e suavidade.
E à competência do filtro especial High Air Dilution, consagrado internacionalmente.
Não é o cigarro sob medida para você também?
Pense nisto.
(Texto de publicidade de cigarros de início da década de 80.)

9. (UNESP - ADAPTADA) A pontuação serve não apenas para marcar aspectos objetivos do discurso escrito, mas tam-
bém aspectos subjetivos, tais como emoções, sentimentos e intenções do autor. Com base nesta informação,
Considerando a natureza conativa (persuasiva) do texto publicitário, explique a razão pela qual predominam na
primeira parte deste as frases interrogativas e, na segunda, as frases declarativas.

10. (UFSC) Leia as citações a seguir e responda à questão proposta.

“Mas muito lhe será perdoado, à TV, pela sua ajuda aos doentes, aos velhos, aos solitários.”
(BRAGA, Rubem. “200 crônicas escolhidas”. Rio de Janeiro / São Paulo: Editora Record, 2004, p. 486).

“Sinhô e Sinhá num mêis ou dois mêis se há de casá!”


(LIMA, Jorge de. “Novos Poemas”. Rio de Janeiro: Lacerda Editores, 1997, p. 03).

“... eu os vi falá que os bugre ero uns bicho brabo...”


(CASCAES, Franklin. “O fantástico na Ilha de Santa Catarina”. Florianópolis: Editora da UFSC, 2004, p. 27).

“-... morreu segunda que passou de uma anemia nos rim...”


(MACHADO, A. de A. “Brás, Bexiga e Barra Funda”. São Paulo: Editora Martin Claret, 2004, p. 55).

Levando em conta as diferentes formas linguísticas utilizadas pelos autores na composição de suas obras, comente
sobre a linguagem usada como recurso na construção dos textos. Para tanto, considere as duas proposições a seguir:
a) variação linguística versus erro linguístico;
b) funções da linguagem na literatura.

16
R.I. (Revisão Intercalada)

11. (FGV - ADAPTADA) Este texto foi extraído de um A junção do humano com a máquina é conhecida como
conto de Monteiro Lobato, cujo personagem principal “transumanismo”. Tema de vários livros e filmes de fic-
enlouquece, quando vê seu cafezal inteiramente des- ção científica, hoje é um tópico essencial na pesquisa de
truído pela geada. muitos cientistas e filósofos. A questão que nos interes-
sa aqui é até que ponto essa junção pode ocorrer e o que
E a geada veio! Não geadinha mansa de todos os anos, isso significa para o futuro da nossa espécie.
mas calamitosa, geada cíclica, trazida em ondas do Será que, ao inventarmos tecnologias que nos permi-
Sul. tam ampliar nossas capacidades físicas e mentais, ou
O sol da tarde, mortiço, dera uma luz sem luminosi- mesmo máquinas pensantes, estaremos decretando
dade, e raios sem calor nenhum. Sol boreal, tiritante. nosso próprio fim? Será esse nosso destino evolucio-
E a noite caíra sem preâmbulos. nário, criar uma nova espécie além do humano?
Deitei-me cedo, batendo o queixo, e na cama, apesar É bom começar distinguindo tecnologias transuma-
de enleado em dois cobertores, permaneci entanguido nas daquelas que são apenas corretivas, como óculos
uma boa hora antes que ferrasse no sono. Acordou- ou aparelhos para surdez. Tecnologias corretivas não
-me o sino da fazenda, pela madrugada. Sentindo-me têm como função ampliar nossa capacidade cogniti-
enregelado, com os pés a doerem, ergui-me para um va: só regularizam alguma deficiência existente.
exercício violento. Fui para o terreiro. A diferença ocorre quando uma tecnologia não ape-
O relento estava de cortar as carnes – mas que mara- nas corrige uma deficiência como leva seu portador
vilhoso espetáculo! Brancuras por toda a parte. Chão, a um novo patamar, além da capacidade normal da
árvores, gramados e pastos eram, de ponta a ponta, espécie humana. Por exemplo, braços robóticos que
um só atoalhado branco. As árvores imóveis, inteiri- permitem que uma pessoa levante 300 quilos, ou
çadas de frio, pareciam emersas dum banho de cal. óculos com lentes que dotam o usuário de visão no
Rebrilhos de gelo pelo chão. Águas envidradas. As infravermelho. No caso de atletas com deficiência fí-
roupas dos varais, tesas, como endurecidas em goma sica, a questão se torna bem interessante: a partir de
forte. As palhas do terreiro, os sabugos de ao pé do que ponto uma prótese como uma perna artificial de
cocho, a telha dos muros, o topo dos moirões, a vara fibra de carbono cria condições além da capacidade
das cercas, o rebordo das tábuas – tudo polvilhado de humana? Nesse caso, será que é justo que esses atle-
brancuras, lactescente, como chovido por um suco de tas compitam com humanos sem próteses?
farinha. Maravilhoso quadro! Invariável que é a nossa Poderia parecer que esse tipo de hibridização entre
paisagem, sempre nos mansos tons do ano inteiro, tecnologia e biologia é coisa de um futuro distante.
encantava sobremodo vê-la súbito mudar, vestir-se Ledo engano. Como no caso do celular, está aconte-
dum esplendoroso véu de noiva – noiva da morte, cendo agora. Estamos redefinindo a espécie humana
ai!... através da interação – na maior parte ainda externa
Monteiro Lobato, O drama da geada, in Negrinha. São Paulo: – com tecnologias que ampliam nossa capacidade.
Brasiliense, 1951. Sem nossos aparelhos digitais – celulares, tabletes,
laptops – já não somos os mesmos. Criamos persona-
a) Em outra passagem do conto, o narrador afirma: lidades virtuais, ativas apenas na internet, outros eus
“Só então me acudiu que o belo espetáculo que eu que interagem em redes sociais com selfies arranjados
até ali só encarara pelo prisma estético tinha um para impressionar; criações remotas, onipresentes.
reverso trágico: a morte do heroico fazendeiro”. O Cientistas e engenheiros usam computadores para
que o narrador chama de “prisma estético” pode ampliar sua habilidade cerebral, enfrentando proble-
ser identificado no excerto aqui reproduzido? Jus- mas que, há apenas algumas décadas, eram conside-
tifique sua resposta. rados impossíveis. Como resultado, a cada dia surgem
b) Tendo em vista as variedades linguísticas da língua questões que antes nem podíamos contemplar.
portuguesa, justifica-se o emprego, no texto, de (Folha de S.Paulo, 01.02.2015. Adaptado.)
expressões como “geadinha mansa”, “batendo o
queixo” e “ferrasse no sono”? Explique. 12. (UNESP)

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO a) Para o físico Marcelo Gleiser, o que distingue as
tecnologias transumanas daquelas apenas corre-
Leia o trecho inicial do artigo “Artifícios da inteligên- tivas? Justifique sua resposta.
cia”, do físico brasileiro Marcelo Gleiser (1959- ), para b) Cite dois termos empregados em sentido figurado
responder à(s) questão(ões). no primeiro parágrafo do artigo.

Considere a seguinte situação: você acorda atrasado TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
para o trabalho e, na pressa, esquece o celular em
casa. Só quando engavetado no tráfego ou amassa- MULHER AO ESPELHO
do no metrô você se dá conta. E agora é tarde para
voltar. Olhando em volta, você vê pessoas com ce- Hoje, que seja esta ou aquela,
lular em punho conversando, mandando mensagens, pouco me importa.
navegando na internet. Aos poucos, você vai sendo Quero apenas parecer bela,
possuído por uma sensação de perda, de desconexão. pois, seja qual for, estou morta.
Sem o seu celular, você não é mais você.

17
R.I. (Revisão Intercalada)

Já fui loura, já fui morena, chamam-me assim, alguns em bilhetes: “Dom Casmurro,
já fui Margarida e Beatriz. domingo vou jantar com você.” — “Vou para Petrópo-
Já fui Maria e Madalena. lis, dom Casmurro; a casa é a mesma da Renânia; vê se
Só não pude ser como quis. deixas essa caverna do Engenho Novo, e vai lá passar
uns quinze dias comigo.” — “Meu caro dom Casmurro,
Que mal faz, esta cor fingida não cuide que o dispenso do teatro amanhã; venha e
do meu cabelo, e do meu rosto, dormirá aqui na cidade; dou-lhe camarote, dou-lhe chá,
se tudo é tinta: o mundo, a vida, dou-lhe cama; só não lhe dou moça.”
o contentamento, o desgosto? Não consultes dicionários. Casmurro não está aqui no
sentido que eles lhe dão, mas no que lhe pôs o vulgo de
Por fora, serei como queira homem calado e metido consigo. Dom veio por ironia,
a moda, que me vai matando. para atribuir-me fumos de fidalgo. Tudo por estar cochi-
Que me levem pele e caveira lando! Também não achei melhor título para a minha
ao nada, não me importa quando. narração; se não tiver outro daqui até o fim do livro, vai
este mesmo. O meu poeta do trem ficará sabendo que
Mas quem viu, tão dilacerados, não lhe guardo rancor. E com pequeno esforço, sendo o
olhos, braços e sonhos seus, título seu, poderá cuidar que a obra é sua. Há livros que
e morreu pelos seus pecados, apenas terão isso dos seus autores; alguns nem tanto.
falará com Deus. (Machado de Assis. Dom Casmurro, 2016.)

Falará, coberta de luzes, 14. (FGV 2022)


do alto penteado ao rubro artelho.
Porque uns expiram sobre cruzes, a) Identifique os referentes dos dois pronomes subli-
outros, buscando-se no espelho. nhados no último parágrafo.
(MEIRELES, Cecília. Poesias Completa. Rio de Janeiro: Civiliza- b) Transcreva uma frase em que ocorre metalingua-
ção Brasileira, 1973.) gem. Justifique sua escolha.

13. (UERJ) O uso de palavras e expressões cotidianas, 15. (FUVEST 2023) Considere a peça publicitária para
neste texto, é carregado de sentido simbólico. responder à questão:

a) Uma expressão utilizada no poema possui um


sentido correspondente ao da expressão “da cabe-
ça aos pés”.
Retire-a do texto.
b) Na 3a estrofe, o substantivo “tinta” se refere a
uma expressão que o antecede.
Transcreva essa expressão e indique a conotação
que o substantivo “tinta” adquire no texto.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO


Leia o primeiro capítulo do romance Dom Casmurro,
de Machado de Assis.

Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho


Novo, encontrei no trem da Central um rapaz aqui do
bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cum-
primentou-me, sentou-se ao pé de mim, falou da lua
e dos ministros, e acabou recitando-me versos. A via-
gem era curta, e os versos pode ser que não fossem
inteiramente maus. Sucedeu, porém, que, como eu
estava cansado, fechei os olhos três ou quatro vezes;
tanto bastou para que ele interrompesse a leitura e
metesse os versos no bolso.
— Continue, disse eu acordando.
— Já acabei, murmurou ele.
— São muito bonitos.
Vi-lhe fazer um gesto para tirá-los outra vez do bolso,
mas não passou do gesto; estava amuado. No dia se- a) Explique como imagem e texto reforçam a relação
guinte entrou a dizer de mim nomes feios, e acabou al- entre passado e futuro expressa na peça publici-
cunhando-me Dom Casmurro. Os vizinhos, que não gos- tária.
tam dos meus hábitos reclusos e calados, deram curso b) Tomando como referência o pronome possessivo
à alcunha, que afinal pegou. Nem por isso me zanguei. “suas”, em que consiste a ambiguidade do texto
Contei a anedota aos amigos da cidade, e eles, por graça, publicitário?

18
R.I. (Revisão Intercalada)

A ti trocou-te a máquina mercante,


Literatura Que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando, e tem trocado,
Tanto negócio e tanto negociante.
1. (FUVEST) Deste em dar tanto açúcar excelente
Pelas drogas inúteis, que abelhuda
Não mais, musa, não mais, que a lira tenho Simples aceitas do sagaz Brichote.
Destemperada e a voz enrouquecida,
E não do canto, mas de ver que venho Oh se quisera Deus que de repente
Cantar a gente surda e endurecida. Um dia amanheceras tão sisuda
O favor com que mais se acende o engenho Que fora de algodão o teu capote!
Não no dá a pátria, não, que está metida (MATOS, Gregório de. Seleção de Obras Poéticas. São Paulo: A
No gosto da cobiça e na rudeza Biblioteca Virtual do Estante Brasileiro/USP, 1998, p.5-6)
Duma austera, apagada e vil tristeza.
Luis de Camões. Os Lusíadas. 3. (UFJF-PISM 3 2021 - ADAPTADA) O soneto
de Gregório de Matos apresenta uma crítica ao
a) Cite uma característica típica e uma característica Brasil seiscentista, marcado pela desigualdade e
atípica da poesia épica, presentes na estrofe. colonialidade.
Justifique.
b) Relacione o conteúdo dessa estrofe com o momento A partir da leitura deste poema, responda: qual
vivido pelo Império Português por volta de 1572, contradição é denunciada no poema?
ano da publicação de Os Lusíadas.
4. (UNICAMP) O trecho abaixo corresponde à parte
final do primeiro Sermão de Quarta-Feira de Cinza,
2. (UNICAMP 2021) Peroração, do latim perora
pregado em 1672 pelo Padre Antonio Vieira.
tio, perorationis, de perorare, significa concluir,
arrematar, acabar. Corresponde à parte final do “Em que cuidamos, e em que não cuidamos? Homens
sermão, caracterizada geralmente pela recapitulação, mortais, homens imortais, se todos os dias podemos
pela amplificação de uma ideia e pela comoção do morrer, se cada dia nos imos chegando mais à morte, e
auditório. Sua finalidade última é comover e mover ela a nós; não se acabe com este dia a memória da morte.
os ouvintes, isto é, emocionar e mover o ânimo do Resolução, resolução uma vez, que sem resolução nada
público para a ação. se faz. E para que esta resolução dure, e não seja como
(Adaptado de Flávio Antônio Fernandes Reis, “Peroração”. outras, tomemos cada dia uma hora em que cuidemos
Disponível em www.edtl.fcsh.unl.pt/encyclopedia/peroracao. bem naquela hora. De vinte e quatro horas que tem o
Acessado em 06/10/2020.)
dia, por que se não dará uma hora à triste alma? Esta é a
melhor devoção e mais útil penitência, e mais agradável
“Mortos, mortos, desenganai estes vivos! Dizei-nos a Deus, que podeis fazer nesta Quaresma. (...) Torno
que pensamentos e que sentimentos foram os vossos, a dizer para que vos fique na memória: Quanto tenho
quando entrastes e saístes pelas portas da morte. vivido? Como vivi? Quanto posso viver? Como é bem que
(...) Entre essas duas portas se acha subitamente viva? Memento homo.”
o homem no momento da morte, sem poder tornar (Antonio Vieira, Sermões de Quarta-Feira de Cinza.
atrás, nem parar, nem fugir, nem dilatar, senão entrar Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2016, p.102.)
para onde não sabe, e para sempre. Oh que transe tão
apertado! Oh que passo tão estreito! Oh que momento a) Levando em conta o trecho acima e o propósito
tão terrível!” argumentativo do Sermão, explique por que, segundo
(Antonio Vieira, “Sermão de 1672”. Sermões de Quarta-feira de Vieira, se deve preservar “a memória da morte”.
Cinza. A arte de morrer: São Paulo: Nova Alexandria,1994, p. 65.) b) Considere as perguntas presentes no trecho acima
e explique sua função para a mensagem final do
a) Identifique e explique as duas estratégias retóricas Sermão.
utilizadas por Vieira ao encaminhar-se para a
conclusão do Sermão de 1672. 5. (UNICAMP) Leia o soneto abaixo, de Luís de Camões:
b) Com que sentimentos o pregador busca sensibilizar
os ouvintes? Que ação procura estimular nos “Cá nesta Babilônia, donde mana
cristãos? matéria a quanto mal o mundo cria;
cá donde o puro Amor não tem valia,
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO que a Mãe, que manda mais, tudo profana;

Triste Bahia cá, onde o mal se afina e o bem se dana,


Gregório de Matos e pode mais que a honra a tirania;
cá, onde a errada e cega Monarquia
Triste Bahia! Ó quão dessemelhante cuida que um nome vão a desengana;
Estás e estou do nosso antigo estado! cá, neste labirinto, onde a nobreza,
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado, com esforço e saber pedindo vão
Rica te vi eu já, tu a mi abundante. às portas da cobiça e da vileza;

19
R.I. (Revisão Intercalada)

cá neste escuro caos de confusão, Corregedo:r Ó! Não nos sejais contrairos,


cumprindo o curso estou da natureza. Pois nom temos outra ponte!
Vê se me esquecerei de ti, Sião!”
(Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/download/ Joane (Parvo): Beleguinis ubi sunt?
texto/bv000164.pdf. Acessado em 08/09/2015.) Ego latinus macairos.

a) Uma oposição espacial configura o tema e o significado pera: para


desse poema de Camões. Identifique essa oposição, habeatis: tende
indicando o seu significado para o conjunto dos versos. homens dos breviairos: homens de leis
b) Identifique nos tercetos duas expressões que contemplam Rapinastis coelhorum/Et perniz perdiguitorum:
a noção de desconcerto, fundamental para a compreensão Recebem coelhos e pernas de perdiz como suborno
do tema do soneto e da lírica camoniana. Beleguinis ubi sunt?: Onde estão os oficiais de justiça?
Ego latinus macairos: Eu falo latim macarrônico
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Gil Vicente, Auto da Barca do Inferno. São Paulo: Ateliê
Editorial, 1996, p. 107-109.)
SONETO
[Moraliza o poeta nos ocidentes do sol a) De que pecado o Parvo acusa o homem de leis
a inconstância dos bens do mundo] (Corregedor)? Este é o único pecado de que ele é
acusado na peça?
Nasce o Sol, e não dura mais que um dia, b) Com que propósito o latim é empregado pelo
Depois da Luz se segue a noite escura, Corregedor? E pelo Parvo?
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria. 8. (FUVEST) E chegando à barca da glória, diz ao Anjo:

Porém se acaba o Sol, por que nascia? BRÍSIDA. Barqueiro, mano, meus olhos,
Se formosa a Luz é, por que não dura? prancha a Brísida Vaz!
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia? ANJO. Eu não sei quem te cá traz...
Mas no Sol, e na Luz, falte a firmeza, BRÍSIDA. Peço-vo-lo de giolhos!
Na formosura não se dê constância, Cuidais que trago piolhos,
E na alegria sinta-se tristeza. anjo de Deus, minha rosa?
Eu sou Brísida, a preciosa,
Começa o mundo enfim pela ignorância, que dava as môças aos molhos.
E tem qualquer dos bens por natureza A que criava as meninas
A firmeza somente na inconstância. para os cônegos da Sé...
(MATOS, Gregório. Obras completas de Gregório de Matos.
Passai-me, por vossa fé,
Salvador: Janaína, 1969, 7 volumes.)
meu amor, minhas boninas,
olhos de perlinhas finas!
6. (UFRJ) Todo soneto apresenta a estruturação: tese,
(...)
antitese e síntese. Com base nessa informação, faça o Gil Vicente, “Auto da barca do inferno”.
seguinte: (Texto fixado por S. Spina)
a) Explique de que maneira a síntese do soneto de Gregório
de Matos vincula-se ao projeto estético do Barroco. a) No excerto, a maneira de tratar o Anjo, empregada
b) Descreva como a relação entre os sentimentos por Brísida Vaz, relaciona-se à atividade que ela
de “alegria” e “tristeza” ganha novo sentido no exercera em vida? Explique resumidamente.
desenrolar do soneto.
b) No excerto, o tratamento que Brísida Vaz dispensa
ao Anjo é adequado à obtenção do que ela deseja
7. (UNICAMP) Na seguinte cena do Auto da Barca do
- isto é, levar o Anjo a permitir que ela embarque?
Inferno, o Corregedor e o Procurador dirigem-se à
Por quê?
Barca da Glória, depois de se recusarem a entrar na
Barca do Inferno.
9. (FUVEST)
Tu, só tu, puro amor, com força crua,
Corregedor: Ó arrais dos gloriosos, passai-nos neste batel!
Anjo: Ó pragas pera papel, pera as almas odiosos! Que os corações humanos tanto obriga,
Como vindes preciosos, Deste causa à molesta morte sua,
sendo filhos da ciência! Como se fora pérfida inimiga.
Corregedor: Ó ! habeatis clemência Se dizem, fero Amor, que a sede tua
e passai-nos como vossos! Nem com lágrimas tristes se mitiga,
É porque queres, áspero e tirano,
Joane (Parvo): Hou, homens dos breviairos, Tuas aras banhar em sangue humano.
rapinastis coelhorum (Camões, “Os Lusíadas” - episódio de Inês de Castro)
et perniz perdiguitorum
e mijais nos campanairos ! _________________________________________

20
R.I. (Revisão Intercalada)

Molesta = lastimosa; funesta. transforma o campo num bem perdido, que encarna
Pérfida = desleal; traidora. facilmente os sentimentos de frustração.
Fero = feroz; sanguinário; cruel. (CÂNDIDO, Antônio. “Formação da literatura brasileira.” São
Mitiga = alivia; suaviza; aplaca. Paulo: Martins, 1959. p.54. v.I)
Ara = altar; mesa para sacrifícios religiosos.
A partir de uma reflexão sobre a afirmativa transcrita
a) Considerando-se a forte presença da cultura da acima, fale sobre as manifestações da Natureza na
Antiguidade Clássica em “Os Lusíadas”, a que poesia árcade:
se pode referir o vocábulo “Amor”, grafado com
maiúscula, no 50. verso? TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
b) Explique o verso “Tuas aras banhar em sangue A(s) questão(ões) seguintes referem-se a um
humano”, relacionando-o à história de Inês de fragmento do poema satírico CARTAS CHILENAS,
Castro. atribuído ao poeta neoclássico Tomás Antônio
Gonzaga (1744-1810), e a uma passagem do romance
10. (FUVEST) A LUNETA MÁGICA, do romântico Joaquim Manuel de
Oh! Maldito o primeiro que, no mundo, Macedo (1820-1882).
Nas ondas vela pôs em seco lenho!
Digno da eterna pena do Profundo, CARTAS CHILENAS
Se é justa a justa Lei que sigo e tenho!
Nunca juízo algum, alto e profundo, A lei do teu contrato não faculta
Nem cítara sonora ou vivo engenho, que possas aplicar aos teus negócios
Te dê por isso fama nem memória, os públicos dinheiros. Tu, com eles,
Mas contigo se acabe o nome e a glória. pagaste aos teus credores grandes somas!
(Camões, “Os Lusíadas”) Ordena a sábia Junta que dês logo
da tua comissão estreita conta;
a) Considerando este trecho da fala do velho do o chefe não assina a portaria,
Restelo no contexto da obra a que pertence, não quer que se descubra a ladroeira,
explique os dois primeiros versos, esclarecendo o porque te favorece, ainda à custa
motivo da maldição que, neles, é lançada. dos régios interesses, quando finge
b) Nos quatro últimos versos, está implicada uma que os zela muito mais que as próprias rendas.
determinada concepção da função da arte. Por que, meu Silverino? Porque largas,
Identifique essa concepção, explicando-a porque mandas presentes, mais dinheiro.
brevemente.
.........................................................................
11. (UFLA) Leia os seguintes fragmentos de “Marília de
Dirceu”, de Tomás Antônio Gonzaga. Agora, Fanfarrão, agora falo
contigo, e só contigo. Por que causa
Texto 1 ordenas que se faça uma cobrança
tão rápida e tão forte contra aqueles
Verás em cima de espaçosa mesa que ao Erário só devem tênues somas?
Altos volumes de enredados feitos; Não tens contratadores, que ao rei devem
Ver-me-ás folhear os grandes livros, de mil cruzados centos e mais centos?
E decidir os pleitos. Uma só quinta parte que estes dessem,
não matava do Erário o grande empenho?
Texto 2 O pobre, porque é pobre, pague tudo,
e o rico, porque é rico, vai pagando
Os Pastores, que habitam este monte, sem soldados à porta, com sossego!
Respeitam o poder do meu cajado; Não era menos torpe, e mais prudente,
Com tal destreza toco a sanfoninha, que os devedores todos se igualassem?
Que inveja me tem o próprio Alceste. Que, sem haver respeito ao pobre ou rico,
metessem no Erário um tanto certo,
Responda: à proporção das somas que devessem?
a) Em qual dos fragmentos o sujeito lírico é Indigno, indigno chefe! Tu não buscas
caracterizado de acordo com a convenção o público interesse. Tu só queres
arcádica? mostrar ao sábio augusto um falso zelo,
b) Explique. poupando, ao mesmo tempo, os devedores,
os grossos devedores, que repartem
12. (UFV) Ao evidenciar as tendências do Arcadismo contigo os cabedais, que são do reino.
brasileiro, Antônio Cândido conclui: (In: GONZAGA, Tomás Antônio. POESIAS - CARTAS CHILENAS.
Edição crítica de M. Rodrigues Lapa. Rio de Janeiro: INL, 1957.
A poesia pastoral, como tema, talvez esteja vinculada p.264 e 266-267.)
ao desenvolvimento da cultura urbana, que, opondo
as linhas artificiais da cidade à paisagem natural,

21
R.I. (Revisão Intercalada)

A LUNETA MÁGICA Árvores aqui vi tão florescentes,


Que faziam perpétua a primavera:
Chamo-me Simplício e tenho condições naturais Nem troncos vejo agora decadentes.
ainda mais tristes do que o meu nome.
Nasci sob a influência de uma estrela maligna, nasci Eu me engano: a região esta não era:
marcado com o selo do infortúnio. Mas que venho a estranhar, se estão presentes
Sou míope; pior do que isso, duplamente míope, Meus males, com que tudo degenera!
(Cláudio Manuel da Costa. “Sonetos (VlI)”. In: RAMOS, Péricles
míope física e moralmente. Eugênio da Silva (Intr., sel. e notas): POESIA DO OUTRO -
Miopia física: - a duas polegadas de distância dos ANTOLOGIA. São Paulo: Melhoramentos, 1964, p. 47.)
olhos não distingo um girassol de uma violeta.
E por isso ando na cidade e não vejo as casas. 14. (UFSCAR) O estilo neoclássico, fundamento do
Miopia moral: - sou sempre escravo das ideias dos Arcadismo brasileiro, de que fez parte Cláudio
outros; porque nunca pude ajustar duas ideias minhas. Manuel da Costa, caracteriza-se pela utilização das
E por isso quando vou às galerias da câmara temporária formas clássicas convencionais, pelo enquadramento
ou do senado, sou consecutiva e decididamente do temático em paisagem bucólica pintada como lugar
parecer de todos os oradores que falam pró e contra aprazível, pela delegação da fala poética a um
a matéria em discussão. pastor culto e artista, pelo gosto das circunstâncias
Se ao menos eu não tivesse consciência dessa minha comuns, pelo vocabulário de fácil entendimento e
miopia moral!... mas a convicção profunda de por vários outros elementos que buscam adequar a
infortúnio tão grande é a única luz que brilha sem sensibilidade, a razão, a natureza e a beleza. Dadas
nuvens no meu espírito. estas informações,
Disse-me um negociante meu amigo que por essa
luz da consciência represento eu a antítese de não a) indique qual a forma convencional clássica em que
poucos varões assinalados que não têm dez por cento se enquadra o poema.
de capital da inteligência que ostentam, e com que b) transcreva a estrofe do poema em que a expressão
negociam na praça das coisas públicas. da natureza aprazível, situada no passado, domina
- Mas esses varões não quebram, negociando assim?... sobre a expressão do sentimento da personagem
perguntei-lhe. poemática.
- Qual! são as coisas públicas que andam ou se
mostram quebradas. 15. (FUVEST)
- E eles?...
- Continuam sempre a negociar com o crédito dos Quando da bela vista e doce riso,
tolos, e sempre se apresentam como boas firmas. tomando estão meus olhos mantimento,1
Na cândida inocência da minha miopia moral não tão enlevado sinto o pensamento
pude entender se havia simplicidade ou malícia nas que me faz ver na terra o Paraíso.
palavras do meu amigo.
(ln: MACEDO, Joaquim Manuel de. A LUNETA MÁGICA. São
Paulo: Saraiva, 1961. p.01-02.)
Tanto do bem humano estou diviso,2
que qualquer outro bem julgo por vento;
13. (UNESP) Aludindo ao célebre verso com que o poeta assi, que em caso tal, segundo sento,3
latino Virgílio (70-19 a.C.) inicia a ENEIDA (“Arma assaz de pouco faz quem perde o siso.
virumque cano...”: “Eu canto as armas e o herói...”),
Luís de Camões inicia o poema épico OS LUSÍADAS Em vos louvar, Senhora, não me fundo,4
com o verso “As armas e os barões assinalados”, para porque quem vossas cousas claro sente,
anunciar que vai celebrar no poema as façanhas sentirá que não pode merecê-las.
militares (“as armas”) de heroicos varões portugueses
(“barões assinalados”). Tomando como referência Que de tanta estranheza sois ao mundo,
esta observação, que não é d’estranhar, Dama excelente,
a) demonstre que no trecho de A LUNETA MÁGICA que quem vos fez, fizesse Céu e estrelas.
se faz alusão ao primeiro verso de OS LUSÍADAS; (Camões, ed. A.J. da Costa Pimpão)
b) explique o efeito irônico obtido pelo narrador com
essa referência ao texto de Camões.
1
Tomando mantimento - tomando consciência.
2
Estou diviso - estou separado, apartado.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
3
Sento - sinto.
Onde estou? Este sítio desconheço:
4
Não me fundo - não me empenho.
Quem fez diferente aquele prado?
Tudo outra natureza tem tomado; a) Caracterize brevemente a concepção de mulher
E em contemplá-lo tímido esmoreço. que este soneto apresenta.
b) Aponte duas características desse soneto que o
Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço filiam ao Classicismo, explicando-as sucintamente.
De estar a ela um dia reclinado.
Ali em vale um monte está mudado:
Quanto pode dos anos o progresso!
22
R.I. (Revisão Intercalada)

Proposta de Redação
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos adquiridos ao longo de sua for-
mação, elabore texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema Desa-
fios à vida no século XXI: produtividade e bem-estar apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos
humanos.

Texto I
Deleuze e Guattari comparam a palavra de ordem a uma “sentença de morte”. Histórica e retoricamente, a comparação
talvez esclareça seu sentido original, mas um juízo assim enunciado continua a operar dentro de um sistema no qual o
poder é exercido sobre corpos. Eles também notam que a palavra de ordem é simultaneamente um “grito de alerta [e] um
chamado à fuga”. A dupla face 24/7 anuncia sua absoluta incompatibilidade com a vida. 24/7 não apenas incita no indi-
víduo um foco exclusivo em adquirir, ter, ganhar, desejar ardentemente, desperdiçar e menosprezar, mas está totalmente
entremeado a mecanismos de controle que tornam supérfluo e impotente o sujeito de suas demandas. A transformação do
indivíduo em objeto de escrutínio e regulação ininterruptos é uma constante essencial da organização do terror estatal,
bem como do paradigma militar-policial da dominância total.
CRARY, Jonathan. 24/7: capitalismo tardio e os fins do sono. São Paulo: Ubu, 2013.

Texto II
Véspera de feriado, há poucos minutos para a saída da empresa, um gestor precisa de alguém para uma tarefa urgen-
te. Eis que um colaborador, que sempre está à disposição, fica com o trabalho, mesmo sabendo que vai passar o feriado
atarefado. A cena é, infelizmente, corriqueira em muitas organizações, porém, pode comprometer – e muito – a saúde
mental dos chamados “funcionários 24/7”.
Não é raro observar profissionais que buscam sempre atender às necessidades da empresa a qualquer custo. Largam
mão de uma atividade pessoal para atender uma demanda de trabalho, não conseguem dizer “não” para o chefe e tampou-
co deixam de levar alguma tarefa para casa.

Mas o que são “funcionários 24/7”?


Um dia tem 24 horas e a semana é composta por sete dias. O conceito de “funcionário 24/7”, portanto, representa
aquele colaborador que está disposto a trabalhar e se manter disponível para a empresa em período integral. A busca
incessante pela satisfação dos líderes e pelo cumprimento das metas estabelecidas faz com que muitos desses profissionais
não consigam dizer “não”.

O papel da tecnologia no desenvolvimento de “funcionários 24/7”


No contexto tecnológico em que vivemos hoje, onde não há mais barreiras físicas entre trabalho e vida pessoal, o
perfil do “funcionário 24/7” só tende a crescer.
Para Antônio Fernando Gomes Alves, professor e gestor do Curso Superior de Tecnologia em Recursos Humanos da
Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), “com o advento das ferramentas de tecnologia, os espaços privado
e público se confundem, não havendo mais a separação da vida cotidiana de cada ser humano. O termo ‘funcionário 24/7’
está associado às pessoas que trabalham ininterruptamente e também aos ‘workaholics’, ou seja, que, pela lógica do capi-
talismo, trabalham continuamente, sem interrupção.”
Grupos de trabalho em aplicativos de mensagens como o WhatsApp e o fácil acesso a computadores e smartphones,
por exemplo, são alguns dos recursos que abrem caminho para que colaboradores com essas características apareçam cada
vez mais nas empresas
[...]
Texto Disponível em: <https://site.vidalink.com.br/site/blog/2376/funcionarios-24-7-saude-mental/>. Acesso em: mar. 2023.

23
R.I. (Revisão Intercalada)

Texto III

Disponível em: <https://spnoticias.tv.br/semana-com-4-dias-de-trabalho-e-o-futuro/>. Acesso em: mar. 2023.

Texto IV
Não sabemos o nome dela. Sabemos é que tem 26 anos, vive na Manhattan de 2000 e seu objetivo é passar um ano
inteiro hibernando. “No fundo do coração, eu sabia — talvez essa fosse a única coisa que meu coração sabia naquela época
— que assim que eu tivesse dormido o suficiente ficaria bem. Eu me renovaria, renasceria. Seria uma pessoa totalmente
nova, cada uma das minhas células se regeneraria a tal ponto que as antigas pareceriam memórias distantes encobertas
pela névoa. Minha vida passada seria apenas um sonho e eu poderia começar de novo sem arrependimentos, amparada
pela felicidade e pela serenidade que teria acumulado em meu ano de descanso e relaxamento”, nos diz a narradora de
“Meu ano de descanso e relaxamento”, romance da norte-americana Ottessa Moshfegh, publicado no Brasil pela editora
Todavia com tradução de Juliana Cunha.
CORTÊZ, Natacha. Meu ano de descanso e relaxamento: quando dormir é um jeito de resetar a existência.
Disponível em: <https://revistamarieclaire.globo.com/Cultura/noticia/2019/12/meu-ano-de-descanso-e-
relaxamento-quando-dormir-e-um-jeito-de-resetar-existencia.html>. Acesso em: 03 mar. 2023

24
R.I. (Revisão Intercalada)

Inglês
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO

1. (UERJ 2017) Na tirinha, Calvin e seu pai conversam sobre um assunto importante.

Com base no primeiro quadrinho, indique o que motivou essa conversa. Identifique, ainda, os referentes do pronome
we no primeiro e no último quadrinho, respectivamente.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO

Mother was always a quiet woman − a little shy of her own children. I am glad she was not chatty, glad she did not
perpetually “dear” us as so many English mothers that we knew did with their children. If she had been noisier or
quieter, more demonstrative or less loving, she would not have been just right. She was a small, grey-eyed, dark-
haired woman, had pink cheeks and struggled breathing. I do not remember to have ever heard her laugh out loud,
yet she was always happy and contented. I was surprised once to hear her tell the Bishop, “My heart is always sing-
ing.” How did hearts sing? I had never heard Mother’s, I had just heard her difficult, gasping little breaths. Mother’s
moving was slow and weak, yet I always think of her as having Jenny-Wren-bird’s quickness. I felt instinctively that
was her nature. I became aware of this along with many other things about my mother, things that unfolded to me
in my own development.
Our picnic that day was perfect. I was for once Mother’s oldest, youngest, her companion-child. While her small,
neat hands hurried the little stitches down the long, white seams of her sewing, and my daisy chains grew and
grew, while the flowers of the bushes smelled and smelled and sunshine and silence were spread all round, it almost
seemed rude to crunch the sweet biscuit which was our picnic − ordinary munching of biscuits did not seem right
for such a splendid time.
When I had three daisy chains round my neck, when all Mother’s seams were stitched, and when the glint of sunshine
had gone quiet, 1then we went again through our gate, locked the world out, and went back to the others.
lt was only a short while after our picnic that Mother died. Her death broke Father; we saw then how he had loved
her, how alone he was without her − none of us could make up to him for her loss. (…)
I was often troublesome in those miserable days after Mother died. I provoked my big sister and, when her patience
was at an end, she would say, trying to shame me, “Poor Mother worried
about leaving you. She was happy about her other children, knowing she could trust them to behave − good reason-
able children − you are different!”
2
This cut me to the quick. For years I had spells of crying about it. Then by and by I had a sweetheart. He wanted
me to love him and I couldn’t, but one day I almost did − he found me crying and coaxed.
3
“Tell me.”
I told him what my big sister had said. He came close and whispered in my ear, “Don’t cry, little girl. If you were the
naughtiest, you can bet your mother loved you a tiny bit the best − that’s the way mothers are.”
Emily Carr Growing pains. Vancouver: Douglas & McIntyre, 2005.

25
R.I. (Revisão Intercalada)

2. (UERJ) then we went again through our gate, locked e) They think he is very rich, but __________ he is
the world out, and went back to the others. (ref. 1) poor.
f) In the word “teacher” the __________ is on the
Identifique a que se refere o pronome we. Com base first syllable.
no primeiro parágrafo do texto, indique, também, a g) What does that __________ say? It says “No
que se refere o termo the others. Smoking”.
h) The doctor __________ me to stay in bed for three
3. (G1) Observe os seguintes Falso Cognatos: days.

Prejudice: preconceito 6. (G1) Observe os seguintes Falso Cognatos:


To resume: reiniciar, retomar
Fabric: tecido, pano expert: perito, especialista
loss: prejuízo, perda notice: aviso
to summarize: resumir faculty: corpo docente
factory: fábrica
smart: esperto
news: notícia
Complete as orações a seguir com esses Falso
college: faculdade
Cognatos:
a) Martin Luther King fought against race
__________. Complete as orações a seguir com esses Falso Cog-
b) Jane’s dress is made of a fine Chinese __________. natos:
c) I had an accident and my car was a total a) Gerald is an ___________. He knows how to work
__________. with computers.
d) The __________ didn’t work yesterday, because all b) I want to study languages in __________.
the workers were on strike. c) I have a very good __________ for you. I’ll go to
e) When I read an interesting article, I like to the USA.
__________ it. d) Public Universities have the best __________. All
f) After a short rest the speaker __________ his lecture. of them are Masters and Philophy Doctors.
e) Don’t smoke here! Are you seeing a ___________
4. (G1) Observe os seguintes Falso Cognatos: on the wall?
f) As he is the best student in his class and he is
Actually: na verdade, realmente also very __________, he gave the correct answer
Parents: pais (pai e mãe) soon.
library: biblioteca
nowadays: atualmente 7. (ALBERT EINSTEIN - MEDICINA 2023) The idea
relatives: parentes that long road trips offer valuable, formative expe-
bookstore: livraria riences is widely accepted. Until recently, though,
these were generally seen as for younger adults be-
Complete as orações a seguir com esses Falso fore they “settled down”, or older adults who had
Cognatos: raised their children. But now more families take to
a) Both his __________ come from Italy. He is a son the road.
of Italians. For Joel Young, 38, it’s the idea of gifting his chil-
b) Alan is going go the __________ to borrow a book. dren with heightened cultural awareness along with
c) I used to smoke a lot, but __________ I quit. It’s
a different kind of learning experience. A remote
harmful to my health.
worker, Joel spends up to six months of the year
d) Every year all my ___________ meet each other.
travelling around the US with wife and their three
It’s a chance to see and talk to each other, becau-
home-schooled sons. “Jenna and I both grew up in
se they live far away.
e) Anne speaks English fluently. __________ she is farming communities. I didn’t go on an airplane until
Americans’ daughter. I was 17,” Young says. “We want our kids to have the
f) I’d like to buy the new book by Jorge Amado. I benefit of seeing it all… It just leads to a better level
think I’ll buy it at Siciliano __________. of decision making.”
“The families I know who could function nomadically
5. (G1) Complete as orações a seguir com os seguintes were fewer pre-pandemic,” says Sarah Stocking, edi-
Falso Cognatos: tor of Lonely Planet Traveller Magazine. But two key
ACCENT - STRESS - ACTUALLY - NOWADAYS - ADVICE changes have moved the needle: many more people
NOTICE - ADVISE - WARN can work flexibly now, plus parents have greater ex-
a) Take my __________: don’t smoke. perience of non-traditional learning. “The pandemic
b) __________ people prefer to buy CD’s rather than showed a lot of parents what remote learning could
LP’s. look like, both good and bad, and how homeschoo-
c) I’m __________. Don’t do that again. ling could function,” says Stocking. “It also showed
d) My uncle has lived in Brazil for 60 years, but he people how they could use tools differently to su-
spoke Portuguese with a strong __________. pport their families.”

26
R.I. (Revisão Intercalada)

Yet while the Youngs paint a picture of an idyllic lifestyle where cultural exploration meets adventure, experts suggest the experience
comes with possible downsides. “A lack of routine and a wider support network can be detrimental to children, even as they’re immersed
in culturally diverse experiences,” says child development expert Dr Jody LeVos. “Young children especially typically crave a sense of
familiarity. Creating that can be a challenge if time zones, physical environment and social contacts are changing,” he adds.
(MaryLou Costa. www.bbc.com, 16.06.2022. Adapted.)

Answer the following questions, in Portuguese. Be concise and direct, and do not repeat the question in your
answer.
a) Read the first two paragraphs. Identify the experience which is the topic of the text and one positive aspect of it.
b) As to the experience described in the text, mention one change in society which has contributed to its recent expan-
sion, and one aspect — according to Dr Jody LeVos — in which this experience can affect children negatively.

8. (UNICAMP 2022) Leia o texto a seguir e responda, em português, às perguntas.

The Genocide Convention was the first human rights treaty adopted by the United Nations in December 1948 and
marked the international community’s commitment to ‘never again’ after the atrocities committed during the Sec-
ond World War. According to the document, genocide is a crime that can take place both in time of war as well as in
time of peace. According to Article II of the Convention, “genocide means any of the following acts committed with
intent to destroy, in whole or in part, a national, ethnical, racial or religious group, as such:

- Killing members of the group;


- Causing serious bodily or mental harm to members of the group;
- Deliberately inflicting on the group conditions of life calculated to bring about its physical destruction;
- Imposing measures intended to prevent births within the group;
- Forcibly transferring children of the group to another group.”
(Adaptado de https://www.un.org/en/genocideprevention/genocide-convention.shtml. Acessado em 17/09/2021.)

a) Por que a adoção do documento é significativa para a história? Cite e explique o acontecimento histórico que levou
à criação desse documento.
b) Além do assassinato de membros de um grupo específico, cite outro ato que, segundo o Artigo II da convenção,
caracteriza o genocídio. Em seguida, cite e contextualize um crime de genocídio – ocorrido após a adoção da
Convenção – oficialmente reconhecido pela ONU.

9. (ALBERT EINSTEIN - MEDICINA 2022) Readers respond to an opinion article previously published in The Guardian
(8 August) which declared Latin a dead language with little relevance to modern education.

Letters to the Editor


Is there any demand for Latin among students today? Indeed, there is. In primary school, pupils have learned Latin,
and have come to it with no preconceptions about elitism or difficulty. They move on to secondary school expecting
Latin to continue. Far from being a dead language, Latin today is a living subject that broadens cultural understand-
ing and educational horizons.
Sarah Jackson
Founding chair, Classics for All

At my school in the 1960s, I was able to take domestic science and Latin. Latin was a prerequisite for university en-
try at that time, but I have never regretted taking it. It has logic and is a fascinating tool for unpicking the meaning
of words in English, and a key to learning other European languages.
Domestic science also stood me in excellent stead, providing a basic understanding of food science and a lifetime’s
enthusiasm for cooking. Both subjects should be included in school timetables as being valuable, relevant life skills.
Surely that is what education is for?
Vivien Scorer
Southwell, Nottinghamshire

I am a retired teacher of Latin in more than one comprehensive school. Your correspondent does not realize what a
bedrock Latin is for understanding and appreciating modern Romance languages (Italian, Spanish, French, etc) and
how necessary it is for some professions – archeology for one, not to mention its use with Greek in science.
I have several former pupils who have done very well in life using their knowledge of a language which covered much
of the world.
Mary Vicary
Church Stretton, Shropshire
(www.theguardian.com, 13.08.2021. Adapted.)

27
R.I. (Revisão Intercalada)

Answer the following questions, in Portuguese. Be concise and direct, and do not repeat the question in your answer.
a) In the first letter, does Sarah Jackson agree or disagree with the content of the opinion article published on 8
Aug? Identify one idea from her letter that confirms your answer, and write it down.
b) As they react to the opinion article, the writers of the second and third letters present similar supporting reasons.
What is there in common in the argumentation presented in the first paragraph of each of the two letters? What
is there in common in the argumentation presented in the second paragraph of each of the two letters?

10. (UNESP 2020) Examine a tira para responder, em português, aos itens a e b.

a) De acordo com o Dr. Dan, como um incorporador imobiliário gentrifica uma área?
b) A resposta do Dr. Dan no quarto quadrinho revela que ele se preocupa com o bem-estar dos moradores de baixa
renda? Justifique sua resposta.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES:


Leia o texto para responder, em português.

What is Gentrification?

Gentrification is a general term for the arrival of higher-income people in an existing working-class urban district,
causing a related increase in rents and property values, and changes in the district’s character and culture. The term
is often used negatively, suggesting the displacement of low-income communities by affluent outsiders. But the
effects of gentrification are complex and contradictory, and its real impact varies.
Many aspects of the gentrification process are desirable. Who wouldn’t want to see reduced crime, new investment
in buildings and infrastructure, and increased economic activity in their neighborhoods? Unfortunately, the bene-
fits of these changes are often enjoyed disproportionately by the new arrivals, while the established residents find
themselves economically and socially marginalized.
Although there is not a clear-cut technical definition of gentrification, it is characterized by several changes:
- Demographics: An increase in median income, a decline in the proportion of ethnic minorities, and a reduction in
household size, as low-income families are replaced by young singles and couples.
- Real estate markets: Large increases in rents and home prices, increases in the number of evictions, conversion of
rental units to ownership (condos) and new development of luxury housing.

28
R.I. (Revisão Intercalada)

- Land use: A decline in industrial uses, an increase in office or multimedia uses, the development of live-work “lofts”
and high-end housing, retail, and restaurants.
- Culture and character: New ideas about what is desirable and attractive, including standards (either informal or
legal) for architecture, landscaping, public behavior, noise, and nuisance.
(http://archive.pov.org. Adaptado.)

11. (UNESP 2020) Examine a tira e releia o texto What is Gentrification? para responder, em português, aos itens a e b.

a) Os quadrinhos numerados de 1 a 4 ilustram qual item apresentado no terceiro parágrafo do texto What is Gentri-
fication? Justifique sua resposta.
b) Qual item apresentado no terceiro parágrafo do texto pode ser associado ao último quadrinho? Justifique sua
resposta.

12. (UNESP 2020)


a) De acordo com as informações apresentadas no segundo parágrafo, cite dois aspectos positivos da gentrificação.
b) O final do segundo parágrafo apresenta uma contradição sobre os benefícios da gentrificação. Qual é essa contra-
dição?

13. (UNESP 2020)


a) Como a pergunta do título do texto é respondida no primeiro parágrafo? Quais consequências da gentrificação para
o mercado imobiliário são citadas no primeiro parágrafo?
b) De acordo com o primeiro parágrafo, por que o termo gentrificação pode ter conotação negativa? Qual ponto de
vista é apresentado sobre isso no primeiro parágrafo?

29
R.I. (Revisão Intercalada)

14. (UNESP 2019) Leia o texto para responder, em por- unknowable, they filled the gaps. Almost always from
tuguês, à(s) questão(ões) a seguir. afar, the monster was a substitute for those perceived
to stray from the norm.
Medi-evil: the monstrous middle ages

Keep your eyes peeled for a perennial medieval fa-


vourite, the Blemmyae: disgusting headless human-
oids with their faces transplanted onto their chests.
These were quite possibly the inspiration for Guill-
Monsters are still everywhere. Godzilla keeps stomp- ermo Del Toro’s Pale Man in the film Pan’s Labyrinth
ing through silver-screen cities, zombies lurch (2006) – a horrifying fellow whose eyeballs peer out
through eight seasons of the TV series “The Walking abjectly from his clawed hands.
Dead” and the vampires of “Twilight” nibble necks (https://espresso.economist.com, 09.06.2018. Adaptado.)
across thousands of pages of the book series by
Stephanie Meyer. a) De acordo com o texto, cite dois exemplos de
But those looking for some historical context should monstros que ocorrem em obras contemporâneas.
head to the Morgan Library and Museum in New York b) De acordo com o texto, que tipo de sensação
to see around 70 works (such as illuminated manu- os monstros Blemmyae despertam? Por que os
scripts) from the 9th to the 16th century that show Blemmyae podem ter sido a inspiração para a
how ogres of the imagination have always inspired criação do Homem Pálido no filme O labirinto do
terror and wonder. In a time when the distant was fauno (2006)?

15. (FUVEST)

Levando em consideração que o texto busca caracterizar dois tipos de personagens encontradas nas obras de ficção,
responda em português:

a) Como o texto caracteriza a personagem estática?


b) O que torna atraente a personagem dinâmica?

30
R.I. (Revisão Intercalada)

16. (FUVEST 2017)

Shakespeare biography has long circled a set of mysteries: Was he Protestant or secretly Catholic? Gay or straight? Loving
toward his wife, or coldly dismissive?
The man left no surviving letters or autobiographical testimony.
But now, a researcher has uncovered nearly a dozen previously unknown records that shed clearer light on another much-dis-
cussed side of the man: the social climber.
The documents, discovered by Heather Wolfe, the curator of manuscripts at the Folger Shakespeare Library in Washington,
relate to a coat of arms that was granted to Shakespeare’s father in 1596, attesting to his and his son’s status as gentlemen.
The documents suggest both how deeply invested Shakespeare was in gaining that recognition – a rarity for a man from the
theater – and how directly he may have been drawn into colorful bureaucratic infighting that threatened to strip it away.
The new evidence “really helps us get a little bit closer to the man himself,” Ms. Wolfe said. “It shows him shaping himself
and building his reputation in a very intentional way.”
The new documents also come with a nice bonus: they clearly refute skeptics who continue to argue that William Shakespeare
of Stratford-upon-Avon was not actually the author of the works attributed to him.
The New York Times, June 29, 2016. Adaptado.

Com base na leitura do texto e redigindo em português, atenda ao que se pede.

a) Cite dois aspectos indicativos do caráter misterioso da biografia de Shakespeare.


b) Em que reside a importância da descoberta, pela pesquisadora Heather Wolfe, de novos documentos relativos a um
brasão de armas conferido ao pai de Shakespeare em 1596?

31
R.I. (Revisão Intercalada)

CIÊNCIAS HUMANAS e 4. (UNESP) [...] os romanos foram bem-sucedidos em


unificar as regiões por eles conquistadas. Isso não signi-
suas tecnologias ficou, no entanto, que essa imensa área tenha deixado
de possuir costumes e organizações bem diferentes. [...]
Especialmente no que diz respeito à língua, o Império
permaneceu dividido, e isso acabou influindo nas di-

História Geral
ferentes culturas. Na prática, podem-se observar duas
grandes áreas culturais, a ocidental e a oriental. O lado
ocidental adotou como língua o latim; no oriental, o
grego foi a língua mais difundida. [...]
1. (UFG) As culturas antigas encontraram no mito uma Mais importante do que a língua era a diversidade
forma de compreensão do mundo. O mito possui um ca- religiosa. A maioria dos povos da Antiguidade era po-
ráter paradoxal: fornece uma primeira explicação para a liteísta, o que significa que admitiam a existência de
realidade e para a existência (unifica, dinamiza, dá sen- vários deuses. Isso tornava mais fácil conviver com
tido), porém torna-se com facilidade fonte de desvios e crenças diferentes, o que foi celebrado com a cons-
acomodações que possibilitam a manipulação. trução do Panteão: um enorme edifício construído em
Roma para ser templo de todos os deuses.
Compare os sistemas mitológicos egípcios e grego, (Carlos Augusto Ribeiro Machado. Roma e seu império, 2004.)
relacionando-os às características políticas de cada
uma dessas sociedades. a) Cite dois fatores que justifiquem a afirmação do
texto de que “os romanos foram bem-sucedidos
2. (UEG) O primeiro código de leis de que se tem co- em unificar as regiões por eles conquistadas”.
nhecimento foi estabelecido pelos babilônios por vol- b) É possível afirmar que a tolerância à diversidade
ta de XVIII a. C. Quais os princípios fundamentais do religiosa no Império Romano era limitada? Expli-
chamado “Código de Hamurábi”? que e exemplifique.
3. (UNICAMP 2021) Milhões de mulheres vivem al-
5. (UNESP) Dentro das condições mais suaves do Egito,
gumas frustrações derivadas de mecanismos que as
com céus sem nuvens e uma enchente anual previsí-
silenciam e que as afastam dos centros de poder. O
vel e uniforme, uma regularidade moderada contrasta
mundo dos antigos gregos e romanos pode nos ajudar
com o ambiente tempestuoso e turbulento, os relâm-
a compreender a construção desses mecanismos. Na
pagos, as catastróficas torrentes e inundações, das
fundação da tradição literária ocidental temos o pri-
meiro exemplo registrado de um homem mandando regiões mais orientais. Tão logo os novos cereais e a
uma mulher “calar a boca”. Refiro-me à Odisseia de cultura do arado foram introduzidos no Egito, houve
Homero, escrita há quase 3 mil anos. Tendemos, hoje, semelhante superabundância de alimentos, e por cau-
a pensar na Odisseia apenas como a épica história de sa dela, sem dúvida, uma superabundância de bebês.
Ulisses e seu retorno para casa após a Guerra de Tróia. Mas todos os feitos de domesticação do Egito foram
Mas a Odisseia é também a história de Telêmaco, fi- realizados sob um céu sem nuvens de tempestade, in-
lho de Ulisses e Penélope. É a história do seu cresci- tocado por sombrias incertezas, não amargurado nem
mento, e de como, ao longo do texto, ele amadurece, atormentado por repetidas derrotas. A vida era boa.
(Lewis Mumford. A cidade na história: suas origens, transfor-
passando de menino a homem. Esse processo surge
mações e perspectivas, 1991. Adaptado.)
no primeiro livro do poema, quando Penélope desce
de seus aposentos e vai ao grande saguão do palácio,
Caracterize, a partir do texto, o papel do rio Nilo no
onde um poeta se apresenta perante a multidão; ele
desenvolvimento da região e justifique a afirmação de
canta as dificuldades encontradas pelos heróis gregos
que “a vida era boa” no Antigo Egito.
ao voltar para casa. A música não a agrada, e ela,
diante de todos, pede-lhe que escolha outro tema,
mais feliz. Nesse momento, intervém Telêmaco: “– 6. (FUVEST 2023) “A Biblioteca de Alexandria cria um
Mãe, volte para seus aposentos e retome seu próprio espaço abstrato do qual sábios de origens diversas
trabalho, o tear e a roca. Discursos são coisas de ho- vão poder apropriar-se. Esse espaço é o do helenismo,
mens, de todos os homens, e minhas, mais que de horizonte comum de textos, crenças, modelos inte-
qualquer outro, pois meu é o poder nesta casa.” lectuais e tradições, que dependem, doravante, de
(Adaptado de Mary Beard, Mulheres e Poder. São Paulo: Plane- tarefas coletivas – arquivar, editar, comentar, elabo-
ta. 2018. Edição do Kindle: de Posição 51, 52, 63 e 64.) rar mapas, escrever a história, recensear. Poder-se-ia
dizer que uma das chaves da cultura alexandrina é a
Com base na leitura atenta do texto e em seus conhe- relação paradoxal que ela mantém com a memória. A
cimentos, responda às questões. ausência de uma tradição e de uma memória locais
explica talvez como a biblioteca, esse lugar de me-
a) Explique um papel social atribuído ao universo mória artificial, criado por uma política voluntarista,
masculino e outro atribuído ao universo feminino terá podido atrair e reter gregos de todas as origens.”
na Antiguidade Clássica. JACOB, Christian. “Ler para escrever: navegações alexandri-
b) De acordo com o texto, por que a Odisseia pode nas”. In: BARATIN, Marc e JACOB, Christian. O poder das bi-
bliotecas. Rio de Janeiro: Ed.UERJ, 2000, p.53-54. Adaptado.
ser revisitada para a compreensão do mundo con-
temporâneo?

32
R.I. (Revisão Intercalada)

Com base na leitura do texto, responda às questões: 10. (UNESP) “Constantino, cada vez mais cristão, come-
çou a favorecer e a enriquecer a Igreja, e a transcrever
a) O que foi o helenismo? em sua legislação os princípios da moral cristã. Cons-
b) Cite dois exemplos que indicam a relação entre a tâncio, mais ariano que ele, perseguiu não somente os
cultura alexandrina e a memória. pagãos (intermitentemente), mas também os ortodoxos
c) Indique dois elementos que tornaram possível aos (...), fazendo jus à resposta famosa de Óssio de Córdova
pensadores humanistas (séculos XIV-XVI) se apro- que, pela primeira vez, recusava ao príncipe o direito de
priarem do patrimônio cultural clássico. imiscuir-se nos assuntos espirituais (‘Não interfiram nos
assuntos da Igreja’). O problema ‘cristológico’, suscitado
7. (UNICAMP) A palavra árabe iman provém de uma pela questão ariana, continuava a apaixonar e a dividir
raiz que significa ‘ter certeza’ e designa fé, no sentido a opinião, e os concílios multiplicaram-se, sem chegar a
da certeza. qualquer solução.”
A fé, por conseguinte, não contradiz o conhecimento (Paul Petit, HISTÓRIA ANTIGA.)
nem a compreensão. Pelo contrário, o desejo de saber
é uma obrigação religiosa, e os tempos pré-islâmicos O texto refere-se a dois problemas enfrentados pela
(século VI) na Arábia são chamados pelos islâmicos Igreja no Baixo Império: o cesaropapismo e a heresia.
de jahiliya, ignorância.
(Adaptado de Burkhard Scherer (org.), As Grandes religiões: a) Com base no texto, dê o significado de “cesaropa-
temas centrais comparados. Petrópolis: Vozes, 2005, p. 77.) pismo”.
b) No texto, qual termo refere-se à crença herética
a) Cite uma característica política e uma caracterís- que negava a divindade de Cristo?
tica religiosa da península arábica pré-islâmica.
b) Como conviveram fé e conhecimento científico no 11. (UFAL) EVOLUÇÃO HISTÓRICA DAS ARMAS
mundo islâmico na Alta Idade Média?
1. Desde suas origens os homens perceberam que
8. (FUVEST 2021) “Assim se realizam, no correr do não teriam condições de sobreviver somente com
século IV, a transformação do cristianismo de religião suas defesas naturais e que era necessário reu-
perseguida em religião do estado e a transformação nirem-se em pequenos grupos para, juntando as
de um deus rejeitado em um Deus oficial. Os homens forças, se defenderem dos predadores, de outros
e as mulheres que vivem na Europa ocidental passam, homens e de outros grupos que pretendessem
em poucos decênios, do culto de uma multiplicidade matá-los, tomar-lhes a habitação e os alimentos,
de deuses a um Deus único”. ou que tentassem escravizá-los. Ou seja, desde a
LE GOFF, J. O Deus da Idade Média. Conversas com Jean-Luc origem o homem já tinha a preocupação de defen-
Pouthier. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007, p. 19-20. der-se e aos seus pertences.
2. Esse temor aumentava com a evolução do grupo,
a) Indique uma motivação que levou o Império Ro- pois, para este, quanto mais se desenvolvia, acu-
mano a adotar o cristianismo como religião oficial mulava conhecimentos e posses, maior era a pos-
em seus domínios. sibilidade de sofrer ataques de grupos rivais, que
b) Aponte dois exemplos da incorporação de elemen- tinham por objetivo tomarem para si tudo aquilo
tos do paganismo às práticas devocionais cristãs que pertencia àquele: os alimentos, as fêmeas para
na passagem da Antiguidade para a Idade Média. procriarem, a melhor caverna, a melhor localização
c) Indique duas características do cesaropapismo que em relação à caça e água. Surgiram dessa forma
se desenvolveu na cristandade oriental. as primeiras necessidades do aperfeiçoamento dos
meios de defesa do ser humano e do grupo social.
9. (UNICAMP) À Ilíada, epopeia guerreira, sucede 3. A necessidade de proteção e a tendência a agres-
a Odisseia, pacífica coletânea de lendas e aventuras sões, próprias do homem, orientaram os esforços
marítimas. Esse contraste corresponde a uma mudan- para o desenvolvimento e a fabricação de armas.
ça, quando os povos da região renunciam às lutas em A origem e a sequência dos primeiros meios me-
territórios muito estreitos e se voltam para os países cânicos usados nas armas podem apenas ser ima-
longínquos. Os poemas homéricos são contemporâ- ginados; com certeza surgiram na Pré-História.
neos da grande expansão marítima dos fenícios e a Provavelmente, o uso de um galho como prolon-
Odisseia está cheia de violências e rapinas de todo gamento de mãos e braços para melhorar a eficá-
tipo praticadas pelos fenícios, apresentados como cia e a potência de uma pedra arremessada com a
mercadores descarados e bandidos sem escrúpulos; mão foi o primeiro aperfeiçoamento introduzido
mas devemos levar em conta, nessas narrativas, as no armamento. Quem sabe, logo após o homem
rivalidades comerciais. percebeu que, se fosse lapidada em formas pontu-
(Adaptado de J. Gabriel-Leroux, As primeiras civilizações do das, cortantes e perfurantes, a pedra se tornaria
Mediterrâneo. São Paulo: Martins Fontes, 1989, p. 67-68.) mortal. Assim, as armas foram evoluindo, para
muito depois virem a tornar-se facas, espadas,
a) Segundo o texto, quais seriam as razões históricas
punhais etc. Paralelamente, os homens percebe-
da diferença entre a Ilíada e a Odisseia?
ram que, se conseguissem lançar um projétil com
b) Como a organização política de fenícios e gregos os
precisão, poderiam atacar a presa ou o inimigo
diferenciava da civilização egípcia?
sem se aproximar.

33
R.I. (Revisão Intercalada)

4. Surgiram assim arcos e flechas, bestas, bumerangues, etc. As lanças e os dardos, armas leves de arremesso, apa-
receram nos primórdios da civilização. A funda foi usada durante muitos e muitos séculos.
5. A evolução humana fazia-se vagarosamente, as necessidades eram maiores, e o conhecimento, restrito. Surgiu na
pré-história o período caracterizado pelo uso generalizado de instrumentos metálicos. Seu início remonta a mais
de 3000 a.C. O primeiro período em que se usaram os metais de forma sistemática foi o da idade do bronze, fase
de desenvolvimento cultural humano imediatamente posterior ao neolítico, entre o quarto e o segundo milênios
antes da era cristã.
6. A descoberta do metal - do ferro, após a idade do bronze - fez dele a principal matéria-prima para a fabricação
de armas e utensílios: foi possível produzir espadas, lanças, pontas de flechas, etc., mais eficientes para a caça e
a luta. Desenvolvendo-se os grupos primitivos, surge a função específica de defesa, concedida aos mais bravos e
corajosos, e isso dá origem aos exércitos, que mantêm sua função até os dias de hoje.
7. A invenção da pólvora pelos chineses revolucionou as armas. Com a invenção da pólvora foi possível construir
aparelhos que arremessassem objetos a distâncias maiores do que o faziam os aparelhos de energia mecânica,
tais como as catapultas. Os canhões, que conseguiam lançar projéteis a distâncias antes inimagináveis, revolu-
cionaram as batalhas e proporcionaram defesa e ataque muito mais eficientes, tanto para castelos como para
embarcações (como tão bem ilustram os atuais filmes de época).
8. Dos canhões chegou-se às armas de uso individual, que podiam ser transportadas e manipuladas por um só
homem, como os mosquetes. A partir daí, as armas de fogo passaram a equipar desde os soldados de grandes
exércitos que defendiam nações até o pequeno agricultor que necessitasse defender a família e os bens.
9. As armas de hoje são complexas, de uma potência extraordinária (muitas das quais sequer conhecemos), decor-
rentes de uma evolução a passos largos, principalmente durante e após a segunda guerra mundial.
10. Atualmente, com o desenvolvimento da física nuclear, da engenharia química e biológica, dos mísseis, as armas
adquiriram um poder de destruição nunca antes visto.
(Adaptado de http://pt.wikipedia.org/wiki/Arma)

Desde suas origens os homens perceberam que além de armas era necessário desenvolver a agricultura. Sobre o tema,
considere o mapa histórico.
O CRESCENTE FÉRTIL

(In: Olavo Leonel Ferreira. “Mesopotâmia”. São Paulo: Moderna, 1993. p. 9)

a) O mapa mostra uma região onde emergiram algumas civilizações do mundo antigo. Na Mesopotâmia e no Egito,
surgiram Impérios com base econômica na agricultura. Explique a importância do Estado e dos rios no desenvol-
vimento da agricultura, identificando características em comum dessas duas civilizações.
b) Cada vez mais a agricultura se organiza e se especializa para atender às demandas urbanas. Apresente três grandes
mudanças da agricultura moderna.

34
R.I. (Revisão Intercalada)

12. (UFJF-PISM 1 2019) Ao longo da história humana é possível observar diversos conflitos entre grupos sociais deriva-
dos de modos de qualificar quem é o “Outro” – o estranho, o estrangeiro – em cada tempo. Sobre esse tema, observe
as imagens abaixo e leias os seguintes fragmentos de textos.

Imagem 1: Foto atual das ruínas da Muralha de Adriano, cons-


truída na Inglaterra no ano 120 da Era Cristã para tentar conter Imagem 2: Foto atual pelo governo americano, do
as chamadas “invasões bárbaras”. muro entre o México e a Califórnia, nos Estados Uni-
(PELLEGRINI, Marco et alii. Coleão Vontade de saber. 6º ano. São Paulo: dos, de 2017.
Editora FTD, 2009, p. 236.)

“Estamos expulsando pessoas do país. Não se pode


“Por toda parte nós só vemos luto, só escutamos suspiros. acreditar em quão más são estas pessoas. Não são
Roma, outrora senhora do mundo, curva-se sob indizível dor, pessoas, são animais… Por causa das leis fracas, eles
sob o assalto dos bárbaros, sob a ruína de seus monumentos. voltam rápido, nós os detivemos, os libertamos, os
Onde está o Senado? Onde está o povo? As glórias do mundo interceptamos de novo, depois os deportamos de
foram aniquiladas; resta apenas uma multidão miserável, ex- novo. É uma loucura, temos as leis de imigração mais
posta, todos os dias, ao gládio dos bárbaros.” burras do mundo e nós vamos cuidar disso.”
(Papa Gregório, Homilias. Século VI.) (Discurso de Donald Trump, presidente dos EUA, em maio de 02018.
Disponível em: <https://bit.ly/2rP2SV7>. Acesso em: 31 jul. 2018.)

O período das chamadas “invasões bárbaras” é um dos diversos recortes históricos em que a problemática da relação
com o “Outro” se apresenta para interpretação. Sobre esse tema:

a) O que a Imagem 1 e a Carta Papal, que tratam da construção da Muralha de Adriano, podem revelar sobre quem
eram os bárbaros para os ingleses?
b) Analise UMA semelhança que pode ser percebida, a partir das fontes, entre os dois contextos históricos indicados?

13. (UFPR) Leia o excerto a seguir:

“A Grécia se reconhece numa certa forma de vida social, num tipo de reflexão que define a seus próprios olhos sua
originalidade, sua superioridade sobre o mundo bárbaro. No lugar do Rei cuja onipotência se exerce sem controle, sem
limite, no recesso de seu palácio, a vida política grega pretende ser o objeto de um debate público em plena luz do
sol, na ágora, da parte de cidadãos definidos como iguais e de quem o Estado é a questão comum [...]”.
(VERNANT, Jean-Pierre. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: DIFEL, 2013.)

Tendo como base as afirmações expostas por Vernant, identifique os traços principais da polis grega, o sistema
político que ela substituiu e os principais problemas que ela apresenta.

14. (UFJF) Leia o trecho abaixo a responda ao que se pede.

Quando Maomé fixou residência em Yatrib, teve início uma fase decisiva na vida do profeta, em seu empenho de fazer
triunfar a nova religião. A cidade de Yatrib, que doravante seria chamada Medina (cidade do profeta), tornou-se sede
ativa de uma comunidade da qual Maomé era o chefe espiritual e temporal.

a) Que tipo de Estado (forma de governo) foi criado por Maomé na Arábia por volta de 615 e, posteriormente, adotado
em várias regiões conquistadas pelo Islã?
b) Cite e analise UMA SEMELHANÇA e UMA DIFERENÇA entre a religião muçulmana e a religião cristã durante a Idade
Média.

35
R.I. (Revisão Intercalada)

15. (UFSCAR) Observe as imagens de atividades e de objetos produzidos pelos antigos egípcios, entre 2000 e 1000 a.C.

a) Que atividades de trabalho desses povos podem ser identificadas nas imagens e objetos retratados?
b) Identifique e analise duas mudanças e duas permanências entre as atividades e técnicas do antigo Egito e as
praticadas no Brasil contemporâneo.

36
R.I. (Revisão Intercalada)

História do Brasil
1. (FUVEST) Observe estes mapas:

a) Identifique duas diferenças significativas entre os mapas, quanto à forma de representação cartográfica.
b) Qual era o principal objetivo de cada mapa, considerando os diferentes contextos históricos em que foram criados?

2. (FGV) Não foi essencialmente demográfico no sentido de que o movimento colonizador não foi impulsionado por
pressões demográficas (como na Antiguidade, a colonização grega), mas tem dimensão demográfica no sentido de
que envolve amplos deslocamentos populacionais (...). A colonização moderna foi um fenômeno global, no sentido de
envolver todas as esferas da existência, mas seu eixo propulsor situa-se nos planos político e econômico.
NOVAIS, F. Condições de privacidade na colônia. História da vida privada no Brasil. Cotidiano e vida privada na América portuguesa.
São Paulo: Companhia das Letras, 2004, p. 18.

a) Explique as razões pelas quais a colonização portuguesa da América não foi provocada por pressões demográficas.
b) Exemplifique os tipos de deslocamentos populacionais dirigidos para a América portuguesa.
c) Apresente os elementos político e econômico que propulsionaram a colonização moderna.

3. (UFJF-PISM 2 2019) Em reportagem do dia 07 de agosto de 2018, a BBC News Brasil publicou uma matéria com
informações importantes sobre a questão do tráfico atlântico de escravos, ancorando-se na The Trans-Atlantic Slave
Trade (Base de dados do comércio transatlântico), construída num esforço internacional de parceria entre diversas
instituições, dentre as quais a Universidade de harvard. Leia o texto e observe os gráficos abaixo, retirados da repor-
tagem, que tratam da escravidão e do tráfico atlântico de escravizados, persistente no século XIX:

É consenso na historiografia atual que a escravidão já existia na África antes da chegada dos europeus. No entanto,
como afirma o historiador Arlindo Manuel Caldeira, pesquisador da Universidade Nova de Lisboa, “apesar de uma elite
africana ter se beneficiado diretamente do comércio de escravos, não há dúvidas de que, sem a pressão dos europeus,
a escravidão na África teria uma dimensão imensamente menor. Foi o estímulo europeu que levou a um crescimento
exponencial da escravidão.”
(Texto adaptado. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45092235>. Acesso em: 10 out. 2018.)

37
R.I. (Revisão Intercalada)

Com base no texto, na imagem e nos conhecimentos a


respeito da Inconfidência ou Conjuração Mineira, res-
ponda aos itens a seguir.

a) Discorra sobre esse movimento denominado de


Inconfidência ou Conjuração Mineira, ocorrido em
Minas Gerais, em 1789.
b) Analise a representação de Tiradentes na pintura
a) Observando o Gráfico 1, indique as duas nacionali- elaborada por Pedro Américo, após a proclamação
dades que mais realizavam viagens para transpor- da República no Brasil.
te e comercialização de escravos africanos.
b) Observando o Gráfico 2, o que se pode afirmar em 5. (UEL) Leia o texto a seguir.
relação à intensidade do tráfico de escravizados
para o Brasil, realizado por navios luso-brasilei- Tocadas em 1500 pelos homens de Pedro Álvares Cabral,
ros, do final do século XVIII até meados do século as terras que hoje são brasileiras foram desde então ofi-
XIX? cialmente incorporadas à coroa portuguesa. Se haviam
c) A partir dos dados apresentados, é possível afirmar sido frequentadas antes, como sugere o Esmeraldo de
que a responsabilidade pela escravidão e pelo des- Situ Orbis, e defendem alguns historiadores portugueses,
locamento de milhares de escravizados do Conti- disso não ficou maior registro, e não há, pois, como fugir
nente Africano para outros territórios, seria dos da data consagrada e recentemente celebrada – para o
próprios africanos? Explique sua resposta. bem e para o mal – por brasileiros e portugueses. Des-
coberto oficialmente, pois, em 1500, sob o pontificado
4. (UEL) Leia o texto e analise a imagem a seguir. de Alexandre VI Borgia, não se pode dizer, a rigor, que
existisse, então, nem Brasil nem brasileiros. Vários são os
Vou falar hoje, neste bicentenário, da conjuração mi- sentidos dessa não existência.
neira, menos sobre as consequências desta prisão do (Adaptado de: SOUZA, L. M. O nome do Brasil. Revista de Histó-
que sobre as causas da chamada Inconfidência Minei- ria. São Paulo, 2001. n.145. p.61-86. Disponível em: <http://
ra, designação de que francamente não gosto, e que revhistoria.usp.br/images/stories/revistas/145/RH-145_-_Lau-
não uso; a palavra inconfidência vem dos donos do ra_de_Mello_e_Souza.pdf>. Acesso em: 7 jun.2013.)
poder e não da oposição. Vem da contrarrevolução e
não da revolução; e, enfim, o objeto das nossas come- Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema,
morações é uma revolução frustrada, não uma repres- responda aos itens a seguir.
são bem-sucedida. É bom que estejamos bem claros
sobre isto. a) Cite e explique 2 fatores que possibilitaram o pio-
MAXWELL, K. Conjuração mineira: novos aspectos. Estudos neirismo do Estado português nas Grandes Nave-
Avançados. v. 3. n. 6. mai/ago, 1989, p. 4. gações.

38
R.I. (Revisão Intercalada)

b) Explique o que a historiadora e autora desse texto, Laura de Mello e Souza, quer dizer com a seguinte passagem:
“não se pode dizer, a rigor, que existisse, então, nem Brasil nem brasileiros.”.

6. (UFG) Leia as narrativas históricas a seguir.

Narrativa Histórica 1

Em 1500, a história do Brasil começa com o descobrimento Quando os portugueses descobriram o Brasil, os índios
desta terra pelos portugueses. Ao chegar, encontraram os entusiasmaram-se com as roupas, os espelhos e outros
índios, que não tinham cidades, viviam nus, adoravam presentes trazidos da Europa. Cidades foram organizadas.
vários deuses, não possuíam Estado e não conheciam a Com a ação dos jesuítas, a partir de 1549, muitos tornaram-
escrita. A economia deles era de subsistência. se cristãos e aprenderam a ler.
Narrativa Histórica 2

Antes da chegada dos portugueses, diferentes nações Quando os portugueses chegaram, impuseram o seu modo
indígenas viviam nestas terras. Estes povos tinham de vida aos indígenas. Condenaram os seus deuses e suas
suas próprias crenças e formas de organização política formas de organização. Muitas tribos indígenas resistiram,
e econômica. Alguns deles conheciam a cerâmica, o mas a colonização provocou a dizimação física e cultural de
trabalho com o algodão, fabricavam armas e instrumentos diferentes nações indígenas.
musicais.

As duas histórias apresentadas narram um evento da história do Brasil. Essas narrativas elaboram cenários diferencia-
dos sobre a relação entre indígenas e portugueses. Comparando as narrativas históricas apresentadas,

a) Qual a diferença de interpretação entre a narrativa 1 e a narrativa 2?


b) Explique o que permite que o mesmo evento histórico seja narrado de forma diferente.

7. (UEL) Leia os textos a seguir.

Vão completamente nus, homens e mulheres, como suas mães os pariram... Este rei e todos os seus andavam nus como
tinham nascido, assim como suas mulheres, sem nenhum embaraço... as mulheres, pelo menos, podiam ser mais cuidadosas.
TODOROV, T. Diários de Colombo. In. A Conquista da América. A Questão do Outro. São Paulo: Martins Fontes, 1983, p. 41.

A feição deles é serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem
cobertura alguma. Nem fazem mais caso de encobrir ou deixar de encobrir suas vergonhas do que de mostrar a cara.
Acerca disso são de grande inocência. Ambos traziam o beiço de baixo furado e metido nele um osso verdadeiro, de
comprimento de uma mão travessa, e da grossura de um fuso de algodão, agudo na ponta como um furador.
CAMINHA, P. V. Carta de Pero Vaz de Caminha. Biblioteca Nacional, 1500. Acervo digital. Disponível em: <https://www.bn.gov.br/tags/
pero-vaz-caminha>. Acesso em: 21 set. 2016.

39
R.I. (Revisão Intercalada)

Desejo tudo de bom para nossos compatriotas indígenas. Não acho que devemos nada a eles. A humanidade sempre
operou por contágio, contaminação e assimilação entre as culturas. Apenas hoje em dia equivocados de todos os tipos
afirmam o contrário como modo de afetação ética. Desejo que eles arrumem trabalho, paguem impostos como nós e
deixem de ser dependentes do Estado. Sou contra parques temáticos culturais (reservas) que incentivam dependência
estatal e vícios típicos de quem só tem direitos e nenhum dever. Adultos condenados à infância moral seguramente
viram pessoas de mau-caráter com o tempo.
PONDÉ, L. F. Guarani Kaiowá de boutique. Folha de S. Paulo. 19 nov. 2012. Disponível em: <http://www1.folha.uol.br/colunas/luizfelipe-
ponde/1187356-guarani-kaiowa-de-boutique.shtml>. Acesso em: 21 set. 2016.

Os fragmentos dos textos falam sobre os povos e as culturas indígenas. Dois deles são de europeus (Cristóvão Colombo
e Pero Vaz de Caminha) e datam, respectivamente, dos séculos XV e XVI. O último deles é de um brasileiro, Luiz Felipe
Pondé, um filósofo do século XX.

Com base nesses textos, nessas informações e nos conhecimentos a respeito dos povos indígenas da América, responda
aos itens a seguir.

a) Discorra sobre as diferenças presentes nesses três textos.


b) Discorra sobre as semelhanças presentes nesses três textos.

8. (UFMG) Analise este mapa:

40
R.I. (Revisão Intercalada)

A partir da análise do mapa e considerando outros 11. (UFJF) Observe a imagem abaixo:
conhecimentos sobre o assunto,
a) EXPLIQUE um motivo para as Expedições de Apre-
samento.
b) CITE dois processos históricos decorrentes das Ex-
pedições de Apresamento.
c) COMPARE o tratamento dado aos povos indígenas
por parte das Expedições de Apresamento e das
Missões jesuíticas.

9. (UFG) Leia o fragmento a seguir.

Ser quilombola, no contexto atual, é ter uma relação


íntima com a terra em que habitaram seus antepas-
sados. Assim sendo, devemos distinguir as especifi-
cidades da luta dos quilombolas ao longo do período
escravista como distinta da dos remanescentes de qui-
lombos no contexto atual.
RODRIGUES, M. S. Quilombolas. In: STARLING, H. M. M; BRAGA,
P. de C. (Org.) Sentimentos da terra. Belo Horizonte: Editora
PROEX, 2013. p.191-192. (Adaptado).

No fragmento apresentado, o autor estabelece uma O reinado de D. José I, em Portugal (1750-1777), foi
diferença entre a luta dos quilombolas do período co- marcado pela atuação de Sebastião José de Carvalho e
lonial e imperial e dos remanescentes de quilombos Melo (futuro Marquês de Pombal), nomeado secretário
no período atual. Diante do exposto, explique as di- de estado do Reino. Ao se tornar figura central da ad-
ferenças entre ministração portuguesa, Pombal procurou empreender
a) a luta dos quilombolas nos dois períodos. uma série de reformas no país, de modo a reverter
b) o posicionamento do Estado diante da luta dos a situação de crise em que vivia o reino português.
quilombolas nos dois períodos. Segundo o historiador Kenneth Maxwell:

10. (UNICAMP) A transferência da Corte Portuguesa “Uma consequência imediata das medidas drásticas de
para o Brasil beneficiou a economia mineira. O final Pombal foi desembaraçar o caminho para ações go-
do século XVIII fora marcado pelo enfraquecimento vernamentais em várias frentes. Assim, a década de
da mineração. Mas não se deve imaginar um cenário 1760 marcou um período de consolidação e ampliação
de decadência. A mineração ocasionou em Minas uma das reformas iniciadas durante a década anterior. Es-
diversificação econômica e um consequente cresci- tas incluíram (...) a afirmação da autoridade nacional
mento populacional sem precedentes. O sul de Minas na administração religiosa e eclesiástica, o estímulo a
adquiriu importância crescente ao produzir gêneros empreendimentos industriais e a atividades empresa-
de subsistência para abastecer os centros urbanos. riais e a consolidação da autoridade para lançar im-
(Adaptado de Alexandre Mendes Cunha, Tropeiros em alta. postos, das capacidades militares e da estrutura de
Revista de História da Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro, v.
segurança do Estado”.
28, jan. 2008. http://rhbn.com.br/secao/capa/tropeiros-
MAXWELL, Kenneth. Marquês de Pombal: paradoxo do Iluminis-
em-alta. Acessado em 10/06/2015.)
mo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996. p. 96.

a) Contextualize a afirmação contida no texto: “Mas


Com base no texto acima e em seus conhecimentos,
não se deve imaginar um cenário de decadência”.
cite e analise:
b) Explique as funções desempenhadas pelos tropei-
ros na integração política e geográfica do Sudeste.
a) uma medida da política econômica pombalina para
a América Portuguesa.
b) uma medida da política pombalina em relação ao
sistema educacional na colônia brasileira.

12. (UNESP) A vinda da Corte com o enraizamento do


Estado português no Centro-Sul daria início à trans-
formação da colônia em metrópole interiorizada.
(Maria Odila Leite da Silva Dias. A interiorização da metrópole
e outros estudos, 2005.)

Cite e analise duas medidas determinadas pelo Prínci-


pe Regente D. João, nos anos em que ficou no Brasil,
que tenham contribuído para essa interiorização da
metrópole e seu gradual enraizamento na colônia.

41
R.I. (Revisão Intercalada)

13. (UERJ)

As imagens remetem a dois marcos históricos do processo de conquista e ocupação da região amazônica pela Coroa de
Portugal: a construção do Real Forte do Príncipe da Beira na margem direita do Rio Guaporé, entre 1776 e 1783, e a
expedição à região do Amazonas comandada por Pedro Teixeira, ocorrida entre 1637 e 1639.

Identifique duas estratégias da colonização portuguesa na Amazônia ao longo dos séculos XVII e XVIII. Em seguida,
aponte duas características físicas ou demográficas dessa região que tenham interferido nas estratégias de coloniza-
ção.

14. (FUVEST) Foi o Capitão com alguns de nós um pedaço por este arvoredo até um ribeiro grande, e de muita água, que
ao nosso parecer é o mesmo que vem ter à praia, em que nós tomamos água. Ali descansamos um pedaço, bebendo e
folgando, ao longo dele, entre esse arvoredo que é tanto e tamanho e tão basto e de tanta qualidade de folhagem que
não se pode calcular. Há lá muitas palmeiras, de que colhemos muitos e bons palmitos.
A carta de Pero Vaz de Caminha.
http://dominiopublico.gov.br. Acesso em 30/11/2014.

O texto descreve características da paisagem encontrada pela esquadra do português Pedro Álvares Cabral, em 1500,
ao chegar ao que hoje é o Brasil.

a) Paisagens semelhantes a essa já eram conhecidas de navegadores portugueses, em outros trajetos, antes de 1500?
Justifique.
b) Dentre as áreas demarcadas no mapa abaixo, indique, com as respectivas letras, duas áreas nas quais é possível
encontrar, atualmente, florestas com as mesmas características daquela descrita no texto.

42
R.I. (Revisão Intercalada)

15. (FUVEST 2021)

A partir da análise do gráfico, no qual a ordenada corresponde a valores totais de exportação (em milhões de libras
esterlinas) e a abcissa a intervalos de tempo (em décadas), justifique

a) o declínio nos valores do açúcar entre, aproximadamente, 1650 e 1710;


b) a diferença entre os valores totais e a somatória dos valores de açúcar e ouro por volta de 1760;
c) a diferença entre os valores de açúcar e ouro por volta de 1810.

43
R.I. (Revisão Intercalada)

Geografia 1
1. (UFPR 2020) Um exemplo que comprova o formato arredondado da superfície da Terra é a sequência de desaparecimento
de uma embarcação no horizonte: a parte que some primeiro é a popa, depois a vela. O formato da Terra pode ser
confirmado por meio do magnetismo terrestre e da força da gravidade. Escolha um desses dois itens e justifique a forma
do planeta Terra.

2. (UEL) Analise os mapas a seguir.

Com base nos mapas 1 e 2, explique a relação entre as escalas numéricas e o nível de detalhamento territorial re-
presentado.

3. (UNICAMP 2023) A história dos registros cartográficos evidencia que a produção dos mapas varia conforme seus
contextos históricos, podendo ser uma experiência socialmente partilhada. No Renascimento, a cartografia era um
ponto de encontro entre arte e ciência e expunha o teatro do mundo aos olhos maravilhados dos europeus que ti-
nham acesso direto aos mapas. A cada ano, as expedições vinham da Ásia, da África e do Novo Mundo com novidades.
Em Lisboa e em Sevilha, como na maior parte do continente, as cartas marítimas incitavam as viagens e as conquis-
tas. Na Índia, os cartógrafos não haviam produzido nenhum mapa detalhado do conjunto do subcontinente indiano
nessa época. Porém, existiam mapas locais que respondiam a diferentes necessidades. Existiam mais de duzentos
mapas antes do século XVIII, principalmente do Noroeste, do Centro e do Oeste do subcontinente. Eles davam conta
da extensão e da propriedade das terras cultivadas e de uma tradição de medição desses espaços em escala local no
subcontinente indiano.
(Adaptado de RAJ, Kapil. Conexões, cruzamentos, circulações. A passagem da cartografia britânica pela Índia, séculos XVII-XIX. Cultura.
Revista de História e Teoria das Ideias. v. 24, 2007, p. 161.)

Considerando o excerto acima,

a) identifique e explique dois aspectos importantes dos registros cartográficos na Europa neste primeiro processo de
mundialização.
b) destaque dois aspectos da produção e dos usos dos mapas no subcontinente indiano que eram diferentes dessa
tradição cartográfica europeia.

44
R.I. (Revisão Intercalada)

4. (UNICAMP)

As imagens acima indicam um fenômeno climático provocado pela dinâmica social. Esse fenômeno altera o tempo
atmosférico nas grandes cidades do mundo todo.

a) Explique o que é clima e o que é tempo atmosférico.


b) Que fenômeno está representado nas isotermas indicadas acima? Esse fenômeno é sazonal ou independe da estação
do ano?

5. (UNICAMP)

a) Explique por que a Groenlândia e a Península Arábica, que possuem aproximadamente a mesma superfície em km2,
no mapa-múndi acima apresentam dimensões tão discrepantes, e indique qual é a projeção desse mapa-múndi.
b) Defina escala cartográfica e indique se o mapa acima apresenta uma escala grande ou pequena.

6. (UNIFESP) Em uma cidade no interior do Estado de São Paulo, a atividade dos jardineiros da prefeitura é menor em
determinada estação do ano: a grama e os arbustos dos jardins têm o crescimento reduzido, exigindo menos podas.

a) Cite a estação do ano em que ocorre essa redução de crescimento e a caracterize com relação à pluviosidade e à
temperatura.
b) Cite um outro fator ambiental característico dessa estação do ano e explique como esse fator contribui para que a
grama e os arbustos tenham o crescimento reduzido.

45
R.I. (Revisão Intercalada)

7. (FUVEST 2023) Observe a reportagem a seguir:

UM PLANETA SEM DISTORÇÕES: FÍSICOS PROPÕEM A ADOÇÃO DE UM NOVO MAPA-MÚNDI

O astrofísico Richard Gott, o matemático Robert Vanderbei e o cosmólogo David Goldberg chegaram ao conceito do
disco aberto, mostrado abaixo, com o intuito de corrigir os equívocos do modelo usado da mesma forma há mais de
quatro séculos, baseado na projeção de Mercator.

A notícia faz alusão às distorções produzidas pela projeção de Mercator. A partir dos seus conhecimentos sobre car-
tografia,

a) cite o contexto no qual foi proposta a projeção de Mercator.


b) cite e explique uma dessas distorções que podem ser evitadas pela projeção apresentada na reportagem.
c) indique e explique outra projeção cartográfica que apresenta distorção diferente daquela encontrada na projeção
de Mercator.

8. (UFU 2022) Considere as figuras abaixo.

46
R.I. (Revisão Intercalada)

As figuras 1 a 5 indicam formas e modelos de projeções cartográficas. A respeito das figuras,

a) cite os tipos de superfícies de projeção utilizadas nas figuras 1, 2 e 3.


b) discorra sobre as diferenças entre as projeções de número 4 e 5 em relação aos nomes (autores); às superfícies e
às propriedades de projeção; às distorções; e ao contexto histórico de cada uma delas.

9. (UFJF-PISM 1 2020) Assim como nos últimos anos, o ano de 2019 foi marcado por condições meteorológicas extre-
mas. Analise os recortes dos noticiários abaixo e responda:

a) Considerando os movimentos de circulação geral da atmosfera e as estações do ano, apresente os sistemas atmos-
féricos responsáveis pelas condições meteorológicas extremas indicadas nas manchetes.
b) Relacione a ocorrência desses eventos extremos aos efeitos das mudanças climáticas globais.

10. (UFU) Terceiro El Niño mais intenso da história vai durar até 2016

O fenômeno climático El Niño, que reapareceu em março, deve durar até o segundo trimestre de 2016 e pode ser um
dos mais intensos da história, segundo as projeções anunciadas nesta quinta-feira pelo Centro de Previsão do Clima
(CPC) dos Estados Unidos.
Disponível em: <http://www.correiodoestado.com.br/ciencia-e-saude/terceiro-el-nino-mais-intenso-da-historia-vai-ate-2016/257442/>
Acesso em: 20 de fev. 2016.

A partir do texto e de seus conhecimentos sobre o assunto, responda:

a) Explique o fenômeno climático exposto e sua relação com os ventos alísios.


b) Durante sua atuação, quais são as principais consequências ambientais e econômicas que o fenômeno apresentado
desencadeia nas regiões Nordeste e Sul do Brasil?

47
R.I. (Revisão Intercalada)

11. (PUCRJ) A imagem feita por um satélite da NASA e aqui adaptada mostra a direção de toneladas de areia/poeira que
são transportadas, anualmente, entre dois continentes. Tal transporte indica a interdependência de ecossistemas na
escala global, essencial para a qualidade ambiental do planeta.

a) Explique a dinâmica do transporte da areia/poeira, com base na circulação geral da atmosfera.


b) Identifique os ecossistemas ‘doador’ e ‘receptor’ da areia/poeira, explicando como as características hídricas dos
seus domínios climato-botânicos os ajudam a se complementarem.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO


Observe o mapa e responda à(s) questão(ões).

48
R.I. (Revisão Intercalada)

12. (UEMA) A figura “Distribuição da População Absoluta no Brasil” constitui um mapa temático, cujo objetivo é
representar eventos de diferentes naturezas de forma quantitativa ou qualitativa. Um item essencial nos mapas
é a escala que, na referida figura, é apresentada na forma gráfica.

a) Expresse a relação entre a distância real e a representada na escala gráfica.


b) Transforme-a em numérica.

13. (UFPR 2020) No dia 20 de outubro de 2019, o primeiro teste com o Projeto Sunrise da companhia aérea australia-
na Qantas foi concluído com uma aeronave Boeing 787-9, que partiu do Aeroporto JFK de Nova York, no dia 18 de
outubro, às 21 horas e 27 minutos, para Sydney, pousando no início da manhã de domingo, horário local, às 7 horas
e 42 minutos. Considerando que o fuso horário de Nova York é o de −5 horas de Greenwich e o de Sydney é o de +10
horas em relação ao meridiano central, qual a duração do voo entre as duas cidades? Construa um passo a passo para
demonstrar seu raciocínio.

14. (FUVEST 2023) Em 4 de março de 1513, o espanhol Juan Ponce de León saiu da ilha de Porto Rico com três navios
e cerca de 200 homens para explorar o Norte. No dia 2 de abril, quase um mês mais tarde, ele conquistou um novo
território: a Flórida. Ficou lá por cinco dias e depois recomeçou a expedição, agora indo na direção Sul. Mas dessa vez
o movimento foi diferente. Havia uma corrente nas águas do mar tão forte que, mesmo com vento a favor, os navios
eram empurrados para trás – o San Cristóbal, o menor dos três, chegou a se perder dos outros por dois dias.

Ponce de León e seus marinheiros não sabiam, mas estavam bem no meio da Corrente Marítima do Golfo – que é
especialmente forte entre a Flórida e as Bahamas, onde eles estavam. Com o tempo, os navegadores espanhóis apren-
deram a usar aquilo a seu favor: a corrente dava um belo empurrão na volta das expedições, permitindo retornar à
Europa mais depressa.
Disponível em https://super.abril.com.br/sociedade/. Adaptado.

Baseado no texto e em seus conhecimentos, responda:

a) Tendo Flórida e Europa como referência, indique para qual sentido a corrente marítima do Golfo levava os navios.
b) Indique duas razões por que essa corrente oceânica, em seu local de origem, é quente na superfície.
c) Cite e explique um efeito dessa corrente oceânica sobre o clima da Europa Setentrional.

15. (UFES) A figura abaixo apresenta 2 (dois) morros (A e B), representados por curvas de nível, que são linhas imaginá-
rias de um terreno. Numa curva de nível, todos os pontos têm a mesma altitude, acima ou abaixo de uma determinada
superfície de referência, geralmente o nível médio do mar.

Com base nas informações acima, identifique

a) a vertente que apresenta, na figura, maior inclinação. Justifique;


b) a equidistância entre as curvas de nível representadas na figura;
c) o morro mais alto (A ou B) representado na figura. Justifique.

49
R.I. (Revisão Intercalada)

Geografia 2
1. (FUVEST) Analise o diagrama.

a) Identifique os processos formadores de rochas das fases III e VIb e cite um exemplo de rocha para cada uma dessas
fases.
b) Explique a relação entre uma das rochas citadas e o relevo característico dessa rocha, utilizando-se de exemplo
no Estado de São Paulo.

2. (UEL) Leia a tirinha a seguir.

Descreva como o intemperismo físico e o químico participam na formação das bacias sedimentares ao longo do tempo
geológico.

3. (FUVEST) A exploração dos recursos naturais ocupa posição de destaque na Região Norte do país. Aponte e explique
uma característica da mineração de ferro relacionada

a) à atividade econômica.
b) aos impactos ambientais que acarreta.

50
R.I. (Revisão Intercalada)

4. (UFRJ) Os vulcões causam a destruição de cidades e de vidas, mas também podem significar fonte de recursos.
No mapa abaixo, estão representadas as zonas de vulcanismo no mundo.

a) Explique os condicionantes da ocorrência de erupções vulcânicas no Círculo do Fogo e nas dorsais oceânicas.
b) Apresente e explique uma possibilidade de aproveitamento econômico das áreas sujeitas a vulcanismo.

5. (UFPR) O relevo terrestre é composto por diversas fisionomias ou irregularidades: planícies, planaltos, depressões,
montanhas, etc. Explique como são geradas tais fisionomias ou irregularidades.

6. (UFG) O relevo do Planalto Central brasileiro, por sua constituição geológica e geomorfológica, possibilita o aprovei-
tamento dos seus recursos naturais e facilita o desenvolvimento de atividades econômicas. Com base nesta afirmação,

a) apresente duas características das formas desse relevo;


b) explique um tipo de atividade econômica favorecida por essa forma de relevo.

7. (UNICAMP) Observe a figura a seguir e responda às questões:

a) No perfil geológico-geomorfológico do Estado de São Paulo aparece representado o relevo de cuestas. O que é um
relevo de cuestas e quais as suas principais características?
b) O Rio Tietê tem suas nascentes no município de Salesópolis, no reverso da Serra do Mar, a aproximadamente 50
km do litoral, e tem a sua foz no rio Paraná. Quando adentra a Bacia Sedimentar do Paraná, o Rio Tietê corre con-
cordante ao mergulho das rochas desta bacia. Por que, apesar de nascer próximo ao litoral, o Rio Tietê é afluente
do Rio Paraná? Como são denominados os rios que têm o mesmo comportamento que o Rio Tietê no trecho da
Bacia Sedimentar do Paraná?

51
R.I. (Revisão Intercalada)

8. (UFBA) 9. (UERJ) A intervenção humana tem impactos signifi-


cativos sobre os solos. Há um milênio, os agricultores
ao redor do mundo plantavam nas encostas “utili-
zando o contorno”, ao fazer sulcos ou montes que
percorriam a encosta. Contudo, também era comum
plantar e colher na planície de inundação e construir
habitações em terrenos vizinhos mais altos. As en-
chentes eram vistas como bênçãos.
Adaptado de CHRISTOPHERSON, R. W. Geossistemas: uma in-
trodução à geografia física. Porto Alegre: Bookman, 2012.

Cite o nome da técnica agrícola de plantar “utilizan-


do o contorno”, justificando a vantagem de sua uti-
lização. Em seguida, explique por que as enchentes
eram vistas como “bênçãos” no passado.

10. (UNICAMP) A figura abaixo apresenta a sequência


evolutiva de um perfil de solo.
Nada existe de tão concreto na natureza como o con-
junto heterogêneo das formas que compõem a su-
perfície da Terra a que se denomina relevo. O modelado
se concretiza pelas diferenciações locais e regionais da
silhueta da superfície da Terra. Ao leigo, cabe apenas
sentir as agruras do sobe e desce que a morfologia da
superfície do terreno impõe, além das desagradáveis
surpresas que a natureza reserva quando o homem a
utiliza de modo inadequado.
O relevo, como um dos componentes do meio natural,
apresenta uma diversidade enorme de tipos de formas.
Essas formas, por mais que possam parecer estáticas e
iguais, na realidade são dinâmicas e se manifestam ao
longo do tempo e do espaço de modo diferenciado, em a) Quais são os fatores ambientais que interagem para
função das combinações e interferências múltiplas dos o desenvolvimento de um perfil de solo?
demais componentes do meio ambiente. b) A ação humana pode interferir no desenvolvimen-
Fica evidenciado por uma simples colina ou uma exube- to de um perfil de solo como o apresentado. Como
rante serra, ou ainda uma planície de um rio que têm pode ser essa interferência?
sua história evolutiva e, consequentemente, sua exis-
tência encontra explicação; elas não ocorrem por acaso, 11. (UNICAMP 2022) Tem sido frequente a invasão da
mas porque uma série de fatores naturais possibilitaram Terra Indígena Yanomami para extração mineral ile-
seu aparecimento e garantem sua evolução contínua. gal. Valendo-se de técnicas industriais, a mineração
O relevo não é como a rocha, o solo, a vegetação, acarreta grande impacto ambiental e coloca em risco
ou até mesmo a água que se pode pegar; constitui- a vida de aproximadamente 20.000 yanomamis que
-se eminentemente de formas com diversos arranjos aí vivem. Ao final de 2020, somavam-se 2.400 hec-
geométricos. O relevo terrestre assemelha-se a uma tares de área degradada. Desse total, 500 hectares
escultura em rocha, a qual, depois esculpida, deixa foram registrados entre janeiro e dezembro de 2020.
de ser rocha para ser uma peça ou obra de arte da na- Tudo isso ocorrendo em plena pandemia da Covid-19,
tureza, produzida ao longo do tempo pelos processos fazendo da mineração, portanto, um vetor de disse-
endógenos e exógenos. (FILIZOLA, p. 68-69). minação do vírus entre a comunidade indígena.
(Adaptado de HUTUKARA Associação Yanomami, ASSOCIAÇÃO
Wanasseduume Ye’kwana, Cicatrizes na Floresta. Evolução do
Com base no texto e nos conhecimentos sobre os pro-
garimpo ilegal na TI Yanomami em 2020. sd. sl.)
cessos responsáveis pelas diversas formas do relevo,
no quadro ambiental,
a) Indique em quais unidades da federação se lo-
• indique um processo endógeno responsável pela
caliza a Terra Indígena Yanomami. Aponte duas
construção do relevo, exemplificando duas formas
características do modo de vida da sociedade Ya-
de modelado dele resultantes;
nomami as quais entram em conflito com a ex-
• identifique dois agentes da natureza respon-
pansão da fronteira econômica no Brasil.
sáveis pela esculturação do relevo em ambientes
b) Indique o minério que vem sendo extraído de
quentes e úmidos;
modo ilegal na Terra Yanomami e sua forma de
• explique de que maneira o assentamento de al-
exploração. Quais os impactos dessa exploração
gumas cidades e povoados foram influenciados,
para os ecossistemas locais?
no passado, pelo relevo;
• cite as consequências das pressões demográficas
sobre o relevo, na cidade de Salvador.

52
R.I. (Revisão Intercalada)

12. (UERJ) A erosão de solos causa prejuízos econômicos e sociais em várias partes do Brasil e do mundo. Seu controle
é um desafio que se impõe de forma crescente, principalmente em países pobres.
Observe a ilustração abaixo, que indica a intensidade da erosão anual do solo em diferentes áreas:

Explique por que a Área 1 apresenta menores perdas de solo em função da erosão.
No contexto das práticas agrícolas, cite duas técnicas de plantio que diminuem a ação erosiva nos solos.

13. (UFPR) Os processos de erosão hídrica pluvial representam um grande problema ambiental para a sociedade brasilei-
ra. Embora a erosão do solo esteja condicionada às características naturais do meio físico, é por meio da ação humana
que tende a se intensificar.
Com base nessa afirmativa, descreva o processo de erosão hídrica nas encostas, destacando os fatores naturais de
interferência, as ações do homem que a intensificam e seus efeitos negativos para a sociedade.

14. (PUCRJ) Os minerais terras-raras, identificados como o ‘Ouro do Século XXI’ por alguns pesquisadores, são cada vez
mais consumidos como insumos industriais na produção de bens essenciais, na atualidade.

53
R.I. (Revisão Intercalada)

Com nomes ainda pouco conhecidos pelo público em geral como neodímio, lantânio, európio, cério, térbio, gadolí-
nio..., os terras-raras são cada vez mais frequentes, no nosso dia a dia tecnológico, do que podemos imaginar.

Em relação a essa classe de minerais fundamentais para a indústria do século XXI, responda ao que se pede.

a) Identifique dois setores industriais que puderam se modernizar e expandir pelo uso dos terras-raras.
b) Considerando os gráficos 1 e 2, e a imagem 1 apresentados, selecione duas possíveis transformações espaciais nas
áreas onde se concentram os terras-raras no território brasileiro.

15. (UNESP) Analise a representação cartográfica do estado de São Paulo.

a) Caracterize dois fatores naturais do Oeste Paulista que condicionam o seu grau de suscetibilidade à erosão.
b) Os processos erosivos podem ser minimizados ou controlados com a aplicação de práticas conservacionistas. Dentre
as práticas, cite uma de caráter edáfico e outra de caráter mecânico.

54
R.I. (Revisão Intercalada)

Com base no texto acima, responda: em que consiste


Filosofia a tarefa de Sócrates? Ele está disposto a abandonar
essa tarefa? Se está disposto ou não, como isso se
evidencia no texto? Sob que condição os preceitos
1. (UFJF-PISM 3 2022) De que modo as propostas que Sócrates prega seriam nocivos?
de Sócrates resolveram o problema do relativismo
sofístico? 5. (UFU 2019) O vínculo entre o espaço da cidade e
suas instituições aparece ainda muito claramente
2. (UFJF-PISM 3 2020) O conhecimento é inato ou em Platão e Aristóteles. [...] É este centro que é
adquirido? Responda considerando os argumentos de agora valorizado; a salvação da polis repousa sobre
Platão no dialogo “Menon”. os que se chamam hoi mesoi, (o centro) porque,
estando à igual distância dos extremos, constituem
3. (UEMA 2020) Na antiguidade clássica grega, na um ponto fixo para equilibrar a cidade. Com relação
vigência do período democrático, os homens tinham a este centro, os indivíduos e os grupos ocupam
por hábito ir à praça pública (ágora) para reivindicar todos posições simétricas. A ágora, que realiza sobre
seus direitos e decidir o que seria o melhor para a o terreno essa ordenação espacial, forma o centro
cidade e, consequentemente, para todos. Quando de um espaço público comum. Todos os que nele
se reuniam era visando ao bem comum, apesar de penetram se definem, por isso mesmo, como iguais,
suas profundas diferenças. Por isso, cidade é polis e como isoi.
o cidadão é o polinter, os dois são a mesma coisa: a VERNANT, Jean-Pierre. As origens do pensamento grego. Trad.
cidade é o espaço de todos e o cidadão é o reflexo Isís Borges B. da Fonseca. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,
da cidade, pois a diversidade de posições e pontos 1990, p. 90. (Adaptado)
de vistas em que se situam os cidadãos constituem a
própria cidade. A imagem reproduzida concretiza essa a) Explique qual é a relação entre o surgimento da
visão. polis e o da Filosofia.
b) Explique qual é a relação entre a filosofia de
Sócrates e a ágora.

6. (UEL 2019) Há uma passagem célebre na obra A


República, de Platão, em que o filósofo afirma:

Enquanto os filósofos não forem reais nas cidades, ou


os que agora chamamos reis e soberanos não forem
filósofos genuínos e capazes, proporcionando a junção
do poder político com a filosofia, não haverá termo
para os males das cidades, nem, segundo penso, para
os do gênero humano.
Adaptado de: PLATÃO, A República (Livro VII, 473 d). 7a.
ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1993. p. 252.

Com base nessa passagem e considerando a realização


da justiça na cidade ideal pensada por Platão em A
a) Apresente duas manifestações em que as ruas do República, explique como ele concebe a necessidade
Brasil contemporâneo se constituem em espaços de que os governantes sejam filósofos ou dedicados
público e político do cidadão brasileiro, estando à filosofia .
garantido o abrigo da diversidade.
b) Justifique por que as ruas se constituem em espaço 7. (UFPR 2019) – Logo, se acredito em demônios, es-
público e político do cidadão. tes ou são uma sorte de deuses – e eu teria razão afir-
mando que estás propondo uma adivinha por brinca-
4. (UFPR 2019) Outra coisa não faço senão andar por deira, dizendo que eu creio em deuses em vez de crer
aí persuadindo-vos, moços e velhos, a não cuidar em deuses, pois que acredito em demônios – ou são
aferradamente do corpo e das riquezas, como de me- filhos de deuses, uma sorte de bastardos, nascidos
lhorar o mais possível a alma, dizendo-vos que dos de ninfas ou de outras mulheres a quem os atribui a
haveres não vem a virtude para os homens, mas das tradição – e que homem pode acreditar em filhos de
virtudes vêm os haveres e todos os outros bens parti- deuses e não em deuses? Seria a mesma aberração de
culares e públicos. Se com esses discursos corrompo a quem acreditasse serem os machos filhos de éguas e
mocidade, seriam nocivos esses preceitos; se alguém jumentos, sem crer em éguas e jumentos.
afirmar que digo outras coisas e não essas, mente. Por (PLATÃO. Defesa de Sócrates. Trad. Jaime Bruna. Coleção Os
tudo isso, atenienses, diria eu, quer atendais a Ânito, Pensadores. Vol. II. São Paulo: Victor Civita, 1972, p. 19.)
quer não, quer me dispenseis, quer não, não hei de
fazer outra coisa, ainda que tenha de morrer muitas De qual acusação Sócrates está se defendendo na
vezes. passagem acima e em que sentido essa acusação
(PLATÃO. Defesa de Sócrates. Trad. Jaime Bruna. Coleção Os poderia ser interpretada como “uma adivinha”,
Pensadores. Vol. II. São Paulo: Victor Civita, 1972, p. 21.)
segundo Sócrates?
55
R.I. (Revisão Intercalada)

8. (UFU) Considere o seguinte trecho, que comenta 10. (UFPR) “Pois fiquem sabendo: se vocês me matarem
opiniões bastante difundidas sobre o pensamento fi- por ser desse jeito que digo que sou, não prejudicarão
losófico de Parmênides e Heráclito, filósofos gregos a mim mais do que a vocês mesmos! É que em nada
que viveram no século VI a.C., e responda às questões me prejudicaria Meleto, ou Anito; nem seria capaz,
a respeito. pois não penso que é lícito um varão melhor ser pre-
judicado por um inferior. Poderia sim talvez me con-
“Parmênides e Heráclito representam correntes de denar à morte, ou ao exílio, ou à atimia. Porém, se
pensamento rivais na filosofia grega e o conflito en- ele ou algum outro pensa talvez que essas coisas são
tre essas correntes marcou profundamente a obra de grandes males, eu mesmo não penso – muito pior é
Platão, que procurará superá-lo, de certa forma, con- fazer o que ele está fazendo, ao tencionar matar in-
ciliando as duas posições. justamente um homem. Portanto, varões atenienses,
O pensamento de Parmênides baseia-se em uma con- estou longe agora de falar em minha própria defesa,
cepção de unidade do real para além do movimento como se poderia pensar; falo sim em defesa de vocês,
por ele considerado apenas uma característica apa- para que não errem – votando contra mim – em rela-
rente das coisas. Parmênides é visto como o filósofo ção à dádiva do deus a vocês conferida. Porque se vo-
do Ser, da realidade única, subjacente à pluralidade cês me matarem não vão encontrar facilmente outro
dos fenômenos, e precursor da metafísica. desse jeito, simplesmente ligado à cidade – por ordem
Heráclito parte do movimento como a questão mais do deus – [...] Mas vocês poderiam talvez, quem sabe,
básica em nosso entendimento do real, vendo no ficar aborrecidos – como os que são despertados de
conflito entre os opostos a causa do movimento. Sua um cochilo – e, me dando um safanão e ouvidos a
visão de realidade é profundamente dinâmica.” Anito, poderiam facilmente me matar e então con-
MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Filosofia. Rio de Janei- tinuar dormindo pelo resto da vida, a menos que o
ro: Zahar, 2000. deus aflito por vocês, lhes enviasse um outro”.
(PLATÃO. Apologia de Sócrates. Trad. André Malta.
a) Explique a oposição entre as concepções desses Porto Alegre: LP&M, 2016, p. 90-91.)
filósofos a respeito da realidade do movimento.
b) Explique como Platão “de certa forma concilia as A partir da citação acima e de outros trechos da obra,
duas posições”. responda por que, segundo Sócrates, longe de atuar
em defesa própria, ele atua na defesa dos atenienses?
9. (UFPR) “Mas aqueles, varões, são mais hábeis – os
que, se encarregando da educação da maioria de 11. (UEL) Leia o texto a seguir.
vocês desde meninos, tentavam convencê-los e me
acusar de algo ainda mais não verdadeiro: de que há Aristóteles afirma que os indivíduos são compostos
um certo Sócrates, homem sábio, pensador das coisas de matéria (hyle) e forma (eidos). A matéria é
suspensas no ar, e que tem investigado tudo o que há o princípio de individuação e a forma a maneira
sob a terra, e que torna superior o discurso inferior. como a matéria se constitui em si. Assim, todos os
[...] Depois, esses acusadores são muitos e têm me indivíduos de uma mesma espécie teriam a mesma
acusado já faz muito tempo, falando junto a vocês, forma, mas difeririam do ponto de vista da matéria,
além do mais, naquela idade em que mais seriam já que se trata de indivíduos diferentes, ao menos
convencidos (alguns de vocês eram meninos ou ado- numericamente.
lescentes), simplesmente acusando de forma isolada (Adaptado de: MARCONDES, D. Iniciação à História da
– sem que houvesse defesa. [...] E todos que, servin- Filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. 2.ed. Rio de
do-se da inveja e da calúnia, tentavam convencê-los, Janeiro: Zahar, 2007. p.21.)
mais os que, uma vez convencidos eles mesmos, iam
convencendo outros – todos esses são os mais ina- Com base na diferenciação entre matéria e forma
cessíveis, pois não é possível fazer subir aqui nem apresentada no texto, indique o significado dos
refutar a nenhum deles; simplesmente é imperioso conceitos de essência e de acidente na teoria do
bater-se como que com sombras ao se defender e re- conhecimento de Aristóteles.
futar sem que haja resposta.
Aceitem então vocês também, segundo estou lhes di- 12. (UNESP) Sendo, pois, de duas espécies a virtude,
zendo, que se repartem em dois meus acusadores – de intelectual e moral, a primeira gera-se e cresce graças
um lado os que me acusaram há pouco, e de outro os ao ensino – por isso requer experiência e tempo –,
que há tempos (dos quais eu estava falando)”. enquanto a virtude moral é adquirida em resultado
(PLATÃO. Apologia de Sócrates. Trad. André Malta. do hábito. Não é, pois, por natureza, que as virtudes
Porto Alegre: LP&M, 2016, p. 67-68.) se geram em nós. Adquirimo-las pelo exercício, como
também sucede com as artes. As coisas que temos
A partir da citação acima e de outros trechos da obra, de aprender antes de poder fazê-las, aprendemo-
responda: em quais categorias Sócrates divide seus las fazendo; por exemplo, os homens tornam-se
acusadores? Que categoria de acusadores Sócrates arquitetos construindo e tocadores de lira tocando
considera a mais temível e que razões ele apresenta esse instrumento. Da mesma forma, tornamo-
para embasar seu diagnóstico? nos justos praticando atos justos, e assim com a
temperança, a bravura etc.
Aristóteles. Ética a Nicômaco, 1991. Adaptado.

56
R.I. (Revisão Intercalada)

Responda como a concepção de Aristóteles sobre a Qual texto corresponde a uma visão metafísica e qual
origem das virtudes se diferencia de uma concepção corresponde a uma visão científica sobre o tema da
inatista, para a qual as virtudes seriam anteriores à felicidade? Justifique sua resposta.
experiência pessoal. Explique a importância dessa
concepção aristotélica no campo da educação. 15. (UEL) Leia o diálogo a seguir.

13. (UNESP) À medida que a ciência se mostrou capaz Glauco: – Que queres dizer com isso?
de compreender a realidade de forma mais rigorosa,
tornando possível fazer previsões e transformar Sócrates: – O seguinte: que me parece que há muito
o mundo, houve a tendência a desprezar outras estamos a falar e a ouvir falar sobre o assunto, sem
abordagens da realidade, como o mito, a religião, o nos apercebermos de que era da justiça que de algum
bom senso da vida cotidiana, a vida afetiva, a arte e a modo estávamos a tratar.
filosofia. A confiança total na ciência valoriza apenas
a racionalidade científica, como se ela fosse a única Glauco: – Longo proémio – exclamou ele – para quem
forma de resposta às perguntas que o homem se faz e a deseja escutar!
única capaz de resolver os problemas humanos.
Maria L. de A. Aranha e Maria H.P. Martins. Sócrates: – Mas escuta, a ver se eu digo bem. O
Temas de filosofia, 1992. princípio que de entrada estabelecemos que devia
observar-se em todas as circunstâncias, quando
Com base na ideia de “verdade absoluta”, explique a di- fundamos a cidade, esse princípio é, segundo me
ferença entre mito e ciência. Considerando a expressão parece, ou ele ou uma das suas formas, a justiça.
PLATÃO. A República. 7.ed. Lisboa: Fundação Calouste
“confiança total na ciência”, explique como o próprio
Gulbenkian, 1993. p.185-186.
conhecimento científico pode se transformar em mito.
Com base nesse fragmento, que aponta para o debate
14. (UNESP) Texto 1
em torno do conceito de justiça na obra A República
de Platão, explique como Platão compreende esse
É possível perguntar se a felicidade deve ser adquirida
conceito.
pela aprendizagem, pelo hábito ou por alguma espécie
de adestramento ou se ela nos é conferida por alguma
providência divina. Mesmo que a felicidade não seja
dada pelos deuses, mas, ao contrário, venha como
um resultado da virtude e de alguma espécie de
aprendizagem ou adestramento, ela parece contar-se
entre as coisas mais divinas; pois aquilo que constitui o
prêmio e a finalidade da virtude se nos afigura o que de
melhor existe no mundo, algo de divino e abençoado.
A resposta à pergunta que estamos fazendo é evidente
pela definição de felicidade, pois dissemos que ela é
uma atividade virtuosa da alma.
Aristóteles. Ética a Nicômaco, 1991. Adaptado.

Texto 2

De acordo com estudo realizado por cientistas


britânicos, nós somos mais felizes quando conseguimos
um desempenho melhor do que o esperado diante
do dilema risco-recompensa. Imagens escaneadas
do cérebro embasaram a pesquisa, mostrando que o
prazer é detectado em áreas do órgão ligadas ao bem-
estar. Após correlacionar os dados, os pesquisadores
chegaram a uma equação matemática. Para construir
o modelo matemático, a equipe analisou os resultados
de 26 pessoas que realizaram uma tarefa em ensaios
repetidos, tendo que escolher entre os caminhos de
recompensas monetárias garantidas ou arriscadas. Os
cérebros dos participantes também foram escaneados
por meio da ressonância magnética funcional. Ao final,
chegou-se à conclusão de que as expectativas anteriores
e recompensas futuras se combinam para determinar o
atual estado de felicidade.
“Cientistas vasculham o cérebro humano e descobrem a ‘equação
da felicidade’”. www.oglobo.com, 05.08.2014. Adaptado.

57
R.I. (Revisão Intercalada)

3. (UFU 2021)
Sociologia
1. (UFU 2020) A era das Fake News, marcada pelo sur-
gimento quase diário de teorias conspiratórias, com
um enorme sucesso no Brasil graças à disseminação
nas redes sociais, elegeu o “Marxismo Cultural” como
uma das principais ameaças aos chamados “valores
ocidentais e cristãos”. Sem qualquer respaldo aca-
dêmico, essa frágil teoria da conspiração começou a
ser difundida nos círculos conservadores e de extre-
ma-direita norte-americana desde a década de 1990.
Trata-se de uma suposta forma de marxismo, adapta-
da pela Escola de Frankfurt e pelo filósofo marxista
Antonio Gramsci, que teria se infiltrado nas socieda- Esse “meme” da internet remete a elementos centrais
des ocidentais com o objetivo de destruir suas insti- da obra de Karl Marx. Um deles é a forma como se es-
tuições e valores tradicionais. tabelece a troca de mercadorias no capitalismo. Nas pa-
Essa caracterização maniqueísta do pensamento mar- lavras do autor, essa troca “É apenas a relação social
xista, entretanto, não condiz com as teorias criadas determinada dos próprios homens que assume aqui a
por Karl Marx, Friedrich Engels e demais marxistas forma fantasmagórica de uma relação entre coisas. Para
com o intuito de compreender o funcionamento do encontrar uma analogia, daí devemos escapar para a
capitalismo e sua eventual superação. região nebulosa do mundo religioso. Aqui os produtos
da cabeça humana parecem dotados de vida própria,
Considerando-se as informações apresentadas, explique relacionando-se uns com os outros e com os homens
a) dois princípios básicos que fundamentam o mar- em figuras autônomas. Assim se passa no mundo das
xismo de Marx e de Engels. mercadorias com os produtos da mão humana”.
b) as diferenças entre o marxismo e o chamado so- MARX, Karl. A mercadoria. São Paulo: Ática, 2006. pp. 69.
cialismo utópico.
A partir do “meme” e do texto acima,
2. (UFPR 2019) Considere o seguinte excerto do Mani- a) interprete o sentido da frase “você vendeu a sua
festo Comunista, publicado em 1848: força de trabalho” de acordo com a obra de Karl
Marx.
Burgueses e Proletários (1) [...] b) analise de que maneira é possível aproximar a con-
A nossa época, a época da burguesia, caracteriza-se, cepção de fetichismo da mercadoria em Marx e os
contudo, pelo fato de ter simplificado os antago- hábitos de consumo.
nismos de classes. A sociedade toda cinde-se, mais
e mais, em dois grandes campos inimigos, em duas 4. (UEL 2020) Em abril de 2019, o governo federal enviou
grandes classes diretamente confrontadas: burguesia ao Congresso Nacional um Projeto de Lei que autoriza o
e proletariado. ensino domiciliar, também conhecido como homeschoo-
(MARX, Karl & ENGELS, Friedrich. O Manifesto Comunista. ling. Esse modelo de educação traz à tona uma discussão
Estudos Avançados.12 (34), 1998, p. 8 [1848].) a respeito das formas mais adequadas de socialização
das crianças e dos jovens. Em especial, põe em pauta
Com base nos conhecimentos sobre Idade Média, Ida- uma ampliação das disputas entre diferentes propostas
de Moderna e Idade Contemporânea, responda: morais envolvidas com o conteúdo dessa socialização,
como sugerem, por exemplo, argumentos presentes
a) Quem eram os burgueses no período da Baixa Ida- dentre as justificativas para a aprovação do Projeto de
de Média (séculos X a XV) e qual foi a razão de seu ensino domiciliar: a defesa do ensino religioso, críticas a
crescimento nesse período? uma suposta doutrinação ideológica de viés de esquerda
b) Em relação ao contexto em que escreveram Marx e nas escolas e a demanda por uma educação personali-
Engels, caracterize a burguesia francesa durante zada. Embora haja uma diversidade de experiências de
a Idade Moderna (1453- 1789) a partir de suas socialização, decorrentes também da variedade de agên-
atividades econômicas e seu status político. cias envolvidas nesse processo (escola, igrejas, indústria
c) Por que Marx e Engels nomeiam o século XIX como cultural, grupos de colegas etc.), a abordagem socioló-
“a época da burguesia”? gica proposta por Emile Durkheim (1853-1917) enfatiza
a ligação entre a socialização e a formação para a vida
em sociedade, isto é, no espaço público.

Com base na leitura do texto e nos conhecimentos


sobre a abordagem sociológica de Durkheim, defina o
conceito de “socialização” e explique as duas etapas
desse processo: socialização primária e secundária,
nos termos da teoria sociológica.

58
R.I. (Revisão Intercalada)

5. (UFPR 2020) Considere a passagem abaixo: a) Explique três diferenças entre a solidariedade me-
cânica e a solidariedade orgânica.
O ponto de vista de Marx estava fundado no que ele b) Qual é a função da separação dos tipos de solida-
chamava de concepção materialista da história. De riedade para Durkheim? Justifique.
acordo com essa concepção, não são as ideias ou os
valores que os seres humanos guardam as principais 8. (UEL 2019) Leia o texto a seguir.
fontes da mudança social. Em vez disso, a mudança
social é estimulada primeiramente por influências Após assinar o decreto que estabeleceu a interven-
econômicas. Os conflitos de classe proporcionam a ção federal na segurança pública do Rio de Janeiro,
motivação para o desenvolvimento histórico [...]. Nas o presidente Michel Temer justificou a medida dizen-
palavras de Marx: “toda a história humana até aqui é do “(...) que o crime organizado quase tomou conta
a história da luta de classes”. do estado do Rio de Janeiro. É uma metástase que
(GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005, se espalha pelo país (...)”. Destacam-se no crime or-
p. 32.) ganizado as milícias privadas, grupos formados para
atuarem em comunidades urbanas de baixa renda, os
Por que, para Marx, a luta de classe é a expressão quais, sob a alegação de “manter a ordem e a segu-
concreta da concepção materialista da história? rança”, praticam agiotagem, extorquem dinheiro do
comércio e de moradores e cometem assassinatos. As
6. (UEL 2020) Leia a charge e o texto a seguir. milícias podem ser definidas por alguns traços cen-
trais: controle de um território e da população que
nele habita por parte de um grupo armado ilegal; ca-
ráter coercitivo desse controle; a busca do lucro como
motivação principal; a participação ativa de agentes
do aparelho estatal legal; um discurso de legitima-
ção referido à proteção dos moradores e à instauração
da ordem. Apesar de se colocarem nas comunidades
onde atuam como poder alternativo ao poder legal,
acabam atuando como uma espécie de Estado parale-
lo ao Estado constitucional. Isto implica em assumir,
alternativamente, traços semelhantes àqueles que
definem o Estado moderno constitucional.
Adaptado de MAIA, G.; AMARAL, L. O crime organizado quase
tomou conta do Estado do Rio, diz Temer. UOL Notícias, Coti-
diano. Brasília, 16/02/2018. noticias.uol.com.br.

Com base na teoria de Max Weber, indique e explique


três características definidoras do Estado moderno cons-
titucional sob o modelo da dominação racional-legal.

O conceito de ideologia, nos termos propostos por Karl 9. (UEL) No Brasil, entre abril e maio de 2017, uma es-
Marx (1818-1883), refere-se, também, àquela ideia ou pécie de jogo conhecido como “Baleia Azul” causou al-
declaração “(...) que em algum aspecto significativo ela voroço nas redes sociais digitais. Trata-se de uma série
é falsa, enganosa ou um relato parcial da realidade e, de desafios que culmina no suicídio do “jogador”, geral-
portanto, uma ideia que pode e deve ser corrigida.” mente um indivíduo jovem. As reações, principalmente
GIDDENS, A.; SUTTON, P. W. Conceitos essenciais da Sociologia. das famílias e das escolas, alertavam para a necessidade
São Paulo: Editora da Unesp, 2016, p. 229. de reforçar os laços sociais e as regras de convívio co-
letivo. Também se disseminaram opiniões sobre a ne-
A charge sugere a presença de uma “ideologia do mé- cessidade de os jovens concentrarem-se nos estudos e
rito” quando está em pauta a discussão da desigual- no trabalho como forma de manutenção do equilíbrio
dade social na sociedade de tipo capitalista. social. Mas o assunto não é novo em Sociologia. Os as-
pectos sociológicos do suicídio foram analisados por um
Com base na charge e no texto, explique como a autor clássico, Émile Durkheim, que, em 1897, publicou
“ideologia do mérito” justifica a desigualdade social a obra “O Suicídio: estudo de sociologia”.
no capitalismo e, em seguida, identifique os motivos Com base na teoria de Durkheim, caracterize o “suicí-
que a caracterizam como enganosa ou um relato par- dio anômico” como um tipo de suicídio específico das
cial da realidade. sociedades modernas.

10. (UFU) Weber conduziu uma investigação sobre o de-


7. (UFU 2019) Para Durkheim, as sociedades podem
senvolvimento do capitalismo no ocidente e a raciona-
ser baseadas e analisadas por meio de dois tipos de
lização da conduta promovida por um sistema ético,
solidariedade: a solidariedade mecânica e a solidarie-
tendo como resultado sua obra mais conhecida.”:
dade orgânica. - A ética protestante e o espírito do capitalismo.
QUINTANEIRO, Tânia; BARBOSA, Maria Ligia de Oliveira;
Considerando-se a teoria durkheimiana, responda às OLIVEIRA, Márcia Gardênia. Um toque de clássicos: Marx,
questões abaixo. Durkheim e Weber. Belo Horizonte: EdUFMG, 1999. p. 129.

59
R.I. (Revisão Intercalada)

Com base nessa informação, faça o que se pede. 13. (UFU) Émile Durkheim foi um dos pensadores que
a) Estabeleça, sinteticamente, uma relação possível mais contribuiu para a consolidação da Sociologia
entre a ética protestante e o “espírito” do capita- como ciência empírica e para sua instauração no
lismo que Weber apresentou nessa sua obra. meio acadêmico, tornando-se o primeiro professor
b) A partir dessa relação, estabeleça, ao menos, três universitário dessa disciplina.
traços da análise weberiana. QUINTANEIRO, Tânia; BARBOSA, Maria Ligia de Oliveira e OLI-
VEIRA, Márcia Gardênia de. Um toque de clássicos. Belo Hori-
11. (UFU) No século XVIII, Condorcet inventou a mate- zonte: EdUFMG, 1995. p. 15.
mática social, com a qual pretendia aplicar o cálculo
às ciências morais e políticas. No XIX, Comte definiu Leia com atenção e responda:
a Sociologia como física social, Spencer propôs o es-
tudo do comportamento humano como órgão bioló- a) Quais as referências históricas, econômicas e so-
gico e Durkheim definiu o fato social como coisa. Ao ciais que Durkheim utilizou para constituir a So-
longo desse percurso intelectual, fundava-se a Socio- ciologia como ciência. Exemplifique e comente,
logia como disciplina autônoma. no mínimo, duas delas.
b) A grande preocupação de Durkheim era estudar
Esse processo de desenvolvimento da nascente ciên- a vida social como realidade objetiva. Para tal,
cia sociológica firmou-se sobre uma matriz do conhe- ele elaborou um objeto de estudo da Sociologia,
cimento positivista. Com base nela, o fato social. Qual o objetivo metodológico de
a) cite e explique três características do positivismo. Durkheim ao elaborar o conceito de fato social?
b) cite e explique duas relações entre o evolucionis- Comente ao menos duas de suas características.
mo e o determinismo.
14. (UEL) Max Weber é considerado pioneiro em defi-
12. (UNESP) Texto 1 nir o Estado por duas características fundamentais.
A primeira é o monopólio legítimo do uso da força
O positivismo representa amplo movimento de pen- física. A segunda reside no fato de que tal monopó-
samento que dominou grande parte da cultura euro- lio é restrito a determinado território. O controle das
peia, no período de 1840 até às vésperas da Primeira fronteiras, incluindo a permissão de quem pode aden-
Guerra Mundial. Nesse contexto, a Europa consumou trar e permanecer em seu território segundo aquelas
sua transformação industrial, e os efeitos dessa revo- características, seria prerrogativa do Estado. É neces-
lução sobre a vida social foram maciços: o emprego sário lembrar, entretanto, que o conceito de Estado
das descobertas científicas transformou todo o modo elaborado por Weber é um tipo ideal.
de produção. Em poucas palavras, a Revolução Indus-
trial mudou radicalmente o modo de vida na Europa. Com base nessas informações e nos acontecimentos
E os entusiasmos se cristalizaram em torno da ideia da recente “crise migratória na Europa”, cujo fluxo de
de progresso humano e social irrefreável, já que, de refugiados exemplifica alterações significativas dos
agora em diante, possuíam-se os instrumentos para a papéis atribuídos ao Estado moderno, cite e explique
solução de todos os problemas. A ciência pelos posi- um fato que se afasta do tipo ideal de Estado defini-
tivistas apresentava-se como a garantia absoluta do do por Weber, apontando para algumas configurações
destino progressista da humanidade. recentes das ações ou reações dos Estados nacionais.
(Giovanni Reale e Dario Antiseri. História da filosofia, 1991.
Adaptado.) 15. (UFU) Uma vez que Weber entende que o social
constrói-se a partir das ações individuais, cria-se um
Texto 2 problema teórico: como é possível a continuidade da
vida social? A resposta para tais questões encontra-
O “progresso” não é nem necessário nem contínuo. A hu- -se no fundamento da organização social, chave do
manidade em progresso nunca se assemelha a uma pessoa verdadeiro problema sociológico: a dominação ou a
que sobe uma escada, acrescentando para cada um dos produção da legitimidade, da submissão de um grupo
seus movimentos um novo degrau a todos aqueles já ante- a um mandato.
riormente conquistados. Nenhuma fração da humanidade QUINTANEIRO, Tânia, BARBOSA, Maria Ligia de Oliveira e
dispõe de fórmulas aplicáveis ao conjunto. Uma humani- OLIVEIRA, Márcia Gardênia. Um toque de clássicos: Marx,
dade confundida num gênero de vida único é inconcebí- Durkheim e Weber. 2.ed. Belo Horizonte: EdUFMG, 2003. p.
vel, pois seria uma humanidade petrificada. 119.
(Claude Lévi-Strauss. A noção de estrutura em etnologia, 1985.
Adaptado.) Com base no texto, faça o que se pede.

a) Considerando o texto 1, explique o que significa a) Defina o conceito de dominação e a sua função
“eurocentrismo” e por que o conceito de progres- para Weber.
so pressuposto pelo positivismo é eurocêntrico. b) Weber conceitua três formas de dominação legíti-
b) Por que o método empregado pelo autor do texto ma: a tradicional, a legal e a carismática. Expli-
2 é considerado relativista? Como sua concepção que e comente essas formas.
de progresso se opõe ao conceito de progresso po-
sitivista?

60
R.I. (Revisão Intercalada)

CIÊNCIAS DA NATUREZA e a) A qual filo pertence o coral-sol?


b) Cite um impacto do estabelecimento de espécies
suas tecnologias exóticas aos ecossistemas naturais. Explique por
que as espécies exóticas levam vantagens em re-
lação às espécies nativas.

3. (FUVEST 2020 - ADAPTADA) Em um cerrado campes-


Biologia 1 tre bem preservado, ocorre a teia trófica representada
no esquema.
1. (UNESP 2020) Luzia, com cerca de 12 500 anos, é
o fóssil humano mais antigo encontrado no território
do atual Brasil.

A imagem 1 mostra a reconstituição virtual de sua


cabeça, realizada em 1999.
A imagem 2 mostra a reconstituição virtual de sua ca-
beça, realizada em 2018, após estudos mais recentes.

a) Cite uma espécie dessa teia alimentar que ocupa


mais de um nível trófico, especificando quais são
eles.
b) Cite as cinco espécies de uma cadeia alimentar que
faça parte dessa teia. Desenhe um esquema da
pirâmide de energia desse ambiente.
c) Com relação à dinâmica dessa teia alimentar, des-
a) Defina o que é um fóssil. O que significa “cultura creva o efeito indireto da extinção local do bem-
material”? -te-vi sobre a população do predador de topo des-
b) Considerando as imagens, cite uma informação que sa teia (ou seja, aquele que preda sem ser predado
foi obtida pelos pesquisadores a partir do estudo por nenhum outro componente da teia).
do fóssil de Luzia. Mencione uma limitação desse
tipo de estudo. 4. UFPR 2019) Considere duas cadeias alimentares (1 e
2) e as relações tróficas entre os grupos de organis-
2. (USCS - MEDICINA 2022 – ADAPTADA) O coral-sol mos componentes dessas cadeias:
(Tubastraea sp.) é uma espécie exótica originária do
Oceano Pacífico, que chegou à zona costeira brasileira 1) produtores A (PA), consumidores primários A
na década de 80. A situação hipotética da imagem (C1ºA), consumidores secundários A (C2ºA) e
demonstra como essa espécie age em relação às espé- consumidores terciários A (C3ºA).
cies de corais nativas. Em A, observa-se uma parcela 2) produtores B (PB), consumidores primários B
de costão rochoso, representada pelo quadrado, ocu- (C1ºB), consumidores secundários B (C2ºB) e con-
pada por diversas espécies nativas (cada forma e cor sumidores terciários B (C3ºB).
representa uma espécie) e pelo coral-sol recém-ins-
talado (forma de sol em laranja). Em B, observa-se a a) Qual seria a consequência da extinção de C1ºA no
mesma parcela alguns anos depois. número de indivíduos presentes nos grupos C2ºA
e PA? Justifique sua resposta.
b) Qual seria a consequência de uma superpopulação
de C3ºB no número de indivíduos presentes nos
grupos C2ºB, C1ºB e PB? Justifique sua resposta.

61
R.I. (Revisão Intercalada)

c) Uma combinação de três fármacos administrados ao mesmo tempo é frequentemente utilizada para combater o
HIV. Considerando que cada um desses fármacos age sobre partes diferentes do ciclo de vida do HIV, explique
porque esse tratamento diminui consideravelmente a evolução da resistência viral ao tratamento.

5. (FUVEST - ADAPTADA) O tapiti é um coelho nativo do Brasil, habitante típico de campos, cerrado ou, mesmo, bordas
das matas. Tem hábitos noturnos e, durante o dia, fica escondido em meio à vegetação ou em tocas. Alimenta-se de
vegetais, especialmente brotos e raízes. A quantidade desses animais está cada vez menor pela presença da lebre
europeia, que foi introduzida no Brasil. A lebre europeia também se alimenta de vegetais, e tanto o tapiti como a
lebre são caças apreciadas por jaguatiricas e onças.

Represente esquematicamente a teia alimentar mencionada no texto.

6. (FAMERP) Observe a imagem, que mostra dois cavalos-marinhos (Hippocampus sp) apoiados a um coral.

a) A imagem mostra uma grande semelhança fenotípica entre os cavalos-marinhos e os corais. Qual o tipo de adap-
tação observada nessa espécie de cavalo-marinho? Justifique sua resposta.
b) O macho do cavalo-marinho retém os ovos durante a reprodução. A espécie desenvolveu essa característica, que
foi transmitida aos descendentes, para aumentar a proteção dos filhotes. Esta afirmação está de acordo com qual
evolucionista? Justifique sua resposta.

7. (UERJ) O Parque Nacional de Yellowstone é considerado o habitat selvagem dos EUA com maior variedade de mega-
fauna. Depois de 70 anos ausentes, os lobos cinzentos foram reintroduzidos nesse espaço, causando grande impacto
no ecossistema. A figura abaixo ilustra uma teia alimentar do parque, após a reintrodução dos lobos.

62
R.I. (Revisão Intercalada)

Explique por que a reintrodução dos lobos provoca redução das espécies A e B.

Pesquisadores observaram que, em menos de dez anos, diminuiu a erosão do solo no parque. Indique o efeito da
reintrodução dos lobos sobre as populações de alces, veados e plantas de que estes se alimentam. Aponte, ainda, de
que forma essas plantas atuam na redução da erosão do solo.

8. (FAC. SANTA MARCELINA - MEDICINA) As figuras ilustram dois órgãos homólogos: uma asa de morcego e uma
nadadeira de baleia.

a) O que são órgãos homólogos?


b) Por que os órgãos homólogos são considerados evidências da evolução biológica? Cite outra evidência evolutiva
que não seja homologia entre órgãos.

9. (PUCRJ) A figura abaixo mostra três gráficos que representam, respectivamente, a abundância de lontras-marinhas
no Pacífico Norte, a biomassa de ouriços-do-mar e a densidade total de algas kelps nesse mesmo ecossistema.

63
R.I. (Revisão Intercalada)

Interprete os gráficos e disserte sobre o que está ocorrendo nessa cadeia trófica. Considere que as orcas são preda-
doras de grandes baleias, mas que, em função da diminuição das populações dessas presas, passaram a se alimentar
também de lontras-marinhas nas últimas décadas.

10. (UERJ)

As imagens acima mostram três espécies de rãs venenosas encontradas na América do Sul, que se caracterizam por
suas cores vivas. É possível observar que os padrões de coloração de alguns indivíduos da espécie A são semelhan-
tes àqueles presentes nos indivíduos da espécie B, enquanto outros da espécie A se assemelham aos indivíduos da
espécie C.

Nomeie o fenômeno da presença de cores vivas em animais venenosos e explique sua vantagem para a sobrevivência
desses animais.

Em seguida, indique o tipo de mimetismo presente nas três espécies retratadas e descreva seu mecanismo de atuação.

11. (UNICAMP) A figura abaixo representa relações existentes entre organismos vivos.

a) O que é representado na figura? Que tipo de organismo é representado por X?


b) Qual seria a consequência do desaparecimento das aves mostradas na figura acima? Qual seria a consequência do
desaparecimento das plantas mostradas na figura acima?

64
R.I. (Revisão Intercalada)

12. (UERJ) Observe a cadeia alimentar representada no esquema abaixo.

Nomeie o nível trófico no qual é encontrada a maior concentração de energia, indique a letra que o representa no
esquema e justifique sua resposta.
Nomeie, também, o nível trófico responsável pela reciclagem da matéria no meio ambiente, indique a letra que o
representa no esquema e justifique sua resposta.

13. (PUCRJ) Observe a figura abaixo e responda:

a) O que esse gráfico representa? Explique.


b) O que são os compartimentos e por que eles são representados por barras de diferentes tamanhos?
c) Se esse gráfico representasse um ecossistema aquático, a relação de tamanho entre os compartimentos seria a
mesma? Explique.

14. (UNICAMP) Em 1953, Miller e Urey realizaram experimentos simulando as condições da Terra primitiva: suposta-
mente altas temperaturas e atmosfera composta pelos gases metano, amônia, hidrogênio e vapor d’água, sujeita a
descargas elétricas intensas. A figura a seguir representa o aparato utilizado por Miller e Urey em seus experimentos.

65
R.I. (Revisão Intercalada)

a) Qual a hipótese testada por Miller e Urey neste experimento?


b) Cite um produto obtido que confirmou a hipótese.
c) Como se explica que o O2 tenha surgido posteriormente na atmosfera?

15. (FAMERP) A imagem ilustra duas espécies de esquilos (Ammospermophilus harrisii e Ammospermophilus leucurus)
encontrados em diferentes áreas do Grand Canyon nos Estados Unidos.

a) Cite o tipo de especiação que possibilitou a formação dessas espécies de esquilos. Justifique sua resposta.
b) Suponha que as duas atuais populações de esquilos do Grand Canyon tenham surgido de um mesmo ancestral e
que exista um isolamento reprodutivo pós-zigótico entre eles. Represente um cladograma com as duas espécies
apresentadas. O que significa dizer que essas espécies estão em isolamento reprodutivo pós-zigótico?

66
R.I. (Revisão Intercalada)

4. (FAMEMA 2019 - ADAPTADA) Postos de saúde fo-


Biologia 2 ram montados em shoppings e escolas em diversos
municípios do país para aumentar o percentual de
crianças vacinadas contra a poliomielite (ou parali-
sia infantil) e o sarampo, doenças que podem levar
1. (FMJ 2020) O governo de São Paulo está promoven- a óbito. A vacinação é a única forma de impedir a
do campanhas para que a população receba a vacina propagação do sarampo, que voltou a circular no país,
contra o sarampo, que é uma doença altamente con- e evitar a reintrodução do agente causador da po-
tagiosa e que pode causar a morte principalmente de liomielite. Mesmo aqueles que já receberam as doses
crianças e idosos. Pessoas que já adquiriram o saram- devem ser vacinados.
po não precisam receber a vacina. (https://g1.globo.com. 11.08.2018. Adaptado.)

a) Qual a principal forma de transmissão do sarampo? Os agentes causadores do sarampo e da poliomielite


Por que o agente etiológico do sarampo é conside- são acelulares, ou seja, são formados por um agrega-
rado um parasita intracelular obrigatório? do de moléculas. A qual grupo de micro-organismos
b) Qual a composição de uma vacina contra o saram- pertencem os agentes causadores dessas doenças?
po? Por que as pessoas que adquiriram o sarampo Cite uma das principais moléculas orgânicas que com-
não precisam receber a vacina? põem minimamente esses micro-organismos.

2. (UFPR 2020) Uma das metas dos Objetivos do De- 5. (UFJF-PISM 2) “O Ministério da Saúde anunciou
senvolvimento Sustentável proposto pela ONU é a er- nesta quinta-feira (13) a decisão de antecipar a cam-
radicação, até 2030, de epidemias de AIDS, tubercu- panha de vacinação contra a gripe em 2017. Ao con-
lose, malária e doenças tropicais negligenciadas. Na trário de 2016, quando o maior número de registros
tabela abaixo, são apresentados dados de três países foi do H1N1, neste ano a maior circulação tem sido
do relatório estatístico anual de 2018 da Organização do tipo H3N2, aponta a presidente da Sociedade Bra-
Mundial de Saúde sobre a malária: sileira de Imunizações (SBI), Isabella Ballalai.”
Agência Brasil, 14 de abril de 2017 - http://agenciabrasil.
ebc.com.br
País Incidência / 1.000 habitantes
Argentina 0,0 Sobre essa doença responda:
Brasil 6,7
a) Qual a natureza do agente etiológico da gripe e
Colômbia 17,2
qual sua forma de transmissão?
b) Dona Camélia ouviu, da vizinha da prima de uma
a) Elabore uma hipótese que possa explicar as dife-
parenta, que tomar antibióticos seria um trata-
renças nos valores de incidência da doença entre
mento eficaz contra gripe. É correta tal informa-
os países apresentados, considerando a forma de
ção? Por quê?
transmissão.
c) Explique o mecanismo de ação de uma vacina na
b) Que atitude governamental deve ser tomada para
prevenção de doenças. Por que, no caso da gripe,
diminuir o número de casos?
a vacinação tem que ser anual?
3. (FMJ 2020) Nos últimos cinco anos, agentes de saú-
6. (UNESP) Em uma peça teatral encenada na escola
de encontraram 135 insetos transmissores dos pro-
para um trabalho de biologia, três personagens man-
tozoários causadores da doença de Chagas em muni-
tiveram o seguinte diálogo.
cípios da Grande São Paulo. Desses, 30,8% estavam
infectados. Por enquanto, o risco de contaminação
Aedes aegypti (mosquito-da-dengue):
é pequeno, pois ainda não há casos da enfermida-
– Estou cansada de ser considerada a vilã da dengue.
de registrados em seres humanos, mas as análises de
Afinal, também sou vítima, também sou parasitada.
laboratório feitas pela Sucen indicaram que os inse-
E por culpa dos seres humanos, que me fornecem ali-
tos capturados alimentaram-se de sangue humano e
mento contaminado!
de sangue de animais como aves, roedores, gambás,
cães e gatos. “Precisamos ficar atentos para evitar a
Triatoma infestans (barbeiro):
transmissão para pessoas”, alerta o biólogo Rubens
– E eu, então?! São os próprios seres humanos que
Antonio da Silva, pesquisador da Sucen.
(Pesquisa Fapesp, julho de 2019. Adaptado.)
levam o parasita da doença de Chagas para dentro
do próprio corpo. Eu não inoculo nada em ninguém.
a) Explique como o inseto barbeiro pode transmitir a
doença de Chagas aos seres humanos.
b) Cite o agente etiológico que, segundo o texto, in-
fectou os 30,8% dos insetos. Qual o tipo de re-
produção desse organismo no interior das células
parasitadas?

67
R.I. (Revisão Intercalada)

Pulex irritans (pulga): b) Qual das figuras abaixo (A e B) corresponde a uma


– Eu sou ainda mais injustiçada! Nem eu nem as ou- célula de bactéria? Cite DUAS características mor-
tras espécies de pulgas somos capazes de transmitir fológicas que definam esse tipo de célula.
microrganismos prejudiciais aos seres humanos. Se-
quer somos parasitas. Mas ainda assim nos associam
a doenças, quando o máximo que fazemos é provocar
uma coceira ou uma dermatite alérgica.

a) Dois desses personagens apresentaram argumenta-


ções biologicamente corretas. Cite um desses per-
sonagens e explique por que sua argumentação
está correta.
b) A argumentação de um desses personagens não
está biologicamente correta. Cite esse persona-
gem e explique por que sua argumentação não
está correta.

7. (FEMPAR (FEPAR)) Considere a figura a seguir e


faça o que se pede.

c) Como as bactérias resistentes a antibióticos trans-


mitem a resistência aos seus descendentes?

a) Descreva resumidamente o ciclo reprodutivo do ví-


rus da ilustração.
b) Mencione uma conhecida virose humana causada
por esse tipo de vírus e três importantes mecanis-
mos de contaminação.

8. (UFJF 2012 - ADAPTADA) Em 2010 e início de 2011,


a imprensa noticiou a existência de uma superbacté-
ria, a Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC),
como responsável pela morte de várias pessoas. A KPC
está restrita a ambientes hospitalares e os pacientes
imunologicamente debilitados são os mais suscetíveis
a ela. Nos últimos anos, algumas bactérias têm se
revelado resistentes à maioria de antibióticos, como
a KPC, com capacidade de transmitir a resistência aos
seus descendentes, além de enviarem através de seu
material genético essa informação para bactérias vi-
zinhas, as quais “aprendem” a se defender dos ata-
ques dos antibióticos.

Com relação às bactérias:


a) Em qual dos reinos, segundo Whittaker ou Margu-
lis e Schwartz, as bactérias se encontram?

68
R.I. (Revisão Intercalada)

9. (UFU 2021) Os organismos compartilham muitas características devido à ancestralidade comum. Desse modo, pode-
mos aprender muito sobre as espécies se conhecermos suas histórias evolutivas. As filogenias nos mostram as relações
evolutivas e são inferidas a partir de dados morfológicos (conforme tabela abaixo) e moleculares. Na tabela abaixo,
os símbolos representam: (–) ausência e (x) presença.

Anfioxo
Caractere (grupo Lampreia Atum Salamandra Tartaruga Leopardo Golfinho
externo)
(1) Coluna Vertebral – x x x x x x
(2) Mandíbula articulada – – x x x x x
(3) Quatro membros – – – x x x x*
(4) Âmnio – – – – x x x

(5) Leite – – – – – x x
(6) Barbatana dorsal – – x – – – x
* Embora os golfinhos adultos
tenham somente dois membros
óbvios (suas nadadeiras), quando
embriões eles têm dois membros
traseiros vestigiais, com um total
de quatro membros.

REECE, Jane B. et al. Biologia de Campbell. 10.ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. (Adaptado)

Com base nessas informações,

a) construa uma árvore filogenética a partir dos caracteres de 1 a 6 da referida tabela e registre, nessa árvore, os
caracteres, em forma de números de (1) a (6), como indicação de suas origens.
b) explique por que a tartaruga, o leopardo e o golfinho podem ser considerados um grupo monofilético?
c) formule uma explicação para a seguinte afirmação: os táxons do leopardo e do golfinho são considerados táxons-
-irmãos.

10. (UNESP) Na entrada de uma farmácia, um cartaz fazia a seguinte propaganda.

REPELSQUITO
A solução definitiva contra doenças causadas por insetos
Novo creme repelente contra insetos, para uso dermatológico.
Eficaz no combate à dengue, febre amarela, malária e outras viroses causadas por mosquitos.

As diferentes informações contidas no cartaz estão corretas? Justifique.

11. (UNESP) Estão representados nas figuras os exames de sangue de dois pacientes brasileiros que nunca saíram do
país, e que revelam a presença dos protozoários.

69
R.I. (Revisão Intercalada)

a) Quais são os protozoários que podem ser identificados no sangue dos pacientes I e II?
b) De que forma estes pacientes poderiam ter adquirido os parasitas?

12. (UNESP – ADAPTADA) Palavras semelhantes com fonemas comuns, como malária, febre amarela e amarelão, geralmente
levam as pessoas a confundir estas doenças, seus respectivos agentes causadores e transmissores.

Cite as diferenças entre malária e febre amarela, quanto aos seus agentes transmissores e agentes etiológicos ou
causadores.

13. (UNESP) Analise a figura. O organoide mencionado é o vacúolo contrátil, presente em alguns seres protistas.

a) Quais as principais funções desta organela citoplasmática e em que grupo de protistas ela está presente?
b) Em quais condições ambientais esta organela entra em atividade?

14. (UFRRJ) “SURTO DE CÓLERA ATINGE CENTENAS DE PESSOAS NA CIDADE PARANAENSE DE PARANAGUÁ

Num período de apenas 12 dias, entre 26 de março e 7 de abril, mais de 290 habitantes da cidade de Paranaguá, no
estado do Paraná, foram parar em hospitais com forte diarreia e uma perigosa desidratação. O cólera voltou a atacar
- e com força”.
(Adap.: Rev. Época: 12/4/99. p. 68.)

a) Identifique o reino a que pertence o agente etiológico do Cólera.


b) Cite duas formas de prevenção contra essa doença.

15. (UDESC) Criadores de bovinos no Rio Grande do Sul estão preocupados com a causa das mortes nos rebanhos. A
doença tétano, cujo agente etiológico é o Clostridium tetani, foi confirmada por exames clínicos como a causadora
das mortes.
Fonte:Adaptado de Globo Rural. Agosto de 2009.
[Disponível em: http://globoruraltv.globo.com/GRural/
0,27062,LTO0-4370-336742,00.html > acesso em 29 ago. 2009]

Em relação à informação acima:


a) Respeitando a classificação biológica, a que reino pertence o agente etiológico causador do tétano?
b) Qual é o modo de transmissão dessa doença?
c) Cite dois sintomas apresentados pelo rebanho contaminado.

70
R.I. (Revisão Intercalada)

Biologia 3
1. (FUVEST 2023) A figura a seguir mostra uma composição ideal e balanceada de sete grupos alimentares em uma
dieta considerada saudável para uma pessoa de 30 anos (I) e os valores médios correspondentes às dietas que ocorrem
em países da América Latina (II), Estados Unidos e Canadá (III) e África Subsaariana (IV). Esse mesmo estudo vai
além e considera importante que a saúde humana seja conjugada à saúde planetária, para que haja uma produção
sustentável de alimentos para uma população mundial crescente. Ou seja, é importante entender que a produção de
alimentos tem uma demanda ambiental que deve ser considerada para se conseguir um sistema de produção global
sustentável.

a) Em qual grupo alimentar espera-se encontrar alimentos com maior teor de vitamina C (ácido ascórbico)?
b) Dentre os 21 picos das regiões II, III e IV, aponte aquele que apresenta a maior diferença proporcional em relação
à dieta considerada como saudável (I). Cite uma consequência negativa à saúde que este consumo inadequado
pode causar.

Região Grupo alimentar Consequência negativa do consumo excessivo

c) Escolha dois grupos alimentares e cite, para cada um: um exemplo de produto deste grupo alimentar e um impacto
ambiental decorrente da produção não sustentável deste produto. Utilize a tabela específica abaixo.

Grupo alimentar Produto Impacto ambiental

2. (FCMSCSP 2022 - ADAPTADO) Um consórcio de cientistas de cerca de trinta instituições, chamado Telomere-to-Te-
lomere (T2T), em referência ao telômero, publicou a versão preliminar de um artigo que descreve o primeiro sequen-
ciamento completo do genoma humano, no qual foi adicionado o material genético que faltava. Os pesquisadores
adicionaram 200 milhões de pares de bases de DNA e 115 genes ao trabalho do Projeto Genoma Humano, iniciado em
1990. Desenvolver novos recursos para combater ou inibir o surgimento de doenças hereditárias é o que justifica o
investimento de tempo, dinheiro e pessoal no sequenciamento do genoma.
(Sabrina Brito. “A vida decifrada”. Veja, 30.06.2021. Adaptado.)

Quais bases químicas do DNA foram adicionadas nesse estudo? Cite um dos componentes químicos que é específico
da molécula de DNA e está ausente na molécula de RNA.

71
R.I. (Revisão Intercalada)

3. (PUCRJ 2020) Antibióticos são fármacos que atuam sobre as bactérias, matando-as ou inibindo seu crescimento,
sem prejudicar as células do hospedeiro. Muitos antibióticos têm como alvo os ribossomos bacterianos, ligando-se
seletivamente a eles, levando à morte as bactérias.

a) Ao ligarem-se aos ribossomos, esses antibióticos interrompem que etapa do fluxo de informação genética das
bactérias?
b) Por que esses antibióticos não prejudicam as células do hospedeiro?

4. (UEL - ADAPTADA) Leia o texto a seguir.

Pesquisadores discutem ganhos e riscos da alteração do DNA humano

CRISPR (sigla em inglês para repetições palindrômicas curtas interespaçadas regularmente e agrupadas): ocorre quando
uma bactéria é atacada por um vírus e sobrevive, ela guarda pequenos trechos do código genético dele para identificá-lo.
Caso haja um novo ataque do vírus, a bactéria libera uma proteína chamada “Cas”, que corta o DNA do invasor como uma
tesoura.
Essa combinação (CRISPR para identificação e Cas para ataque) pode ser usada para cortar qualquer molécula de DNA, não
só as de vírus. Pesquisadores do MIT e de Harvard perceberam isso, e tiveram a ideia de usar o método para editar DNA
humano – cortando fora mutações indesejáveis e trocando por substitutos saudáveis.
A técnica é qualificada como “poderosíssima” por Oswaldo Keith Okamoto, docente do Departamento de Genética e
Biologia Evolutiva do Instituto de Biociências (IB) da USP. “Você pode modificar o genoma de uma célula, como um
embrião, e colocá-la no útero de um animal, para gerar outro animal geneticamente modificado com aquela mutação
ou com a correção da mutação. Isso já foi feito, por exemplo, em um roedor, gerando uma descendência com o gene
corrigido”, explica.
No teste, foi corrigido um gene responsável pela cegueira em ratos, mas, com a correção, vieram mais de 1,5 mil
mutações acidentais em nucleotídeos únicos e 100 exclusões ou inserções de maior porte, envolvendo trechos com
mais de uma letra, já que existe a possibilidade de que a técnica CRISPR/Cas acabe atacando sem querer outros tre-
chos de DNA.
(Adaptado de: HEBMÜLLER, P. Jornal da USP. Publicado em Ciências, USP Online. Destaque por Redação em: 24 abr. 2015.
Disponível em: <http://www5.usp.br/90912/pesquisadores-discutem-ganhos-e-riscos-da-alteracao-do-dna-humano/>. Bruno Vaiano,
Revista Superinteressante. 1 jun. 2017.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, suponha que o gene envolvido na cegueira em ratos seja
constituído de 1000 pares de base (pb). Destes 1000 pb, 200 correspondem à Adenina.

Qual a quantidade de cada uma das bases nitrogenadas nesse gene?


Justifique sua resposta apresentando os cálculos realizados na resolução deste item.

5. (UFJF-PISM 1) Vários protozoários vivem em ambiente de água doce onde as concentrações de seus fluidos internos são
maiores que as do meio, condição que lhes impõe um importante desafio que pode levar à ruptura e, consequentemente,
morte do protozoário.

a) Que processo físico-químico está envolvido nesse problema? Como esse processo se dá na situação exposta no
enunciado da questão?
b) O que significa dizer que a membrana plasmática é uma membrana semipermeável?
c) Exposta às mesmas condições que o protozoário do enunciado, uma célula vegetal se romperia? Por quê?

6. (FAC. SANTA MARCELINA - MEDICINA) As células apresentam membrana plasmática com composição química e
estrutura semelhantes entre si.

a) Indique a composição química e o tipo de permeabilidade característicos da membrana plasmática.


b) Os cientistas Singer e Nicholson sugeriram um modelo para a membrana plasmática. Que denominação foi dada
para esse modelo? Descreva a estrutura da membrana plasmática de acordo com esse modelo.

7. (PUCRJ) A membrana plasmática tem três funções principais: revestimento, proteção e permeabilidade seletiva.
Considerando a função de permeabilidade seletiva, descreva os processos pelos quais as substâncias atravessam a
membrana plasmática.

8. (UNICID - MEDICINA) A organela 1 tem sua origem na organela 2, da qual recebe membranas e substâncias para
maturação através de uma de suas faces. A organela 1 é formada por três a oito sáculos empilhados que realizam a
glicosilação e a sulfatação de substâncias, o que favorece a maturação e a secreção de grânulos. A organela 2 é res-
ponsável pela síntese e transporte intracelular de substâncias proteicas.
(https://ufrgs.br. Adaptado.)

72
R.I. (Revisão Intercalada)

a) Identifique as organelas 1 e 2 citadas no texto.


b) Qual organela celular não membranosa realiza a síntese de substâncias proteicas? Como é denominado o processo
de síntese de substâncias proteicas?

9. (USCS - MEDICINA) A figura traz uma representação esquemática da membrana plasmática, segundo o modelo do
mosaico fluido.

a) Explique por que esse modelo é chamado de mosaico fluido.


b) As setas indicam uma mesma classe de moléculas. Cite duas funções das moléculas indicadas pelas setas.

10. (PUCRJ) A sequência de DNA a seguir ocorre no filamento codificante de um gene estrutural em uma bactéria.

a) Qual é a sequência do RNA mensageiro, transcrita a partir desse trecho de DNA?


b) Qual é a sequência de aminoácidos do polipeptídeo codificado por esse RNA mensageiro? (use a tabela do código
genético)
c) Se uma mutação ocorre no nucleotídeo T (indicado com uma seta), substituindo-o por A, qual será a sequência de
aminoácidos depois da transcrição e tradução? (use a tabela do código genético)

73
R.I. (Revisão Intercalada)

11. (UNICAMP) No citoplasma das células são encontra- 14. (UNIFESP) Muitas gelatinas são extraídas de algas.
das diversas organelas, cada uma com funções especí- Tais gelatinas são formadas a partir de polissacarí-
ficas, mas interagindo e dependendo das outras para deos e processadas no complexo golgiense sendo,
o funcionamento celular completo. Assim, por exem- posteriormente, depositadas nas paredes celulares.
plo, os lisossomos estão relacionados ao complexo de a) Cite o processo e as organelas envolvidos na for-
Golgi e ao retículo endoplasmático rugoso, e todos às mação desses polissacarídeos.
mitocôndrias. b) Considerando que a gelatina não é difundida atra-
a) Explique que relação existe entre lisossomos e vés da membrana da célula, explique sucintamente
complexo de Golgi. como ela atinge a parede celular.
b) Qual a função dos lisossomos?
c) Por que todas as organelas dependem das mito- 15. (FUVEST) A seguir está representada a sequência
côndrias? dos 13 primeiros pares de nucleotídios da região co-
dificadora de um gene.
12. (UNICAMP) As funções das células estão relaciona-
das com sua estrutura e com sua atividade metabó- --- A T G A G T T G G C C T G ---
lica. Apresenta-se abaixo uma tabela em que estão --- T A C T C A A C C G G A C ---
discriminadas, em porcentagens, as extensões de A primeira trinca de pares de bases nitrogenadas à
membranas de algumas organelas de duas células, A esquerda, corresponde ao aminoácido metionina.
e B, provenientes de dois órgãos diferentes.
A tabela a seguir mostra alguns códons do RNA men-
Porcentagem de área sageiro e os aminoácidos codificados por cada um
de membrana deles.
Tipo de membrana
Célula A Célula B
Membrana de retículo
35 60
endoplasmático rugoso
Membrana de retículo
16 <1
endoplasmático liso
Membrana do complexo
7 10
de Golgi
Membrana externa da
7 4
mitocôndria
Membrana interna da
32 17
mitocôndria
a) Escreva a sequência de bases nitrogenadas do RNA
a) Compare os dados das células A e B e indique em
mensageiro, transcrito a partir desse segmento de
qual delas predomina a atividade de destoxifica-
DNA.
ção e em qual predomina a atividade de secre-
b) Utilizando a tabela de código genético fornecida,
ção. Justifique.
indique a sequência dos três aminoácidos seguin-
b) Experimentos bioquímicos realizados com os dois
tes à metionina, no polipeptídio codificado por
tipos celulares mostraram que a célula A apre-
esse gene.
sentava metabolismo energético mais elevado do
c) Qual seria a sequência dos três primeiros aminoá-
que o da célula B. Como o resultado desses expe-
cidos de um polipeptídio codificado por um alelo
rimentos pode ser confirmado a partir dos dados
mutante desse gene, originado pela perda do sex-
fornecidos pela tabela?
to par de nucleotídios (ou seja, a deleção do par
de bases T = A)?
13. (UERJ) Nos vegetais, uma parede celular envolve a
membrana plasmática.
Cite o principal tipo de carboidrato que compõe a
parede celular dos vegetais, bem como o monossaca-
rídeo que o forma. Indique, ainda, as duas principais
funções dessa parede celular.

74
R.I. (Revisão Intercalada)

Física 1 Características da composição


velocidade máxima 100 km/h
aceleração constante 1,10 m/s2
1. (UERJ 2020) A Polícia Rodoviária Federal revelou
desaceleração constante 1,25 m/s2
que os radares da Ponte Rio-Niterói são do tipo “in- Gerais
teligentes”, ou seja, calculam a velocidade média do quantidade tipo I 2
condutor na via. Dessa forma, o motorista que passar de vagões tipo II 6
pelo primeiro aparelho terá o horário e a velocidade
massa média por passageiro 60 kg
registrados pelo equipamento. Se ele alcançar o se-
gundo radar antes do tempo necessário para percor- comprimento médio 22,0 m
rer o trecho, será multado. largura 3,00 m
Adaptado de oglobo.globo.com, 29/12/2017.
altura 3,60 m
Admita que a distância entre dois radares sucessivos tipo I 38.000 kg
na Ponte Rio-Niterói corresponde a um trecho de 1 Por massa
vagão tipo II 35.000 kg
km. Um motorista percorreu 0,81 km desse trecho
com velocidade de 90 km/h. quantidade 4
motores potência por
140 kW
Sabendo que a velocidade máxima permitida na Pon- motor
te Rio-Niterói é de 80 km/h, estime a velocidade capacidade máxima 8 passageiros /m2
média máxima, em km/h, que o motorista deverá
manter no restante do trecho para não ser multado. 3. (UERJ 2019) Uma estudante, para chegar à UERJ,
embarca no metrô na estação São Cristóvão. Ao sair
2. (ALBERT EINSTEIN - MEDICINA 2019) Um garoto, dessa estação, a composição acelera uniformemente
em cima de uma plataforma para saltos ornamen- até atingir a velocidade de 22 m/s e, após ter atingi-
tais, a 6m de altura em relação ao nível da água da do essa velocidade, percorre 1.200 m em movimento
piscina, chuta uma bola com velocidade inicial de 8 uniforme. A partir daí, desacelera uniformemente até
m/s inclinada em 45º com a horizontal. A intenção parar na estação seguinte, Maracanã.
do garoto era a de que a bola caísse nas mãos de seu
amigo, parado dentro da piscina, mas o chute não foi Estime, em metros, a distância total percorrida pela
suficientemente forte, e a bola atingiu a água antes composição entre as duas estações.
da posição pretendida.
4. (UERJ) Um guarda rodoviário, ao utilizar um radar,
verifica que um automóvel em movimento uniforme-
mente variado passa por um ponto de uma rodovia
com velocidade de 10 m/s. Cinco segundos depois, o
automóvel passa por outro ponto da mesma rodovia
com velocidade de 25 m/s. Admita que a infração por
excesso de velocidade seja aplicada quando, nesse in-
tervalo de tempo, a distância entre esses dois pontos
é superior a 120 m.

Indique se o automóvel foi multado, justificando sua


resposta com base nos cálculos.

5. (UEMA) Os professores de História e de Física lança-


ram um desafio a uma turma de terceiro ano do Ensi-
Adotando g = 10 m/s2, sen 45º = cos 45º = √2 e des- no Médio, para que compreendessem alguns métodos
2
prezando a resistência do ar, calcule a altura máxima de combate em larga escala. O Professor de História
H, em m, em relação ao nível da água, atingida pela descreveu alguns combates medievais, onde eram
bola nesse chute. feitos cercos a castelos de grandes muralhas. Com o
objetivo de causar maior dano aos castelos, e assim
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO levá-los à rendição, os exércitos invasores faziam uso
de grandes catapultas, capazes de atirar enormes pro-
A(s) questão(ões) a seguir aborda(m) situações rela- jéteis para dentro das muralhas dos castelos.
cionadas ao ambiente do metrô, referindo-se a uma
mesma composição, formada por oito vagões de dois
tipos e movida por tração elétrica. Para seus cálculos,
sempre que necessário, utilize os dados e as fórmulas
abaixo.

75
R.I. (Revisão Intercalada)

O professor de Física forneceu o seguinte diagrama 8. (UEL) Em uma prova de atletismo, um corredor, que par-
esquemático: ticipa da prova de 100 m rasos, parte do repouso, corre
com aceleração constante nos primeiros 50 m e depois
mantém a velocidade constante até o final da prova.
Sabendo que a prova foi completada em 10 s, calcu-
le o valor da aceleração, da velocidade atingida pelo
atleta no final da primeira metade da prova e dos
intervalos de tempo de cada percurso.
Apresente os cálculos.

9. (UNIFESP) O atleta húngaro Krisztian Pars conquis-


tou medalha de ouro na olimpíada de Londres no
lançamento de martelo. Após girar sobre si próprio,
o atleta lança a bola a 0,50m acima do solo, com
A partir dele, explicou que os projéteis eram lançados velocidade linear inicial que forma um ângulo de 45°
com uma velocidade inicial v0 e um ângulo θ em re- com a horizontal. A bola toca o solo após percorrer a
lação ao plano. Considerando que o projétil parte da distância horizontal de 80m.
origem do sistema de coordenadas, os deslocamentos
serão dados em função do tempo (em segundos) por
1 2
x(t) = v0 cos(θ)t e y(t) = v0 sen(θ)t − gt
2
www.fisica.ufpb.br/prolicen/Cursos/Curso!/mr35Ip.html.

a) Esboce o gráfico do deslocamento de y em função


do tempo.
b) Qual valor mínimo da velocidade inicial v0 deve
ser imposto ao projétil para que, ao ser lançado
com ângulo θ = 45º, ultrapasse a muralha de 18
metros de altura com 2 metros de folga? Use g =
10 m/s2 e √2 = 1,41.
c) A que distância da muralha a catapulta se encon-
tra, ou seja, qual o valor de d? Nas condições descritas do movimento parabólico da
bola, considerando a aceleração da gravidade no local
6. (UFJF-PISM 1) Um barqueiro pretende atravessar, trans- igual a 10 m/s2, √2 igual a 1,4 e desprezando-se as
versalmente, o Rio Paraibuna, que possui 8 m de largura, perdas de energia mecânica durante o voo da bola,
para chegar até a outra margem. Sabendo que a veloci- determine, aproximadamente:
dade da correnteza do rio é de 0,3 m/s e que o barqueiro a) o módulo da velocidade de lançamento da bola,
leva 20s para fazer a travessia, faça o que se pede. em m/s.
b) a altura máxima, em metros, atingida pela bola.
a) Desenhe o diagrama das velocidades, representan-
↑ , a velocidade
do as velocidades da correnteza (Vc
) 10. (UNESP) Dois automóveis estão parados em um
↑ e a velocidade resultante (V
do barqueiro (V ↑. semáforo para pedestres localizado em uma rua pla-
) r
)
b
na e retilínea. Considere o eixo x paralelo à rua e
b) Em qual posição rio abaixo o barqueiro chega à
orientado para direita, que os pontos A e B da figura
outra margem, em relação ao ponto oposto ao da
representam esses automóveis e que as coordenadas
partida?
xA(0) = 0 e xB(0) = 3, em metros, indicam as posições
c) Calcule a velocidade do barco em relação ao rio.
iniciais dos automóveis.
7. (UNICAMP) A Agência Espacial Brasileira está desen-
volvendo um veículo lançador de satélites (VLS) com
a finalidade de colocar satélites em órbita ao redor da
Terra. A agência pretende lançar o VLS em 2016, a partir
do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão.

a) Considere que, durante um lançamento, o VLS per-


corre uma distância de 1200 km em 800 s. Qual é
a velocidade média do VLS nesse trecho?
b) Suponha que no primeiro estágio do lançamento
o VLS suba a partir do repouso com aceleração
resultante constante de módulo aR. Considerando
Os carros partem simultaneamente em sentidos opos-
que o primeiro estágio dura 80 s, e que o VLS per-
tos e suas velocidades escalares variam em função do
corre uma distância de 32 km, calcule aR.
tempo, conforme representado no gráfico.
76
R.I. (Revisão Intercalada)

12. (UFSCAR) Em julho de 2009 comemoramos os 40


anos da primeira viagem tripulada à Lua. Suponha
que você é um astronauta e que, chegando à super-
fície lunar, resolva fazer algumas brincadeiras para
testar seus conhecimentos de Física.

Considerando que os automóveis se mantenham em


trajetórias retilíneas e paralelas, calcule o módulo do
deslocamento sofrido pelo carro A entre os instantes
0 e 15 s e o instante t, em segundos, em que a dife-
rença entre as coordenadas xA e xB, dos pontos A e B,
será igual a 332 m.

11. (UNIFESP) Em uma manhã de calmaria, um Veículo


Lançador de Satélite (VLS) é lançado verticalmente a) Você lança uma pequena bolinha, verticalmente
do solo e, após um período de aceleração, ao atingir para cima, com velocidade inicial v0 igual a 8 m/s.
a altura de 100 m, sua velocidade linear é constan- Calcule a altura máxima h atingida pela bolinha,
te e de módulo igual a 20,0 m/s. Alguns segundos medida a partir da altura do lançamento, e o in-
após atingir essa altura, um de seus conjuntos de tervalo de tempo ∆t que ela demora para subir e
instrumentos desprende-se e move-se livremente sob descer, retornando à altura inicial.
ação da força gravitacional. A figura fornece o gráfico b) Na Terra, você havia soltado de uma mesma altura
da velocidade vertical, em m/s, do conjunto de ins- inicial um martelo e uma pena, tendo observado
trumentos desprendido como função do tempo, em que o martelo alcançava primeiro o solo. Decide
segundos, medido no intervalo entre o momento em então fazer o mesmo experimento na superfície
que ele atinge a altura de 100 m até o instante em da Lua, imitando o astronauta David Randolph
que, ao retornar, toca o solo. Scott durante a missão Apollo 15, em 1971. O
resultado é o mesmo que o observado na Terra?
Explique o porquê.

Dados:
- Considere a aceleração da gravidade na Lua como
sendo 1,6 m/s2.
- Nos seus cálculos mantenha somente 1 (uma) casa
após a vírgula.

a) Determine a ordenada y do gráfico no instante


t = 0 s e a altura em que o conjunto de instrumen-
tos se desprende do VLS.
b) Calcule, através dos dados fornecidos pelo gráfi-
co, a aceleração gravitacional do local e, conside-
rando √2 = 1,4, determine o instante no qual o
conjunto de instrumentos toca o solo ao retornar.

77
R.I. (Revisão Intercalada)

13. (UFPR) Para melhor compreender um resultado experimental, quase sempre é conveniente a construção de um grá-
fico com os dados obtidos. A tabela abaixo contém os dados da velocidade v de um carrinho em movimento retilíneo,
em diferentes instantes t, obtidos num experimento de mecânica.

v (m/s) 2 2 2 1 0 -1 -2 -2 -2 -1 0
t (s) 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

a) Com os dados da tabela acima, faça um gráfico com t (s) representado no eixo x e v (m/s) representado no eixo y.
Utilize a região quadriculada a seguir. (Cada quadrícula tem 0,5 cm de lado.)

b) Com base no gráfico do item (a), descreva o movimento do carrinho.

14. (UFPE) Os automóveis A e B se movem com velocidades constantes vA = 100 km/h e vB = 82 km/h, em relação ao
solo, ao longo das estradas EA e EB, indicadas na figura. Um observador no automóvel B mede a velocidade do auto-
móvel A. Determine o valor da componente desta velocidade na direção da estrada EA, em km/h.

15. (UFPE) Um disco de plástico é lançado com velocidade inicial v0 = 14 m/s fazendo um ângulo de 30º com a borda A
de uma mesa horizontal, como mostrado na figura. Após o lançamento, o disco desliza sem atrito e segue uma traje-
tória em zigue-zague, colidindo com as bordas B e D. Considerando que todas as colisões são perfeitamente elásticas,
calcule o intervalo de tempo, em unidades de 10−2 segundos, para o disco atingir a borda C pela primeira vez.

78
R.I. (Revisão Intercalada)

Física 2
1. (UERJ 2020) Alguns espelhos retrovisores, instalados nas laterais dos veículos automotores, apesar de aparentemente
planos, são esféricos. Seu uso aumenta a segurança no trânsito uma vez que ampliam o campo de visão dos condutores,
conforme ilustrado na imagem.

Com base nas informações, identifique o tipo de espelho esférico utilizado como retrovisor lateral. Indique, ainda,
três características das imagens que esse espelho conjuga.

2. (FAMERP) Uma pessoa observa uma moeda no fundo de uma piscina que contém água até a altura de 2,0 m. Devido
à refração, a pessoa vê a imagem da moeda acima da sua posição real, como ilustra a figura. Considere os índices de
4
refração absolutos do ar e da água iguais a 1,0 e , respectivamente.
3

a) Considerando senθ = 0,80, qual o valor do seno do ângulo β?


b) Determine a quantos centímetros acima da posição real a pessoa vê a imagem da moeda.

79
R.I. (Revisão Intercalada)

3. (FAMERP) Uma calota esférica é refletora em ambas as faces, constituindo, ao mesmo tempo, um espelho côncavo e
um espelho convexo, de mesma distância focal, em módulo. A figura 1 representa uma pessoa diante da face côncava
e sua respectiva imagem, e a figura 2 representa a mesma pessoa diante da face convexa e sua respectiva imagem.

a) Considerando as informações contidas na figura 1, calcule o módulo da distância focal desses espelhos.
b) Na situação da figura 2, calcule o aumento linear transversal produzido pela face convexa da calota.

4. (UERJ) Em uma aula prática de óptica, um espelho esférico côncavo é utilizado para obter a imagem de um prédio.
Considere as seguintes medidas:

- altura do prédio = 20 m;
- distância do prédio ao espelho = 100 m;
- distância focal do espelho = 20 cm.

Admitindo que a imagem conjugada se situa no plano focal do espelho, calcule, em centímetros, a altura dessa ima-
gem.

5. (UFJF-PISM 2) Manuela deve comprar um espelho para instalar em seu quarto. Ela pretende comprar um espelho
que permita ver sua imagem completa refletida nele. Sabendo que Manuela tem 1,70 m de altura e que seus olhos
estão a 1,55 m do chão, ajude-a a realizar sua escolha, calculando o que se pede.

a) A máxima altura em relação ao solo onde pode ser colocada a base do espelho.
b) A altura mínima em relação ao solo onde pode ser colocado o topo do espelho.

80
R.I. (Revisão Intercalada)

6. (UFPR) Dependendo das condições do ambiente onde os espelhos devem ser utilizados, eles são fabricados com
um material transparente recobrindo a superfície espelhada, com o objetivo de protegê-la. Isto aumenta a vida útil
do espelho, mas introduz um deslocamento no ponto onde a luz refletida emerge, se comparado a um espelho não
recoberto. A figura abaixo representa o caminho percorrido por um raio luminoso monocromático ao incidir sobre um
espelho recoberto superficialmente por um material transparente com espessura T = 2 mm e índice de refração n2. O
meio 1 é o ar, com índice de refração n1 = 1 e o meio 2 possui índice de refração n2 = √2. Na situação mostrada na
figura, θ1 = 45º.

√3
Considere sen45º = cos45º = √2 . e cos30º = .
2 2
Utilizando estes dados, calcule a distância D entre a entrada do raio luminoso no meio 2 e sua saída, assim como
está indicada na figura.

7. (UNIFESP) O pingente de um colar é constituído por duas peças, A e B, feitas de materiais homogêneos e trans-
parentes, de índices de refração absolutos nA = 1,6 ∙ √3 e nB = 1,6. A peça A tem o formato de um cone reto e a
peça B, de uma semiesfera.
Um raio de luz monocromático R propaga-se pelo ar e incide, paralelamente ao eixo do cone, no ponto P da superfície
cônica, passando a se propagar pelo material da peça A. Atinge o ponto C, no centro da base do cone, onde sofre nova
refração, passando a propagar-se pelo material da peça B, emergindo do pingente no ponto Q da superfície esférica.
Desde a entrada até a sua saída do pingente, esse raio propaga-se em um mesmo plano que contém o vértice da
superfície cônica. A figura 1 representa o pingente pendurado verticalmente e em repouso e a figura 2, a intersecção
do plano que contém o raio R com o pingente. As linhas tracejadas, indicadas na figura 2, são paralelas entre si e
α= 30º.

a) Calcule o valor do ângulo β indicado na figura 2, em graus.


b) Considere que a peça B possa ser substituída por outra peça B’, com o mesmo formato e com as mesmas dimensões,
mas de maneira que o raio de luz vertical R sempre emerja do pingente pela superfície esférica.
Qual o menor índice de refração do material de B’ para que o raio R não emerja pela superfície cônica do pingente?

81
R.I. (Revisão Intercalada)

8. (UNIFESP) Dentro de uma casa uma pessoa observa, por meio de um espelho plano E, uma placa com a inscrição
VENDO colocada fora da casa, ao lado de uma janela aberta. A janela e o espelho têm as dimensões horizontais mí-
nimas para que o observador consiga ver a placa em toda sua extensão lateral. A figura 1 representa o espelho e a
janela vistos de dentro da casa. A figura 2 representa uma visão de cima da placa, do espelho plano E, do observador
O e de dois raios de luz emitidos pela placa que atingem, depois de refletidos em E, os olhos do observador.

Considerando as medidas indicadas na figura 2, calcule, em metros:


a) a largura (L) da janela.
b) a largura mínima (x) do espelho E para que o observador possa ver por inteiro a imagem da placa conjugada por
ele.

9. (UFTM) Pedro tem 1,80 m de altura até a linha de seus olhos. Muito curioso, resolve testar seu aprendizado de uma
aula de física, levando um espelho plano E e uma trena até uma praça pública, de piso plano e horizontal, para medir
a altura de uma árvore. Resolve, então, usar dois procedimentos:

a) Posiciona horizontalmente o espelho E no chão, com a face refletora voltada para cima, de modo que a reflexão
dos raios de luz provenientes do topo da árvore ocorra a uma distância de 10 m da sua base e a 1 m de distância
dos pés do menino, conforme mostra a figura.

Qual é a medida encontrada por Pedro para a altura da árvore?


b) Posiciona o espelho E, verticalmente em um suporte, 1 m à sua frente, e fica entre ele e a árvore, de costas para
ela, a uma distância de 16 m, conforme mostra a figura.

Qual é a altura mínima do espelho utilizado para que Pedro consiga avistar inteiramente a mesma árvore?

82
R.I. (Revisão Intercalada)

10. (UNESP) Observe o adesivo plástico apresentado no 13. (UNICAMP) Para espelhos esféricos nas condições
espelho côncavo de raio de curvatura igual a 1,0 m, de Gauss, a distância do objeto ao espelho, p, a dis-
na figura 1. Essa informação indica que o espelho tância da imagem ao espelho, p’, e o raio de curvatura
produz imagens nítidas com dimensões até cinco ve- do espelho R, estão relacionados através da equação
zes maiores do que as de um objeto colocado diante 1 = 1 = 2 . O aumento linear transversal do es-
dele. p p’ R
pelho esférico é dado por A = −p' , onde o sinal de A
p
representa a orientação da imagem, direita quando
positivo e invertida, quando negativo. Em particular,
espelhos convexos são úteis por permitir o aumento
do campo de visão e por essa razão são frequente-
mente empregados em saídas de garagens e em cor-
redores de supermercados. A figura a seguir mostra
um espelho esférico convexo de raio de curvatura R.
Quando uma pessoa está a uma distância de 4,0 m da
superfície do espelho, sua imagem virtual se forma
a 20 cm deste, conforme mostra a figura. Usando as
Considerando válidas as condições de nitidez de expressões fornecidas acima, calcule o que se pede.
Gauss para esse espelho, calcule o aumento linear
conseguido quando o lápis estiver a 10 cm do vértice
do espelho, perpendicularmente ao seu eixo princi-
pal, e a distância em que o lápis deveria estar do
vértice do espelho, para que sua imagem fosse direita
e ampliada cinco vezes.

11. (UNESP) Considere um objeto luminoso pontual, fixo


no ponto P, inicialmente alinhado com o centro de um
espelho plano E. O espelho gira, da posição E1 para a
posição E2, em torno da aresta cujo eixo passa pelo pon-
to O, perpendicularmente ao plano da figura, com um
deslocamento angular de 30°, como indicado:

a) O raio de curvatura do espelho.


b) O tamanho h da imagem, se a pessoa tiver H = 1,60
m de altura.

14. (UFU) Um espelho côncavo tem distância focal


igual a f. Um objeto real de altura h é colocado a
uma distância d0 defronte do espelho, sobre o eixo
do mesmo. Descreva as características desta imagem
Em sua resolução, copie o ponto P, o espelho em E1 (tamanho, direita ou invertida, real ou virtual), em
e em E2 e desenhe a imagem do ponto P quando o cada uma das seguintes condições:
espelho está em E1 (P1’) e quando o espelho está em a) d0 > 2f
E2 (P2’). Considerando um raio de luz perpendicular a b) d0 = f
E1, emitido pelo objeto luminoso em P, determine os c) d0 < f
ângulos de reflexão desse raio quando o espelho está
em E1 (α1’) e quando o espelho está em E2 (α2’). 15. (UFRJ) Para evitar acidentes de trânsito, foram ins-
talados espelhos convexos em alguns cruzamentos.
12. (UERJ) As superfícies refletoras de dois espelhos A experiência não foi bem sucedida porque, como os
planos, E1 e E2, formam um ângulo α. O valor nu- espelhos convexos fornecem imagens menores, per-
mérico deste ângulo corresponde a quatro vezes o de-se completamente a noção de distância. Para per-
número de imagens formadas. ceber esse efeito, suponha que um objeto linear seja
Determine α. colocado a 30 m de um espelho convexo de 12 m de
raio, perpendicularmente a seu eixo principal.

a) A que distância do espelho convexo seria vista a


imagem desse objeto?
b) Se substituíssemos o espelho convexo por um es-
pelho plano, a que distância deste espelho seria
vista a imagem daquele objeto?

83
R.I. (Revisão Intercalada)

Essa lâmpada e um resistor de resistência R estão li-


Física 3 gados em série a uma bateria de 4,5 V, como repre-
sentado na figura abaixo.
1. (PUCRJ) Um circuito elétrico é composto por um
conjunto de dois resistores de mesma resistência R
e uma bateria regulável V. Ao medirmos a corrente
no circuito em função da tensão aplicada, obtemos a
curva apresentada na figura abaixo.

Nessa condição, a tensão na lâmpada é 2,5 V.

a) Qual é o valor da corrente iR no resistor?


b) Determine o valor da resistência R.
c) A bateria de 4,5 V é substituída por outra de
3 V, que fornece 60 mW de potência ao circuito,
sem que sejam trocados a lâmpada e o resistor.
a) A partir do gráfico, determine a resistência equi- Nessas condições, qual é a potência PR dissipada
valente do circuito. no resistor?
b) Sabendo que, nesse circuito, as resistências estão em
série, determine qual seria a corrente em um circui- Note e adote:
to, cuja tensão aplicada fosse de 12 V, conectado a As resistências internas das baterias devem ser ignoradas.
essas resistências colocadas em paralelo.
4. (UNESP) Em um jogo de perguntas e respostas, em
2. (UNESP) Três lâmpadas idênticas (L1, L2, L3), de re- que cada jogador deve responder a quatro perguntas
sistências elétricas constantes e valores nominais de (P1, P2, P3 e P4), os acertos de cada participante são in-
tensão e potência iguais a 12 V e 6 W, compõem um dicados por um painel luminoso constituído por quatro
circuito conectado a uma bateria de 12 V. Devido à lâmpadas coloridas. Se uma pergunta for respondida
forma como foram ligadas, as lâmpadas L2 e L3 não corretamente, a lâmpada associada a ela acende. Se for
brilham com a potência para a qual foram projetadas. respondida de forma errada, a lâmpada permanece apa-
gada. A figura abaixo representa, de forma esquemáti-
ca, o circuito que controla o painel. Se uma pergunta é
respondida corretamente, a chave numerada associada
a ela é fechada, e a lâmpada correspondente acende no
painel, indicando o acerto. Se as quatro perguntas fo-
rem respondidas erradamente, a chave C será fechada
no final, e o jogador totalizará zero ponto.

Considerando desprezíveis as resistências elétricas


das conexões e dos fios de ligação utilizados nes-
sa montagem, calcule a resistência equivalente, em
ohms, do circuito formado pelas três lâmpadas e a
potência dissipada, em watts, pela lâmpada L2.

3. (FUVEST) A curva característica de uma lâmpada do


tipo led (diodo emissor de luz) é mostrada no gráfico.
Cada lâmpada tem resistência elétrica constante de
60Ω e, junto com as chaves, estão conectadas ao
ramo AB do circuito, mostrado na figura, onde estão
ligados um resistor ôhmico de resistência R = 20Ω,
um gerador ideal de f.e.m. E = 120 V e um amperí-
metro A de resistência desprezível, que monitora a
corrente no circuito. Todas as chaves e fios de ligação
têm resistências desprezíveis.
84
R.I. (Revisão Intercalada)

Calcule as indicações do amperímetro quando um par- a) Calcule a corrente elétrica que atravessa cada uma
ticipante for eliminado com zero acerto, e quando um das lâmpadas.
participante errar apenas a P2. b) Calcule as potências dissipadas nas lâmpadas A eB
e identifique o que acontecerá com seus respec-
5. (UERJ) Ao ser conectado a uma rede elétrica que tivos brilhos (aumenta, diminui ou permanece o
fornece uma tensão eficaz de 200 V, a taxa de consu- mesmo) se a lâmpada C queimar.
mo de energia de um resistor ôhmico é igual a 60 W.
Determine o consumo de energia, em kWh, desse re- 8. (UFTM) Quando uma bateria, sem resistência inter-
sistor, durante quatro horas, ao ser conectado a uma na, de tensão igual a 10 V é conectada a um farolete
rede que fornece uma tensão eficaz de 100 V. de corrente contínua, o farolete consome uma potên-
cia de 100 W. Desprezando possíveis perdas na fiação,
6. (UNIFESP) Observe a charge. determine, para o menor gerador (o que desenvolve
potência máxima) capaz de manter o farolete aceso,
a sua
a) força eletromotriz.
b) resistência interna.

9. (UFPE) Uma pequena lanterna utiliza uma pilha do


tipo AA. A pilha tem resistência interna r = 0,25Ω e
fornece uma forca eletromotriz de ɛ = 1,5 V. Calcule a
energia dissipada pela lâmpada, de resistência elétri-
ca r = 0,5Ω, quando esta e ligada durante ∆t = 30 s.
Obtenha o resultado em J.

10. (UFJF) Um estudante de Física observou que o ferro


de passar roupa que ele havia comprado num camelô
Em uma única tomada de tensão nominal de 110V, tinha somente a tensão nominal V = 220 volt, impres-
estão ligados, por meio de um adaptador, dois aba- sa em seu cabo. Para saber se o ferro de passar rou-
jures (com lâmpadas incandescentes com indicações pa atendia suas necessidades, o estudante precisava
comerciais de 40W–110V), um rádio-relógio (com po- conhecer o valor da sua potência elétrica nominal.
tência nominal de 20W em 110V) e um computador, De posse de uma fonte de tensão e um medidor de
com consumo de 120W em 110V. Todos os aparelhos potência elétrica, disponível no laboratório de Física
elétricos estão em pleno funcionamento. da sua universidade, o estudante mediu as potências
elétricas produzidas quando diferentes tensões são
a) Utilizando a representação das resistências ôhmi- aplicadas no ferro de passar roupa. O resultado da
cas equivalentes de cada aparelho elétrico como experiência do estudante é mostrado no gráfico ao
RL para cada abajur, RR para o rádio-relógio e RC lado, por meio de uma curva que melhor se ajusta aos
para o computador, esboce o circuito elétrico que dados experimentais.
esquematiza a ligação desses 4 aparelhos elétricos
na tomada (adaptador) e, a partir dos dados da
potência consumida por cada aparelho, calcule a
corrente total no circuito, supondo que todos os
cabos de ligação e o adaptador são ideais.
b) Considerando que o valor aproximado a ser pago
pelo consumo de 1,0kWh é R$0,30 e que os apa-
relhos permaneçam ligados em média 4 horas por
dia durante os 30 dias do mês, calcule o valor a
ser pago, no final de um mês de consumo, devido
a estes aparelhos elétricos.

7. (UFF) Um estudante montou o circuito da figura


com três lâmpadas idênticas, A, B e C, e uma bateria
de 12V. As lâmpadas têm resistência de 100Ω. a) A partir do gráfico, determine a potência elétrica
nominal do ferro de passar roupa quando ligado à
tensão nominal.
b) Calcule a corrente elétrica no ferro de passar roupa
para os valores nominais de potência elétrica e
tensão.
c) Calcule a resistência elétrica do ferro de passar
roupa quando ligado à tensão nominal.

85
R.I. (Revisão Intercalada)

11. (UFPE) O gráfico mostra a variação da corrente elé- 13. (UNICAMP) O diagrama adiante representa um cir-
trica I, em ampère, num fio em função do tempo t, cuito simplificado de uma torradeira elétrica que fun-
em segundos. Qual a carga elétrica, em coulomb, ciona com uma tensão U = 120 V. Um conjunto de
que passa por uma seção transversal do condutor nos resistores RT = 20 Ω é responsável pelo aquecimento
primeiros 4,0 segundos? das torradas e um cronômetro determina o tempo du-
rante o qual a torradeira permanece ligada.

12. (UFG) Na figura, são apresentadas as resistências a) Qual é a corrente que circula EM CADA resistor RT
elétricas, em ohms, do tecido conjuntivo em cada re- quando a torradeira está em funcionamento?
gião do corpo humano. Uma pessoa descalça apoiada b) Sabendo-se que essa torradeira leva 50 segundos
sobre os dois pés na terra toca acidentalmente, com para preparar uma torrada, qual é a energia elé-
uma das mãos, um cabo elétrico de tensão 220 V em trica total consumida no preparo dessa torrada?
relação à terra. c) O preparo da torrada só depende da energia elétri-
ca total dissipada nos resistores. Se a torradeira
funcionasse com dois resistores RT de cada lado
da torrada, qual seria o novo tempo de preparo
da torrada?

14. (UFSCAR) Numa experiência com dois resistores,


R1 e R2, ligados em série e em paralelo, os valores
obtidos para tensão e corrente estão mostrados nos
gráficos.

Considerando o exposto e que a corrente flui apenas


pelo tecido mencionado, calcule:
a) a resistência imposta pelo corpo à passagem da
corrente elétrica;
b) a corrente elétrica total.

a) Analisando os gráficos, qual deles corresponde à


associação em série e à associação em paralelo dos
resistores? Justifique sua resposta.
b) O coeficiente angular dos gráficos corresponde à
resistência equivalente das associações em série e
em paralelo. Considerando que o coeficiente an-
gular do gráfico ‘a’ seja 16,7 e do gráfico ‘b’ seja
120, obtenha os valores das resistências de R1 e
de R2.

86
R.I. (Revisão Intercalada)

15. (UNICAMP) O transistor, descoberto em 1947, é


considerado por muitos como a maior invenção do
século XX.
Componente chave nos equipamentos eletrônicos
modernos, ele tem a capacidade de amplificar a cor-
rente em circuitos elétricos. A figura a seguir repre-
senta um circuito que contém um transistor com
seus três terminais conectados: o coletor (c), a base
(b) e o emissor (e). A passagem de corrente entre a
base e o emissor produz uma queda de tensão cons-
tante Vbe = 0,7 V entre esses terminais.

a) Qual é a corrente que atravessa o resistor


R = 1000Ω?
i 
b) O ganho do transistor é dado por G =  c  , onde ic é
 ib 
a corrente no coletor (c) e ib é a corrente na base
(b). Sabendo-se que ib = 0,3 mA e que a diferença
de potencial entre o polo positivo da bateria e
o coletor é igual a 3,0 V, encontre o ganho do
transistor.

87
R.I. (Revisão Intercalada)

Química 1
1. (UERJ) O meteorito do Bendegó foi um dos poucos itens do acervo do Museu Nacional que não sofreu danos após o
incêndio ocorrido em 2018. A resistência do meteorito às altas temperaturas deve-se a seus principais componentes
químicos, cujas temperaturas de fusão são apresentadas na tabela abaixo.

Componente Temperatura de fusão (ºC)


Fe 1538
Co 1495
Ni 1455

Nomeie a ligação interatômica presente entre esses componentes do meteorito e nomeie, também, aquele com maior
temperatura de fusão.

Em seguida, indique o símbolo do componente de maior massa atômica e o subnível de maior energia do átomo do
níquel no estado fundamental.

Dados:
26
Fe = 56; 27Co = 59; 28Ni = 58,5.

Ordem crescente de energia dos subníveis:


1s 2s 2p 3s 3p 4s 3d 4p 5s 4d 5p 6s 4f 5d 6p 7s 5f 6d 7p

2. (UNIFESP) Considere os modelos atômicos de Dalton, Thomson e Rutherford-Bohr e os fenômenos:

I. Conservação de massa nas transformações químicas.


II. Emissão de luz verde quando sais de cobre são aquecidos por uma chama.

a) Quais desses modelos possuem partículas dotadas de carga elétrica?


b) Identifique os modelos atômicos que permitem interpretar cada um dos fenômenos.

3. (FAMERP) Latão é uma liga metálica formada pela mistura de cobre e zinco. Uma amostra de 3,25 g de latão foi
colocada em um recipiente contendo ácido sulfúrico em quantidade suficiente para reagir com todo o zinco presente
nessa amostra, produzindo 0,5 litro de gás hidrogênio, conforme a reação equacionada a seguir:

Zn(s) + H2SO4(aq) → ZnSO4(aq) + H2(g)

a) Apresente o posicionamento dos elementos cobre e zinco na Classificação Periódica em relação ao período e ao grupo a
que pertencem. O que esses elementos têm em comum devido a esse posicionamento?
b) Considerando que a massa molar do zinco seja 65 g/mol e que o volume molar dos gases, nas condições de reali-
zação do experimento, seja 25 L/mol, determine a porcentagem de zinco na amostra de latão utilizada.

88
R.I. (Revisão Intercalada)

Dado:

4. (Unicid - Medicina) Ao tratar da evolução das ideias sobre a natureza dos átomos, um professor, apresentou as
seguintes informações e figuras:

Desenvolvimento histórico das principais ideias sobre a estrutura atômica


400 a.C. Demócrito A matéria é indivisível e feita de átomos.
350 a.C. Aristóteles A matéria é constituída por 4 elementos: água, ar, terra, fogo.
Todo e qualquer tipo de matéria é formada por partículas indivisíveis,
1800 Dalton
chamadas átomos.
Os átomos dos elementos consistem em um número de corpúsculos
1900 Thomson
eletricamente negativos englobados em uma esfera uniformemente positiva.
O átomo é composto por um núcleo de carga elétrica positiva, equilibrado por
1910 Rutherford elétrons (partículas negativas), que giram ao redor do núcleo, numa região
denominada eletrosfera.
A eletrosfera é dividida em órbitas circulares definidas; os elétrons só podem
1913 Böhr
orbitar o núcleo em certas distâncias denominadas níveis.
O elétron é uma partícula-onda que se movimenta ao redor do núcleo em
1930 Schrödinger
uma nuvem.
O núcleo atômico é também integrado por partículas sem carga elétrica,
1932 Chadwick
chamadas nêutrons.

89
R.I. (Revisão Intercalada)

a) Complete o quadro abaixo indicando o número do modelo que mais se aproxima das ideias de Dalton, Thomson,
Rutherford e Bohr.

Dalton Thomson Rutherford Böhr

b) Considere a situação: uma solução aquosa de cloreto de bário e outra de cloreto de estrôncio são borrifadas em
direção a uma chama, uma por vez, produzindo uma chama de coloração verde e outra de coloração vermelha,
respectivamente. Como e a partir de que momento histórico as ideias sobre estrutura atômica explicam o resul-
tado da situação descrita?

5. (UFJF-PISM 1) O nitinol é uma liga metálica in- A Lei Periódica e sua representação gráfica, a Tabe-
comum, formada pelos metais Ni e Ti, sua princi- la Periódica, são dois conhecimentos essenciais para
pal característica é ser uma liga com memória. Essa a química e para os químicos. D. Mendeleev (1834-
liga pode ser suficientemente modificada por ação 1907), em meados do século XIX, organizou os ele-
de alguma força externa e retornar a sua estrutura mentos conhecidos nessa época, aproximadamente
original em uma determinada faixa de temperatura, 60, em ordem crescente de seus pesos atômicos, se-
conforme esquema a seguir. gundo as propriedades semelhantes, um abaixo do
outro. Nessa organização, alguns espaços ficaram
em branco, pois não eram conhecidos todos os ele-
mentos em questão, e Mendeleev previu a existência
do elemento hoje conhecido como Germânio, o qual
chamou de ekasilício, por estar na mesma coluna do
silício. Posteriormente, esse elemento foi descoberto
e suas propriedades coincidiram com as previstas por
Mendeleev. Hoje, a Tabela Periódica se organiza em
função das estruturas atômicas dos átomos.

a) Explique o que significa periodicidade no agrupa-


mento dos elementos na Tabela Periódica.
b) Como se explica o fato de Mendeleev poder prever
a) Escreva o nome e a distribuição eletrônica dos me- as propriedades de um elemento desconhecido na
tais presentes no nitinol. sua época?
b) Dentre os metais usados na produção do nitinol, c) Represente a distribuição eletrônica por níveis e
qual possui maior raio atômico? E qual possui subníveis para o átomo do elemento cloro.
maior potencial de ionização?
c) Uma das formas de produção do metal Ni de alta 7. (UFG) Analise os esquemas a seguir.
pureza para a confecção de ligas metálicas é a ex-
tração de minerais sulfetados, os quais possuem o
NiS. Qual é o tipo de ligação química que ocorre
entre seus átomos?
d) Cite duas características comuns aos metais.

6. (UFRN)

Tendo em vista as estruturas apresentadas,


a) explique a diferença de comportamento entre um
composto iônico sólido e um metal sólido quando
submetidos a uma diferença de potencial;
b) explique por que o comportamento de uma solu-
ção de substância iônica é semelhante ao compor-
tamento de um metal sólido, quando ambos são
submetidos a uma diferença de potencial.

90
R.I. (Revisão Intercalada)

8. (UEG) A posição dos elementos químicos na tabela periódica está associada às suas respectivas distribuições ele-
trônicas. Por exemplo, o cálcio pertence à família dos metais alcalinos terrosos e pode gerar um íon bivalente.

Considerando essas duas espécies químicas,


a) faça a distribuição eletrônica em subníveis de energia do íon Ca2+;
b) explique qual delas apresenta o maior raio atômico.

9. (UFC) O raio atômico (ou iônico) é uma propriedade periódica que exerce grande influência na reatividade dos
átomos (ou dos íons).

a) Explique, em termos de carga nuclear efetiva, a variação apresentada pelo raio atômico (ou iônico) dentro de um
mesmo período da Tabela Periódica.

b) Considere os seguintes pares de espécies:

I) Al+ e Al2+;
II) F e F-e
III) Li e Li+.

Indique, para cada par, a espécie que apresenta o maior raio.

10. (UFPR) Com base nas propriedades periódicas, discuta, justificando, a veracidade ou falsidade das seguintes afirma-
tivas:

a) Os elementos dos grupos 1 e 2, quando se associam com elementos dos grupos 16 e 17, tendem a formar compostos
iônicos.
b) Dentro de um mesmo período, a energia de ionização tende a diminuir da esquerda para a direita da tabela pe-
riódica.

11. (Udesc) Os médicos costumam prescrever às pessoas que apresentam pressão alta uma dieta com baixo teor de
sódio. Na verdade, a recomendação médica refere- se à ingestão de íons sódio (Na+) quando consumimos principal-
mente sal de cozinha (Na+Cℓ−).

a) Qual a distribuição eletrônica do Na? (Número atômico Na = 11)


b) Entre o íon Na+ e o átomo Na, qual tem menor raio atômico?
c) Que tipo de ligação química ocorre entre os átomos do grupo 1A e do grupo 7A?
d) Desenhe a estrutura de Lewis para o NaCℓ.

12. (UFG) Observe o trecho da história em quadrinhos a seguir, no qual há a representação de um modelo atômico para
o hidrogênio.

Qual o modelo atômico escolhido pelo personagem no último quadrinho? Explique-o.

91
R.I. (Revisão Intercalada)

13. (UFRJ) Um professor decidiu decorar seu laborató- a) A partir da estrutura atômica dos dois elementos,
rio com um “relógio de Química” no qual, no lugar explique por que o estrôncio pode ser utilizado no
das horas, estivessem alguns elementos, dispostos de lugar do cálcio.
acordo com seus respectivos números atômicos, como
mostra a figura. b) Uma alternativa a sais de estrôncio no procedi-
mento anterior para estudar a osteoporose é uti-
lizar sais de cálcio radioativo. O isótopo 47 desse
elemento, por exemplo, decai emitindo uma par-
tícula beta e formando um elemento X. Baseado
na equação de decaimento apresentada a seguir,
dê o número atômico e o número de massa do
elemento X.

20
Ca47 → X + -1e0

Indique a hora que o relógio do professor marca


quando:
a) o ponteiro dos minutos aponta para o elemento
de menor número atômico e o ponteiro das horas
aponta para o elemento mais eletronegativo.
b) O ponteiro dos minutos aponta para o metal alca-
lino terroso de menor raio atômico e o ponteiro
das horas aponta para o gás nobre do segundo
período.

14. (UFRRJ) Complete as HORIZONTAIS:


1. Partícula fundamental que não apresenta carga.
2. Um íon sempre apresenta _________ .
3. Partícula emitida pelo núcleo radioativo.
4. Partícula de carga positiva existente no núcleo.
5. Apresenta número atômico igual a 11.
6. Átomos que apresentam os mesmos números atô-
micos e números de massa diferentes.

15. (UFRJ) Cálcio é um dos elementos principais da es-


trutura óssea dos seres humanos. Uma doença muito
comum em pessoas idosas, principalmente em mulhe-
res após a menopausa, é a osteoporose, que consiste
na desmineralização óssea causada pela perda de Ca+2,
provocando fraturas frequentes e encurvamento da
coluna vertebral.

Uma das formas utilizadas pelos médicos para estudar


a osteoporose consiste em administrar aos pacientes
uma dieta contendo sais de estrôncio e acompanhar
a taxa de absorção do mesmo pelo organismo. O es-
trôncio tem a capacidade de substituir o cálcio em
seus compostos.

92
R.I. (Revisão Intercalada)

Química 2
1. (FMJ) O elemento fósforo apresenta um único isótopo natural, com 16 nêutrons em seu núcleo. No entanto, podem
ser produzidos isótopos radioativos para utilização em medicina nuclear, como o fósforo-32, obtido pela reação nu-
1 32
clear de um nêutron (0 n) com o 16 S. Nessa reação nuclear, além do fósforo-32, cuja meia-vida é de 14 dias, também
é produzido outro elemento químico.

a) Escreva o símbolo do isótopo natural do fósforo, indicando seu número atômico e seu número de massa. Calcule a
porcentagem de fósforo radioativo existente em uma amostra desse isótopo 6 semanas após sua produção.
32
b) Equacione a reação que representa a obtenção do fósforo a partir do 16 S. Cite o nome do elemento produzido nessa
reação, além do fósforo.

Dado: P (Z = 15).

2. (UERJ-ADAPTADA) O berquélio (Bk) é um elemento químico artificial que sofre decaimento radioativo. No gráfico,
indica-se o comportamento de uma amostra do radioisótopo 249Bk ao longo do tempo.

Sabe-se que a reação de transmutação nuclear entre o 249Bk e o 48Ca produz um novo radioisótopo e três nêutrons.

Apresente a equação nuclear dessa reação e determine, ainda, o tempo de meia-vida, em dias, do 249Bk.

Dado:

3. (FCMMG-ADAPTADA) Tem-se, num béquer, uma mistura de areia – considere apenas SiO2 –, água salgada – considere
apenas NaCℓ(aq) – e gasolina – considere apenas C8H18.

REDIJA um texto, DESCREVENDO a melhor maneira de separar cada um dos componentes citados na referida mistura,
tendo em vista as seguintes informações:

- Métodos físicos utilizados e funcionamento detalhado de todos eles;


- Propriedades predominantemente envolvidas em cada processo utilizado e a razão dessa escolha;
- Aparelhos ou vidrarias necessários para a realização de cada método usado e o que ocorre em cada um deles.

93
R.I. (Revisão Intercalada)

4. (UFSC) O Amerício-241, que emite partículas alfa, é 5. (UEL) Em setembro de 2017, completaram-se 30
usado em alarmes de fumaça. A radiação alfa ioniza o anos do acidente com o Césio-137 em Goiânia. Uma
ar e isso permite que uma pequena corrente flua en- cápsula metálica que fazia parte de um equipamento
tre dois eletrodos. Em situações com fogo, a fumaça de radioterapia abandonado foi encontrada por dois
impede o processo de ionização, então a corrente cai trabalhadores. Após violarem a cápsula, eles distri-
e o alarme dispara. Esse tipo de detector de fumaça é buíram o sólido do seu interior entre amigos e paren-
o mais comum por não ser caro e por identificar me- tes, encantados pela luminosidade que emitia no es-
lhor as mínimas quantidades de fumaça produzidas curo. Isso resultou no maior acidente radioativo mun-
por chamas. O Amerício-241 tem meia-vida de 432 dial fora de uma usina nuclear. À época do acidente,
anos, portanto o alarme de fumaça não precisará ser o lixo radioativo removido do local, onde o Cs-137
alterado diariamente. se espalhou, foi estocado em contentores revestidos
por paredes de concreto e chumbo com espessuras
a) Esboce nos eixos abaixo o gráfico de decaimento de 1m. Essa medida foi necessária para prevenir os
ao longo do tempo (eixo x) de uma amostra que danos causados pela exposição às partículas β resul-
contém N núcleos radioativos de Amerício-241 tantes do decaimento radioativo do Cs-137. O gráfico
(eixo y), indicando e identificando as principais a seguir ilustra tal decaimento ao longo do tempo.
coordenadas.

b) Qual é a composição das partículas alfa?


c) Em um laboratório, projeta-se um sistema para Com base nessas informações, responda aos itens a
controle da espessura de folhas de alumínio, a seguir.
partir da quantidade de partículas recebidas no
detector, conforme o esquema ao lado. Algumas a) A partir da análise do gráfico, identifique a quan-
partículas são absorvidas pela folha e outras pas- tidade em massa do isótopo radioativo existente
sam para o detector. Quanto mais espessa a folha, em setembro de 2017, considerando que a quan-
menos partículas passam para o detector. A quan- tidade de Cs-137 envolvida no acidente foi de
tidade de partículas que chegam ao detector é 40g. Determine quanto tempo, a partir da data
monitorada por um computador, o qual envia um do acidente, levará para que a massa de Cs-137
sinal (chamado feedback) para controlar o espaço seja inferior a 0,7g.
entre os rolos. A folga entre os rolos controla a b) A emissão de partículas beta ( 0 β) ocorre quando
−1
espessura da folha. As partículas alfa ou as partí- um nêutron instável se desintegra convertendo-
culas beta seriam a melhor opção para o projeto? -se em um próton, formando outro elemento. Es-
Justifique sua resposta em, no máximo, 5 linhas. creva a equação da reação de decaimento radioa-
tivo do Cs-137 ( 137
55
Cs), representando o elemento
formado pela notação que inclui o seu número de
massa e o seu número atômico.

Dado: Ba (Z = 56).

94
R.I. (Revisão Intercalada)

6. (UNIFESP) A figura mostra o esquema básico da pri- 8. (EBMSP) Movimentos como “Outubro Rosa” estimu-
meira etapa do refino do petróleo, realizada à pressão lam a associação entre empresas e profissionais de
atmosférica, processo pelo qual ele é separado em saúde com o objetivo de alertar a população sobre a
misturas com menor número de componentes (fracio- prevenção e o tratamento do câncer de mama, causa
namento do petróleo). mais frequente de morte por câncer em mulheres.
Um dos tratamentos do câncer utiliza radioisótopos
que emitem radiações de alta energia, como a gama,
0 γ, eficientes na destruição de células cancerosas
0
que são mais susceptíveis à radiação, por se repro-
duzirem rapidamente. Entretanto é impossível evitar
danos às células saudáveis durante a terapia, o que
ocasiona efeitos colaterais como fadiga, náusea, per-
da de cabelos, entre outros. A fonte de radiação é
projetada para o uso das radiações gama, já que as ra-
4 0
diações alfa, 2 α, e beta, −1 β são menos penetran-
tes nos tecidos e nas células. Um dos radionuclídeos
60
usados na radioterapia é o cobalto, 27 Co.

Com base nas informações e nos conhecimentos sobre


radioatividade,
a) apresente um argumento que justifique o maior
poder penetrante das radiações gama em relação
às radiações alfa e beta.
b) represente, por meio de uma equação nuclear, o
decaimento radioativo do cobalto 60 com a emis-
são de uma partícula beta, indicando o símbolo,
a) Dê o nome do processo de separação de misturas o número atômico e o número de massa do ele-
pelo qual são obtidas as frações do petróleo e o mento químico obtido após emissão da partícula.
nome da propriedade específica das substâncias
na qual se baseia esse processo. 9. (USCS - MEDICINA) Leia a receita de vinho caseiro
b) Considere as seguintes frações do refino do petró- de laranja.
leo e as respectivas faixas de átomos de carbono:
gás liquefeito de petróleo (C3 a C4); gasolina (C5 Ingredientes
A C12); óleo combustível (> C20); óleo diesel (C12 a
C20); querosene (C12 a C16). Identifique em qual po- - 3 litros de suco puro de laranja
sição (1, 2, 3, 4 ou 5) da torre de fracionamento é - 1,5kg de açúcar cristal
obtida cada uma dessas frações. - 1 litro de água
- 1 colher (chá) de fermento para pão
7. (UNICID - MEDICINA) A figura mostra os três tipos
de radiação resultantes da desintegração de elemen- Modo de preparo
tos radioativos naturais.
1. Em um recipiente grande misture bem o açúcar e
a água.
2. Coe o suco de laranja, junte o fermento e acrescen-
te essa mistura ao recipiente grande.
3. Coloque em um garrafão de 4,6 litros e tampe com
rolha de cortiça, atravessada por uma mangueira des-
cartável.
4. Usando parafina ou cera de abelha, vede bem a
junção da rolha com o garrafão, para evitar a entrada
de ar.
5. Mergulhe a outra extremidade da mangueira num
pote com água. Se a água do pote ficar suja, troque-a.
a) Quais dessas radiações, alfa, beta ou gama, po- 6. Deixe por 30 a 45 dias em um local escuro para a
dem ser chamadas de partículas? Justifique sua fermentação.
resposta, caracterizando tais radiações quanto à 7. O processo termina quando a formação de bolhas
carga elétrica. na água diminui. Vê-se também na parte de baixo do
b) O fósforo-32 é uma espécie radioativa utilizada no garrafão uma camada de resíduos (borra).
tratamento radioterápico de alguns tipos de cân- 8. Retire o sobrenadante pela parte de cima do gar-
cer. Na desintegração radioativa deste radioisó- rafão, embale em garrafas e conserve-as deitadas em
topo, forma-se enxofre-32. Escreva uma equação local escuro por mais 30 dias, bem tampadas.
que represente esse processo. (www.tudogostoso.com.br. Adaptado.)

95
R.I. (Revisão Intercalada)

Quais os métodos de separação de misturas usados na preparação do vinho de laranja?

10. (USCS - MEDICINA) Em uma cooperativa de reciclagem foi triturada uma mistura dos plásticos polietileno terefta-
lato (PET), polietileno de alta densidade (PEAD), policloreto de vinila (PVC) e poliestireno (PS), cujas densidades são
1,38 g/mL, 0,96 g/mL, 1,25 g/mL e 1,06 g/mL, respectivamente.
A separação dos grânulos plásticos obtidos após a trituração foi feita colocando-se a mistura em soluções apropriadas,
conforme o esquema a seguir:

a) Cite o nome da técnica empregada na separação dos diferentes tipos de plástico. Para qual tipo de misturas tal
técnica pode ser utilizada?
b) Quais são os plásticos correspondentes às letras W, X, Y e Z, respectivamente?

11. (FAC. SANTA MARCELINA - MEDICIN) Numa sequência de desintegração radioativa que se inicia com o 84 218 Po, cuja

meia vida é de 3 minutos, a emissão de uma partícula alfa gera o radioisótopo X, que, por sua vez, emite uma par-
tícula beta, produzindo Y.

a) Partindo-se de 40 g de Polônio - 218. qual a massa, em gramas, restante após 12 minutos de desintegração? Apre-
sente os cálculos.
b) Identifique os radioisótopos X e Y, indicando suas respectivas massas atômicas.

12. (FAC. SANTA MARCELINA - MEDICIN) No tratamento de esgotos, o método utilizado para a remoção de poluentes
depende das características físicas, químicas e biológicas de seus constituintes. Na Região Metropolitana de São Pau-
lo, as grandes estações de tratamento de esgotos utilizam o método de lodos ativados, em que há uma fase líquida e
uma fase sólida. A figura representa as etapas de tratamento da fase líquida dos esgotos.

No tanque de aeração, o ar fornecido faz com que os micro-organismos ali presentes multipliquem-se e alimentem-se
de material orgânico, formando o lodo e diminuindo, assim, a carga poluidora do esgoto.
(http://site.sabesp.com.br. Adaptado.)

96
R.I. (Revisão Intercalada)

a) Tendo por base as propriedades físicas dos constituintes de esgotos, como ocorre a separação desses constituintes
nas grades e no decantador primário?
b) Por que a água proveniente do decantador secundário não pode ser considerada potável?

13. (FMJ-ADAPTADA) Ligas metálicas podem ser produzidas a partir da fusão dos metais puros e posterior mistura dos
metais derretidos. Uma liga metálica muito utilizada no cotidiano é formada pela mistura de chumbo com estanho,
na proporção de 37% de chumbo e 63% de estanho. Os gráficos mostram a curva de aquecimento dos metais isolados
e da liga formada pela mistura dos metais.

Considere que, para aquecer os metais até sua fusão, utiliza-se como combustível o metano (CH4), cuja equação de
combustão está representada a seguir.

CH4 + 2 O2 → CO2 + 2 H2O

Com base na análise das curvas de aquecimento, dê o nome da mistura que constitui a liga Sn − Pb.

14. (UNIFESP) Considere as seguintes propriedades dos materiais: massa, volume, dureza, densidade, cor, transparên-
cia, permeabilidade, temperatura de fusão e condutividade elétrica.

a) Quais dessas propriedades são consideradas propriedades gerais dos materiais? Justifique sua resposta.
b) Quais dessas propriedades devem, necessariamente, ser levadas em consideração para a escolha de um material a
ser utilizado na confecção de panelas?

15. (UERJ) Observe os diagramas de mudança de fases das substâncias puras A e B, submetidas às mesmas condições
experimentais.

Indique a substância que se funde mais rapidamente. Nomeie, também, o processo mais adequado para separar uma
mistura homogênea contendo volumes iguais dessas substâncias, inicialmente à temperatura ambiente, justificando
sua resposta.

97
R.I. (Revisão Intercalada)

4. (ITA) Certa massa de nitrato de cobre (Cu(NO3)2) foi


Química 3 calcinada em ambiente aberto até restar um resíduo
com massa constante, que é sólido e preto. Forma-
ram-se dois produtos gasosos, conforme a equação
1. (FMJ) Um metal X, muito utilizado em construção química:
civil, ao ser oxidado forma um óxido de fórmula X2O.
O gráfico mostra a relação entre a massa de oxigênio 2Cu(NO3)2(s) → 2CuO(s) + 4NO2(g) + O2(g)
e a massa do óxido desse metal.
A massa do NO2 formado na reação de decomposição
é igual a 18,4g. Qual é o valor da massa inicial do
nitrato de cobre?
Dados:
Massas molares Cu(NO3)2=187,56g/mol; NO2=46,01g/
mol

5. (ITA) Numa experiência de eletrólise da água for-


mam-se 3,00g de H2(g). Calcule o volume ocupado
por esta massa de hidrogênio suposta isenta de umi-
dade, na temperatura de 300K e sob a pressão de
684mmHg (=0,90 × 760mmHg).

Dados:
Um estudante, ao realizar a oxidação desse metal em Massa molar do H2 = 2,02 g/mol
laboratório, obteve 3,18 g de um óxido, consumindo, R = 62,4 mmHg . L/mol . k
para sua formação, 0,64 g de O2.
6. (UNICAMP-ADAPTADA) Considerando que se o
a) Escreva a equação balanceada que representa a carbonato ácido de amônio (hidrogenocarbonato de
reação entre o metal X e o gás oxigênio, formando amônio - NH4HCO3) se decompõe totalmente pela
X2O. Calcule a massa molar do metal X. ação do calor formando amônia, água e gás carbôni-
b) Calcule a porcentagem, em massa, do metal X no co, todos no estado gasoso:
óxido obtido pelo estudante. Com base nas leis
ponderais, determine se o óxido obtido pelo estu- a) Escreva a equação química que representa esta
dante é o mesmo que o representado no gráfico. reação.
b) Determine o volume total de gases produzidos
2. (UNESP) Uma molécula de hemoglobina, que é uma pela decomposição de 6g de carbonato ácido de
proteína do sangue, combina-se com quatro moléculas de amônio em um forno a 227°C, à pressão ambiente
oxigênio. A massa de 1,00 grama de hemoglobina, reage de 1atm. Massa molar do carbonato ácido de
exatamente com 1,53 mL de oxigênio à temperatura do amônio = 79g/mol.
corpo (37°C) e sob pressão de 760 mm de mercúrio.
Constante universal dos gases = 0,082 atm.L.mol-1.K-1. 7. (UNICAMP) A ingestão de cloreto de sódio, na alimen-
a) Calcular o número de moles de oxigênio que se tação, é essencial. Excessos, porém, causam problemas,
combinou com a hemoglobina. principalmente de hipertensão.
b) Calcular a massa molecular da hemoglobina. O consumo aconselhado para um adulto, situa-se na fai-
xa de 1100 a 3300mg de sódio por dia.
3. (ITA) Um cilindro provido de um pistão contém água Pode-se preparar uma bela e apetitosa salada misturan-
até a metade do seu volume. O espaço acima da água do-se 100g de agrião (33mg de sódio), 100g de iogur-
é ocupado por ar atmosférico. Para aumentar a quan- te (50mg de sódio) e uma xícara de requeijão cremoso
tidade de CO2 dissolvido na água alunos propuseram (750mg de sódio), consumindo-a acompanhada com
os seguintes procedimentos. uma fatia de pão de trigo integral (157mg de sódio):

I. Manter a temperatura constante e aumentar a pres- a) Que percentual da necessidade diária mínima de
são total introduzindo nitrogênio. sódio foi ingerido?
II. Manter a temperatura constante e aumentar a b) Quantos gramas de cloreto de sódio deveriam ser
pressão introduzindo CO2. adicionados à salada, para atingir o consumo diá-
III. Manter a temperatura e a pressão constantes e rio máximo de sódio aconselhado?
substituir parte do ar por CO2.
IV. Manter a temperatura constante e diminuir a 8. (UNESP) Na indústria, a amônia é obtida pelo processo
pressão total retirando oxigênio. denominado Haber-Bosh, pela reação entre o nitrogênio
V. Aumentar a temperatura e manter a pressão total e o hidrogênio na presença de um catalisador apropria-
constante, aumentando o volume do sistema. do, conforme mostra a reação não balanceada:

N2(g) + H2(g) 
←→
 NH3(g)
Explique por que cada um dos cinco procedimentos
citados atinge ou não o objetivo desejado. catalisador
98
R.I. (Revisão Intercalada)

Com base nessas informações, considerando um ren- 11. (FAC. SANTA MARCELINA - MEDICIN) A água oxi-
dimento de 100% e sabendo que as massas molares genada é uma solução aquosa de peróxido de hidro-
desses compostos são: N2 = 28 g/mol, H2 = 2 g/mol, gênio (H2O2) indicada como agente bactericida nos
NH3 = 17 g/mol, calcule ferimentos externos. É comercializada em frascos de
plásticos opacos, pois a luz é um dos fatores respon-
a) a massa de amônia produzida reagindo-se 7 g de sáveis pela decomposição do peróxido de hidrogênio
nitrogênio com 3 g de hidrogênio. em água e gás oxigênio (O2).
b) Nas condições descritas no item a, existe reagente
em excesso? Se existir, qual a massa em excesso a) Escreva a fórmula estrutural do peróxido de hidro-
desse reagente? gênio, sabendo que nessa estrutura os átomos de
oxigênio estão ligados entre si e que cada átomo de
9. (UNESP) Na indústria, um dos processos de obten- hidrogênio está ligado a um átomo de oxigênio. In-
ção do ácido sulfúrico consiste no tratamento térmi- dique o nome da força intramolecular que mantém
co vigoroso da pirita (FeS2) na presença de corrente unidos os átomos presentes em sua estrutura.
de ar (reação de ustulação). Os produtos obtidos são b) Na decomposição de 136 g de peróxido de hidrogê-
óxido férrico (Fe2O3) e dióxido de enxofre (SO2). O nio foram liberados 38 L de gás oxigênio. Considere
dióxido de enxofre é oxidado a anidrido sulfúrico que a massa molar do peróxido de hidrogênio seja,
(SO3), também pela reação com oxigênio, e, final- aproximadamente 34 g/mol e que o volume molar
mente, por hidrólise do anidrido sulfúrico, obtém-se do gás oxigênio, a 0ºC e 1 atm seja 22,4 L/mol.
o ácido sulfúrico (H2SO4). Escreva a equação balanceada que representa a de-
composição do peróxido de hidrogênio e calcule o
a) Escreva as reações de obtenção do ácido sulfúrico rendimento dessa reação. Apresente os cálculos.
a partir da ustulação da pirita.
b) Calcule a massa de ácido sulfúrico produzido a par- 12. (FAC. SANTA MARCELINA - MEDICINA) Em um la-
tir de 24 kg de pirita. boratório químico, foi realizado um estudo da decom-
posição térmica de duas amostras de carbonato de
Dados: massas molares: FeS2 = 120 g/mol, cálcio de diferentes procedências, de acordo com a
H2SO4 = 98 g/mol reação química:

10. (UNISA - MEDICINA) A produção de metanol a par- ∆


tir da biomassa é uma técnica promissora para tornar CaCO3(s) CaO(s) + CO2(g)
a produção de biodiesel mais sustentável. A técnica
consiste em trituração de madeira e gaseificação des- A amostra 1 era uma amostra padrão, constituída
se material, produzindo H2 e CO, cujas massas molares de carbonato de cálcio puro. A amostra 2 continha
são iguais a 2 g/mol, e 28 g/mol, respectivamente. impurezas que não sofriam decomposição na tempe-
Esses gases devem ter suas concentrações ajustadas ratura do experimento. Utilizando aparatos adequa-
para que a proporção molar H2/CO seja igual a 2. A dos para um sistema fechado, foram determinadas as
equação que representa a reação de formação do me- massas dos sólidos no início da decomposição, e as
tanol está representada a seguir. massas dos sólidos e dos gases resultantes no final da
decomposição. Os valores estão reportados na tabela:
2H2(g) + CO(g) → CH4O(ℓ)
Início Final
Considere dois sistemas contendo os gases H2 e CO:
Massa do Massa do Massa do
Amostra
sólido sólido gás
Sistema Massa de H2(g) Massa de CO(g)
1 40,0 g x 17,6 g
1 2,0 56,0
2 3,0 21,0 2 25,0 g 16,2 g 8,8 g

a) Qual dos sistemas está ajustado para produzir me-


a) Determine o valor de x. Qual lei ponderal justifica
tanol pela técnica indicada? Justifique sua res-
este cálculo: Lei de Lavoisier ou Lei de Proust?
posta mostrando os cálculos realizados.
b) Determine o teor percentual de carbonato de cálcio
b) Determine a massa de hidrogênio, em quilogramas,
na amostra 2. Apresente os cálculos efetuados.
necessária para produzir 1600 kg de metanol,
considerando um rendimento de reação de 80%.

99
R.I. (Revisão Intercalada)

13. (EBMSP) Segundo especialistas, em situações es- 15. (UNIFESP) O nióbio (massa molar 93 g ∙mol −1) é
tressantes no convívio familiar, no trabalho, no trân- um metal utilizado na fabricação de ligas metálicas
sito ou na escola respirar profundamente oxigena as especiais e em aplicações de alta tecnologia. O pro-
células cerebrais e ajuda a tranquilizar o indivíduo. O cesso básico de metalurgia do nióbio envolve a redu-
oxigênio absorvido na respiração é utilizado na oxi- ção aluminotérmica, redução de Nb2O5 com Aℓ me-
dação controlada de glicose para a obtenção da ener- tálico, segundo a reação representada pela equação
gia necessária ao funcionamento da célula, processo química:
representado de maneira simplificada pela equação
química, ∆
3Nb2O5 + 10Aℓ 6Nb + 5 Aℓ2O3
C6H12O6(aq) + 6O2(g) → 6CO2(g) + 6H2O(ℓ) + energia
Uma pequena peça de nióbio puro foi produzida e
Considerando essas informações e admitindo que o colocada numa proveta com água sobre uma balança,
oxigênio se comporta como um gás ideal, determi- alterando o nível da água na proveta e a indicação da
ne o volume de oxigênio necessário para a oxidação balança, como mostra a figura.
completa de 3,6 g de glicose, a 27ºC e 1 atm, desta-
cando as etapas dos cálculos.

14. (USCS - MEDICINA) Quando usada para tratar um


corte na pele, a água oxigenada, a 25ºC e pressão de 1
atm, sofre decomposição, formando água e liberando
oxigênio gasoso, de acordo com a equação:

2H2O2(ℓ) → 2H2O(ℓ) + O2(g) + 200kJ

Dados: H = 1; 0 = 16.

a) Calcule a quantidade de energia liberada para a


decomposição de 34 g de água oxigenada a 25ºC e
pressão de 1 atm.
b) Nessas condições e considerando a constan-
te universal dos gases como sendo igual a
0,082 atm∙L∙mol −1∙K −1, calcule o volume de a) Determine a densidade do nióbio, em g/mL, de
oxigênio formado na decomposição de 34 g de acordo com o experimento realizado. Apresente
água oxigenada. os cálculos efetuados.
b) Calcule a massa de alumínio metálico, em kg, ne-
cessária para reagir com quantidade suficiente de
Nb2O5 para produção de 279 kg de nióbio puro.
Considere que o processo ocorre com 100% de efi-
ciência. Apresente os cálculos efetuados.

100
R.I. (Revisão Intercalada)

7. (INSPER) Em uma escola que funciona em três pe-


Matemática 1 ríodos, 60% dos professores lecionam de manhã, 35%
lecionam à tarde e 25% lecionam à noite. Nenhum
professor da escola leciona tanto no período da ma-
1. (G1 - CFTRJ) “A terça parte de um enxame de abe- nhã quanto no período da noite, mas todo professor
lhas pousou na flor de Kadamba, a quinta parte numa leciona em pelo menos um período. Considerando-se
flor de Silinda, o triplo da diferença entre esses dois apenas essas informações, qual porcentagem repre-
totais voa sobre uma flor de Krutaja e as três abelhas senta o número de professores da escola que lecio­
restantes adejam sozinhas, no ar, atraídas pelo per- nam somente no período da tarde, em relação ao
fume de um Jasmim e de um Pandnus.” Sabendo que total?
a mesma abelha não pousou em mais de uma flor,
podemos afirmar que o total de abelhas desse enxame 8. (UEMA) Para arrecadar fundos, uma instituição so-
é? cial realizou um baile beneficente, divulgando as in-
2. (G1 - CFTRJ) O cinema Paradiso fez uma grande formações, como vemos no convite abaixo.
promoção num domingo. O ingresso para adultos cus-
tou R$12,00 enquanto o para menores, R$7,00. Cada
adulto comprou, além de sua entrada, duas entradas
para menores. Neste domingo de promoção o cine-
ma arrecadou R$1638,00 com a venda de ingressos.
Quantas entradas foram vendidas?

3. (UFG) Uma loja vende Q caixas de um certo tipo de


buchas plásticas por R$ 480,00. Para acabar com o es-
toque dessas buchas, a loja anuncia um desconto de
R$ 8,00 no preço de cada caixa, de modo que o preço
de Q + 2 caixas dessas buchas ainda é R$ 480,00.
Diante do exposto, calcule o valor de Q. Após a realização do baile, constatou-se que 560 pes-
soas pagaram ingresso, totalizando uma arrecadação
4. (G1 - CP2) Através de uma pesquisa sobre a fre- de R$ 6.270,00.
quência de uso das especialidades de ortopedia, der-
matologia e pediatria, oferecidas numa dada clínica Calcule o número de senhoras e de senhores que pa-
infantil, constatou-se que: garam ingresso para participar do baile.
a) 15 pacientes já fizeram consulta com a ortopedia
e dermatologia, mas nunca utilizaram a pediatria. 9. (G1 - CP2) No esquema seguinte estão representa-
b) 30 pacientes já fizeram consulta com a ortopedia dos os membros da família de André que foram ao
e a pediatria. Jardim Zoológico no domingo:
c) 20 pacientes já fizeram consulta com a ortopedia,
dermatologia e com a pediatria.
d) 265 utilizaram a dermatologia.
e) 180 utilizaram apenas a dermatologia.
f) 145 já fizeram consulta com a ortopedia.

Sabendo que a clínica tem o registro de 605 pacien-


tes, quantos deles utilizaram apenas a pediatria?

5. (UFF) Colocando-se 24 litros de combustível no tan-


que de uma caminhonete, o ponteiro do marcador,
que indicava 1 do tanque, passou a indicar 5 .
4 8
Determine a capacidade total do tanque de combustí-
vel da caminhonete. Justifique sua resposta.

6. (FGVRJ) Bruno e Carlos são irmãos e possuem jun-


tos 78 moedas de 1 real. Bruno, que possuía mais
moedas, deu a Carlos o dobro do número de moedas
que Carlos possuía. Nesse momento, Carlos ficou com
mais moedas que o irmão e deu a Bruno 10 moe-
das. No final dessas duas transações, Bruno ficou com
duas moedas a mais do que Carlos.
Determine quantas moedas cada um tinha inicial-
mente.

101
R.I. (Revisão Intercalada)

Ao lado da bilheteria está afixada a tabela de preços 11. (G1 - CP2) A comissão de formatura do 9º ano de uma
dos bilhetes de entrada no Jardim Zoológico: escola contratou um buffet para realizar sua festa ao
final do ano letivo. No contrato ficou estabelecido que
Preços (em reais) o preço da festa para 100 convidados seria de 13.000
reais. Assim, o preço unitário do convite seria de 130
Fins de reais. Se o número de convidados fosse superior a 100,
Dias úteis semana e o preço unitário do convite teria um desconto, em reais,
Feriados igual ao número de convidados excedentes. Sabe-se que
Crianças (até 2 anos) Gratuito Gratuito o buffet recebeu 13.225 reais pela festa.
Crianças (3 anos a
5,90 7,90 a) Complete a tabela abaixo e, em seguida, construa
11 anos)
uma equação do 2º grau que corresponda ao total
Jovens e adultos recebido pelo buffet como pagamento pela festa.
12,50 14,50
(12 anos a 60 anos)
Terceira idade Convidados Pessoas Valor do Total
6,25 7,25
(mais de 60 anos) extras presentes convite recebido

Na bilheteria, André propôs a seguinte adivinhação 0 100 130 13.000


matemática ao vendedor:
1 101 129 13.029
“O quadrado da minha idade menos quatorze é
igual a treze vezes a minha idade”. 2 102 128 13.056
O rapaz da bilheteria, que gostava muito de matemá- 3
tica, não teve problemas em calcular quanto a família
n 13.225
gastaria com os ingressos.

a) Representando por “x” a idade de André, escreva b) Resolva a equação obtida no item anterior e determi-
uma equação do 2º grau que represente o proble- ne quantas pessoas estiveram presentes nesta festa.
ma proposto ao rapaz da bilheteria.
b) Determine a idade de André resolvendo a equação 12. (G1 - CFTRJ) Uma das grandes paixões dos cariocas
do 2º grau obtida no item anterior. é o desfile de escolas de samba.
c) Quanto a família de André gastou na compra total
dos bilhetes?

10. (G1 - CP2) Isabel adora inventar números e dar


nome a eles. Agora ela inventou os números super
especiais!
“Um número é super especial se o quadrado do seu
primeiro algarismo é igual à soma de todos os seus
algarismos”.
Por exemplo, 4561 é super especial,
pois: 42 = 16 = 4 + 5 + 6 + 1.

a) Escreva um número super especial de três algaris-


mos cujo algarismo das centenas seja 3.
b) Isabel descobriu que existe um número super es-
pecial de quatro algarismos, cujos três últimos Foram entrevistados alguns foliões com a seguinte
algarismos são 1, 8 e 3. Juntos (183), eles formam pergunta: “Em qual ou quais escolas você irá desfilar
exatamente a data de seu aniversário, dezoito de em 2012?”, e os entrevistadores chegaram a algumas
março. Represente por “x”, o 1º algarismo do nú- conclusões, de acordo com a tabela:
mero super especial que Isabel descobriu. Escreva
uma equação do 2º grau que expressa a proprie- Número de
Escola de samba
dade inventada por ela. foliões
c) Resolva a equação do 2º grau obtida no item an- Mangueira 1500
terior e determine o número super especial que
Isabel descobriu. Portela 1200
Salgueiro 800
Mangueira e Portela 600
Portela e Salgueiro 400
Mangueira e Salgueiro 200
Mangueira, Portela e Salgueiro 150
Nenhuma das três 700

102
R.I. (Revisão Intercalada)

a) Quantos foliões foram entrevistados?


b) Quantos, dentre os entrevistados, não pretendem
desfilar na Salgueiro?

13. (UERJ) Para comprar os produtos A e B em uma loja,


um cliente dispõe da quantia X, em reais. O preço do
produto A corresponde a 2 de X, e o do produto B
3
corresponde à fração restante.
No momento de efetuar o pagamento, uma promoção
reduziu em 10% o preço de A.
Sabendo que, com o desconto, foram gastos R$
350,00 na compra dos produtos A e B, calcule o valor,
em reais, que o cliente deixou de gastar.

14. (G1 - CFTRJ) Calcule a e b de modo que sejam as


raízes da equação x2 +ax+ b = 0.

15. (FGV 2020) Se as raízes da equação ax2 + bx + c = 0


(a ≠ 0) são p e q, quais são as raízes da equação
cx2 − bx + a = 0 (c ≠ 0), expressas em termos de p e
q? Justifique sua resposta.

103
R.I. (Revisão Intercalada)

5. (UNICAMP) A tabela abaixo exibe o valor das men-


Matemática 2 salidades do Ensino Fundamental em três escolas par-
ticulares nos anos de 2017 e 2018.
1. (FGVRJ) As grandezas P, T e V são tais que P é dire-
tamente proporcional a T e inversamente proporcio- ANO Escola A Escola B Escola C
nal a V. 2017 R$ 1.000,00 R$ 1.200,00 R$ 1.500,00
Se T aumentar 20% e V diminuir 20%, determine a 2018 R$ 1.150,00 R$ 1.320,00 R$ 1.680,00
variação percentual de P.

2. (UNIFESP 2023) O coração de um beija-flor é con- a) Determine qual escola teve o maior aumento per-
siderado relativamente gigante se comparado com o ta- centual nas mensalidades de 2017 para 2018.
manho do corpo de qualquer outra espécie animal. A b) Uma família tem três filhos matriculados na Escola
massa do coração de um beija-flor equivale de 1,9% a B. Suponha que essa escola ofereça um desconto
2,5% da sua massa corporal, que varia de 2,4 g a 5 g. de 10% na mensalidade para o segundo filho e
de 20% para o terceiro filho. Calcule o valor a ser
a) Uma veterinária coloca um beija-flor, enrolado em gasto mensalmente com os três filhos em 2018.
uma toalha, em uma balança de precisão, que
acusa 129,6 g. Em seguida, ela retira o beija-flor 6. (PUCRJ) Em um viveiro de uma universidade, havia
e deixa apenas a toalha na balança, que acusa várias araras: 90% eram azuis; 10% verdes.
125,9 g. Estime o maior valor possível da massa
do coração desse beija-flor, em miligramas. Algumas araras azuis foram retiradas do viveiro para o
b) Enquanto o ritmo normal do coração humano é de Zoológico: agora, 80% das araras do viveiro são azuis.
70 batimentos por minuto, o de um beija-flor é de
1 015 vezes por minuto. O coração de um beija- Qual é a porcentagem do número inicial total de ara-
-flor que tenha vivido 4 anos bateu tantas vezes ras no viveiro da universidade que foi transferida
quanto o número de vezes que já bateu o coração para o Zoológico?
de João, que faz aniversário hoje. Considerando-
-se que todos os anos tenham o mesmo número de 7. (G1 - CP2) Desde fevereiro de 2012, a cidade do Rio
dias, estime a idade de João hoje. de Janeiro convive com a sua primeira ponte estaia-
da, chamada de Ponte do Saber. Ela é sustentada
3. (UERJ 2019) Em 2010, a ONU reconheceu o direito por 21 estais (cabos) não distribuídos uniformemen-
humano de acesso à água e ao esgoto sanitário trata- te. São 15 frontais em formato de leque-harpa e 6 de
dos; ainda hoje, porém, tal direito não foi universa- retaguarda. Os cabos estão atrelados a um só pilone
lizado. Observe na tabela dados de 2013 referentes a (mastro) de 96 metros de altura.
três municípios da Baixada Fluminense. Fonte: www.planetacoppe.ufrj.br

Percentual da po-
pulação urbana sem
População
Município acesso à coleta e ao
urbana total
tratamento do esgoto
sanitário
Belford Roxo 470000 18%
Paracambi 43000 36%
Queimados 140000 17%
Adaptado de snirh.gov.br.

Com base nos dados, identifique o município cuja po-


pulação sem acesso à coleta e ao tratamento de es-
goto sanitário é quantitativamente maior. Justifique a) Considere que a figura acima está representada na
sua resposta com os cálculos necessários. escala 1: 2.000, determine a altura do pilone na
figura em centímetros.
4. (FGV 2022) O número √3 + 2√2 − √3 − 2√2 é um nú- b) Considere na figura o ângulo α formado pelo cabo
mero racional ou um número irracional? Escreva-o na de extremidades A e P e a base da ponte. Supo-
sua forma mais simples. nha que PS mede aproximadamente 36 metros e
Basta fornecer a resposta. Não é necessário apresen- a medida de α seja 65º. Qual o comprimento do
tar o desenvolvimento da solução. cabo AP?

104
R.I. (Revisão Intercalada)

Dados: sen65º = 0,9; cos65º = 0,42 e tg65º = 2,14

8. (UNIFESP 2022) Considere que, na primeira semana de setembro de 2021, o preço médio do litro da gasolina para
o consumidor era de R$ 6,00. O infográfico mostra a composição desse preço médio, segundo informações oficiais da
Petrobrás. Foram omitidos dois números, representados no infográfico por X e Y.

a) Calcule o valor de X com três casas decimais e o valor de Y com uma casa decimal.
b) Adotando R$ 1,03 como custo do etanol utilizado na composição de 1 litro de gasolina, determine o valor, em R$,
do litro de etanol, também com duas casas decimais. De quantas formas diferentes é possível formar um subcon-
junto do conjunto das 27 moedas com valor monetário total igual ao preço de 1 litro de etanol? Considere que a
troca de moedas de mesmo valor não constitui novos subconjuntos.

105
R.I. (Revisão Intercalada)

9. (FGV)

a) Duas lojas de roupas A e B vendem o mesmo produto com preços diferentes. Se ambas as lojas dessem um des-
conto para pagamento à vista, o preço com desconto da loja A seria menor que o preço com desconto da loja B?
Sabe-se que na loja A o desconto foi de 10% sobre o preço à vista e na loja B, o desconto foi de 15% sobre o preço
à vista. Sabe-se ainda que, na loja A, o desconto foi de R$ 40,00 e, na loja B, o desconto foi de R$ 54,00.
b) Em março de 2016, o lucro de certa empresa em relação ao de fevereiro do mesmo ano aumentou 15% e foi de
R$ 4.140,00.
Se o aumento do lucro de março em relação ao de fevereiro fosse de 10%, qual teria sido o valor do lucro obtido
pela empresa em março?

10. (G1 - CFTRJ 2019) Um pequeno mercado oferece a promoção leve 5 e pague 4, indicando que, por 5 unidades de
um produto, o cliente apenas o preço referente a 4 unidades. Uma unidade do produto custa R$ 10,25 e Celso decide
aproveitar a promoção levando 5 unidades.

a) Quantos reais a menos Celso pagou cada unidade que levou?


b) Se a promoção fosse “Na compra de 5 produtos iguais, receba um desconto de x% no preço de cada unidade do
produto”, quanto valeria x para que a promoção fosse equivalente à promoção original do enunciado?

11. (UERJ 2020) As informações da tabela abaixo apresentam a quantidade de material que um marceneiro possui em
seu estoque e a quantidade de cada material necessária para montar uma estante perfeita.

QUANTIDADE NECESSÁRIA PARA MONTAGEM


MATERIAL QUANTIDADE TOTAL EM ESTOQUE
DE ESTANTE PERFEITA
Painéis 18 01
Prateleiras horizontais 70 05
Madeiras laterais 33 02
Parafusos pequenos 320 24
Parafusos grandes 60 04

Calcule o maior número de estantes perfeitas que o marceneiro consegue montar usando apenas seu estoque.

12. (UNESP) Observe o infográfico, publicado recentemente em um jornal digital.

a) Admitindo-se que o total de dinheiro apostado em determinado concurso da Mega-Sena tenha sido 15 milhões de
reais, calcule quanto desse dinheiro, em reais, foi destinado ao esporte brasileiro (comitês olímpico e paraolímpi-
co, juntos).
b) Admita que o comprimento da barra do gráfico correspondente às “Despesas de custo” tenha 13,28 unidades de
comprimento (13,28 u). Para que a proposta do infográfico esteja matematicamente correta, calcule a medida
indicada no infográfico por x, em unidades u de comprimento.

106
R.I. (Revisão Intercalada)

13. (G1 - CFTRJ) O conceito de Esporte Eletrônico (e-S-


port) foi desenvolvido a partir do cenário competitivo
de alguns jogos on-line. Há jogos individuais e coleti-
vos.

Num dos jogos coletivos, a equipe é formada por 5


membros divididos em 3 rotas (TOP, MID e BOT) e
uma SELVA, que é o nome da região entre as rotas.
Em cada rota, há um jogador responsável pelo farm,
que é o processo de obter ouro a partir da eliminação
de tropas da equipe inimiga, controladas por inteli-
gência artificial, também chamada de minions. Cada
minion dá, em média, 23 unidades de ouro.

Em média, enquanto o TOP farma 3 minions, o BOT


Elabore e execute um plano de resolução de maneira
farma 2 minions. Além disso, enquanto o BOT farma
a determinar:
1 minion, o MID farma 3 minions.
a) As dimensões da figura recortada.
Qual o total de unidades de ouro das três rotas (MID,
b) O valor do percentual de aumento a ser aplicado
BOT e TOP), quando o TOP farmou 12 minions?
na imagem recortada de modo a obter uma nova
imagem no tamanho 10 cm × 15 cm.
14. (G1 - CFTRJ) O município de Cefetópolis teve no se-
gundo turno da última eleição para prefeito grande nú-
mero de abstenções, 40%. Isso significa que dos eleito-
res aptos a votar, 40% não compareceram às urnas.

Considerando os eleitores que compareceram para vo-


tar tivemos a seguinte distribuição:

- Candidato A: 30% dos votos.


- Candidato B: 45% dos votos.
- Votos nulos ou brancos: 25% dos votos.

O TRE divulga os resultados a partir dos votos válidos,


dos quais NÃO são computados os votos nulos ou
brancos. Nesse caso de segundo turno, por exemplo,
foram computados como válidos apenas os votos re-
cebidos pelos candidatos A e B.

a) Qual o percentual de votos válidos recebidos polo


candidato A?
b) Considerando o total de eleitores aptos a votar,
qual o percentual de votos recebidos pelo candi-
dato eleito?

15. (UFU) Os programas de edição de imagens possuem


a ferramenta RECORTAR, que permite delimitar e re-
cortar uma área retangular de uma imagem digital
(figura, foto etc.). Para delimitar a área a ser recor-
tada, é construído um retângulo com lados paralelos
às laterais da imagem; em seguida, esse retângulo é
rotacionado em torno de seu centro, transladado e
redimensionado, de acordo com a necessidade.

A figura a seguir ilustra a delimitação de uma área R1,


a ser recortada de uma imagem retangular delimitada
por R2. Os retângulos R1 e R2 que delimitam, respec-
tivamente, essa área e a imagem são semelhantes, e
dois vértices de R1 estão nos lados de R2.

107
R.I. (Revisão Intercalada)

4. (UNICAMP) A planta de um cômodo que tem 2,7 m


Matemática 3 de altura é mostrada abaixo.

1. (UNESP) Em um plano horizontal encontram-se re-


presentadas uma circunferência e as cordas AC e BD.
Nas condições apresentadas na figura, determine o
valor de x.

a) Por norma, em cômodos residenciais com área su-


perior a 6 m², deve-se instalar uma tomada para
cada 5 m ou fração (de 5 m) de perímetro de pa-
rede, incluindo a largura da porta. Determine o
2. (IFSC) Durante uma queda de luz, Carla e Sabrina número mínimo de tomadas do cômodo represen-
resolveram brincar fazendo desenhos com as sombras tado ao lado e o espaçamento entre as tomadas,
das mãos. Para isso, pegaram duas lanternas diferen- supondo que elas serão distribuídas uniforme-
tes, apontando os feixes de luz para a parede BC. mente pelo perímetro do cômodo.
Márcio, que estava no andar superior, observou tudo. b) Um eletricista deseja instalar um fio para conectar
A figura a seguir mostra a visão que Márcio tinha da uma lâmpada, localizada no centro do teto do cô-
situação. Dados: o ângulo entre as duas paredes CD e modo, ao interruptor, situado a 1,0 m do chão, e
BC é 90° e DC=BC, sendo D o ponto onde Carla está e a 1,0 m do canto do cômodo, como está indicado
A o ponto onde se encontra Sabrina. Também sabe- na figura. Supondo que o fio subirá verticalmente
^ pela parede, e desprezando a espessura da pare-
mos que BEC vale 75°.
de e do teto, determine o comprimento mínimo
de fio necessário para conectar o interruptor à
lâmpada.

5. (FGV 2020) DEFG representa uma folha de papel


quadrada, de área igual a 25 cm2. Essa folha foi do-
brada, como mostra a figura, formando o triângulo
FGV. Depois de feita a dobra, a distância entre F e GV
é igual a 3 cm.

Com base nas informações, analise as proposições


abaixo e dê a soma da(s) CORRETA(S).
^ vale 45°.
01) O ângulo BDC
^ vale 80°.
02) O ângulo BAC
^ vale 60°.
04) O ângulo BCE
^ vale 105°.
08) O ângulo CED
^ vale 80°.
16) O ângulo ABE
^ vale 60°. a) Calcule a medida de FV.
32) O ângulo ECD
b) Depois de feita a dobra no papel, admita que θ seja
a medida do ângulo agudo FGD^ . Calcule COS θ.
3. (UNESP) Uma bola de tênis é sacada de uma altura
de 21 dm, com alta velocidade inicial e passa rente à
rede, a uma altura de 9 dm. 6. (UEM) Considere um triângulo ABC, com ângulo reto
Desprezando-se os efeitos do atrito da bola com o ar em A, cujo ângulo externo no vértice C mede 120º.
e do seu movimento parabólico, considere a trajetó- Sabendo que o cateto oposto ao vértice C mede c,
ria descrita pela bola como sendo retilínea e contida verifique o que for correto.
num plano ortogonal à rede. Se a bola foi sacada a 01) A hipotenusa de ABC mede 2 √3 c.
3
uma distância de 120 dm da rede, a que distância
02) O ângulo externo no vértice B mede 140º.
da mesma, em metros, ela atingirá o outro lado da
04) Se β é a medida do ângulo interno do vértice B,
quadra?
então tgβ = √3 c.
3
108
R.I. (Revisão Intercalada)

08) Qualquer triângulo retângulo que tenha um ân- 10. (FUVEST) Na figura abaixo, a circunferência de cen-
gulo agudo medindo 30º é semelhante ao triân- tro em O e raio r tangencia o lado BC do triângulo

gulo ABC. ABC no ponto D e tangencia a reta AB AB no ponto E.
16) Existem triângulos retângulos com um dos ângu- Os pontos A, D e O são colineares, AD = 2r e o ângulo
los internos obtuso. ^ é reto. Determine, em função de r,
ACO

7. (UEMA) A figura abaixo representa uma quadra de


futebol de salão com a bola localizada no ponto P,
conforme descrito na figura de vértice ABCD. No pon-
to C, há um jogador que receberá a bola chutada a
partir de onde ele está.

a) a medida do lado AB do triângulo ABC;


b) a medida do segmento CO.

11. (UEPG) Um observador situado a 12 metros de um


prédio avista o seu topo sob certo ângulo. Afastan-
do-se em linha reta mais 20 metros percebe que o
ângulo de visualização é a metade do anterior. Sendo
H, em metros, a altura do prédio, verifique o que for
correto.
01) H é um múltiplo de 6.
Determine a distância x do jogador (ponto C) à bola 02) H < 12.
(ponto P) em unidade de comprimento. 04) H é um número par.
08) H > 15.
8. (UNICAMP) A figura abaixo exibe um triângulo com
lados de comprimentos a, b e c e ângulos internos θ, 12. (FGV)
2θ e β. a) Para medir a largura x de um rio sem necessidade de
cruzá-lo, foram feitas várias medições como mostra
a figura abaixo. Calcule a largura x do rio.

a) Supondo que o triângulo seja isósceles, determine


todos os valores possíveis para o ângulo θ. b) Demonstre que a distância do vértice B ao baricen-
b) Prove que, se c = 2a, então β= 90º. tro M de um triângulo é o dobro da distância do
ponto E ao baricentro M.
9. (UEM) Com base em conhecimentos de Geometria
Plana, verifique o que for correto.
01) Quaisquer dois triângulos que possuem a mesma
área são congruentes.
02) Quaisquer dois triângulos congruentes possuem
a mesma área.
04) Quaisquer dois triângulos semelhantes são con-
gruentes.
08) Quaisquer dois triângulos congruentes são seme-
lhantes.
16) Se os triângulos ABC e DEF são tais que o
comprimento de AB é igual ao comprimento de
DE, o comprimento de BC é igual ao comprimento
^
de EF e o ângulo interno ABC é congruente ao
^
ângulo interno DEF, então os segmentos AC e DF
possuem o mesmo comprimento.

109
R.I. (Revisão Intercalada)

13. (UFMG) Nos séculos XVII e XVIII, foi desenvolvi- 15. (UFMG) Na figura a seguir, o triângulo ABC tem área
da no Japão uma forma particular de produzir ma- igual a 126. Os pontos P e Q dividem o segmento AB
temática. Um dos hábitos que a população adotou em três partes iguais, assim como os pontos M e N
foi o de afixar em templos placas contendo proble- dividem o segmento BC em três partes iguais.
mas, em geral de geometria. Essas placas, conheci-
das como sangaku, apresentavam o problema com
ilustrações e a resposta, sem registrar a solução dos
autores. O seguinte problema foi adaptado de um
desses sangakus: considere ABCD um retângulo com
AB = 160 e AD = 80; tome uma circunferência de
centro O tangente aos lados AB, BC e CD do retângu-
lo, e seja BD uma de suas diagonais, interceptando a
circunferência nos pontos P e Q.

Com base nessas informações,

a) Determine a área do triângulo QBN.


Considerando essas informações, b) Determine a área do triângulo sombreado PQM.
a) DETERMINE o raio QO da circunferência.
b) DETERMINE o comprimento do segmento PQ.

14. (UFSC) Em um centro de eventos na cidade de Ma-


dri, encontra-se um mural de Joan Miró (1893-1983)
confeccionado pelo ceramista Artigas. O mural está
colocado no alto da parede frontal externa do pré-
dio e tem 60m de comprimento por 10m de altura.
A borda inferior do mural está 8m acima do nível do
olho de uma pessoa. A que distância da parede deve
ficar essa pessoa para ter a melhor visão do mural,
no sentido de que o ângulo vertical que subtende o
mural, a partir de seu olho, seja o maior possível? O
matemático Regiomontanus (1436-1476) propôs um
problema semelhante em 1471 e o problema foi resol-
vido da seguinte maneira:

Imagine uma circunferência passando pelo olho O do


observador e por dois pontos P e Q, verticalmente
dispostos nas bordas superior e inferior do mural. O
ângulo α será máximo quando esta circunferência
for tangente à linha do nível do olho, que é per-
pendicular à parede onde se encontra o mural, como
mostra a figura. Com estas informações, calcule a que
distância OC da parede deve ficar o observador para
ter a melhor visão do mural de Joan.

110
R.I. (Revisão Intercalada)

Rascunho

111
R.I. (Revisão Intercalada)

Rascunho

112

Você também pode gostar