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0. Um forno de forma paralelepipédica tem as dimensões (5×4×3) m3. O tecto, que actua como su-
perfície de aquecimento, tem uma emissividade de 0.92. Por seu rumo, as paredes laterais e o chão
são refractários com uma emissividade de 0.69. As temperaturas do tecto e do chão são, respecti-
vamente, 1200 e 600 K. Calcular a potência de radiação térmica transferida para o chão, admitindo
que as paredes laterais re-irradiam, efectivamente, todo o calor nelas incidente (paredes "re-radi-
antes"). (Meio transparente) R: 1078 kW.
1. Um forno é uma cavidade esférica de 0,5 m de diâmetro que contém um gás a 1 atm e a 1400 K. A mis-
tura gasosa consiste em CO2, com uma pressão parcial de 0,25 atm, e azoto (N2), com uma pressão parcial
de 0,75 atm. Se a parede da cavidade for preta, qual é a taxa de arrefecimento necessária para manter a sua
temperatura a 500 K?
2. A câmara de combustão de uma turbina a gás pode ser considerada como como um tubo longo de 0,4 m
de diâmetro. O gás de combustão está a uma pressão de 1 atm e a uma temperatura de 1000 ºC, enquanto
a temperatura da superfície da câmara é de 500 ºC.
Admitindo que o gás de combustão contém CO2 e vapor de água, cada um com uma fracção molar de
0,15, determine o fluxo de calor radiante líquido entre o gás e a superfície da câmara, cuja superfície pode
ser aproximada como um corpo negro? R: _____ kW/m2.
3. A recuperação de calor residual do gás de escape (combustão) de um forno de fundição é realizada através
da passagem do gás num tubo metálico vertical e introduzindo água saturada (líquida) no fundo de uma
região anular em redor do tubo. O tubo tem 7 m de
comprimento, 1 m de diâmetro interno, e a superfície in-
terior do tubo é negra. O gás circula no tubo com um
caudal de 2 kg/s, à pressão atmosférica e a uma tempe-
ratura média de Tg = 1400 K, sendo 0,1 e 0,2 atm as
pressões parciais do CO2 e do vapor de água (H2O), res-
pectivamente. As propriedades termofísicas do gás po-
dem ser aproximadas como = 530×10‒7 kg/s m, k =
0,091 W/m.K, e Pr = 0,70.
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Cap. 2 – ALHETAS. Superfícies Estendidas.
1. Um pino cilíndrico muito longo, com 5 mm de diâmetro, tem uma
das extremidades soldada a uma parede, que se encontra a 100 ºC.
A superfície (lateral) do cilindro está em contacto com o ar ambi-
ente a 25 ºC, sendo de 100 Wm-2ºC-1 o coeficiente de convecção.
a) Admitindo regime permanente e um comprimento infinito, determine a distribuição de tempera-
tura ao longo de pinos idênticos construídos em: a.1) cobre; a.2) liga de alumínio 2024 e a.3)
aço inox AISI 316. Qual é a potência térmica transmitida por cada um deles, nas condições
indicadas? R: Q f = 8,3 W (Cu); 5,6 W (Al 2024); 1,6 W (AISI 316).
b) Para cada um destes casos, qual deverá ser o comprimento do pino (alheta) para que a hipótese
de “alheta de comprimento infinito” conduza a resultados razoáveis de Q f ?
R: L 187 mm (Cu); 126 mm (Al 2024) e 35 mm (AISI 316).
2. A ponteira de um ferro de soldar é constituída por um cilindro de cobre de 6 mm de diâmetro
exterior e 75 mm de comprimento. Admitindo que a extremidade da ponteira deve estar a 200 ºC,
qual deverá ser a temperatura da sua base e a potência térmica que por ela passa? Admita que:
Tar=20 ºC e h=23.5 Wm-2.ºC-1. R: Tb = 222.6 ºC; Q f = 6.35 W.
3. Pretende-se aumentar em 70% a potência térmica dissipada pelas paredes planas metálicas de um
tanque, que contém óleo usado na lubrificação de uma turbina, recorrendo à aplicação de alhetas
na superfície exterior. As alhetas terão 6 mm de espessura e os seus centros distarão 10 cm entre
si, sendo a condutibilidade térmica do metal (do tanque e das alhetas) 276 Wm-1ºC-1. A tempera-
tura das paredes do tanque é 95 ºC e a temperatura atmosférica ambiente é 15 ºC, sendo o coefici-
ente de convecção 34 Wm-2ºC-1.
a) Determinar o comprimento que deverão ter as alhetas (distância raiz-extremidade), admitindo
que, com a aplicação das alhetas: 1) o coeficiente de convecção não se altera; 2) se prevê que
a temperatura da parede do tanque desça para 90 ºC, e 3) se podem desprezar as perdas de calor
pela extremidade das alhetas.
b) Determine o rendimento e a eficácia das alhetas, assim como a eficácia térmica da superfície
com alhetas. R: a) L = 4.5 cm; b) f = 96.5 %; f = 14.56; f =1.8 (teórica)
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Tb=140 ºC Tl
Tv=200 ºC
Qual será a temperatura T lida num termómetro encostado ao fundo da bainha (com resistência
térmica de contacto desprezável), admitindo que é desprezível a condução de calor ao longo do
corpo do termómetro e através da placa do fundo, quando comparada com a condução ao longo
das paredes da bainha. R: T = 194.6 ºC.
5. A temperatura de um gás quente que se escoa numa conduta de aço, arrefecida a água, é indicada
por um termómetro de mercúrio, montado numa bainha cheia de óleo. O termómetro indica 500 K
e o coeficiente de transmissão de calor entre o gás e a bainha é 150 W/m2.K. A condutibilidade
térmica do material da bainha é k=45 W/m.K.
a) Qual a temperatura real do gás? R: Tg = 553.8 K.
b) Qual o efeito, sobre a indicação do termómetro, da alterarão do comprimento da bainha para 25
mm, 75 mm, 100 mm e 150 mm. R: T = 426.2, (500), 532.9, 545.8, 552.6 K
Gás Gás
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delas uma espessura de 6 mm e comprimento de 20 mm.
Qual o aumento na potência térmica dissipada, devido à aplicação de alhetas? Indique a eficácia
térmica da superfície alhetada. R: + 385 % (571 W), i.e., Ef = 4.85.
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9. Para aumentar a dissipação de calor, um dado transístor está inserido numa baínha de alumínio
(k = 200 W/m.ºC), que tem 12 alhetas longitudinais maquinadas na sua superfície exterior. O raio
e a altura do transístor são r1 = 2 mm e H = 6 mm, respectivamente, e
as alhetas têm um comprimento de L = r3 − r2 = 10 mm e espessura uni-
forme de t = 0,7 mm. A espessura da baínha é s = r2 − r1 = 1 mm e a
resistência térmica de contacto na interface baínha transístor é
Rt,c = 10−3 m2.K/W. Sobre o conjunto, por acção de um ventilador, es-
coa-se ar a T = 20 ºC, produzindo um coeficiente de convecção apro-
ximadamente uniforme de h = 25 W/(m2.K).
a) Admitindo condução unidimensional, na direcção radial, desenho um
esquema do circuito térmico equivalente que represente a transmissão de calor desde a superfície
do transístor (r = r1) até ao ar ambiente;
b) Calcule cada uma das resistências térmicas no circuito referido em a). Se a temperatura do invó-
lucro do transístor for T1 = 80 ºC, determine a potência térmica dissipada para o ar pela baínha
com alhetas.
c) Determine o valor do rendimento e da eficácia de cada alheta, assim como a eficácia térmica da
superfície alhetada (baínha com alhetas). R: f = __%; f = ___; f = ___.
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11. Um aquecedor de ar é constituído por 20 tubos de
aço (k = 50 W∙m−1∙K−1), com raio interior
r1 = 13 mm e raio exterior r2 = 16 mm. Cada tubo
tem 25 alhetas longitudinais do mesmo material e Ar : T,e , he
de espessura t = 2 mm (apenas 8 representadas na
figura). Nesta aplicação, as alhetas estendem-se até
Água : T,i , hi
um tubo exterior concêntrico, que possui um raio
interno r3 = 40 mm e está muito bem isolado termi-
camente pelo exterior.
O fluido de aquecimento é água proveniente de uma
caldeira, que se escoa no tubo interior com uma temperatura média de T∞,i = 90 ºC. O ar a ser aquecido é
feito circular no espaço anelar, entre os dois tubos, com uma temperatura média de T∞,e = 10 ºC. Os coefi-
cientes de convecção são hi = 5000 W∙m−2∙K−1, para o lado da água, e he = 200 W∙m−2∙K−1, para o ar
a) determine o valor do rendimento (f ) e da eficácia (f ) de cada alheta, assim como a eficácia
térmica (f ) e o rendimento (f ) globais da superfície com alhetas. Interprete o significado
de cada um dos valores obtidos de cada um destes parâmetros.
b) Calcule o coeficiente global de transmissão de calor (Ui) referido à superfície interior dos tubos;
c) Calcule a potência térmica Q /L [W/m] transmitida ao ar por metro de comprimento do feixe de tubos.
Determine também a temperatura na extremidade das alhetas, TL (em contacto com o tubo exterior).
R: Q /L = 20 x 8,33 kW/m; TL = 32,5 ºC. (f = 59,8 %; f = 7,66; Ui = 1 275 W/m2∙ºC)
12. Numa conduta de 10 cm de diâmetro escoa-se vapor de água sobreaquecido à temperatura média de 315
ºC. Na parede da conduta encontra-se instalada uma bainha metálica (k ≈ 55 Wm-1ºC-1) de 1,5 cm de diâ-
metro e 0,1 cm de espessura, destinada a alojar um sensor para
medir a temperatura do escoamento. A velocidade média do esco-
amento é 20 m/s e estima-se um valor de 105 Wm-2ºC-1 para o
coeficiente de convecção entre o vapor e a bainha. Considerando
desprezável a resistência térmica de contacto entre o sensor e a
extremidade da bainha:
a) Determine qual o comprimento L que deverá ter a bainha para que o erro de medição não seja superior
a 0,5 % da diferença entre a temperatura do vapor e a da parede da conduta. R: L ≈ 14 cm.
b) Se a bainha tiver o comprimento L determinado em a), calcule a potência térmica transmitida da bai-
nha para a parede da conduta, quando esta se encontra a 215 ºC. R: Q = − 11,3 W.
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13. Um termopar é construído com fios de 0.5 mm de diâmetro e tem um comprimento de 5 cm inse-
rido numa câmara de vapor (ver figura). O vapor encontra-
se a 47 ºC e a parede da câmara está a 27 ºC. Os fios do ter-
mopar estão bem separados e directamente expostos ao es-
coamento do vapor, sendo h=100 W/m2.ºC o valor médio do
coeficiente de convecção.
• Calcule o erro de medida da temperatura devido à condu-
ção de calor ao longo dos fios, para os seguintes três tipos
de termopar:
I - EBULIÇÃO
1. O fundo de uma panela de cobre contendo água à pressão atmosférica, com 0.3 m de diâmetro, é
mantido a 118 ºC por um disco eléctrico. Calcule:
a) a potência térmica necessária para ferver água nesta panela;
b) a taxa de vaporização de água nesta panela, resultante do processo de ebulição?
c) O fluxo de calor crítico para estas condições.
58 kW; b) m
R: a) Q /A) 1,26 MW/m2.
92,5 kg/h; c) (Q max
2. Um tubo de cobre, com 4 cm de diâmetro exterior, serve de superfície de aquecimento num pro-
cesso de ebulição de água em piscina, à pressão atmosférica (depósito aberto com água em re-
pouso).
Sabendo que o fluxo de calor transmitido à água é de 1,75 × 105 W por m2 de superfície do tubo,
e considerando regime permanente, determine:
a) a massa de vapor de água produzido durante 1 hora, por metro de comprimento;
b) a temperatura da superfície exterior do tubo. R: a) 35,1 kg/m/h; b) Ts=110,8 ºC.
3. Um varão de cobre polido de 50.8 mm de diâmetro está imerso horizontalmente num depósito
aberto contendo água à pressão atmosférica e à temperatura de saturação. O varão é mantido a 300
ºC. Calcule a potência térmica transmitida, por metro de comprimento do varão, bem como a taxa
de vaporização. R: Q /L = 4 435 W/m.
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4. Uma resistência de aquecimento, revestida por uma bainha metálica de 6 mm de diâmetro e de
emissividade = 0.9, está imersa horizontalmente num banho de água em repouso, à pressão at-
mosférica. A temperatura da superfície metálica é 255 ºC, em condições de regime permanente.
Calcular a potência térmica dissipada por unidade de comprimento do aquecedor.
R: Q /L = 753.8 W/m; m
= 0.333 g/(s.m) 1.2 kg/(h.m)
5. Na superfície exterior de um tubo dá-se a ebulição de água à pressão de 3.3 Mpa. A carga térmica
da superfície de aquecimento é 175 kW/m2.
Calcule a temperatura da superfície exterior do tubo, nas seguintes condições:
a) se a superfície estiver limpa;
b) se a superfície estiver coberta por uma película de óxido, cuja resistência térmica é Rt=7.75x10-
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m .ºC/W. Admita que, devido à rugosidade da película de óxido, o coeficiente de transmissão
de calor na superfície aumenta 2.5 vezes, em comparação com a ebulição na superfície limpa.
c) Represente, esquematicamente, a distribuição radial de temperatura nos dois casos.
R: a) Ts=244.1 ºC; b) T's=254.7 ºC.
7. Numa caldeira a gás, a água está em ebulição sob a acção de gases quentes
que se escoam no interior de tubos de aço inox polido, com 5 cm de diâmetro
exterior e um comprimento total de 50 m de tubos, os quais se encontram
imersos na água. Os tubos estão imersos na água, que está em ebulição à tem-
peratura de 150 ºC.
Considerando que a água não tem agitação ou escoamento forçado, deter-
mine:
a) A potência térmica transmitida pelos gases quentes à água em ebulição;
b) A taxa de produção de vapor (em ton/h);
c) A temperatura Ts da superfície exterior dos tubos correspondente ao
fluxo de calor crítico (ponto de queima) e a real.
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d) O quociente entre o fluxo de calor real, (Q / A) e o fluxo de calor crítico, (Q / A)max .
e) Com base nos resultados de c) e d), refira-se ao regime de ebulição e comente a margem de
segurança do ponto de funcionamento real relativamente ao ponto de queima, em termos do
fluxo de calor e do excesso de temperatura.
R: a) Q =10 865 kW; b) m vap =18,5 ton/h; c) Ts ~ 165 ºC; Ts,crit ~ 166,5 ºC; d) q s / q s ,max ~ 0,684.
II - CONDENSAÇÃO
1. Um tubo horizontal, de 5.08 cm de diâmetro externo, está exposto a vapor de água saturado a 15.76
kN/m2 (abs.) e a sua superfície exterior é mantida a 32 ºC. Calcule:
a) O valor médio do coeficiente de transmissão de calor associado à condensação;
b) A taxa de condensação do vapor, por metro de comprimento do tubo.
=10,7 g/s.m.
R: a) h = 6 889,7 W/m2.ºC; b) m
2. Uma alheta larga vertical, arrefecida por água, é mantida a 90 ºC, quando exposta a vapor de água
saturado à pressão atmosférica. A alheta pode ser considerada como uma placa plana com 30 cm
de altura. Determinar o fluxo de calor retirado ao vapor, assim como a taxa de condensação por
unidade de largura da alheta. /A =104.04 kW/m2; m
R: Q =13.8 g/s.m.
4. Compare a taxa de condensação de vapor em duas configurações (A) e (B) de um mesmo feixe de
tubos horizontais de 2 polegadas de diâmetro exterior, representadas na figura. Os tubos estão
expostos a vapor de água saturado à pressão de 70,14×103 N/m2. A condensação ocorre sobre a
superfície exterior dos tubos, que é mantida a 50 ºC devido ao escoamento de um líquido frio no
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interior dos tubos. Calcule a taxa de condensação por unidade de comprimento do feixe de tubos.
Comente o efeito da simples rotação de 90º.
Notas:
− Admita (i) que o escoamento da película de condensado é laminar; (ii) que a distância entre tubos é
suficiente para que o condensado que deles escorre afecte apenas o escoamento da película sobre os
tubos situados num mesmo plano vertical.
− Note que, para a condensação de película laminar sobre uma coluna vertical de N tubos horizontais, o
coeficiente médio de transmissão de calor pode ser avaliado, aproximadamente, por hN h1 N 0.25 ,
onde h1 se refere à condensação sobre um só tubo horizontal.
(A) (B)
5. Num tubo horizontal, de 5 cm de diâmetro interno e 1.5 m de comprimento, entra vapor saturado
à pressão atmosférica. Calcular a taxa de condensação, sabendo que o caudal mássico de vapor à
entrada é 42.1 kg/h e que a parede do tubo é mantida a 98 ºC.
R: h=12 097 W/m2.ºC; Q =5 700,6 W; m =2.53 g/s 9.09 kg/h (21,6%).
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8. Na figura ao lado encontra-se esquematizado um condensador de tubos
g
horizontais utilizado para a liquefacção de 900 kg/h de vapor saturado
de amónia a 38 ºC. Trata-se de um feixe de 14 tubos de cobre, cada um
com diâmetros interno e externo de 3 cm e 3,8 cm, respectivamente. No
seu interior circula água de refrigeração, que mantém a superfície exte-
rior a 32 ºC.
a) Determine um valor médio para o coeficiente de convecção associ-
ado à condensação e calcule o comprimento necessário para os tu-
bos.
b) Admita agora que o escoamento de água fria dentro dos tubos pro-
''
duz um coeficiente de convecção de 4 kW/(m2.ºC), sendo aí R f,i = 10−4 m2.ºC/W o factor de incrusta-
ção a considerar. Calcule o coeficiente global de transmissão de calor Ue [W/(m2.ºC)] referido à su-
perfície exterior. R: a) hcond 5830,2 W/m2.ºC; L 4,74 m; b) Ue = 1597,3 W/(m2.ºC).
9. Condensa-se vapor de água à pressão de 15,5 kN/m2 à razão de 25 kg/h, na superfície exterior de um tubo
vertical de 56 mm de diâmetro exterior. A variação de temperatura através da película de condensado é de
5 ºC. Calcule:
a) O valor médio do coeficiecnte de convecção associado à condensação; R: a) h = 5876 W/m2.ºC;
b) O comprimento que deverá ter o tubo para garantir aquela taxa de condensação. R: H 3,2 m.
10. Condensa-se vapor de água no exterior de um tubo vertical de 5 cm de diâmetro exterior e 50 cm de altura.
O tubo é de cobre e tem 2 mm de espessura. Sabe-se que o vapor de água saturado se encontra à pressão
atmosférica e que, no interior do tubo, circula um fluido frigorigéneo a uma temperatura média Ti = 20 ºC,
sendo hi 104 W/m2.ºC o coeficiente de convecção na superfície interior do tubo. Determine: Calcule:
a) O valor médio do coeficiente de convecção associado à condensação no exterior;
b) O valor da taxa de condensação nestas condições. R: a) ______; b) _______ (não resolvido).
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Cap. 4 - Permutadores DE CALOR
2. É necessário projectar um permutador de calor de carcaça-e-tubos para aquecer 2.5 kg/s de água
de 15 até 85 ºC. O fluido quente deverá ser óleo de motor que se encontra disponível a 160 ºC, o
qual passará na carcaça, prevendo-se que o coeficiente de convecção entre o óleo e a superfície
exterior dos tubos tenha um valor médio de he=400 W/m2·ºC. A água escoa-se dentro de 10 tubos,
de parede muito fina e 25 mm de diâmetro, que executam 8 passagens na carcaça.
a) Qual deverá ser o caudal mínimo de óleo a fornecer, para que a sua temperatura de saída não
seja inferior a 100 ºC ?
b) Qual deverá ser o comprimento dos tubos ?
(Obs.: Resolva o exercício usando ambos os métodos – DMLT e -NTU – e compare os resultados).
R.: a)- m q =5.19 kg/s; b)- 37.4 m ( 4.7 m/passagem), (hi=3 294 W/m2·ºC).
3. Para efectuar o aquecimento de 1 kg/s de água pressurizada, de 35 para 125 ºC, utiliza-se um per-
mutador de calor de fluxos cruzados, de tubos com alhetas. O fluido quente são gases de combus-
tão, num escoamento exterior e perpendicular aos tubos, sofrendo um arrefecimento de 300 para
100 ºC ao atravessar o permutador. O calor específico (a pressão constante) dos gases de escape é
aproximadamente 1 kJ/kg·ºC e o coeficiente global de transmissão de calor, baseado na área da
superfície do lado dos gases, é Uq=100 W/m2·ºC.
Usando o método –NTU, determine a área de superfície necessária para o lado do fluido quente,
considerando uma passagem única de cada um dos fluidos. (Sugestão: como exercício, resolva o
problema pelo método da DMLT e compare os resultados.) R.: Aq = 39.7 m2
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(Problema do tipo “dimensionamento/projecto de permutador de calor”)
5. O condensador de uma central térmica de produção de energia eléctrica é um permutador de car-
caça-e-tubos, com uma só carcaça e 30 000 tubos, que executam 2 passagens cada um. O vapor de
água condensa a 50 ºC sobre a superfície exterior dos tubos, que têm 28 mm de diâmetro exterior,
1.5 mm de espessura e são de um aço com condutibilidade térmica igual a 55 W/m·ºC. O coefici-
ente de convecção associado à condensação é he = 11 000 W/m2·ºC. Neste condensador é transfe-
rida uma potência térmica de 2×109 W para um caudal total de água de 3×104 kg/s, que circula
dentro dos tubos, onde entra a 20 ºC.
Dado o tempo de serviço deste equipamento, são de considerar os efeitos de possíveis incrustações
na superfície exterior dos tubos. Nestas condições, determine:
a) a temperatura da água à saída do permutador;
b) o comprimento que deverão ter os tubos, por cada passagem na carcaça.
(Nota: Repare que poderá resolver o problema pelos dois métodos: o da –NTU e o da DMLT.)
R.: a)- Tfo = 36 ºC; b)- L = 6.44 m (Ue 2 803,4 W/m2·ºC)
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(Permutadores de calor compactos)
7. Considere-se um permutador de calor compacto, de tubos de secção circular com alhetas anelares,
cujas características geométricas se encontram referidas na Fig. 31. O núcleo do permutador é
construído em alumínio e os tubos têm um diâmetro interior de 13.8 mm.
Numa aplicação de recuperação de calor dos gases de combustão numa caldeira, pretende-se fazer
o pré-aquecimento da água de alimentação, de 15 para 60 ºC, à razão de 10 800 kg/h. A água deverá
passar no interior dos tubos, prevendo-se uma velocidade média de 0.15 m/s do respectivo escoa-
mento forçado e um coeficiente de convecção (interior) de cerca de 1 500 W/m2·ºC. Em escoa-
mento perpendicular, no exterior, passa um caudal de 1.5 kg/s de gases quentes, à temperatura
média de 350 ºC.
Para ter em conta a deposição gradual de fuligens na superfície exterior, dever-se-á considerar um
factor de incrustação de 7·10–4 m2·ºC/W. Sabe-se ainda que a área da secção disponível para ins-
talar o permutador (área frontal ao escoamento dos gases) é 0.2 m2.
Tomando, para as propriedades termofísicas dos gases de combustão à temperatura média de 350
ºC, os valores (v. Tabela da pág. 26): = 0,571 Kg/m3; k = 0,053 W/m·ºC; = 17 × 10–6 N·s/m2 ;
cp = 1 136 J/Kg·ºC e Pr = 0,645 ,
a) calcule o coeficiente global de transmissão de calor, do lado dos gases quentes;
b) determine as temperaturas de entrada e de saída dos gases de combustão no permutador, admi-
tindo como valor médio Tqm = 350 ºC.
c) Quais os valores da área da superfície total de transmissão de calor necessária e do volume que
o permutador ocupará?
d) Qual o número de tubos necessários e qual o comprimento a especificar para cada tubo ?
e) Proponha uma distribuição do número de tubos encontrado na alínea d). Faça uma estimativa
da perda de carga que se prevê para o escoamento dos gases de combustão através do permuta-
dor.
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R.: a) Ue=87.6 W/m ·ºC; b) Tqi=515.5 ºC e Tqo=184.5 ºC; c) Ae=23.34 m2 e V=86.8·10 m3; d) N=135 tubos,
L160 cm; e) 7 colunas de 10 tubos intercaladas com 8 colunas de 9 tubos.
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8. Pretende-se dimensionar um permutador de calor de carcaça-e-tubos, com duas passagens na carcaça e
quatro dos tubos (10 tubos/pass., de 15 mm de diâmetro e de parede fina), destinado a aquecer 5 000 kg/h
de água de 15 ºC até 95 ºC. O fluido quente é também água pressurizada, que circula com um caudal total
de 1 800 kg/h no interior dos tubos, onde entra a 250 ºC. Considera-se que o coeficiente global de transmis-
são de calor é U = 1 500 Wm−2ºC−1.
a) Determine a potência térmica deste permutador, bem como a área de transferência de calor necessária.
b) Determine o valor do coeficiente de convecção no interior dos tubos, hi. Qual deverá ser o coeficiente
de convecção no exterior dos tubos, he, para garantir o valor acima referido de U ?
c) Após 2 anos de serviço sem paragem para manutenção e limpeza, verificou-se que o permutador, para
os mesmos caudais e temperaturas de entrada dos fluidos, já só consegue aquecer a água até 85 ºC.
Determine o valor de um factor de incrustação R´f global [m2ºC/W], que represente o efeito cumulativo
das incrustações nas superfícies interior e exterior dos tubos, responsáveis pelo decréscimo da eficiência
do permutador. Qual a redução percentual de U ?
R.: a) Q =464,8 kW; A=6,27 m2; b) hi=3365 W/(m2.ºC); he=1037,5 W/(m2.ºC);
c) R’f = 6,110-4 m2ºC/W.
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