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Sr Keating, o novo professor conversa com a turma dos atores protagonistas já no lado de fora
da sala:
Um homem muito sincero e conciso pede para que um dos alunos, o Sr. Pitts leia a primeira
estrofe de um poema que em sua síntese dizia sobre o destino final de nós seres humanos que
é a morte e uma frase em latim “carpe diem” que significa aproveite o dia. Logo após o
professor pede para que os alunos se aproximem de uma espécie de mural e murmura em seus
ouvidos “carpe diem”, parafraseando o contexto anterior e com uma proposta de
abrilhantamento e motivação para que os alunos aproveitem todos os dias para que antecipem
sua glória, sucesso na vida.
25:40
Nos não lemos e escrevemos poesia porque é bonito, nós lemos e escrevemos porque
pertencemos a raça humana. Cena que o Sr. Keating pede para rasgar as páginas da introdução
do livro de poemas.
Paixão, poesia, romance, amor é para isso que ficamos vivos. Keating recita uma poesia em sua
fala e expõe que cada um dos alunos têm o poder de conduzir suas vidas, escreverem seu
verso, deixarem seu legado. Então, ele conclui sua fala perguntando para um dos alunos: “qual
seria o seu verso?”, acredito que o ponto de interrogação que deixou na cabeça dos alunos é
uma questão muito mais que motivacional, acredito que seja mais intrínseca, filosófica.
Voltamos a Sócrates, ao nosso “Eu” existencial, que seduz nosso pensamento para conhecer a
nós mesmos, o poder do autoconhecimento que nos leva a essas perguntas: essa é a
verdadeira vida que eu quero ter? Estou no caminho certo?
42:29
Keating ajuda os alunos a enxergarem Shakespeare com outros olhares, de uma forma cômica.
Por ser um professor muito didático e humanizado podemos dizer assim, ele sobe na mesa e
para reforçar seu pensamento em suas aulas, explicita que as coisas podem ser vistas de várias
formas e que não devem se prender as ideias dos autores e sim considerar as próprias ideais
reais, ter o senso crítico das coisas. Com seu discurso sempre motivador, quase que de como
de um autoritário, muito convincente, usa de vários elementos da psicologia para encorajar
seus alunos a se tornarem únicos, com propósitos tangíveis, para acelerarem o processo de
realização seja ela qual for.
46:19
Sr. Anderson, tenta escrever seu poema quando Neil Perry entra no dormitório.
57:50
Todd Anderson, o aluno tímido, mas que com o desenrolar da trama fica cada vez mais nítido a
sua inclinação para a poesia, finalmente desenvolve sua vocação para a poesia com estímulos
dado pelo Sr Keating. Não podemos deixar de citar resquícios de métodos freudianos pelo
inconsciente do senhor Anderson na exata cena em que o professor o gira, recitando assim o
poema. É notável que os atores principais tem objetivos em diferentes áreas da vida e com o
desenrolar do filme vão alcançando-os com os estímulos gerados pelo professor.
1:26:25
Conversa informal onde Perry e Keating conversam com xícaras nas mãos.
Mesmo com obstáculos e dificuldades que Perry têm ao atuar na peça de Shakespeare o poder
da motivação, o desejo de fazer o que o seu “eu interior” o guia para seu objetivo final faz
ultrapassar as barreiras, nesse caso o seu próprio pai. Levando em consideração o poder
paterno, a época que o filme retrata, a situação financeira que sua família se encontra dá razão
ao pai do Sr Neil Perry de querer que seu filho foque na faculdade e não em desvios
disciplinares. Sr Perry, por ser um jovem inteligente, reconhece essa lente de mundo que seu
pai carrega e mesmo assim continua com seu objetivo final de fazer o que sempre quis fazer,
que no caso seria o sonho de atuar.