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006
INTRODUÇÃO
Segundo Mascaró (2003, p. 25), “como regra geral, deve-se escolher a posição e direção
de todas as ruas, de forma a ter declividade suficiente para escoar as águas da chuva”.
Assim, ao longo dos anos, no município e na bacia do arroio da Ronda, vem se
registrando episódios de alagamentos e enchentes (Meneguzzo, 2009).
REFERENCIAL TEÓRICO
PR, pois a combinação das características físicas das localidades, aliada a intensa imperme-
abilização do solo, juntamente com a ocorrência de precipitações intensas pode colaborar
para ocorrências de alagamentos e enchentes ocasionando riscos para a população. Na
cidade de Curitiba, Goudard e Mendonça (2020) concluíram que o histórico de impactos
ligados às precipitações está relacionado a condicionantes como o clima, as condições de
suscetibilidade ambiental e a vulnerabilidade social.
Diedrichs et al. (2009), sobre os efeitos da urbanização nos processos hidrológicos
da bacia do arroio da Ronda, destacaram algumas áreas suscetíveis a enchentes e alaga-
mentos, com intensa impermeabilização do solo e topografia plana.
METODOLOGIA
Área de estudo
Fonte: Instituto de Terras, Cartografia e Geologia do Paraná (ITCG, 1996); Paraná Cidade (2005).
A precipitação média anual da área da bacia hidrográfica está entre 1.600 e 1.800 mm
(Cruz, 2007), marcada pela influência, principalmente das massas de ar: Polar Atlântica,
Tropical Atlântica, Tropical Continental, Equatorial Continental e pelas frentes frias e
frentes quentes.
As temperaturas mais elevadas normalmente apresentam-se nos meses de novem-
bro a março, com temperatura média mensal de 22°C (Nitsche, Caramori, Ricce & Pinto,
2019). No período do inverno, nos meses de junho, julho e agosto, a temperatura média
mensal é 15°C (Meneguzzo, 2009; Nitsche, Caramori, Ricce & Pinto, 2019).
Para determinação do limite da bacia do arroio da Ronda e da sua rede fluvial foi
utilizada a carta topográfica de Ponta Grossa, escala 1:50.000 com equidistância de 20
metros, fornecidas pelo Instituto de Terras Cartografia e Geologia do Paraná (ITCG, 1996;
Folha SG-22-X-C-II-2/MI-2840-2).
Os dados pluviométricos, compreendendo o período de 1980 a 2017, foram forneci-
dos pelo Instituto das Águas do Paraná a partir de dados da estação Santa Cruz, no bairro
Colônia Dona Luiza (-25°20’00”S e -50°15’00”W), no perímetro urbano do município de
Ponta Grossa.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Figura 2: Pluviograma da bacia do arroio da Ronda - Precipitação mensal e anual de 1980 a 2017.
LEGENDA
inverno são relativamente mais secos, a menor média mensal do período foi no inverno,
nos meses de julho com 114, 25 mm e agosto com 84,18 mm. O mês de março de 1998 foi o
mais chuvoso com 497,8 mm, e o mês mais seco foi julho de 2017, com 0 mm. Estes valores
são episódicos, isto é, geralmente ocorrem precipitações em torno de 140 mm em março
e de 120 mm em julho (Nitsche, Caramori, Ricce & Pinto, 2019).
Os meses de dezembro, janeiro e fevereiro apresentaram os índices mais elevados
de pluviosidades em relação à média mensal de chuva para o período, sendo que em
dezembro houve uma precipitação média mensal de 166,89 mm, em janeiro de 181,14
mm e em fevereiro 174,45 mm. Logo, as enchentes são mais frequentes durante a estação
chuvosa do verão, onde o solo tende a manter umidade e possivelmente se tornará menos
permeável para infiltração das águas das chuvas (Zúñiga & Magaña, 2017).
Na bacia do arroio da Ronda há, portanto, a presença de duas estações bem defini-
das, o verão quente e úmido e o inverno que apresenta menor temperatura e pluviosida-
de. Nos sistemas atmosféricos que atuam na região dos Campos Gerais, nos meses mais
quentes, predominam as massas de ar de baixa pressão e grande instabilidade atmosférica,
comportando grande nebulosidade e precipitação elevada. Nos meses mais frios, preva-
lecem as massas de ar de alta pressão e tendem a ter menores temperaturas e estabilidade
atmosférica (Borsato & Souza, 2008; Leite, Adacheski & Virgens Filho, 2011).
A estação do verão é a mais chuvosa pela presença e atuação da Massa Tropical
Marítima (mTm). Segundo Leite, Adacheski e Virgens Filho (2011), esta massa quente e
úmida, se origina no anticiclone do Atlântico Sul e predomina no verão ocasionando chuvas
abundantes. Outro sistema atuante nesta estação é a Massa Tropical Continental (mTc),
quente e úmida, que também provoca chuvas de grande intensidade e curta duração na
área da bacia, propiciando a formação de alagamentos.
A respeito da Massa Polar Continental (mPc), origina-se sobre águas subantárticas,
penetrando no Paraná pelo Oeste e Sudoeste, provocando estabilidade atmosférica na área
da bacia, pois não adquire umidade ao longo de seu trajeto. A predominância desta massa
de ar se dá no outono e inverno, tornando as estações menos chuvosas e com tendência
à ocorrência de baixas temperaturas (Leite, Adacheski & Virgens Filho, 2011). A Figura 3
demonstra o comportamento da precipitação nos anos com ocorrências de alagamento e
enchentes na área de estudo.
Figura 3: Precipitação nos anos com ocorrências de alagamentos e enchentes na bacia do arroio da Ronda
em Ponta Grossa, PR.
O ano de 1998 foi um dos mais chuvosos do período analisado, com grande número
de ocorrências (cinco), ano este marcado pela influência do fenômeno El Niño. Segundo
Moraes, Barbosa Neto e Araújo (2007), de forma simplificada, o El Niño Oscilação Sul
(ENOS) “é um fenômeno de interação oceano-atmosfera, associado às alterações dos pa-
drões normais da TSM (temperatura da superfície do mar) e dos ventos alísios na região
do Pacífico Equatorial, entre a Costa Peruana e a Austrália” (Moraes, Barbosa Neto, &
Araújo, 2006, p. 62).
As consequências do ENOS para a América do Sul estão relacionadas a eventos hidro-
lógicos e climáticos, tanto pelo excesso ou o aumento da temperatura e precipitações, quanto
pela falta de chuva, com as ocorrências da seca nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. O
ENOS pode provocar episódios desastrosos, como os excessos hídricos ocorridos nos anos
de 1982/1983 e 1997/1998 (Moraes, Barbosa Neto & Araújo, 2007; Ferreira et al., 2017) em
grande parte do Sul da América Latina, principalmente na bacia do rio Paraná, provocando
vários episódios de enchentes e inundações, como abordado por Bello et al. (2018).
Portanto, os anos de 1983, 1998 e 2015 mostraram um total anual superior a 2.000
mm e estiveram sob domínio parcial ou total da fase quente do ENOS, como percebido
também por Terassi, Biffi e Oliveira Junior (2019) estudando a bacia do rio Alto Iguaçu,
localizado no estado do Paraná.
Segundo Leite, Adacheski e Virgens Filho (2011), ao analisar a pluviosidade da
cidade de Ponta Grossa entre os anos de 1954 e 2011, a influência da La Niña para esta
área é oposta ao El Niño. Portanto, para a área da bacia, a La Ninã atuou na redução da
precipitação, principalmente nos anos de 1981, 1985, 1988 e 1999.
Assim, dos 37 anos analisados, em 19 deles houve, segundo dados fornecidos pelo
2° Grupamento do Corpo de Bombeiros Ponta Grossa e pesquisas em jornais da Casa da
Memória, 60 ocorrências registradas como alagamentos e enchentes na área de estudo
(Fig. 4). Sendo, portanto, cinco ocorrências na década de 1980, 13 na década de 1990, 24
na década de 2000 e 18 a partir da década de 2010 até 2017.
A maior parte das ocorrências foi registrada no curso superior do arroio da Ronda,
tanto na margem direita quanto na esquerda, sendo muitas delas próximas as nascentes.
Destaca-se uma sequência de ocorrências na margem direita, próxima ou no curso prin-
cipal propriamente dito.
É possível notar que as ocorrências registradas na década de 1980 se localizam nos
bairros Contorno e Ronda. Aquelas registradas entre os anos de 1990 a 2004 estão situadas
nos bairros Contorno, Ronda, Colônia Dona Luiza, Nova Rússia e na área central de Ponta
Grossa. Já as ocorrências mais recentes, entre os anos de 2005 e 2017, estão distribuídas
em quase todos os bairros, exceto no bairro Olarias, que ocupa uma pequena porção a
leste da bacia.
Figura 4: Espacialização das ocorrências de alagamentos e enchentes na bacia do arroio da Ronda entre
1980 a 2017.
Fonte: Jornal Diário dos Campos (1980-2004)1; 2º Grupamento de Corpo de Bombeiros (2005-2017).
O ano de 2009 foi o que registrou maior quantidade de alagamentos (seis). Entretanto,
no ano de 2014, marcado por intensas precipitações e inúmeras ocorrências de inundações
e alagamentos em todo estado do Paraná, não foi registrada nenhuma ocorrência na área
da bacia estudada, ainda que no restante da área urbana do município, neste mesmo ano,
1 Notícias coletadas através do Jornal da Manhã arquivado no acervo de jornais da Casa da Memória de Ponta Grossa. Alguns
dos exemplares pesquisados são:
Jornal da manhã. (1983, maio 20). Temporal destrói casa e faz uma vítima fatal. Acervo de jornais da Casa da Memória de
Ponta Grossa (PR), p. 24.
Jornal da manhã. (1983, maio 21). Família morre soterrada no Arroio da Ronda: 8 mortos. Acervo de jornais da Casa da
Memória de Ponta Grossa (PR), p. 1.
Jornal da manhã. (1996, março 19). Temporal deixa mais de 100 desabrigados em Ponta Grossa. Acervo de jornais da Casa
da Memória de Ponta Grossa (PR), C-8.
Jornal da manhã. (1998, março 31). Prefeito declara hoje estado de emergência. Acervo de jornais da Casa da Memória de
Ponta Grossa (PR). A-3.
Fonte: Jornal Diário dos Campos/ Casa da Memória de Ponta Grossa (1980-2004); 2º Grupamento de
Corpo de Bombeiros de Ponta Grossa (2005-2017).
Fonte: Jornal Diário dos Campos/ Casa da Memória de Ponta Grossa (1980-2004); 2º Grupamento de
Corpo de Bombeiros de Ponta Grossa (2005-2017).
quando houve chuvas frequentes e concentradas (dias 20 e 21) com índices, respectiva-
mente, de 34 e 35 mm.
De acordo com Conti (2011) e Teixeira (2004), para um evento de precipitação ser
considerado como extremo, deve ocorrer uma acumulação de precipitação igual ou superior
a 50 mm em 24 horas. A partir desta quantidade de chuva, pode ser verificado algum tipo
de impacto em áreas urbanizadas ou densamente urbanizadas (Monteiro & Zanella, 2017).
Na bacia do arroio da Ronda foram registrados 30 eventos de precipitação extrema,
que causaram muitas perdas e prejuízos para os moradores nos diferentes bairros afetados,
de acordo com notícias veiculadas pelo Jornal da Manhã2. Segundo Monteiro e Zanella
(2017, p. 140), os eventos extremos são considerados “como aqueles episódios de chuva
em que ocorrem danos materiais, humanos (morte ou desabrigo) e econômicos de grande
importância, nos quais vulnerabilidade e resiliência assumem um importante papel na
análise do evento extremo”.
Em 18 de março de 1996, um temporal com precipitação de 81,6 mm causou muitos
estragos na cidade de Ponta Grossa (ocorrência 7), causou alagamentos por toda a cida-
de, inclusive na bacia do arroio da Ronda. Foi noticiado que mais de 100 pessoas ficaram
desabrigadas em apenas 24 horas (Jornal da Manhã, 1996). Outro evento de precipitação
extrema foi quando choveu mais de 200 mm em 30 de março de 1998 (ocorrências 10, 11,
12 e 13), este fato fez com que a prefeitura municipal de Ponta Grossa e a Defesa Civil do
Paraná declarassem estado de emergência (Jornal da Manhã, 1998).
Calvetti et al. (2006) estabeleceram classes de intervalos de intensidade de precipi-
tações de acordo com o volume de precipitação ocorrida em 24 horas. Esta classificação
foi realizada para os diferentes volumes pluviométricos registrados na bacia do arroio da
Ronda entre 1980 a 2017 (Quadro 1). A classificação consiste em registro de precipitações
consideradas: chuvisco (0,1 a 0,5 mm), fraca (0,5 a 10 mm), moderada (10 a 25 mm), forte
(25 a 50 mm) e extrema (>50 mm). No período analisado, em dias que apresentaram pre-
cipitação, a classe mais frequente foi a ‘fraca’, ou seja, foram registrados 2.215 dias com
chuvas que não ultrapassaram 10 mm diários. Na classe ‘moderada’ foram registrados
1.214 dias, enquanto na classe ‘forte’, 634 dias. As chuvas ‘extremas’ foram registradas em
menor número na bacia, apenas em 176 dias.
Quadro 1: Classificação de intensidade de chuvas para precipitação máxima em 24 horas.
Classes Intensidade Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Total
Dias sem
0 mm 616 655 743 866 866 877 910 937 810 757 768 687 9492
chuva
0,1 a 2,5 Chuvisco 62 38 43 27 34 30 27 21 30 27 25 41 405
2,5 a 10 Fraca 278 254 227 156 134 125 109 121 161 198 198 254 2215
10 a 25 Moderada 133 156 101 77 77 86 72 65 96 111 122 118 1214
25 a 50 Forte 72 61 55 46 50 46 41 25 66 66 48 58 634
> 50 Extrema 18 14 9 6 17 14 19 9 15 18 17 20 176
Fonte: Instituto das Águas do Paraná (1980-2017); Adaptado de Calvetti et al. (2006).
2 Dentre estas perdas na área da bacia do arroio da Ronda, pode-se citar a fatalidade de nove pessoas mortas durante uma
tempestade na madrugada do dia 20 para o dia 21 de maio de 1983, quando em apenas 24 horas choveu 144, 9 mm . Uma
pessoa foi vítima de enchente (Jornal da manhã, 1983a) e outras oito pessoas da mesma família foram vítimas de soterramen-
to por deslizamento de terra (Jornal da manhã, 1983b).
Para precipitações consideradas ‘chuvisco’ e ‘fracas’, ou seja, com até 10 mm, os meses
de janeiro e dezembro são dominantes. Janeiro apresentou 62 dias com chuvisco e 278 na
classe fraca, enquanto dezembro apresentou 41 dias e 254 dias respectivamente. Segundo
Leite, Adacheski e Virgens Filho (2011), sob a perspectiva hidrológica as chuvas de até 10
mm possuem pouco impacto e auxiliam na regulação da umidade do solo, contribuindo
com um pequeno volume de escoamento superficial no sistema de drenagem urbana.
Na classe moderada, os meses que apresentaram maiores registros foram janeiro
e fevereiro, com 133 e 156 dias, respectivamente. Os meses que mais apresentaram pre-
cipitações classificadas como fortes foram janeiro, setembro e outubro, com 72 e 66 dias.
A classe precipitação extrema foi a que registrou as menores quantidades, destacando-se
apenas os meses de julho e dezembro, com 19 e 20 dias.
Apesar de o inverno no Sul do Brasil ser uma estação menos chuvosa, ele também
apresenta dias de chuva forte e extrema. De acordo com Borsato e Collischonn (2017), essas
chuvas podem estar relacionadas à evolução dos sistemas frontais, principalmente pela
Frente Polar Atlântica (FPa). Também podem estar associadas a Massa Polar Atlântica
(mPa) que devido ao “seu deslocamento em direção aos trópicos, gera condições neces-
sárias para a ocorrência de chuvas” (Galvani & Azevedo, 2012, p. 9).
Durante a estação chuvosa, a classe predominante foi a chuva fraca, como já notado
por Leite, Adacheski e Virgens Filho (2010). No entanto, a maioria dos dias de precipita-
ção extrema concentra-se justamente nesta estação, chuvosa, entre os meses de setembro
e fevereiro.
Quando analisadas as ocorrências de alagamentos e enchentes por bairros, locali-
zados na área da bacia (Fig. 8), é possível verificar que o bairro Contorno é o que possui
maior número de ocorrências (17), seguido dos bairros Nova Rússia (9), Ronda (9), Oficinas
(8) Colônia Dona Luiza (8), Centro (6), Estrela (3). Estas áreas possuem a característica de
terem uma urbanização consolidada e acentuada, principalmente nos bairros Nova Rússia
e Oficinas.
Figura 8: Ocorrências de alagamento e enchentes por bairro da bacia do arroio da Ronda em Ponta
Grossa, PR.
Fonte: Jornal Diário dos Campos/ Casa da Memória de Ponta Grossa (1980-2004); 2º Grupamento de
Corpo de Bombeiros de Ponta Grossa (2005-2017).
analisados, e apresentam como característica, áreas pouco declivosas, entre 3 a 8%, sendo
os menores valores na área de estudo.
Nascimento (2008) ao estudar o espaço e as desigualdades em Ponta Grossa, revelou
que este espaço urbano é amplamente segregado e fragmentado em áreas que abrigam
pessoas de diferentes graus de inclusão e exclusão social. De acordo com o mesmo autor os
locais ocupados por populações com carência socioeconômica na cidade de Ponta Grossa
estão situados em sua grande maioria na margem de ferrovias, em locais próximos a sistemas
de rede elétrica de alta tensão, em encostas de altas declividades e às margens dos cursos
de água que perpassam a área urbana. Neste sentido, Schuster e Piovezana (2015) analisaram
a espacialização das ocupações em área de risco na bacia do arroio da Ronda e concluíram
que as ocupações destas áreas ocorrem nas margens dos cursos de água, justamente nas
vias do bairro Contorno que registraram várias ocorrências de alagamentos e enchentes.
Outras áreas de risco apontadas por Schuster e Piovezana (2015) são as localizadas
nas cabeceiras dos afluentes do arroio da Ronda, como o arroio do Padre no bairro Estrela
e o arroio do Autódromo no bairro Oficinas. A topografia desses locais é plana, com va-
lores de até 8% de declividade, além de abranger a planície de inundação dos afluentes.
Segundo Tucci (2003), quando a urbanização é espontânea e a ocupação das áreas ocorre
sem um adequado planejamento espacial, um dos problemas a surgir pode ser a ocupação
das áreas de risco a enchentes, em áreas muito planas, ou suscetíveis a deslizamentos de
terra em áreas muito declivosas.
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
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