terra em Torto Arado O AUTOR (ITAMAR VIEIRA JÚNIOR) 1. Itamar Rangel Vieira Júnior, nasceu em Salvador, em 6 de Agosto de 1979, é Graduado e Mestre em
Torto Geografia pela Universidade Federal da Bahia,
também é doutor pela mesma universidade, na área de estudos étnicos e africanos.
Arado 2. A OBRA (TORTO ARADO)
O romance foi publicado primeiro em Portugal
pela editora LeYa, onde venceu uma premiação em 2018, e em 2019 foi publicado no Brasil pela editora Todavia. • O livro contém 272 páginas e se subdivide em três seções: Fio de corte; Torto arado e Rio de sangue.
3. TEMÁTICAS
Retrata o sertão brasileiro e a seca;
O latifúndio, o trabalho servil; A violência; Misticismo, religiosidade e ancestralidade Belonísia e a Terra Uma mulher negra e sertaneja, “que desafiava a força” (VIEIRA JUNIOR, 2019, p. 117)
O “dono” da Fazenda de Água Negra sempre
tratava de lembrar aos trabalhadores da comunidade “para que não criassem nenhum vínculo com o espaço”
A terra atravessa a vida das mulheres de Água
Negra de uma maneira única, (singular e plural), cada uma tendo sua relação com a terra que vive, construindo suas narrativas por suas subjetividades e partilhando suas experiencias no campo sem se intimidar. Belonísia admirava quando seu pai “se deitava sobre a terra com o ouvido voltado para seu interior, para decidir o que usar, o que fazer, onde avançar, onde recuar” (VIEIRA JUNIOR, 2019, p. 100). Conhecendo a terra Na cultura Africana existe o parentesco original entre o homem e a natureza. Um dos fundamentos da arte de viver do Africano é a “participação” ou a comunhão profunda com a Natureza. E um dos sentidos profundos dos Africanos é estabelecer como última meta: fazer da natureza um espaço de residência humana e de cultura, para viver de maneira durável, harmoniosa e em equilíbrio. [...] quanto mais criticamente se exerça a capacidade de aprender tanto mais se constrói e desenvolve o que venho chamando ‘curiosidade epistemológica’, sem a qual não alcançamos o conhecimento cabal do objeto (Freire, 2001, p.27). Canto das Três Raças -Clara Nunes Ninguém ouviu E de guerra em paz Um soluçar de dor De paz em guerra No canto do Brasil Todo o povo dessa terra Quando pode cantar Um lamento triste Canta de dor Sempre ecoou Desde que o índio guerreiro E ecoa noite e dia Foi pro cativeiro É ensurdecedor E de lá cantou Ai, mas que agonia O canto do trabalhador Negro entoou Esse canto que devia Um canto de revolta pelos ares Ser um canto de alegria No Quilombo dos Palmares Soa apenas Onde se refugiou Como um soluçar de dor Fora a luta dos Inconfidentes Pela quebra das correntes Nada adiantou Referências DOMINGOS, Luis Tomas. A VISÃO AFRICANA EM RELAÇÃO À NATUREZA. ANAIS DO III ENCONTRO NACIONAL DO GT HISTÓRIA DAS RELIGIÕES E DAS RELIGIOSIDADES – ANPUH -Questões teórico-metodológicas no estudo das religiões e religiosidades. IN: Revista Brasileira de História das Religiões. Maringá (PR) v. III, n.9, jan/2011. . Disponível em http://www.dhi.uem.br/gtreligiao/pub.html
MARTINS, Leda Maria. “Performances da oralitura: corpo, lugar da memória”. Letras:
Língua e Literatura: Limites e Fronteiras, Santa Maria, UFSM, n. 26, jun. 2003.