Matrícula: 190043393 Disciplina: Administração Rural e Comercialização Agrícola - TA
ANÁLISE DE SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS
SOUZA, J. P. ; AVELHAN, B. L. . Aspectos conceituais relacionados à análise
de Sistemas Agroindustriais. Caderno de Administração (UEM) , v. 17, p. 47-62, 2009.
Os autores José Paulo de Souza e Bruna Liria Avelhan introduzem o artigo
“Aspectos conceituais relacionados à análise de sistemas agroindustriais” com um resumo que cita que o objetivo do mesmo é a apresentação dos conceitos teóricos aplicados ao estudo dos Sistemas Agroindustriais (SAG). O sistema agroindustrial (SAG) é definido como a dependência entre diferentes agentes, desde as indústrias de insumos até o sistema de distribuição. A partir dessa ótica surgiram dois enfoques para analisar o SAG e diversas abordagens para explicar e orientar ações dentro dos mesmos. Assim, a Nova Economia Institucional (SAG) surgiu pra auxiliar no entendimento dessas relações. No tópico sobre o sistema agroindustrial é citado novamente que se trata da visão de um todo e que as instituições e organizações que as compõem são essenciais para proporcionar suporte às atividades produtivas. Apesar dessa ótica sistêmica, para o estudo dos SAGs é importante a formulação de estratégias durante todo o processo de produção. Para isso, a literatura indica dois enfoques: o enfoque norte-americano, do Sistema de Commodities (CSA) que enfatiza a coordenação e o conceito francês de Cadeia (Filière) Agroalimentar que aborda as relações tecnológicas. A Nova Economia Institucional (NEI), segundo tópico do artigo, tem como originador Ronald Coase, um autor que introduziu o conceito de firma moderna, servindo como base para a Nova Economia. Pra Coase, a firma é caracterizada por relações por meio de contratos e que as negociações entre esse sistema de relações possuem custos, conhecidos como custos de transação. E tem o objetivo de “produzir um bem final”. Ainda sobre o tópico sobre a Nova Economia, o autor criou subtópicos que abrangem mais sobre a mesma. O primeiro se trata dos atributos das transações que se distinguem pela frequência que está relacionada ao número de vezes que são realizadas transações em determinado período, incerteza que está associada a eventos não previsíveis e especificidade de ativos que se trata da perda de algum lado da transação. E o segundo se trata do comportamento dos agentes que são destacados os aspectos da racionalidade limitada e o oportunismo. Um outro tópico se trata das estruturas de governança e a coordenação que é descrito como o poder de mando ou de estabelecer regras para os membros. Nos contratos, as condições e compromissos são explícitos, assim cabe a governança coordená-los. O controle sobre as transações depende da especificidade dos ativos. A coordenação de forma híbrida foi bastante abordada pelo autor. E o último tópico abordado o autor cita a agricultura como uma área que possui diversas relações contratuais envolvendo os integrantes dos SAGs. Ele ainda menciona o quão valiosos são os contratos e que dependem da completude dos mesmos. Outro aspecto mencionado se trata da estrutura entre o principal que seria quem delega tarefas e o agente que atua de acordo com os interesses do principal. Quando há assimetria de informações ou divergência de interesses a dificuldade aumenta entre essa estrutura. Assim, é viável que haja um conjunto de incentivos e controles de baixo custo. Em suma, o autor aborda bem o que foi proposto em sua introdução. Além disso, ele se embasou em diversos autores que deram ainda mais credibilidade as suas definições. Porém, acredito que ele poderia ter dado mais exemplos e utilizado mais ilustrações como mapas mentais para um melhor entendimento.
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