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TEXTO 1: ARTIGO IV
[...] 2. Nenhum ato ou atividade que tenha lugar, enquanto vigorar o presente Tratado, constituirá base para proclamar, apoiar ou contestar
reivindicação sobre soberania territorial na Antártida. Nenhuma nova reivindicação, ou ampliação de reivindicação existente, relativa à
soberania territorial na Antártida será apresentada enquanto o presente Tratado estiver em vigor.
BRASIL. Decreto nº 75.963, de 11 de julho de 1975. Tratado da Antártida. Brasília, 11 jul. 1975. Disponível em https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1970-1979/d75963.htm Acesso em 13 maio 2023.
Países que reivindicam soberania na Antártida. In. BBC News Brasil. 05 jan. 2021. Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/geral-55476499 Acesso em 13 maio 2023
Relacionando as informações do mapa e o fragmento do artigo IV do Tratado da Antártida, infere-se que a questão da soberania sobre esse
continente está
02. O Estado é o principal componente do amplo fenômeno personificado da interação internacional. Como peça-chave na relação sujeito-
objeto, o Estado tem centralidade e prerrogativas unívocas que o distingue, de forma pontual, de outros atores internacionais. Não se pode
conceber o estudo do Estado (estatologia) sem sua relação direta com o poder (cratologia). Na verdade, Estado e poder se confundem em
sua lógica própria e intrínseca de cientificidade da política internacional. O Estado é meio e fim; o Estado é agente e paciente dos objetos
complexos da vida externa e interna. O Estado nacional é criação relativamente recente no amplo dínamo histórico da humanidade. O
Estado foi forjado na violência e, como tal, representa a priori a lógica de manifestação e materialização das forças sociais de profundo e
longo alcance.
Livro Teoria das Relações Internacionais
a) os Estados são os entes mais importantes nas Relações Internacionais, pois de forma abstrata, desvinculando de suas políticas de
sobrevivência suas ideologias, garantem amplo debate mesmo que contraditório de suas práticas.
b) os Estados são os entes norteadores principais em termos de estática e dinâmica das Relações Internacionais e são produtos de um largo
momento de transição entre as práticas medievais para as humanísticas iluministas.
c) à luz da globalização contemporânea, os Estados encontram-se fragilizados, a ampla militância pela relativização das fronteiras e
ampliação das políticas de Estado mínimo exigem um repensar sobre o papel dos Estados nas Relações Internacionais.
d) a involução e inércia dos Estados quanto a garantia da paz e do humanismo é clara e perceptível nos grandes conflitos do século XX e na
luta contra o terrorismo no século XXI. As relações internacionais, são relativizadas frente às demandas de grandes conglomerados
oligopolistas.
e) o Estado representa uma construção artificial e arbitrária, sem base jurídica ou reconhecimento por outros Estados. Sua existência é
decorrente de acordos informais entre líderes políticos, sem uma estrutura formal ou legal para respaldá-lo.
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03. Leia o texto a seguir.
ONU: 2022 pode ser o ano mais mortal para palestinos na Cisjordânia
(atualizado: 15:09 29.10.2022)
O aumento de mortes ocorre enquanto as Forças de Defesa de Israel (FDI) pressionam a população com operações de prisão generalizadas
após uma série de ataques contra as instalações do Exército israelense. O enviado da Organização das Nações Unidas para o Oriente Médio
disse que 2022 está a caminho de ser o ano mais mortal para os palestinos na Cisjordânia desde que a ONU começou a rastrear as mortes,
em 2005. Wennesland, enviado da ONU, lamentou que em outubro "viu um aumento na violência fatal" que tem o ano de 2022 a caminho
de ser o mais mortal na Cisjordânia. Mais de 125 palestinos foram mortos em incidentes violentos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental
este ano. As Forças de Defesa de Israel dizem que o Estado israelense "está sob terror". As FDI sustentam que desde o início deste ano,
houve mais de 4 mil ataques de "terroristas palestinos perpetrados contra israelenses".
https://sputniknewsbrasil.com.br/20221029/onu-2022-pode-ser-o-ano-mais-mortal-para-palestinos-na-cisjordania-25640852.html
As tensões entre Israel e Palestina tem aumentado por fatores dentre os quais podemos destacar
04. A China que se consolidou como protagonista econômica dentro do cenário mundial não é a mesma de meados do século XX quando o
país ascendeu ao socialismo. Apesar de manter uma política centralizada, muitas mudanças ocorreram dentro do aspecto econômico. A
partir desse entendimento, podemos afirmar que foi
a) durante o governo de Deng Xiaoping que o país asiático promoveu ações econômicas liberais, mesmo que guiadas pela tutela estatal.
b) apenas durante a década de 1970 que Mao Tsé-Tung criou condições para que a China tornasse o sistema socialista mais flexível.
c) o Partido Comunista Chinês, representado pelo então líder Deng Xiaoping, que adotou o dólar como moeda recorrente, tornando a China
um país neoliberal.
d) no mandato de Mao Tsé-Tung que a China criou as Zonas Econômicas Especiais, voltadas para o capital internacional e se abriu ao
comércio estrangeiro.
e) Deng Xiaoping o responsável por consolidar o socialismo chinês, com base marxista, criando as chamadas Zonas Econômicas Especiais.
05. Com as mudanças na ordem geopolítica e na economia mundial a partir dos anos 2000 os países em desenvolvimento denominado de
Brics passaram a sediar grandes eventos esportivos, como as Olimpíadas e a Copa do Mundo. Conforme destacou Pascal Boniface, "o esporte
é o espelho do mundo” e também instrumento de poder.
SILVA, E. S.; GOMES, M. T. Os BRICS e a organização de megaeventos esportivos na ordem mundial pós-guerra fria. In. Revista GeoUECE, v. 10, n. 19, 2021. p. 21 Disponível em
https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/7498 Acesso em 11 maio. 2023
06. O Parlamento de Israel aprovou nesta quinta-feira (19/07) uma controversa lei que define o país como o Estado do povo judeu.
Legisladores árabes criticaram a legislação como racista, afirmando que ela legaliza o "apartheid" no país.
Aprovada por 62 votos a 55, após um intenso debate, a lei "Estado-nação" protege a identidade judaica de Israel, denominada de "lar
nacional" do povo judeu.
A nova lei afirma que "Israel é a terra natal histórica do povo judeu", ao qual é atribuído o direito exclusivo à autodeterminação. "Jerusalém
unificada" é declarada a capital de Israel.
Disponível em: https://www.dw.com/pt-br
a) estão em Guerra desde 1914, com o início da Primeira Guerra e a consequente criação do Estado judeu.
b) apresentam desentendimentos históricos e os muçulmanos reivindicam a cidade de Jerusalém.
c) são áreas de exploração de petróleo, motivo que gera interesses por parte dos palestinos.
d) não aceitam a determinação territorial estabelecida durante a Segunda Guerra, quando Israel se tornou refúgio judeu.
e) ficam em uma zona estratégica de exportação, disputada por árabes e judeus.
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07. Quebec é uma das dez províncias canadenses. É a maior província do Canadá e a segunda mais populosa do país, com cerca de 24% da
população total.
https://www.maptrove.ca/info/where/canada/quebec
A província sempre enfrentou um movimento separatista, fato que é uma herança colonial, pois
a) na província existe uma forte cultura francesa, fato incomum no restante do Canadá.
b) com a criação do Nafta, a população de Quebec passou a emigrar em direção aos Estados Unidos.
c) Montreal, principal cidade e a capital do país, desfruta de uma grande autossuficiência.
d) grande parte da população da província fala a língua inglesa e lutava para ser anexada aos Estados Unidos.
e) foi dominada pelos ingleses ainda no século XV, fato que fortaleceu o idioma nessa parte do país.
08. Dizem que, na China, quem realmente odeia alguém lança contra ele a seguinte maldição: “Que você viva em tempos interessantes!”.
Em termos históricos, os “tempos interessantes” foram períodos de inquietação, guerra e luta pelo poder em que milhões de inocentes
sofreram as consequências. Hoje, claramente nos aproximamos de uma nova época de tempos interessantes. Depois de décadas de Estado
do bem-estar social, nas quais os cortes financeiros se limitaram a breves períodos e se basearam na promessa de que logo tudo voltaria ao
normal, entramos num novo período em que a crise econômica se tornou permanente, simplesmente um estilo de vida.
ZIZEK, S. Vivendo o fim dos tempos. São Paulo: Boitempo, 2012.
A existência de “tempos interessantes” nos dias atuais, aos quais o autor se refere no texto, pode ser evidenciada
a) no atual contexto de capitalismo solidário, no qual a problemática ambiental internacional tem direcionado investimentos para as nações
mais pobres.
b) na conjuntura de aproximação entre nações do “Sul” global, dentre elas a China e a Rússia, o que não encontra oposição ou desconfiança
das potências ocidentais.
c) na bipolaridade existente, revelando o retorno da Guerra Fria, desta vez entre o capitalismo norte-americano e o comunismo chinês.
d) no prolongamento da crise mundial, as guerras que se espalham, o aprofundamento da desigualdade e a crise climática.
e) na falência das Nações Unidas em conseguir consolidar um projeto de união entre os países, evidenciado pelo fracasso nas negociações
do Acordo de Paris.
09. O que sabemos com certeza é que, para muito além do coronavírus, há uma guerra comercial entre a China e os EUA, uma guerra sem
quartel que, como tudo leva a crer, terá de terminar com um vencedor e um vencido. Do ponto de vista dos EUA, é urgente neutralizar a
liderança da China em quatro áreas: a fabricação de celulares, as telecomunicações de quinta geração (inteligência artificial), os automóveis
elétricos e as energias renováveis.
SANTOS SOUZA DE, B. A cruel pedagogia do vírus. São Paulo: Boitempo, 2021.
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10. Há um só grito: eles roubam nosso trabalho, eles mudam nosso estilo de vida. Isso produzirá uma demanda por governos mais fortes e
homens mais fortes, que “impeçam essa gente”, quem quer que seja “essa gente”. Eles falarão de economia, mas a essência de seu negócio
é outra: é a raiva. É uma grande fonte de energia que está em pleno desenvolvimento no mundo inteiro”.
EMPOLI, G. Os engenheiros do caos. São Paulo: Vestígio, 2019.
11. De modo geral, o crescente poder econômico dos países asiáticos os torna cada vez mais imunes às pressões ocidentais no que se refere
aos direitos humanos e à democracia. Em 1994, Richard Nixon comentou que, "atualmente, o poder econômico da China torna imprudentes
sermões dos Estados Unidos sobre direitos humanos. Dentro de uma década, ele os tornará irrelevantes. Dentro de duas décadas, os tomará
risíveis". Entretanto, quando se chegar a essa altura, o desenvolvimento econômico chinês bem pode tornar os sermões ocidentais
desnecessários.
Livro O choque de Civilizações – Samuel Huntington
Sobre o crescimento econômico asiático e as transformações na economia e sociedade desses países, pode-se afirmar que
Ao analisarmos os alinhamentos e votos em resoluções junto às Nações Unidas do Sudão na última década, podemos constatar que os
conflitos no país tem como principal fator no campo das relações e interesses internacionais