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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA
CURSO: ENGENHARIA DE ALIMENTOS
DISCENTE(S): ANA CLARA ROCHA DA GAMA E LAERCIO BARBOSA DA
CRUZ
13/04/2023

Problemas ambientais e a produção de Farinha de mandioca

Feira de Santana-Ba
INTRODUÇÃO

A mandioca é uma cultura amplamente cultivada em todo o Brasil, sendo valorizada por sua
rusticidade e capacidade de tolerar condições de solo adversas, como seca e baixa fertilidade.
Por essa razão, é uma cultura importante para pequenos produtores rurais em áreas com solos
de baixa fertilidade. Apesar disso, a mandioca também é amplamente utilizada na indústria
alimentícia, tanto para consumo in natura como para a produção de uma variedade de
produtos, como farinha, beijus, polvilho e outros.

Nas regiões Norte e Nordeste do país, a mandioca é um alimento fundamental para a


população, com mais de 90% das raízes consumidas na forma de farinha, beijus, polvilho e
outros produtos derivados da raiz e das folhas. Nessas regiões, a produção de farinha de
mandioca é especialmente significativa, com um alto consumo per capita.

Embora seja uma cultura importante e valorizada, a produção de mandioca também pode
apresentar desafios, como a erosão do solo causada por práticas agrícolas inadequadas, o uso
excessivo de agrotóxicos e o desmatamento.

Uma comunidade fictícia localizada em uma região Nordeste do Brasil, é composta


principalmente por pequenos produtores rurais que cultivam mandioca para produção de
farinha. A área possui solos pouco férteis e o cultivo da mandioca é uma das principais fontes
de renda para a população local. Esses são os principais impactos ambientais provocados por
aquela plantação:

1. Desmatamento: A produção de farinha de mandioca pode levar ao desmatamento de


áreas florestais para o plantio de mandioca.

2. Erosão do solo: O processo de extração da mandioca pode causar erosão do solo,


devido à remoção da camada superficial do solo para a obtenção da raiz.

3. Poluição da água: O uso de agrotóxicos na plantação de mandioca pode contaminar os


rios e as nascentes de água próximas, afetando a qualidade da água.

4. Emissão de gases de efeito estufa: A produção de farinha de mandioca pode contribuir


para a emissão de gases de efeito estufa, principalmente devido ao processo de
secagem da mandioca, que pode ser realizado utilizando fontes de energia fóssil.

5. Dispersão de resíduos: A produção de farinha de mandioca pode gerar resíduos sólidos


que, se não forem adequadamente gerenciados, podem contaminar o solo e a água.

Dentre os problemas ambientais associados à produção de farinha de mandioca, a erosão do


solo é um dos mais relevantes, isso porque a erosão do solo pode afetar diretamente a renda
dos produtores e a economia local, tornando-se um problema social e econômico, em resumo
estudar a erosão do solo na produção de farinha de mandioca é essencial para garantir a
continuidade da produção agrícola e o bem-estar das comunidades rurais. A erosão do solo é
um processo natural que pode ser agravado pela atividade humana, levando à perda de
nutrientes, redução da fertilidade do solo, compactação, além de afetar negativamente a
biodiversidade e o ecossistema local. A produção de farinha de mandioca pode contribuir para
a erosão do solo por meio do desmatamento, do manejo inadequado dos resíduos da
produção, do uso excessivo de agrotóxicos e do plantio em áreas inadequadas. Portanto, é
essencial estudar e desenvolver soluções para minimizar os impactos ambientais gerados pela
produção de farinha de mandioca, especialmente no que se refere à erosão do solo. Neste
estudo, serão aprofundados os problemas ambientais relacionados à produção de farinha de
mandioca, com ênfase na erosão do solo, visando identificar as principais causas e impactos .

COMO OCORRE A EROSÃO DO SOLO NA PRODUÇÃO DE FARINHA DE MANDIOCA:

A erosão do solo é um processo natural que ocorre quando a água da chuva e o vento
removem as partículas do solo, levando à sua degradação. Na produção de farinha de
mandioca, a erosão do solo pode ocorrer devido a diversas práticas inadequadas de manejo do
solo, como a queima da palha da mandioca e a capina manual, que removem a cobertura
vegetal do solo e aumentam sua vulnerabilidade à erosão.

No estudo de caso apresentado, é possível perceber que a comunidade fictícia cultivadora de


mandioca para produção de farinha sofria com problemas de erosão do solo. Dentre as
principais causas desse problema estava a prática de queimadas para ajudar no descasque da
raiz e a colheita inadequada da mandioca.

As queimadas são uma prática comum em muitas áreas rurais do Brasil e são utilizadas para
facilitar o descasque da mandioca, pois reduzem a quantidade de folhas e galhos da planta,
tornando-a mais fácil de ser descascada. No entanto, essa prática pode causar a degradação do
solo e contribuir para a erosão, já que a camada superficial do solo é destruída pelo fogo,
expondo as camadas mais profundas a agentes erosivos, como a água e o vento.

Além disso, a colheita inadequada da mandioca também pode contribuir para a erosão do
solo. Quando a mandioca é retirada do solo de forma incorreta, é comum que as raízes sejam
danificadas e que haja a exposição do solo, aumentando a suscetibilidade à erosão.

A queima da mandioca é uma prática comum na produção de farinha de mandioca, que


consiste em remover a cobertura vegetal do solo após a colheita. Essa prática aumenta a
exposição do solo à ação da chuva e do vento, acelerando o processo de erosão. Além disso, a
queima da mandioca libera gases tóxicos na atmosfera, contribuindo para a poluição do ar.

A capina manual também pode contribuir para a erosão do solo. Quando a cobertura vegetal é
removida do solo, a camada superficial fica exposta à ação da chuva e do vento, aumentando a
vulnerabilidade à erosão. Além disso, a capina manual pode levar à compactação do solo, o
que reduz a infiltração da água no solo e aumenta o escoamento superficial.

Além da prática de queimadas e da colheita inadequada da mandioca, também foi identificado


o uso excessivo de agrotóxicos e o desmatamento como fatores que contribuíam para a erosão
do solo na produção de farinha de mandioca.

O uso excessivo de agrotóxicos pode afetar a saúde do solo e dos seres vivos que nele
habitam, além de contaminar rios e nascentes, prejudicando a fauna e a flora local. Além disso,
o uso indiscriminado de agrotóxicos pode contribuir para o desenvolvimento de pragas
resistentes, o que pode tornar a produção agrícola ainda mais difícil e onerosa.

Já o desmatamento é uma prática que afeta diretamente a cobertura vegetal do solo,


tornando-o mais vulnerável à erosão causada por chuvas intensas ou ventos fortes. A retirada
da vegetação também pode afetar a biodiversidade da região, prejudicando a fauna e a flora
local e reduzindo a qualidade do solo.

Outro fator que pode contribuir para a erosão do solo na produção de farinha de mandioca é o
cultivo em áreas declivosas. Quando a mandioca é cultivada em áreas com declive, a água da
chuva escorre com maior velocidade, aumentando a erosão do solo. Nesse caso, é importante
adotar medidas de conservação do solo, como a construção de terraços e curvas de nível, para
reduzir a velocidade do escoamento superficial e proteger o solo da erosão.

Em resumo, a erosão do solo na produção de farinha de mandioca ocorre devido a práticas


inadequadas de manejo do solo, como da mandioca, a capina manual, cultivo em áreas
declivosas, uso de agrotóxicos e desmatamento. É importante adotar medidas de conservação
do solo para reduzir a erosão e promover a sustentabilidade da produção agrícola.

DADOS E EXEMPLOS:

Para o desenvolvimento da coleta de dados com base em estudos anteriores sobre a erosão do
solo relacionada à produção de farinha de mandioca, foram consultadas diversas fontes, como
artigos científicos, relatórios de instituições governamentais e organizações não
governamentais, além de estudos de caso de comunidades rurais que praticam a produção de
farinha de mandioca.

Entre os estudos consultados, foi identificado que a erosão do solo é um problema recorrente
em muitas regiões onde a produção de farinha de mandioca é uma atividade comum. O
desmatamento e a remoção da vegetação nativa para a expansão das áreas de cultivo são
apontados como uma das principais causas da erosão do solo. Além disso, o manejo
inadequado dos resíduos da produção, como a queima da palha da mandioca, e o uso
excessivo de agrotóxicos também contribuem para a degradação do solo.

Um outro fator que implica na erosão do solo é a monocultura praticada em algumas terras
agrícolas. A monocultura é a prática agrícola em que uma única cultura é cultivada
repetidamente em uma mesma área, ano após ano. Isso pode esgotar os nutrientes do solo,
deixando-o menos fértil e mais vulnerável à erosão.

Por meio dos estudos anteriores, também foi possível identificar que a erosão do solo afeta
negativamente a qualidade e a quantidade da produção de farinha de mandioca, além de
contribuir para a degradação ambiental e a perda da biodiversidade. A erosão do solo pode
levar à perda de nutrientes, compactação e degradação do solo, além de reduzir a capacidade
de armazenamento de água e nutrientes, comprometendo a sustentabilidade da atividade.

Em suma, a coleta de dados com base em estudos anteriores evidenciou a importância de se


desenvolver práticas de conservação do solo adequadas para a produção de farinha de
mandioca, visando à preservação ambiental e à sustentabilidade da atividade.

Existem diversos estudos que relacionam a erosão do solo com a produção da farinha de
mandioca. A seguir, alguns exemplos de estudos relevantes sobre o tema:

 Em um estudo realizado na região do Vale do Ribeira, em São Paulo, Brasil, os


pesquisadores avaliaram o impacto da produção de farinha de mandioca sobre o solo
e a biodiversidade. Os resultados mostraram que a atividade de produção de farinha
de mandioca, quando praticada sem práticas adequadas de conservação do solo,
contribui para a erosão e a degradação do solo, além de afetar negativamente a fauna
e a flora da região.

 Um estudo realizado na região Nordeste do Brasil avaliou o impacto da queima da


palha da mandioca sobre o solo e o meio ambiente. Os resultados indicaram que a
queima da palha da mandioca contribui para a erosão do solo, além de afetar
negativamente a qualidade do ar e a biodiversidade da região.
 Em um estudo realizado na região Norte do Brasil, os pesquisadores avaliaram o
impacto do manejo inadequado dos resíduos da produção de farinha de mandioca
sobre o solo e a qualidade da água. Os resultados mostraram que o manejo
inadequado dos resíduos da produção contribui para a erosão do solo e a
contaminação da água, comprometendo a qualidade e a quantidade da produção de
farinha de mandioca.

 Um estudo realizado na região Sudeste do Brasil avaliou o impacto do desmatamento


para a expansão das áreas de cultivo de mandioca sobre a erosão do solo. Os
resultados indicaram que o desmatamento contribui para a erosão do solo, além de
afetar negativamente a biodiversidade e a qualidade do ar da região.

Esses estudos evidenciam a importância de se desenvolver práticas de conservação do solo


adequadas para a produção de farinha de mandioca, visando à preservação ambiental e à
sustentabilidade da atividade.

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