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DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA
CURSO: ENGENHARIA DE ALIMENTOS
DISCENTE(S): ANA CLARA ROCHA DA GAMA E LAERCIO BARBOSA DA
CRUZ
13/04/2023
Feira de Santana-Ba
INTRODUÇÃO
A mandioca é uma cultura amplamente cultivada em todo o Brasil, sendo valorizada por sua
rusticidade e capacidade de tolerar condições de solo adversas, como seca e baixa fertilidade.
Por essa razão, é uma cultura importante para pequenos produtores rurais em áreas com solos
de baixa fertilidade. Apesar disso, a mandioca também é amplamente utilizada na indústria
alimentícia, tanto para consumo in natura como para a produção de uma variedade de
produtos, como farinha, beijus, polvilho e outros.
Embora seja uma cultura importante e valorizada, a produção de mandioca também pode
apresentar desafios, como a erosão do solo causada por práticas agrícolas inadequadas, o uso
excessivo de agrotóxicos e o desmatamento.
A erosão do solo é um processo natural que ocorre quando a água da chuva e o vento
removem as partículas do solo, levando à sua degradação. Na produção de farinha de
mandioca, a erosão do solo pode ocorrer devido a diversas práticas inadequadas de manejo do
solo, como a queima da palha da mandioca e a capina manual, que removem a cobertura
vegetal do solo e aumentam sua vulnerabilidade à erosão.
As queimadas são uma prática comum em muitas áreas rurais do Brasil e são utilizadas para
facilitar o descasque da mandioca, pois reduzem a quantidade de folhas e galhos da planta,
tornando-a mais fácil de ser descascada. No entanto, essa prática pode causar a degradação do
solo e contribuir para a erosão, já que a camada superficial do solo é destruída pelo fogo,
expondo as camadas mais profundas a agentes erosivos, como a água e o vento.
Além disso, a colheita inadequada da mandioca também pode contribuir para a erosão do
solo. Quando a mandioca é retirada do solo de forma incorreta, é comum que as raízes sejam
danificadas e que haja a exposição do solo, aumentando a suscetibilidade à erosão.
A capina manual também pode contribuir para a erosão do solo. Quando a cobertura vegetal é
removida do solo, a camada superficial fica exposta à ação da chuva e do vento, aumentando a
vulnerabilidade à erosão. Além disso, a capina manual pode levar à compactação do solo, o
que reduz a infiltração da água no solo e aumenta o escoamento superficial.
O uso excessivo de agrotóxicos pode afetar a saúde do solo e dos seres vivos que nele
habitam, além de contaminar rios e nascentes, prejudicando a fauna e a flora local. Além disso,
o uso indiscriminado de agrotóxicos pode contribuir para o desenvolvimento de pragas
resistentes, o que pode tornar a produção agrícola ainda mais difícil e onerosa.
Outro fator que pode contribuir para a erosão do solo na produção de farinha de mandioca é o
cultivo em áreas declivosas. Quando a mandioca é cultivada em áreas com declive, a água da
chuva escorre com maior velocidade, aumentando a erosão do solo. Nesse caso, é importante
adotar medidas de conservação do solo, como a construção de terraços e curvas de nível, para
reduzir a velocidade do escoamento superficial e proteger o solo da erosão.
DADOS E EXEMPLOS:
Para o desenvolvimento da coleta de dados com base em estudos anteriores sobre a erosão do
solo relacionada à produção de farinha de mandioca, foram consultadas diversas fontes, como
artigos científicos, relatórios de instituições governamentais e organizações não
governamentais, além de estudos de caso de comunidades rurais que praticam a produção de
farinha de mandioca.
Entre os estudos consultados, foi identificado que a erosão do solo é um problema recorrente
em muitas regiões onde a produção de farinha de mandioca é uma atividade comum. O
desmatamento e a remoção da vegetação nativa para a expansão das áreas de cultivo são
apontados como uma das principais causas da erosão do solo. Além disso, o manejo
inadequado dos resíduos da produção, como a queima da palha da mandioca, e o uso
excessivo de agrotóxicos também contribuem para a degradação do solo.
Um outro fator que implica na erosão do solo é a monocultura praticada em algumas terras
agrícolas. A monocultura é a prática agrícola em que uma única cultura é cultivada
repetidamente em uma mesma área, ano após ano. Isso pode esgotar os nutrientes do solo,
deixando-o menos fértil e mais vulnerável à erosão.
Por meio dos estudos anteriores, também foi possível identificar que a erosão do solo afeta
negativamente a qualidade e a quantidade da produção de farinha de mandioca, além de
contribuir para a degradação ambiental e a perda da biodiversidade. A erosão do solo pode
levar à perda de nutrientes, compactação e degradação do solo, além de reduzir a capacidade
de armazenamento de água e nutrientes, comprometendo a sustentabilidade da atividade.
Existem diversos estudos que relacionam a erosão do solo com a produção da farinha de
mandioca. A seguir, alguns exemplos de estudos relevantes sobre o tema: