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biotecnologia
Ilustração/Forbes U.S
Desde 2021, US$ 7.7 bilhões foram investidos em startups de descoberta de medicamentos
a partir de IA, segundo a Pitchbook
A audiência pode não ter sido parte de seu público-alvo principal, mas ele espera que isso
mude. Repetidas vezes, Huang promoveu a biologia digital como a “próxima revolução
incrível” da tecnologia.
A importância da biotecnologia
A IA tem muito potencial na biotecnologia por causa de sua grande complexidade — basta
ver o problema que o AlphaFold visa. As proteínas são a máquina básica do seu corpo,
gerenciando uma ampla variedade de funções. Toda proteína é composta por uma
sequência de aminoácidos, e as interações entre esses aminoácidos e o ambiente externo
determinam como a proteína “dobra” — o que dita sua forma final. Ser capaz de prever a
forma de uma proteína com base em suas sequências de aminoácidos é de suma
importância para empresas de biotecnologia, que podem usar essas informações para
projetar desde novos medicamentos até plásticos biodegradáveis.
Simular proteínas requer recursos computacionais tão intensos que instituições projetaram
e construíram supercomputadores especificamente para lidar com isso, como é o caso do
Anton 2, feito pelo Pittsburgh Supercomputing Center.
O boom das startups de medicamentos a partir de IA
O boom da tecnologia para descoberta de medicamentos não está vindo apenas das
gigantes do setor. Desde 2021, US$ 7.7 bilhões foram investidos em startups de descoberta
de medicamentos a partir de IA, segundo a Pitchbook.
“Isso sempre foi uma espécie de coisa lunática, fora do mainstream”, disse Baker. Agora,
ele disse, “todo mundo está falando sobre isso”. Desde a fundação do Instituto de Design de
Proteínas em 2012, mais de 20 startups foram criadas a partir do programa, disse Baker.
Dez delas, incluindo a Archon Biosciences, que desenvolve nanomateriais para medicina
regenerativa e câncer, surgiram nos últimos anos.
Canva Images/IA
Várias outras gigantes da tecnologia têm seus próprios esforços no campo de dobramento
de proteínas.
O esforço foi tão promissor que Demis Hassabis, cofundador, criou uma empresa separada
na Alphabet com base nos avanços do AlphaFold. Chamada Isomorphic Labs, a startup
foca na descoberta de medicamentos e é liderada pelo próprio Hassabis. Apenas este ano,
por exemplo, a Isomorphic Labs fechou acordos de pesquisa com a Lilly e a Novartis,
coletivamente valendo quase US$ 3 bilhões se todos os marcos forem alcançados — e isso
não inclui royalties de vendas de medicamentos potenciais.
“A indústria de design assistido por computador criou a primeira empresa de chips de US$ 2
trilhões”, disse Powell, referindo-se à Nvidia e sua ascensão estratosférica ao longo do
último ano. “A indústria de descoberta de medicamentos assistida por computador também
pode construir a próxima empresa farmacêutica de trilhões de dólares. É por isso que
estamos investindo da maneira que estamos”, acrescentou.
Várias outras gigantes da tecnologia têm seus próprios esforços no campo de dobramento
de proteínas. No ano passado, a Salesforce estreou o ProGen, um modelo de IA para
geração de proteínas, e a Microsoft lançou o EvoDiff, um modelo semelhante, mas de
código aberto. A Amazon também lançou ferramentas de dobramento de proteínas para o
SageMaker, sua plataforma de aprendizado de máquina da Amazon Web Service (AWS).
Até mesmo a ByteDance, empresa-mãe do TikTok, parece estar recrutando equipes de
ciência e design de medicamentos, relatou a Forbes em janeiro.
Os desafios no caminho
Apesar da promissora promessa de descoberta de medicamentos com a ajuda de
inteligência artificial, existem contratempos. São necessários anos de pesquisa para que
eles cheguem ao mercado.
No verão passado, sua empresa entrou em uma parceria estratégica de cinco anos com o
Google Cloud para combinar sua expertise em IA com a capacidade do Ginkgo de gerar
rapidamente dados biológicos em seus laboratórios automatizados.