Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PÊCHEUX, Michel. (1982) Ler o arquivo hoje. Trad. Maria das Graças Lopes Morin
do Amaral. In: ORLANDI, Eni Puccinelli (org.) [et al.]. Gestos de leitura: da história
no discurso. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 1994. p. 55-66
➢ “Desde a Idade Média a divisão começou no meio dos clérigos, entre alguns
deles, autorizados a ler, falar e escrever em seus nomes [...]” (p. 3)
➢ “Desenvolver socialmente tais métodos de tratamento em massa do arquivo
textual, com fins estatais ou comerciais, supunha torná-los facilmente
comunicáveis, transmissíveis e reproduzíveis [...]” (p 4_
A leitura de arquivo proposta pelo autor pode colaborar para a leitura de textos
oficiais, como as leis, de diversas maneiras. Ao considerar a materialidade da língua
e a discursividade do arquivo, é possível analisar não apenas o conteúdo explícito
dos textos, mas também os contextos históricos, sociais e políticos que os
envolvem. Isso permite uma interpretação mais aprofundada das leis, identificando
as intenções subjacentes, as relações de poder presentes no texto e as ideologias
que o permeiam.
Além disso, a abordagem multidisciplinar proposta pelo autor, que combina aspectos
históricos, psicológicos, matemáticos e informáticos, pode enriquecer a leitura de
textos oficiais, fornecendo ferramentas analíticas mais amplas e complexas. A
consideração dos interesses históricos, políticos e culturais presentes nas leis pode
contribuir para uma compreensão mais crítica e contextualizada do sistema jurídico
e das normas legais vigentes.
Em resumo, a leitura de arquivo proposta pelo autor pode colaborar para a leitura de
textos oficiais, como as leis, ao oferecer uma abordagem interdisciplinar que permite
uma análise mais profunda e contextualizada dos documentos, revelando aspectos
implícitos, relações de poder e significados subjacentes aos textos legais.
Seria do maior interesse reconstruir a história deste sistema diferencial dos gestos
de leitura subjacentes, na construção do arquivo, no acesso aos documentos e a
maneira de apreendê-los, nas práticas silenciosas da leitura "espontânea"
reconstituíveis a partir de seus efeitos na escritura: consistiria em marcar e
reconhecer as evidências práticas que organizam estas leituras, mergulhando a
"leitura literal" (enquanto apreensão-do-documento) numa "leitura" interpretativa –
que já é uma escritura. Assim começaria a se constituir um espaço polêmico das
maneiras de ler, uma descrição do "trabalho do arquivo enquanto relação do arquivo
com ele-mesmo, em uma série de conjunturas, trabalho da memória histórica em
perpétuo confronto consigo mesma". (p. 3)
A leitura de arquivo proposta pelo autor pode colaborar para a leitura de textos
oficiais, como as leis, de diversas maneiras.
Além disso, a abordagem multidisciplinar proposta pelo autor, que combina aspectos
históricos, psicológicos, matemáticos e informáticos, pode enriquecer a leitura de
textos oficiais, fornecendo ferramentas analíticas mais amplas e complexas. A
consideração dos interesses históricos, políticos e culturais presentes nas leis pode
contribuir para uma compreensão mais crítica e contextualizada do sistema jurídico
e das normas legais vigentes.