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MANUAL DE SERVIÇO

SERVICE MANUAL

GÁS CFC FREE


CFC FREE GAS

REVISÃO 1
REVISION 1
Índice

I. INFORMAÇÕES GERAIS .................................................................................................... 1

1. HISTÓRICO ........................................................................................................................ 1

2. O PROCESSO DE DESTRUIÇÃO DO OZÔNIO NA ATMOSFERA ................................... 1


2.1 Etapas de Destruição do Ozônio ........................................................................... 2
2.2 O Protocolo de Montreal........................................................................................ 3

3. GÁS ALTERNATIVO R134a ............................................................................................... 3

4. OBSTRUÇÃO DE CAPILARES DEVIDO AO USO DE GASES HFC ................................ 5

5. COMPONENTES DE SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO COMPATÍVEIS COM O R134a .. 6


5.1 Tubulações ............................................................................................................ 6
5.2 Mangueiras e Vedações ........................................................................................ 6
5.3 Filtro Secador ........................................................................................................ 6
5.4 Carga de Gás ........................................................................................................ 6
5.5 Lubrificantes .......................................................................................................... 6

6. CUIDADOS COM R134a .................................................................................................... 7


6.1 Presença de Água no Sistema .............................................................................. 7
6.2 Segurança ............................................................................................................. 7
6.3 Cuidados Pessoais ................................................................................................ 7
6.4 Vazamentos ........................................................................................................... 8

7. EQUIPAMENTOS E COMPONENTES NECESSÁRIOS PARA A MANUTENÇÃO DE


PRODUTOS COM R134a .................................................................................................. 8
7.1 Equipamentos e Componentes.............................................................................. 8
7.1.1 Detector de Vazamento .............................................................................. 8
7.1.2 Recuperadora de gás refrigerante ............................................................. 9
7.1.3 Cilindro para gás refrigerante .................................................................... 9
7.1.4 Conjunto PPU Solda .................................................................................. 9
7.1.5 Filtro ......................................................................................................... 10
7.1.6 Compressor .............................................................................................. 10
7.1.7 Conjunto Manifold .................................................................................... 10
7.1.8 Bomba de Vácuo ....................................................................................... 11
7.1.9 Cilindro Dosador ....................................................................................... 11
7.1.10 Evaporador ............................................................................................ 12
7.1.11 Maçarico para Soldagem........................................................................ 12
7.1.12 Alicate de Lacre .................................................................................... 12
7.1.13 Engates Rápidos (Macho e Fêmea)....................................................... 12
7.1.14 Material Complementar .......................................................................... 12
7.2 Processos de Soldagem Utilizados em Reoperações ......................................... 13
7.2.1 União de Tubos Através de Soldagem ..................................................... 13
7.2.2 Solda ........................................................................................................ 13
7.2.3 Chama Neutra ou Normalmente Oxidante ............................................... 13
7.2.4 Chama Carburante ou Redutora .............................................................. 14
7.2.5 Chama Oxidante ...................................................................................... 14
7.2.6 Técnicas de Soldagem por Brasagem ..................................................... 14
7.2.7 Solda de Aço com Aço ou Aço com Cobre .............................................. 14
7.2.8 Solda de Cobre com Cobre ...................................................................... 14
7.3 Processo de Limpeza e Evacuação do Sistema.................................................. 15
7.3.1 Limpeza Externa da Tubulação ................................................................ 15
7.3.2 Descarga do Gás Refrigerante ................................................................ 15
7.3.3 Limpeza Interna da Tubulação ................................................................. 16
7.3.4 Razões para os Critérios de Limpeza ...................................................... 16
7.3.5 Substituição do Compressor Hermético ................................................... 16
7.3.6 Substituição do Filtro Secador ................................................................. 16
7.3.7 Evacuação da Unidade Selada (Vácuo) .................................................. 17
7.3.8 Recarga no Cilindro Dosador ................................................................... 18
7.3.9 Carga de Gás Refrigerante ...................................................................... 18
7.3.10 Teste de Vazamento ............................................................................... 19

8. PROCESSO DE REOPERAÇÃO DA UNIDADE SELADA COM R134a .......................... 19


8.1 Compressor Queimado ........................................................................................ 19
8.2 Vazamento Lado de Alta/Baixa Pressão.............................................................. 20
8.3 Vazamento nas Uniões Soldadas ........................................................................ 20

9. Mudança de tensão na Bomba de vácuo ...................................................................... 20


9.1 Ligação em 127V ................................................................................................. 20
I. INFORMAÇÕES GERAIS

1. HISTÓRICO

Desde a invenção do primeiro refrigerador até os dias atuais, o sistema mecânico de refrigeração artificial utiliza-
do nestes aparelhos foi sendo aperfeiçoado até chegar a um sistema totalmente hermético, denominado “Unida-
de Selada”.

Este manual de serviço é destinado a apresentar as técnicas de reparo na unidade selada de refrigeradores.
Chamamos de reoperação qualquer reparo no conjunto selado que necessite o descarregamento do gás refrige-
rante.

2. O PROCESSO DE DESTRUIÇÃO DO OZÔNIO NA ATMOSFERA

Aproximadamente 90% do ozônio (O3 ) da terra está localizado em uma camada natural, logo acima da superfície
terrestre, chamada de estratosfera. Esta camada natural atua como um escudo protetor contra a radiação
ultravioleta. A primeira preocupação sobre a provável destruição da camada de ozônio foi levantada em 1974
com a publicação de uma teoria que afirmava que átomos de cloro liberados pelos CFC’s ou clorofluorcarbonos
poderiam migrar para a estratosfera, destruindo as moléculas de ozônio.

Os gases clorofluorcarbonos ou CFC’s são usados em sua maioria como refrigerantes (R12, R502 e outros) ou
como agentes expansores, propelentes e agentes de limpeza (R11). Toda vez que um gás do tipo CFC é libera-
do, este migra vagarosamente para a estratosfera, onde é atingido pela radiação solar, liberando o cloro. Estes
átomos de cloro liberados atacam as moléculas de ozônio, quebrando a ligação entre os átomos. Devido ao longo
tempo de vida dos CFC’s na atmosfera (alguns tem um tempo de vida superior a 120 anos), e também porque um
átomo de cloro pode destruir repetidamente milhares de moléculas de ozônio, serão necessários muitos anos
para que a camada de ozônio se recupere, mesmo após a eliminação completa dos CFC’s.

(*) Potencial de destruição da camada de ozônio


(**) Potencial de geração de efeito estufa (referência CO
2
)

1
Pesquisas científicas tem mostrado que a destruição da camada de ozônio na atmosfera e o aumento da concen-
tração de cloro na estratosfera tem como resultados danos à saúde e ao meio ambiente, por exemplo:

- Aumento dos casos de câncer de pele.


- Aumento dos casos de cataratas.
- Danos às plantações.
- Danos aos organismos aquáticos.
- Aumento da temperatura ambiente.

2.1 Etapas de Destruição do Ozônio

Molécula de CFC

a- A luz ultravioleta quebra a ligação de um átomo de cloro da molécula de CFC.

Molécula de CFC com separação do cloro.

b- Em seguida o átomo de cloro ataca a molécula do ozônio (O


3 ), quebrando a ligação entre os átomos. Forma-
se então uma molécula de oxigênio comum2 (O ) e uma de monóxido de cloro.

Rompimento da ligação e formação de novas moléculas.

c- O monóxido de cloro tem sua ligação quebrada e forma-se novamente cloro livre, que vai atacar e destruir
outra molécula de ozônio, repetindo-se o processo.

Cl-O rompendo, formando O e cloro livre, que volta a reagir.


2

2
2.2 O Protocolo de Montreal

Em 16 de setembro de 1987, 24 nações e a Comunidade Econômica Européia, assinaram um documento


denominado Protocolo de Montreal. Este protocolo fixou prazos para a desativação da produção e do consumo
das substâncias responsáveis pela destruição do ozônio. Em 1990 e em 1992 foram feitas revisões no Protocolo
de Montreal que anteciparam o cronograma de desativação da produção e consumo das substâncias controla-
das. Estas substâncias foram divididas em três grupos:

GRUPO I - CLOROFLUORCARBONOS OU CFC’s


Gases usados como refrigerantes , por exemplo o R12 e o R502, e agentes expansores e de limpeza, como o
R11, usado para a fabricação da espuma de poliuretano.

GRUPO II - HALONS
Usados em sua maioria como agentes de combate ao fogo.

GRUPO DE TRANSIÇÃO - HIDROCLOFLUORCARBONOS OU HCFC’s


Utilizados como refrigerantes, como por exemplo o R22 e agentes expansores.

Prazos estabelecidos pelo Protocolo de Montreal:

1 - Para os países desenvolvidos:

Grupo I - 75% de redução em 01/01/94


100% de redução em 01/01/96

Grupo II - 100% de redução em 01/01/94

Grupo de Transição - Redução da produção gradativamente a partir de 1996 até o fim da produção em 2030.

2- Países em desenvolvimento:

Dez anos a mais para os prazos acima.

Pelos prazos estabelecidos, a produção de gases como o R12 só terminaria no Brasil em 2006, mas o mercado
de produtos de refrigeração já está exigindo produtos com gases não prejudiciais à camada de ozônio.

3. GÁS ALTERNATIVO R134a

As propriedades termodinâmicas e físicas do HFC R134a, aliada a sua baixa toxidade, fazem deste gás o mais
eficiente e seguro substituto do R12 utilizado nos refrigeradores, freezers, bebedouros e outos produtos de refri-
geração doméstica e comercial.

O R134a (1,1,1,2-Tetrafluoretano) pertence ao grupo dos HFC’s Fluorcarbonos parcialmente halogenados, apre-
senta propriedades ecológicas aceitáveis além de ter os requisitos necessários para ser usado como refrigerante,
possuindo ODP=0 (Potencial de Destruição da Camada de Ozônio)

- não é inflamável
- não tóxico
- alta estabilidade térmica e química
- compatibilidade com os materiais utilizados
- propriedades físicas e termodinâmicas adequadas.

3
Outras características importantes do R134a

• Somente é recomendada a sua utilização em sistemas projetados para o seu uso, pois a troca do gás R12 para
o gás R134a, requer a adequação da linha de sucção (capilar), carga de gás e outros.

• Necessita que todos os componentes do sistema estejam livres de contaminação como substâncias alcalinas,
graxas, ceras, umidade, parafina, silicone, resíduos clorados, etc.

• Somente poderá ser usado em compressores especialmente desenvolvidos para o seu uso, devido às pressões
maiores que exigiram um novo projeto de motor elétrico.

• O R134a exige que sejam usados óleos do tipo ÉSTER nos compressores.

• Devido a alta higroscopicidade do óleo éster usado nos compressores para o R134a, o compressor ou o
sistema de refrigeração não podem permanecer abertos por mais de um minuto. O óleo éster absorve
umidade com muita facilidade e esta causará a posterior obstrução do sistema de refrigeração.

• Qualquer resíduo sólido que esteja no sistema como por exemplo graxas, resíduos de gás R12 e outros, reagi-
rão com o óleo e causarão o entupimento do tubo capilar.

• Deve ser usado um filtro secador específico para o R134a, do tipo XH9.

Devido a estas características podemos afirmar que para o bom funcionamento de sistemas com o R134a será
necessário que:

• Seja feita a limpeza do sistema de refrigeração com nitrogênio e gás R134a, antes da carga de gás.
“Jamais usar ar comprimido”.

• O processo de vácuo com a bomba será obrigatório, pois não pode existir umidade no sistema.

• Não podemos usar o R134a em sistemas projetados para o R12 e nem o contrário, ou seja, R12 em sistemas
projetados para o R134a.

CFC - Clorofluorcarbono plenamente halogenados


- Longo período de vida (116 anos)
- ODP - Camada de Ozônio
- HGWP - Efeito Estufa

HCFC - Cloroflurcarbonos parcialmente halogenados


- Tempo de vida 16 anos
- CO2CH4 - Retém parte do calor emitido pelo sol

Características Desejadas nos Gases Refrigerantes:


- Alta estabilidade
- Propriedades Físicas
- Baixo custo p/ produção em escala

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4. OBSTRUÇÃO DE CAPILARES DEVIDO AO USO DE GASES HFC

Quando se passa do R12 para o R134a, não se deve esquecer que a mistura refrigerante-óleo muda de caracte-
rísticas físico-químicas, com repercussões importantes para os resíduos de graxas e óleos presentes no circuito
de refrigeração.

O uso dos novos gases ecológicos HFC, em substituição aos gases CFC, no sistema de refrigeração exige
cuidados especiais na manipulação do refrigerante e dos componentes unidade selada. As características físico-
químicas da mistura do R134a com o óleo indicado (poliol-éster) são muito diferentes das apresentadas pela
mistura antiga de R12 com óleo mineral ou sintético.
Esta diferença é entendida melhor quando se observam os fenômenos microscópicos que ocorrem no circuito de
refrigeração. Nesse circuito sempre existe a presença de graxa e de óleo que é considerada normal, uma vez que
esses produtos são a base de lubrificantes e antioxidantes utilizados amplamente na indústria de evaporadores e
condensadores.

Com o uso do R12, que trabalha com óleo mineral ou sintético, a presença desses resíduos jamais representou
algum problema, uma vez que eles são compatíveis com a mistura do refrigerante e óleo, e se dissolvem nela
quando esta se aquece. Assim, como componentes da mistura, correm livremente pelo circuito de refrigeração.
Quando passamos a utilizar o R134a, trocamos também o óleo. Na nova mistura de refrigerante e óleo poliol-
ester, os resíduos apresentam um componente diferente, mostrando pouca afinidade, sendo por isso chamados
de produtos incompatíveis. Quando a mistura refrigerante R134a mais óleo poliol-ester se aquece, os resíduos se
dissolvem como ocorre no caso na mistura com R12 óleo mineral ou sintético. A diferença aparece no momento
em que a mistura esfria. Os resíduos voltam a solidificar-se, separando-se da mistura e precipitando, dando
origem a depósitos na tubulação e iniciando um processo de obstrução que gera problemas, principalmente no
tubo capilar. É importante observar que esse fenômeno não ocorre apenas no compressor. Os produtos incompa-
tíveis podem incorporar-se a mistura também no condensador, onde o gás circula a temperatura elevada, e até
mesmo no evaporador.
Os efeitos da obstrução são parecidos com aqueles provocados pela umidade no sistema (obstrução na saída do
capilar), evidenciados pela perda de capacidade de refrigeração. Entretanto, as conseqüências são mais graves,
uma vez que ainda não existem técnicas adequadas para desobstruir os circuitos de forma eficiente.

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5. COMPONENTES DE SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO COMPATÍVEIS COM O R134a

5.1 Tubulações

Os materiais metálicos usados atualmente nos sistemas de refrigeração como aço, cobre e alumínio são total-
mente compatíveis com o R134a. Testes de armazenamento com refrigerante úmido apresentaram boa estabili-
dade à hidrólise e nenhum ataque corrosivo em metais como o aço inoxidável, cobre, latão e alumínio.

5.2 Mangueiras e Vedações

Elastômeros como o Nylon, Neoprene e CAF são adequados para o uso com o R134a. Outros como a borracha
natural, Butyl e Vitons formam bolhas na presença do R134a.
Devido à estrutura molecular do R134a ser diferente dos CFC’s, alguns tipos de mangueiras usadas com o R12
não podem ser usadas com o R134a, como por exemplo as mangueiras usadas para o vácuo e carga de gás de
sistemas de refrigeração.
As mangueiras para o R134a devem ser revestidas com poliamida ou feitas de um material compatível com este
gás.
Os engates rápidos utilizados para o R12 também não podem ser usados com o R134, pois suas vedações são de
borrachas não compatíveis com este gás.

5.3 Filtro Secador

Os filtros secadores usados normalmente com o R12 não podem ser usados para o R134a, pois este gás exige
que a capacidade de absorver umidade do filtro seja maior.
Devem ser usados filtros do tipo XH9 (19g) que possuem capacidade de absorção de água 20% maior que os
filtros normais.

5.4 Carga de Gás

Em produtos com o R134a, a carga de gás é diferente da usada em produtos similares com o R12. Deve-se
observar na etiqueta dos produtos Electrolux/Prosdócimo qual é a carga de gás do produto.

5.5 Lubrificantes

A miscibilidade do refrigerante com o lubrificante é necessária para garantir a circulação do óleo no sistema de
refrigeração e o retorno do mesmo ao compressor.
O R134a não é miscível com os óleos minerais e óleos alquibenzenos usados nos sistemas de refrigera-
ção atuais com R12 e R22.
Os lubrificantes sintéticos como os PAG’s ou os POE’s são os indicados para uso com o R134a.
Os PAG’s ( Poli Alquileno Glicóis ) apresentam boa miscibilidade e são produzidos em grande quantidade. Este
tipo de óleo está sendo usado em maior escala na área de condicionadores de ar para automóveis. Os PAG’s são
de difícil manuseio devido à sua alta capacidade de absorver umidade.

Os lubrificantes sintéticos à base éster tipo Poliol Éster ( POE’s ) são de manuseio mais fácil, pois são menos
higroscópicos que os PAG’s, porém absorvem a água com maior facilidade que os óleos minerais comumente
usados.
Enquanto os produtores de condicionadores de ar automotivo estão usando os lubrificantes do tipo PAG, nas
outras áreas de refrigeração os lubrificantes do tipo POE estão se tornando um padrão.
Devido à alta higroscopicidade dos óleos do tipo éster ou POE’s, um recipiente ou um compressor que contenha
este tipo de óleo não poderá ficar aberto por mais de um minuto, pois a umidade reage com o óleo formando
ácido carboxílico e álcool, que poderão causar corrosão das peças metálicas em contato com o óleo.

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6. CUIDADOS COM R134a

6.1 Presença de Água no Sistema

· Presença de água: formações de ácidos


ácido clorídrico
ácido fluorídrico

· Os ácidos formados podem destruir o verniz isolante dos fios de cobre do motor, causando a queima. Podem
também atacar os metais com os quais estão em contato, principalmente o cobre e o latão. Os produtos dessa
corrosão podem entupir os filtros e principalmente o tubo capilar. Além da umidade que pode estar presente
no sistema, o óleo lubrificante também pode arrastar umidade extra. Apesar de não se misturar com a água,
ele pode absorver umidade existente no ar, quando for armazenado em local aberto ou exposto à atmosfera
por longos períodos. Devido ao contato permanente com o refrigerante, esta umidade reage gerando os
ácidos que vão decompor o óleo, diminuindo o poder lubrificante e podendo causar a queima do compressor.

Com o objetivo de eliminar os efeitos imediatos da umidade, ou seja, o congelamento no tubo capilar ou
outros dispositivos de controle, profissionais desinformados, adicionam ao sistema um anticongelante como o
álcool metílico (metanol), que reduz a temperatura de congelamento da água (umidade), porém causam
sérios danos para o sistema de refrigeração com o gás R134a.

6.2 Segurança

O uso obrigatório de luvas e Equipamentos de Proteção Individual (EPI's) no caso da reoperação do produto com
R134a se deve ao fato da presença de umidade no sistema ou até mesmo a umidade das próprias mãos, reagin-
do com óleo Poliol Ester, formando ácido, podendo causar queimaduras.

6.3 Cuidados Pessoais

A exposição ao R134a não causa risco crônico ou agudo quando manuseado conforme as recomendações do
fabricante e quando as exposições são mantidas abaixo dos limites recomendados 8-12h 1000ppm

Entretanto, inalando grandes concentrações de vapor de R134a pode causar depressão temporária do sistema
nervoso com efeitos anestésicos como vertigem, dor de cabeça, desconcentração e perda de consciência. Altas
exposições aos vapores podem causar alterações temporárias dos batimentos cardíacos com pulsação irregular,
palpitações ou circulação inadequada. O mau uso intencional ou ainda deliberado de R134a pode causar a morte.
Uma pessoa sentindo qualquer dos sintomas indicados deve ser removida a um lugar arejado. Se a pessoa
estiver com falta de ar , administrar-lhe respiração artificial, dar-lhe oxigênio e chamar um médico.

• SENSIBILIDADE CARDÍACA
Se forem inalados vapores a uma concentração de 75000 ppm a qual esta bem acima do limite aceitável de
exposição o coração pode sofrer uma descarga excessiva de adrenalina seguida de irregularidades cardíacas e
possivelmente parada cardíaca. A probabilidade desses problemas cardíacos aumenta se a pessoa estiver com
stress físico ou mental. Verificando esta situação chamar um médico.

• CONTATO COM PELE E OLHOS


A temperatura ambiente, os vapores de R134a têm pequeno ou nenhum efeito sobre a pele e ou olhos. Entretan-
to, na forma líquida pode congelar os olhos ou a pele, causando fleblite. Se o contato ocorrer, molhar a área com
água morna. Em qualquer um dos casos buscar, atenção médica imediatamente.
Sempre usar luvas e macacão de segurança quando existir risco de exposição ao R134a líquido. Onde houver
possibilidade de espirramento, sempre usar óculos de proteção e ou máscara de segurança.

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6.4 Vazamentos
Se vapores forem lançados em grandes quantidades sob a forma de vazamento ou derramamento, os vapores
podem se concentrar perto do chão ou lugares baixos e deslocando o oxigênio disponível para respiração cau-
sando sufocamento.
Evacuar a área até que a mesma tenha sido ventilada. Usar ventiladores ou exaustores para circular o ar no nível
do piso. Não voltar a área contaminada a menos que esteja equipado com equipamentos de respiração.
R134a tem um odor ligeiramente doce que pode ser difícil de detectar. Por isso checagens freqüentes de vaza-
mentos são necessárias.

• COMBUSTIBILIDADE DO R134a
O R134a não é inflamável a temperatura e pressão ambiente. Entretanto testes têm mostrado que o R134a pode
ser combustível a pressões baixas como 5,5 Psig a 177ºC quando misturado com ar, em concentrações geral-
mente maiores que 60% do volume do ar. O que leva a crer que no caso de uma reação do produto abrindo-se a
solda do filtro secador com um maçarico, se houver uma ruptura na tubulação do sistema e entrada de ar no
mesmo poderá haver perigo ainda que remoto de incêndio.

• TESTE DE VAZAMENTO
O sistema nunca deve ser testado com uma mistura de R134a e ar. O R134a pode ser presurizado com seguran-
ça com uso de nitrogênio.

7. EQUIPAMENTOS E COMPONENTES NECESSÁRIOS PARA A MANUTENÇÃO DE PRODUTOS COM R134a

Para explicar as técnicas de reoperação da unidade selada vamos iniciar com a apresentação dos principais
componentes e equipamentos utilizados para esta finalidade.

Observação
Devido à incompatibilidade do R134a com certos materiais, serão necessários novos equipamentos para a ma-
nutenção de produtos com este gás. São eles:

7.1 Equipamentos e Componentes

· Detector de vazamento
· Equipamento para recuperação de gás refrigerante
· Cilindro para gás refrigerante
· Conjunto PPU - Solda oxiacetilenada
· Filtro secador XH9 para R134a
· Compressor para R134a
· Conjunto Manifold
· Bomba de vácuo 4cfm Robinair
· Cilindro dosador

7.1.1 Detector de Vazamento


É utilizado para verificar se existe algum vazamento
de gás refrigerante na unidade selada. Estes apare-
lhos eletrônicos conseguem detectar vazamentos
muito pequenos. Deve-se observar o ajuste da sensi-
bilidade do aparelho e o gás correspondente a
detecção no caso R134a.
Os detectores para gases clorados (CFC’s) não são 1 - R12
eficientes com o R134a. Estes detectores reagem com 2 - R 134a
o cloro, que não existe no R134a. Já existem no mer-
cado detectores para o R134a e também detectores
que servem tanto para o R134a quanto para o s CFC’s
(R12, R22, etc.), bastando somente ajustar uma cha-
ve seletora para o tipo de gás com que se vai traba-
lhar.
8
7.1.2 Recuperadora de gás refrigerante
Deve ser utilizda para recuperar o gás refrigerante
que estiver no sistema, este deverá ser recolhido atra-
vés de um recuperador de gás. Em caso de limpeza
interna dos componentes, o gás deverá ser recolhido
também. O processo é bastante simples bastando para
isso conectar a recuperadora de gás ao sistema atra-
vés válvula perfuradora.

7.1.3 Cilindro para gás refrigerante


O gás refrigerante R134a pode ser armazenado em
cilindros de diversas capacidades, permitindo assim
que o mesmo seja facilmente transportado, desde que
devidamente identificados e que sejam exclusivos
para o gás R134a. Observar que a cor que identifica
este gás é o azul claro.

7.1.4 Conjunto PPU Solda


Equipamento contendo 1 cilindro de oxigênio (preto),
1 cilindro de acetileno (vermelho) ambos recaregáveis,
válvula de segurança, registro e mangueiras padroni-
zadas.

9
7.1.5 Filtro
Este filtro, de tamanho maior que o utilizado original-
mente na unidade selada, possui alta capacidade de
absorção de umidade. Em toda e qualquer reoperação
de unidade selada, o filtro deve ser obrigatoriamente
substituído por um novo (XH9), exclusivo para os sis-
temas com gás R134a.

O filtro de reposição é fornecido com suas extremidades lacradas, que só deve ser abertos na montagem da
unidade selada, evitando assim a penetração de umidade em seu interior.

7.1.6 Compressor
É fornecido com seus componentes elétricos, ou seja,
rele de partida (PTC) e protetor de sobrecarga.
Todos os seus tubos são tampados com batoques de
borracha, que devem ser removidos apenas no ato
da montagem da unidade selada. Para evitar pene-
tração de umidade, o compressor recebe uma carga
de nitrogênio, cuja eliminação ocorre quando os
batoques de borracha são removidos.

7.1.7 Conjunto Manifold


Trata-se de dois manômetros montados em um
conector multiplo onde são acoplados dois registros.
Estes manômetros indicam com precisão as pressões
durante a reoperação da unidade selada. Deve ser de
uso exclusivo para o gás R134a.

As mangueiras são flexíveis, de paredes resistentes


à pressão do gás refrigerante. Suas extremidades são
equipadas com conexões de aperto manual, propor-
cionando vedação hermética sem o uso de ferramen-
tas.
Observar sua montagem ao manifold, deixando as
extremidades com válvula Quick Seal opostas as co-
nexões dos manômetros.
As mangueiras deverão ser de materiais compatíveis
com o R134a ou revestidas com poliamida. Deve-se
utilizar mangueiras curtas sempre que possível.

Cabe ressaltar que as mangueiras possuem anel de


vedação e a vedação ocorre por ancoragem (encos-
to) e não por rosca. Então, não há necessidade de se
apertar esta conexão, pois corre-se o risco de danifi-
car a rosca e os anéis de vedação.
São utilizados no tubo de processo dos compresso-
res. Servem para fazer a conexão entre o mesmo e a
mangueira especial de carga (manifold). Também são
utilizadas para conectar o evaporador e o
condensador, durante a limpeza da tubulação.

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7.1.8 Bomba de Vácuo
A bomba de vácuo deve ser de uso exclusivo para o
gás R134a para garantir que não haja contaminação
com CFC'S

Unidades de vácuo:
1 torr 1/760 da pressão atmosférica ou 1mm Hg
1m 0.001 torr
Fábricas 50m
Oficinas 250m

7.1.9 Cilindro Dosador


Destina-se ao abastecimento correto do gás refrigerante R134a. Através da coluna de vidro, cilindro graduado e
pressão correspondente ao gás R134a o técnico pode visualizar e controlar a carga de gás refrigerante que está
sendo aplicada na unidade selada.
Deve ser de uso específico para o R134, devido aos mesmos problemas de material das vedações, como nos
manômetros, e também porque não podem haver resíduos de R12 ou outros CFC’s no cilindro.

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7.1.10 Evaporador
O evaporador dos refrigeradores são do tipo Roll-Bond, fornecidos juntamente com a linha de sucção e capilar. A
extremidade da linha de sucção possui uma “ponteira” de cobre permitindo assim trabalhos de soldagem.

O evaporador é fornecido com suas extremidades lacradas (tubo capilar e linha de sucção) que só devem ser
abertas na montagem da unidade selada, evitando assim penetração de umidade no seu interior

7.1.11 Maçarico para Soldagem


Todas as operações de soldagem necessárias a uma
reoperação devem ser realizadas com um maçarico
que utilize gás acetileno e oxigênio. Sempre que rea-
lizar uma solda deve-se utilizar óculos e luvas de se-
gurança.

7.1.12 Alicate de Lacre


É utilizado para estrangular o tubo de processo do compressor hermético e o de evacuação do compressor,
permitindo que estes sejam lacrados após receberem a carga de gás refrigerante (R134a).

Engate macho 1/4"


Engate fêmea

7.1.13 Engates Rápidos (Macho e Fêmea) Niple 7/6" x 1/4"

Também deverão ter vedações compatíveis com o


R134a.

7.1.14 Material Complementar


Além dos equipamentos já citados, também se utiliza:
· óculos de proteção
· espelho de bolso
· pincel e tinta preto fosco
· varetas de solda e fluxo
· lima
· folhas de amianto (anteparo)
· lixa para ferro nº 80
· alicate e demais ferramentas desta natureza
· engates rápidos macho/fêmea
· vedações (batoques)
· conexões
· fluxo a pó para R134a

Para executar uma reoperação perfeita é necessário muito capricho e pleno domínio de todas as operações que
este trabalho envolve. Veremos agora as técnicas utilizadas para se executar uma reoperação na unidade sela-
da.

12
7.2 Processos de Soldagem Utilizados em Reoperações

7.2.1 União de Tubos Através de Soldagem


Os tubos a serem soldados devem ser encaixados um dentro do outro, de maneira que não fique nenhuma folga
perceptível entre os mesmos.
A penetração de um tubo dentro do outro deve ser aproximadamente de 1cm.

As juntas de encaixe devem ser soldadas por brasagem, ou seja, utilizando-se material de adição. Para esta
soldagem são utilizados dois tipos de material de adição:
Solda prata e Solda silfoscoper.

A vareta de solda prata é utilizada para uniões de cobre com aço ou aço com aço. Deve ser utilizada juntamente
com o fluxo decapante.

O fluxo decapante deve ser aplicado na região da solda com auxílio de um pincel ou com a própia vareta de solda
prata. O mesmo deve ser própio para o gás R134a.
A finalidade do fluxo decapante é:
· Impedir a formação de óxidos durante o aquecimento
· Diminuir a tensão superfiçial da solda favorecendo seu alastramento
· Indicar a temperatura de aderência. A função do fluxo indica o momento exato para a adição da solda.

A vareta de solda silfoscoper é utilizada em uniões de cobre com cobre. Este tipo de solda não deve ser utilizado
com fluxo decapante.

7.2.2 Solda
Maçarico para soldagem
O maçarico utilizado para realizar os serviços de
soldagem nas tubulações da unidade selada deve ser
alimentado por oxigênio e acetileno (PPU).

Neste quadro podemos observar as partes que com-


põe a chama e as temperaturas alcançadas ao longo
da mesma.
São três as regulagens da chama:
• Chama Neutra ou Normalmente Oxidante
• Chama Carburante ou Redutora
• Chama Oxidante

7.2.3 Chama Neutra ou Normalmente Oxidante


É obtida com a alimentação do maçarico em propor-
ções iguais de oxigênio e acetileno. Esta chama re-
duz o óxido metálico e protege o metal da oxidação
durante o aquecimento.
É indicada para a soldagem de aço com aço, aço com
cobre e cobre com cobre.

13
7.2.4 Chama Carburante ou Redutora
É obtida com o aumento da proporção de acetileno.
Sua característica principal é o dardo brilhante que
envolve o dardo normal. O dardo brilhante se alonga
conforme é aumentada a proporção de acetileno.
Esta chama é recomendada para a soldagem de alu-
mínio.

7.2.5 Chama Oxidante


É obtida com o aumento da proporção de oxigênio.
Esta chama produz um ruído característico e possui
um dardo bastante curto e fino além de sua cor mais
azulada.
Este tipo de chama não se presta à soldagem, é utili-

zado para corte de chapas.


7.2.6 Técnicas de Soldagem por Brasagem
Dependendo do material da tubulação e do tipo de vareta de soldagem a ser utilizada, deve-se empregar a
técnica adequada de soldagem.

7.2.7 Solda de Aço com Aço ou Aço com Cobre


Com o auxílio de um pincel ou da própria vareta de solda prata, aplique fluxo decapante na junta.

Aqueça a junta a ser soldada utilizando a parte branda da chama, com movimentos ao redor da peça para um boa
distribuição de calor.
Dirija o calor na razão de ¾ para o tubo externo e ¼ para o tubo interno até a completa fusão do fluxo.
Lembre-se que o cobre demora mais para aquecer do que o aço.

Quando a junta adquirir a cor vermelho escuro com o fluxo completamente fundido, afaste a chama cerca de 2cm
e acrescente a vareta de solda prata.

Continue aquecendo aproximando a chama com movimentos ao redor da junta para proporcionar um bom alas-
tramento da solda fundida bem como sua penetração.

Deixe a solda solidificar e proceda sua limpeza com um pano seco para retirada da escória.

7.2.8 Solda de Cobre com Cobre


Aqueça a junta a ser soldada utilizando a chama branda, com movimentos ao redor da peça para uma boa
distribuição de calor.
Aplicar o calor na razão de ¾ para o tubo externo e ¼ para o tubo interno.

Quando a junta adquirir a cor vermelho escuro, afaste a chama cerca de 2cm e acrescente a vareta de solda
silfoscoper, sempre no lado oposto à chama.

Continue aquecendo aproximando a chama com movimentos ao redor da junta para proporcionar melhor alastra-
mento da solda fundida bem como sua penetração.

14
7.3 Processo de Limpeza e Evacuação do Sistema

7.3.1 Limpeza Externa da Tubulação


Todas as regiões da tubulação a serem soldadas ou
dessoldadas, devem estar bem limpas, livres de óxi-
do, graxas, óleos. pintura, colas, poeira etc.
Pinturas e óxidos devem ser removidos com o auxílio
de uma lixa nº 80, cortada em forma de tira.

Proceda a limpeza externa do tubo de saída do


condensador, esta deve ser feita bem próximo ao fil-
tro.

Proceda a limpeza externa do tubo de sucção e o tubo


de descarga do compressor.

OBS: Em hipótese alguma deve-se utilizar água para limpeza. A água reage com o óleo poliol Ester (mais
higroscópico) que os óleos minerais, produzindo álcool + ácidos. Ceras, óleos hidráulicos, parafinas, silicone,
graxa, detergente, materiais viscosos são pouco solúveis em HFC - R134a / Óleo Éster e podem ocasionar
obstrução do tubo capilar.

7.3.2 Descarga do Gás Refrigerante

A descarga de gás do conjunto selado deve ser sempre realizada em dois locais:
•Lado de alta pressão
•Lado de baixa pressão

Em primeiro lugar deve ser cortado o tubo capilar da seguinte forma:


com uma lima, faça uma marca na superfície do mesmo, o mais próximo possível do filtro secador.

A seguir flexione sucessivamente o tubo capilar, provocando o rompimento do mesmo. Desta forma, evita-se que
ocorra o estrangulamento do diâmetro interno do tubo capilar.
Com o auxílio de um alicate universal quebre o lacre do tubo de evacuação

A seguir, quebre o lacre do tubo de processo. Neste momento deve-se aplicar um pano ou estopa afim de evitar
que o óleo expelido com o gás refrigerante suje a tubulação e o local de trabalho.
Jamais utilize o “cortador de tubos” no tubo de processo para descarregar o sistema. Tal procedimento fará com
que o gás refrigerante seja expelido muito rapidamente, arrastando grande quantidade de óleo do compressor.

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7.3.3 Limpeza Interna da Tubulação

Realizar limpeza no sistema de alta e baixa pressão, com R134a, soldando as peças limpas (Compressor,
Condensador, Capilar e Sucção).

Seqüência de limpeza dos componentes:


- Retirar os batoques do compressor conforme seqüência de montagem;
- Soldar ao compressor o tubo de processo, batocando-o
- Soldar compressor (descarga) ao condensador (entrada)
- Limpar primeiramente o condensador com gás R134a;
- Soldar na saída do condensador filtro secador, tubo de evacuação e capilar;
- Limpar capilar, evaporador e sucção, com gás R134a;
-Soldar sucção ao compressor.

A limpeza interna do sistema de refrigeração é obrigatória tanto em casos de queima do compressor hermético
quanto para casos de vazamento no sistema.

Observação:
O gás utilizado durante a limpeza, deverá ser recolhido e não expelido para atmosfera.

7.3.4 Razões para os Critérios de Limpeza

• A água com o Poliol Ester, mais higroscópico que os óleos minerais, produzindo alcool + ácidos
• Ceras, óleos hidráulicos, parafinas, silicones, graxas, detergentes, materiais mais viscosos: poucos solúveis em
HFC-134a / Óleo Ester, ocasionam obstrução do tubo capilar.
• Resíduos sólidos se agregam às substâncias acima.
• Protetores de oxidação reagem com Óleo Ester, produzindo sais que podem se depositar no tubo capilar.

7.3.5 Substituição do Compressor Hermético

O novo compressor deve ser fixado através dos grampos de fixação e conectado ao chicote elétrico do refrigera-
dor.
O compressor é fornecido juntamente com o protetor de sobrecarga e relê de partida que devem ser obrigatoria-
mente substituídos.

Imediatamente após a remoção do batoque de borracha que veda o tubo de descarga do compressor, observe o
escape de gás nitrogênio que deverá ocorrer. Este escape é a garantia de que o compressor está em condições
de uso. Caso contrário, não havendo o escape de gás nitrogênio, o mesmo não deverá ser utilizado, pois poderá
estar contaminado.

7.3.6 Substituição do Filtro Secador

A substituição do filtro secador deve ser feita sempre a cada retrabalho realizado garantindo a retenção de
impurezas e umidade no sistema através do filtro XH9.

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7.3.7 Evacuação da Unidade Selada (Vácuo)

Coloque uma conexão (engate macho) no tubo de processo do compressor e no tubo de evacuação do filtro
secador.

Após conecte o conjunto manifold, sendo a mangueira azul do lado de baixa pressão e a vermelho do lado de alta
pressão. Ambos os registros do conjunto manifold devem estar fechados.

Acople na bomba de vácuo a mangueira amarela ligada a saída central do conjunto manifold.

Ligue a bomba de vácuo e abra o registro do manômetro de baixa e alta pressão.

Mantenha a bomba funcionando por 1 hora, no mínimo. Observe se o vácuo está sendo mantido.

Após, feche o registro do manômetro de baixa e alta, e desligue a bomba de vácuo.

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7.3.8 Recarga no Cilindro Dosador

Conecte uma mangueira flexível do registro inferior do cilindro dosador ao cilindro de gás refrigerante.
Abra totalmente o registro inferior do “cilindro dosador” e do cilindro de gás refrigerante, que deve ser mantido de
cabeça para baixo, caso não tenha pescador.
Em seguida, abra o registro superior do cilindro dosador, promovendo o expurgo do gás no estado gasoso,
permitindo assim a entrada do R134a no estado líquido.
Encha o cilindro sem ultrapassar o limite máximo indicado no visor transparente, feche primeiramente o registro
superior e posteriormente os demais.

7.3.9 Carga de Gás Refrigerante

Acople ao cilindro dosador a mangueira amarela do conjunto manifold, que estava conectada a bomba de vácuo.

Abra o registro do conjunto manifold, no lado de baixa pressão.

Após, abra o registro do cilindro dosador até a quantidade indicada na coluna transparente, descer ao valor
previamente determinado. Quando isto ocorrer feche o registro.

Após completada a carga, ligue o compressor para remover todo o vapor de R134a contido nas mangueiras e
manômetros, enviando-o para o interior do conjunto selado.

Feche o registro do manômetro de baixa e coloque o alicate de lacre no centro do tubo de processo.

Com o auxílio do maçarico, lacre o tubo de processo e o tubo de evacuação, derretendo sua extremidade. Se
necessário, deve-se utilizar solda silfoscoper para complementação do lacre.

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7.3.10 Teste de Vazamento

Com o detector eletrônico de vazamento, verifique cuidadosamente todas as soldas realizadas na reoperação.
Para finalizar o trabalho com perfeição, pinte com tinta preto-fosco, todas as soldas realizadas durante a reoperação.

8. PROCESSO DE REOPERAÇÃO DA UNIDADE SELADA COM R134a

8.1 Compressor Queimado

1) Recolher o produto para retrabalho na oficina.

2) Colocá-lo em uma bancada para facilitar o acesso e o retrabalho do sistema de refrigeração.

3) Retirar os grampos que fixam o compressor a base do produto e desfazer as conexões elétricas do Compres-
sor, com auxílio de um alicate universal e uma chave de fenda.

5) Com uma lixa de número 80, limpar as uniões soldadas dos tubos do compressor-condensador e condensador-
filtro secador, removendo a tinta ou oxidação dos tubos.

6) Abrir o sistema de refrigeração através dos tubos de evacuação e posteriormente do tubo de processo. Neste
último, utilizar-se de um pano (estopa de retalhos), para reter partículas de óleo, caso existam.

7) Cortar o Tubo Capilar com um alicate universal, e com uma lima refazer a ponta do capilar preparando-o para
soldagem. Tomar cuidado para que o tubo capilar não seja obstruído por ocasião do corte.

8) Batocar o Tubo Capilar.

9) Em seguida dessoldar as uniões soldadas como o filtro secador, tubos compressor - condensador e sucção,
liberando o compressor e batocando os tubos expostos.

10) Retirar compressor.

11) Colocar novo compressor, fixando-o a base do produto com os grampos. Refazer as ligações elétricas.

12) Realizar limpeza no sistema de alta e baixa pressão com R134a, soldando as peças limpas (Compressor,
Condensador, Filtro secador, Tubo de evacuação, Capilar e Sucção).

13) Proceder a limpeza do condensador com 100g de gás R134a. Ligar o compressor para facilitar a entrada de
gás no condensador e através da recuperadora de gás recolher o gás contaminado.

14) Em seguida, soldar o filtro secador e o tubo de evacuação à saída do condensador, junto com o tubo capilar.

15) Aplicar nova carga de 100g de gás para limpar o tubo capilar, evaporador e linha de sucção.

16) Após essa limpeza, soldar a sucção ao compressor e, em seguida verificar as uniões soldadas.

17) Aplicar ao sistema uma carga de 50g de R134a e pressurizar o sistema com Nitrogênio à 80 Psig. Após, com
auxílio de um detector de vazamentos, fazer uma inspeção nas soldas para constatar ou não fugas de gás.

18) Expurgar o sistema.

19) Realizar vácuo no sistema no lado de alta e baixa pressão, com o auxílio do Conjunto Manifold e Bomba de
Vácuo, por um período de 1 hora.

20) Dar carga de gás no produto, somente pelo lado de baixa pressão, com auxílio do Cilindro Dosador e Conjun-
to Manifold.

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21) Ligar o compressor para que o gás possa fluir com mais facilidade para dentro do sistema.

22) Ao final deste processo deve-se inspecionar novamente as uniões soldadas, para em seguida lacrar o siste-
ma.

23) Lacrar o Tubo de Processo e o Tubo de Evacuação, verificar mais uma vez se há fugas.

8.2 Vazamento Lado de Alta/Baixa Pressão


Para tratar desta não conformidade, considerar o seguinte:
1- Perfuração no Evaporador ou Tubos Quebrados, deverá ser substituído:
• Compressor
• Evaporador.
2- Vazamento no lado de Alta e Baixa pressão, será feita a limpeza no sistema conforme já descrito anteriormen-
te.

8.3 Vazamento nas Uniões Soldadas

1) Inspecionar visualmente o sistema.

2) Ligar o Produto.

3) Inspecionar as uniões soldadas com detector de vazamento.

4) 1- Caso o vazamento seja localizado, refazer a solda e limpar o sistema conforme descrito anteriormente.

2- Caso o vazamento não seja localizado, inspecionar as uniões soldadas da seguinte forma:
• soldar um tubo de processo ao compressor
• acrescentar 50g de R134a
• pressurizar o sistema com 80Psig
• Procurar ponto (s) de fuga no sistema com o detector de vazamentos

Observação:
Após localizar o vazamento, proceder conforme descrito anteriormente.

9. Mudança de tensão na Bomba de vácuo


A bomba de vácuo é bivolt e sai de fábrica com a ligação em 220V, para mudar de tensão deve-se proceder
conforme descrito abaixo:

9.1 Ligação em 127V


Remover o terminal número 4 fio marrom e ligá-lo no terminal número 5 marrom, remover terminal 5 fio branco
e ligá-lo no terminal 2 branco.

20
0800 41 33 23

ELECTROLUX DO BRASIL S.A

Divisão Serviços ao Consumidor


Elaboração: Departamento Técnico
Agosto/98
Revisão 1

Rua Ministro Gabriel Passos, 360


Caixa Postal 16201 CEP 81 520620
Curitiba Paraná Brasil
Telefone/Fax (041) 371-7000

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