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Unidade 5 - HIDRÁULICA

FONTE:
SUMÁRIO
Apresentação.........................................................................13
1 Introdução à Hidráulica........................................................14
1.1 Histórico..................................................................................................14
1.2 Princípio de Pascal...........................................................................15
1.3 Transmissão de Força Hidráulica...........................................................15
1.3.1 Leis da Vazão (Hidrodinâmica e Mecânica dos Fluidos)............................16
1.3.2 Conservação da Energia.....................................................................17
1.3.3 Perdas de Energia por Atrito .........................................................18
1.3.4 Regimes de Fluxos............................................................................18
1.3.5 Número de Reynolds [Re]..................................................................18
1.3.6 Resistência à passagem de fluido.........................................................20
1.3.7 Dimensionamento de tubos em função da velocidade.............................20
1.3.8 Dimensionamento em função da perda de carga....................................21
1.4 Vantagens e Desvantagens dos Sistemas Hidráulicos........................24
1.4.1 Vantagens:.......................................................................................24
1.4.2 Desvantagens:............................................................................24
1.5 Potência..................................................................................................24
1.5.1 Potência Hidráulica............................................................................24

2 Fatores Resultantes da Pressão num Sistema.......................25


2.1 Tipos de pressão, unidades de pressão e outras grandezas:..............26

3 Unidades fundamentais do Sistema Internacional...............27


3.1 Conversão das Principais Unidades de Pressão...................................27
3.2 Unidades de Pressão mais Utilizadas em Sistemas Hidráulicos:.........28
3.3 Principais unidades de capacidade ou volume...................................28
3.4 Principais unidades de força..................................................................28
3.5 Principais unidades de vazão................................................................29

4 Composição dos Sistemas Hidráulicos..................................30


4.1 Posição do reservatório..........................................................................30

5 Simbologia / Resumo...........................................................31
6 Bombas Hidráulicas.............................................................38
6.1 Tipos........................................................................................................38
6.1.1 Bomba de deslocamento não positivo..................................................38
6.1.2 Bomba de deslocamento positivo........................................................38
6.1.3 Bombas de Palhetas...........................................................................40
6.1.4 Bombas de Pistões............................................................................41
6.2 Montagem e Instalação de Bombas.....................................................42
6.2.1 Cuidados na instalação de bombas.......................................................43
6.2.2 Cavitação.........................................................................................43
6.2.3 Aeração...........................................................................................43

HIDRÁULICA 10
7 Válvulas Direcionais.............................................................45
7.1 Sobreposição das Válvulas Direcionais................................................46
7.1.1 Tipos construtivos para válvulas............................................................46
7.1.2 Tipos de solenóides...........................................................................48
7.1.3 Válvulas direcionais pré-operadas (sanduíche de válvulas)........................49

8 Registros..............................................................................51
8.1 Tipos de registros...................................................................................51

9 Atuadores Lineares..............................................................52
9.1 Amortecimento do fim de curso nos cilindros hidráulicos.................52
9.2 Vedações para cilindros e demais componentes................................53

10 Atuadores Rotativos..........................................................55
11 Válvula de Bloqueio............................................................58
11.1 Válvula de pré-enchimento ou de sucção........................................59

12 Reservatório......................................................................60
12.1 Componentes do reservatório...........................................................60
12.2 Montagem das linhas.........................................................................61
12.3 Chicanas...............................................................................................62

13 Fluidos Hidráulicos.............................................................63
13.1 Principais Fluidos Hidráulicos.............................................................64
13.1.1 Propriedades do Fluido.....................................................................65
13.1.2 Importância do controle da viscosidade...............................................65
13.1.3 Métodos para definição da viscosidade...............................................66

14 Filtros................................................................................70
14.1 Tipos de filtros quanto à posição de montagem:..............................70
14.1.1 Materiais dos elementos filtrantes..................................................72

15 Válvulas Controladoras de Vazão (Fluxo)............................73


15.1 Controlar velocidade dos atuadores.................................................77
15.1.1 Exemplo de circuito hidráulico industrial com duas velocidades de avanço.........78
15.1.2 Exemplo de circuito hidráulico industrial com três velocidades de avanço...........78

16 Válvulas Reguladoras de Pressão.......................................79


16.1 Princípio básico de funcionamento das válvulas reguladoras de
pressão..........................................................................................................79
16.1.1 Válvula de seqüência de ação direta...................................................82
16.1.2 Válvula Redutora de Pressão.............................................................83
16.1.3 Válvula Redutora de Pressão de Operação Direta.................................83
16.2 Ventagem e Controle Remoto............................................................84

HIDRÁULICA 11
17 Elemento Lógico................................................................86
17.1 Alguns Exemplos de Aplicação..........................................................87

18 Trocador de Calor...............................................................92
18.1 Trocador de calor a ar...........................................................................92
18.2 Trocador de calor a água.....................................................................92

19 Acumuladores....................................................................93
19.1 Comentário sobre acumuladores......................................................94

20 Intensificadores de Pressão - Boosters................................96


21 Instrumentos de Medição..................................................97
21.1 Manômetro com sinal elétrico............................................................97
21.2 Termômetros........................................................................................98
22 Elementos de interligação, conexão e vedações................100
22.1 Tubos............................................................................................100
22.2 Mangueiras.......................................................................................100
22.3 Placas de ligação e blocos manifold................................................101
22.4 Elementos de conexão................................................................101
22.4.1 Conexões por roscas......................................................................101

Referências Bibliográficas.....................................................102

HIDRÁULICA 12
APRESENTAÇÃO
APRESENTAÇÃO
A finalidade deste material é proporcionar aos interessados, uma visão
do mundo da hidráulica. As experiências têm revelado, que atualmente a
hidráulica é indispensável como um método moderno de transmissão de ener-
gia.
O termo hidráulica é uma palavra que deriva da raiz grega HIDRO que
significa água. Hoje, entende-se por hidráulica a transmissão, controle de
forças e movimentos por meio de fluidos líquidos (óleos minerais e sintéti-
cos). Fluido é toda a substância que flui e toma a forma do recipiente no qual
está confinado.
Com a automatização os acionamentos e comandos hidráulicos ga-
nharam importância através do tempo. Grande parte das modernas e mais
produtivas máquinas e instalações são hoje parcial ou totalmente comanda-
das por sistemas hidráulicos. Apesar da multiplicidade dos campos de aplica-
ção da hidráulica, o conhecimento dessa matéria ainda não está totalmente
difundido. Como resultado disso, a aplicação do sistema hidráulico tem sido
restrita.
O conteúdo inclui a descrição de sistemas hidráulicos para a transfe-
rência de forças ou movimentos, seus princípios de funcionamento, detalhes
construtivos dos componentes e a montagem de comandos hidráulicos na
bancada, fazendo com que haja um relacionamento entre teoria e prática.

HIDRÁULICA 13
CAPÍTULO
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO À
HIDRÁULICA
1.1 Histórico
Existem apenas três métodos de transmissão de energia na esfera co-
mercial: A elétrica, a mecânica e a fluídica (hidráulica e a pneumática).
Naturalmente a mecânica é a mais antiga de todas, por conseguinte é
a mais conhecida. Hoje utilizada de muitos outros artifícios mais apurados
como engrenagens, cames, polias e outros.
A elétrica, que usa geradores, motores elétricos, condutores e uma
gama muito grande de outros componentes, é um método desenvolvido nos
tempos modernos. É o único meio de transmissão de energia que pode ser
transportado a grandes distâncias.
A força fluídica tem origem, por incrível que pareça, a milhares de
anos. O marco inicial que se tem conhecimento é a utilização da roda d’água,
que emprega a energia potencial da água armazenada a uma certa altura,
para a geração de energia mecânica.
O uso do fluido sob pressão, como meio de transmissão de potência,
já é mais recente, sendo que o seu desenvolvimento ocorreu, mais precisa-
mente, após a primeira grande guerra mundial.
Os fatos mais marcantes da história da energia fluídica poderiam ser
relacionados como os seguintes:

ƒ Em 1795, um mecânico inglês, Joseph Bramah, construiu a pri-


meira prensa hidráulica, usando como meio de transmissão a água;

ƒ Em 1850, Armstrong desenvolveu o primeiro guindaste hidráuli-


co, e para fazê-lo, também desenvolveu o, primeiro acumulador hidráulico;

ƒ Em 1900, a construção da primeira bomba de pistões axiais nos


Estados Unidos, ocorreu aqui à substituição da água por óleo mineral, com
muitas vantagens.

Atualmente, com o desenvolvimento de novos metais e fluidos obti-


dos sinteticamente, a versatilidade e a dependência do uso da transmissão
de força hidráulica ou pneumática torna-se evidente, desde o seu uso para
um simples sistema de frenagem em veículos até a sua utilização para com-
plexos sistemas das eclusas, aeronaves e mísseis.
Vamos pensar um pouco, sem a energia fluídica, a tecnologia moderna
seria capaz de uma potência para elevar um container de grande tonelagem,
ou potência suficientemente pequena para prender um ovo sem quebrar a
casca?

HIDRÁULICA 14
1.2 Princípio de Pascal
Blaise Pascal, em 1648 enunciou a lei que rege os princípios hidráuli-
cos:
A pressão exercida em um ponto qualquer de um líquido estático é a
mesma em todas as direções, exercendo forças iguais em áreas iguais e sem-
pre perpendiculares à superfície do recipiente.

Figura 1.1: Lei de Pascal


Fonte: RANCINE, 1994 - 9aed. p. 13

Caso uma força “F” atue sobre uma área “A” sobre um fluido confina-
do, ocorrerá nesse fluido uma pressão “P”.

Pressão, conceitualmente é a força exercida por unidade de área.

1.3 Transmissão de Força Hidráulica


Em 1795 Joseph Bramah criou a 1a prensa hidráulica manual aplicando
o princípio de Pascal.

Figura 1.2: Princípio de compensação de energia


Fonte: RANCINE, 1994 - 9aed. p. 14

Como a pressão se distribui uniformemente em todas as direções e


agem com a mesma intensidade em todos os pontos. Portanto, podemos
afirmar que a pressão nas áreas A e B do sistema são iguais.

HIDRÁULICA 15
Portanto, podemos afirmar:

Além da possibilidade de calcular as forças ou áreas que envolvem o


sistema, também é possível calcular o deslocamento “S” dos êmbolos.

1.3.1 Leis da Vazão (Hidrodinâmica e Mecânica dos


Fluidos)

Se um fluido flui por um tubo com vários diâmetros, o volume que


passa em uma unidade de tempo é o mesmo independente da seção. A
velocidade do fluxo varia.

Figura 1.3: Vazão


Fonte: REXROTH, 1994 p.31

Vazão: ; Substituindo-se: V = A . s

Onde: Q = Vazão em litros por minutos


V = Volume em litros ou dm3
A = Área da seção transversal
S = Curso ou comprimento.

O curso “S” na unidade de tempo “t” é:

Velocidade ; de onde podemos ter, com Q = A . v

Equação da continuidade

Q1 = Q2 J A1. v1 = A2. v2

HIDRÁULICA 16
1.3.2 Conservação da Energia

A Lei da conservação da energia nos diz que em um fluxo a energia


permanece constante, enquanto não houver troca de energia com o exteri-
or.
Podemos dividir a energia total desta forma:

ƒ Energia de posição (energia potencial) que esta em função da


altura da coluna do fluido.
ƒ Energia de pressão que é a pressão estática.
ƒ Energia cinética que é a energia de movimento em função da
velocidade do fluxo ou pressão dinâmica.

Equação de Bernoulli para um sistema estacionário:

ñ . h . g + P +r . = Constante

Onde: P = Pressão estática;

ñ . h . g = Pressão da coluna do fluido

ñ. = Pressão dinâmica

Pela equação de Bernoulli, é possível comprovar que um fluido ao pas-


sar por uma seção transversal reduzida provocará um aumento da velocida-
de e como conseqüência um aumento da energia cinética.
Com a figura abaixo podemos observar as diferenças de pressão em
um tubo que possui um estrangulamento, a pressão é representada por uma
coluna de fluido.

Figura 1.4: Coluna do fluido


Fonte: Treinamento Hidráulico, REXROTH p.15

A altura das colunas representa pressão, portanto, observem no es-


trangulamento.
Em uma instalação hidráulica é importante a energia de pressão ou
pressão estática. A energia de posição e a energia cinética são muito peque-
nas, portanto podemos desprezá-las.

HIDRÁULICA 17
1.3.3 Perdas de Energia por Atrito

Quando um fluido movimenta-se em um sistema produzindo calor por


atrito, perde-se uma parte da energia em forma de energia térmica, causan-
do perda de pressão.
A Energia hidráulica não pode ser transmitida sem perdas. A quantida-
de de energia perdida por atrito depende de:

ƒ Comprimento da tubulação;
ƒ Rugosidade interna da tubulação;
ƒ Números de conexões e derivações;
ƒ Diâmetro da tubulação;
ƒ Velocidade do fluxo.

1.3.4 Regimes de Fluxos

O fluxo em um sistema hidráulico pode ser laminar ou turbulento.

FIGURA 1.5: Fluxo lamiar e fluxo turbulento


FONTE: Treinamento Hidráulico, REXROTH p.15

1.3.5 Número de Reynolds [Re]

Para se saber quando o fluxo é laminar ou turbulento, devemos definir


o número de Reynolds, que se obtém através da seguinte fórmula:

Onde: Re - Número de Reynolds;


- Densidade do fluido;
v - Velocidade [cm/s];
D - Diâmetro interno do tubo [cm];
µ - Viscosidade absoluta em [poise];
v - Viscosidade cinética [cSt], para um óleo a 220SSU e
38ºC = 0,475 Stokes.

HIDRÁULICA 18
Número de Reynolds: De 0 até 2000 Re – Fluxo laminar
De 2000 até 3000 Re – Fluxo transitório
Maior que 3000 Re – Fluxo turbulento.

1.3.6 Resistência à Passagem de Fluido

Se um fluido escoa por um tubo, a pressão vai se tornado cada vez


menor em virtude da resistência à passagem.
A queda de pressão depende do atrito interno do fluido e do atrito do
fluido com as paredes. Mas, existem alguns fatores que influência, como: a
velocidade, o regime de fluxo, a viscosidade, acabamento interno do tubo,
as conexões, as válvulas, o diâmetro e comprimento do tubo.
Por exemplo, em um tubo de 1 m de comprimento escoa uma vazão
de 10 L/min. e se lê a diferença de pressão de 50 kPa se escreve:

Resistência à passagem

1.3.7 Dimensionamento de tubos em função da


velocidade

Tabela de velocidades de fluxo recomendadas no sistema oleodinâmico:

TABELA 1.1: Tabela de velocidades

Partindo-se da velocidade recomendada, podemos dimensionar o diâ-


metro da tubulação, sabendo-se a vazão do sistema.

Cuidado! Com as unidades das grandezas.

Onde: D = diâmetro interno do tubo;


Q = vazão; v = velocidade do fluido.

HIDRÁULICA 19
Exemplo em função da velocidade
Dimensionar o tubo de uma linha que trabalha com uma pressão de 80
bar e vazão de 50 l/min. A velocidade recomendada, conforme tabela acima.
Dados: Q = 50 L/min. ou Q = 833,3 cm3/s

P = 80 bar, então adotaremos velocidade v=4,5 m/s ou v=450 cm/s

Solução: D = 1,536 cm

O diâmetro interno do tubo recomendado será de 1,536 cm ou 15,36


mm, mas comercialmente 5/8 de polegada.

1.3.8 Dimensionamento em função da perda de carga

Na linha de pressão de um sistema hidráulico:


Durante o escoamento do fluido através do sistema hidráulico, pode
ocorrer uma perda de carga, que é dividida em vários fatores. Todos os fato-
res entram no calculo da perda de carga da seguinte forma:

Onde: P = Perda de carga na linha [bar];


f = Fator de fricção [adimensional];
L = L1 + Ls = Comprimento total [cm];
L1 = Comprimento da tubulação retilínea[cm];
Ls = Comprimento equivalente das singularidades [cm];
D = Diâmetro interno da tubulação [cm];
V = Velocidade de escoamento do fluido [cm/s];
y = Densidade do fluido [kg/m3] (Para o óleo SAE10 igual
a 881,1kg/m3).
21591 e 9266 = Fator de conversão para a uniformização
das unidades.

Fator de fricção “f”

Onde: X = 64 para tubos rígidos e temperaturas constates;


X = 75 para tubos rígidos e temperaturas variáveis ou para
tubos flexíveis e temperaturas constantes;
X = 90 para tubos flexíveis e temperaturas variáveis

HIDRÁULICA 20
Exemplo em função da perda de carga

a) Determinar a vazão necessária no sistema em função dos atuadores;

Assumiremos uma vazão de Q = 50 L/min.

b) Determinar a velocidade em função do tipo de linha e pressão;

Assumiremos uma pressão na linha de 80 bar, portanto uma velocida-


de de v = 450 cm/s, conforme tabela de velocidade recomendável

c) Determinar o diâmetro em função da velocidade e da vazão;

Diâmetro interno do tubo D = 1,536 cm, calculado no exemplo ante-


rior.

d) Determinar número de Reynolds, conforme fórmula acima;

e) Determinar o Fator de fricção “f”.

Para um tubo flexível e temperatura variável - X = 90

f) Determinar o comprimento total “L” em função da planta e da tabe-


la de comprimentos equivalentes para as perdas localizadas.

Em nosso caso, considerar:

ƒ 4 mangueiras flexíveis;
ƒ 2 cotovelos de 90º raio curto;
ƒ 2 cotovelos de 90º raio longo.

L1 = 320 cm comprimento das 4 mangueiras do sistema

Conforme tabela de perdas localizadas nas conexões, respectivamen-


te:

Comprimento de 40 e 20 cm/unidade.

Resultando:

HIDRÁULICA 21
g) Determinar DP = Perda de carga na linha de pressão;

h) Determinar as perdas localizadas nas válvulas especiais (catálogo de


fabricante);

Uma válvula especial de retenção pilotada de 5/8" montada em linha


perde, conforme catalogo de fabricante dP = 1,10 bar.

i) Determinar a perda total e subtrair da pressão fornecida e verificar


se a pressão efetiva será ou não suficiente para o sistema.

PTOTAL = P + dP = 1,58 +1,10 = 2,68 bar


Pressão fornecida, P = 80 bar
Pressão efetiva (PE) entre os dois pontos:
PE = P - PTOTAL = 80 – 2,68 = 77,32 Bar

Conclusão:

O que podemos concluir, é que o cálculo da perda de carga no sistema


hidráulico é importantíssimo, pois a partir dele, saberemos se a pressão que
fornecemos ao sistema é suficiente para aquilo se propõe a fazer.

HIDRÁULICA 22
HIDRÁULICA
23
TABELA 1.2: Comprimentos equivalentes a perdas localizadas (em polegadas de canalização retilínea)
1.4 Vantagens e Desvantagens dos Sistemas
Hidráulicos
Os sistemas hidráulicos são utilizados quando não é possível empregar
outro sistema como mecânico, elétrico ou pneumático.

1.4.1 Vantagens:

ƒ Dimensões reduzidas e pequeno peso com relação a potência


instalada;
ƒ Reversibilidade instantânea;
ƒ Parada instantânea;
ƒ Proteção contra sobre carga;
ƒ Variação de velocidade com facilidade;
ƒ Possibilidade de comando por apalpador em copiadores hidráuli-
cos.

1.4.2 Desvantagens:

ƒ Seu custo é mais elevado que o elétrico e mecânico;


ƒ Baixo Rendimento, devido a fatores como: A transformação da
energia elétrica em mecânica e mecânica em hidráulica para,
posteriormente ser transformada em mecânica novamente. Mais
o atrito interno e externo nos componentes e os vazamentos.

Comparando-se com a pneumática os sistemas hidráulicos possuem


um controle mais apurado na força e na velocidade, além de poderem traba-
lhar com pressão bem maiores, possibilitando assim uma transmissão de po-
tência maior. Perdem no custo de instalação do sistema que é bem mais caro
que a pneumática.

1.5 Potência
1.5.1 Potência Hidráulica

Em um sistema hidráulico é convertida a energia mecânica (provenien-


te de um motor elétrico ou térmico) em uma energia hidráulica. Então te-
mos:

ƒ Potência no motor elétrico: Pel. ( Watts ) = V (Volts) . I (Ampére)


ƒ Potência no acoplamento ou mecânica: Pm = M (Nm). w (1/s)
ƒ Potência hidráulica: Ph = P (N/m2). Q (m3/s)

Rendimento - Como já vimos, existem perdas por atritos, vazamen-


tos e etc. Portanto nem toda energia fornecida ao sistema é transformada na
aplicação desejada.
htotal da bomba =

HIDRÁULICA 24
CAPÍTULO
CAPÍTULO 2
FATORES RESULTANTES
RESULT
DA PRESSÃO NUM
SISTEMA
Em um sistema hidráulico a função da bomba é fornecer vazão ao sis-
tema, a pressão resultará de dois fatores:

FIGURA 2.1 e 2.2: Carga sobre o atuador


FONTE: SENAI SP, p.21

HIDRÁULICA 25
FIGURA 2.3: Restrição na tubulação
FONTE: SENAI. SP, p.21

À medida que a torneira começa a ser fechada a pressão aumenta


gradativamente, devido à dificuldade de passagem pelo estrangulamento,
até atingir a pressão máxima quando ocorrerá a abertura da válvula de alívio
e toda a vazão será desviada para o reservatório.

2.1 Tipos de Pressão, Unidades de Pressão e


Outras Grandezas
Pressão atmosférica: É o peso da coluna de ar da atmosfera em 1 cm2
de área
Pressão relativa: É a pressão registrada no manômetro
Pressão absoluta: É a soma da pressão manométrica com a pressão
atmosférica

Para melhor compreender as leis e o comportamento dos fluidos, de-


vemos considerar as grandezas físicas e sua classificação nos sistemas de
medidas, sendo adotado nesta apostila o Sistema Internacional de Medi-
das, abreviadamente “SI”.

HIDRÁULICA 26
CAPÍTUL
CAPÍTULO
UNID
O
ADES
3
UNIDADES
FUND AMENT
FUNDAMENT AIS DO
AMENTAIS
SISTEMA INTERNACIONAL
INTERNACIONAL

TABELA 3.1: Unidades fundamentais do Sistema Internacional

3.1 Conversão das Principais Unidades de


Pressão
A utilização da tabela de conversão de unidades de pressão consiste
em tomar o valor do módulo da unidade conhecida na coluna e multiplicar
pelo valor da unidade solicitada na linha.

TABELA 3.2: Conversão das principais unidades de pressão

HIDRÁULICA 27
3.2 Unidades de Pressão mais Utilizadas em
Sistemas Hidráulicos

TABELA 3.3: Unidades de pressão mais utilizadas no sistema hidáulico

Exemplo: A pressão atmosférica ao nível do mar corresponde aproxi-


madamente a uma coluna de água com 10,13 metros de altura.

3.3 Principais Unidades de Capacidade ou


Volume

TABELA 3.4: Principais unidades de capacitação ou volume

Exemplo: 1 m³ = 35,3147 ft3

3.4 Principais Unidades de Força

TABELA 3.5: Principais unidades de força

HIDRÁULICA 28
3.5 Principais Unidades de Vazão

TABELA 3.6: Principais unidades de vazão

HIDRÁULICA 29
CAPÍTULO
CAPÍTULO 4
COMPOSIÇÃO DOS
SISTEMAS HIDRÁULICOS
Os sistemas hidráulicos compõem-se das seguintes etapas:
transmissão transmissão
GERAÇÃO CONTROLE ATUADORES

A geração é constituída pelo reservatório, filtros, bombas, motores,


acumuladores entre outros acessórios. O controle é constituído por válvulas
controladoras de vazão, pressão e direcionais. No sistema de atuação en-
contram-se os atuadores, que podem ser os cilindros, osciladores e motores.

4.1 Posição do reservatório


O reservatório de fluido poderá ser montado em duas posições com
relação à bomba:

FIGURA 4.1: Posição do reservatório em relação à bomba


FONTE: SENAI. SP, p.17

Se o nível de óleo é de 30 dm acima da bomba, a pressão na entrada da


bomba é igual a 30dm. 0,96 Kgf/dm3 = 27 Kgf/dm2 = 0,27 Kgf/cm2, a
bomba esta sendo alimentada com uma pressão positiva.

Se o nível de óleo é de 30 dm abaixo da bomba, o mecanismo da


bomba gera um vácuo na sua entrada para sucçionar o óleo. O vácuo gerado
é igual a 30dm. 0,96 Kgf/dm3 = 27 Kgf/dm2 = 0,27 Kgf/cm2.

HIDRÁULICA 30
CAPÍTUL
CAPÍTULOO 5
SIMBOLOGIA / RESUMO
SIMBOLOGIA
Símbolos gráficos mais utilizados para componentes de sistemas hidrá-
ulicos são:

TABELA 5.1: Linhas de fluxo

TABELA 5.2: Símbolos funcionais

HIDRÁULICA 31
TABELA 5.3: Fontes de energia

TABELA 5.4: Válvulas direcionais

TABELA 5.5: Métodos de acionamento

HIDRÁULICA 32
TABELA 5.6: Válvulas controladoras de vazão

TABELA 5.7: Válvula de retenção

HIDRÁULICA 33
TABELA 5.8: Válvula reguladora de pressão

TABELA 5.9: Reservatório

HIDRÁULICA 34
TABELA 5.10: Bombas

TABELA 5.11: Motores

HIDRÁULICA 35
TABELA 5.1: Cilindros

HIDRÁULICA 36
TABELA 5.1: Instrumentos e acessórios

HIDRÁULICA 37
CAPÍTULO
CAPÍTULO 6
BOMBAS HIDRÁULICAS
Bombas hidráulicas são componentes utilizados para fornecer vazão
ao sistema, fornecendo energia necessária ao fluido.

6.1 Tipos
6.1.1 Bomba de Deslocamento Não Positivo

Nestas bombas não existe vedação entre a entrada e a saída; um pe-


queno aumento da pressão reduz a vazão na saída. Exemplo: Bombas centrí-
fugas que possuem fluxo radial. Existe também as que possuem fluxo axial,
são constituídas por uma hélice rotativa.

FIGURA 6.1, 6.2 e 6.3: Bombas hidráulicas


FONTE: VICKERS, 1983 p.11-1
6.1.2 Bomba de Deslocamento Positivo

Bomba de Engrenagens

FIGURA 6.4: Bombas de engrenagens


FONTE: RACINE, 1981 p.130

HIDRÁULICA 38
Princípio de Funcionamento das Bombas de Engrenagem

Com o desengrenamento das engrenagens motora e movida, o fluido


é conduzido da entrada para a saída nos vãos formados pelos dentes das
engrenagens e as paredes internas da carcaça da bomba; com o
reengrenamento das engrenagens, o fluido é “espremido” e forçado para a
saída.

Características:

ƒ Possuem construção bem simples, pois existem, normalmente,


somente duas peças móveis;
ƒ São de fácil manutenção;
ƒ São de vazão fixa;
ƒ Preço mais baixo em relação aos outros tipos de bombas;
ƒ Pressão de operação até 250 Kgf/cm²;
ƒ Rendimento de 80 a 85%;
ƒ Elevado ruído (reduzido nas bombas de engrenagens helicoidais);
ƒ Tolerância à impurezas maior que as demais bombas.

Bomba de engrenagens internas

FIGURA 6.5: Bombas de engrenagens internas


FONTE: RACINE, 1981 p.132

Bomba de Engrenagens Helicoidais

FIGURA 6.6: Bombas de engrenagens espinha de peixe


FONTE: RACINE, 1981 p.131

HIDRÁULICA 39
6.1.3 Bombas de Palhetas

Características:

ƒ Construção simples, porém possui maior número de peças mó


veis. (Palhetas);
ƒ São de fácil manutenção;
ƒ Podem ser de vazão fixa ou variável;
ƒ Pressão de trabalho: até 210 kg/cm² para bombas de anel elíptico
(Balanceadas);
ƒ 70 kg/cm² para bombas autocompensadoras;
ƒ Rendimento 75 a 80%;
ƒ Baixo ruído;
ƒ Pouca tolerância às impurezas.

Tipos:

De Vazão Fixa (Balanceada)

FIGURA 6.7: Bombas de vazão fixa


FONTE: Treinamento Hidráulico, REXROTH p.40

De Vazão Variável com Compensação de Pressão

HIDRÁULICA 40
FIGURA 6.8, 6.9 e 6.10: Bombas de vazão variável com compensação de pressão
FONTE: RANCINE, 1981 p.137

6.1.4 Bombas de Pistões

Características

ƒ Possuem construção muito precisa;


ƒ São de difícil manutenção;
ƒ Podem ser de vazão fixa ou variável (variável somente as de pis-
tões axiais);
ƒ Pressão de operação até 700 Kg/cm²;
ƒ São as que têm melhor rendimento que gira em torno de 95%;
ƒ Baixo ruído;
ƒ São as que menos toleram impurezas.

Tipos

FIGURA 6.11: Bombas de pistões axiais de eixo inclinado ou desalinhado


FONTE: Treinamento Hidráulico, REXROTH p.56

FIGURA 6.12: Bombas de pistões radiais


FONTE: Treinamento Hidráulico, REXROTH p.46
HIDRÁULICA 41
FIGURA 6.13: Bombas de pistões axiais de placa ou disco inclinado
FONTE: Treinamento Hidráulico, REXROTH p.52

6.2 Montagem e Instalação de Bombas


Bombas em série - quando a bomba hidráulica tem baixo poder de
sucção instala-se uma bomba auxiliar (bomba de carga) cuja função é ali-
mentar a bomba principal.

FIGURA 6.14: Bombas em série

Bombas em paralelo - São utilizadas em casos onde se necessita de


duas velocidades em atuadores, uma rápida e outra lenta. O rápido com
pouca força e o lento com grande força, se aplica também em casos de
sistemas com circuitos independentes.

FIGURA 6.15: Bombas em paralelo

B1 = Bomba número 1 B2 = Bomba número 2


Q1= Baixa vazão Q2 = Alta vazão
P1 = Alta pressão P2 = Baixa pressão.

Sistema com vazão Q1 + Q2, a pressão é menor que P2. Sistema com
pressão maior que P2, vazão do sistema igual a Q1 até atingir a pressão P1.

HIDRÁULICA 42
FIGURA 6.16: Exemplo de aplicação de bombas de pistões radiais

6.2.1 Cuidados na instalação de bombas

Como qualquer equipamento elétrico ou mecânico, requer uma série


de cuidados para garantir uma vida útil mais longa. Para isso, devemos alinhar
corretamente o motor de acionamento à bomba, tanto no sentido axial no
como angular. Indicado a utilização de acoplamentos flexíveis, porque, mes-
mo com instrumentos de precisão sempre haverá um pequeno
desalinhamento.
O sentido de rotação e a escorva (preencher a bomba) deverá ser
observado com atenção, pois se instalado com rotação contraria e sem óleo
irá aquecer rapidamente, levando a inutilização da mesma.

6.2.2 Cavitação

Entende-se por cavitação a formação temporária de espaços vazios ou


bolhas, devido a quedas de pressão no fluido, chegando a ponto de vapori-
zação. Com aumento da pressão as bolhas desfazem-se repentinamente,
implodindo e cavando material das superfícies (estalando como pipocas) que
estava em contato com a bolha “Ocorre o efeito diesel”, além de interferir
na lubrificação.
Quando há cavitação, as medidas a ser tomadas são:

ƒ Verificar filtros e respiro do reservatório, se não estão entupi


dos.
ƒ Verificar se a viscosidade é a recomenda pelo fabricante;
ƒ Verificar se as dimensões das linhas estão corretas;
ƒ Escorvar (preencher) a bomba com óleo no princípio do funcio
namento;
ƒ Se a pressão barométrica está conforme especificação do fabri
cante.

6.2.3 Aeração

O fenômeno da aeração é similar ao da cavitação, inclusive seus efei-


tos sobre a bomba e demais componentes do sistema.
A condição de aeração também é detectada pelo elevado ruído metá-
lico.

HIDRÁULICA 43
Sua causa, entretanto é distinta, ocorre em função da entrada de ar
pela linha de sucção, e não em função da evaporação.

Quando há aeração, as medidas a ser tomadas são:

ƒ Verificar as ligações entre os componentes da linha de sucção se


estão bem vedadas;
ƒ Evitar que a bomba arraste fluido com bolhas de ar do reservató-
rio (pseudocavitação), por não estar associado com a pressão de
vapor.

HIDRÁULICA 44
CAPÍTUL
CAPÍTULOO 7
VÁLVULAS DIRECIONAIS
VÁLVULAS
Válvulas direcionais são responsáveis pelo direcionamento do fluido.
Suas características principais são:

ƒ Nº de posições: contadas a partir do nº de quadrados da


simbologia.

ƒ Nº de vias: contadas a partir do nº de tomadas que a válvula


possui. (em apenas uma posição).

Tipos de acionamento: Pode ser manual ou automático:

Tipo de centro: podem ser aberto ou fechado.

HIDRÁULICA 45
As vantagens do centro aberto são:

ƒ Menor desgaste da bomba;


ƒ Menor aquecimento do óleo;
ƒ Menor consumo de energia.

Exemplo de operação de uma válvula de carretel (Spool) deslizante:

FIGURA 7.1: Válvula carretel


FONTE: RANCINE, 1981 p.174

7.1 Sobreposição das Válvulas Direcionais


7.1.1 Tipos Construtivos para Válvulas

As válvulas direcionais, conforme aplicação, são válvulas de assento ou


de corrediça (com êmbolo ou placas deslizantes).

FIGURA 7.2: Válvula direcional com êmbolo deslizante

Na hidráulica são predominantes as de êmbolo deslizante, para pres-


são até 300 bar. Porém, os êmbolos metálicos com o corpo da válvula apre-
sentam uma folga de poucos microns (mm), mesmo assim, há ocorrência de
vazamento interno da conexão de maior pressão para a de menor pressão.
As válvulas direcionais de assento diferem fundamentalmente das vál-
vulas de êmbolo, pela sua vedação isenta de vazamentos. Na ilustração abai-
xo, o elemento esférico representa uma válvula direcional de assento esféri-

HIDRÁULICA 46
co e o elemento cônico uma válvula direcional de assento cônico, ambas V.D
3/2 vias, que associadas representam uma V.D 4/2 vias.

FIGURA 7.3: Válvula direcional com assento esférico

Devido a uma força externa para vencer a força da mola, êmbolo su-
perior estar mantendo a esfera encostada ao assento, como isto representa-
do é V.D 4/2 vias, observamos que P esta para B e A esta para T. Se eliminar-
mos a força externa, a força da mola afastará a esfera, conseqüentemente P
passará para A e no mesmo instante pilotará o elemento cônico permitindo
que B passe para T.

Sobreposição de Comando nas Válvulas Direcionais de Pistão

Conforme o tipo de êmbolo de comando, ao serem comutadas as vál-


vulas para uma outra posição de comando, as conexões são fechadas ou
interligadas durante um determinado tempo. Isto é denominado de
sobreposição positiva ou negativa de comando.

A sobreposição positiva é onde todas as conexões fecham-se du-


rante a comutação, por um pequeno tempo, formando CF, neste caso não
existe perda de pressão, mas conseqüentemente existe o surgimento de
golpes de comando por causa do pico de pressão.

FIGURA 7.4: Sobreposição positiva


FONTE: Treinamento Hidáulico, REXROTH p.97

A sobreposição negativa é quando durante a comutação todas as


conexões estão interligadas durante um pequeno tempo, formando um H,
neste caso não temos a formação de golpes de comando e picos de pressão,
mas há queda de pressão, onde se esvazia os acumuladores de pressão e se
existir cargas podem descer.

HIDRÁULICA 47
FIGURA 7.5: Sobreposição negativa
FONTE: Treinamento Hidráulico, REXROTH p.97

Solenóides - Nas válvulas direcionais os solenóides acionam o spool


das válvulas direcionais possibilitando a passagem do fluxo.O solenóide con-
siste basicamente de três elementos: a armadura, o “T” ou martelo e a bo-
bina.
Quando passamos uma corrente elétrica na bobina é gerado um cam-
po magnético que empurra o martelo para baixo que, por sua vez deslocará
o carretel de direcional dando nova direção ao fluxo do fluído.

FIGURA 7.6: Esquema de solenóide


FONTE: RANCINE, 1981 p.177

7.1.2 Tipos de solenóides

ƒ De corrente alternada (220V) - alta velocidade do núcleo, po-


rém se este não chegar a final do curso queima-se rapidamente
(1 a 1,5 hs para os imersos em óleo e 10 a 15 minutos para os
secos). Há também solenóides com voltagem de 110 V.
ƒ De corrente contínua (24V) - é mais lento que o anterior.
ƒ Solenóide em banho de óleo - movimenta-se suavemente e
deve ter preferência no caso de clima úmido ou ao ar livre.

HIDRÁULICA 48
Solenóides em Eletroválvulas

TABELA 7.1: Solenóides em eletroválvulas

7.1.3 Válvulas Direcionais Pré-Operadas (Sanduíche de


Válvulas)

São válvulas de tamanho nominal grande e de elevada potência hi-


dráulica (P. Q). Funciona da seguinte forma: Uma válvula pequena comanda-
da por solenóides é acionada deslocando o spool o qual permite a passagem
do óleo que irá para o êmbolo da válvula principal. Por esse motivo são cha-
madas de válvulas de duplo acionamento ou eletro-hidráulicas.

FIGURA 7.7: Válvula de duplo acionamento


FONTE: REXROTH, 1983 p.106

HIDRÁULICA 49
Exemplo prático:

FIGURA 7.8: Válvula direcional 4/3 vias, pré-acionadas por solenóides, acionada por pressão
hidráulica, centrada por mola; de piloto e dreno interior

HIDRÁULICA 50
CAPÍTULO
CAPÍTULO 8
REGISTROS
Os registros têm como função isolar parte do circuito hidráulico. São
de acionamento demorado e cansativo na grande maioria, não podendo ser
usados quando a resposta a um acionamento tem que ser rápida e precisa.

8.1 Tipos de registros

FIGURA 8.1, 8.2, 8.3 e 8.4: Registros


FONTE: RANCINE, 1981 p.167-168

Simbologia

HIDRÁULICA 51
CAPÍTUL
CAPÍTULOO 9
ATUADORES LINEARES
TUADORES
Atuadores lineares são chamados de cilindros e tem como função trans-
formar força, potência ou energia hidráulica em força, potência ou energia
mecânica. A figura abaixo representa um cilindro de dupla ação.

FIGURA 9.1: Componentes do cilindro


FONTE: RANCINE, 1981 p.73

Simbologia

9.1 Amortecimento do Fim de Curso nos


Cilindros Hidráulicos
Tem como função à frenagem ou desaceleração até a parada final,
evitando o impacto no fim do curso. Este tipo de amortecimento faz parte
dos cilindros que não podem ter impactos ao chegar no fim de curso, princi-
palmente quando trabalha com velocidades elevadas, estes efeitos normal-
mente são prejudiciais ao sistema.

HIDRÁULICA 52
O amortecimento consiste de coxins junto ao êmbolo, que ao chega-
rem próximo do fim do curso encontrarão uma câmara reduzida, associado a
uma válvula de estrangulamento para a regulagem, e mais uma válvula de
retenção para facilitar o arranque do cilindro, conforme figura abaixo:

FIGURA 9.2 e 9.3: Amortecimento


FONTE: RANCINE, 1981 p.116

9.2 Vedações para Cilindros e Demais


Componentes
Além das vedações estáticas entre as partes firmes ligadas, necessita-
se, no cilindro hidráulico, gaxetas dinâmicas entre as peças móveis, que de-
vem ter boa vedação entre as partes, boa resistência ao desgaste e pouco
atrito.
Para selecionar a vedação dos elementos devemos verificar a compati-
bilidade com o fluido, a relação de pressão, o tipo de aplicação e a constru-
ção dos componentes.
Juntas – Juntas são dispositivos para vedar superfícies planas. Os pro-
jetos mais antigos de flanges e válvulas montadas em sub-placas usam esse
tipo de vedação. Atualmente os equipamentos hidráulicos usam com mais
freqüência os anéis “O’ring” retentores torneados ou gaxetas de compres-
são. Os principais tipos de vedação para cilindros são:

ƒ Anéis de segmento - Este tipo de vedação também é


comumente encontrado nos pistões dos motores a explosão. É excelente
para a garantia de uma vida longa e aplicações de cargas instantâneas. Este
tipo de vedação apresenta um bom rendimento, devido o baixo atrito, prin-
cipalmente em cilindros que trabalham com altas velocidades e grandes pres-
sões, conforme figura abaixo

HIDRÁULICA 53
ƒ Anéis em V - São usados em grupos de 2,4 ou 6 anéis, de acordo
com a pressão de trabalho. Em cilindros de dupla ação, são utilizados um jogo
de cada lado do pistão. Para se determinar o número de anéis a ser utilizado,
a regra é que para cada 45 bar, coloca-se um anel, levando em conta, sem-
pre um número mínimo de dois anéis.

ƒ Anéis Tipo Copo - Este tipo de vedação trabalha em faixa de


pressão baixa, portanto mais usados em cilindros pneumáticos. Provavelmente,
foi um dos primeiros a ser utilizados.

FIGURA 9.4: Anéis tipo “copo”


FONTE: RANCINE, 1981 p.79-81

ƒ Anéis do Tipo O (“O” Ring) - É sistema de vedação simples,


efetuada com um anel de borracha. Porém, com atrito elevado e causa da-
nos ao anel quando submetido à pressão, é possível melhorar utilizando-se
do sistema de Back up que consiste na colocação de dois anéis limitadores de
teflon ou material similar, que evitam danos ao anel.

FIGURA 9.5: Anéis tipo O


FONTE: RANCINE, 1981 p.79
ƒ Anéis U e Block V - Os anéis U são mais econômicos em relação
ao tipo lábio de dupla ação. São originalmente de borracha e de fácil reposi-
ção, não necessitam de qualquer adaptador. Para sistemas que trabalham
com pressões elevadas, recomenda-se a utilização dos anéis Block em V
para obter um melhor rendimento.

ƒ Anéis Tipo Lábio de Dupla Ação – O anel de borracha sintética é


colocada ao pistão e cargas laterais são evitadas pela adição de um prato
guia. Tem funcionamento semelhante a anel tipo copo, trabalha em sistemas
de baixa pressão.

FIGURA 9.6: Anéis tipo lábio de dupla ação


FONTE: RANCINE, 1981 p.80-1

HIDRÁULICA 54
CAPÍTULO
CAPÍTULO 10
ATUADORES ROT
TUADORES ATIV
ROTA OS
TIVOS
Os atuadores rotativos têm como função transformar energia hidráuli-
ca em energia mecânica rotativa e apresentam construção semelhante à das
bombas. Classificam-se em:

a) Motor hidráulico

FIGURA 10.1: Comparação entre uma bomba e um motor de engrenagem


FONTE: RANCINE, 1981 p.204

Simbologia

Os motores hidráulicos assim como as bombas possuem um limite para


o volume de admissão (fluxo) máximo, bem como de uma pressão máxima
de trabalho.
Os componentes internos do motor trabalham submersos em óleo que

HIDRÁULICA 55
é continuamente retirado por um dreno cujas funções são:

ƒ Lubrificar;
ƒ Refrigerar;
ƒ Impedir a entrada de ar.

b) Motores oscilantes ou osciladores

São usados para transmitir movimento rotativo alternado com ângulo


de rotação limitado.

Tipos

Pinhão Cremadeira

FIGURA 10.2: Pinhão cremadeira


FONTE: Treinamento Hidráulico, REXROTH, p.77

Motores Oscilantes ou Osciladores:


São para transmitir movimento rotativo alternado co ângulo de rotação limi-
tado

FIGURA 10.3: Motores oscilantes ou osciladores


FONTE: RACINE, 1981 p.219

HIDRÁULICA 56
Oscilador com Cilíndro

FIGURA 10.4: Osciladores com cilíndro


FONTE: RACINE, 1981 p.220

Oscilador com Rosca Sem-Fim

FIGURA 10.5: Osciladores com rosca sem-fim


FONTE: RACINE, 1981 p.220

Oscilador de Palheta

FIGURA 10.6: Osciladores de palheta


FONTE: RACINE, 1981 p.219

Simbologia

HIDRÁULICA 57
CAPÍTULO
CAPÍTULO 11
VÁLVULA DE BL
VÁLVULA OQUEIO
BLOQUEIO
São também chamadas válvula de retenção e bloqueiam a passagem
do fluxo num sentido permitindo fluxo reverso livre.

Tipos

Válvula de Retenção Simples

FIGURA 11.1: Válvula de retenção simples


FONTE: Treinamento Hidráulico, REXROTH, p.81

Válvula de Retenção Pilotada Geminada

FIGURA 11.2: Válvula de retenção pilotada geminada


FONTE: Treinamento Hidráulico, REXROTH, p.81

Válvula de Retenção Pilotada

FIGURA 11.3: Válvula de retenção pilotada


FONTE: Treinamento Hidráulico, REXROTH, p.83

HIDRÁULICA 58
11.1 Válvula de pré-enchimento ou de sucção
Quando um sistema requer cilindro de grandes dimensões usa-se vál-
vula de preenchimento ou de sucção o que possibilita grandes vantagens ao
sistema, sendo a principal, a maior velocidade à máquina.

FIGURA 11.4: Válvula de preenchimento ou de sucção


FONTE: Treinamento Hidráulico, REXROTH, p.86

HIDRÁULICA 59
CAPÍTULO
CAPÍTULO 12
RESERVATÓRIO
RESERV
São recipientes onde o óleo é armazenado. Suas principais funções
são:

ƒ Armazenar o fluido até que seja succionado pela bomba;


ƒ Auxiliar na dissipação do calor;
ƒ Permitir o assentamento das impurezas insolúveis.

Como regra geral o reservatório deve conter de duas a três vezes a


vazão da bomba, isto é, deve garantir o fornecimento de óleo para a bomba
por mais dois a três minutos mesmo que ocorra o rompimento da tubulação
de saída da mesma.

Os reservatórios podem ser:

ƒ Aberto: quando a pressão no interior do mesmo for igual a pres-


são atmosférica;
ƒ Pressurizado: quando a pressão no interior do mesmo for maior
que a pressão atmosférica.

12.1 Componentes do Reservatório

FIGURA 12.1: Componentes do reservatório


FONTE: RANCINE, 1994 - 9a Edição, p.64

HIDRÁULICA 60
Simbologia

12.2 Montagem das Linhas


Para o perfeito funcionamento do sistema hidráulico é importante a
observação do posicionamento das linhas de sucção e retorno.

FIGURA 12.2: Altura para montagem da linha de sucção


FONTE: RANCINE, 1994 - 9a Edição, p.60

h = 1,5 x o diâmetro da sucção para evitar que o filtro fique exposto à


parte livre do interior do reservatório quando em funcionamento.
h1 = no mínimo 75mm acima do fundo do reservatório para evitar a
sucção de impurezas depositadas no mesmo.
A linha de retorno deve ficar aproximadamente no ponto médio do
nível do fluido. Caso termine acima do nível causará a formação de espuma e
se montado muito próximo do fundo poderá remexer as impurezas ali depo-
sitadas.
Quando as linhas não possuírem filtros nas extremidades, devem ser
cortadas a 45º e montadas para a parede do reservatório facilitando o fluxo
normal do fluido.
Bocal de enchimento com filtro: Tem a finalidade de impedir a en-
trada de impurezas quando da alimentação de fluido e durante a operação,
pois o nível de fluido diminui e ocorre a entrada de ar no reservatório.

FIGURA 12.3: Bocal de enchimento com filtro


FONTE: REXROTH, p.166

HIDRÁULICA 61
12.3 Chicanas
São paredes (verticais ou horizontais) montadas no interior do reserva-
tório cujas funções são:

ƒ Evitar turbulência do fluido no tanque;


ƒ Permitir o assentamento de materiais insolúveis;
ƒ Auxiliar na dissipação de calor.

Tipos

Chicana horizontal: usada em reservatórios de altura limitada para


evitar a entrada de ar na bomba através do redemoinho (vórtice) que se
forma quando a bomba entra em funcionamento.

FIGURA 12.4: Chicana horizontal


FONTE: RACINE, 1994 - 9a Edição, p.61

Chicana vertical: usada em reservatórios de maior profundidade. Note


que o percurso percorrido pelo óleo no interior do reservatório seria bem
menor se não houvesse as chicanas.

FIGURA 12.5: Chicana vertical


FONTE: RACINE, 1994 - 9a Edição, p.62

Magnetos: são ímãs estrategicamente posicionados nas paredes do


reservatório para retirar do fluido as partículas metálicas.

Respiros: são necessários para permitir a entrada de ar da atmosfera


mantendo a pressão interna nos reservatórios abertos.

HIDRÁULICA 62
CAPÍTULO
CAPÍTULO 13
FLUIDOS HIDRÁULICOS
FLUIDOS
O fluido hidráulico é o elemento mais importante na durabilidade dos
componentes dos sistemas hidráulicos uma vez que ele circula por todo o
sistema contaminando-o e atingindo a todos os pontos do mesmo. Um bom
fluido hidráulico, com uma filtragem bem apurada contribuirá sobremaneira
para o aumento na vida útil dos componentes.
As principais funções dos fluidos hidráulicos são:

Transmitir energia: a energia sofre diversas transformações até ser


transformada em energia hidráulica que será transmitida pelo fluido e nova-
mente transformada em energia mecânica através da realização de trabalho.

FIGURA 13.1: Fluido hidráulico transmitindo energia


FONTE: VICKERS, 1980 - 6a Edição, p.1-123

HIDRÁULICA 63
Lubrificar e vedar partes móveis: o fluido deve possuir a caracterís-
ticas de ser bom lubrificante, pois os componentes dinâmicos necessitam ser
lubrificados durante o funcionamento.

FIGURA 13.2: Fluido hidráulico como lubrificante das partes móveis


FONTE: VICKERS, 1994 - 12a Edição, p.3-1

Resfriar ou dissipar calor: através do fluido, o calor é conduzido às


paredes do reservatório e destas, para a atmosfera.

FIGURA 13.3: A troca de calor através do fluido hidráulico


FONTE: VICKERS, 1994 - 12a Edição, p.3-2

13.1 Principais Fluidos Hidráulicos


Óleos minerais - São os fluidos hidráulicos derivados do petróleo; em-
bora o petróleo não seja um minério são chamados de minerais para diferenciá-
los dos óleos vegetais e demais óleos industriais.

Óleos sintéticos - São óleos produzidos para atender a determinadas


condições e especificações as quais os óleos minerais não atendem.

Fluidos resistentes ao fogo - São combinações de óleo mais água de


modo que não propaguem fogo em caso de incêndio; não significa dizer que
não queimem e sim que não dispersam o fogo em sua superfície como ocor-
re com os óleos lubrificantes.

HIDRÁULICA 64
A compressibilidade dos fluidos hidráulicos em geral é de 0,5% na
pressão de 70 Kgf/cm². Para sua utilização há necessidade de ficar atento
quanto a:

ƒ Nunca se deve misturar dois fluidos de fabricantes diferentes,


pois os aditivos podem reagir entre si deteriorando o óleo e en-
velhecendo-o precocemente;
ƒ A limpeza do sistema deve ser bem feita, pois testes precisos
revelaram que 10% do óleo “velho” deixado no interior do sis-
tema reduz 70% das qualidades do óleo novo;
ƒ Não utilizar método de somente completar o nível;
ƒ Quando o fluido hidráulico ficar parado pelo período aproximado
de dois meses após ter sido usado convém substituí-lo;
ƒ O tipo de óleo bem como o período da troca são recomendados
pelo fabricante;
ƒ Para determinar precisamente as condições de um fluido (grau
de oxidação e quantidade de contaminantes) devem ser realiza
dos testes de laboratórios;
ƒ Existem formas de se fazer um controle rotineiro na própria má-
quina durante a operação; isto tem permitido a prorrogação da
data da troca. Alguns fabricantes prestam esse tipo de serviço;
ƒ Guarde o óleo sempre em recipientes limpos e protegidos con-
tra as intempéries;
ƒ Mantenha as tampas dos recipientes hermeticamente fechadas.

13.1.1 Propriedades do Fluido

Viscosidade

Viscosidade é a resistência do fluido a escoar, ou seja, uma medida


inversa da fluidez.
Se um fluido escoa facilmente, sua viscosidade é baixa. Pode-se dizer
que o fluido é fino ou pouco encorpado.
Um fluido que escoa com dificuldade tem alta viscosidade, é grosso ou
muito encorpado, por isso é importância o controle de sua viscosidade.

13.1.2 Importância do Controle da Viscosidade

A viscosidade para os equipamentos hidráulicos é de importância fun-


damental:
Para qualquer máquina hidráulica, a viscosidade efetiva do fluido deve
ser um compromisso. É desejável uma alta viscosidade para manter a vedação
entre superfícies justapostas.
Entretanto, uma viscosidade muito alta aumenta o atrito, resultando
no seguinte:

ƒ Alta resistência ao fluxo;


ƒ Aumento do consumo de energia devido a perdas por atrito;
ƒ Aumento da temperatura causada pelo atrito;

HIDRÁULICA 65
ƒ Maior queda de pressão devido à resistência (aumento da perda
de carga).
ƒ Possibilidade de operação vagarosa (velocidade reduzida);
ƒ Dificuldade da separação do ar do óleo.

Se a viscosidade for baixa demais:

ƒ Os vazamentos internos aumentam;


ƒ Gasto excessivo ou talvez engripamento, sob carga pesada, de
vido à decomposição película de óleo entre as peças móveis;
ƒ Pode reduzir o rendimento da bomba, com uma operação mais
lenta do atuador;
ƒ Aumento de temperatura devido a perdas por vazamentos.

13.1.3 Métodos para definição da viscosidade

Alguns métodos para definir a viscosidade em ordem de exatidão de-


crescente são: Viscosidade Absoluta (Poise); Viscosidade cinemática em
centistokes; viscosidade relativa em S.U.S e SAE.

ƒ Viscosidade relativa S.U.S.

Para efeito prático, na maioria dos casos a viscosidade relativa já é su-


ficiente. Determina-se a viscosidade relativa cronometrando-se o escoamento
de uma dada quantidade de fluido, através de um orifício calibrado, a uma
determinada temperatura.
Há vários métodos em uso. O método, mas aceito é o do Viscosímetro
de Saybolt, que mede o tempo em que determinada quantidade de líquido
escoa através de um orifício. A viscosidade em Saybolt Universal Seconds
(SUS) é igual ao tempo gasto (em segundos) para este escoamento.
Obviamente, um líquido espesso escoará mais lentamente, e a viscosi-
dade SUS será mais alta do que para um líquido fino, que escoará mais rápi-
do.
Como o óleo é mais espesso a baixa temperatura e mais fino quando
aquecido, a viscosidade deve ser representada como tantos SUS naquela
temperatura.
Geralmente, os testes são feitos a 100ºF (37,5ºC) e 212ºF (100ºC).
Para as aplicações industriais, as viscosidade de óleo hidráulico geral-
mente estão na vizinhança de 150 SUS a 100ºF (37,5ºC). É uma regra geral
que a viscosidade dos fluidos hidráulicos nunca deve estar abaixo de 45 SUS
ou acima de 4.000 SUS, independentemente da temperatura. Onde se en-
contram temperaturas extremas, o fluido deve ter um alto índice de viscosi-
dade (IV).

HIDRÁULICA 66
FIGURA 13.4: Viscosímetro de Saybolt
FONTE: RACINE, 1994 - 9a Edição, p.51

ƒ Número SAE

Os números SAE foram estabelecidos pela Sociedade Americana dos


Engenheiros Automotivos para especificar as faixas de viscosidade SUS do
óleo às temperaturas de testes SAE. Os números de inverno (5W, 10W, 20W)
são determinados pelos testes a 0ºF (-17ºC). Os números para óleo de verão
(20, 30, 40, 50, etc.) designam a faixa SUS a 212ºF (100ºC).

ƒ Viscosidade ISO VG

O sistema ISO estabelece o número médio para uma determinada fai-


xa de viscosidade cinemática (cSt) a temperatura de 40° C.
Outra unidade de viscosidade usada em alguns países é o grau Engler
(°E). Existem ainda outras unidades, porém não vemos como necessário es-
tudarmos no nosso contexto.
Usando a tabela seguinte podemos converter um valor qualquer de
unidade de viscosidade em outra unidade bastando para isto usar uma régua
trabalhando com a mesma na horizontal e fazendo a leitura nas diferentes
escalas.

HIDRÁULICA 67
TABELA 13.1: Tabela de conversão de viscosidade

HIDRÁULICA 68
ƒ Índice de Viscosidade – IV

O índice de viscosidade é uma medida relativa da mudança de viscosi-


dade de um fluido como conseqüência das variações de temperatura.
Um fluido que tem uma viscosidade relativamente estável a tempera-
turas extremas, tem um alto índice de viscosidade (IV). Um fluido que é
espesso quando frio e fino quando quente, tem um baixo IV.
A tabela abaixo mostra uma comparação entre um fluido de IV 50 e
um de IV 90.
Compare essas viscosidades efetivas em 3 temperaturas:

TABELA 13.2: Comparação entre dois índices de viscosidade diferentes

A 37°C as viscosidades são iguais; 100°C as viscosidades são aproxi-


madas, porém a -17°C elas são bem diferenciadas. O óleo com IV mais alto
sofre menor alteração na viscosidade.

HIDRÁULICA 69
CAPÍTULO
CAPÍTULO 14
FILTROS
FILTROS
Tem a função de reter as partículas insolúveis do fluido. Os filtros, bem
como os elementos filtrantes podem ser de diversos tipos e modelos.
É recomendável que o filtro seja dimensionado para permitir a passa-
gem do triplo da vazão do sistema.
Se um determinado filtro comercial não suporta a vazão máxima de um
sistema pode-se montar dois ou mais deles em paralelo.

14.1 Tipos de Filtros Quanto à Posição de


Montagem
Filtro de sucção: Chamamos assim para os filtros montados entre o
reservatório e a bomba. (A algum tempo atrás se usava filtros de 130/150
mm, hoje o padrão já é de 60mm para filtragem na sucção e a tendência é
reduzir ainda mais.).

FIGURA 14.1: Filtro de sucção


FONTE: REXROTH, p.164

Filtro de pressão: São os filtros montados antes de alguns compo-


nentes que requeiram um grau de filtragem mais apurado como: servo-vál-
vulas, motores de pistões axiais, válvulas proporcionais, entre outros. (01 a
10 mm).

FIGURA 14.2: Filtro de pressão


FONTE: REXROTH, p.165

HIDRÁULICA 70
Filtro de retorno: são os filtros montados na linha de retorno do flui-
do para o reservatório.(20 a 40 mm).

FIGURA 14.3: Filtro de retorno


FONTE: REXROTH, p.165

Filtro com indicadores de impurezas: São filtros que possuem um


sistema de visualização de modo a facilitarem a manutenção; uma vez saturado
o elemento filtrante os técnicos visualizam facilmente essa saturação.

FIGURA 14.4: Filtro de retorno com indicador óptico (mecânico) de saturação

A medida que o fluido passa pelo filtro e as impurezas vão se acumu-


lando no elemento filtrante, a dificuldade de passagem faz a pressão na linha
aumentar e isso causa o deslocamento do êmbolo; a extremidade do êmbolo
está ligada a um dispositivo colorido que mostra, dependendo da condição
do elemento filtrante, uma determinada cor no visor do mesmo.

FIGURA 14.5: Filtro de retorno com indicador eletro-óptico de saturação

HIDRÁULICA 71
Semelhante ao anterior, porém, aqui o deslocamento do êmbolo irá
acionar um contato elétrico que emitirá um sinal de comando podendo, por
exemplo, acender uma lâmpada ciclicamente ou acionar um dispositivo so-
noro.
A válvula de retenção que aparece montada ao lado do filtro (monta-
gem em by pass) tem a função de permitir a passagem do fluido quando
ocorrer à saturação do elemento filtrante. É importante que se observe à
pressão de abertura dessa retenção para cada tipo de filtro. Esse dado é
fornecido em catálogos de fabricantes. O by pass normalmente acompanha
o elemento filtrante.
Pela posição de montagem da válvula de retenção em by pass identifi-
ca-se facilmente o tipo de filtro.

14.1.1 Materiais dos Elementos Filtrantes

Os materiais mais comumente utilizados na fabricação de elementos


filtrantes são:

ƒ Tela metálica – Feita de aço inoxidável;


ƒ Papel - Os filtros de papel filtram bem, porém não podem ser
lavados;
ƒ Fibra metálica – Apresenta algumas vantagens como segue:
ƒ Boa capacidade de absorção;
ƒ Longa vida útil;
ƒ Independente da temperatura;
ƒ Admite grande diferença de pressão.

A figura seguinte mostra alguns tipos de elementos filtrantes.

FIGURA 14.6: Exemplos de materiais filtrantes


FONTE: REXROTH, p.164

Elementos filtrantes de diversos materiais, como, da esquerda para a


direita: tela metálica, papel, fibra metálica.

HIDRÁULICA 72
CAPÍTUL
CAPÍTULOO 15
VÁL VULAS
VÁLVULAS
CONTROLADORAS DE
VAZÃO (FL UX
(FLUXO)
UXO)
As válvulas controladoras de vazão são utilizadas para influenciar na
velocidade de movimento dos atuadores, variando-se a área da seção trans-
versal de passagem do fluido. A área do orifício e o elemento controlável são
responsáveis pelo controle, mas existem outros fatores que afetam o con-
trole da velocidade, como o diferencial de pressão e a viscosidade do fluido,
portanto, estes fatores merecem cuidados quando o movimento exigido for
de precisão. Seus principais tipos são:

ƒ Válvulas controladoras de vazão sem compensação de pres


são - Este tipo é o mais simples que existe para controle de vazão, conheci-
das como redutoras de vazão, podem ser comparadas a uma torneira co-
mum, pois controlam restringindo ou aumentando a passagem do fluido em
seu interior. Com a mesma secção transversal varia a vazão em função da
alteração da pressão no local do estrangulamento.
Os elementos controladores e assento variam na sua forma de projeto
para projeto como podemos verificar:

FIGURA 15.1: Orifícios para regulagem de vazão


FONTE: RACINE, 1981 p.190

Estas válvulas controlam nos dois sentidos, sendo válvulas de controle


bidirecionais, mas se acrescentarmos uma retenção em paralelo passam a
ser válvulas de controle unidirecional, um único sentido.

ƒ Válvula controladora bidirecional e tipos de elementos con-


troladores

FIGURA 15.2: Válvulas reguladoras de vazão bidirecional


FONTE: SENAI - CTAI

HIDRÁULICA 73
ƒ Válvulas redutoras de vazão com retenção (controle unidire-
cional)

FIGURA 15.3: Válvula reguladora de vazão unidirecional


FONTE: RACINE, 1981 p.191

ƒ Válvula controladora de vazão com compensação de pres-


são

FIGURA 15.4: Válvulas reguladoras de vazão unidirecional, montagem em bloco e em linha


FONTE: RACINE, 1977 p.191

Com a mesma seção do estrangulamento a vazão permanece cons-


tante, independente da diferença de pressão na válvula controladora de va-
zão. Estas válvulas são utilizadas em sistemas hidráulicos que necessitam de
controle rigoroso da velocidade nos atuadores.
A vazão em uma seção de estrangulamento para um fluxo laminar é
calculada de acordo com a seguinte equação:

Onde: Q = Vazão;
A = Área da seção do estrangulamento;
P = Perda de pressão (Diferença de pressão entre A e B)
= Coeficiente de fluxo;
= Densidade do fluido;
= Coeficiente de resistência (atrito);
L = Comprimento do estrangulamento;
= Viscosidade;
V = Velocidade do fluxo;

dH = Diâmetro hidráulico = , onde U é o perímetro da seção.

HIDRÁULICA 74
O valor para o coeficiente de fluxo (j) depende da configuração do
estrangulamento; para cálculo podemos tomar entre 0,6 a 0,9.
Obs: Para a utilização prática no nosso caso, é importante saber que a
vazão é proporcional a diferença de pressão, pois a pressão é a energia pro-
pulsora.

ƒ Válvulas reguladoras de fluxo de 2 vias - Estas válvulas pos-


suem um estrangulamento (redutora de fluxo), um êmbolo compensador
mais uma mola calibrada para manter um diferencial de pressão (DP) cons-
tante no estrangulamento. Estas válvulas para perfeitamente para trabalha-
rem perfeitamente necessitam de uma pressão mínima de trabalho.

FIGURA 15.5: Construção tipo “A” estreitamento antes do compensador


FONTE: SENAI - CTAI

FIGURA 15.6: Construção tipo “B” estreitamento depois do compensador


FONTE: SENAI - CTAI

Explicações e provas matemáticas de como o balanceamento da pres-


são compensa as flutuações de pressões e mantém constante a vazão, estas
flutuações podem ocorrer na entrada P1 e na saída P3:

Na construção tipo “A”, pelo lado direito a pressão P1, atua sobre a
área do êmbolo A1, o produto da pressão e da área resulta numa força F1. Do
lado esquerdo a pressão P2, atua sobre a outra área do êmbolo A2, resultan-
do uma força, que somado a força da mola calibrada Fm, que é praticamente

HIDRÁULICA 75
constante devido ao seu pequeno curso, originam a força F2.

As forças atuantes sobre o êmbolo de regulagem, devem estar em


equilíbrio.

F1 = F2

P1 . A1 = P2. A2 + Fm

Como a Fm e A1 são constantes, a diferença P1 e P2 devem ser constan-


te.

P1 - P2 = DP = constante.

ƒ Quando há flutuação da pressão na saída, no caso, aumento da


pressão P3, instantaneamente há um aumento de P2, aumentando a força F2
que desloca o êmbolo para aumentar o orifício do estrangulamento entre P2
e P3. No caso de queda de pressão P3, instantaneamente reduz P2 que por
conseqüência reduz a força F2, havendo deslocamento do êmbolo que reduz
o orifício do estrangulamento.

ƒ Quando há flutuação da pressão na entrada, no caso, aumento


de pressão P1, a forca F1 aumenta, provocando o deslocamento do êmbolo
reduzido o estrangulamento. Com a queda de P1, ocorre o inverso.

Na construção tipo “B”, o líquido sob pressão P1, passa pelo estran-
gulamento formado pelo êmbolo compensador, passando pelo estrangula-
mento da agulha, no qual passa a vazão ajustada. A mola e o êmbolo consti-
tuem um balanceamento de pressão, que mantém constante a vazão inde-
pendente das respectivas pressões de entrada e de saída.

ƒ Quando há flutuação da pressão na saída, no caso, aumento da


pressão P3, instantaneamente há um aumento da força F2 que desloca o
êmbolo para aumentar o orifício do estrangulamento entre P1 e P2. No caso
de queda de pressão P3, instantaneamente reduz F2, provocando desloca-
mento do êmbolo reduzindo o orifício do estrangulamento entre P1 e P2;

ƒ Quando há flutuação da pressão na entrada, no caso, aumento


de pressão P1, aumenta também P2 que conseqüentemente aumenta forca
F2, provocando o deslocamento do êmbolo reduzido o estrangulamento en-
tre P1 e P2. Com a queda de P1, ocorre o inverso.

É conhecido o fato de que a variação da temperatura no fluido influen-


cia na viscosidade e conseqüentemente na vazão, para as válvulas
controladoras de vazão compensarem este diferencial de vazão, devido à
viscosidade, utiliza-se sistemas compensadores de temperatura, um deles é
o princípio do canto vivo ou sharp-edge, experimentalmente demonstrou-se
eficiente, quando observado a relação entre o comprimento do orifício e o
seu diâmetro menor que 1.

HIDRÁULICA 76
Existem também outras maneiras de compensar a temperatura, apro-
veitando a diferença de dilatação térmica de certos metais.

15.1 Controlar Velocidade dos Atuadores


Para controlar a velocidade dos atuadores existem três maneiras dis-
tintas de se utilizar uma válvula controladora de vazão. Elas podem ser mon-
tadas na entrada, na saída ou em desvio tipo sangria.

ƒ Na Entrada é quando controlamos, através de uma válvula regu-


ladora de fluxo, o fluido que entra no atuador. Este método é
utilizado quando a carga resiste ao movimento do atuador;

ƒ Pela Saída é quando controlamos, através de uma válvula de re-


guladora de fluxo, o fluido que sai do atuador. Este método é
utilizado quando a carga tende a fugir do atuador, é recomen-
dado também para os casos onde existem vazios durante o mo-
vimento e não se deseja a interferência no funcionamento de
válvulas de seqüência e pressostatos;

ƒ Dois métodos estudados podem também ter a válvula montada


antes da direcional, com isto teremos o controle do fluxo nos
dois sentidos e não de forma independente.

ƒ Em Desvio é quando controlamos a velocidade do atuador, atra-


vés de uma válvula reguladora de fluxo, colocando parte do flu-
xo para tanque. Este método é utilizado onde a carga é constan-
te.

FIGURA 15.7: Método de controle de fluxo: na entrada, na saída e em desvio

HIDRÁULICA 77
15.1.1 Exemplo de Circuito Hidráulico Industrial com
Duas Velocidades de Avanço

FIGURA 15.8: Exemplo de circuito com duas velocidades de avanços rápido e lento

15.1.2 Exemplo de Circuito Hidráulico Industrial com


Três Velocidades de Avanço

FIGURA 15.9: Exemplo de circuito com três velocidades de avanço

HIDRÁULICA 78
CAPÍTULO
CAPÍTULO 16
VÁL VULAS
VÁLVULAS
REGULADORAS DE
PRESSÃO
As válvulas reguladoras de pressão controlam a pressão do sistema. A
maioria é de posicionamento infinito, ou seja, pode assumir diversas posi-
ções desde totalmente aberta até totalmente fechada.

Podem ser:

ƒ Válvula de alívio ou limitadoras de pressão (segurança);


ƒ Válvula de descarga;
ƒ Válvula de seqüência;
ƒ Válvula redutora de pressão;
ƒ Válvula de contrabalanço, entre outras.

16.1 Princípio Básico de Funcionamento das


Válvulas Reguladoras de Pressão

FIGURA 16.1: Princípio de funcionamento das válvulas reguladoras de pressão


FONTE: Treinamento Hidráulico, REXROTH, p.113

A pressão de trabalho age contra um elemento de vedação (POPPET)


que é mantido pressionado contra a sede por meio de uma mola.
Quando a pressão de trabalho for maior do que a força da mola o
poppet se afasta da sede deslocando o excesso de vazão que ocasiona a
elevação da pressão ao tanque.

HIDRÁULICA 79
Válvula de alívio - regula a pressão máxima do sistema. Pode ser de
ação direta ou indireta.

FIGURA 16.2: Válvula de alívio


FONTE: RACINE, 1981 p.153

Válvula de descarga - descarrega o sistema numa pressão menor


que válvula de alívio

FIGURA 16.3: Válvula de descarga


FONTE: RACINE, 1981 p.153

HIDRÁULICA 80
Circuito com bombas em paralelo, com aplicação de válvula de alívio e
válvula de descarga.

FIGURA 16.4: Exemplo de circuito com duas velocidades, utilizando duas bombas em para-
lelo

Exemplo de aplicação de uma bomba de pistões radiais

FIGURA 16.5: Exemplo de circuito utilizando bombas de pistões radiais

Válvulas de seqüência - São usadas no sistema para determinar uma


seqüência de movimentos entre dois atuadores.

Simbologia

HIDRÁULICA 81
16.1.1 Válvula de seqüência de ação direta

FIGURA 16.6: Princípio de funcionamento da válvula de seqüência


FONTE: Treinamento Hidráulico, REXROTH, p.118

Circuito Hidráulico Seqüêncial

FIGURA 16.7: Cicuito hidráulico seqüêncial

Circuito Regenerativo Seqüêncial

FIGURA 16.8: Circuito regenerativo seqüêncial

HIDRÁULICA 82
16.1.2 Válvula Redutora de Pressão

Tem como função reduzir a pressão em determinadas partes do circui-


to.
Símbolo – Válvula Redutora de Pressão com Retenção Integral

FIGURA 16.9: Válvula redutora de pressão


FONTE: RANCINE, 1977 p.173

16.1.3 Válvula Redutora de Pressão de Operação Direta

FIGURA 16.10: Válvula redutora de pressão de operação direta


FONTE: Treinamento hidráulico, REXROTH p.122

HIDRÁULICA 83
16.2 Ventagem e Controle Remoto
Fazer a ventagem de um sistema hidráulico é despressurizá-lo por meio
de uma conexão ligada na câmara de ventagem da válvula de alívio.

Símbolo

FIGURA 16.11: Válvula reguladora de pressão com válvula para ventagem acoplada
FONTE: RACINE p.117

É possível ainda conectar esta conexão à outra válvula de alívio a fim de


se controlar a pressão remotamente.

Exemplo de ventagem e controle remoto

FIGURA 16.12: Controle de pressão remoto.


Posição central da válvula direcional

HIDRÁULICA 84
Com os solenóides a e b desativados temos a ventagem do sistema

FIGURA 16.13: Controle de pressão remoto, solenóide “b” energizado

Acionando-se o solenóide “b”, a pressão do sistema será controlada


remotamente através da válvula E.

FIGURA 16.14: Controle de pressão remoto, solenóide “a” energizado.

Ativando-se o solenóide “a”, a pressão do sistema será controlada atra-


vés da válvula C.

HIDRÁULICA 85
CAPÍTULO
CAPÍTULO 17
ELEMENTO LÓGICO
É um elemento versátil, pois pode ser usado como:

ƒ Válvula direcional;
ƒ Válvula reguladora de vazão;
ƒ Válvula de retenção simples ou pilotada;
ƒ Válvula reguladora de pressão; entre outras funções combina-
das.

FIGURA 17.1: Príncipio de funcionamento do elemento lógico


FONTE: Treinamento hidráulico, REXROTH, p.87

Características

ƒ Não apresenta vazamentos;


ƒ Possui rapidez nas respostas;
ƒ Pode trabalhar lentamente;
ƒ Possui comandos suaves;
ƒ É versátil;
ƒ Possui vários tamanhos.

HIDRÁULICA 86
17.1 Alguns Exemplos de Aplicação

FIGURA 17.2: Retenção de A para B

FIGURA 17.3: Retenção de B para A

FIGURA 17.4: Possibilidade de comando por B

HIDRÁULICA 87
FIGURA 17.5: Possibilidade de comando por A

FIGURA 17.6: Possibilidade de comando por A e B

FIGURA 17.7: Válvula de retenção pilotada

HIDRÁULICA 88
FIGURA 17.8: Integração entre válvula direcional e válvula de retenção

Limitando-se a elevação do cone principal o elemento lógico passa a


exercer a função de uma válvula reguladora de vazão.

FIGURA 17.9: Retenção em uma direção e controle de fluxo no sentido contrário

HIDRÁULICA 89
FIGURA 17.10: Integração entre válvula direcional e reguladora de vazão

FIGURA 17.11: Dupla retenção

FIGURA 17.12: Válvula limitadora de pressão

HIDRÁULICA 90
Exemplo de aplicação de elementos lógico.

FIGURA 17.13: Exemplo de circuito com aplicação de elementos lógicos

Seqüência de funcionamento elétrico:

Posição de repouso: S1, S2 e S3 desligados.


Avanço: S2 e S3 ligados
Retorno: S1 e S3 ligados.

HIDRÁULICA 91
CAPÍTULO
CAPÍTULO 18
TROCADOR DE CALOR
CALOR
São dispositivos utilizados para refrigerar óleo com objetivo de manter
sua viscosidade constante. Refrigeram o sistema hidráulico. Seus principais
tipos são:

18.1 Trocador de Calor a Ar

FIGURA 18.1: Trocador de calor a ar


FONTE: RACINE, 1981 p.260

18.2 Trocador de Calor a Água

FIGURA 18.2: Trocador de calor a água


FONTE: RACINE, 1981 p.262

HIDRÁULICA 92
CAPÍTULO
CAPÍTULO 19
ACUMULADORES
Os acumuladores armazenam certo volume de fluido sob pressão para
fornecê-lo ao sistema quando necessário.

Podem cumprir ainda as seguintes funções:

ƒ Como equipamento auxiliar de emergência;


ƒ Como amortecedor de pancadas hidráulicas;
ƒ Para aumentar a velocidade de um atuador; entre outras.

Tipos

De peso, de mola, de pistão, de membrana e de bexiga.

FIGURA 19.1: Tipos construtivos de acumuladores


FONTE: Treinamento hidráulico, REXROTH, p.260

Simbologia

HIDRÁULICA 93
19.1 Comentário sobre Acumuladores
Destes acumuladores, os de peso e de mola são pouco aplicáveis na
indústria, os mais aplicáveis são os que utilizam o gás nitrogênio. O nitrogê-
nio é utilizado, devido as suas características de estabilidade com relação a
pressão, ser inerte, não oferecer perigo de explosão e não atacar os diversos
tipos de elastômeros.
Quando há necessidade de acumular grandes quantidades de óleo 15
a 80 litros, utilizam-se acumuladores de êmbolo. O êmbolo móvel que se
desloca livremente ao logo da camisa, é o elemento que separa que separa o
óleo do gás nitrogênio.
Para volumes menores de 1 a 30 litros, utilizam-se acumuladores flexí-
veis ou elásticos de bexiga e a energia é acumulada pelo gás nitrogênio den-
tro da mesma. A bexiga é um balão de borracha, colocado no interior de um
recipiente de aço com formato cilíndrico e extremidades arredondadas. Es-
tes acumuladores se caracterizam por possuírem estanqueidade absoluta,
resposta rápida e praticamente se inércia.

Ciclo de trabalho de um acumulador de membrana.

FIGURA 19.2: Seqüência de funcionamento de um acumulador de membrana


FONTE: RACINE, 1981, p.227

HIDRÁULICA 94
Ciclo de trabalho de um acumulador de bexiga

FIGURA 19.3: Seqüência de funcionamento de um acumulador de bexiga


FONTE: RACINE, 1981, p.228

Exemplo de circuito com aplicação de acumulador hidráulico.

FIGURA 19.4: Circuito hidráulico industrial com aplicação de acumulador de bexiga


FONTE: RACINE, 1981, p. 288

HIDRÁULICA 95
CAPÍTULO
CAPÍTULO 20
INTENSIFICADORES DE
PRESSÃO - “BOOSTERS”
Os intensificadores de pressão (Boosters), são dispositivos que con-
vertem fluido à baixa pressão em fluido à alta pressão, isto é, intensificam a
pressão de um sistema hidráulico.

FIGURA 20.1: Princípio de funcionamento do multiplicador hidráulico


FONTE: RACINE, 1981, p. 289

HIDRÁULICA 96
CAPÍTULO
CAPÍTULO 21
INSTRUMENTOS DE
MEDIÇÃO
São acessórios usados para avaliar o rendimento dos sistemas hidráuli-
cos (pressão, temperatura vácuo e vazão; entre outros). Os principais instru-
mentos empregados na hidráulica são:

Manômetro de Bourdon - pode ser a seco ou em banho de glicerina


para amortecer as vibrações e lubrificar o manômetro aumentando sua vida
útil.

FIGURA 21.1: Princípio de funcionamento do manômentro de Bourbon


FONTE: RACINE, 1981 p.275

21.1 Manômetro com Sinal Elétrico

FIGURA 21.2: Manômentro com limites de pressão máximo e mínimo


FONTE: RACINE, 1981 p.277

HIDRÁULICA 97
Válvula Isoladora de Manômetro - usada quando não houver ne-
cessidades de leituras constantes de pressão proporcionando vida útil mais
longa ao manômetro.

FIGURA 21.3: Válvula isoladora de manômetro


FONTE: RACINE, 1981 p.276

21.2 Termômetros
Registram a temperatura do fluído. Classificam-se em:

ƒ Termômetros de gás líquido;


ƒ Termômetro industrial. (princípio termopar).

Termostato - limitam a temperatura em níveis máximo e mínimo. Quan-


do esses valores são atingidos, um sinal elétrico é enviado ou cortado para o
painel de controle elétrico.

Pressostato - é um elemento eletro-hidráulico que limita níveis máxi-


mo e mínimo de pressão.

Pode atuar de três maneiras:

ƒ Enviar um sinal elétrico;


ƒ Cortar um sinal elétrico;
ƒ Cortar um sinal elétrico de um ponto e enviar outro sinal elétrico
para um ponto diferente.

HIDRÁULICA 98
Tipos

Pressostato de Êmbolo

FIGURA 21.4: Pressostato de êmbolo


FONTE: REXROTH p.167

Pressostato tipo Bourdon

FIGURA 21.5: Pressostato tipo bourbon


FONTE: Treinento hidráulico, REXROTH, p.168

HIDRÁULICA 99
CAPÍTULO
CAPÍTULO 22
ELEMENTOS DE
INTERLIGAÇÃO
INTERLIGAÇÃO,,
CONEXÃO E VED AÇÕES
VEDAÇÕES
O transporte do fluido no sistema hidráulico é feito pôr meio de pres-
são através de elementos de interligação, ou seja, tubos, mangueiras e pla-
cas de ligação e até mesmo os blocos manifold.

Considerações para selecionar os elementos de ligação:

ƒ Tubulações estreitas provocam cavitação na bomba, perdas de


eficiência e superaquecimento do circuito interno;
ƒ Paredes demasiadamente finas estão sujeitas a quebrar. Paredes
grossas demais provocarão um acréscimo inútil no peso e no preço da insta-
lação.

22.1 Tubos
Para instalações rígidas são os elementos mais comuns usados nos sis-
temas hidráulicos, para este tipo de ligação devemos considerar:

ƒ Dimensionamento em função da vazão e da pressão;


ƒ Conexões galvanizadas devem ser evitadas, pois o zinco reage
com certos aditivos do óleo;
ƒ Tubulações de cobre devem ser evitadas, pois com a vibração do
sistema hidráulico o cobre endurece e se torna quebradiço, além do mais
reage com o óleo diminuindo a vida útil;
ƒ Onde as máquinas vibram muito estão sujeitas a trincas.
22.2 Mangueiras
São utilizadas com interligação flexível entre unidades hidráulicas mó-
veis ou ainda onde as interligações rígidas são difíceis de serem executadas.
Para a escolha da mangueira deve-se considerar a pressão de trabalho
e o diâmetro nominal da mangueira que são indicados pelo fabricante.

FIGURA 22.1: Exemplos de mangueiras hidráulicas industriais


FONTE: Catálogo da aeroquip
HIDRÁULICA 100
22.3 Placas de Ligação e Blocos Manifold
São elementos de ligação, atualmente muito utilizados para interligar
válvulas a vedação entre as válvulas e a placa é feita através de anéis O’ring.
A face de apoio da válvula é retificada e pressa com parafusos à placa
de ligação, facilitando a montagem e desmontagem, deixando o sistema mais
compacto.

FIGURA 22.2: Esquema interno de um bloco manifold


FONTE: RACINE, 1994 p.277

22.4 Elementos de conexão


A ligação entre os tubos, ou entre as mangueiras, ou ainda entre esses
elementos e as válvulas, cilindros ou bombas é feita pelos elementos de co-
nexão, quais sejam: conexões por roscas e conexões por flanges.
As conexões hidráulicas são sujeitas a grandes esforços. Devem estar
sempre vedadas hermeticamente devido às altas pressões e solicitações
mecânicas, tais como vibrações, dilatação ou contração térmica entre outras.

22.4.1 Conexões por roscas

FIGURA 22.3: Exemplo de conexões industriais


FONTE: Catálogo da aeroquip

HIDRÁULICA 101
REFERÊCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
RACINE HIDRAULICA. Manual de hidráulica básica. 3. ed. Porto Alegre, 1981.
323 p.

REXROTH. Treinamento hidráuico THR: curso básico de óleo-hidráulica in-


dustrial para engenheiros e técnicos. São Paulo, 1987. 132 p.

REXROTH. Treinamento hidráulico MHR: curso básico de óleo-hidráulica in-


dustrial para mecânicos de manutenção. 3. Revisão. São Paulo, 1987. 182 p.

SENAI. SP. Comandos hidráulicos: informações tecnológicas. São Paulo, 1987.


452 p.

HIDRÁULICA 102

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