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Módulo 2: Orixás
Aula 7: Orixá Xangô
ORIXÁS
ORIXÁ XANGÔ
Vários Orixás foram reunidos na figura de Xangô: reis míticos, guerreiros,
deuses do fogo, das tempestades, das pedras. Por isso existem tantas
variedades de Xangô. Considerado em alguns lugares como o advogado dos
pobres.
Xangô é um dos mais cultuados e conhecidos Orixás de origem iorubá que
vieram para o Brasil. Na mitologia, é atribuído a Xangô o reinado sobre a
cidade de Oyó, posto que alcançou após destronar o meio-irmão Dadá
Ajaká com um golpe militar. Apesar de histórias como essa serem comuns
na mitologia Nagô, no caso de Xangô, reafirmam claramente a imagem de
poder que é sempre associada à sua figura - não apenas o poder real, mas
também o poder merecido, cujas determinações não podem ser
questionadas, não apenas por seu autoritarismo (que é reconhecido), mas
principalmente por sua credibilidade, sendo suas decisões consideradas tradicionalmente acertadas e sábias.
Decide sobre o bem e o mal, possui a capacidade de inspirar a aceitação inconteste de suas decisões,
tanto pelo seu poder repressivo como pela sua retidão e honestidade quase inquebrantáveis.
Xangô é o Orixá do raio e do trovão não da pedra ou da pedreira. Mas porque Xangô foi associado à
pedreira, esse Orixá possui lendas e histórias de que usava de pedras de fogo e outras para fazer barulhos
estridentes, fogo, raios, etc. E após atear fogo “sem querer” em uma vila, ele do alto de uma pedreira foi
engolido pela terra e ascendeu como Orixá. Esse resumo de algumas histórias desse Orixá acabaram por criar
na mente do Umbandista a visão de que Xangô é orixá da pedreira, ou que os Caboclos Falangeiros de Xangô
são mineiros, ou trabalhadores de pedreiras.
Quando um Falangeiro de Xangô bate as mãos, este simboliza as pedras de fogo, que ao serem batidas
criam fogo, raio, etc. Ao bater as mãos no peito, além de ativação do chackra cardíaco, simbolizam também o
autoritarismo de Xangô, o poder.
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A arma usada por esse Orixá é o Machado de dois gumes, é comum encontrarmos em terreiros de
Umbanda, Falangeiros, usarem machadinhas feitas de bambu ou madeira, com pedras na ponta.
Toda essa imagem faz com que Xangô seja associado, na natureza, à firmeza da rocha; duro e estável,
ao contrário da força móvel e agressiva do ferro moldado em armas (com formas diferentes) no caso de Ogum.
Seu Axé, portanto, está concentrado nas formações cristalinas, nas pedras. Numa visão litúrgica mais estrita,
porém, esse axé estaria nas pedras resultantes da destruição provocada por um raio.
Xangô é o senhor da justiça, o símbolo à ele associado é o machado de duas laminas estilizado, que
mostra o poder de determinar o que é certo e o que é errado e sua disposição inabalavelmente imparcial,
visando, acima de tudo, à VERDADE.
A popularidade do Orixá é tão grande que, em algumas regiões como Pernambuco, seu nome é utilizado
para a designação de todo um culto.
Eloquentes, sociáveis e bons ouvintes. Mas gostam sempre de dar a última palavra, mostrando que
também são autoritários. Contraditórios, são aristocráticos e libertinos; conseguem estabelecer amizades
duradouras. Volúveis, esquecem rapidamente as paixões passadas. Estão sempre envolvidos em novas
aventuras. E a paixão atual é sempre a maior, a única, a verdadeira...
Ardente, ciumento, apaixonado, autoritário, severo, justiceiro, líder maduro, egocêntrico, mandão.
Psicologicamente, os filhos de Xangô apresentam uma forte dose de energia e autoestima, uma
consciência de que são importantes, dignos de respeito e que sua opinião sobre qualquer tema será decisiva.
Claro que essas manifestações não costumam se aproximar da megalomania, ainda mais porque a energia
magnética que essas pessoas costumam conseguir, de seus interlocutores, pelo menos, parte dessa autoridade
que julgam merecer. A postura um tanto nobre dos filhos de Xangô, é resultado dessa configuração psicológica.
SIGNIFICADO DO NOME
XANGÔ/ÑANGÒ: Orixá da Justiça; foi o quinto Alafin (Rei) de Oyó, reinou entre os anos 1450 a 1403 a.C.
XÁ = Senhor; Dirigente.
ANGO = Fogo oculto.
XANGÔ = Senhor do fogo oculto.
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Informações
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SINCRETISMO RELIGIOSO
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OFERENDAS
LOCAL DE ENTREGA
Nas pedreiras, em uma pedra ao lado de um rio.
MATERIAIS
Amalá (quiabo com camarão seco), ajabó (quiabo), akará, orogbô, obegirí, rabada, zorô, bobó, milho assado.
Fruta de conde, Abacate, Kiwi, velas, charutos, suas comidas e bebidas preferidas
EXEMPLO DE OFERENDA
7 velas marrons e 7 velas brancas, um coité com cerveja preta, um charuto, quiabo cozido no dendê com
camarrão e um acabate aberto ao meio.
AJEBO OU AJÉBO
É feito com seis ou doze quiabos cortado em "lasca", batido com três clara de ovos até formar uma musse,
regado com gotas de mel de abelha e azeite doce. Colocado em uma gamela forrada com massa de acaçá ou
pirão de farinha de mandioca, ornado com doze quiabos inteiros, doze moedas circulante, doze bolos de milho
branco e seis Orobó.
ABALÁ OU ABARÁ
O milho verde é ralado e à massa resultante é misturada ao leite de coco com parte do bagaço, sal e açúcar.
Esta massa é colocada em "palha" da própria casca do milho, atados nas extremidades. As pamonhas são
submetidas a cozimento submersas em água fervente por um período de 15 minutos.
ABALÁ DE CARIMÃ
O aipim previamente descascado é submergido por um período de quatro dias para obter uma massa chamada
de carimã, misturada ao leite de coco com parte do bagaço, sal e açúcar. Esta massa é colocada em "palha de
aguedé" (bananeira), atados nas extremidades. As pamonhas são submetidas a cozimento submersas em água
fervente por um período de 25 minutos.
CARURU DE XANGÔ
INGREDIENTES
- 1/4 Kg de camarão seco defumado
- 1 xícara (chá) de castanha de caju moída
- 1 xícara (chá) de amendoim torrado moído
- 1 cebola ralada
- 3 tomates sem pele nem sementes
- 1 maço de cheiro verde picado
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