Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Rio de Janeiro
2014
MARIA ARMINDA MUNIZ DUQUESNOIS DUBOIS
Rio de Janeiro
2014
D020c
Dubois, Maria Arminda Muniz Duquesnois.
A contação de histórias na biblioteca escolar: a leitura como forma
de lazer para as crianças da Pré-Escola / Maria Arminda Muniz
Duquesnois Dubois. - Rio de Janeiro, 2014.
55 f.; 30cm
Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Biblioteconomia) –
Centro de Ciências Humanas e Sociais, Escola de Biblioteconomia,
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, 2014.
Aprovado em de 2014.
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________________________
Profª. MsC. Bruna S. do Nascimento – Orientadora
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
_______________________________________________________________
Prof. Dr. Fabrício Nascimento da Silveira
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
_______________________________________________________________
Profª. MsC. Daniela Spudeit
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
Dedico este trabalho ao Peppe, Giovanna e
Pedro, com a esperança de que tenham uma
vida com livros e leitura, mesmo antes de
aprenderem a ler.
AGRADECIMENTOS
This paper work discusses features of storytelling in the school library and the
educational role of the school librarian. It studies a case of a private school library in
the "Zona Sul" of Rio de Janeiro. Checks how the storytelling in the library occurs.
Identifies how the parents of Preschool 2 of this school perceive the changes of
behavior and development of their children and their interest in reading, through the
practice of storytelling in the school library. Seeks to know in what ways the students
of Pre-school 2 school researched accept the activity of storytelling in the school
library. Relates the bibliographic research with the obtained results of the sent
questionnaires. The storytelling in the school library can contribute to the initiation of
love for books and reading, though it is not the only factor. Socioeconomic factors,
and the family commitment also influence this motivational process.
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12
1.1 CONTEXTO DA PESQUISA ............................................................................... 14
1.2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 16
1.3 OBJETIVOS ........................................................................................................ 17
1.3.1 Objetivo geral ................................................................................................. 17
1.3.2 Objetivos específicos..................................................................................... 17
1.4 DEFINIÇÃO DOS TERMOS ................................................................................ 17
2 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................... 20
2.1 BIBLIOTECA ESCOLAR ..................................................................................... 20
2.2 “CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS” OU “HORA DO CONTO” ................................... 22
2.3 O BIBLIOTECÁRIO COMO MEDIADOR DA LEITURA ....................................... 24
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 28
3.1 TIPOLOGIA DA PESQUISA ................................................................................ 28
3.2 UNIVERSO DA PESQUISA ................................................................................ 29
3.3 INSTRUMENTOS PARA LEVANTAMENTO DE DADOS ................................... 31
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .................................................... 33
4.1 RESULTADOS DO QUESTIONÁRIO ENTREGUE À BIBLIOTECÁRIA DA
ESCOLA X ................................................................................................................ 33
4.2 RESULTADOS DOS QUESTIONÁRIOS ENTREGUES AOS PAIS DOS ALUNOS
.................................................................................................................................. 39
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 49
APÊNDICE A ............................................................................................................ 52
APÊNDICE B ............................................................................................................ 53
12
1 INTRODUÇÃO
Além dessas leis e programas criados pelo governo, houve também a criação
do Manifesto IFLA/UNESCO para Biblioteca Escolar. O Manifesto foi preparado pela
Federação Internacional das Associações e Instituições Bibliotecárias (IFLA) e
aprovado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura (UNESCO) na Conferência Geral de 1999. O Manifesto aborda questões
como a missão, objetivos e serviços da biblioteca escolar.
Campello et al. (2011) mostram que, em 2005, um documento de avaliação
do PNBE verificou que a biblioteca em grande parte das escolas brasileiras é na
14
verdade uma sala de leitura ou um espaço com livros na escola, sem bibliotecário,
sem organização e sem catálogos.
Outras leis a respeito de livros e bibliotecas surgiram nos primeiros anos do
século XXI, como a Lei Nº 10.753, de 30 de outubro de 2003, que institui a Política
Nacional do Livro e a Lei Nº 12.244, de 24 de maio de 2010, que dispõe sobre a
universalização das bibliotecas nas instituições de ensino do País.
Ainda assim, as bibliotecas escolares brasileiras enfrentam atualmente
dificuldades em exercer seu real papel nas instituições de ensino, devido
principalmente à falta de incentivo e investimentos para as escolas e ausência de
profissionais capacitados (bibliotecários) e comprometidos com a educação e cultura
das crianças.
Diante do exposto, estabelece-se como problema de pesquisa a seguinte
questão: a biblioteca escolar pode exercer papel fundamental na formação de
futuros leitores?
O presente trabalho não pretende analisar de forma extensa as atividades
desenvolvidas no ambiente da biblioteca escolar, mas sim, verificar em um contexto
restrito e específico, identificando se uma dessas práticas – a contação de histórias
– pode ser considerada motivacional para alunos da educação infantil.
1.2 JUSTIFICATIVA
1.3 OBJETIVOS
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Melo e Neves (2005, p. 2) propõem que esta classificação seja feita por cores,
mas também pode ser feita de outras maneiras, como a utilização de desenhos
simples que simbolizem cada área do conhecimento.
Ainda segundo Melo e Neves (2005), o espaço físico da biblioteca “deve ser
atrativo, agradável e confortável” (p. 2). Dessa forma, a biblioteca escolar precisa
estar situada em um espaço físico exclusivo, de boa localização, aconchegante e
climatizado. Também necessita ter uma decoração que chame a atenção dos alunos
e possuir mobiliário adequado às necessidades dos usuários.
Sobre a estrutura da biblioteca, é fundamental que a mesma esteja sempre
bem limpa e organizada, que o mobiliário (mesas, cadeiras, estantes) seja adequado
ao tamanho das crianças, que seja um local seguro, aconchegante e visualmente
atrativo.
O que se vê, entretanto, é que a biblioteca escolar não cumpre suas funções,
e ao invés dela ser lembrada como um local a ser frequentado nas horas vagas, “os
primeiros contatos com a biblioteca escolar geralmente ocorrem de forma negativa,
já que a biblioteca passa a ser considerada como local de castigo, proibição e
desconforto [...].” (BECKER; GROSCH, 2008, p. 8; apud OKPITZ; SOUZA; BOSO,
2011, p. 411)
Tendo em vista que a biblioteca escolar é a primeira biblioteca que uma
criança frequenta, este espaço precisa ser dinâmico e amigável, para que essa
criança realmente deseje frequentá-lo.
3 METODOLOGIA
Para definir qual escola participaria da pesquisa, foi feita uma busca no site
da Secretaria de Estado de Educação/RJ (RIO DE JANEIRO, 2013), para encontrar
as escolas da rede particular do município do Rio de Janeiro que dão aula para a
Pré-escola, uma vez que, na rede pública, esse segmento de ensino só existe em
creches, que não possuem bibliotecas.
Por questão de proximidade, foram filtradas na busca somente as escolas que
estão na área de uma determinada Coordenadoria Regional Metropolitana, que
compreende os bairros Barra da Tijuca, Botafogo, Catete, Catumbi, Centro,
Copacabana, Estácio, Gávea, Glória, Grajaú, Ilha de Paquetá, Ipanema, Itanhangá,
Jacarepaguá, Jardim Botânico, Lagoa, Laranjeiras, Leblon, Maracanã, Praça da
Bandeira, Praça Mauá, Rio Comprido, Santa Tereza, Santo Cristo, São Conrado,
São Cristovão, São Francisco Xavier, Tijuca, Triagem, Urca, Vargem Grande,
Vidigal, Vila Izabel e Vila Valqueire, totalizando assim 194 escolas.
Para verificar quais dessas escolas possuem biblioteca, foram digitados os
nomes das 194 escolas no site de busca Google. Das 194 escolas encontradas na
30
primeira busca, 114 possuem site e, dessas, a biblioteca está presente no site de 20,
com fotos e outras informações a seu respeito. Como mostra o gráfico a seguir:
A biblioteca não
está no site da
escola
82%
O gráfico mostra que apenas 18% das escolas que possuem site divulgam
suas bibliotecas, o que leva a concluir que os outros 82% ou não tem biblioteca ou
não consideram importante divulgar informações sobre esse setor da escola na
internet. De qualquer forma, é comprovada a desvalorização desse setor na maioria
das escolas que dão aula para a Pré-escola.
Observou-se, além disso, que as vinte escolas que possuem biblioteca,
segundo seus sites, não lecionam apenas para a Pré-escola, mas também o Ensino
Fundamental e o Ensino Médio. As instituições que só tinham a Pré-escola não
possuíam biblioteca, segundo seus sites. Algumas tinham apenas imagens de sala
de leitura, em que as crianças podiam mexer nos livros, mas sem a presença de
bibliotecário. Isso confirma o fato de que o incentivo à leitura na idade pré-escolar
não é vista como fator fundamental na educação brasileira.
Foi feita ligação para as vinte escolas que possuíam biblioteca, segundo seus
sites, a fim de verificar quais delas realizam a atividade de contação de histórias na
biblioteca para os alunos da Pré-escola, pelos funcionários da biblioteca. Das vinte
escolhas, quinze não tinham ramal na biblioteca, a bibliotecária não podia atender
ou a escola não quis fornecer as informações; uma bibliotecária afirmou que a
biblioteca ainda não realiza a atividade de contação de histórias, mas ela está
31
4 RESULTADOS
A quinta questão é uma questão livre para a bibliotecária informar algo mais
que considere relevante e que não tenha sido abordado nas questões anteriores.
caixas que até as crianças menores alcançam, o que vai de acordo com o que foi
visto na seção 2.1 a respeito de como deve ser o espaço físico da biblioteca escolar.
Quando a bibliotecária afirma que as estantes deve haver "uma
localização própria para facilitar o acesso", ela está de acordo com o que Melo e
Neves denotam sobre a classificação da biblioteca, que "terá que ser diretamente
relacionada com as necessidades e expectativas dos usuários” (MELO; NEVES,
2005, p. 2). Como visto na seção 2.1, quando há uma localização própria na
biblioteca escolar, com figuras ou cores, por exemplo, até mesmo as crianças que
não sabem ler podem encontrar algum livro no assunto que desejam e se sentem
mais familiarizados com a biblioteca, mais à vontade nesse ambiente.
biblioteca uma vez por semana, o fato da maior parte dos pais informar que os
alunos falam da biblioteca “às vezes” não significa que os alunos falem pouco, mas
que falam sobre a biblioteca quando vão a este local.
Dos nove pais que disseram que os filhos falam sempre da biblioteca, um
afirmou que o filho fala sempre da contação de histórias e oito disseram que os filhos
falam às vezes da contação de histórias. Dos catorze pais que disseram que os
filhos falam às vezes da biblioteca, 8 disseram que os filhos falam às vezes da
contação de histórias, cinco disseram que os filhos falam raramente e um disse que
o filho nunca fala desta atividade. Assim, pode-se dizer que mesmo quando os
alunos da Pré-escola 2 da Escola X falam da biblioteca escolar em casa, a contação
de histórias não é o único nem o maior assunto abordado.
Gráfico 5 - Frequência com que os pais dos alunos da Pré-escola 2 pegam livros
emprestados para seus filhos da biblioteca da Escola
Sempre Às vezes Raramente Nunca
21%
14%
58%
7%
3% 0%
14%
83%
A partir da análise dos gráficos 6 e 7 é possível dizer que embora 58% dos
pais dos alunos da Pré-escola 2 da Escola X nunca tenha pegado algum livro
emprestado na biblioteca escolar para seus filhos, 83% dessas crianças ganham
livros de presente dos pais, de outros familiares, de amigos etc.
Foi visto na seção 2.1 que Caldin (2003) considera a biblioteca escolar como
a única forma de acesso à literatura infantil para muitas crianças. Já na seção 2.3,
viu-se que o empréstimo de livros para as crianças será o meio de ligação entre a
biblioteca e as famílias.
Isso não acontece na Escola X, pois, diante da análise dos gráficos, pode-se
dizer que embora esses pais não tenham o hábito de fazer empréstimos para seus
filhos na biblioteca, essas crianças têm muito contato com livros infantis dentro de
casa.
A questão 6 e 7 visam identificar se os pais dos alunos da Pré-escola 2 da
Escola X incentivam seus filhos a considerarem a leitura uma atividade de lazer.
25
20
15
10
0
Reservam um horário específico para essa Não reservam um horário específico para
atividade essa atividade
Fonte: dados da pesquisa
Gráfico 9 - Frequência com que os alunos da Pré-escola 2 da Escola X pedem para ver
livros ou ouvir histórias em casa
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Sempre Às vezes Raramente Nunca
Fonte: dados da pesquisa
Fato que corrobora que a maioria quiçá a totalidade das crianças envolvidas no
estudo tem o acesso à cultura, incluindo livros, facilitado.
A questão 10 tem o objetivo de averiguar se os pais dos alunos da Pré-escola
2 da Escola X perceberam aumento do cuidado dos filhos ao manusear livros neste
ano letivo (março-maio). Desses pesquisados, 23 pais afirmaram que as crianças
demonstraram ter mais cuidado ao manusear os livros e 6 pais afirmaram que as
crianças não demonstraram ter mais cuidado.
Dentre os 6 pais que afirmaram que não houve aumento do cuidado de seus
filhos ao manusearem os livros, 3 explicaram que os filhos já eram cuidadosos antes
do início deste ano letivo.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997, p. 61),
É papel da escola, em relação à biblioteca, a organização de critérios para a
"constituição de atitudes de cuidado e conservação do material disponível para
consulta".
Dessa forma, é importante ensinar à criança a manusear o livro com cuidado,
para que para que ela aprenda a ter responsabilidade sobre esse objeto, preservá-lo
e valorizá-lo, para poder ensinar esse cuidado para outras pessoas posteriormente.
A questão 11 tem por objetivo verificar como é a receptividade dos alunos da
Pré-escola 2 da Escola X em relação à atividade de contação de histórias na
biblioteca escolar.
3%
0%
7%
21%
69%
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
ALMEIDA, Waldinéia Ribeiro; COSTA, Wilse Arena da; PINHEIRO, Mariza Inês da
Silva. BIBLIOTECÁRIOS MIRINS E A MEDIAÇÃO DA LEITURA NA BIBLIOTECA
ESCOLAR. Revista Acb: Biblioteconomia em Santa Catarina, Florianópolis, v. 17,
n. 2, p.472-490, jul./dez. 2012. Semestral. Disponível em:
<http://revista.acbsc.org.br/racb/article/viewFile/812/pdf_1>. Acesso em: 23 out.
2013.
CHAVES, Marco Antonio. Projeto de pesquisa: guia prático para monografia. 4. ed.
Rio de Janeiro: Wak, 2007. 132 p.
DIAS, Donaldo de Souza; SILVA, Mônica Ferreira da. Como escrever uma
monografia. Rio de Janeiro: UFRJ, 2009. 72 p. (Relatórios Coppead; 384).
Disponível em: <http://www.coppead.ufrj.br/upload/publicacoes/384_completo.pdf>.
Acesso em: 20 abr. 2014.
SILVA, Cleber Fabiano da. Virando a página... vamos ver então?: o encontro da
criança com o texto. 2008. 149 f. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Educação,
Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí, SC, 2008. Disponível em:
<http://siaibib01.univali.br/pdf/Cleber Fabiano da Silva.pdf>. Acesso em: 25 nov.
2013.
APÊNDICE A
Cara bibliotecária,
Este questionário visa coletar dados sobre questões pertinentes à contação de
histórias realizada na biblioteca da Escola X, para os alunos da Pré-escola 2.
Agradeço pela sua colaboração.
5. Há mais alguma informação que considere relevante e que não tenha sido
abordada anteriormente?
53
APÊNDICE B
Atenciosamente,
____________________________
Coordenadora da Educação Infantil
Questionário
1) Com que frequência seu(a) filho(a) costuma falar sobre a biblioteca da escola em
casa?
( ) Sempre ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca
2) Com que frequência seu(a) filho(a) costuma falar sobre a atividade de contação
de histórias realizada na biblioteca escolar?
( ) Sempre ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca
3) Quando seu(a) filho(a) fala sobre a atividade de contação de histórias, do que ele
mais fala?
54
( ) Da contadora de histórias
( ) De algum livro que foi contato
( ) De alguma atividade realizada após a contação, com o mesmo tema do livro
( ) Dos outros livros que ele viu na biblioteca no dia da contação
( ) Outros. Especificar: _______________________________________________
4) Com que frequência você retira livros para seu(a) filho(a) na biblioteca escolar?
( ) Sempre ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca
5) Com que frequência seu(a) filho(a) ganha livros de presente? (seu, de outros
familiares, de amigos etc)
( ) Sempre ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca
6) Com que frequência seu(a) filho(a) visita outras bibliotecas, livrarias e/ou feiras de
livros?
( ) Sempre ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca
7) Há, na sua casa, um momento específico em que alguém lê livros para seu(a)
filho(a)?
( ) Não ( ) Sim Se sim, qual? ________________________________
8) Além do momento específico do item 7, com que frequência seu(a) filho(a) pede
para ver livros ou ouvir histórias?
( ) Sempre ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca
10) Ao longo deste ano, seu(a) filho(a) demonstrou ter mais cuidado ao manusear os
livros?
( ) Não ( ) Sim
12) Caso deseje, descreva outras observações que você tenha notado a respeito da
mudança de comportamento e/ou desenvolvimento de seu(a) filho(a), a partir da
experiência da contação de histórias.