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Espinheira-Santa

Nome científico: Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek


Família: Celastraceae.
Nomes comuns: cancerosa, cancrosa, sombra-de-touro, erva- santa, salva-vidas, coromilho-
do-campo, maiteno, espinho-de-deus.
Origem: Nativa do Brasil, a espinheira-santa tem origem incerta, embora o estado do Paraná seja
apontado como o local onde provavelmente surgiram os primeiros exemplares.

Principais componentes químicos: As folhas são constituídas principalmente por compostos


terpênicos, fenólicos, fitoesteroides, alcaloides, antocianinas, taninos, saponinas, resina,
mucilagem e trações de sais minerais (ferro, cálcio, sódio, enxofre).

Distribuição geográfica: apresenta predileção por clima temperado e subtropical (SANTOS;


OLIVEIRA, 2009), ocorrendo, portanto, nos Estados do Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do
Sul e Santa Catarina (CARVALHO; OKANO; LEITÃO FILHO, 2004), bem como, nos países vizinhos
(leste da Argentina, Paraguai e Uruguai (LOURTEIG; O´DONELL, 1955). Maytenus ilicifolia destaca-
se pelo alto valor medicinal no tratamento de problemas do trato gastrointestinal (DI STASI, 2004).

Plantio: Pode ser feito no final do verão (via sementes) ou na primavera (via rebentos). A planta
cresce em média 20 a 25cm/ano. O transplante para o campo é feito quando as mudas atingem de
35 a 40cm de altura. Utiliza-se o espaçamento de plantio de 1,5m x 1m ou até 1 x 0,5m.

Ambiente de Cultivo: A planta apresenta crescimento muito lento sob altas temperaturas e
radiação solar. Plantas que crescem diretamente sob a luz solar acumulam maiores teores de
taninos e fenóis do que aquelas sob sombra. As plantas que crescem à sombra acumulam maiores
teores de nitrogênio, potássio, boro e silício. A luminosidade favorece a frutificação.

Medicamento: Espinheira Santa Herbário.


Formas de uso: Folhas e ramos. Raramente são utilizados a raiz, casca e caule.
• Decocção: 30g de folhas picadas em meio litro de água. Ferver e, após esfriar, tomar 3 xícaras ao
dia (úlcera interna).
• Pó: 400mg/dia. Tomar uma a duas vezes ao dia. Aplicar o pó topicamente sobre lesões dérmicas.

Indicações terapêuticas: A Espinheira Santa é rica em Epigalocatequina, substância com poder


cicatrizante e que ajuda a controlar a produção de ácido clorídrico no estômago; Ácidos tônico e
silícico, que possuem ação antisséptica e cicatrizante; Fridenelol, que se destaca por seu efeito
gastroprotetor; e Taninos que possuem poder antisséptico e analgésico, ajudando a paralisar as
fermentações gastrointestinais. Ela pode ajudar a tratar a gastrite, auxilia nos casos de úlceras
estomacais, reduz dores estomacais.
Adulterações: A Espinheira-santa sofre alto índice de adulteração no Brasil e pode ser confundida
com outras espécies de plantas medicinais. Entre os adulterantes mais frequentes estão a
Maytenus aquifolia, com características e propriedades semelhantes, conhecida também pelos
mesmos nomes populares da Espinheira-santa. Também é confundida com a Erva-mate (Ilex
paraguariensis) por pertencer botanicamente a uma família e gênero muito próximos. A Sorocea
bomplandii é uma das espécies mais utilizadas na adulteração da espinheira-santa. Não existem
estudos suficientes que justifiquem o uso ou comprovem a segurança.

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