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Fixação:

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Matéria: Assunto:

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HISTÓRIA ALTA IDADE MÉDIA Nº 04

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NÍVEL 1 4. (Enem 2019) O cristianismo incorporou antigas práticas

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relativas ao fogo para criar uma festa sincrética. A igreja
retomou a distância de seis meses entre os nascimentos de

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1. (Enem 2017) Mas era sobretudo a lã que os compradores,
vindos da Flandres ou da Itália, procuravam por toda a parte. Jesus Cristo e João Batista e instituiu a data de comemoração

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Para satisfazê-los, as raças foram melhoradas através do a este último de tal maneira que as festas do solstício de verão
aumento progressivo das suas dimensões. Esse crescimento europeu com suas tradicionais fogueiras se tornaram

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prosseguiu durante todo o século XIII, as abadias da Ordem de “fogueiras de São João”.

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Cister, onde eram utilizados os métodos mais racionais de A festa do fogo e da luz no entanto não foi imediatamente

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criação de gado, desempenharam certamente um papel associada a São João Batista. Na Baixa Idade Média, algumas
determinante nesse aperfeiçoamento. práticas tradicionais da festa (como banhos, danças e cantos)

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DUBY. G. Economia rural e vida no campo no Ocidente medieval. Lisboa: Estampa, 1987 foram perseguidas por monges e bispos. A partir do Concílio
(adaptado).

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de Trento (1545-1563), a Igreja resolveu adotar celebrações
O texto aponta para a relação entre aperfeiçoamento da em torno do fogo e associá-las à doutrina cristã.

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atividade pastoril e avanço técnico na Europa ocidental feudal, CHIANCA, L. Devoção e diversão: expressões contemporâneas de festas e santos católicos.

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que resultou do(a) Revista Anthropológicas, n. 18, 2007 (adaptado).

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a) crescimento do trabalho escravo. Com o objetivo de se fortalecer, a instituição mencionada no
texto adotou as práticas descritas, que consistem em

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b) desenvolvimento da vida urbana.
c) padronização dos impostos locais.

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a) promoção de atos ecumênicos.
d) uniformização do processo produtivo. b) fomento de orientação bíblicas.

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e) desconcentração da estrutura fundiária. c) apropriação de cerimônias seculares.

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d) retomada de ensinamentos apostólicos.
2. (Enem PPL 2020) No início do século XVI, as relíquias e) ressignificação de rituais fundamentalistas.

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continuavam protegendo edifícios e cidades, promovendo
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curas milagrosas, sendo levadas em solenes procissões pelas 5. (Enem 2015) A casa de Deus, que acreditam una, está,
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ruas, sacralizando altares de igrejas por toda a Europa, em portanto, dividida em três: uns oram, outros combatem, outros,
uma notável continuidade em relação ao papel que haviam enfim, trabalham. Essas três partes que coexistem não
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desempenhado havia mais de mil anos no continente. Mas, em suportam ser separadas; os serviços prestados por uma são a
meados daquele século, essa situação tinha se transformado. condição das obras das outras duas; cada uma por sua vez
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O culto às relíquias foi fortemente repudiado pelos encarrega-se de aliviar o conjunto... Assim a lei pode triunfar e
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reformadores protestantes, que pregavam uma igreja invisível. o mundo gozar da paz.
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CYMBALISTA, R. Relíquias sagradas e a construção do território cristão na Idade Moderna.


ALDALBERON DE LAON. In: SPINOSA, F. Antologia de textos históricos medievais. Lisboa:
Anais do Museu Paulista, n. 2, jul.-dez. 2006.
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Sá da Costa, 1981.

A nova abordagem sobre a prática indicada no texto A ideologia apresentada por Aldalberon de Laon foi produzida
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fundamentava-se no(a) durante a Idade Média. Um objetivo de tal ideologia e um


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a) abandono de objetos mediadores. processo que a ela se opôs estão indicados, respectivamente,
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b) instituição do ascetismo monástico. em:


c) desprezo do proselitismo religioso.
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a) Justificar a dominação estamental / revoltas camponesas.


d) revalorização dos ritos sacramentais. b) Subverter a hierarquia social / centralização monárquica.
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e) consagração de preceitos populares. c) Impedir a igualdade jurídica / revoluções burguesas.


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d) Controlar a exploração econômica / unificação monetária.


3. (Enem 2022) Ainda que a fome ocorrida na Itália em 536 e) Questionar a ordem divina / Reforma Católica.
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tenha origem nos eventos climáticos, suas implicações são


tanto políticas quanto econômicas. Nos primeiros séculos da 6. (Enem 2015) No início foram as cidades. O intelectual da
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Idade Média, o auxílio aos famintos se inscreve no domínio da Idade Média – no Ocidente – nasceu com elas. Foi com o
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gestão pública, mesmo quando a ação de seus agentes é desenvolvimento urbano ligado às funções comercial e
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apresentada sob o ângulo da piedade e da caridade industrial – digamos modestamente artesanal – que ele
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individuais, como é o caso da Gália merovíngia. Assim, o fato apareceu, como um desses homens de ofício que se
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de que as respostas à fome são mostradas, na Gália, como o instalavam nas cidades nas quais se impôs a divisão do
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fruto de iniciativas pessoais fundadas no imperativo da trabalho. Um homem cujo ofício é escrever ou ensinar, e de
caridade deriva da natureza das fontes do século VI.
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preferência as duas coisas a um só tempo, um homem que,


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profissionalmente, tem uma atividade de professor e erudito,


SILVA, M.C. Os agentes públicos e a fome nos primeiros séculos da Idade Média. Varia
História, n. 60, set-dez. 2016 (Adaptado).
em resumo, um intelectual – esse homem só aparecerá com as
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Na conjuntura histórica destacada no texto, o dever de agir em cidades.


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face da situação de crise apresentada pertencia à jurisdição LE GOFF, J. Os intelectuais na Idade Média. Rio de Janeiro: José Olympio, 2010
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a) da nobreza, proveniente da obrigação de proteção ao O surgimento da categoria mencionada no período em


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campesinato livre. destaque no texto evidencia o(a)


b) da realeza, decorrente do conceito de governo subjacente à
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monarquia cristã. a) apoio dado pela Igreja ao trabalho abstrato.


c) dos mosteiros, resultante do caráter fraternal afirmado nas b) relação entre desenvolvimento urbano e divisão de trabalho.
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regras monásticas. c) importância organizacional das corporações de ofício.


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d) dos bispados, consequente da participação dos clérigos nos


d) progressiva expansão da educação escolar.
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assuntos comunitários.
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e) das corporações, procedente do padrão assistencialista e) acúmulo de trabalho dos professores e eruditos.
previsto nas normas estatutárias.
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7. (Enem PPL 2018) TEXTO I De acordo com o texto, a representação da morte ganhou

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novos significados nessa religião para
É da maior utilidade saber falar de modo a persuadir e conter o

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arrebatamento dos espíritos desviados pela doçura da sua a) extinguir as formas de ritualismo funerário.

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eloquência. Foi com este fim que me apliquei a formar uma b) evitar a expressão de antigas crenças politeístas.
biblioteca. Desde há muito tempo em Roma, em toda a Itália, c) sacramentar a execução do exorcismo de infiéis.

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na Germânia e na Bélgica, gastei muito dinheiro para pagar a d) enfraquecer a convicção na existência de demônios.

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copistas e livros, ajudado em cada província pela boa vontade e) consagrar as práticas de contato mediúnico transcendental.
e solicitude dos meus amigos.

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GEBERTO DE AURILLAC. Lettres. Século X. Apud PEDRERO-SÁNCHEZ, M. G. História da 10. (Enem PPL 2009) As imagens nas figuras a seguir ilustram

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Idade Média: texto e testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000. organizações produtivas de duas sociedades do passado.
TEXTO II

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Eu não sou doutor nem sequer sei do que trata esse livro; mas,

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como a gente tem que se acomodar às exigências da boa
sociedade de Córdova, preciso ter uma biblioteca. Nas minhas

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prateleiras tenho um buraco exatamente do tamanho desse
livro e como vejo que tem uma letra e encadernação muito

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bonitas, gostei dele e quis comprá-lo. Por outro lado, nem

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reparei no preço. Graças a Deus sobra-me dinheiro para essas
coisas.

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AL HADRAMI. Século X. Apud PEDRERO-SÁNCHEZ, M. G. A Península Ibérica entre o

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Oriente e o Ocidente: cristãos, judeus e muçulmanos. São Paulo: Atual, 2002.

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Nesses textos do século X, percebem-se visões distintas sobre
os livros e as bibliotecas em uma sociedade marcada pela

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a) difusão da cultura favorecida pelas atividades urbanas.
b) laicização do saber, que era facilitada pela educação nobre.

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c) ampliação da escolaridade realizada pelas corporações de

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ofício.
d) evolução da ciência que era provocada pelos intelectuais LV
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bizantinos.
e) publicização das escrituras, que era promovida pelos sábios
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religiosos.
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8. (Enem PPL 2014) Veneza, emergindo obscuramente ao


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longo do início da Idade Média das águas às quais devia sua


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imunidade a ataques, era nominalmente submetida ao Império


Bizantino, mas, na prática, era uma cidade-estado
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independente na altura do século X. Veneza era única na


cristandade por ser uma comunidade comercial: “Essa gente
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não lavra, semeia ou colhe uvas”, como um surpreso


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observador do século XI constatou. Comerciantes venezianos


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puderam negociar termos favoráveis para comerciar com


Constantinopla, mas também se relacionaram com mercadores
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do islã.
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FLETCHER, R. A cruz e o crescente: cristianismo de islã, de Maomé à Reforma. Rio de


Janeiro: Nova Fronteira, 2004.
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A expansão das atividades de trocas na Baixa Idade Média, O trabalho no campo foi, durante muito tempo, uma das
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dinamizadas por centros como Veneza, reflete o(a) atividades fundamentais para a estruturação e o
desenvolvimento das sociedades, como mostram as figuras 1 e
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a) importância das cidades comerciais. 2.


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b) integração entre a cidade e o campo.


c) dinamismo econômico da Igreja cristã. Nessas figuras, as características arquitetônicas, tecnológicas
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e sociais retratam, respectivamente,


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d) controle da atividade comercial pela nobreza feudal.


e) ação reguladora dos imperadores durante as trocas a) o agrarismo romano e o escravismo grego.
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comerciais. b) a pecuária romana e a agricultura escravista grega.


c) a maquinofatura medieval e a pecuária na Antiguidade.
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9. (Enem PPL 2019) A ausência quase completa de fantasmas


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d) a agricultura escravista romana e o feudalismo medieval.


na Bíblia deve ter favorecido também a vontade de rejeição e) o feudalismo medieval e a agricultura familiar no Antigo
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dos fantasmas pela cultura cristã. Várias passagens dos Egito.


Evangelhos manifestam mesmo uma grande reticência com
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relação a um culto dos mortos: “Deixa os mortos sepultar os


mortos”, diz Jesus (Mt 8:21), ou ainda: “Deus não é Deus dos
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mortos, mas dos vivos” (Mt 22:32). Por certo, numerosos


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mortos são ressuscitados por Jesus (e, mais tarde, por alguns
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de seus discípulos), mas tal milagre – o mais notório possível


segundo as classificações posteriores dos hagiógrafos
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Gabarito:
medievais – não é assimilável ao retorno de um fantasma. Ele
prefigura a própria ressurreição do Cristo três dias depois de
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sua Paixão. Antecipa também a ressurreição universal dos
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mortos no fim dos tempos.


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SCHMITT, J.-C. Os vivos e os mortos na sociedade medieval. São Paulo: Cia. das Letras,
1: [B] 2: [A] 3: [B] 4: [C] 5: [A] 6: [B] 7: [A]
1999. 8: [A] 9: [B] 10: [E]
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