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MARIO TITO

BLOCO 1- REVISÃO RETA FINAL

1-A liberdade individual se torna o centro da discussão sobre política, à medida que a filosofia política iluminista
promovia a centralidade dos direitos individuais, diferenciando os compromissos dos antigos e medievais da ordem e
hierarquia. Nesse sentido, podemos afirmar que o iluminismo teve sua primeira expressão teórica, mais concentrada, em
fins do século XVII, com o inglês John Locke – considerado o pai do liberalismo –, preocupado em “modificar” a
concepção de súditos da coroa britânica para cidadãos. Defenderia a liberdade e a tolerância religiosa.
Fonte: MELLO, Vico Denis S. de; DONATO, Manuella Riane A. O Pensamento Iluminista e o Desencantamento do Mundo: modernidade e a
Revolução Francesa como marco paradigmático. Revista Crítica Histórica, Ano II, nº 4, dezembro/2011.
O iluminismo se coloca como um importante propagador das novas formas de pensar e enxergar o mundo dentro do
contexto da modernidade. No contexto do surgimento dessa nova concepção de mundo com aspirações burguesas
liberais é possível destacar como movimento científico a(o)
a) Reforma Protestante, de caráter burguês e com nova visão cristã.
b) Contrarreforma, de caráter conservador dos modos éticos.
c) formação dos Estados Modernos, como forma de centralizar o poder.
d) sociologia, como responsável por compreender as novas dinâmicas sociais.
e) psicologia, como protagonista de um período em que a mente humana é o objeto central.

2-A mobilidade social, até então inexistente no sistema feudal baseado na produção para subsistência, passou a ser uma
possibilidade. Isso porque, com o comércio, produtos passaram a ser trocados por moeda. Ao invés de trocar um
produto por outro, passa a ser possível trocar um produto por dinheiro, e parte desse dinheiro poderia ser guardado,
originando uma forma de acúmulo de riqueza.
Assim surgiu, de dentro do estrato social dos servos, uma nova classe social: a burguesia, composta por aqueles
pequenos comerciantes que ascenderam de classe social em função do excedente que obtiveram por meio da atividade
comercial.
Fonte: https://www.politize.com.br/burguesia/
O surgimento de uma classe social que não se enquadrava dentro da estrutura feudal colaborou de forma decisiva para
reorganização daquela sociedade, tal reorganização estrutural é marcada por
a) uma nova concepção de mercado e de acúmulo.
b) uma continuidade dentro do aspecto de permutas entre artesãos e nobres.
c) uma incorporação da nova classe social ao estrato da nobreza.
d) uma decadência da Igreja Católica no que se refere à moral e valores.
e) um espírito aventureiro e desbravador que assolou a nobreza local.
3-O positivismo, linha teórica sociológica criada por Comte, surgiu no século XIX como contraponto ao racionalismo
abstrato do liberalismo, e atuou como pensamento dominante a partir da segunda metade dessa centúria. Buscava
explicar questões práticas da humanidade, dando ênfase à experiência, e procurava aprimorar o bem-estar intelectual,
material e moral do homem, através da utilização de novos métodos para o exame científico dos problemas da
sociedade.
Fonte: http://bndigital.bn.br/francebr/positivismo.htm
É possível destacar como característica principal da linha teórica destacada no texto
a) o subjetivismo social.
b) a evolução ordenada.
c) a despreocupação com a moral.
d) o exagero em encantamentos.
e) o conservadorismo político.
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4-
Só pro meu prazer
Não fala nada
Deixa tudo assim por mim
Eu não me importo se nós não somos bem assim
É tudo real nas minhas mentiras
E assim não faz mal
E assim não me faz mal não
Noite e dia se completam no nosso amor e ódio eterno
Eu te imagino
Eu te conserto
Eu faço a cena que eu quiser
Eu tiro a roupa pra você
Minha maior ficção de amor
E eu te recriei só pro meu prazer
Só pro meu prazer
Fonte: https://www.letras.mus.br/leoni/101923/
A canção trata de uma relação passional na qual uma das partes assume o controle das decisões. Se pensarmos na ótica
weberiana, podemos identificar na canção uma dominação do tipo
a) religiosa
b) afetiva
c) legal
d) institucional
e) diretiva
5-não predomina mais a pura imaginação, mas também não se está, ainda, sobre o domínio da verdadeira observação.
No entanto, a razão começa a se preparar para o exercício verdadeiramente científico, como salienta Comte. Daí porque
é necessário afastar a metafísica da discussão sobre a ciência: é necessário que ela deixe de existir para dar lugar ao
conhecimento dito verdadeiramente científico
Fonte: BRANDÃO, R. A postura do positivismo com relação às ciências humanas. Theoria - Revista Eletrônica de Filosofia. 2011.
O trecho acima trata do movimento que Comte propõe para que se chegue ao estado de ordenação plena. A partir do
trecho destacado é possível compreender que Comte
a) defendia a tese de que a imaginação era uma ferramenta útil para o desenvolvimento das sociedades.
b) acreditava que o estado metafísico organizaria a sociedade de forma previsível, visto que era a superação do estado
teológico.
c) valorizava os saberes encantados como forma de organizar a cultura da sociedade civil.
d) vislumbrava no cientificismo o único meio de se construir uma sociedade previsível e controlável.
e) criticava a metafísica por ter retirado o mundo encantado do eixo das observações.
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6-

Fonte: https://dynamicon.com.br/wp-content/uploads/2016/11/F%C3%8DSICA-3-EX.pdf
A partir da charge podemos identificar um processo apontado por Weber produto de uma intensa racionalização das
operações cotidianas e do pensamento, tal processo é chamado de
a) anunciação religiosa.
b) niilismo genuíno.
c) solidariedade coletiva.
d) desencantamento de mundo.
e) ação social de cunho afetivo.
7-Em uma análise superficial, e com base em certas impressões comuns, poderíamos ser tentados a admitir que a menor
mundanidade do Catolicismo e o caráter ascético de seus mais altos ideais tenha induzido seus seguidores a uma maior
indiferença para com as boas coisas deste mundo. E tal explicação reflete a tendência de julgamento popular de ambas
as religiões. Do lado protestante, ela é usada como base das críticas de tais ascéticos (reais ou imaginários) do modo de
viver católico, enquanto os católicos respondem com a acusação de que o materialismo resulta da secularização de
todos os ideais pelo Protestantismo. Um escritor contemporâneo tentou definir a diferença de atitudes diante da vida
econômica da seguinte maneira: ‘O católico é mais quieto, tem menor impulso aquisitivo; prefere uma vida mais segura
possível, mesmo tendo menores rendimentos, a uma vida mais excitante e cheia de riscos, mesmo que esta possa lhe
proporcionar a oportunidade de ganhar honrarias e riquezas’. Diz o provérbio, jocosamente: ‘Coma ou durma bem’.
Neste caso, o protestante prefere comer bem, e o católico, dormir sossegado.
Fonte: WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
A partir da análise do texto e dos conhecimentos acerca do pensamento de Max Weber, podemos identificar que o autor
a) defende que o cristianismo em geral possui características demarcadas, seja qual for a ramificação da religião.
b) Adverte os perigos que novas leituras cristãs podem oferecer para o desenvolvimento fabril
c) identifica que o protestantismo possui tendências opostas em natureza religiosa do catolicismo e que, portanto, o
conflito dos povos seria inveitável.
d) compreende o protestantismo como uma religião associada a um modelo de sucesso e de gerência de bens
materiais.
e) atribui ao catolicismo uma vocação franciscana à pobreza.
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8-

A partir do texto é possível identificar uma importante crítica de Marx ao sistema capitalismo em seu modelo. Para
Marx o processo descrito no texto possui um caráter de
a) segregação, na medida em que os sujeitos possuem realidades diferentes
b) infraestrutura, ao passo que o patrão possui materiais melhores que os do empregado.
c) solidariedade, pois há uma esperança de sucesso mútuo na charge.
d) mais-valia, se pensarmos na exploração do patrão e a desigualdade social produzida a partir de tal desigualdade.
e) neocunhadismo, apresentando uma reedição do cunhadismo tradicional que entregava as pessoas de sua família aos
poderosos.
9-
Danda Bárbara: do perigo de morar nas ruas ao curso de Letras na Uerj
Um longa-metragem talvez não fosse suficiente para contar a história de vida de Dayana Bárbara dos Santos
Coqueiro. Uma série com vários episódios e temporadas seria mais indicado. Afinal, de Coroatá, no interior do
Maranhão, até o bairro portuário do Santo Cristo, no Rio de Janeiro, onde vive atualmente, foram muitas experiências e
dificuldades.
Danda Bárbara, como é conhecida, tem 36 anos e morou nas ruas de Brasília dos 8 aos 21, por “problemas de
violação de direitos dentro da minha casa”, conforme define.
Chegou a percorrer um caminho quase sem volta: “Demorei a entrar nas drogas, estava com quase 18 anos,
mas comecei a trabalhar com o tráfico pesado, para pessoas importantes”, relata.
A gravidez, quando tinha entre 20 e 21 anos, representou sua redenção. Largou essa vida e passou a dedicar
toda atenção a Arthur, hoje com 14 anos.
Mudou-se de Brasília para o Rio de Janeiro em busca de um sonho, que está mais perto de se concretizar.
Apesar de viver com dificuldades, trabalhando de ambulante vendendo queijo nas praias cariocas (Arhur ajuda
vendendo biscoitos), Danda está prestes a dar o que talvez seja o maior salto de sua vida atribulada: ela passou no
vestibular e vai cursar Letras na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).
Fonte: https://revistaforum.com.br/mulher/danda-barbara-do-perigo-de-morar-nas-ruas-ao-curso-de-letras-na-uerj/#

A reportagem nos apresenta uma ex-moradora de rua que muda a trajetória esperada por boa parte da sociedade e
consegue uma vaga dentro de uma universidade pública. Os fatos sociais são uma espécie de expectativas criadas pela
sociedade a partir de um modelo padrão de comportamento. Dentro da história de Danda Bárbara podemos notar os
fatos sociais como
a) caraterísitcas sólidas das sociedades desenvolvidas.
b) eventos sociais que podem ser subvertidos por exceções.
c) balizas que não passam por contingências.
d) necessários para uma sociedade desenvolvida.
e) privilégio de sociedades civilizadas.
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10-
Vivia longe dos homens, só se dava bem com animais. Os seus pés duros quebravam espinhos e não sentiam a quentura
da terra. Montado, confundia-se com o cavalo, grudava-se a ele. E falava uma linguagem cantada, monossilábica e
gutural, que o companheiro entendia. A pé, não se agüentava bem. Pendia para um lado, para o outro lado, cambaio,
torto e feio. As vezes utilizava nas relações com as pessoas a mesma língua com que se dirigia aos brutos -
exclamações, onomatopéias. Na verdade falava pouco. Admirava as palavras compridas e difíceis da gente da cidade,
tentava reproduzir algumas, em vão, mas sabia que elas eram inúteis e talvez perigosas.
Fonte: Ramos, Grasciliano.Vidas secas. 23. ed. São Paulo: Martins, 1969.
No trecho da obra “Vidas Secas” de Graciliano Ramos podemos identificar a solidariedade mecânica de Durkheim, que
identifica uma sociedade
a) de características simples e com indivíduos de atividades similares e sem complexidade.
b) de funções sociais bem demarcadas e uma intensa divisão social do trabalho.
c) de graus de complexidade elevados e de exclusão social elevada.
d) de intensa especialização e interdependência entre os indivíduos.
e) de predomínio de coerção social formal e intenso regimento legal.

11-Nos anos 30, a interpretação do Brasil ganha uma nova interpretação. Gilberto Freyre substitui a noção de raça pela
noção de cultura, o que possibilitou uma nova concepção das sociedades, que deveriam ser analisadas em suas
especificidades, como um fato sui generis. O autor transforma a negatividade do negro e do mestiço em positividade.
Fonte: GAUER, Ruth M. Chittó. A Contribuição Portuguesa para a Construção da Sociedade Brasileira. Separata da Revista de História das Ideias,
Vol. 19, Faculdade de Letras Coimbra, 1997/98.
A partir do texto é possível identificar o famigerado conceito atribuído a Gilberto Freyre que compatibilizaria as raças
que constituem a formação do povo brasileiro. Tal conceito indica um(a)
a) cordialidade na formação da sociedade brasileira, vista que é católica.
b) democracia racial que enxerga como positivo o processo brasileiro de colonização.
c) inércia social por parte dos povos dominados pelos europeus.
d) luta de classes demarcada desde o início da escravidão no Brasil.
e) revolta permanente dos europeus frente ao largo espaço apropriado pelos indígenas na constituição social do povo
brasileiro.
12-Na verdade, só historicamente e pelo exame acurado do processo civilizatório global no qual todos estes povos se
viram envolvidos e dos vários fatores intervenientes na formação de cada uma deles é que poderemos explicar sua
forma e sua performance. Isto é o que nos propomos fazer com respeito aos Povos-Transplantados pelo exame, tanto da
composição racial e cultural dos seus contingentes formadores, quanto do seu modo de aliciamento, de associação e de
fusão em novas entidades étnico-nacionais.
Fonte: RIBEIRO, Darcy. As Américas e a Civilização: Processo de Formação e Causas do Desenvolvimento Cultural Desigual dos Povos
Americanos. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1970.
A partir da análise do trecho de Darcy Ribeiro, é possível identificar na passagem
a) cooperação entre as raças com a finalidade prática de promover uma formação cultural multicultural e inclusiva.
b) etnocídio com os traços físicos dos povos escravizados.
c) indicativos de equidade social dentro da formação dos povos americanos.
d) fatores de diferenciação consequentes do processo de formação étnico-nacional dos povos americanos, sobretudo
brasileiro.
e) resistência ameríndia a uma colonização brutal por parte dos eurpoeus.
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13-

Fonte: http://culturaemfocoucb.blogspot.com/2014/03/homem-cordial-luiz-alexandre-sc-santos.html
O nepotismo é a prática usada por agentes públicos para favorecer parentes a partir da sua posição. A prática é alvo de
severas críticas éticas, entretanto se apresenta de forma similar ao conceito sociológico de Sérgio Buarque de Holanda,
o “Homem Cordial”, pois o mesmo é incapaz de
a) cometer ações negativas, na medida em que é sempre bondoso.
b) maximizar lucros frente à alienação de trabalhadores explorados.
c) promover caridade, visto que sua cordialidade é meramente religiosa.
d) Racionalizar a vida urbana, pois carece de uma rotina mais pacífica.
e) separar a instância pública da privada fazendo de ambas uma única coisa.
14-(...) os homens, ao desenvolverem sua produção e seu intercâmbio materiais, transformam também, com esta sua
realidade, seu pensar e os produtos de seu pensar. Não é a consciência que determina a vida, mas a vida que determina a
consciência.
Fonte: MARX,K.; ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. In: JINKINGS, Ivana; SADER, Emir (Orgs.). As armas da crítica: antologia do
pensamento de esquerda. Tradução: Paula Almeida. São Paulo: Boitempo, 2012.
Segundo o trecho é possível identificar o clássico conceito de Marx compreendido como
a) dominação carismática, que nos aponta características pessoais de um sujeito como sustentáculo para uma relação
de dominação.
b) assistencialismo, no qual as políticas públicas se beneficiam da escassez de recursos de camadas pobres para
promoção de governos.
c) fatos sociais, como modos de operação de uma sociedade civil de graus altamente pragmáticos.
d) materialismo histórico, apresentando uma sociedade historicamente pautada pela relação dos homens com seus
instrumentos de trabalho.
e) Positivismo, definido como um estágio da sociedade que funciona de forma organizada e progressiva.
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15-A Semana de Arte Moderna nasceu no momento que o mundo assistia ao fim de uma grande guerra e tudo se
renovava nas estruturas mentais e políticas da sociedade. Foi um verdadeiro marco na história de São Paulo,
considerada um divisor de águas na cultura brasileira. O evento - organizado por um grupo de intelectuais e artistas por
ocasião do Centenário da Independência - declarou o rompimento com o tradicionalismo cultural associado às correntes
literárias e artísticas anteriores: o parnasianismo, o simbolismo e a arte acadêmica. A defesa de um novo ponto de vista
estético e o compromisso com a independência cultural do país fizeram do modernismo sinônimo de "estilo novo",
diretamente associado à produção realizada sob a influência de 1922.
Fonte: https://www.cultura.sp.gov.br/semana22/
A Semana de Arte Moderna de 1922 se apresentou como um importante marco para a literatura, arte e academia
brasileira, pois em tal período os intelectuais romperam com um conservadorismo vigente. Uma dos frutos da Semana
de Arte Moderna de 1922 logo na sequência do evento com a chamada
a) Geração de 30 e a tentativa de explicar o Brasil através de aparatos sociológicos.
b) escola de lógica brasileira, com a tentativa de reconfigurar as bases da matemática.
c) repressão à imprensa, com a finalidade de regular e nortear a arte brasileira.
d) literatura de cordel como a principal expressão genuinamente brasileira.
e) vanguarda musical sendo entregue ao mundo pelo movimento hippie.
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Gabarito

1-d
2-a
3-b
4-b
5-d
6-d
7-d
8-d
9-b
10-a
11-b
12-d
13-e
14-d
15-a
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BLOCO 2- REVISÃO RETA FINAL

1-
Reconvexo- Caetano Veloso
Eu sou a chuva que lança a areia do Saara
Sobre os automóveis de Roma
Eu sou a sereia que dança
A destemida Iara
Água e folha da Amazônia
Eu sou a sombra da voz da matriarca da Roma Negra
Você não me pega
Você nem chega a me ver
Meu som te cega, careta, quem é você?
Que não sentiu o suingue de Henri Salvador
Que não seguiu o Olodum balançando o Pelô
E que não riu com a risada de Andy Warhol
Que não, que não e nem disse que não
Fonte: https://www.letras.mus.br/caetano-veloso/201526/
A canção de Caetano Veloso oferta um eu lírico que se apresenta como o portador de todas as coisas, uma espécie de
marco que em tudo está contido. Nesse contexto podemos comparar tal interpretação com a filosofia
a) pré-socrática e seu elemento constituinte.
b) helenista e sua busca por uma paz de espírito.
c) agostiniana e sua leitura sobre a liberdade humana
d) sofista com sua retórica argumentativa.
e) cartesiana com a retórica da dúvida exagerada.
2-
Diretor de Round 6 diz que série “é uma história sobre perdedores”
Lançado em setembro, “Round 6” – sobre competidores endividados lutando em uma série de jogos infantis mortais –
está atualmente no caminho de se tornar a série mais popular da Netflix, tendo alcançado o número um em 90 países,
incluindo os Estados Unidos.

Para Hwang, a narrativa do programa reflete a “sociedade competitiva” em que vivemos hoje. “Esta é uma história
sobre perdedores”, disse ele – aqueles que lutam contra os desafios da vida cotidiana e são deixados para trás, enquanto
os “vencedores sobem de nível”.
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/entretenimento/diretor-de-round-6-diz-que-serie-e-uma-historia-sobre-perdedores/

A idéia de vencer na vida ou ser um perdedor é a marca de uma sociedade competitiva. Dentro do trecho da reportagem
podemos identificar uma espécie de gradação de sujeitos dentro da sociedade que são classificados e colocados em
nichos diferentes. A separação desses grupos em nichos diferentes é chamada de

a) fato social.
b) estratificação social.
c) desencantamento de mundo.
d) organizações não governamentais.
e) ação social
3-“Se vamos à essência da nossa formação veremos que na realidade nos constituímos para fornecer açúcar, tabaco,
alguns outros gêneros; mais tarde ouro e diamantes; depois, algodão, e em seguida café para o comércio europeu. Nada
mais que isto”
Fonte: PRADO JÚNIOR, Caio. Formação do Brasil Contemporâneo, 1942
Para o autor há uma tradição na sociedade brasileira que vem desde a sua formação que é a de se
a) identificar como expoente social.
b) limitar a produtor de demandas básicas e primárias.
c) compreender como agente político de mudanças.
d) envolver com questões públicas.
e) criticar enquanto povo omisso às questões culturais
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4-
Lendas da Mata
O Saci rodopiou
Ventania na palhoça
Sinhazinha bambeou
Deu mironga lá na roça
Fonte: https://www.letras.mus.br/joao-martins/1552060/
A canção “Lendas da Mata” do músico João Martins traz consigo o encantamento da crença no sobrenatural. Tais
conjuntos de crenças populares ocupam um espaço do imaginário popular, principalmente às sociedades interioranas e
distantes da vida urbana. Um bom paralelo a essa crença no imaginário pode ser identificada na
a) narrativa de Tales de Mileto acerca do princípio originário
b) discussão de Platão acerca de uma cidade ideal
c) configuração política de Atenas e seus sofistas.
d) justificativa de conflitos entre regiões do Mediterrâneo
e) crença nas narrativas cosmogonicas explicando o mundo.

5- A Europa do século XVIII e XIX viu significativas mudanças que resultaram de intensas revoluções. Não é de se
estranhar que mudanças intensas e revoluções resultem em crises. O século XIX foi marcado por intensas crises.
Na Inglaterra, as indústrias cresciam a todo vapor, o que resultou no crescimento desordenado das cidades. A
explosão demográfica repentina desses locais foi o principal fator para o desenrolar de uma crise que tinha como centro
a desigualdade social: milhares de desempregados e desabrigados, pessoas passando fome e morrendo de doenças, além
de os trabalhadores fabris não terem direitos garantidos, o que era expresso por jornadas de trabalho desumanas e baixa
remuneração.
A França viveu um período conturbado pós-revolução, pois, durante certo tempo, não houve um governo que
garantisse a ordem social e política. Tudo isso acontecia na mesma proporção em que as técnicas e as ciências
avançavam, o que deixou os intelectuais europeus da época confusos.
https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/positivismo.htm
Augusto Comte nos apresenta uma proposta de saída para as mazelas do cotidiano: a sociologia que teria como função,
segundo o autor:
a) Buscar compreender a subjetividade da sociedade.
b) Sobrepor o moral ao científico dada as individualidades das sociedades.
c) Se colocar como bases para ciências naturais e religião, na medida em que nada que esteja na sociedade não
fora criado pelo homem.
d) Explicar o progresso científico e indicar o modo de agir das pessoas.
e) Explicar a construção social através da lei dos quatro estados.

6-
O Estranho Vizinho da Frente
Só interessa o que eu sei
Não interessa o que eu acho
24h duelo com as forças de baixo
Fazendo a minha parte, na obra da elevação
Me acostumei com a altitude ao tirar os pés do chão
Fonte: https://www.letras.mus.br/black-alien/o-estranho-vizinho-da-frente/
O trecho da canção do rapper Black Alien faz uma referência a dois conceitos da filosofia que se apresentam como
opostos: “saber” e “achar”, sobre tal dicotomia é possível fazer um paralelo

a) ao conflito ontológico de Parmênides e Heráclito.

b) ao cinismo de Diógenes e seu abandono aos compromissos.
c) à Alegoria da Caverna de Platão e o acesso ao conhecimento do prisioneiro liberto.
d) à compreensão homérica das divindades no plano terreno.
e) ao conflito moral entre verdade e mentira de Górgias e dos sofistas.
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7-

Fonte:https://1.bp.blogspot.com/-zHry5Ugtjlo/YRWXeQMd6OI/AAAAAAAAN10/aE-QoTn3Ua0_JVYx_sz9OPBSVGVd93ZwgCLcBGAsYHQ/
s306/bolsa.jpg
DENNY. Black Friday, 29 nov. 2013. Disponível em: https://bit.ly/2ASkxQZ. Acesso em: 28 set. 2018.

A imagem apresenta um texto que faz uso da retórica para conseguir manobrar o cliente. É a famosa propaganda
enganosa. É possível identificar na história da filosofia um grupo de pensadores que se preocupavam exclusivamente
com a argumentação, seriam eles as(os)

a) Peripatéticos
b) Acadêmicos
c) Céticos
d) Sofistas
e) Democratas

8-[...] um filho da moderna civilização europeia sempre estará sujeito à indagação de qual a combinação de fatores a
que se pode atribuir o fato de na civilização ocidental, e somente na civilização ocidental, haver aparecido fenômenos
culturais dotados (como queremos crer) de um desenvolvimento universal em seu valor e significado.
Fonte: WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Pioneira, 1967.

De acordo com o pensamento de Weber é possível destacar que no contexto ocidental moderno
a) existe uma crescente tomada dos aspectos religiosos frente aos políticos.
b) ocorre uma decadência moral no cristianismo.
c) surge uma formação social baseada no conceito de racionalidade.
d) há uma decadência do sistema capitalista frente ao novo mundo.
e) acontece uma regressão nas relações de trabalho e sociais frente a forte industrialização.
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9-
A estupidez dos “Especialistas” de internet em tempos de pandemia: o efeito Dunning-Kruger
Você provavelmente já se deparou com comentaristas de redes sociais falando com convicção sobre um determinado
tópico sem ter uma dose razoável de conhecimento necessário para isso, não? No contexto de uma pandemia, a coisa
fica ainda pior: não faltam “especialistas” a versar sobre assuntos que pouco ou nada sabem, mas sempre cheios de
certeza. “É só uma gripezinha”, alguns defendiam, convictos, sobre a doença causada pelo coronavírus, em que pesem
várias evidência em contrário. É muito estranho que, mesmo com bem pouco conhecimento, tenham tanta certeza, não
é mesmo? Na verdade, esse é um fenômeno bastante comum. Quando se depara com os “especialistas” de internet (e
mesmo fora dela), você assiste à manifestação de um mecanismo psicológico humano dos mais recorrentes: o efeito
Dunning-Kruger.
Fonte: https://www.blogs.unicamp.br/covid-19/a-estupidez-dos-especialistas-de-internet-em-tempos-de-pandemia-o-efeito-dunning-kruger/

O efeito Dunning-Kurguer produz certezas esvaziadas. Se pensarmos na filosofia do mestre Sócrates e em seu método
podemos compreender que o efeito Dunning-Kurguer precisaria

a) passar pelo parto das idéias primeiramente para se apresentar como um argumento válido
b) entender que a certeza é impossível de se alcançar, portanto devemos nos identificar como céticos
c) esvaziar suas crenças sem fundamentos para poder desenvolver novas idéias.
d) defender seu ponto de forma retórica irreparável.
e) compreender a essência divina como a detentora de todo o conhecimento.

10-

Ao observar o mapa podemos identificar as Pólis gregas em sua organização espacial. O surgimento e organização
dessas cidades contribuem para

a) o fim dos conflitos entre etnias similares

b) a decadência da democracia
c) o surgimento do pensamento filosófico
d) o acúmulo de capital
e) o desenvolvimento da organização religiosa
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11-
Mais que folclore
O que dá mais medo que Lobisomem
A fome, a fome
E pra criança que não te escuta
A Cuca, a Cuca
A mão invisível eu nunca vi
Só Saci, Saci
E tem que duvide, e até ignore
É mais que folclore
Pro agronegócio é bom Curupira
Traíra, traíra
Bancada do boi eu chamo a Caipora
Devora, devora
Pra que não aconteça tudo de novo
O povo, o povo
Pra eles Chandon, pra mim açaí
Pode vir, pode vir
Fonte: https://www.letras.mus.br/braza/mais-que-folclore/

A canção citada entrega um conceito weberiano resultante da modernidade em paralelo com um processo anterior à
mecanização. Respectivamente é possível identificar o conceito resultante da modernidade e a situação anterior à
mecanização da sociedade como
a) maniqueísmo e dicotomia.
b) desencantamento e encantamento.
c) dialética e metafísica.
d) cordialidade e violência simbólica.
e) coesão e anomia

12-“Não existiam escolas de juristas, treinamento jurídico, ensino do direito como técnica especializada. Apreendia-se o
direito, a princípio, recitando os textos jurídicos como poemas. Assim, a literatura jurídica, conjunta a outras formas de
expressão literária, apresentava os ritmos discursivos e o domínio da palavra, escrita ou falada, que fariam a diferença
na vida pública dos futuros cidadãos. A compreensão do conteúdo normativo integrava o núcleo educacional.. Ser
cidadão de fato era viver o direito, cultivando-o psicologicamente”
Fonte: BORGES, Robson. República e Democracia. Lua Nova: Revista de Cultura e Política. São Paulo 2000. Disponível em:
http://www.ibrajus.org.br/revista/artigo.asp?idArtigo=101. Acesso em: 30 jun 2014.
Podemos notar no trecho uma referência à formação dos cidadãos atenienses no que tange à vida pública, por isso a
importância do aperfeiçoamento

a) da lógica formal e do conhecimento acerca o profano.

b) do uso da força aliado à sapiência artística.
c) das artes plásticas e da informalidade do discurso.
d) do direito formal e da literatura bárbara.
e) do exercício da leitura e da retórica.
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13-

Fonte: https://angelorigon.com.br/2020/12/09

A charge faz uma crítica ao processo de uberização que tem como característica e consequência respectivamente

a) a precarização das relações de trabalho e o aumento da desigualdade social.

b) a liberdade financeira do sujeito e a motivação ao empreendedora dos países desenvolvidos.
c) o aumento dos elos entre patrões e empregados e uma mentalidade burguesa nas mãos do proletariado.
d) o fim definitivo das legislações trabalhistas e o aumento do tempo livre do empreendedor informal.
e) a formalidade como vilã de um trabalho flexível e o patrão como prejudicado com a liberdade do empreendedor

14-A partir da morte de Sócrates, pensa Arendt, a política deixaria de ser concebida como provedora exclusiva da
melhor e mais alta forma de vida para tornar-se subsidiária em relação à vida dedicada à contemplação, sendo
convertida em um conjunto de práticas submetidas ao governo tirânico da razão. (...). Entretanto, se as relações entre
filosofia e política nunca foram exatamente cordiais, a morte de Sócrates constituiria o ponto nevrálgico a partir do qual
as relações entre o filósofo e o político tornar-se-iam expressamente hostis.
Fonte: DUARTE, A. O pensamento à sombra da ruptura: política e filosofia em Hannah Arendt. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

Com o auxílio do texto e nos seus conhecimentos sobre a filosofia de Platão é possível notar que com relação à política
no contexto ateniense, a figura do filósofo era colocada em

a) convergência aos assuntos da Pólis.

b) certo distanciamento da vida pública.
c) divergência absoluta relacionada aos problemas políticos.
d) patamares de lideranças e prestígios excelentes.
e) situações de obscurantismo e marginalidade social.
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15-

TEXTO I

GATINHA COMUNISTA
Minha gatinha comunista eu preciso te dizer
Que eu acho que o vermelho fica tão bem em você
Espero que você abra uma exceção
Eu quero a propriedade privada do seu coração
Me dê a propriedade do seu coração
Eu quero a propriedade privada do seu coração
Fonte: https://www.letras.mus.br/vitroles/gatinha-comunista/

TEXTO II

“Horrorizai-vos porque queremos abolir a propriedade privada. Mas em vossa sociedade a propriedade privada está
abolida para nove décimos de seus membros. E é precisamente porque não existe para esses nove décimos que ela
existe para vós. Acusai-nos, portanto, de querer abolir uma forma de propriedade que só pode existir com a condição de
privar a imensa maioria da sociedade de toda propriedade. Numa palavra, censurai-vos por querer abolir vossa
propriedade. De fato, é exatamente isso o que queremos.”
Fonte: Karl Marx e Friedrich Engels, Manifesto do Partido Comunista, Martin Claret, São Paulo, 2006

A partir da análise dos textos é possível identificar uma marca das ideias revolucionárias que se colocam em oposição
ao capitalismo. Tais ideias apresentam a esperança de que

a) os espaços privados não existam de forma alguma e as arestas deixadas por esses espaços privados fundamentam os
ideários revolucionários.
b) a tomada dos meios de produção não interfiram não propriedade privada e nem na consolidação da burguesia como
classe dominada.
c) a revolução precisa passar pelo crivo do afeto e das relações humanizadas.
d) a propriedade privadas que é um dos principais pontos de crítica ao sistema capitalista e um dos principais
geradores de desigualdade social possa existir de forma justa.
e) a desigualdade social e a luta de classes entram em discordância da tomada dos meios de produção, pois há na
noção de Estado um sustentáculo de igualdade civil.
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Gabarito
1-a
2-b
3-b
4-e
5-d
6-c
7-d
8-c
9-c
10-c
11-b
12-e
13-a
14-b
15-d
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BLOCO 3- REVISÃO RETA FINAL

1-“Descartes estava em busca de um fundamento seguro e inabalável do conhecimento, uma primeira certeza que
pudesse servir de alicerce para toda filosofia e ciência. Para realizar esse empreendimento, ele elaborou um método
baseado na dúvida, também conhecido como dúvida metódica. Ao enfrentar e superar níveis de dúvida cada vez mais
radicais, Descartes eliminava todo conhecimento que não era seguro e que facilmente se abalava para realizar uma
varredura no terreno do saber.
A dúvida metódica de Descartes não se confundia com a de um homem comum, que não sabe se ouviu essa ou aquela
palavra em uma roda de conversa ou se uma experiência de sua infância ocorreu dessa ou daquela maneira.”

Fonte:https://www.namu.com.br/artigos/o-metodo-da-duvida-de-descartes

Sobre o método cartesiano é correto afirmar que se trata de um (a)

a) experimento empírico, cujas conseqüências o conduzem ao pensamento filosófico cartesiano
b) experimento mental, cujas consequências o conduzem à afirmações indubtáveis.
c) forma de rejeitar toda teoria dedutiva anterior a ele.
d) movimento em que o filósofo Descartes se assume quanto cético ao suspender aos juízos por completo.
e) argumento anti-religioso.

2-“Kant tem um papel relevante não apenas na história da Filosofia, mas também deixou seu legado na história da
Estética, criando um novo paradigma no que se refere ao subjetivismo em relação ao belo. Desde a época de Platão e
Plotino, ambos acreditavam que o conceito belo fosse um atributo do próprio objeto, já Kant cria uma nova era para a
Estética, onde o conceito de belo, não é meramente um atributo inerente ao objeto, mas na verdade o belo é algo
subjetivo, que está além do objeto.”
Fonte:http://filosofiainstantanea.blogspot.com/2011/09/concepcao-de-estetica-em-
kant.html

De acordo com o texto e com seus conhecimentos sobre a filosofia do Kant, podemos compreender que sua visão
estética é similar a sua visão epistemológica, pois
a)objeto em si não possui beleza nem sentido em si mesmo.
b)objeto pode ser belo em si, mas não ter sentido algum para o sujeito.
c)limiar da filosofia transcendental afirma que não há o belo.
d)belo é uma construção histórica e dialética
e)Arcabouço de sua filosofia não permite ponderações estéticas subjetivas, nem objetivas, mas apenas transcendentais.

3-As mais das vezes, a sociedade reduz-se ao confronto entre dois grupos; os clérigos e os leigos numa perspectiva, os
poderosos e os fracos, ou os grandes e os pequenos, ou ainda os ricos e os pobres quando apenas se considera a
sociedade laica, e os livres e os não livres quando se está no plano jurídico. [...] Uma minoria monopoliza as funções de
direção – direção espiritual, direção política, direção econômica; a massa, sujeita-se
Fonte: LE GOFF, J. A Civilização do ocidente medieval. Lisboa: Editorial Estampa, 1995

A partir da perspectiva do autor é possível notar que a sociedade medieval

a)apresentou-se como diversificada e com profundo debate público.
b)mostrou-se dualista na maioria das vezes, com uma minoria determinando os caminhos.
c)julgou-se precária em organização teórica por parte das camadas dominantes.
d)instituiu-se como laica e desprendida de instituições sociais religiosas.
e)emulou-se ao grego clássico e seu modelo político democrático.
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4-
Para Caio Prado Júnior, economia é inseparável da história
Nas primeiras páginas de História e Desenvolvimento, Caio Prado Júnior faz a crítica das ideias do economista norte-
americano Walt Whitman Rostow (1916-2003), um expoente do pensamento econômico ortodoxo nos anos 60. De
acordo com essas ideias, as nações subdesenvolvidas estariam numa etapa anterior ao estágio alcançado pelos países
capitalistas centrais e, para elas, atingir esse estágio seria apenas uma questão de tempo. Para Caio Prado Júnior, os
modelos empregados na análise econômica ortodoxa são apenas a expressão matemática dos fatos econômicos tais
como se desenrolaram nas sociedades que atingiram alto grau de maturidade das relações capitalistas de produção.
“Logo se percebe como tais modelos se prestam mal, ou não se prestam de todo, para a visualização e a análise de fatos
que não são aqueles precisamente em cuja base eles foram construídos, ou seja, os fatos característicos de um
capitalismo maduro”, escreve o intelectual. “Isso diz respeito, de maneira flagrante, a países da nossa estrutura
socioeconômica que, embora enquadrados no sistema geral do capitalismo, estão longe de apresentarem uma estrutura,
um comportamento econômico e mesmo relações de produção que no seu conjunto se podem identificar ao que ocorre
nas sociedades de alto amadurecimento capitalista.”
Fonte: https://jornal.usp.br/cultura/para-caio-prado-junior-economia-e-inseparavel-da-historia/

O autor, a partir do texto, compreende que a relação dos países subdesenvolvidos com o capitalismo é

f) distinta de países com economia planificada.

g) similar a de países de regimes socialistas
h) paralela a países desenvolvidos.
i) subalterna aos países afetados por crises recentes.
j) estática frente a economia do mundo.

5-

A charge aponta o pré-socrático Tales indicando que

f) existe um elemento primordial que explica todas as coisas.

g) devemos confiar no sentimentalismo e na empiria.
h) há na natureza as certezas necessárias pra se fundamentar explicações racionais
i) devemos desconfiar das cosmologias como explicações de mundo.
j) Existe na vida pública o desconforto de recusar sentimentos em detrimento dos assuntos práticos da polis.
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6-Mesmo quando posso realmente me libertar destas regras e viola-las com sucesso, vejo-me sempre obrigado a lutar
contra elas. E quando são finalmente vencidas, fazem sentir seu poderio de maneira suficientemente coercitiva pela
resistência que me opuseram. Nenhum inovador, por mais feliz, deixou de ver seus empreendimentos se chocarem
contra oposições deste gênero.
Fonte: DURKHEIM, Émile. O que é fato social? In: RODRIGUES, José Albertino (Org.) Émile Durkheim: Sociologia. São Paulo: Ática, 2000. 9ª
edição. cap. 2, p. 46 – 52

O autor em seu trecho destaca a relação dos homens com os modos de funcionamento de nossa sociedade, a partir
desses modos surgem padrões de comportamento que produzem
a)padrões objetivos e necessários de comportamento.
b)modulações de ações sociais com finalidade prática.
c)imposições que se colocam sujeitas a coerções quando desobedecidas.
d)solidariedades orgânicas dentro de um contexto de intensa diversidade de ideias pluralidade de padrões
e)coesão social a partir de um engajamento negativo com os fatos sociais.

7-
TEXTO I
Como o Bangu ajudou na inclusão de negros no futebol brasileiro
Ainda em 1895, os clubes começaram a ser fundados, mas a pratica era restrita às pessoas da etnia branca, com
descendência europeia, apesar de o país ser predominantemente mulato. Os mais pobres e negros eram impedidos de
praticar e podiam apenas assistir às partidas, isso, se estivessem em lugares separados dos brancos. Em 1905, no Rio de
Janeiro, no elenco do Bangu Athletic Club (posteriormente se chamaria Bangu Atlético Clube), um dos 11 jogadores era
negro: o operário Francisco Carregal.
Em partida contra o Fluminense, time influenciador da cultura aristocrata da época, o Bangu escalou o tecelão da
fábrica, que mal sabia, mas estava entrando para a história. Ao lado de estrangeiros brancos, Carregal utilizava um
uniforme impecável para diminuir o preconceito por ser negro em um esporte da elite branca.
Fonte:https://odia.ig.com.br/esporte/2015-11-19/como-o-bangu-ajudou-na-inclusao-de-negros-no-futebol-brasileiro.html

TEXTO II
Camisas Negras
Eu vou torcer
Aqui eu ergui meu templo para vencer
Eu já lutei por negros e operários
Te enfrentei, venci, fiz São Januário
Camisas Negras que guardo na memória
Glória, lutas, vitórias, esta é minha história
Que honra ser Saiba eu sou vascaíno, muito prazer (jamais terá)
Jamais terás a Cruz, este é meu batismo
Eu tive que lutar contra o teu racismo
Veja como é grande meu sentimento E por amor ergui este monumento
Fonte: https://www.letras.mus.br/vasco-da-gama/1269000/

Ao comparar os textos, conseguimos identificar que em ambos os clubes, de origem popular, é possível notar
a)a precarização da participação dos atletas negros.
b)o ataque sofrido pelos clubes pela utilização de jogadores não caucasianos.
c)a diversidade racial presente na resistente postura de clubes não ligados à elites.
d)o racismo estrutural presente nos clubes de camadas populares.
e)os clubes em questão possuem motivações distintas para escalar jogadores negros em partidas oficiais.
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8-Na ironia amorosa, Sócrates aparenta, por suas declarações amorosas, desejar que aquele que finge amar lhe dê não
tanto seu saber, mas sua beleza corporal (…). Dessa vez, o amado, ou o pretendido como tal, descobre pela atitude de
Sócrates, que é incapaz de satisfazer o amor de Sócrates, pois não tem em si a verdadeira beleza. Descobrindo então o
que lhe falta, ele se enamora por Sócrates, isto é, não pela beleza, pois Sócrates não a tem, mas pelo amor que é
segundo a definição dada por Sócrates no Banquete, o desejo da Beleza da qual se está privado.
Fonte: HADOT, P. Elogio de Sócrates. São Paulo: Loyola, 2012.

A partir do texto é possível notar uma referência ao diálogo “O Banquete”. Em tal diálogo Sócrates finge sua aparente
ignorância diante de outro e também apresenta sinais de estar enamorado por Alcebíades. Entretanto o que se pode
compreender, a partir do texto é que
a)a dialética sentimental causando a estranheza das relações não convencionais daquele tempo.
b)o sentimento de Sócrates pode ser tomado como um recurso retórico para a utilização do método socrático.
c)a compreensão do belo sensorial garante que o método não resulte em mera aporia.
d)o controverso Sócrates desobedecendo os ditames regulares da sociedade ateniense.
e)a rejeição de Alcebíades ao processo de obtenção de conhecimento proposto por Sócrates.

9- O princípio que aprova ou desaprova toda ação qualquer que seja de acordo com a tendência que ela parece ter a
aumentar ou diminuir a felicidade da parte cujo interesse está em questão, ou, que é a mesma coisa em outras palavras,
a tendência a promover ou opor-se a tal felicidade. Digo de toda ação, qualquer que seja, e, portanto, não apenas toda
ação de um indivíduo privado, mas também toda medida de governo.
Fonte: BENTHAM, Jeremy. An introduction to the principles of morals and legislation. 2. ed. Londres: 1823. Reimpressão: Buffalo: Prometheus
Books, 1988.

A partir do texto é possível identificar um princípio que atua de forma

a)dialética, apontando contradições e um novo produto.

b)pragmática, a partir de uma deliberação moral contingente.
c)necessária, subvertendo a subjetividade causal dos eventos.
d)sistemática, indicando padrões e comportamentos regulares.
e)maniqueísta, entendendo ações como duas faces limitadas e objetivas: certo e errado.

10-
Nietzsche entende que o fundamento niilista da nossa civilização ocidental não nasce com o cristianismo, mas tem
bases anteriores, no entanto o cristianismo precisa ser interpretado como “potência civilizatória do mundo moderno, que
sistematiza e universaliza as condições de conservação e reprodução do ascetismo platônico”. Ou seja, o que importa no
cristianismo é sua estrutura religiosa – é sua forma de iludir e fazer crer naquilo que não é vida, no nada (é promover a
vontade de nada) e sua força em promover este processo civilizatório anti-natural.
Fonte: https://colunastortas.com.br/niilismo/

Com base no texto e nos conhecimento sobre a filosofia de Nietzsche é possível identificar como um traço marcante em
sua filosofia crítica. Para o autor existe uma impossibilidade prévia de
a) investigar-se filosóficamente.
b) encontrar um sentido onde não há nada.
c) fundamentar uma filosofia aos moldes dos mestres arcaicos.
d) encontrar saídas para o ceticismo.
e) sustentar o método científico.
@HUMANASNAMED – PROF.MARIO TITO

11-
“O mundo é minha representação”
Fonte: Schopenhauer. Arthur, O Mundo como Vontade e Representação.
Ao analisarmos a afirmação do filósofo Arthur Schopenhauer é possível compreender que o autor entende o mundo
exterior como
a)ilusão eterna e imutável.
b)fragmentos de memórias.
c)deduções necessárias.
d)ceticismo mitigado.
e)significação do sujeito

12-
"Sendo os fins, então, aquilo a que nós aspiramos, e os meios aquilo sobre que deliberamos e escolhemos, as ações
relativas aos meios devem estar de acordo com a escolha e ser voluntárias. Ora: o exercício da excelência moral se
relaciona com os meios; logo, a excelência moral também está ao nosso alcance, da mesma forma que a deficiência
moral. Com efeito, onde está ao nosso alcance agir, também está ao nosso alcance não agir, e onde somos capazes de
dizer 'não', também somos capazes de dizer 'sim'
Fonte: ARISTÓTELES. Ética a Nicômacos. Trad. Mário da Gama Kury. Brasília : Editora Universidade de Brasília, 1985.

Sobre a escolha entre os meios e exercício da virtude se faz possível afirmar que
a)a teoria deve se sobrepor aos assuntos pragmáticos.
b)os atos devem ser vistos como involuntários e dialéticos.
c)o controle de nossas ações não está sob demanda deliberativa.
d)os vícios são consequência fatalista do uso da vida pública.
e)o agir e o não agir é próprio de escolhas do ser humano.

13-
No renascimento o sistema das artes estava nas mãos de políticos e religiosos. De fato, o patrocínio sempre
proporcionou o surgimento de grandes nomes nas artes. Governantes europeus, o clero e, mais tarde, a incipiente
burguesia, propiciaram apoio financeiro aos artistas, e, dessa forma, os “mecenas”, tornavam-se reconhecidos no meio
social onde atuavam, principalmente, no meio religioso.
Na Itália, artistas trabalhavam em prol da igreja, como foi o caso de Michelangelo ao pintar a Capela Sistina. Outros,
para garantir sua sobrevivência e a continuidade de sua atuação, ligavam-se a nobreza, às municipalidades ricas, ou às
grandes famílias burguesas, quando atuavam como mestres e preceptores dos jovens.
Uma nova concepção nas artes plásticas surge com a burguesia, estabelecendo um contraponto a cultura medieval. O
novo estrato social investe na construção de palácios no centro das cidades, nas igrejas, catedrais e capelas, fixando seus
brasões na entrada das portas, homenageando seus heróis através da construção de gigantescas estatuas colocadas nas
praças e locais públicos, além de quadros e gravuras no interior de prédios públicos, buscando sempre uma forma de
destaque em relação aos santos ou as cenas do evangelho. Assim, surgem os novos mecenas , os financiadores de uma
nova cultura.
Fonte: https://culturaemercado.com.br/o-artista-e-o-mecenato/

O texto se refere a um importante movimento no mecenato artístico durante o início da modernidade. A mudança
expressa no texto indica qual ocorrência em tal período?
a)A perspectiva de conciliação entre catolicismo e protestantismo.
b)A criação da imprensa como instrumento de liberdade artística.
c)O fim das obras sacras dentro de um Antigo Regime decadente.
d)A mudança de perspectiva no âmbito das produções artísticas.
e)O estremecimento das relações entre artistas e os mecenas.
@HUMANASNAMED – PROF.MARIO TITO

14-
“[...] o que é morte? Porque se a olharmos em si mesma e pela força de abstração da reflexão decompusermos em suas
partes todas as coisas que se apresentam à imaginação, nela veremos que é apenas uma operação da natureza, e quem se
atemoriza com uma operação da natureza é uma criança
Fonte:Haines, Loeb Classical Library, 1930. MARCO AURÉLIO. Meditações.

A partir dos escritos de Marco Aurélio se faz possível notar:

a)uma rejeição da idéia de sábios e um elogio a idéia de guerreiros.
b)um ressentimento acerca dos acontecimentos que ocorrem no decorrer da existência humana
c)um desprezo pela morte e pela dor.
d)uma revogação da ética cristã e seus norteadres.
e)um elogio aos prazeres moderados e hedonistas.
@HUMANASNAMED – PROF.MARIO TITO

Gabarito
1-b
2-a
3-b
4-a
5-a
6-c
7-c
8-b
9-b
10-b
11-e
12-e
13-d
14-c